quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

29ª Festa da Padroeira Nossa Senhora das Candeias


Bento XVI reafirmou desejo de participar da JMJ



Cidade do Vaticano, 24 jan (SIR) - O papa Bento XVI reafirmou nesta quarta-feira seu desejo de estar no Brasil e acompanhar a XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada no Rio de Janeiro, em julho deste ano, segundo o arcebispo da capital fluminense Dom Orani Tempesta, no Vaticano.
O arcebispo do Rio de Janeiro, junto com o Comitê Organizador do evento, manteve um rápido encontro, ontem, no final da audiência geral das quartas-feiras, numa sala lateral da grande Sala Paulo VI. O Papa lembrou aos hóspedes brasileiros que "só estando unidos poderão realizar os objetivos previstos". Dom Orani relatou o que disse ao Papa sobre a expectativa com relação ao JMJ. "Eu disse ao Santo Padre que os jovens de todo o mundo estarão felizes em recebê-lo. Ele me disse que seu desejo é ir, e deu sua benção a todos os trabalhos que estamos executando no Rio de Janeiro", afirmou.
O arcebispo e o comitê da JMJ informaram a Bento XVI sobre os trabalhos realizados no Rio de Janeiro, incluindo contando que o local onde se realizará a tradicional vigília do sábado dos jovens com o Papa e a missa final do evento, foi batizado com o nome de "campus fidei" (campo de fé, em português). Representantes do governo federal e do estado do Rio de Janeiro também participaram de vários encontros, esta semana, para discutir junto com membros do Vaticano assuntos relativos a segurança do papa, entre outros preparativos da visita.
A 28ª Jornada Mundial da Juventude acontecerá entre 23 e 28 de julho, e segundo Dom Orani será uma oportunidade "para oferecer um crescimento dos valores cristãos, de solidariedade, justiça, esperança e valores para as novas gerações".

A seca que desafia a vida



Belo Horizonte, 24 jan (SIR) - “Em missão da Pastoral dos Migrantes a 28 comunidades rurais do município de Berilo (MG), constatamos uma situação desesperadora para a sobrevivência e dignidade humana. Vimos que várias dessas comunidades rurais estão sofrendo com a seca e a total falta de água potável e não potável”, escreveu José Carlos Alves Pereira, membro da Colegiada Executiva Nacional do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) em uma Petição Pública enviada na terça-feira, dia 15, ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
Terra, água, juventude e bem viver foi o tema escolhido para a realização da 28ª edição da missão no Vale do Jequitinhonha, promovida pelo SPM entre os dias 13 e 19. A missão reuniu 60 pessoas dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraíba, Piauí e Bahia, que visitaram as comunidades de Berilo com a realização de encontros com crianças, jovens, mulheres, trabalhadores, visita às casas, noites culturais, oficinas temáticas, seminários. A seca na região foi a pior dos últimos 15 anos.
Num percentual de 80% da população que vivem na zona rural, cerca de 75% ficaram sem água até para cozinhar. A falta de chuva, porém, não é o único problema que assola a população de Berilo e dos demais 79 municípios do Vale, espalhados numa área de 85.467,10 km², no nordeste do Estado de Minas Gerais. Falta trabalho, incentivo para os agricultores produzirem, fiscalização do governo para impedir as grandes empresas de monocultura que destroem as nascentes dos rios.
Faltam projetos para educação de crianças e jovens, respeito aos direitos das comunidades quilombolas, apoio às iniciativas de pequenos grupos, associações e cooperativas que surgem na região.

