quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dependência econômica do tabaco, um problema de saúde pública

 



A maioria da produção mundial de fumo se dá em países em desenvolvimento e em parceria com grandes companhias
Os países que realizaram estudos para verificar os ganhos com a fumicultura e os gastos para tratar doenças geradas pelo tabaco "constataram que o que se gasta com saúde é maior do que se arrecada com as vendas”, Tânia Cavalcante. Segundo ela, estudos da Aliança de Controle do Tabagismo e da Fiocruz demonstram que o sistema de saúde brasileiro gastou com apenas 15, das 50 doenças relacionadas ao tabaco, algo em torno de "21 bilhões de reais em 2011”.

Tânia esclarece que a "maioria da produção mundial de fumo se dá em países em desenvolvimento e em parceria com grandes companhias. As mesmas empresas que trabalham para expandir o consumo do cigarro com estratégias de marketing são as que atraem os pequenos agricultores, geralmente com situação econômica vulnerável, para a produção da fumicultura”. Somente no Brasil cerca de 200 mil famílias de pequenos agricultores estão "inseridos na cadeia produtiva do fumo”. A maioria delas, enfatiza, "quer deixar de plantar fumo, mas não pode, porque não tem alternativa”.

Na entrevista a seguir, a secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro – Conicq comenta as iniciativas brasileiras elaboradas após a assinatura da Convenção-Quadro, em 2005, e assegura que apesar dos desafios, o tratado internacional tem sido eficiente para reduzir a produção e o consumo de tabaco no país. "Existe dentro do governo certa incoerência em algumas questões (...), mas hoje, por exemplo, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal são grandes aliados da implementação da Convenção-Quadro”.

Tânia Cavalcante é médica e secretária-executiva da Conicq. Atuou como secretária-executiva da Comissão Nacional para Controle do Tabaco – CNTABACO durante as negociações da Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para Controle do Tabaco.

Confira a entrevista.

Quais são os principais problemas de saúde relacionados ao tabagismo? Como essas doenças são abordadas pela área da saúde no Brasil?

Tânia Cavalcante – As principais doenças são as cardiovasculares, as doenças respiratórias crônicas, câncer e, além disso, uma série de outras doenças. Hoje existem mais de 150 doenças que têm uma relação maior ou menor com o tabagismo, doenças com as quais ele tem um efeito causal ou um efeito de agravar. Esse é o caso da a osteoporose e da saúde reprodutiva. O tabagismo também causa efeitos na gestação, e já se sabe que existe uma relação entre o tabagismo materno e o descolamento prematuro da placenta, o baixo peso de bebê ao nascer, abortos, e uma série de outros agravos. Também há uma relação do tabagismo com as doenças da infância, e isso se refere ao tabagismo passivo: crianças que são expostas à fumaça ambiental do tabaco em casa, nos locais de lazer, têm um risco maior de ter pneumonia, otite, problemas de retardo no desenvolvimento e amadurecimento da capacidade respiratória. Os bebês pequenos, filhos de mãe fumantes, têm maior risco de terem morte súbita infantil.

Sabemos que as doenças crônicas não transmissíveis são um grave problema no mundo. O conjunto dessas doenças não transmissíveis envolve as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias crônicas, como enfisema, bronquite, asma, diabetes, hipertensão e várias outras doenças que têm o tabagismo como principal fator de risco. Existe uma grande preocupação mundial com o crescimento das doenças crônicas não transmissíveis no mundo, porque morem cerca de 36 milhões de pessoas todos os anos devido a essas doenças. Essa situação é tão grave que a ONU, pela segunda vez, tratou de um tema de saúde, mencionando as doenças crônicas não transmissíveis. Esse tema foi abordado no ano passado em uma reunião que contou com presidentes de todo mundo para tratar dessa situação, que eles categorizaram como uma crise global. Por quê? Porque existe, além das perdas de vidas, um crescimento dessas doenças, que são consideradas um fator devastador da economia dos países.

