quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Arquidiocese realizará Assembleia de Pastoral 2013 neste fim de semana


O rumo pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife será definido nesta semana. Nos dias 15 e 16, a Igreja local realizará uma nova assembleia. O evento reunirá representantes de todas as 115 paróquias mais os integrantes, religiosos e leigos, das 13 comissões arquidiocesanas, que juntos receberão o plano de pastoral. O documento começou a ser construído ainda na assembleia de 2010 e nos últimos dois anos passou por estudos e revisões. O encontro acontecerá no Colégio Vera Cruz, no bairro das Graças.
De acordo com o coordenador de Pastoral, padre Josenildo Tavares, a assembleia será um marco importante nessa nova caminhada da arquidiocese que vivencia desde a chegada de Dom Fernando Saburido, em 2009, ares de uma igreja mais missionária. “Chegamos a mais uma assembleia, dessa vez com um plano de pastoral que traz resultados concretos das paróquias, dos vicariatos e das comissões. Experiências diferentes que vão contribuir com novas diretrizes para a atuação da Igreja”, afirmou o religioso.
O Plano de Pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife, em definitivo, deverá ser apresentado na Festa de Pentecostes do próximo ano. “A partir de então teremos um documento que contempla as diversas realidades e desafios da nossa Igreja. Ele servirá para caminharmos com mais unidade e com o olhar para o próximo”, concluiu padre Josenildo.
Serviço
Assembleia Arquidiocesana de Pastoral 2013
Local: Colégio Vera Cruz.
End.: Av. Rui Barbosa,  S/N (Próximo à Praça do Entroncamento)
Horário: 8h às 16h
Da Assessoria de Comunicação AOR

Pastoral da Sobriedade promoverá curso para novos agentes


Cartaz Curso Formação 2

Há uma década, a Pastoral da Sobriedade da Arquidiocese de Olinda e Recife vem resgatando vidas. Com um trabalho intenso, em diversas paróquias, esse grupo de leigos já conseguiu retirar centenas de pessoas da dependência química com a ajuda do amor e da palavra de Deus. Para dar continuidade a esse trabalho e levar a libertação a mais vítimas do álcool e outras drogas, a pastoral realiza neste mês a terceira edição do Curso de Formação e Capacitação de Novos Agentes.
O evento será realizado no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, na Várzea, entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro. Para participar os interessados devem reservar a vaga enviando um e-mail para cursoagente2013.aor@gmail.com. A participação deve ser confirmada na abertura do curso com o pagamento de uma taxa de R$ 50.
“Teremos alojamentos para quem vier de outras dioceses. Já estão confirmadas Caruaru, Pesqueira, Palmares, Afogados da Ingazeira e Garanhuns”, afirmou a coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Sobriedade, Lúcia Josué.
O Curso de Formação e Capacitação de Novos Agentes da Pastoral da Sobriedade tem 20 horas de conteúdo. As palestras tratam desde a implantação dos grupos até a questão da espiritualidade específica para trabalhar com os membros. A coordenadora da pastoral no Regional Nordeste 2 da CNBB (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte), Maria da Guia, será a responsável por conduzir esse trabalho.
Atualmente, a arquidiocese dispõe de 40 agentes da Pastoral da Sobriedade que atuam em sete grupos de autoajuda. “Nem todos os nossos agentes estão ativos. É por isso que se faz necessário e urgente a formação de novos”, declarou Lúcia Josué.
Outras informações poderão ser encontradas na fanpage da Pastoral da Sobriedade.
Serviço
III Curso de Formação e Capacitação de Novos Agentes da Pastoral da Sobriedade
Data: 29/11 a 1º/12
Local: Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital – Av. Afonso Olindense, 1764, Várzea.
Inscrição: cursoagente2013.aor@gmail.com
Investimento: R$ 50
Da Assessoria de Comunicação AOR

