sexta-feira, 31 de maio de 2013

As intenções de orações do Papa para junho

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Papa Francisco pede orações neste mês de junho pela promoção da união entre todos os povos e o reforço da evangelização.
Na intenção geral de oração o Papa Francisco pede aos fiéis que rezem pelo fortalecimento de uma “cultura de diálogo, de escuta e de respeito mútuo entre as pessoas”.
Já na intenção missionária o Papa convida a rezar para que “as comunidades cristãs promovam uma nova evangelização” nos territórios marcados pela “secularização”. (SP).

Fonte: Rádio Vaticano

Vaticano alerta para a fome 'que atinge milhões de pessoas'


Cidade do Vaticano  – O observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas, Dom Francis Chullikat, considera urgente a implementação de políticas que permitam combater a fome, que atinge “quase mil milhões de seres humanos”.
Numa intervenção feita em Nova York, citada hoje pelo serviço informativo da Santa Sé, o arcebispo indiano sublinhou que a falta de acesso à alimentação e à água constitui “um escândalo” e representa não só uma “crise humanitária”, mas também “moral”.
O representante do Vaticano pronunciou-se sobre esta matéria durante uma reunião do grupo de trabalho responsável pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que a ONU pretende ver aplicados até 2015. Dom Francis Chullikat criticou a destruição de alimentos nos países desenvolvidos, movida pela preservação dos preços altos no mercado por parte dos produtores, considerando que ela representa o primado do lucro sobre a dignidade humana.
“Não é destruindo o sustento necessário para a sobrevivência dos pobres que se poderá construir um mundo mais próspero e rico”, concluiu.


SIR

A tentação de 'cada um pensar em si mesmo'


Francisco, durante a missa de Corpus Christi: 'solidariedade é a palavra-chave'
Roma - O papa Francisco disse na noite dessa quinta-feira (30), em sua primeira missa de Corpus Christi, que é preciso cuidar uns dos outros, relembrando o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. De acordo com o papa, os cristãos não devem ter a tentação de dizer "cada um pense em si mesmo".
"Diante da necessidade da multidão, aqui está a solução dos discípulos: cada um que pense em si mesmo. Quantas vezes nos cristãos temos essa tentação! Não nos prestamos atenção nas necessidades dos outros, os dispensando com um piedoso: que Deus te ajude. Mas a solução de Jesus vai em outra direção. Dê-lhes algo para comer", disse Francisco.
"Na Igreja, assim como na sociedade, a palavra-chave que não devemos temer é a ´solidariedade´, porque só compartilhando nossa vida será frutífera", afirmou na homilia o Pontífice. Francisco ainda explicou que a solidariedade "é uma palavra mal vista pelo espírito mundano", mas ao contrario se compartilhamos o que temos, isso "vira riqueza".
Solidariedade

A solidariedade não pode ser uma palavra vazia, mal-encarada pelo espírito mundano, afirmou Francisco, na homilia da missa do Corpo de Deus, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. “Na Igreja, mas também na sociedade, uma palavra-chave de que não devemos ter medo é a palavra ‘solidariedade’, ou seja, saber pôr à disposição de Deus aquilo que temos, as nossas humildes capacidades, porque só na partilha, no dom é que a nossa vida será fecunda e produzirá fruto. Solidariedade: é uma palavra mal-encarada pelo espírito mundano”, sublinhou o papa.
Francisco presidiu à celebração a que se seguiu uma procissão pelas ruas da capital italiana, até à Basílica de Santa Maria Maior. O papa convidou os fiéis a participarem, sublinhando que a celebração é de particular importância neste ano da Fé.
SIR

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Igreja divina e humana


 

A Igreja “não é uma organização nascida de um acordo de algumas pessoas”, mas “é obra de Deus”, porque nasce precisamente do seu desígnio de amor “que se realiza progressivamente na história”. Esta manhã, quarta-feira 29 de maio, o Papa Francisco citou Bento XVI para reafirmar a identidade própria da Igreja “família de Deus”. E dando início a uma série de catequeses sobre o mistério da Igreja – como ele mesmo explica aos fiéis presentes na audiência geral – estigmatizou o comportamento de quantos ainda hoje dizem “Cristo sim, Igreja não” ou “eu creio em Deus, mas não nos padres”.

É precisamente a Igreja, recordou o Papa, que “nos leva a Cristo e a Deus”. Trata-se de uma grande família que naturalmente “apresenta também aspectos humanos” e por conseguinte nos seus membros, quer sejam pastores quer fiéis, há defeitos, imperfeições, pecados”. Ninguém está livre deles “até o Papa os tem” não hesitou em reconhecer o Pontífice.  Mas é positivo que no momento em que “nos apercebemos de ser pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, o qual perdoa sempre”.

E se, como “dizem alguns”, o pecado “é uma ofensa a Deus”, é verdade também que ele constitui “uma oportunidade de humilhação – esclareceu o Papa – para se aperceber de que há algo mais belo: a misericórdia de Deus”. É antes necessário, acrescentou, que cada um hoje se questione: “Quanto amo a Igreja? Rezo por ela? Sinto-me parte da família da Igreja? O que faço para que seja uma comunidade na qual cada um se sente acolhido e compreendido, sente a misericórdia  e o amor de Deus que renova a vida?”. A fé “é um dom e um ato que nos diz pessoalmente respeito, mas Deus chama-nos a viver juntos a nossa fé, como família, como Igreja”, respondeu o Pontífice.

E também saudando os peregrinos provenientes de diversos países recomendou que amem a Igreja. Sobretudo aos grupos franceses pediu explicitamente que a defendam e se comprometam por ela. Saudando depois os italianos o Pontífice marcou encontro com os fiéis romanos para celebrar o Corpus Christi, na quinta-feira 30 de Maio..
L’Osservatore Romano, 30-05-2013.

Papa Francisco pede aos católicos que defendam e obedeçam a Igreja

 

Papa Francisco acena para a multidão que lota a Praça de São Pedro, no Vaticano
O Papa Francisco pediu aos católicos nessa quarta-feira (29) que defendam e obedeçam a Igreja, por considerar que não podemos dizer "sim a Jesus e não à Igreja". O pontífice falou para 100 mil pessoas reunidas, apesar da chuva, na praça de São Pedro, depois de saudar e abraçar muitos peregrinos a bordo do papamóvel.
"Amamos a Igreja como amamos nossas famílias? Alguns dizem sim a Jesus, mas não à Igreja. É certo, (a Igreja) tem alguns aspectos humanos. Seus pastores têm defeitos, imperfeições, pecados. Eu também tenho muitos! Mas quando percebemos que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus", disse.
Alguns teólogos destacam que a "humilhação" do pecado "permite ver algo mais belo", disse. "A Igreja não é uma organização que nasce do acordo de algumas pessoas, mas é a obra de Deus, como destacou muitas vezes Bento XVI", disse o Papa Francisco.
O pontífice demonstrou assim o extremo apego à Igreja, "que ela apenas nos conduz a Jesus", uma linha de pensamento de acordo com o Papa emérito alemão, um conservador e muito ligado à obediência.
AFP

O papa que não tem medo de se molhar

 

Papa Francisco, com os fieis: "Toda a história da Salvação é a história de Deus que busca o homem"
Às 8h, a Praça de São Pedro já está lotada, apesar da forte chuva, e as filas para passar pelos controles de entrada são enormes. Graças ao bom trabalho de Luis Lucio, secretário da Prefeitura de Assuntos Econômicos da Santa Sé, entramos na área de acesso à sala Paulo VI. Os guardas suíços se postam no seu caminho. E nos colocamos no “sagrado” da esquerda, cerca de 6 metros de distância de Francisco.
O grupo Mensageiros da Paz, ao redor do padre Ángel (García Rodríguez), e agasalhando Amalia, uma idosa que vive numa residência que os Mensageiros têm em Buenos Aires e que, ao final da audiência, será recebida pelo papa.
Amalia está nervosa, mas muito feliz... “Quero dizer-lhe que o amo e que é um presente da Argentina para a Igreja e para o mundo. Isso é o que mais ou menos tenho pensado, mas garanto que quando vê-lo vou chorar de emoção e alegria”.

Ao seu lado, outra argentina dos Mensageiros, Silvia Caparelli, secretária do juiz Daniel Alberto Leppen, entrega para Ángel Lucio uma carta do magistrado argentino ao Papa, com quem conviveu no Colégio Dom Bosco de Ramos Mejía. Na carta, entre outras coisas, diz-lhe que se enche de orgulho pelo papel que está ocupando.