Prevenção

A presidente Dilma esteve na reunião e reafirmou o compromisso do Estado brasileiro com a implementação da Convenção-Quadro para controlar o tabaco. A Convenção-Quadro é o primeiro tratado internacional de saúde pública que foi negociado sob os auspícios da Organização Mundial de Saúde – OMS. Esse tratado converge de uma série de medidas intersetoriais para reduzir a epidemia do tabagismo no mundo: algumas medidas são de governabilidade do setor de saúde, mas boa parte delas depende da ação de outros setores do governo que não a área saúde. Por exemplo, aumentar os preços dos impostos sobre o tabaco, de forma que pressione o aumento dos preços do cigarro – essa é uma das medidas consideradas "custo-efetivas” para reduzir o tabagismo; proibir a propaganda de cigarros, as atividades de promoção ao tabaco, colocar advertências sanitárias nas embalagens, para informar a população sobre a real dimensão do risco à saúde; além de estimular os fumantes a deixarem de fumar.

Existem também outras ações, como apoiar o fumante para que ele deixe de fumar, conscientizar a sociedade, capacitar profissionais de saúde para que possam abordar de forma adequada o fumante na sua cessação do tabagismo, além de alternativas à produção do fumo. Isso porque, ao mesmo tempo em que a Convenção-Quadro busca reduzir o consumo globalmente, ela igualmente se preocupa com o outro lado da moeda: o produtor que depende do fumo. A maioria da produção mundial de fumo se dá em países em desenvolvimento e em parceria com grandes companhias. As mesmas empresas que trabalham para expandir o consumo do cigarro com estratégias de marketing são as que atraem os pequenos agricultores, geralmente com situação econômica vulnerável, para a produção da fumicultura, com o discurso de que essa produção vai trazer riqueza e bem-estar para ele e sua família.

É possível estimar qual é o custo dessas doenças sob a perspectiva da economia e da epidemiologia?

Tânia Cavalcante – A maior parte dos países que fizeram esse tipo de estudo constatou que o que se gasta com saúde é maior do que se arrecada com as vendas. Recentemente a Aliança de Controle do Tabagismo – uma organização não governamental que atua na defesa da implementação da Convenção-Quadro no Brasil –, em conjunto com a Fiocruz, realizou um estudo em que mensurou o quanto o sistema de saúde gastou com apenas 15 das 50 doenças relacionadas ao tabaco. A estimativa foi de 21 bilhões de reais em 2011.

Coincidentemente, neste ano a arrecadação a partir do setor do fumo foi de 6 bilhões de reais, ou seja, se gasta muito mais do que se arrecada, apesar de alguns dizerem que produzir fumo gera emprego, traz desenvolvimento para o país. Esses dados refutam totalmente essa ideia equivocada, que já vem sendo estudada com bastante consistência pelo Banco Mundial. Este banco já estimou que, para cada dólar arrecadado, os governos gastam um dólar e meio para o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco.

Considerando os riscos do tabagismo para a saúde, por que ainda se investe tanto na fumicultura? Trata-se apenas de uma questão econômica e de lucratividade?

Tânia Cavalcante – A fumicultura se instala na região Sul em meados do século passado, e desde então foi sempre um processo capitaneado por grandes empresas transnacionais. Essas grandes empresas reconheceram que, no Brasil, existe clima apropriado, terra fértil e, principalmente, mão de obra barata e disciplinada. As empresas encontraram um grande filão no Brasil e desenvolveram uma cadeia produtiva que é considerada exemplar mundialmente em termos de organização e logística.

Ao se especializarem na fumicultura, muitas famílias perderam o conhecimento agrícola de lidar com a terra, então passaram a se especializar nessa produção. Obviamente que as grandes empresas, uma vez instaladas, conseguiram, através do crescimento econômico, ganhar poder e influência política, e isso tem tornado difícil o movimento de pensar alternativas à produção do fumo. Hoje a nossa grande preocupação é o fato de o país ter 200 mil famílias de pequenos agricultores inseridos na cadeia produtiva do fumo. Estudos mostram que a maioria das famílias quer deixar de plantar fumo, mas não pode, porque não tem alternativa. Essa foi uma das razões pela qual o Brasil ratificou a Convenção-Quando.

