domingo, 28 de setembro de 2014

Liturgia Diária

DIA 29 DE SETEMBRO - SEGUNDA-FEIRA

SANTOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL
(BRANCO, GLÓRIA PREFÁCIO DOS ANJOS – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Bendizei ao Senhor, mensageiros de Deus, heróis poderosos que cumpris suas ordens sempre atentos á sua palavra (Sl 102,20).
Oração do dia
Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Daniel 7,9-10.13-14)
Leitura da profecia de Daniel.
7 9 Continuei a olhar, até o momento em que foram colocados os tronos e um ancião chegou e se sentou. Brancas como a neve eram suas vestes, e tal como a pura lã era sua cabeleira; seu trono era feito de chamas, com rodas de fogo ardente.
10 Saído de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos.
13 Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido.
14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 137/138
Perante os vossos anjos, vou cantar-vos, ó Senhor!

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.

Os reis de toda a terra hão de louvar-vos
quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa.
Hão de cantar vossos caminhos e dirão:
“Como a glória do Senhor é grandiosa!”

 
Evangelho (João 1,47-51)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21)
 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 1 47 Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: “Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade”.
48 Natanael pergunta-lhe: “Donde me conheces?” Respondeu Jesus: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”.
49 Falou-lhe Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”.
50 Jesus replicou-lhe: “Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta”.
51 E ajuntou: “Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
O tom profético da afirmação de Jesus, de que já conhecia Natanael, provoca a admiração deste. Embora um sincero israelita, Natanael, dominado pela ideologia messiânica de poder, desprezava a Galiléia. Porém, acaba chamando Jesus de Rabi e, como profissão de fé, lhe confere dois títulos de poder: Filho de Deus, atribuído aos reis, e Rei de Israel, poderoso messias davídico; ambos são recusados por Jesus. Natanael, seguindo Jesus, verá coisas maiores ainda. Verá "o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Na crença judaica, os anjos eram servidores de Deus. No livro de Gênesis, os "anjos de Deus" que sobem a Deus e descem antecedem a renovação da aliança de Javé, então com Jacó. Agora, a nova aliança é feita com o Filho do Homem, o Deus encarnado em Jesus. O Jesus humano e humilde faz a aliança com os pobres, pequeninos, oprimidos e excluídos, e, com seu amor misericordioso, promove a sua libertação e o desabrochar de suas vidas.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para seguir em frente, no caminho querido pelo Pai, mesmo quando eu me sentir incompreendido e rejeitado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Nós vos apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor; fazei que, levadas pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e obtenham para nós a salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio
(A glória de Deus manifestada nos Anjos)
Na verdade, justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em toda parte, e não cessar de engrandecer-vos, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. É a vós que glorificamos ao louvarmos os anjos, que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criatura. Pelo Cristo, vosso filho e Senhor nosso, louvam os anjos a vossa glória, as dominações vos adoram e, reverentes, vos servem potestades e virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos querubins e serafins, cantando (dizendo) a uma só voz...
 
Antífona da comunhão: Graças vos dou, Senhor, de todo o coração, na presença dos anjos eu vos louvo (Sl 137,1).
Depois da comunhão
Alimentados na força do pão do céu, dai-nos, ó Deus, sob a proteção dos vossos anjos, progredir no caminho da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL)
O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões - Miguel, Gabriel e Rafael - para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.

Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus "mensageiros dos decretos divinos" aqui na terra.

Miguel, que significa "ninguém é como Deus", ou "semelhança de Deus", é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel significa "Deus é meu protetor" ou "homem de Deus". É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.

Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "cura de Deus", teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

Evangelho do Dia

Ano A - 29 de setembro de 2014

João 1,47-51

Aleluia, aleluia, aleluia.
Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21)
 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, 1 47 Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: “Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade”.
48 Natanael pergunta-lhe: “Donde me conheces?” Respondeu Jesus: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”.
49 Falou-lhe Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”.
50 Jesus replicou-lhe: “Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta”.
51 E ajuntou: “Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Palavra da Salvação.


 

Comentário do Evangelho
O tom profético da afirmação de Jesus, de que já conhecia Natanael, provoca a admiração deste. Embora um sincero israelita, Natanael, dominado pela ideologia messiânica de poder, desprezava a Galiléia. Porém, acaba chamando Jesus de Rabi e, como profissão de fé, lhe confere dois títulos de poder: Filho de Deus, atribuído aos reis, e Rei de Israel, poderoso messias davídico; ambos são recusados por Jesus. Natanael, seguindo Jesus, verá coisas maiores ainda. Verá "o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Na crença judaica, os anjos eram servidores de Deus. No livro de Gênesis, os "anjos de Deus" que sobem a Deus e descem antecedem a renovação da aliança de Javé, então com Jacó. Agora, a nova aliança é feita com o Filho do Homem, o Deus encarnado em Jesus. O Jesus humano e humilde faz a aliança com os pobres, pequeninos, oprimidos e excluídos, e, com seu amor misericordioso, promove a sua libertação e o desabrochar de suas vidas.
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para seguir em frente, no caminho querido pelo Pai, mesmo quando eu me sentir incompreendido e rejeitado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Daniel 7,9-10.13-14
Leitura da profecia de Daniel.
7 9 Continuei a olhar, até o momento em que foram colocados os tronos e um ancião chegou e se sentou. Brancas como a neve eram suas vestes, e tal como a pura lã era sua cabeleira; seu trono era feito de chamas, com rodas de fogo ardente.
10 Saído de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos.
13 Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido.
14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído.
Palavra do Senhor.