Estudo 104 recebe contribuições enviadas pelas dioceses



01comissobaseSeis meses após o envio do Estudo 104 às dioceses do Brasil, a Comissão Episcopal para o Tema Central da 52ª Assembleia Geral da CNBB recebeu diversas contribuições dos regionais e dioceses que serão aplicadas ao texto. Desde o mês de maio, o tema “Comunidades de comunidade: uma nova paróquia” vem sendo debatido em assembleias diocesanas e paroquiais, encontros nacionais, seminários e formações de lideranças, com o objetivo de refletir sobre a renovação paroquial.
A comissão de redação do tema central, constituída por bispos e assessores, esteve reunida de 11 a 14 de novembro, na sede da CNBB, para dar encaminhamento a redação do texto que recebeu ajustes a partir das contribuições sugeridas pelas dioceses e regionais. O arcebispo de Manaus e presidente da Comissão para o Tema Central da 52ª AG, dom Sérgio Castriani, explica que o texto ampliado será enviado aos bispos para que apresentem emendas. Na Assembleia Geral de 2014, o estudo receberá aprovação para se tornar um Documento da CNBB.
Dom Sérgio avalia positivamente a participação das comunidades e paróquias ao estudarem o texto. De acordo com o bispo, os resultados refletem o trabalho dedicado das igrejas particulares. “Existe a necessidade, não apenas, de elaborar um texto, mas um programa com pistas e indicações para uma renovação paroquial”, explica.
Segundo dom Sérgio, a temática sobre a renovação paroquial não é algo recente, mas está presente nos textos do Concílio Vaticano II, das Assembleias Episcopais de Puebla, Medelin, Santo Domingo e, mais recentemente, no Documento de Aparecida e nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
O bispo destaca ainda a participação dos leigos na renovação paroquial e diz que os fiéis têm apontado caminhos para essa mudança. “Houve uma grande participação dos leigos em todos os níveis, desde as pequenas comunidades, conselhos comunitários e de área pastoral. Sabemos que a renovação paroquial depende da conversão das pessoas que formam a paróquia.”

Fonte: CNBB

Dom Fernando receberá Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Camara em Brasília



530253_509618545768193_1339478070_nO arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, é um dos escolhidos para receber a Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Camara concedida pelo Senado Federal. A homenagem é feita anualmente a cinco pessoas que tenham realizado importantes ações de defesa dos direitos humanos no Brasil. A sessão solene de entrega do prêmio será no dia 3 de dezembro em Brasília.
Além do arcebispo receberão a comenda Cláudio Luciano Dusik, que desenvolveu o Mousekey “Teclado Virtual”, instrumento que auxilia pessoas com dificuldade de escrever e se comunicar; a deputada Janete Capiberibe; o Warley Martins Gonçalles, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos – COBAP; o Márlon Jacinto Reis, Juiz de Direito e um dos fundadores e coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral -MCCE; e o ex-governador Jackson Lago, in memoriam.
A comenda criada por meio da Resolução nº 14, de 20101 , a partir do Projeto de Resolução do Senado nº 62, de 2008, apresentada pelo senador José Nery e outros senadores . A comenda leva o nome do antigo arcebispo de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara (1909 –1999) , conhecido pela sua atuação na defesa dos mais pobres e dos perseguidos políticos durante a ditadura militar no Brasil. As indicações à escolha dos agraciados são apreciadas pelo Conselho da Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, composto por um representante de cada um dos partidos políticos com assento no Senado Federal.
Outros religiosos também receberam a homenagem. Entre eles: Dom Pedro Casaldáliga, Dom Manuel da Cruz, Dom Eugênio de Araújo Sales, Dom Marcelo Pinto Carvalheira, Dom Tomás Balduíno, Dom Paulo Evaristo Arns e Dom José Maria Pires.

Com informações da assessoria e do Wikipédia

Informação

Informamos aos paroquianos da paróquia Nossa Senhora

 das Candeias, que amanhã dia 15/11/2013 não haverá 

missa na orla de Candeias.