Uma das condições para que o Congresso Nacional apoiasse a ratificação da Convenção-Quadro pelo Brasil foi a criação de um programa de diversificação em áreas que produzem fumo. Esse programa não proíbe ninguém de plantar fumo, porque a Convenção não tem esse objetivo. Ela busca salvaguardar as pessoas que dependem da produção do fumo, esperando a redução da produção e do consumo. Nesse sentido é que atua o programa de diversificação, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Trata-se de um programa alinhado à política de desenvolvimento rural do governo, capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem como foco principal diversificar a produção agrícola, para que fiquem menos vulneráveis às oscilações do mercado. No caso da fumicultura, a Convenção-Quadro anda a passos largos mundialmente. São 175 países acelerando o passo para implementar as suas medidas.

Já temos sinais de vários países que vêm reduzindo o tabagismo. Isso certamente vai impactar os pequenos fumicultores do Brasil, já que 85% da produção nacional é exportada. O Brasil já vem reduzindo o consumo interno há algum tempo. Então, é preciso que se pare de dizer que plantar fumo é bom para o país, porque não é.

Quais são as alternativas para os agricultores que hoje se dedicam à plantação de fumo?

Tânia Cavalcante - A filosofia desse programa é de que não existe um produto mágico. Em nível mundial existe um grupo de trabalho dedicado a estudar essa questão no intuito de orientar os países produtores quanto à implementação de novos produtos.

A visão é de que é preciso analisar localmente as plantações. Mais do que isso, é preciso ter uma organização para que as novas produções venham a ser dadas comoalternativas ao fumo, para que tenham um escoamento, uma logística de comércio. É preciso que o agricultor seja também recapacitado para lidar com outros tipos de produção, buscando autonomia na gestão de sua terra, porque hoje ele é tutelado pelas grandes empresas de fumo, e não tem liberdade em termos de gerenciamento. Faz parte desse processo de alternativas ao fumo uma série de elementos: a questão da garantia da comercialização, da capacitação do agricultor, do resgate de sua autonomia.

No município de Dom Feliciano, no Rio Grande do Sul, o prefeito decidiu implementar esse programa, e existem vários exemplos de que é possível mudar a produção com uma rentabilidade tão grande ou até maior do que a do fumo. As produções de uva, pepino e leite estão sendo observadas como alternativas à fumicultura.

Quais são hoje as principais políticas para prevenir e evitar o consumo de tabaco no Brasil?

Tânia Cavalcante – No Brasil já têm grandes ações como a proibição da propaganda, que até os anos 2000 era ainda permitida. Aliás, a partir de 2000 ela foi totalmente proibida nos grandes meios de comunicação. Em 2011, conseguimos avançar mais ainda, e proibimos totalmente a propaganda, inclusive nos pontos internos de venda. Essa é uma grande conquista nacional, porque sabemos que a propaganda faz a diferença em termos de captar novos consumidores. Também conseguimos proibir o patrocínio de eventos culturais e esportivos por marcas de cigarros, inclusive de Fórmula 1. Há também aquelas advertências com fotos nas embalagens. Dados do IBGE mostram que 65% dos fumantes brasileiros se sentem mais motivados a deixarem de fumar quando veem as fotos nas embalagens de cigarros.

Outra grande conquista foi a instalação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa no Brasil, em 1999. Ela surgiu com a missão de regular os produtos do tabaco, e a partir daí tivemos importantes conquistas. Entre algumas dessas conquistas está a proibição dos termos "light”, "ultralight” nos cigarros. Entre as conquistas mais recentes, está a proibição dos aditivos que dão sabores aos cigarros, conquistada depois de dois anos de intenso debate, em que a indústria do tabaco criava uma ação de desinformação, tentando jogar os fumicultores contra a Anvisa. Essa é uma medida importantíssima, porque ajuda a prevenir a iniciação entre jovens. Obviamente a resistência foi enorme, porque a normativa fere um dos pilares da lucratividade desse setor, que é a sua capacidade de captar novos consumidores entre os adolescentes. Outra medida importante é o tratamento para deixar de fumar, que vem sendo implantado desde 2004 na rede do Sistema Único de Saúde – SUS. É uma resposta que o governo precisa dar àqueles fumantes que vêm sendo pressionados pelas novas leis e pelas famílias para deixarem de fumar.