 
Salmo 137/138
Perante os vossos anjos, vou cantar-vos, ó Senhor!

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
Perante os vossos anjos vou cantar-vos
e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,
porque fizestes muito mais que prometestes;
naquele dia em que gritei, vós me escutastes
e aumentastes o vigor da minha alma.

Os reis de toda a terra hão de louvar-vos
quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa.
Hão de cantar vossos caminhos e dirão:
“Como a glória do Senhor é grandiosa!”

 
Oração
Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A COMUNIDADE CATÓLICA CHAMA

CONVIDA  TODOS OS PAROQUIANOS A ESTEREM PRESENTES NESTA SEGUNDA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DO GRANDE LOUVOR PELA RECUPERAÇÃO DAS FAMÍLIAS, A PARTIR DAS 19H30, COM A PRESENÇA DO DIÁCONO JOSENALDO, QUE FARA A PALESTRA: A BÍBLIA NA VIDA DA  FAMÍLIA.

Chama, A SUA COMUNIDADE DE ALIANÇA E AMOR!

Papa: um povo que não cuida dos avós e não os trata bem é um povo sem futuro


Cidade do Vaticano (RV) - A Praça São Pedro viveu neste domingo uma manhã de festa, com mais de cinquenta mil pessoas que participaram do encontro do Papa com os anciãos e avós provenientes do mundo inteiro. Convidado pelo Papa Francisco, encontrava-se presente também Bento XVI, que participou do primeiro momento do encontro, retirando-se antes do início da santa missa, que constituiu a segunda parte.

De fato uma grande festa, animada, entre outros, pelas músicas apresentadas pelos cantores Andrea Bocelli e Claudio Baglioni, e marcada pelo testemunho de alguns dos presentes, em particular, o de Mubarak, refugiado do Curdistão iraquiano, acompanhado de sua mulher Aneesa, casados há 51 anos, com dez filhos e doze netos. Mubarak recordou os sofrimentos de seu povo.

"Agradeço a vocês por terem vindo tão numerosos", disse o Papa no início de seu discurso aos presentes, agradecendo também a Bento XVI por sua presença. "Várias vezes disse que gostava muito do fato de ele morar no Vaticano, porque é como ter um avô sábio em casa", frisou.

Em seguida, referindo aos testemunhos, quis destacar um deles, a dos irmãos vindos de Qaraqosh, Iraque, fugidos de uma violenta perseguição.

"É belo que vocês estejam aqui hoje: é um dom para a Igreja. Oferecemos-lhes nossa proximidade, nossa oração e ajuda concreta. A violência sobre os anciãos é desumana, como a violência sobre as crianças. Mas Deus não os abandona, está com vocês!", disse Francisco.

"Estes irmãos testemunham-nos que também nas provações mais difíceis, os anciãos que têm fé são como árvores que continuam a dar fruto. E isso vale também nas situações mais ordinárias, onde, porém, pode haver outras tentações, e outras formas de discriminação."

Francisco afirmou que a velhice, em particular, é um tempo de graça, no qual o Senhor nos renova seu chamado: chama-nos a custodiar e transmitir a fé, chama-nos a rezar, especialmente a interceder; chama-nos a estar próximo de quem precisa.

Em seguida, o Santo Padre afirmou que foi confiada uma grande tarefa aos avós que receberam a bênção de ver os filhos dos filhos:

"Transmitir a experiência da vida, a história de uma família, de uma comunidade, de um povo; partilhar com simplicidade uma sabedoria, e a própria fé: a herança mais preciosa! Bem-aventuradas aquelas famílias que têm um avô próximo! O avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes."

Mas nem sempre o ancião, o avô, a avó, tem uma família que pode acolhê-lo, observou o Pontífice. "E então, são bem-vindas as casas para os anciãos... desde que sejam verdadeiramente casas, e não prisões! E sejam para os anciãos, e não para os interesses de outro alguém! Não devem existir institutos onde anciãos vivem esquecidos, como que escondidos, descuidados", exortou.

Francisco disse sentir-se próximo dos muitos anciãos que vivem nestes Institutos, e pensar com gratidão naquelas pessoas que vão visitá-los e cuidam deles. "As casas para anciãos deveriam ser 'pulmões' de humanidade num país, num bairro, numa paróquia; deveriam ser 'santuários' de humanidade onde quem é ancião e frágil recebe cuidados e proteção como um irmão ou uma irmã maior", disse.

O Papa chamou a atenção também para a realidade do abandono de anciãos:

"Quantas vezes descartam-se os anciãos com atitudes de abandono que são uma verdadeira eutanásia escondida! É o efeito daquela cultura do descarte que faz muito mal ao nosso mundo. Descartam-se as crianças, descartam-se os jovens, porque não têm trabalho, e se descartam os anciãos com a pretensão de manter um sistema econômico "equilibrado", no centro do qual não está a pessoa humana, mas o dinheiro. Somos todos chamados a contrastar esta venenosa cultura do descarte!", exortou.