Evangelho do dia

Ano C - 14 de novembro de 2013

Lucas 17,20-25

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a videira verdadeira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar (Jo 15,5).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 17 20 os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: “O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo”.
21 Nem se dirá: “Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós”.
22 Mais tarde ele explicou aos discípulos: “Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis.
23 Então vos dirão: ‘Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali’. Não deveis sair nem os seguir.
24 Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia.
25 É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A MANIFESTAÇÃO DO REINO
No tempo de Jesus, eram fortes as expectativas do fim do mundo e da manifestação de Deus na história humana. A dominação estrangeira já se tornara insuportável. A falta de liberdade, certas atitudes abusivas das autoridades romanas, e o cansaço pela espera do fim geravam uma febre escatológica. Acabava-se por ver o Messias, em toda parte.
Certos grupos, de caráter apocalíptico, iam além. Chegavam a estabelecer calendários, calcular datas, determinar sinais indicativos da consumação dos tempos. É possível que suas descrições aterradoras de guerras, fome e pestes acabassem por gerar um clima de terror no coração das pessoas.
Os fariseus, por sua vez, pregavam o caminho da estrita observância da Lei e a penitência como a forma de melhor preparar-se para a chegada do Messias. Os essênios segregaram-se no deserto, às margens do Mar Morto, formando uma comunidade continuamente voltada para as purificações rituais, à espera do Messias vindouro.
Jesus procurou libertar os discípulos deste escatologismo inútil. Em primeiro lugar, porque o Reino de Deus já estava presente na história humana, na ação do Filho de Deus. Em tudo quanto fazia ou pregava, era o próprio Deus interpelando a humanidade. Em segundo lugar, porque, por ocasião da segunda vinda do Messias, todos haveriam de dar-se conta de sua chegada. Por conseguinte, qualquer preocupação a este respeito seria desnecessária.

OraçãoEspírito de serenidade, diante da expectativa do Senhor que vem, mantém-me sereno, empenhado em viver o amor.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Sabedoria 7,22-8,1
Leitura do livro da Sabedoria.
7 22 Há nela, com efeito, um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, penetrante, puro, claro, inofensivo, inclinado ao bem, agudo,
23 livre, benéfico, benévolo, estável, seguro, livre de inquietação, que pode tudo, que cuida de tudo, que penetra em todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis.
24 Mais ágil que todo o movimento é a Sabedoria, ela atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza.
25 Ela é um sopro do poder de Deus, uma irradiação límpida da glória do Todo-poderoso; assim mancha nenhuma pode insinuar-se nela.
26 É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade.
27 Embora única, tudo pode; imutável em si mesma, renova todas as coisas. Ela se derrama de geração em geração nas almas santas e forma os amigos e os intérpretes de Deus,
28 porque Deus somente ama quem vive com a sabedoria!
29 É ela, com efeito, mais bela que o sol e ultrapassa o conjunto dos astros. Comparada à luz, ela se sobreleva,
30 porque à luz sucede a noite, enquanto que, contra a Sabedoria, o mal não prevalece.
8 1 Ela estende seu vigor de uma extremidade do mundo à outra e governa todas as coisas com felicidade.
Palavra do Senhor.
Salmo 118/119
É eterna, ó Senhor, vossa palavra!
É eterna, ó Senhor, vossa palavra,
ela é tão firme e estável como céu.

De geração em geração, vossa verdade
permanece como a terra que firmastes.

Porque mandastes, tudo existe até agora;
todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!

Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina,
ela dá sabedoria aos pequeninos.

Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo
e ensinai-me vossas leis e mandamentos!

Possa eu viver e para sempre vos louvar;
e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Paróquias começam a divulgar questionário sobre a família

 

A publicação do questionário romano enviado no dia 18 de outubro em vista do Sínodo dos Bispos de 2014, por parte da revista norte-americana National Catholic Reporter no dia 30 de outubro, provocou uma confusão em nível mundial na Igreja, e em alguns lugares até foi posta em dúvida o seu porte real.