O Brasil também tem uma lei que proíbe as pessoas de fumarem em ambientes coletivos. Essa lei ainda precisa ser regulamentada por um decreto presidencial que vai definir os parâmetros para a fiscalização dessa proibição. Então, estamos aguardando isso para que a rede de vigilância sanitária possa fiscalizar essa medida o mais breve possível.

Segundo notícias da imprensa, o BNDES emprestou 336 milhões de reais à agroindústria do fumo nos últimos cinco anos, e somente 22,4 milhões de reais para ajudar pequenos fumicultores a diversificar as culturas agrícolas. Como compreender esses dados e o incentivo público em empresas que produzem produtos que geram diversos problemas de saúde?

Tânia Cavalcante – Existe dentro do governo certa incoerência em algumas questões, e essa é uma delas. Mas hoje, por exemplo, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal são grandes aliados na implementação da Convenção-Quadro. O artigo 6º da Convenção é de responsabilidade do Ministério da Fazenda, e no ano passado a presidente Dilma decidiu encaminhar uma medida provisória para o governo, a Medida Provisória n. 540, que desonera alguns setores produtivos, com o objetivo de enfrentamento da crise econômica, e que transferia parte dessa desoneração para o setor de fumo. Então, houve um aumento de impostos sobre a fumicultura, que impactou também no aumento do preço dos cigarros.

Entretanto, a dificuldade de realizar acordos com outros setores do Estado não é um problema somente do Brasil; isso acontece no mundo inteiro. Faltam ajustes finos, no sentido de termos mais recursos para promover alternativas ao fumo.

A que atribui o alto consumo de cigarros? É possível traçar um perfil dos usuários?

Tânia Cavalcante – Hoje o tabagismo no Brasil se concentra na população de menor renda e menor escolaridade, e na população rural a concentração também é maior. E provavelmente essa situação reflete talvez a forma de não equidade das ações, em termos de não conseguir alcançar essas populações nas ações nacionais. Estamos procurando caminhos que nos ajudem a chegar nessas populações para protegê-las da interferência das ações de marketing e das ações que são usadas de forma bastante capilar pelas empresas de tabaco para seduzir as pessoas. Hoje, 80% do consumo de produtos do tabaco acontecem nos países em desenvolvimento, o que reflete exatamente a vulnerabilidade que essas populações têm quando não existem políticas.

Deseja acrescentar algo?

Tânia Cavalcante – Esqueci-me de mencionar a redução do tabagismo entre as mulheres. Havia uma prevalência do tabagismo de 32% em 1989, considerando a população acima de 15 anos. O último dado internacional é de 2008, e demonstra que esse percentual caiu para 17,2%. Houve sim uma redução tanto entre homens como entre mulheres, mas o que se observa mais recentemente no fator de risco e doenças crônicas, através de dados do Vigitel – um sistema de vigilância por telefone, coordenado pelo Ministério da Saúde –, é que houve uma estagnação dessa queda entre mulheres, enquanto entre os homens a queda continua.

Outro aspecto importante de relatar é que essa queda do tabagismo no Brasil já se reflete na queda das doenças crônicas não transmissíveis e das mortes por doenças crônicas não transmissíveis. Houve uma redução, entre 1996 e 2007, de 20%. Foi uma redução significativa.
Eco Agência

Corte de Direitos Humanos abrirá as portas ao aborto na América


 