Dito isso, o Papa afirmou que "nós cristãos, junto a todos os homens de boa vontade, somos chamados a construir com paciência uma sociedade diferente, mais acolhedora, mais humana, mais inclusiva, que não precisa de descartar quem é frágil no corpo e na mente, pelo contrário, uma sociedade que mede seus 'passos' justamente nessas pessoas".

O Papa concluiu seu discurso aos idosos com uma exortação: "Como cristãos e como cidadãos, somos chamados a imaginar, com fantasia e sabedoria, os caminhos para enfrentar esse desafio". E fez, em seguida, uma advertência.

"Um povo que não protege os avós e não os trata bem é um povo que não tem futuro! Por que não tem futuro? Porque perde a memória, e deixa suas raízes. Mas atenção: vocês têm a responsabilidade de manter vivas essas raízes em vocês mesmos! Com a oração, a leitura do Evangelho, as obras de misericórdia. Assim permanecemos como árvores vivas, que mesmo na velhice não deixam de dar fruto. Uma das coisas mais bonitas da vida de família, de nossa vida humana de família, é acariciar uma criança e deixar-se acariciar por um avô e uma avó."

Após o discurso do Papa teve início a segunda parte do encontro com os avós, a santa missa presidida por Francisco e concelebrada por numerosos sacerdotes anciãos. O Pontífice, comentando na homilia o Evangelho do encontro entre Maria e a anciã prima Isabel, ressaltou que não há futuro "sem esse encontro entre as gerações, sem que os filhos recebam com reconhecimento o bastão da vida das mãos dos pais".

Por vezes há gerações de jovens que, por complexas razões históricas e culturais, vivem de modo mais forte a necessidade de tornar-se autônomos dos pais, quase 'libertar-se' do legado da geração precedente. "É como um momento de adolescência rebelde. Mas se depois o encontro não é recuperado, se não se reencontra um equilíbrio novo, fecundo entre as gerações, o que deriva disso é um grave empobrecimento para o povo, e a liberdade que predomina na sociedade é uma liberdade falsa, que quase sempre se transforma em autoritarismo."

"Maria – ressaltou – soube ouvir aqueles pais anciãos e cheia de admiração fez tesouro da sabedoria deles, e isso foi precioso para ela, em seu caminho de mulher, de esposa, de mãe:

"Assim, a Virgem Maria nos mostra o caminho: o caminho do encontro entre os jovens e os anciãos. O futuro de um povo supõe necessariamente este encontro: os jovens dão a força para fazer caminhar o povo e os anciãos robustecem essa força com a memória e a sabedoria popular."

Ao término da missa o Papa conduziu a oração mariana do Angelus recordando a Beatificação, este sábado, de Dom Álvaro del Portillo, sacerdote, bispo e primeiro sucessor do fundador do Opus Dei, São José Maria Escrivá de Balaguer:

"Seu exemplar testemunho cristão e sacerdotal – disse – possa suscitar em muitos o desejo de aderir sempre mais a Jesus e ao Evangelho."

Em seguida, recordou que no próximo domingo terá início o Sínodo dedicado à família, convidando "todos, indivíduos e comunidades, a rezarem por este importante evento" que confia a Maria Salus Popoli Romani (Maria Proteção do Povo Romano). Por fim, invocou "a proteção de Nossa Senhora para os anciãos do mundo inteiro, de modo particular por aqueles que vivem em situações de maior dificuldade". (RL)




Texto proveniente da do site da Rádio Vaticano 

Vicentinos celebram o padroeiro e os 140 anos do movimento em Pernambuco



SVicenteConsiderado o patrono da caridade, São Vicente de Paulo, é lembrado pela Igreja na data de sua morte, 27 de setembro, ou seja, neste sábado. Entretanto, na Arquidiocese de Olinda e Recife, os irmãos vicentinos celebrarão a data no domingo, 28, com uma programação especial, pois este ano, o movimento está completando 140 anos de atuação em Pernambuco.
As homenagens a São Vicente de Paulo serão realizadas na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. A programação terá início às 8h, com a celebração da Santa Missa presidida pelo diretor espiritual dos vicentinos na arquidiocese, dom Policarpo Ribeiro.
Após o fim da Celebração Eucarística, os vicentinos se reunirão no claustro do Convento do Carmo para realizar uma assembleia. Na ocasião, serão aclamados os novos irmãos vicentinos e ocorrerá a posse dos novos presidentes dos conselhos centrais Recife Norte e Olinda.
Atualmente o Conselho Metropolitano de Olinda e Recife reúne 14 conselhos centrais que se espalham por todas as regiões do Estado. Assim a Sociedade de São Vicente de Paulo mantém inúmeros trabalhos de caridade, que visa o resgate da dignidade social dos excluídos.
HistóriaSão Vicente de Paulo nasceu na cidade francesa de Aquitânia em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.
Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados, e se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.
A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).
Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Elas estão à frente de nós


'Asseguro-vos que os publicanos e as prostitutas levam-lhes a dianteira no caminho do reino de Deus'.
Por José Antonio Pagola*

Um dia, Jesus pronunciou estas duras palavras contra os dirigentes religiosos do Seu povo: "Asseguro-vos que os publicanos e as prostitutas levam-lhes a dianteira no caminho do reino de Deus". Há alguns anos, pude comprovar que a afirmação de Jesus não é um exagero.