Há nuvens e claridades no céu. Na Praça, umas 100.000 pessoas de diversas paróquias e de múltiplas associações de todo o mundo, que o speaker vai apontando, durante mais de meia hora.

Entre vivas das paróquias e algumas gotas que caem, as pessoas falam do divino e do humano. Os jovens comentam: “este Papa é legal”. Os mais velhos são mais clássicos em seus comentários sobre Francisco: “este Papa é um presente do Senhor”.

Francisco aponta no papamóvel e um clamor é liberado na praça. Entre aplausos, vivas e gritos, caminha pela praça, com os louvores das multidões, enquanto o speaker permanece destacando o nome de paróquias e associações.

O tradutor de língua espanhola nomeia os peregrinos de Solsona e os Mensageiros da Paz, entre as lógicas ovações dos que acompanham o padre Ángel.

Cai uma pancada de chuva, enquanto o Papa, que se nega a se cobrir com um guarda-chuva, continua saudando as pessoas. Uma grande nuvem é descarregada sobre a praça. O Papa, assim que inicia a celebração da palavra, agradece as pessoas: “Vocês são corajosos por estarem aqui, hoje, obrigado”. Entre a chuva, Bergoglio começou “molhado” a catequese sobre “A Igreja como Família de Deus”. E ele próprio, renunciando-se a trocar a casula, porque quer se molhar como os fiéis, inicia um belo discurso, proclamando que a Igreja não é uma organização criada por um grupo de pessoas, mas é obra de Deus e que é composta por pastores e fiéis com seus defeitos e pecados e que “até o Papa tem pecados... e muitos”, mas Deus sempre perdoa.

O pontífice enfatizou que muitas pessoas ainda dizem “Cristo sim, Igreja não”, “creio em Deus, mas não nos sacerdotes”, entretanto, afirmou que é a Igreja quem leva os homens a Cristo, a Deus.

“É claro que naqueles que a compõe – pastores e fiéis – há defeitos, imperfeições e pecados. O Papa também tem muitos pecados, mas quando nos damos conta desse pecado, encontramos a misericórdia de Deus. Deus sempre perdoa. Não esqueçamos isto”, manifestou.

Nessa linha, o papa disse que Deus criou o homem para que viva em profunda relação com Ele e que, inclusive, “quando o pecado rompe essa relação, Deus não nos abandona”.

"Toda a história da Salvação é a história de Deus que busca o homem, oferece-lhe seu amor e o acolhe”, esclareceu o Papa, que ressaltou que a Igreja nasce do “gesto supremo de amor da Cruz, do lado aberto de Jesus, do qual jorrou sangue e água, símbolos dos sacramentos da Eucaristia e do Batismo”.

Destacou, também, que a Igreja se manifestou quando o Espírito Santo “encheu o coração dos apóstolos e impulsionou-lhes para anunciarem o Evangelho, difundindo o amor” (Pentecostes).
Religión Digital, 29-05-2013.

domingo, 26 de maio de 2013

Papa Francisco pede Igreja de "portas abertas"



O Papa citou o exemplo de um padre que se recusou a batizar o filho de uma mãe solteira.
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco pediu nesta sábado para que a Igreja se mantenha "de portas abertas", citando o exemplo de padres que se recusam a batizar crianças nascidas fora do casamento. "Nós, muitas vezes, acabamos por ser controladores da fé ao invés de facilitadores", lamentou em sua missa diária na residência de Santa Marta, no Vaticano, onde vive desde a sua eleição. O Papa citou o exemplo de um padre que se recusou a batizar o filho de uma mãe solteira, de acordo com uma passagem de sua homilia transmitida pela Rádio Vaticano. "Esta mulher teve a coragem de continuar a gravidez e de não devolver a criança a seu remetente. E o que ela encontrou? Uma porta fechada", declarou, em linguagem muito direta."Isto não é zelo, é colocar distâncias com Deus! Quando vamos por este caminho não ajudamos o povo de Deus", frisou, acrescentando: "Jesus instituiu sete sacramentos e com este tipo de atitude criamos um oitavo: o sacramento da alfândega pastoral!".

Em setembro de 2012, então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio já havia criticado os padres que se recusavam a batizar as crianças nascidas fora do casamento, chamando-os de "hipócritas". Desde sua eleição, o Papa Francisco atinge os espíritos com sua linguagem simples e direta e sua proximidade com os fiéis, mantendo-se na linha de seus antecessores em termos de moralidade. Ele não hesita em repreender o clero: na quinta-feira convidou os bispos italianos a não se deixarem "seduzir pela perspectiva de uma carreira, a tentação do dinheiro".

Nesse sábado, durante audiência à assembleia plenária da Fundação vaticana “Centesimus Annus – Pro Pontífie”, o Papa também tratou a crise econômica e o desemprego, que ele descreveu como "uma mancha de óleo que se estende pelo ocidente... fazendo as fronteiras da pobreza diminuírem". Para ele, a palavra "solidariedade" não deve ser entendida como "uma mera assistência aos pobres, mas como um desafio para alimentar todo o sistema global".
SIR

"Colocar a família no centro da vida social e religiosa"



Dom Paglia diz que não é a ideia de família que está em crise, mas a ideia de sua necessidade social.
Buenos Aires, Argentina - O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, foi convidado para dar uma palestra, esta semana, na Universidade Católica Argentina (UCA), em Buenos Aires, sobre o 30° aniversário da Carta dos Direitos da Família. "A família, como dinâmica social, parece confusa. Não é a ideia de família que está em crise, mas a ideia de sua necessidade social. A situação que foi se consolidando nas últimas décadas, especialmente no mundo ocidental, nos obriga a tomar nota de um fenômeno novo. A família não é negada ou rejeitada como tal, mas se aceita que unidas a ela existam formas de vida e experiências relacionais aparentemente compatíveis, que na realmente a desconcertam", frisou o arcebispo em seu discurso.

Durante a visita ao país, o prelado visitou a Arquidiocese de La Plata, onde a delegação do Pontifício Conselho para a Família encontrou-se com o arcebispo dessa cidade, Dom Héctor Rubén Aguer, com os bispos auxiliares, seminaristas e agentes da pastoral familiar. O evento mais significativo foi o encontro com as famílias atingidas pelas enchentes de abril passado, que causaram mais de sessenta mortos e danos graves, sobretudo nos bairros mais pobres da cidade. Dom Paglia entregou uma ajuda econômica em favor do projeto "Voltar a fazer as refeições com a família reunida", destinado a incentivar os membros da família a almoçarem juntos pelo menos uma vez por dia, graças à compra de novos objetos para as casas de famílias mais pobres e a distribuição de alimentos feita pela Caritas local.

"Um gesto respeitoso com o qual indicamos uma das formas mais significativas para colocar a família no centro da vida social e religiosa", disse ainda Dom Paglia. A visita do prelado à Argentina foi uma ocasião para encontrar o novo Arcebispo de Buenos Aires, Dom Aurelio Poli, sucessor do Papa Francisco, e os responsáveis pela família da Conferência Episcopal Argentina e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), as autoridades acadêmicas, vários estudantes da UCA e jornalistas do país.
SIR

Arcebispo quer maior cuidado na preparação da iniciação cristã




Braga – O arcebispo de Braga diz que o futuro da Igreja Católica, numa época marcada por um decréscimo no número de fiéis em Portugal, depende, sobretudo, de uma abordagem mais “séria” à iniciação cristã. Numa nota publicada através da internet nessa sexta-feira, D. Jorge Ortiga realça que a “mudança” de paradigma religioso na sociedade portuguesa aponta para a necessidade de formar “cristãos mais conscientes nas suas motivações”. Um objetivo que, de acordo com o prelado, só será atingido através da promoção de “uma nova mentalidade” entre aqueles que têm a responsabilidade de educar as comunidades na fé.