Madri, 04 out (SIR) - Mercedes Martínez Albesa, líder pró-vida espanhola, advertiu que nesta sexta-feira, 5 de outubro, dia em que a Corte Interamericana de Direitos humanos (CIDH) julgará a Costa Rica pelo caso de fecundação in vitro (FIV), "fica em jogo a integridade da Convenção Americana de Direitos Humanos como tratado protetor da vida do ser humano desde sua concepção".
Durante entrevista com o grupo ACI no dia 2 de outubro, Martínez Albesa advertiu que há um grave risco de que se abra a porta à legalização do aborto na América Latina devido à aparente parcialidade para o aborto por parte de três juízes da CIDH. "Ao menos 3 dos 6 juízes da Corte IDH que julgarão o Caso, carecem, segundo o Instituto Solidariedade e Direitos Humanos, da imparcialidade necessária para julgá-lo. Isso vai contra o estipulado no 8º artigo da Convenção Americana sobre Direitos humanos, segundo o qual qualquer circunstância que afete a independência ou imparcialidade de seus juízes constitui uma incompatibilidade com o exercício de dito cargo", denunciou.
De acordo com Martínez Albesa "os três juízes parciais são: Margaret May Macaulay (Jamaica), Alberto Pérez Pérez (Uruguai) e o presidente da Corte Diego García Sayán (Peru)". "Estes três juízes compartilham a posição de que a vida humana não começa com a fecundação ou que o concebido começa a existir somente depois da ‘nidação’ ou em um momento posterior, e que a vida do concebido pode ser limitada em algumas circunstâncias", advertiu. A líder pró-vida assinalou que estes três juízes da CIDH "inclusive se mostram partidários de despenalizar ou liberar o aborto". Martínez Albesa advertiu a gravidade da situação, pois de acordo ao artigo 16 do Regulamento da CIDH, em caso de empate na votação dos 6 juízes, o voto dirimente seria o do presidente desta Corte, neste caso García Sayán, favorável ao aborto. "Quer dizer, agora mesmo estes 3 juízes parciais fazem maioria para sentenciar o Caso FIV", lamentou.
Esta postura ideológica dos três juízes vai contra a própria Convenção Americana de Direitos Humanos, que explicita em seu artigo 4.1. que "toda pessoa tem direito a que se respeite sua vida. Este direito estará protegido pela lei e, em geral, a partir do momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente". "É a primeira vez na história que a Corte Interamericana tem um caso como este. Por essa razão, os olhos do mundo estão fixados neste caso e, em consequência, no que faça ou deixe de fazer Costa Rica", advertiu a líder pró-vida. Para resolver este caso, explicou Mercedes Martínez Albesa ao grupo ACI, a CIDH terá que determinar, de um ponto de vista jurídico, desde quando se pode falar de concebido. "Se a Corte resolve que o concebido existe depois da fixação, se abrirão as portas para as práticas abortivas e a manipulação do zigoto até antes de que se produza a fixação", alertou. Além disso, continuou Martínez Albesa, "ainda no suposto de que a Corte determine que o concebido já exista desde a mesma fecundação, a Corte terá que pronunciar-se inevitavelmente sobre se o direito à vida do concebido pode ser limitado em vista a proteger ou promover outros direitos ou interesses".
Com isso, assinalou, "abrirão também as portas para as práticas abortivas ou a manipulação indevida do concebido, em quaisquer de suas etapas de desenvolvimento, sempre que se justifique essa limitação em outro direito ou interesse similar que se aspire alcançar, como os pretendidos direitos sexuais e reprodutivos". Martínez Albesa também destacou que o Instituto Solidariedade e Direitos Humanos revelou que a CIDH não pode decidir, validamente, se os Estados devem aceitar ou regular a fecundação in vitro, "porque essa é uma decisão soberana que devem adotar os Estados através de seus procedimentos democráticos". A líder pró-vida advertiu que o julgamento desta sexta-feira "resolverá o sentido da cultura dos direitos humanos, com relação à vida do concebido e todas suas implicações para toda a América Latina".