Um grupo de prostitutas de diferentes países, acompanhadas por algumas Irmãs Oblatas, refletiram sobre Jesus com a ajuda do livro Jesus. Aproximação histórica. Todavia me comovem a força e o atrativo que tem Jesus para estas mulheres de alma simples e coração bom.

Recupero alguns dos seus testemunhos:

"Sentia-me suja, vazia e pouca coisa, todo o mundo me usava. Agora me sinto com vontade de continuar a viver porque Deus sabe muito do meu sofrimento... Deus está dentro de mim. Deus está dentro de mim. Deus está dentro de mim. Este Jesus entende-me!..."

“Agora, quando chego em casa depois do trabalho, lavo-me com água muito quente para arrancar da minha pele a sujidade e depois rezo a este Jesus, porque Ele sim me entende e sabe muito do meu sofrimento... Jesus, quero mudar de vida, guia-me, porque só Tu conheces o meu futuro...”

"Eu peço a Jesus todo o dia que me afaste deste modo de vida. Sempre que me ocorre algo, Eu O chamo e Ele me ajuda. Ele está próximo de mim, é maravilhoso... Ele me leva em Suas mãos, Ele me carrega, sinto a presença Dele..."

“De madrugada é quando mais falo com Ele. Ele me escuta melhor porque neste horário a gente dorme. Ele está aqui, não dorme. Ele sempre está aqui. À porta fechada me ajoelho e peço que mereça a Sua ajuda, que me perdoe, que eu lutarei por Ele...”

"Um dia, eu estava parada na praça e disse: Oh, meu Deus, será que eu só sirvo para isto? Só para a prostituição?... Então foi o momento em que mais senti Deus me carregando, entendeste? Transformando-me. Foi naquele momento. Tanto que eu não me esqueço. Entendeste?...”

"Eu agora falo com Jesus e lhe digo: aqui estou, acompanha-me. Tu viste o que aconteceu à minha companheira (refere-se a uma companheira assassinada num hotel). Rogo por ela e peço que nada de mal suceda às minhas companheiras. Eu não falo, mas peço por elas, pois elas são pessoas como eu...”

"Estou furiosa, triste, ferida, rejeitada, ninguém me quer, não sei a quem culpar, ou seria melhor odiar às pessoas e a mim, ou ao mundo. Repara, desde que era criança eu acreditei em Ti e permitiste que isto me acontecesse... Dou-te outra oportunidade para proteger-me agora. Bem, eu te perdoo, mas por favor não me deixes de novo..."
Instituto Humanitas Unisinos, 26-09-2014.
*José Antonio Pagola é teólogo. O texto é baseado no Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 21,28-32, que corresponde ao 26º Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico.

Papa pede cuidado com a vaidade


 Domenico Agasso Jr.


Se você “não tem algo consistente, também passará como todas as coisas”. O Papa Francisco tomou o exemplo do livro do Eclesiastes para falar sobre a vaidade. Uma tentação, destacou, que existe não apenas para os pagãos, como também para os cristãos, para “a gente de fé”. Jesus, recordou o Papa, “repreendeu muito” aos que se gabavam.
Para os doutores da lei, acrescentou, dizia que não devem “andar pelas praças” com “roupas de luxo”, como “príncipes”. Quando você rezar, coloque-se a sós com o Senhor: “Por favor, não procure se mostrar, não reze para ser visto”, “reze em segredo, entra em seu quarto”. O mesmo, disse o Papa, deve ser feito quando se ajuda os pobres: “Não toque trombeta, faça isso às escondidas”. “O Pai o vê, é suficiente”. Contudo, o vaidoso: ‘mas olha, eu dou este cheque para as obras da Igreja’ e mostra o cheque; depois caloteia por outro lado a Igreja. É o que faz o vaidoso: vive para aparentar. ‘Quando jejuar – disse o Senhor – por favor, não se mostre melancólico, triste, para que todos percebam. Faça penitência com alegria, para que ninguém se dê conta’. E a vaidade é assim: é para aparentar, viver para se fazer ver. Os cristãos que vivem assim – continuou – para aparentar, pela vaidade, parecem pavões, mostram-se. Diz: “eu sou cristão, eu sou parente daquele padre, daquela freira, desse bispo, minha família é uma família cristã”. “Gabam-se”.
Porém – pergunta o Papa – e sua vida com o Senhor? Como reza? Sua vida com as obras de misericórdia, como vai? Visita o doente? “A verdade”. É por isso que Jesus, acrescentou, “disse-nos que devemos construir nossa casa, ou seja, nossa vida cristã sobre a rocha, na verdade”. Por outro lado, advertiu, “os vaidosos constroem a casa sobre a areia e a casa cai, a vida cristã cai, desliza, porque não é capaz de resistir às tentações”: “Quantos cristãos vivem para aparentar. Sua vida parece como uma bolha de sabão. É bonita a bolha de sabão! Com todas as suas cores! Entretanto, dura um segundo e depois, o quê? Também quando nos fixamos em alguns monumentos fúnebres, pensamos que é vaidade, porque a verdade é voltar à terra nua, como dizia o Servo de Deus Paulo VI. A terra nua nos espera, esta é a nossa verdade final. Enquanto isso, orgulho-me ou faço algo? Faço o bem? Busco a Deus? Rezo? As coisas que possuem consistência. E a vaidade é uma mentira, é fantasiosa, engana a si mesma, engana o vaidoso, porque primeiro finge ser algo, com o tempo, chega a acreditar no que pensa dele próprio. Acredita, pobrezinho!
E isto, enfatizou, é o que acontecia com o tetrarca Herodes, que, como lemos no Evangelho de hoje, perguntava-se com insistência sobre a identidade de Jesus.“A vaidade, - disse o Papa – semeia o mal-estar, tira a paz. É como aquelas pessoas que se maquiam muito e depois temem que a chuva tire tudo”. “A vaidade não nos dá paz – destacou –, apenas a verdade nos dá paz”.
Portanto, Francisco reiterou que a única rocha sobre a qual construímos nossa vida é Jesus. “E pensemos” – disse – “nesta proposta do diabo, do demônio, que também tentou Jesus no deserto, a vaidade”, e disse: “Vem comigo, subamos ao templo, façamos o espetáculo; jogue-se e todos nós acreditaremos em você”. O diabo havia apresentado para Jesus “a vaidade em uma bandeja”.
A vaidade, disse o Papa, “é uma enfermidade espiritual muito grave”: Os Padres egípcios do deserto diziam que a vaidade é uma tentação contra a qual é preciso lutar a vida toda, porque sempre volta a nos tirar a verdade. E para entender isto diziam que é como a cebola. Você a pega e começa a descascá-la. E descasca a vaidade hoje, um pouco de vaidade amanhã e passa toda a vida descascando a vaidade para vencê-la. E, ao final, fica feliz: acabei com a vaidade, descasquei a cebola, mas o cheiro fica em sua mão. Peçamos ao Senhor a graça de não sermos vaidosos, de sermos verdadeiros, com a verdade da realidade e do Evangelho.
Vatican Insider, 25-09-2014