D. Jorge Ortiga teve ocasião de sensibilizar os sacerdotes para esta questão na quinta-feira, durante o último Conselho Presbiteral da Arquidiocese. O encontro reforçou a importância de se “promoverem” novas formas de iniciação cristã, que favoreçam por exemplo uma maior “acompanhamento dos pais que pedem o batismo para os seus filhos”. Para agilizar a definição de soluções, a Igreja Católica bracarense está neste momento a desenvolver “uma reflexão alargada ao nível de foranias e dos diversos departamentos pastorais” do território. A revelação foi feita pelo secretário do Conselho Presbiteral, padre Luís Marinho, que adiantou também que todas as reflexões e propostas recolhidas serão depois devidamente compiladas e publicadas.
No âmbito do próximo ano pastoral em Braga, que vai privilegiar o tema da “Fé celebrada”, o sacerdote deixou algumas sugestões para o reforço da dinâmica da iniciação cristã, como a aposta em “percursos de iniciação à oração” e em “retiros, quer ao nível de foranias, quer nos santuários arquidiocesanos”. Entre as outras questões abordadas durante a reunião, destaque para a realização de um ponto de situação relativamente ao fundo “Partilhar com Esperança”, que o Conselho Presbiteral criou há dois anos para apoiar famílias mais carentes.
De acordo com o padre Luís Marinho, entre janeiro e março deste ano foram disponibilizados cerca de “25 mil euros”, sobretudo para auxiliar as pessoas no pagamento de rendas de casa e despesas de água, gás e eletricidade. Um número que faz perspectivar uma “subida no número de pedidos” de apoio, já que em 2012 o fundo distribuiu “no total cerca de 80 mil euros”.
SIR/Ecclesia

A acolhida cristã



Os cristãos que pedem nunca devem encontrar as portas fechadas. As igrejas não são escritórios onde apresentar documentos e papelada quando se pede para entrar na graça de Deus. “Não devemos instituir o oitavo sacramento, o da alfândega pastoral!”. É o acolhimento cristão o tema da reflexão do Papa Francisco na homilia da missa celebrada na capela da Domus Sanctae Marthae na manhã de sábado (25), entre outros com o cardeal Agostino Cacciavillan. Comentando o evangelho de Marcos (10, 13-16) o Pontífice recordou a repreensão dirigida por Jesus aos discípulos que queriam afastar dele as criancinhas que o povo lhe levava para lhe pedir uma carícia. Os discípulos propunham “uma bênção geral e depois todos fora”, mas o que diz o Evangelho? Que Jesus se indignou  - respondeu o Papa - dizendo “deixai-os vir a mim, não lho impeçais. A quem é como eles pertence o Reino de Deus”.

Para explicar melhor o conceito o Pontífice fez alguns exemplos. Em particular o que acontece quando dois noivos que se querem casar se apresentam na sacristia de uma paróquia e, em vez de apoio ou felicitações, ouvem enumerar as despesas da cerimônia ou perguntar se têm todos os documentos. Assim por vezes, recordou o Papa, eles “encontram a porta fechada”. Deste modo quem teria a possibilidade “de abrir a porta agradecendo a Deus por este novo matrimônio” não o faz, aliás, fecha-a. Muitas vezes “somos controladores da fé e não felicitadores da fé do povo”. Trata-se de algo, acrescentou o Papa, que “começou no tempo de Jesus, com os apóstolos”.

Trata-se de “uma tentação que sentimos; a de nos apropriar, de nos  apoderar do Senhor”. E mais uma vez o Papa recorreu a um exemplo: o caso de uma jovem mãe que vai à Igreja, à paróquia, pede para batizar o filho e sente-se responder “de um cristão ou de uma cristã”: não, “não podes, não és casada”. E prosseguiu: “Olhai para esta moça que teve a coragem de dar continuidade à sua gravidez” e não abortou: “O que encontra? Uma porta fechada. E assim acontece com muitas. Este não é um bom zelo pastoral. Isto afasta do Senhor, não abre as portas. E assim quando nós estamos neste caminho, nesta atitude, não fazemos o bem às pessoas, ao povo de Deus. Mas Jesus instituiu sete sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo, o sacramento da alfândega pastoral”.

“Jesus indigna-se quando vê estas coisas, porque quem sofre com  isso? O seu povo fiel, o povo que tanto ama”. Jesus, explicou o Papa Francisco ao concluir a homilia, quer que todos se aproximem dele. “Pensemos no santo povo de Deus, povo simples, que se quer aproximar de Jesus. E pensemos em todos os cristãos de boa vontade que erram e em vez de abrir uma porta a fecham. E peçamos ao Senhor que todos os que se aproximam da Igreja encontrem as portas abertas para receberem este amor de Jesus”.
L’Osservatore Romano

No limite da pobreza



Papa afirma que não há pior pobreza material do que a que não permiteganharo pão e priva da dignidade do trabalho.
O desemprego “está se alastrando” e “alargando de modo preocupante o limite da pobreza”:  é o sinal evidente que “alguma coisa não funciona” em todo o planeta e não só no “sul do mundo”. Denunciando que “não há pior pobreza material do que a que não permite ganhar o pão e priva da dignidade do trabalho”, o Papa Francisco solicitou a uma “reconsideração global de todo o sistema”, procurando novos caminhos para o reformar e corrigir “de modo coerente com os direitos fundamentais do homem, de todos os homens”.

Ocasião para esta reflexão foi a audiência à Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, recebida na manhã de sábado (25). O encontro com o Papa concluiu os trabalhos do congresso internacional da Fundação sobre o tema: “Reconsiderando a solidariedade no emprego: os desafios do século XXI”. Para o Papa Francesco “reconsiderar a solidariedade” significa “conjugar o magistério com a evolução socioeconômica que, sendo constante e rápida, apresenta aspectos sempre novos”. E significa também, realçou,  “aprofundar, refletir ulteriormente para fazer emergir toda a fecundidade” do valor da solidariedade. Mas hoje, denunciou o Pontífice, é preciso voltar a dar à palavra solidariedade, mal vista pelo mundo econômico, como se fosse uma palavra má, a sua merecida cidadania social”. E, acrescentou improvisando, “a solidariedade não é uma atitude a mais, não é uma esmola mas um valor social. E pede-nos a sua cidadania”.

Com efeito, explicou o Papa, “a crise actual não é só econômica e financeira, mas afunda as raízes numa crise ética e antropológica. Considerar os ídolos do poder, do lucro, do dinheiro, acima do valor da pessoa humana, tornou-se norma fundamental de funcionamento e critério decisivo de organização”.

Assim, prosseguiu o Pontífice, “esquecemo-nos, no passado e hoje, que acima dos negócios, da lógica e dos parâmetros de mercado, está o ser humano e algo que se deve ao homem enquanto homem, em virtude da sua dignidade  profunda: oferecer-lhe a possibilidade de viver com dignidade e  participar activamente no bem comum”.

“Qualquer atividade humana”, disse ainda o Papa citando o seu predecessor Bento XVI, “também a econômica, precisamente porque humana, deve ser articulada e institucionalizada eticamente. Devemos voltar à centralidade do homem, a uma visão mais ética das actividades e das relações humanas, sem receio de perder algo”.
L’Osservatore Romano

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Comissões e Pastorais


ASSEMBLEIA ARQUIDIOCESANA DE PASTORAL
Material apresentado no encontro para download

MATERIAL APRESENTADO PELA IRMÃ ÉLIDE FOGOLARI NA REUNIÃO DO CLERO
SOBRE A PASTORAL DA COMUNICAÇÃO PARA DOWNLOAD.