O clamor por justiça no Jequitinhonha ressoa na voz da comunidade

Secas que desafiam a vida do povo, dos rios, desafiam o cultivo da terra, a permanência dos pés de pequi (fruta típica da região que serve de sustento) cada vez mais escassos, as grandes cidades que ficam abarrotadas de pessoas que migram sem alternativas.
Para escutar as dificuldades vividas pelo povo daquela região e tentar, junto a ele, organizar atividades que postulem mudanças, é que anualmente universitários, leigos, religiosos, seminaristas, sacerdotes e voluntários partilham as dores, alegrias e sonhos dos moradores do Vale. “Aqui falta oportunidade. A gente tem que sair e ir pra São Paulo trabalhar”, disse Jean Pierre, 22 anos, da comunidade quilombola Vila de Santo Isidoro que  migra para o corte de cana desde os 14. O drama vivido por ele repete-se na fala e na história de quase todos os jovens que compõem os 13.510 habitantes de Berilo. “Eu espero consciência.
Consciência para que as pessoas entendam que todos são iguais e vivam a unidade”, disse Custódio Souza, também migrante do Vale para o corte de cana do interior do Estado de São Paulo. Os desejos descritos acima foram ditos por trabalhadores, a maioria deles migra para o corte de cana e a colheita do café e fica fora do Vale entre seis e oito meses do ano em fazendas no interior de Minas, São Paulo e Mato Grosso. Eles se reuniram na comunidade Vila de Santo Isidoro na noite do dia 15, num encontro coordenado por Maria Eva Santos, da cidade de Jenipapo de Minas, agente da Comissão de Pastoral da Terra (CPT) e membro do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). “Para mim, a missão é um dever como cristã e como cidadã. Esta semana deixei muita coisa para vir. É um momento de escuta e partilha. O migrante raramente conta maravilhas. São histórias de dor e sofrimento. Com isso, a gente serve para sustentar a fé e esperança e contribuir para promover a justiça”, comentou Eva.
“É preciso conhecer a realidade do povo, suas lutas e anseios para abraçar a causa. Precisamos aprender com a peleja do povo. O pessoal não esmorece e mostra alegria no rosto. De onde vem essa força? Da mística que todos nós precisamos aprender”, disse dom Marcello Romano, bispo da Diocese de Araçuaí (MG), na abertura do seminário sobre Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, que aconteceu no sábado, 19, na conclusão da missão.

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 24/01/2013



Muita gente procura Jesus
Leitura Orante


Mc 3,7-12

Jesus, então, com seus discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galileia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: "Tu és o Filho de Deus". Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era. 


Leitura Orante 


Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação 
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se neste ambiente 
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade. 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém 
Senhor, nós te agradecemos por este dia. 
Abrimos, com este acesso à internet, 
nossas portas e janelas para que tu possas 
Entrar com tua luz. 
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de 
Nossos caminhos, 
As cores de nossas palavras e gestos, 
A dimensão de nossos projetos, 
O calor de nossos relacionamentos e o 
Rumo de nossa vida. 
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós. 


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Mc 3,7-12.
Jesus se manifesta como Filho de Deus que liberta e cura. É aquele que veio para "que todos tenham vida". Manifesta-se como Filho de Deus feito homem, ao pedir aos discípulos que arranjassem um barco para ele a fim de não ser esmagado pela multidão. Vê-se aqui Jesus Cristo com atitudes muito humanas. 

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Quem aceita a Cristo: Caminho, Verdade e Vida, em sua totalidade, tem garantida a paz e a felicidade, nesta e na outra vida!"(DAp 246).
Como é minha aceitação de Jesus Cristo? 

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração
"Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém". 

Santo do dia

24 de janeiro

São Francisco de Sales
Francisco de Sales, primogênito dos treze filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. A família devota de São Francisco de Assis, escolheu esse para ele, que posteriormente o assumiu como exemplo de vida. A mãe se ocupava pessoalmente da educação de seus filhos. Para cada um escolheu um preceptor. O de Francisco era o padre Deage, que o acompanhou até sua morte, inclusive em Paris, onde o jovem barão fez os estudos universitários no Colégio dos jesuítas.