Dia de oração pela Assembleia Geral Extraordinária dos Bispos


Cidade do Vaticano, 28 set (SIR) - O domingo 28 de setembro será dedicado à oração pela III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar de 5 a 19 de outubro, sobre o seguinte tema: Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização. 
Convidam-se as Igrejas particulares, as comunidades paroquiais, os Institutos de vida consagrada, as associações e os movimentos, a rezar nas Celebrações eucarísticas e noutros momentos celebrativos, nos dias precedentes e durante os trabalhos sinodais. Em Roma, rezar-se-á todos os dias na Capela da Salus Populi Romani da Basílica de Santa Maria Maior. Os fiéis podem unir-se com a sua oração pessoal nesta intenção, sobretudo em família. Sugerem-se a Oração à Sagrada Família pelo Sínodo, composta pelo Papa Francisco, e algumas intenções indicativas para a oração universal, que podem ser adotadas nas Santas Missas dominicais de 28 de setembro, assim como nos dias da realização do Sínodo. Pode-se acrescentar uma intenção às invocações das Laudes matutinas e às Intercessões das Vésperas. Além disso, recomenda-se também a recitação do Santo Rosário pelos trabalhos sinodais.

I - Oração à Sagrada Família pelo Sínodo

Jesus, Maria e José
em vós nós contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a vós dirigimo-nos com confiança.

Sagrada Família de Nazaré,
faz também das nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
nunca mais nas famílias se vivam experiências
de violência, fechamento e divisão:
quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado
receba depressa consolação e cura.

Sagrada Família de Nazaré,
o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar de novo em todos a consciência
da índole sagrada e inviolável da família,
a sua beleza no desígnio de Deus.

Jesus, Maria e José
escutai, atendei a nossa súplica.

II - Oração universal

Irmãos e irmãs!
Como família dos filhos de Deus e animados pela fé, elevemos as nossas súplicas ao Pai, a fim de que as nossas famílias, sustentadas pela graça de Cristo, se tornem autênticas igrejas domésticas onde se vive e se dá o testemunho do amor de Deus.

Oremos e, juntos, digamos:
Senhor, abençoai e santificai as nossas famílias 

Pelo Papa Francisco: que o Senhor, que o chamou a presidir à Igreja na caridade, o sustente no seu ministério ao serviço da unidade do Colégio episcopal e de todo o Povo de Deus, oremos:

Pelos Padres sinodais e pelos outros participantes na III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos: que o Espírito do Senhor ilumine as suas mentes, a fim de que a Igreja possa enfrentar os desafios sobre a família, em fidelidade ao desígnio de Deus, oremos:

Por aqueles que têm responsabilidades no governo das Nações: que o Espírito Santo inspire projetos que valorizem a família como célula fundamental da sociedade, segundo o desígnio divino e sustentem as famílias em situações difíceis, oremos:

Pelas famílias cristãs: que o Senhor, que pôs na comunhão esponsal o selo da sua presença, faça das nossas famílias cenáculos de oração, íntimas comunidades de vida e de amor, à imagem da Sagrada Família de Nazaré, oremos:

Pelos cônjuges em dificuldade: que o Senhor, rico em misericórdia, os acompanhe mediante a ação maternal da Igreja, com compreensão e paciência, no seu caminho de perdão e de reconciliação, oremos:

Pelas famílias que, por causa do Evangelho, devem deixar as suas terras: que o Senhor, que com Maria e José experimentou o exílio no Egito, os conforte com a sua graça e lhes abra caminhos de caridade fraternal e de solidariedade humana, oremos:

Pelos avós: que o Senhor, que foi recebido no Templo pelos Santos anciãos Simeão e Ana, os torne sábios colaboradores dos pais na transmissão da fé e na educação dos filhos, oremos:

Pelas crianças: que o Senhor da vida, que no seu ministério os acolheu, fazendo deles modelos para entrar no Reino dos Céus, suscite em todos o respeito pela vida nascente e inspire programas educativos em conformidade com a visão cristã da vida, oremos:

Pelos jovens: que o Senhor, que santificou as bodas de Caná, os leve a redescobrir a beleza da índole sagrada e inviolável da família no desígnio divino e sustente o caminho dos noivos que se preparam para o matriôónio, oremos:

Ó Deus, que não abandonais a obra das vossas mãos, escutai as nossas invocações: 

Enviai o Espírito do vosso Filho para iluminar a Igreja no início do caminho sinodal a fim de que, contemplando o esplendor do verdadeiro amor que resplandece na Sagrada Família de Nazaré, dela aprenda a liberdade e a obediência para enfrentar com audácia e misericórdia os desafios do mundo de hoje.  Por Cristo nosso Senhor.

 
SIR

Artigo: Dia da Bíblia


No último domingo do mês de setembro celebramos o Dia Nacional da Bíblia. A Igreja no Brasil dedica este mês à Bíblia. Neste ano aprofundamos o tema: “Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Mateus”, motivados pelo lema: “Ide fazer discípulos e ensinai”. A motivação deste mês temático vem do fato de a Igreja celebrar em 30 de setembro a memória do grande santo e doutor da Igreja, São Jerônimo, que, a pedido do Papa Dâmaso (366-384), preparou a tradução da Bíblia em latim, a partir das línguas originais. Foi um trabalho gigantesco, que demandou muitos anos e estudos. São Jerônimo dizia que quem não conhece os Evangelhos não conhece Cristo.
São Jerônimo (347-420), chamado de “Doutor Bíblico”, nasceu na Dalmácia e educou-se em Roma; é um dos Padres da Igreja Latina; sabia o grego, o latim e o hebraico. Viveu alguns anos na Palestina como eremita. Em 379, foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino de Antioquia; foi ouvinte de São Gregório Nazianzeno e amigo de São Gregório de Nissa. De 382 a 385 foi secretário do Papa São Dâmaso. Pregava o ideal de santidade entre as mulheres da nobreza romana (Marcela, Paula e Eustochium) e combatia os maus costumes do clero. Na figura de São Jerônimo destacam-se a austeridade, o temperamento forte, o amor à Igreja e à Sé de Pedro.
Conhecer a Palavra de Deus é fundamental para todo cristão. A Carta aos hebreus diz que “a Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12). Jesus conhecia profundamente o Antigo Testamento. Isso é o suficiente para que todos nós façamos o mesmo. Na tentação do deserto, Ele venceu o demônio lançando em seu rosto, por três vezes, a santa Palavra. Quando o tentador pediu que Ele transformasse as pedras em pães para provar Sua filiação divina, Jesus lhe disse: “O homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor” (Dt 8,3c).
É preciso acolher, ler e estudar a Bíblia todos os dias! O Papa Francisco insiste sempre em levarmos no bolso (e nos aplicativos) um exemplar do Evangelho para ler durante o dia onde quer que estejamos. Isso nos faz aquecer a alma com um trecho dela; e saber usá-la nos momentos de dor, dúvida, angústia, medo etc. Abra a Palavra, deixe Deus falar a seu coração. E fale com Deus; é a maneira mais fácil de rezar (Leitura, Meditação, Oração e Contemplação). O Espírito Santo nos ensina essa verdade pela boca do profeta Isaías; cuja boca tornou “semelhante a uma espada afiada” (Is 49,2): “Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não voltam sem ter regado a terra, sem a ter fecundado e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à Palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado a minha vontade e cumprido a sua missão” (Is 55,10).
A Palavra de Deus é transformadora, santificante! São Paulo explica isso a seu jovem discípulo Timóteo, com toda convicção: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e formar na justiça” (2Tm 3,16). Ela é, portanto, um instrumento indispensável para a nossa santificação. Não conseguiremos ter “os mesmos sentimentos de Cristo” (Fl 2,5) sem ouvir, ler, meditar, estudar e conhecer a sua santa Palavra. São Jerônimo dizia que “quem não conhece o Evangelho não conhece Jesus Cristo”. Jesus nos ensina que “a Escritura não pode ser desprezada” (Jo 10,34). São Paulo recomendava a Timóteo: “aplica-te à leitura da Palavra” (1Tm 4,13). Ela não é palavra humana, mas “palavra de Deus... que age eficazmente em vós” (1Ts 2,13).
Jesus é a própria Palavra de Deus, o Verbo de Deus que se fez carne (Jo 1,1s). “No livro do Apocalipse, São João viu o Filho do homem”… “e de sua boca saía uma espada afiada, de dois gumes” (Ap 1,16). É o símbolo tradicional da irresistível penetração da Palavra de Deus. Além da leitura, é muito importante aprofundar o conhecimento das escrituras. Cada ano, no Brasil, no Mês da Bíblia somos convidados a aprofundar um dos livros bíblicos. É preciso estudar a Bíblia, fazer um curso bíblico ou outros tipos de aprofundamento para que não caiamos em fanatismos e fundamentalismos. Ela não é um livro de ciência, mas, sim, da revelação da vontade de Deus para nossa salvação. 
É a Igreja quem tem o serviço de interpretar os textos bíblicos. E isso é feito de maneira especial através do Sagrado Magistério, dirigido pela cátedra de Pedro (o Papa), e da Sagrada Tradição Apostólica, que constitui o acervo sagrado da Igreja e de tudo quanto o Espírito Santo lhe revelou no passado e continua fazendo no presente. (Jo 14, 15.25; 16, 12-13). Conduzidos pelo Espírito e alicerçados no Magistério poderemos caminhar com segurança, acolhendo a Palavra de Deus em nossas vidas: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13a).