ORGANOGRAMA DA ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE
COMISSÕES ARQUIDIOCESANA DE PASTORAL
1. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada
Presidente – Frei Altamiro Tenório, OC
2. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Laicato
Presidente – Prof. Gustavo Castro
3. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Interclesial
Presidente – Pe. Luiz Vieira Gomes, CSsR
4. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para Animação Bíblico-Catequética
Presidente – Frei Evilásio Campelo de Medeiros, OFMCap
5. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Liturgia
Presidente – Pe. Nilson Lourenço da Silva
6. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso
Presidente – Frei Tito Figuerôa de Medeiros, OC
7. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz
Presidente – Pe. Hélio do Nascimento
8. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Comunicação Social 
Presidente – Pe. Luciano José Rodrigues Brito
9. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Vida e a Família
Presidente – Frei Dennys Nunes Pimentel, OCarm
10. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Doutrina da Fé
Presidente – Pe. Héctor Miguel Ruiz
11. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Educação
Presidente – Prof. Aerton Carvalho da Silva
12. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para Cultura
Presidente – Frei Rinaldo Pereira
13. Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Juventude
Presidente – Padre Gimesson Silva, SCJ
PASTORAIS
PASTORAIS
01. CARCERÁRIA
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 Recife-PE
Tel.: 3271-4270
E-mail: pastoralcarceraria_pe@yahoo.com.br
02. CATEQUESE
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 Recife – PE
Tel.: 3271-4270
E-mail: pejoseerinaldo@uol.com.br
03. COMUNICAÇÃO (PASCOM)
Av. Rui Barbosa, 409 – Graças
52011-040 Recife – PE
Tel.: 3453-4958 / 3271-4270
E-mail: pascomaor@hotmail.com
04. CRIANÇA
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 Recife-PE
Tel.: 3271-4270
05. EDUCAÇÃO
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 Recife – PE
Tel.: 3271-4270
06. ESPERANÇA
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 Recife – PE
Tel.: 3271-4270
07. FAMILIAR
Av. Rua São Vicente Ferrer, 149 – Arthur Lundgren I
CEP: 53416-030 Paulista – PE
Tel.: Casal 3438-0176 – 3543-7019 – 8727-5249 Ivanildo e Cristina
E-mails:
ibsilva@archchemicals.com
ibbatista@oi.com.br
pastoralfamiliarolindaerecife@yahoo.com.br
08. IDOSO
Av. Afonso Olindense, 1754 – Várzea
50810-000 Recife – PE
Tel.: 3271-4270
09. JUVENTUDE
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 Recife-PE
Assessor Eclesiástico: Pe. Gimesson Eduardo da Silva, SCJ
E-mail: juventudeaor@gmail.com
Twitter: @juventudeaor
Telefone:(81) 3458-6076
10. LITURGIA
Av. Oliveira Lima, 1029 – Boa Vista
50050-390 Recife – PE
Tel.: 3222-6836
11. MISSIONÁRIA (COMIDI)
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 – Recife- PE
Tel.: 3271-4270
E-mail: comidiaor@yahoo.com.br
12. SAÚDE
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea
50810-000 – Recife- PE
Tel.: 3271-4270
E-mail: pastoraldasaudeaor@uol.com.br
13. SOBRIEDADE
Av. Afonso Olindense, 1764
50810-000- Recife – PE
Tel.: 3271-4270 / 3223-5346 / 8824-4908
E-mail: pastsobriedade.aor@hotmail.com
14. SOCIAL
Av. Rui Barbosa, 409 – Graças
52011-040 Recife-PE
Tel.: 3271-4270
E-mail: pastoralsocialaor@gmail.com
Blog: www.pastoralsocialaor.blogspot.com
15. SURDOS
Rua Conselheiro Nabuco, 246 Apto 103 – Casa Amarela
52070-010 Recife – PE
Tel.: 3304-7516
Site: http://psurdosrecife.blogspot.com.br
16. VOCACIONAL
Seminário Nossa Senhora da Graça
Rua Bispo Coutinho, s/n – Alto da Sé
53120-130 Olinda-PE
Tel.: 3493-1080 / 3493-1201
E-mail: pastoralvocacionalao@terra.com.br

Evangelho do Dia

       

Ano C - DIA 24/05

Divórcio? Adultério? - Mc 10,1-12

Jesus se pôs a caminho e foi para a região da Judeia, pelo outro lado do rio Jordão. As multidões mais uma vez se ajuntaram ao seu redor, e ele, como de costume, as ensinava. Aproximaram-se alguns fariseus e, para experimentá-lo, perguntaram se era permitido ao homem despedir sua mulher. Jesus perguntou: “Qual é o preceito de Moisés a respeito?” Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever um atestado de divórcio e despedi-la”. Jesus disse: “Foi por causada dureza do vosso coração que Moisés escreveu este preceito. No entanto, desde o princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne; assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe!” Em casa, os discípulos fizeram mais perguntas sobre o assunto. Jesus respondeu: “Quem despede sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede seu marido e se casa com outro, comete adultério também”.
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando,
com todos que se encontram neste ambiente virtual
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mc 10,1-12, e observo as recomendações de Jesus.
Jesus recorda neste trecho que a lei de Moisés (Dt 24,1-3) tentava proteger os direitos da mulher, mesmo concedendo vantagem ao homem. Os fariseus querem “conseguir uma prova contra ele, Jesus”. Apresentam-lhe a questão, partindo de Moisés, supondo que Jesus negue a lei. Jesus aceita o desafio. Refere-se ao Gênesis e ao Deuteronômio. Reporta-se ao projeto original de Deus (Gn 1,27) que busca a igualdade entre os cônjuges e a entrega total e duradoura que une. “Ninguém separe o que Deus uniu”, diz Jesus. Cônjuge vem de conjugar, significa “unir sob um jugo”, apegar-se e aderir.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Fala-me de ensinamentos e gestos de Jesus que são fundamentais para uma vida cristã. Os bispos, em Aparecida, recordaram:
"O fato de sermos amados por Deus enche-nos de alegria. O amor humano encontra sua plenitude quando participa do amor divino, do amor de Jesus que se entrega solidariamente por nós em seu amor pleno até o fim (cf. Jo 13,1; 15,9). O amor conjugal é a doação recíproca entre um homem e uma mulher, os esposos: é fiel e exclusivo até a morte e fecundo, aberto à vida e à educação dos filhos, assemelhando-se ao amor fecundo da Santíssima Trindade52. O amor conjugal é assumido no Sacramento do Matrimônio para significar a união de Cristo com sua Igreja. Por isso, na graça de Jesus Cristo ele encontra sua purificação, alimento e plenitude ( Ef 5,23-33)." (DAp 117).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, a Oração da Paz pedindo esta paz para as famílias.
Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado,
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar e oração é orientado para as famílias que sofrem a desintegração e se encontram perdidas.

Bênção

A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!


Ir. Patrícia Silva, fsp

Comissão prepara encontro de Animação Bíblico-catequética para o Nordeste

 Nordestao2013


Os bispos referenciais e coordenadores das Comissões Regionais de Pastoral para Animação Bíblico-Catequética dos cinco Regionais da CNBB no Nordeste promovem o “Iº Nordestão de Animação Bíblico-Catequética”, de 15 a 17 de novembro em Maceió (AL).
O objetivo do evento será iniciar um aprofundamento maior sobre a iniciação a vida cristã, em sintonia com as atuais Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015). De acordo com os organizadores, o desejo é oferecer formação aos catequistas dos cinco regionais.
A assessoria do evento será feita pelo padre Luiz Alves de Lima, colaborador em muitos documentos da CNBB e atual membro do grupo de Reflexão Bíblico-Catequética da CNBB (GREBICAT) e da Conferência Episcopal Latino Americana (CELAM), além de ser presidente da Sociedade Brasileira de Catequetas. Pe. Luiz também atuou como perito na área da catequese e da iniciação cristã na última Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em 2012.
Fonte: CNBB

CNBB publica texto de estudo sobre as novas paróquias

          

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou nesta quarta-feira, 22, no site oficial da organização, o texto para estudo sobre o tema “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. O assunto fez parte da temática central da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil que aconteceu em abril deste ano, entre os dias 10 e 19.
O texto recolheu as reflexões e as intervenções dos bispos durante a Assembleia e visa promover discussões em torno da realidade atual das paróquias.
O Secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, explica na apresentação do documento que, após ser aprovado como texto de estudo, este receberá ao longo do ano de 2013 as contribuições dos Regionais e das Igrejas Particulares. O texto será apreciado durante a 52ª Assembleia da CNBB, em 2014, com a contribuição das diferentes comunidades do Brasil.
“Será, certamente, um referencial para a renovação da nossa vida eclesial. Com a ampla participação, pretende-se encontrar inspiração e caminhos que possibilitem uma nova paróquia: comunidade de comunidades. É nesse sentido que as comunidades serão sempre e cada vez mais conhecidas como discípulas missionárias de Jesus Cristo”, escreveu o bispo.
O documento “Estudos da CNBB – 104″ está disponível para download no site da Conferência Nacional dos Bispos.Clique aqui e acesse o conteúdo. 
Fonte: Canção Nova

CNBB promove coleta nacional em prol da JMJ Rio2013 no próximo fim de semana

           