Sínodo dos Bispos: “A nova evangelização envolve todos”

 

Cidade do Vaticano, 04 out (SIR) – “A nova evangelização deve dirigir uma olhar particular” aos “tantos irmãos e irmãs que se afastaram da Igreja e da prática religiosa. Trata-se de uma enorme obra que envolve todos os membros da Igreja, não só o clero, mas também os leigos”.
É o que afirma, em entrevista, dom Nikola Eterović, secretário geral do Sínodo dos Bispos, explicando – faltando poucos dias da abertura (07 de outubro) – tema da assembleia sinodal: “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Objetivo da nova evangelização, afirma o arcebispo, é “a transmissão da fé cristã. Esse processo, hoje bastante dificultado, se insere no âmbito da nova evangelização. A Igreja existe para evangelizar”. Hoje, “esse anúncio do Evangelho e da Pessoa de Cristo ressuscitado deve ser feito com novo ardor, novos métodos, novas expressões”.
Deste modo, “as nossas comunidades serão capazes de dar um renovado impulso às missões seja em terras distantes, seja para os não cristãos que vivem em nossos Países de antiga evangelização. Além disso, o renovado dinamismo da Igreja se manifesta de modo particular em relação às pessoas batizadas e não suficientemente evangelizadas, tantos irmãos e irmãs que se afastaram da Igreja e da prática religiosa”.
Hoje, continua o arcebispo, “por um lado se procura viver como se Deus não existisse; do outro, existe uma renovada busca da transcendência, da espiritualidade”. Esta situação, destaca dom Eterović, referindo-se a esta “renovada busca” de espiritualidade, é “uma oportunidade para a Igreja, para anunciar com renovado ardor a pessoa de Jesus Cristo e seu Evangelho de salvação. Para fazer isso, é preciso deixar-se animar pelo Espírito Santo que é capaz de vencer certo cansaço de muitas comunidades cristãs. O Espírito é sempre jovem, portador de vida nova.
Isto pode ser visto no dinamismo de muitas Igrejas jovens, nos Países de primeira evangelização. Mas, graças a Deus, também no mundo de antiga evangelização não faltam essas comunidades e grupos. Um seu renovado dinamismo terá efeitos positivos também em relação a tantos irmãos e irmãs que buscam um sentido para suas vidas, a verdade, a justiça e a paz. Também eles tem o direito de conhecer Jesus Cristo. Os cristãos, por sua parte, tem o dever de anunciá-lo com o exemplo da vida cristã e, quando necessário, dando razão de sua fé”.

A messe é grande. Evangelho do Dia

"Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos."




(Foto: )
Lucas 10,1-12
No caminho para Jerusalém, Jesus enviou discípulos à sua frente com a missão de preparar sua passagem. Eram trinta e seis duplas que visitavam cidades e lugarejos, anunciando a chegada do Reino de Deus e restituindo a saúde aos doentes. Exatamente o que Jesus fazia. Portanto, os discípulos antecipavam o que Jesus faria, depois, predispondo as pessoas para acolherem sua mensagem.

Esta colaboração com a missão de Jesus era fundamental. Ele reconhecia a grandiosidade da tarefa que tinha pela frente e a necessidade de muita gente, com ele e como ele, dedicar-se ao serviço do Reino. Desta forma, os discípulos estavam sendo preparados, pouco a pouco, para dar continuidade à missão de Jesus, quando sua ação missionária tivesse chegado ao fim. E isto aconteceria em breve.

As instruções dadas por Jesus aos seus enviados preveniram-nos quanto à realidade da missão. Ser ovelhas em meio a lobos foi a metáfora que o Mestre encontrou para descrever o desafio da missão. Os discípulos deveriam contar com dificuldades, perseguições, e até mesmo a morte. Isto, porém, não deveria ser motivo para abandonarem a tarefa recebida. Não haveria de faltar quem os acolhesse e partilhasse com eles o próprio pão. Caso fossem rejeitados, deveriam seguir adiante, pois tinham o mundo inteiro para evangelizar.