Que a leitura orante (lectio divina) juntamente com o aprofundamento e conhecimento das Sagradas Escrituras neste mês temático nos ajude ainda mais a amar as Escrituras e encontrar, na revelação, Jesus Cristo Nosso Senhor, nossa vida e salvação. A Ele queremos seguir e anunciar aos irmãos e irmãs. Ele é a Palavra que se fez carne e veio habitar no meio de nós! N’Ele está a vida e a salvação!

Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Liturgia Diária

DIA 28 DE SETEMBRO - DOMINGO

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona da entrada: Senhor, tudo o que fizestes conosco com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que reservais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Ezequiel 18,25-28)
Leitura da profecia de Ezequiel.
18 25 Dizeis: “Não é justo o modo de proceder do Senhor. Escutai-me então, israelitas: ‘o meu modo de proceder não é justo? Não será o vosso que é injusto?’
26 Quando um justo renunciar à sua justiça para cometer o mal e ele morrer, então é devido ao mal praticado que ele perece.
27 Quando um malvado renuncia ao mal para praticar a justiça e a eqüidade, ele faz reviver a sua alma.
28 Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente viverá e não perecerá”.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 24/25
Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão! 

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação;
em vós espero, ó Senhor, todos os dias!

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura
e a vossa compaixão que são eternas!
Não recordeis os meus pecados quando jovem,
nem vos lembreis de minhas faltas e delitos!
De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia
e sois bondade sem limites, ó Senhor!

O Senhor é piedade e retidão,
e reconduz ao bom caminho os pecadores.
Ele dirige os humildes na justiça,
e aos pobres ele ensina o seu caminho.
 
Leitura (Filipenses 2,1-11 ou 1-5)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 1 Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão,
2 completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos.
3 Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.
4 Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros.
5 Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
6 Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,
7 mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.
8 E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9 Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.
11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.
Palavra do Senhor.

 
Evangelho (Mateus 21,28-32)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam a minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar! (Jo 10,27)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 28 Disse Jesus: "Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha’.
29 Respondeu ele: ‘Não quero’. Mas, em seguida, tocado de arrependimento, foi.
30 Dirigindo-se depois ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu: ‘Sim, pai!’ Mas não foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai?" "O primeiro", responderam-lhe. E Jesus disse-lhes: "Em verdade vos digo: os publicanos e as meretrizes vos precedem no Reino de Deus!
32 João veio a vós no caminho da justiça e não crestes nele. Os publicanos, porém, e as prostitutas creram nele. E vós, vendo isto, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele".
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
Jesus, tendo sido questionado pelos chefes religiosos, membros do Sinédrio (cf. 15 dez), passa à ofensiva e lhes propõe uma parábola simples, sem grandes detalhes.
Na parábola, um dos filhos, de início, rejeitou o pedido do pai para ir trabalhar na vinha, porém depois fez conforme o pai pedira. O outro filho concordou logo, mas, efetivamente, não o fez. Agora é Jesus quem pergunta aos chefes judeus: "Qual dos dois fez a vontade do pai?".
Diante da resposta dos chefes, reconhecendo que foi o primeiro filho quem fez a vontade do pai, Jesus volta a colocar em evidência o testemunho de João Batista: os chefes religiosos judeus não fizeram a vontade do Pai ao rejeitarem o caminho da justiça anunciado por João. Porém os excluídos, publicanos e prostitutas, que eram considerados pecadores, fizeram a vontade do Pai quando creram e aderiram a João.
O próprio João Batista, dirigindo-se a estes chefes, proclamara: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi, então frutos de arrependimento e não penseis que basta dizer: ´Temos por pai a Abraão´"... (Mt 3,7b-9). É contundente e profundamente subversiva a sentença final de Jesus: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus". Porque os publicanos e as prostitutas acreditaram em João, mas os chefes de Israel, não.
Os marginais acolhem Jesus e as elites o rejeitam. É a expressão de uma sociedade fundada em valores e estruturas equivocados. Suas elites se afirmam em torno do poder e do dinheiro e humilham, exploram e excluem os humildes, fracos, pequenos e pobres. Estes se unem em torno de Jesus que se fez igual a eles (segunda leitura).
Para Deus o essencial é a prática atual da justiça e do amor, independentemente do passado ou de pretensos direitos religiosos adquiridos (primeira leitura).
Confira também o comentário do teólogo espanhol, José Antonio Pagola.
Sobre as oferendas
Ó Deus de misericórdia, que esta oferenda vos seja agradável e possa abrir para nós a fonte de toda bênção. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Nisto conhecemos o amor de Deus: Jesus deu sua vida por nós; por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos (1Jo 3,16).
Depois da comunhão
Ó Deus, que a comunhão nesta eucaristia renove a nossa vida para que, participando da paixão de Cristo neste mistério e anunciando a sua morte, sejamos herdeiros da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 28 de setembro de 2014