ColetaNacionalJMJRio2013Nos dias 25 e 26 de maio, a coleta de todas as missas e celebrações realizadas nas comunidades católicas de todo o país terá uma destinação especial. Por decisão da última Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, será realizada uma coleta especial para ajudar nos custos da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.
A seguir, leia a íntegra da carta enviada pela Presidência da CNBB ao episcopado brasileiro:
Brasília, 03 de maio de 2013
P – C. Nº 0228/13
COLETA PARA A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE
25 e 26 de maio de 2013
“Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (cf. Mt 28,19)
Caros irmãos no Episcopado,
Graça e Paz!
A 51ª Assembleia Geral da nossa Conferência Episcopal, em Aparecida – SP, de 10 a 19 de abril de 2013 contemplou, com especial atenção, o tema da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá nos dias 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco e de milhares de Jovens do Brasil e de todo o mundo.
O Papa Bento XVI, na missa de encerramento da JMJ em Madri 2011, confiou-nos o cuidado da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, para serem levados pelos jovens às nossas igrejas particulares como um grande convite à conversão. São muito edificantes os testemunhos advindos de todos os lugares que acolheram essa peregrinação. O próximo acontecimento será a Semana Missionária que antecede imediatamente a Jornada.
Para ajudar a fazer frente às despesas das Dioceses, Prelazias, da CNBB e da Arquidiocese do Rio de Janeiro, aprovamos, no dia 17 de abril de 2013 (cf. Ata nº 07), uma coleta nacional, a realizar-se em todas as missas e celebrações nos dias 25 e 26 de maio, Solenidade da Santíssima Trindade. O valor arrecadado será assim distribuído: 50% para a Arquidiocese do Rio de Janeiro; 30% para as Dioceses e Prelazias; 10% para o encontro Mundial dos Jovens Universitários que acontecerá em Belo Horizonte – MG e 10% para a nossa Conferência para cobrir os gastos com a Peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora.
Para enviar a doação:
Depósito identificado na Caixa Econômica Federal Ag: 2220
OP: 03 – CONTA CORRENTE: 200-0
As Dioceses e Prelazias que desejarem fazer envelopes e distribuí-los ao povo, podem entrar no site da CNBB (www.cnbb.org.br) e baixar o arquivo com a arte do envelope. Estão disponíveis também duas artes de “Banners” para serem colocados em lugar visível nas paróquias.
Deus lhes pague, caros irmãos, pela imprescindível colaboração.
Com afeto e gratidão,
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília – DF
Secretário Geral da CNBB
Fonte: CNBB

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Continuam inscrições para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013: confira as vantagens

jmj rio

Com a proximidade da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, os peregrinos correm contra o tempo para conseguir efetuar as suas inscrições. Até o início de maio, mais de 215 mil pessoas de todo o mundo já se inscreveram, a maioria brasileiros e latino americanos. Apesar de não ser obrigatória, existem várias facilidades para quem se inscreve como peregrino.
Todos os inscritos receberão o kit peregrino e um seguro, benefícios presentes em todos os pacotes. O Kit contém diversos acessórios inéditos e exclusivos. Também terão entrada franca nos eventos do Festival da Juventude, que será realizado em várias áreas do Rio de Janeiro entre 22 e 26 de julho.
Também há uma grande vantagem no quesito alimentação. Na inscrição, o peregrino pode escolher um pacote, e receberá um cartão para comer em restaurantes, lanchonetes e bares credenciados. Haverá também locais com a oferta do Menu Peregrino, uma refeição completa (prato principal, bebida e sobremesa), que cabe dentro do orçamento diário do cartão. Os locais estarão sinalizados e seus endereços disponíveis no Guia do Peregrino e no aplicativo para smartphones e tablets.
Garantir o transporte com um dos pacotes da Jornada também é vantagem no bolso. O peregrino que se inscreve nesse pacote recebe um cartão-transporte para a utilização do transporte público do Rio de Janeiro durante a JMJ. O cartão pode ser usado em ônibus (exceto em ônibus executivos com ar-condicionado), metrôs, trens e barcas. A validade se estende até às 10h do dia 29 de julho.
Vale lembrar que os ônibus fretados não poderão circular no Rio de Janeiro durante a JMJ. A medida foi tomada pelos organizadores para evitar congestionamentos e permitir maior fluidez no trânsito. Por este motivo, os ônibus precisam ser cadastrados. O Setor Nacional vai distribuir os veículos nos “bolsões” de estacionamento localizados nos bairros de Paciência e Recreio dos Bandeirantes, onde os ônibus ficarão guardados até o final da Jornada.
De acordo com a rota indicada no ato da inscrição do veículo, as caravanas precisarão se dirigir para um dos três pontos de apoio em municípios próximos ao Rio de Janeiro. É nesses pontos, que ficam em Cachoeira Paulista (SP), Casimiro de Abreu e Itaipava (RJ), que o coordenador do grupo saberá o local para o qual o ônibus precisa se dirigir ao entrar na cidade sede da JMJ.
Hospedagem
Os peregrinos podem optar pela inscrição com hospedagem oferecida pela JMJ Rio2013. Os grupos que escolherem a hospedagem da Jornada devem levar consigo saco de dormir e colchonete e poderão ser hospedados em casas de família, centros paroquiais, escolas públicas e particulares, universidades, ginásios poliesportivos, casas de festas e centro comunitários. Todas as estruturas estarão equipadas com água, chuveiros e banheiros. O valor do pacote com hospedagem sai mais barato do que pagar diárias em albergues, pousadas e hotéis numa cidade turística como o Rio de Janeiro.
Já o pacote completo é a grande sacada para quem quer economizar nos dias em que o Papa Francisco estará no Rio. Ao fazer a sua inscrição pelo pacote A1 (que compreende a semana completa do evento), ou B1 (só para o fim de semana), o peregrino garante a alimentação, hospedagem, transporte, Kit Peregrino e seguro para todo o evento.
E para quem deseja participar só da Vigília e da Missa de Envio da JMJ Rio2013, que acontecerão nos dias 27 e 28 de julho, em Guaratiba, os peregrinos inscritos terão acesso às ilhas exclusivas, de melhor localização no Campus Fidei com relação ao palco onde estará o Papa Francisco.
Para fazer o cadastro dos ônibus fretados, clique aqui.
Para fazer a inscrição na JMJ Rio 2013, clique aqui.
Fonte: CNBB

Peça escrita por João Paulo II estará em cartaz no Recife

A LOJA DO OURIVES
Por volta de 1960, o Papa João Paulo II – na época, Bispo de Cracóvia -, escreveu, sob o pseudônimo de Andrzej Jawién, a peça “A Loja de Ourives”. O texto é uma série de monólogos sobre o amor e o casamento. Adaptado por Elísio Lopes Jr., ele se transformou em musical e ganhou o nome de “Enlace”. O musical estará em cartaz no Recife, nos próximos dias 6 e 7 de junho, no Teatro da UFPE.
Dirigida por Jô Santana, a montagem é estrelada por Françoise Forton, Luiz Guilherme, Rafael Almeida, Claudio Lins, Giselle Tigre e Leka Begliomini, entre outros atores que compõe os 27 personagens do musical.
A trama se passa na Polônia entre 1939 e 1989 e apresenta a história de amor de três mulheres pertencentes a gerações diferentes. Teodora vive um grande amor com Adok, em um cenário de guerra. Ewa, sua filha, é uma solteirona que luta para resistir ao amor de Nikolai. Malina, neta de Teodora, vive na década de 1980 quando o compromisso começa a se degenerar.
Enlace – A Loja do Ourives
Local: Teatro da UFPE
Data: 6 e 7 de junho
Horário: 21h
Preço: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Informações: 3082-2909
Fonte: Comunicação Juventude AOR

'Espírito Santo nos permite comunicar experiência de Jesus'


Dom José Gislon, bispo da diocese de Erexim, no Rio Grande do Sul, por causa da Festa de Pentecostes, celebrada pela Igreja Católica, no último domingo, dia 19 de maio, escreveu um artigo em que ele abordou o tema "Espírito Santo de Deus". Segundo o prelado, com a vinda do Espírito Santo tem início uma nova aliança entre Deus e os homens.
Ele lembra também que a Festa de Pentecostes era, originalmente, a festa das colheitas; sucessivamente torna-se a festa da renovação da aliança do Sinai, entre Deus e o seu povo. "No Sinai era Deus que falava. Na Festa de Pentecostes, são os homens iluminados pelo Espírito Santo que levam uma palavra nova e criadora. O Espírito é o intérprete perfeito da palavra de Cristo. O sinal que a presença do Espírito age na Igreja é o amor por Cristo que nasce no coração dos fiéis. O Espírito, portanto, cria a comunhão dos filhos com o Pai", enfatiza o bispo.
Para dom Gislon, a função do Espírito Santo é permitir aos homens comunicar a experiência do Ressuscitado. "Não é o Espírito que fala, ele, porém, torna possível a comunicação", completa ele, que ainda salienta que o Espírito não nos diz o que devemos fazer, nem pode fazer o que nós devemos fazer, ele, no entanto, nos dá a força e a possibilidade de agir quando devemos mostrar resultados.
De acordo com o bispo, hoje a Igreja é chamada a colaborar com o Espírito Santo para renovar o mundo através do anúncio e do testemunho, e toda vez que um grupo de homens e mulheres, de jovens ou de crianças, se reúne para escutar a palavra do Ressuscitado, tornada presente pela potência do Espírito, a Igreja renasce. Deste modo, ressalta dom Gislon, estamos sempre vivendo uma nova aurora na vida da Igreja.
"A Festa de Pentecostes nos convida e convida as nossas comunidades a uma abertura missionária, e a nos colocarmos a caminho para levarmos o Evangelho a todos os homens." Por fim, o prelado afirma que os discípulos de Jesus, tomados pelo medo, foram transformados, com os dons do Espírito Santo, em testemunhas fervorosas e dispostas a retomar o caminho do Cristo para continuar a sua obra de salvação.
"Portanto, todos nós podemos trabalhar por um mundo melhor. Fazer isto é possível, mesmo mantendo a própria cultura, a própria identidade. Basta apenas acreditarmos e deixarmos que o Espírito Santo possa agir em nós", conclui.
SIR