Oração

Senhor Jesus, confirma minha missão de servidor do Reino e não me deixe desanimar diante das dificuldades.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Reitor e Professor da FAJE

Dom Petrini divulga mensagem pela Semana Nacional da Vida

Qua, 03 de Outubro de 2012 14:51 /  por: cnbb
dompetriniiiiCom o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”, a Igreja no Brasil realiza a Semana Nacional da Vida, entre os dias 1º e 7 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, no dia 8. Neste período, os Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e dioceses de todo país, desenvolvem atividades em torno do tema, focando sempre na defesa e promoção da vida.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e a Família da CNBB, e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini, divulgou uma mensagem sobre a Semana Nacional da Vida, onde expressa o valor imensurável da vida humana. “[...] a vida humana é o dom mais precioso que temos entre as mãos, mais precioso do que todas as pérolas do mundo, do que todos os metais preciosos do planeta, do que todas as galáxias. Um dom de inestimável valor, feito de amor e ternura infinita, porque a vida humana é relação com o Mistério Infinito, Eterno e Criador que a quer e a ama.”
Leia a íntegra da mensagem de dom Petrini:
Semana Nacional da Vida – Outubro 2012
A semana da vida, proclamada pela CNBB, é uma oportunidade preciosa para recuperar a postura justa diante da vida humana. Diante do rosto suave de uma mulher grávida, ou diante do sorriso satisfeito de uma criança que mama no colo da mãe, ou diante de um homem idoso e enrugado, com os sinais nas mãos e no rosto de anos de trabalho e de sofrimentos, a postura plenamente humana é uma admiração cheia de maravilha e de surpresa.
É um grande mistério a vida humana! Mistério de beleza, de inquietação que busca respostas, de lutas e de esperanças. Que dramas se desenrolaram nos anos, frutos da liberdade, da faculdade de escolher e decidir, ora orientada para o bem, próprio e de outros, numa positividade capaz de construir, gerar, acolher, amar, doar-se até o sacrifício; ora orientada para ferir e destruir.
Como é grande o Mistério que está na origem da vida humana! O mesmo que está na origem das estrelas e das flores, dos sorrisos e dos ventos. Mistério de compaixão e de misericórdia, Mistério redentor, que acolhe e perdoa, que cura e salva a quem O reconhece e acolhe.
Por isso, a vida humana é o dom mais precioso que temos entre as mãos, mais precioso do que todas as pérolas do mundo, do que todos os metais preciosos do planeta, do que todas as galáxias . Um dom de inestimável valor, feito de amor e ternura infinita, porque a vida humana é relação com o Mistério Infinito, Eterno e Criador que a quer e a ama. Trata-se de um dom inegociável tanto no mercado quanto nos Parlamentos.
Diante desse dom, cabe abertura da inteligência para acolher e do coração para cuidar, da inteligência para fazer crescer e do coração para amar. Cabe deixar-se comover e provocar, mover a própria humanidade inteira em direção a esse dom, sendo chamado a dar um passo adiante na profundidade do Ser.
Cabe responder, podemos dizer como Maria: Sim, faça-se em mim segundo a tua vontade. Como Simão Pedro: Sim Senhor, tu sabes que eu te amo! Como Madre Teresa e Irmã Dulce dos pobres: sim Senhor, eis que venho para fazer a tua vontade: amar e servir a vida humana, acolher e cuidar da vida humana ferida, oferecendo a própria para que o abraço do Mistério alcance os que não são abraçados, os não-amados. Sim Senhor, podes contar comigo.
Que Semana esta em que reconhecemos a vida humana no seu esplendor e a acolhemos em sua verdade! “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”: é a explosão da beleza e da alegria, da felicidade e da paz, do significado. Tu Senhor estás aqui, contigo abraço essa vida humana para a qual estendeste teu abraço redentor.
+João Carlos Petrini
Bispo de Camaçari Presidente da CEPVF da CNBB

Evangelho do dia

Ano B - Dia: 04/10/2012



Os trabalhadores são poucos
Leitura Orante


Lc 10,1-12

Depois disso o Senhor escolheu mais setenta e dois dos seus seguidores e os enviou de dois em dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha de ir. Antes de os enviar, ele disse:
- A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a colheita. Vão! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias. E não parem no caminho para cumprimentar ninguém. Quando entrarem numa casa, façam primeiro esta saudação: "Que a paz esteja nesta casa!" Se um homem de paz morar ali, deixem a saudação com ele; mas, se o homem não for de paz, retirem a saudação. Fiquem na mesma casa e comam e bebam o que lhes oferecerem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de uma casa para outra.
- Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam a comida que derem a vocês. Curem os doentes daquela cidade e digam ao povo dali: "O Reino de Deus chegou até vocês." Porém, quando entrarem numa cidade e não forem bem recebidos, vão pelas ruas, dizendo: "Até a poeira desta cidade que grudou nos nossos pés nós sacudimos contra vocês! Mas lembrem disto: o Reino de Deus chegou até vocês."
E Jesus disse mais isto:
- Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, Deus terá mais pena de Sodoma do que daquela cidade!