Mateus 21,28-32

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam a minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar! (Jo 10,27)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 28 Disse Jesus: "Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha’.
29 Respondeu ele: ‘Não quero’. Mas, em seguida, tocado de arrependimento, foi.
30 Dirigindo-se depois ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu: ‘Sim, pai!’ Mas não foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai?" "O primeiro", responderam-lhe. E Jesus disse-lhes: "Em verdade vos digo: os publicanos e as meretrizes vos precedem no Reino de Deus!
32 João veio a vós no caminho da justiça e não crestes nele. Os publicanos, porém, e as prostitutas creram nele. E vós, vendo isto, nem fostes tocados de arrependimento para crerdes nele".
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
Jesus, tendo sido questionado pelos chefes religiosos, membros do Sinédrio (cf. 15 dez), passa à ofensiva e lhes propõe uma parábola simples, sem grandes detalhes.
Na parábola, um dos filhos, de início, rejeitou o pedido do pai para ir trabalhar na vinha, porém depois fez conforme o pai pedira. O outro filho concordou logo, mas, efetivamente, não o fez. Agora é Jesus quem pergunta aos chefes judeus: "Qual dos dois fez a vontade do pai?".
Diante da resposta dos chefes, reconhecendo que foi o primeiro filho quem fez a vontade do pai, Jesus volta a colocar em evidência o testemunho de João Batista: os chefes religiosos judeus não fizeram a vontade do Pai ao rejeitarem o caminho da justiça anunciado por João. Porém os excluídos, publicanos e prostitutas, que eram considerados pecadores, fizeram a vontade do Pai quando creram e aderiram a João.
O próprio João Batista, dirigindo-se a estes chefes, proclamara: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? Produzi, então frutos de arrependimento e não penseis que basta dizer: ´Temos por pai a Abraão´"... (Mt 3,7b-9). É contundente e profundamente subversiva a sentença final de Jesus: "Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus". Porque os publicanos e as prostitutas acreditaram em João, mas os chefes de Israel, não.
Os marginais acolhem Jesus e as elites o rejeitam. É a expressão de uma sociedade fundada em valores e estruturas equivocados. Suas elites se afirmam em torno do poder e do dinheiro e humilham, exploram e excluem os humildes, fracos, pequenos e pobres. Estes se unem em torno de Jesus que se fez igual a eles (segunda leitura).
Para Deus o essencial é a prática atual da justiça e do amor, independentemente do passado ou de pretensos direitos religiosos adquiridos (primeira leitura).
Confira também o comentário do teólogo espanhol, José Antonio Pagola.
Leitura
Ezequiel 18,25-28
Leitura da profecia de Ezequiel.
18 25 Dizeis: “Não é justo o modo de proceder do Senhor. Escutai-me então, israelitas: ‘o meu modo de proceder não é justo? Não será o vosso que é injusto?’
26 Quando um justo renunciar à sua justiça para cometer o mal e ele morrer, então é devido ao mal praticado que ele perece.
27 Quando um malvado renuncia ao mal para praticar a justiça e a eqüidade, ele faz reviver a sua alma.
28 Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente viverá e não perecerá”.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 24/25
Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão! 

Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,
e fazei-me conhecer a vossa estrada!
Vossa verdade me oriente e me conduza,
porque sois o Deus da minha salvação;
em vós espero, ó Senhor, todos os dias!

Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura
e a vossa compaixão que são eternas!
Não recordeis os meus pecados quando jovem,
nem vos lembreis de minhas faltas e delitos!
De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia
e sois bondade sem limites, ó Senhor!

O Senhor é piedade e retidão,
e reconduz ao bom caminho os pecadores.
Ele dirige os humildes na justiça,
e aos pobres ele ensina o seu caminho.
 
Oração
Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que reservais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

PASTORAL LITURGICA

NOS  PRÓXIMOS  DIAS  06,  07  E 08 -10  -2014,  HAVERÁ CURSO  DE FORMAÇÃO DE MINISTROS PROCLAMADORES
DA  PALAVRA.  NOS  HORÁRIOS  DA  19,30  AS  21,30 H .
NO  SALÃO  PAROQUIAL DA  MATRIZ  NOSSA  SENHORA
DAS  CANDEIAS.

   AGRADECEMOS A SUA PRESENÇA




FESTA EM HOMENAGEM A SANTA TEREZINHA


SANTA MISSA

Nesta 1ª sexta feira 03 de outubro a missa será celebrada pela manhã, às 08h00

Convidamos você e sua família a participar da celebração eucarística  ministrada pelo Monsenhor Paulo Sérgio, pároco da Igreja Nossa Senhora das Candeias





Participe!  Convide um amigo!

PROCLAMAS MATRIMONIAIS

 

27 e 28 de setembro de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  


·         MARINELSON JOSÉ DA SILVA LIMA
E
JESSICA MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA


·         RENATO PETERSON RUFINO DA SILVA
E
RENATA MARIA NEVES ALVES


·         MANOEL JOSÉ SOUSA DE FRANÇA
E
TAYNÁ REGINA FERREIRA LIMA






                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em    consciência a declarar.