Balada Santa


Abraão e o Gênesis do Êxodo


Por Marco Rizzi
Ao ler o capítulos 11-25 do Gênesis, em que é contada a história, Abraão certamente não parece ser o tipo ideal do viajante, ao menos do moderno, tão determinado e organizado para chegar ao destino pré-escolhido: o seu vagar parece ser casual e sem uma direção clara.
As viagens de Abraão começam com o seguimento do seu pai, que abandona a Ur nativa, próximo do Golfo Pérsico, para se dirigir com todo o seu povo para o noroeste, ao longo do Eufrates, até Carran, a atual Harran no sul da Turquia. Aí, Abraão recebe a ordem de Deus de se colocar novamente a caminho para o sul, na direção de Aleppo e de Damasco, para chegar a Siquém, perto da atual Nablus, na Cisjordânia, onde Deus lhe revela que aquela terra havia sido concedida à sua descendência.
Por enquanto, porém, Abraão se move ainda mais para o sul, a Betel, poucos quilômetros ao norte do lugar onde, em seguida, surgiria Jerusalém. Nem mesmo esse é o ponto de chegada, porque logo ele passa para o deserto de Negev, de onde uma carestia o leva para o Egito. Partindo novamente de lá, Abraão sobe novamente o vale do Jordão, que Deus impõe que ele percorra ao longo e ao largo, porque aquela era a terra prometida à sua descendência.
Ao longo de mais essas peregrinações, verificam-se os episódios mais conhecidos: o encontro com Melquisedeque e aquele com os três misteriosos viajantes aos carvalhos de Manre (não muito longe da atual Hebron, onde Abraão seria sepultado), a destruição de Sodoma, o nascimento de Ismael da serva Hagar e a sua expulsão, para o nascimento do tão esperado Isaac.

 Nesse ponto, viagem em viagem, Deus impõe que Abraão parta novamente, desta vez com uma meta e um propósito bem específicos, a montanha que Deus mesmo lhe indicaria, sobre a qual deveria sacrificar o filho amado. Levando consigo Isaac e dois servos, Abraão viaja por três dias, completando o último trecho do caminho sozinho com o filho. Mais um vez, o resultado não é o esperado: Deus vê no paciente encaminhar-se de Abraão toda a medida da sua fé e salva o seu filho, concedendo a ambos que desçam do monte, para voltar para onde haviam partido.

 Com toda a probabilidade, na narração bíblica, confluíram relatos diversos, transmitidos na memória dos clãs nômades presentes nas regiões do Oriente Médio durante a Idade do Bronze, entre os séculos XX e XIII a.C., das quais depois se originaria as tribos de Israel.

 Assim se explicariam as contradições e as repetições, além da presença de comportamentos e costumes muito distantes da posterior ética bíblica: por exemplo, Abraão cede algumas vezes a própria mulher ao senhor do território sobre o qual passa, para evitar consequências piores para si; Lot, depois, não hesita em oferecer aos habitantes de Sodoma as suas próprias filhas, já prometidas em casamento, a fim de salvar os hóspedes que ele havia acolhido na sua casa das atenções pelas quais os seus concidadãos eram famosos (e pelas quais, justamente, foram incinerados do céu); ou a prática do concubinato, no caso de Abraão não limitado apenas a Hagar, mas estendido a um número impreciso de mulheres, que se acrescentavam à segunda esposa, Quetura, tomada como esposa depois da morte de Sara e mãe de outros seis filhos.

Uma leitura mais teologizante vê nesse relato, ao invés, a retroprojeção mítica da história do êxodo do Egito. Para fazer remontar no tempo a identidade do povo hebreu que, ao invés, nascera naquele momento, teria sido construída a narração de outro êxodo imediatamente posterior à criação do mundo, justamente o de Abraão. Ambas as viagens, assim, tinham a mesma meta, aquela terra que o povo de Israel agora reivindicava para si.
Além das possíveis explicações históricas, no entanto, o símbolo de Abraão tornou-se um poderoso símbolo da viagem, daquela viagem que encontrou a melhor definição nas palavras de Antonio Machado: "Caminante no hay camino, / se hace camino al andar..." ( "Caminhante, não há caminho, faz-se o caminho ao andar"). A viagem que todos nós percorremos.
Corriere della Sera, 19-05-2013.

'Doutrina da Igreja não muda, mas suas leis podem mudar'


"Como em qualquer sociedade, a Igreja Católica tem leis, e embora os princípios da sua fé não mudem, as suas leis precisam se adaptar às novas situações"
Por Cindy Wooden
Dom Juan Ignacio Arrieta tem uma pasta especial que ele usa exclusivamente para carregar a documentação sobre um projeto que revisaria completamente uma seção inteira de lei básica da Igreja Católica.
A caixa preta contém o esboço de um texto de 40 páginas para uma nova seção "Livro VI: Sanções na Igreja" do Código de Direito Canônico, assim como a síntese de 800 páginas das emendas e objeções recomendadas às mudanças propostas.
Arrieta, secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, mergulha na pasta de trabalho em seu escritório com vista para a Praça de São Pedro e em casa à noite.
Como em qualquer sociedade, a Igreja Católica tem leis, diz Arrieta, e embora os princípios da sua fé não mudem, as suas leis precisam se adaptar às novas situações em que os seus membros tentam viver a sua fé.
Embora o Pontifício Conselho busque pequenos ajustes para diversas seções do Código de Direito Canônico, promulgado em 1983, e formas para acelerar o processo de avaliação da validade dos casamentos, julgou-se que a seção referente a infrações e penalidades precisa de mais do que um retoque.
O atual Código foi elaborado nos anos 1970, disse Arrieta, "um período um pouco ingênuo" no que diz respeito à necessidade de uma descrição detalhada das infrações, dos procedimentos para investigá-los e das penalidades a serem impostas ao culpado. Ele refletia um sentimento de que "todos nós somos bons", disse, e que "as penalidades devem ser raramente aplicadas".
"A Congregação para a Doutrina da Fé, quando o papa Bento XVI era prefeito, foi obrigado a agir como consequência do fato de que a lei penal da Igreja não estava funcionando", disse.
A ingenuidade da lei ficou evidente com a crise dos abusos sexuais, disse Arrieta. Além disso, a seção de sanções do Código de 1983 foi escrita com tanta ênfase sobre o papel do bispo individual em sua diocese local que cada bispo suportava o peso de decidir quando e como intervir e que tipo de sanção ou punição deveria ser imposta sobre o culpado.
A lei acabou sendo muito vaga, e as sanções da Igreja eram aplicadas tão casualmente que a Igreja parecia estar dividida, afirmou.
O projeto para revisar a seção começou em 2008. O esboço foi concluído em 2011 e foi enviado para as conferências episcopais e para as faculdades pontifícias de Direito Canônico, que tiveram um ano para responder. As sugestões foram organizadas e sintetizadas, e agora as autoridades e consultores do Conselho – principalmente professores de Direito Canônico – se encontram para uma tarde a cada duas semanas para repassá-las, linha por linha.
Arrieta disse que serão necessários ao menos dois anos para que um novo esboço esteja pronto para ser apresentado ao papa Francisco. Como o principal legislador da Igreja, é o papa quem decide se o texto deve ou não ser promulgado e ordena que ele substitua a lei vigente.
O esboço proposto incorpora a definição atualizada dos "delicta graviora" do Vaticano de 2010 – em latim, os "crimes mais graves", incluindo o abuso sexual clerical de menores, a "tentativa de ordenação de mulheres" e os atos cometidos por padres contra a santidade da Eucaristia e contra o sacramento da penitência.
As duas principais preocupações da nova seção, assim como em toda a lei da Igreja, afirmou, são "salvaguardar a verdade e proteger a dignidade das pessoas". Ao mesmo tempo, as regras são mais rigorosas – "se alguém fizer isso, deve ser punido", disse o bispo. Embora retire o poder discricionário do bispo em certos casos, disse, "é pelo bem do bispo".
Outro conjunto de modificações no Código de Direito Canônico já estão sobre a mesa do Papa Francisco, aguardando o seu julgamento. Eles lidam com as áreas em que o código da maioria católica de rito latino difere do Código dos Cânones das Igrejas Católicas Orientais.
Arrieta disse que, na maioria dos casos, são regras para situações que o Código de rito latino nunca imaginou, ao contrário do Código oriental, publicado em 1990. Com o grande número de cristãos orientais – católicos e ortodoxos – que migraram para territórios predominantemente latinos nos últimos 25 anos, os pastores de rito latino precisam de orientação, disse.
Por exemplo, os católicos orientais que não têm acesso a um padre ou a uma paróquia do seu rito são livres para receber os sacramentos em uma paróquia de rito latino, incluindo o batismo e o matrimônio. As revisões propostas para o Código especificam que, em tais situações, o registro sacramental da paróquia deve incluir uma anotação de que as pessoas envolvidas pertencem a uma Igreja Católica Oriental, disse. Além disso, os pastores de rito latino devem saber que, embora um matrimônio de rito latino seja válido na presença de um diácono, nas Igrejas de rito oriental um padre deve presidir.
Muitos católicos pensam que o Direito Canônico é algo com o qual precisa se preocupar somente se o casamento se rompe e eles querem uma anulação.
O processo de anulação é outra área atualmente em fase de estudo e análise pelo Pontifício Conselho, disse o bispo. A lei da Igreja deve defender a doutrina da Igreja, mas respondendo às situações concretas dos fiéis.
"A lei da Igreja segue a realidade teológica das coisas", disse. "Não é o Direito Canônico que proíbe o divórcio; é a fé que proíbe. O Direito Canônico, então, transforma isso em linguagem jurídica".
Assim, embora o Conselho não esteja tentando encontrar formas de facilitar as anulações, "estamos tentando identificar os gargalos que atrasam" os julgamentos no processo de anulação e identificar procedimentos melhorados, afirmou.
Catholic News Service, 17/05/13.