No dia 5 de novembro, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, o arcebispo Lorenzo Baldisseri, afirmou que essas perguntas devem ser divulgadas nas paróquias e nos movimentos católicos. Os bispos devem "canalizar" o seu eco. E também esclareceu: "Não queremos avaliações pessoais dos bispos, mas queremos saber o que as pessoas pensam e como vivem".

No mesmo dia, a Conferência dos Bispos da Áustria foi a primeira, entre os países de língua alemã, a divulgar o questionário online (www.bischofskonferenz.at ). Os bispos alemães, ao invés, tomarão uma decisão até o fim de novembro.

A Conferência dos Bispos da Inglaterra e do País de Gales já divulgou online o questionário, logo depois da chegada da carta de Roma, na forma de questionário ao qual é possível responder via internet. Com as palavras "Vocês podem participar ativamente da preparação do Sínodo", a Conferência Episcopal britânica apoia uma participação ativa dos fiéis na pesquisa online.

Antes da assembleia de outono da Conferência Episcopal austríaca no convento Michaelbeuern, o assunto "questionário" não havia sido posto entre os temas mais importantes, enquanto no comunicado de imprensa conclusivo, de repente, ele assumia o primeiro lugar.

No dia 1º de novembro, o secretário-geral da Conferência Episcopal, Peter Schipka, ainda não tinha definido o questionário como uma "prática normal". Ao contrário, no dia 7 de novembro, o cardeal Christoph Schönborn disse ao canal ZIB-2 que se tratava de "algo completamente novo", acenando ao ar fresco, ao "vento novo" que sopra na Igreja desde a posse de Francisco. Na sua opinião, Bento XVI também tinha a intenção de introduzir reformas, mas lhe faltavam forças para realizá-las.

A Secretaria Geral do Sínodo em Roma espera as respostas até o fim de janeiro. Por isso, os bispos austríacos pretendem discutir o documento e as perguntas até o fim do ano nos diversos níveis eclesiais. Paróquias, vicariatos e outras organizações eclesiais, assim como pessoas individuais, são convidados a tomar uma posição, de modo que derive daí um quadro completo e claro.

Além disso, também são envolvidos especificamente entidades, organizações e movimentos dos setores da família, da evangelização e do apostolado dos leigos. Os bispos diocesanos nomearão para as suas dioceses uma pessoa de referência que irá recolher as respostas. Os resultados, depois, irão formar um componente fundamental das posições dos bispos para o documento preparatório do Sínodo extraordinário e serão transmitidos a Roma por ocasião da visita ad limina dos bispos austríacos entre os dias 27 a 31 de janeiro.
JA – Die neue Kirchenzeitung, 17-11-2013.

A verdadeira batalha é pela vida

 

Aos fiéis, papa Francisco descreve o batismo como o bilhete de identidade do cristão.


Um novo apelo pela paz na Síria e um convite à solidariedade com as populações filipinas atingidas pelo furacão Haiyan foram dirigidos pelo papa aos fiéis reunidos na praça de São Pedro no final da audiência geral de quarta-feira (13).

Ao expressar  a sua dor pelas crianças assassinadas na segunda-feira em Damasco, no bairro al-Qassām, na maioria de população cristã – onde projéteis de artilharia atingiram a escola intitulada a São João Damasceno e a igreja da Cruz – o pontífice convidou a rezar para que “não voltem a acontecer  tragédias como esta”.
E recordando logo a seguir o compromisso para levar socorro às vítimas das devastações nas Filipinas, afirmou: “São estas as verdadeiras  batalhas que se devem combater. Pela vida! Nunca pela morte!”.
Durante a audiência geral, que teve lugar na presença de dezenas de milhares de pessoas provenientes de diversos países do mundo, o Santo Padre prosseguiu as suas catequeses dedicadas ao Credo, falando do Batismo como “bilhete de identidade do cristão” e do seu “certidão de nascimento”. O dia em que fomos batizados – afirmou – é como “o segundo aniversário”,  porque “é o do nascimento na Igreja”.
Do mesmo modo, o sacramento da confissão pode ser considerado para o cristão um "segundo batismo", que recorda sempre o primeiro para o consolidar e renovar”. Quando "vamos confessar as nossas  fraquezas, nossos pecados, vamos pedir perdão a Jesus, mas também renovamos o batismo”, explicou o papa Francisco, acrescentando: "Isto é bom, é como festejar o dia do Batismo. Portanto a Confissão não é uma sessão numa sala de tortura, mas uma festa".