Francisco estudou retórica, filosofia e teologia que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor espiritual que caracterizaram seu trabalho apostólico. Por ser o herdeiro direto do nome e da tradição de sua família, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação, para complementar sua já apurada formação. Mas se sentia chamado para servir inteiramente a Deus, por isso fez voto de castidade e se colocou sob a proteção da Virgem Maria.

Aos 24 anos, Francisco, doutor em leis, voltou para junto da família, que já lhe havia escolhido uma jovem nobre e rica herdeira para noiva e conseguido um cargo de membro do Senado saboiano. Ao vê-lo recusar tudo, seu pai soube do seu desejo de ser sacerdote, através do tio, cônego da catedral de Genebra, com quem Francisco havia conversado antes. Nessa mesma ocasião faleceu o capelão da catedral de Chamberi, e, o cônego seu tio, imediatamente obteve do Papa a nomeação de seu sobrinho para esse posto.
Só então seu pai, o Barão de Boisy, consentiu que seu primogênito se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Sem poder prever que ele estava destinado a ser elevado à honra dos altares; e, muito mais, como Doutor da Igreja!

Durante os cinco primeiros anos de sua ordenação, o então padre Francisco, se ocupou com a evangelização do Chablais, cidade situada às margens do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, os calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, mediante as verdades católicas. Conseguindo reconduzir ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas que seguiam o herege Calvino. O nome do padre Francisco começava a emergir como grande confessor e diretor espiritual.

Em 1599, foi nomeado Bispo auxiliar de Genebra; e, três anos depois, assumiu a titularidade da diocese. Seu campo de ação aumentou muito. Assim, Dom Francisco de Sales fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época com madre Joana de Chantal, depois Santa, que se tornou sua co-fundadora da Ordem da Visitação, em 1610.

Todos queriam ouvir a palavra do Bispo, que era convidado a pregar em toda parte. Até a família real da Sabóia não resistia ao Bispo-Príncipe de Genebra, que era sempre convidado para pregar também na Corte.

Publicou o livro que se tornaria imortal: "Introdução à vida devota". Francisco de Sales também escreveu para suas filhas da Visitação, o célebre "Tratado do Amor de Deus", onde desenvolveu o lema : "a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida". Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade, dentre eles Santa Joana de Chantal e São Vicente de Paulo, dos quais foi diretor espiritual.

Francisco de Sales faleceu no dia 28 de dezembro de 1622, em Lion, França. O culto ao Santo começou no próprio momento de sua morte. Ele é celebrado no dia 24 de janeiro porque neste dia, do ano de 1623, as suas relíquias mortais foram trasladadas para a sepultura definitiva em Anneci. Sua beatificação, em 1661, foi a primeira a ocorrer na basílica de São Pedro em Roma. Foi canonizado quatro anos depois. Pio IX declarou-o Doutor da Igreja e Pio XI proclamou-o o Padroeiro dos jornalistas e dos escritores católicos. Dom Bosco admirava tanto São Francisco de Sales que deu o nome de Congregação Salesiana à Obra que fundou para a educação dos jovens.

Mensagens




E haverá um tempo
Em que o Céu será testemunha
Do maior de todos os descobrimentos:
O da fraternidade entre os povos!

E, quando isso acontecer,
Um arco-íris de cores brancas
Cruzará os céus de ponta a ponta
Neutralizando botas, marchas, fuzis,
Bombas mortíferas, canhões, estilhaços:
Imagens de gente aos pedaços...

Será, então, um tempo de paz!
E, neste dia, as páginas do mundo
estarão floridas,
Cicatrizar-se-ão as feridas,
Pelo gesto do perdão,
Do abraço, do beijo, do aperto de mãos!

Então, os homens haverão de presenciar
O sorriso de crianças sem medo,
O aproximar de diferentes histórias
Num tempo que ficará para sempre
Na memória de todos;
Um tempo eterno de paz!


Geni Bertoni Nimtz
Referência: Tempo de paz