terça-feira, 21 de maio de 2013

4º Seminário Social propõe discussão sobre “o Estado que temos para o Estado que queremos”



5semanasocial

De 20 a 22 de maio é realizado no Centro Cultural de Brasília (CCB), o 4ª Seminário de preparação para a 5ª Semana Social Brasileira que acontecerá em todo o país, no período de 2 a 5 de setembro de 2013 e, traz como tema “Estado para quê e Estado para quem?”. O seminário é uma promoção da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB e reúne representantes dos Regionais, movimentos sociais, entidades ecumênicas e grupos tradicionais como os indígenas e quilombolas.
O 4º Seminário está organizado em diferentes eixos de trabalho, além de momentos de espiritualidade, estudos e partilha. Contará com dois painéis, um tratando do “Estado Brasileiro: avanços, limites e desafios”, com a assessoria do sociólogo, Pedro Ribeiro de Oliveira e, outro sobre “A construção do Estado do bem viver”, com o teólogo, Paulo Suess. O evento conta ainda com a participação dos assessores da Comissão para o Serviço da Caridade da CNBB, Pe. Ari Antônio dos Reis e Pe. Nelito Nonato Dornelas.
Dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, explica que o seminário tem sua importância por reunir a participação “de outras igrejas, dos movimentos sociais, dos sindicatos e das forças vivas da sociedade que querem de fato discutir o Estado Brasileiro”. Setores da Juventude, como PJ, JUFRA, JOC, PJE e PJMP, participam do encontro onde terão um espaço para relatar as atividades do movimento dentro do contexto social. Vale destacar que em setembro, a 5ª Semana Social Brasileira pretende reunir mais de 250 pessoas que estão engajadas neste trabalho, que virão de diferentes partes do país, como católicos, evangélicos, membros de organismos sociais não vinculados a nenhuma igreja, do sindicalismo brasileiro, entre outros interessados.
“Estado que queremos”
Sobre o tema da 5ª Semana Social que é uma iniciativa CNBB com toda a sociedade Brasileira, dom Guilherme recorda que essa é uma preocupação, bem anterior da Igreja, em fomentar a reflexão de um Estado para todos, principalmente para os menos favorecidos socialmente. “O Estado está a serviço muito de interesses particulares e ainda não é um Estado para todos os brasileiros”. De acordo com o bispo, a temática vem sendo discutida a mais de um ano e meio, tratando especificamente da realidade do Estado Brasileiro. Em 2010, a Comissão Episcopal propôs aos bispos na Assembleia Geral, o tema “Estado para quê e Estado para quem”, e houve um acolhimento.
Os grupos envolvidos pretendem lançar a discussão para a sociedade “do Estado que temos para o Estado que queremos”, a partir das construções coletivas dos movimentos sociais e outras articulações, bem como gestos concretos que poderão ser assumidos nacionalmente. “Não podemos estar presos ao dinheiro. Hoje a humanidade está sendo vitime do sistema econômico mundial e, aqui no Brasil, o Estado muito vezes serve a interesses de organismos e organizações particulares, como as multinacionais, em detrimento a atenção às necessidades do povo brasileiro”, destacou dom Guilherme.
Fonte: CNBB

Equipe executiva do Comina reflete sobre a renovação da Paróquia



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A equipe executiva do Conselho Missionário Nacional (Comina), organismo instituído pela CNBB, para articular as forças missionárias da Igreja no Brasil, se reuniu nos dias 16 e 17 de maio, em Brasília (DF), para refletir sobre temas relacionados à Missão, em especial, a renovação da Paróquia.
Na ocasião, a Equipe se debruçou sobre o tema: “Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia”, discutido na 51ª Assembleia geral da CNBB realizada em Aparecida (SP) no mês de abril, agora documento de estudo (Edições CNBB, 104). Irmã Maria Eugenia Lloris Aguado, membro da equipe de assessores do tema central da Assembleia da CNBB, apresentou o documento debatido pelos bispos e explicou que a finalidade é “suscitar reflexões, debates e revisões da prática pastoral” no intuito de iniciar um processo de construção da nova paróquia. “Mais do que elaborar um texto é preciso fazer uma verdadeira conversão pastoral o que implica sermos discípulos missionários, não para manter estruturas, mas para viver o Evangelho”, defendeu a assessora. “Trata-se de acreditar na proposta para que ela nos convença”, reforçou.
Para a Equipe Executiva do Comina, é importante trabalhar a dimensão missionária como um elemento constitutivo da comunidade. Padre Paulo Suess, assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), defende que o texto não precisaria repetir as análises, mas mergulhar na realidade e ouvir as bases. Para o teólogo, o desafio é deixar as comunidades falarem sobre as estruturas “caducas” e sonhar com a nova paróquia. “A novidade da paróquia será a sua missionariedade como paróquia samaritana e advogada da justiça dos pobres. Essa missionariedade perpassa todos os planos pastorais, o livro caixa e a formação dos agentes”, destaca.
A formulação de um Diretório para a animação missionária da Igreja no Brasil foi outro tema discutido na reunião. O Comina decidiu elaborar um documento de trabalho a ser encaminhado aos regionais. O objetivo é reunir contribuições quanto à teologia da missão, o papel dos animadores, sua organização e articulação.
Na avaliação de dom Sergio Braschi, presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e do Comina, “as reuniões do da Equipe Executiva são instrumentos de comunhão e reflexão. Iniciamos a nossa contribuição ao tema solicitado pela CNBB e partilhamos sobre vários acontecimentos missionários e compromissos futuros. Cada reunião do Comina nos enriquece mais para crescermos na comunhão entre os organismos que trabalham com a missão no Brasil”.
Fonte: CNBB

Liturgia Diária


DIA 21 DE MAIO - TERÇA-FEIRA

VII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Eclesiástico 2,1-13)
Leitura do livro do Eclesiástico.
2 1 Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação;
2 humilha teu coração, espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbes no tempo da infelicidade,
3 sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça.
4 Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência.
5 Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação.
6 Põe tua confiança em Deus e ele te salvará; orienta bem o teu caminho e espera nele. Conserva o temor dele até na velhice.
7 Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais;
8 vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa.
9 Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria.
10 Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz.
11 Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido.
12 Pois quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi desprezada?
13 Pois Deus é cheio de bondade e de misericórdia, ele perdoa os pecados no dia da aflição. Ele é o protetor de todos os que verdadeiramente o procuram.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 36/37
Entrega teu caminho ao Senhor, e o mais ele fará.