O pontífice recordou depois o significado do sacramento batismal como “lavacro de regeneração e de iluminação”. E por isso convidou a não o considerar “um acontecimento do passado”, mas “uma realidade viva” que continua a iluminar e a dar força: “Com o Batismo – recordou – abre-se a porta a uma novidade efetiva de vida que não é oprimida pelo peso  de um passado negativo, mas que já pressente a beleza e a bondade do Reino dos céus”.

Trata-se "de uma intervenção poderosa da misericórdia de Deus na nossa vida", que, contudo, "não tira à nossa natureza humana a sua fragilidade" e portanto não exime da "responsabilidade de pedir perdão todas as vezes que erramos".
L’Osservatore Romano, 14-11-2013.

Em favor da vida plena

 

O ser humano é o único ser vivente que pode participar da vida na Família Divina.


A vida do ser humano merece apoio total.
Por Dom Aloísio Roque Oppermann*

Apesar das gloriosas descobertas dos segredos do mundo material (p.ex. a “partícula de Deus”), a vida é uma forma superior da matéria. Se ela existe em outros astros, não o sabemos, por enquanto. Mas em nosso planeta terra, ela é a grande bênção de Deus. O que impressiona é a imensa variedade de seres vivos, sua originalidade, as surpresas de sua organização, a abundância de espécies.
O próprio Criador, pelo fato de a vida ser um dom efêmero, prescreve ao rei da criação (que está no seu topo), que a proteja: "encham as águas do mar e que as aves se multipliquem sobre a terra" (Gen 1, 22). Por isso, à primeira vista, parece uma contradição quando o Senhor permite ao homem: “poderás comer destes animais...” (Dt 14, 3). É que o homem é o único ser vivo que não foi criado para ser usado pelos outros. Ele tem finalidade em si. Mas não deve destruir ou exterminar nenhum ser vivo, e sim, usá-lo e conservá-lo.

Sempre foi característica da Igreja procurar defender a vida. Se houve alguma vacilação, durante esses 20 séculos, sobre a legitimidade da tortura, ou sobre guerras de conquista, isso foi inteiramente superado. A vida do ser humano merece apoio total. Por isso, pelas lições do evangelho, devemos curar os doentes, através de um organizado serviço à saúde. Os encarcerados devem ter condições de vida que não lhes roube a dignidade humana, e os possa recuperar para a sociedade. A defesa da vida dos nascituros, seres passíveis de ataques sem chance de fuga, permanece como um programa permanente.

A Igreja denuncia que a falta de respeito pelas crianças inocentes encoraja os bandidos a matar e assaltar os adultos. No entanto, a defesa da vida total vai muito mais longe. Unindo-nos a Cristo, queremos aceitar a oferta da “vida em plenitude” que nos vem da Trindade Santa. O ser humano é o único ser vivente que pode participar da vida na Família Divina. Pode ficar em seu interior, pela vida da graça. “Pela graça sois salvos, mediante a fé” (Ef 2, 8). Esse é o desejo mais profundo de nossos corações (muitas vezes inconsciente), para alcançarmos a felicidade, e nos sentirmos repletos de realização.
CNBB, 15-10-2013.
*Dom Aloísio Roque Oppermann é arcebispo emérito de Uberaba (MG).