Leitura Orante

Preparamo-nos, juntos, na rede da internet, para a Leitura Orante, rezando:
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso:
eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 10,1-12.
Jesus Mestre organiza a equipe de discípulos. Tem objetivo, conteúdo, estratégia e missão claros.
Equipe: setenta e dois discípulos. Setenta (setenta e dois) na tradição judaica significava o número dos povos do mundo. O número de setenta discípulos manifesta o objetivo de Jesus com relação à humanidade inteira. O novo Povo de Deus envolverá todos os povos da terra.
Objetivo: Atenção à vida das pessoas ("cura dos doentes") e anúncio do Reino de Deus.
Conteúdo: preparar a acolhida do Senhor (pré-missão).
Estratégia: oração, despojamento, ir ao encontro, visitar todas as casas, iniciando com saudação de paz.
Missão: a "colheita". Ou seja: formar o novo Povo de Deus.

2. Meditação (Caminho)
O que a Palavra diz para mim, para nós?
Respondo aos apelos e convites de Jesus Mestre? Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
Faço parte do Novo Povo de Deus. Sou também convocado/a a ser discípulo/a missionário/a atento/a ao bem das pessoas e ao anúncio do Reino. Como disseram os bispos, em Aparecida: " Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher."(DAp 18).
Qual o meu compromisso com a Igreja? Minha fé é dinâmica, comunicativa. Às vezes, tenho minha fé e compromissos adormecidos, sem expressão.

3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Em silêncio dou minha resposta de adesão ao Senhor que me convoca e envia e "peço ao dono da plantação que mande mais trabalhadores". E rezo, com o Padre Zezinho, scj:

Oração Pela Messe
Poucos os operários, poucos trabalhadores
e a fome do povo aumenta mais e mais.
És o Senhor da messe, ouve esta nossa prece,
põe sangue novo nas veias da tua Igreja.
1. Falta pão porque falta trigo. Falta trigo porque não semeiam
e faltam semeadores porque ninguém foi lá fora chamar.
Falta fé porque não se ouve.
Não se ouve porque não se fala
e falta esse jeito novo de levar luz e de profetizar.
2. Falta gente pra ir ao povo, descobrir porque o povo se cala.
Pastores e animadores pra incentivar o teu povo a falar.
Falta luz porque não se acende.
Não se acende porque faltam sonhos
e falta esse jeito novo de levar luz e falar de Jesus.

Ouça em:
http://youtu.be/2kKpgD_b3KY
CD Fazedores da Paz - Pe. Zezinho,scj - Paulinas COMEP

4. Contemplação(Vida/Missão)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?
Renovo meu compromisso de ir ao encontro das pessoas para lhes anunciar a paz. Disseram os bispos, em Aparecida: "Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um de seus habitantes".(DAp 18).
Todos somos vocacionados no Reino de Deus. Vou assumir meu lugar, conforme o Projeto de Deus.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Santo do dia

4 de outubro

São Francisco de Assis
Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava.

Mas mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto.

Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.

A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta fé que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo.

Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados.

Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo.

Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro.

Assim, nada mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isso que no dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais". Mas poderia ser, mesmo, o Dia da Caridade e de tantos outros atributos. A data de sua morte foi, ao mesmo tempo, a do nascimento de uma nova consciência mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os seres humanos de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza.

Oração da Paz

São Francisco de Assis

Senhor,

Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver duvida, que leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,

Fazei que procure mais consolar, que ser consolado.
compreender que ser compreendido.
amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que vive para a vida eterna