Confia no Senhor e faze o bem,
e sobre a terra habitarás em segurança.
Coloca no Senhor tua alegria,
e ele dará o que pedir teu coração.

O Senhor cuida da vida dos honestos,
e sua herança permanece eternamente.
Não serão envergonhados nos maus dias,
mas, nos tempos de penúria, saciados.

Afasta-se do mal e faze o bem,
e terás tua morada para sempre.
Porque o Senhor Deus ama a justiça
e jamais ele abandona os seus amigos.
Os malfeitores hão de ser exterminados,
e a descendência dos malvados destruída.

A salvação dos piedosos vem de Deus;
ele os protege nos momentos de aflição.
O Senhor lhes dá ajuda e os liberta,
defende-os e protege-os contra os ímpios
e os guarda porque nele confiaram.
Evangelho (Marcos 9,30-37)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minha glória é a cruz do Senhor Cristo Jesus, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para este mundo (Gl 6,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
9 30 Tendo partido dali, Jesus e seus discípulos atravessaram a Galiléia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse.
31 E ensinava os seus discípulos: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e ressuscitará três dias depois de sua morte.
32 Mas não entendiam estas palavras; e tinham medo de lho perguntar.
33 Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: De que faláveis pelo caminho?
34 Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior.
35 Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos.
36 E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes:
37 Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
QUEM É O MAIOR?
Os discípulos de Jesus deixaram-se contaminar pela busca de grandeza. Por isso, discutiam para saber quem, dentre eles, seria o maior. Mas o ponto de partida deste debate revelava um equívoco. Pensavam na grandeza do Reino que Jesus inauguraria e na possibilidade de ocupar posições de destaque junto ao monarca. De antemão, esses discípulos faziam a partilha dos futuros cargos disponíveis. Jesus, porém, deu um basta a estas considerações indignas de quem quer ser seu um discípulo.
O ensinamento de Jesus centra-se no tema do serviço, bem característico do Reino. A grandeza do discípulo está em sua capacidade de colocar-se a serviço do próximo. Ocupa o primeiro lugar quem se predispõe a servir a todos, sem distinção, vivendo a condição de servo, de maneira plena. A quem é reticente no servir e não prima pela generosidade, estão reservados os últimos lugares no Reino. Portanto, se os discípulos quisessem realmente disputar os primeiros lugares, que o fizessem motivados por um ideal elevado e não por ambições mesquinhas, sem sentido para quem vive a dinâmica do Reino.
Os discípulos tinham em Jesus um exemplo consumado de servidor do Reino. Sua vida definia-se como serviço generoso e gratuito às multidões oprimidas e atribuladas de tantas maneiras. Bastava que se espelhassem no Mestre.

Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9,2s)
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO CRISTOVÃO MAGALLANES
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Deus todo-poderoso, que destes aos santos Cristóvão Magallanes e companheiros a graça de sofrer por Cristo, ajudai também nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Possa agradar-vos, ó Deus, a oferenda que vos será consagrada em honra do martírio dos vossos santos Cristóvão e companheiros, para que nos purifique dos nossos pecados e vos torne propício às nossas preces. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Nutridos com o pão do céu, nos tornamos um só corpo em Cristo. Fazei, ó Pai, que jamais nos afastemos do seu amor e, a exemplo dos vossos mártires Cristóvão e companheiros, superemos tudo corajosamente por aquele que nos amou primeiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO CRISTOVÃO MAGALLANES):

Partir dos pobres: Francisco sacode movimentos laicos



Reportagem de Roberto Monteforte, publicada no jornal L'Unità, em 20 de maio.

Papa Francisco entre os fiéis: o importante é ter Cristo e a dignidade do ser humano no centro
Foram dois dias muito intensos com os movimentos e as associações laicais para o Ano da Fé, concluídos nesse domingo pelo papa Francisco em São Pedro no dia de Pentecostes. "Um Cenáculo a céu aberto", definiu a praça, a Via della Conciliazione e as ruas adjacentes lotadas com cerca de 200 mil peregrinos, expressão das tantas e diversas realidades presentes na Igreja, do Comunhão e Libertação aos Focolarinos, da Ação Católica às Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos (ACLI), passando pela Comunidade de Santo Egídio, pelos Neocatecumenais.
"Na Igreja – explicou Francisco – a harmonia é feita pelo Espírito Santo. Só Ele pode suscitar a diversidade, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade". E, "quando somos nós que queremos fazer a diversidade e nos fechamos nos nossos particularismos, nos nossos exclusivismos, trazemos a divisão; e quando somos nós que queremos fazer a unidade segundo os nossos desígnios humanos, acabamos trazendo a uniformidade, a homologação".

"Ao contrário, se nos deixarmos guiar pelo Espírito, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca se tornam conflito, porque – acrescentou – Ele nos leva a viver a variedade na comunhão da Igreja".

Bergoglio pediu, portanto, que todos tenham a coragem do novo, a sair das seguranças aparentes, confiando no Espírito, evitando os "caminhos paralelos" à Igreja.

O importante – destacou – é ter Cristo e a dignidade do ser humano no centro. É o Espírito Santo que dá a coragem para alcançar as "periferias existenciais", onde é preciso testemunhar o Evangelho. É a dignidade do ser humano, é o encontro com os pobres ("carne de Cristo") que devem ser postos no centro desse testemunho. Foi um verdadeiro estímulo o seu pedido para mudar as prioridades da vida. De pôr a ética no centro de cada escolha política.
Quem destaca isso é o presidente da Ação Católica, Franco Miano. "Responder a esse seu apelo requer uma grande assunção de responsabilidade por parte de todos os fiéis leigos. Não é apenas um apelo às formas, mas também ao testemunho de uma coerência de vida. Indica alguns princípios simples e essenciais, mas absolutamente decisivos. Cabe à nossa responsabilidade de leigos localizar formas a serem identificadas". Ele as lembra: "Junto com a questão da ética pública, está a do encontro com o outro, particularmente com os pobres", que – explica – "não é simplesmente prover o seu sustento com a esmola, mas sim ´encontrá-los´".
Portanto, o presidente das ACLI sublinha o paradoxo denunciado por Francisco quando se dá mais peso ao andamento de um banco do que a milhões de pessoas que morrem de fome. "O que o papa enfatiza é profundamente certo, importante e sobretudo verdadeiro. Devemos recuperar o essencial e inverter a ordem de prioridades dada hoje pela político e pela mídia".
Por isso, ele insiste na formação das pessoas: "Certas prioridades devem ser entendidas e vividas como um valor próprio, como a contribuição à vida das cidades, o pagar os impostos, o respeitar os outros, o ocupar-se dos pobres.
São aquele patrimônio de valores a se compartilhar". Ele acrescenta a isso um segundo nível, o da "vigilância crítica" sobre políticos e administradores, "para que cada um faça a sua parte até o fim".

Mas isso não basta. Miano lembra a exigência de que, justamente estimulado pela crise, "cada um tenha um estilo de vida mais essencial, olhando para as coisas que realmente importam". É o testemunho dado desde o início pelo Papa Francisco com o seu estilo. Ele também lança novamente aquele "Não há política sem ética", reiterado por Bergoglio.
Mas não deve chamar a atenção a sensibilidade social do papa Francisco. "Ele foi arcebispo de um país, a Argentina, que viu a crise em toda a sua dramaticidade, antes que se apresentasse entre nós", observa o presidente das ACLI, Gianni Bottalico. "Ele viu as famílias empobrecidas, o seu desespero. Ele viu como a economia e os poderes fortes mortificaram os sacrifícios das famílias. Ele nos chama a uma responsabilidade. Agora, nos obriga a rever com coerência a nossa ordem de valores: o ser humano e as pessoas vêm em primeiro lugar".
Para Bottalico, são advertências tão fortes a ponto de pôr aos leigos "a exigência de se comprometer mais diretamente na política". Devem ser reconstruídas as suas regras. "Porque não é mais possível confiar às finanças e a um capitalismo feroz e canibal a vida das pessoas".
De uma coisa está certo o presidente das ACLI: o discurso do Papa Francisco é de tão grande fôlego político que cria reflexões dentro dos nossos mundos. "O agir político não poderá prescindir disso".
L'Unità