terça-feira, 14 de julho de 2015

O fio condutor da vida cristã


O importante é fazer como Jesus, tendo como fundo principal a construção de um projeto de vida.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
No exercício cotidiano da vida dos cristãos existe uma marca, que é fundamental e identifica o caminho percorrido, e aqui chamo de fio condutor, que é Jesus Cristo. O importante é fazer como Jesus fez, tendo como fundo principal a construção de um projeto de vida, de dignidade e de esperança. Esse “fio” é o bem comum, aberto a todas as pessoas e acima de qualquer discriminação.
Sendo Jesus o fio condutor, Ele enxergou a carência do povo de seu tempo e entendeu que estava como ovelha sem pastor. Faltavam guias que lhe dessem segurança e confiança no futuro. Foi o motivo da escolha e do envio dos discípulos. Eles tiveram com objetivo orientar as pessoas no caminho do bem. Os apóstolos e discípulos foram importantes lideranças para conduzir os destinos das comunidades.
O profeta Jeremias critica a atitude dos maus pastores que, em vez de cuidar das ovelhas, deixavam-nas perecer. Esses maus pastores não deixavam as ovelhas desfrutar da segurança, da justiça e da paz. Mas muitos fatos como esse se repetem na história do nosso país, confirmando a prática das injustas, e eminentemente exploradoras, tornando-se caminho de exclusão.
É importante dar-se conta de que Deus age e condena a má conduta dos pastores iníquos. A cultura brasileira tem marcas profundas de pastores despreocupados com os objetivos de sua missão. Na figura dos pastores de Israel, temos hoje líderes religiosos, políticos e lideranças diversas que têm a mesma conduta.
“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl 23,1). O pastor é aquele que proporciona estabilidade, segurança e serenidade para as ovelhas. É a missão de todos que têm autoridade, de fazer a sociedade e o mundo serem melhores. Não realizando isso, estão ocupando um espaço injustamente e de forma desonesta.
O profeta Jeremias tem uma palavra adequada para os pastores que não agem como “fio condutor”: “Ai de vós, pastores, que dispersam e destroem as ovelhas” (Jer 23,1). Ai dos dirigentes que enganam o povo, administram em proveito próprio e não levam em conta a justiça social.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

Arcebispo ortodoxo: Papa, “testemunho de unidade verdadeira”


Papa e o Exarca Ortodoxo de Buenos Aires: antiga amizade que fundamenta a unidade cristã - OSS_ROM
14/07/2015 11:28
Cidade do Vaticano (RV) – Um discurso emocionado e fora do programa. Assim, o Arcebispo ortodoxo de Buenos Aires e Exarca para a América do Sul, Tarasios, fez sentir as suas palavras de apoio e unidade da Igreja de Constantinopla à presença do Papa Francisco no Equador, Bolívia e Paraguai.
“Irmão mais velho”, disse o arcebispo Tarasios ao velho amigo Bergoglio, ao final da missa em Assunção, no último domingo (12/7). Ao iniciar seu discurso, fora de programa e marcado pela emoção, Tarasios trouxe o apoio da Igreja de Constantinopla ao Papa por seu novo impulso à unidade cristã.
“O verdadeiro amor e a fraternidade entre as igrejas não se limitam a uma mera escolástica inter-religiosa ou um correto protocolo diplomático, ou a um ameno discorrer ecumênico, mas sim é uma vivência real, pura e salvífica, baseada no mandamento do Senhor”, disse.
Tarasios que, ao saber da viagem do Papa, pediu para acompanha-lo durante a passagem pelos três Países, disse ainda que a presença do Papa pela América do Sul é um forte sinal para que siga-se velando pelo bem do cristianismo.
“Cada um da sua posição, na Igreja, que é una, santa, católica e apostólica”. (RB)

Bento XVI está de volta ao Vaticano


O Papa emérito em Castelgandolfo - OSS_ROM
14/07/2015 13:30
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa emérito voltou nesta terça-feira (14/7) ao mosteiro Mater Ecclesia, nos Jardins do Vaticano, onde vive desde o fim de seu pontificado, em 28 de fevereiro de 2013.
Bento XVI transcorreu cerca de duas semanas na residência papal de Castelgandolfo onde, no último dia 4, depois de mais de dois anos, a voz de Ratzinger voltou a ser registrada oficialmente pela Rádio Vaticano
Na ocasião, o Cardeal-arcebispo de Cracóvia, Dom Stanisław Dziwisz, conferiu ao Papa emérito dois títulos de doutorado “Honoris Causa” em nome dos reitores da Academia Musical de Cracóvia e da Pontifícia Universidade João Paulo II, instituída por Bento XVI em 19 de junho de 2009.
No dia 30 de junho, Francisco foi até o mosteiro Mater Ecclesia visitar Bento XVI antes que o Papa emérito se transferisse à residência pontifícia de Castelgandolfo. (RB)

Santa Sé faz nova doação para conter o avanço do ebola


Novas diretrizes devem ser adotadas para evitar novos surtos de ebola - EPA
14/07/2015 09:47
Nova Iorque (RV) – A Santa Sé doou, no último dia 10, ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, a simbólica quantia de 20 mil dólares “como um gesto de contínua solidariedade àqueles afetados pela recente epidemia” de ebola na África. A quantia soma-se aos 500 mil euros doados pelo Papa Francisco no mês de março, por meio do Pontifício Conselho de Justiça e Paz.
A nova doação é “uma expressão do apreço da Santa Sé pelos notáveis esforços de toda a Comunidade internacional para impedir o avanço do ebola e de apoio concreto às estratégicas nacionais e locais de combate ao vírus”, afirmou um representante da delegação da Santa Sé junto à ONU, em nome de Dom Bernardito Auza, Observador permanente, durante uma Conferência internacional na ONU sobre a recuperação dos Países afetados pela última epidemia.
Medidas mais severas
A Santa Sé relembrou que a Conferência – cuja consultoria técnica estabeleceu o objetivo de erradicar novas infecções – assistiu a um desafiante episodio recentemente: somente 45 dias depois da Libéria ter sido declarada zona livre do ebola, o País do oeste africano voltou a registrar uma morte causada pelo vírus.
Neste sentido, a Santa Sé expressou o desejo que a Conferência possa resultar em “compromissos de ações orientadas para superar os riscos de tolerância e atingir progressos tangíveis no reforçar e preparar os sistemas de saúda para evitar novos surtos”.
Igreja
A delegação da Santa Sé recordou ainda que as comunidades católicas dos Países afetados “estiveram na linha de frente na luta contra a epidemia e no apoio às famílias das vítimas”. (RB) 

No avião com jornalistas, Papa se compromete a falar também para a classe média


Durante a coletiva, o Papa também foi indagado sobre o uso frequente de selfie pelos fieis - AFP
13/07/2015 19:37

Cidade do Vaticano (RV) – O tradicional encontro do Papa com os jornalistas durante o voo, neste caso o de retorno de Assunção a Roma, durou cerca de uma hora. Muitos foram os questionamentos, desde a situação grega e a economia mundial, a falta de mensagens direcionadas à classe média, até o crucifixo sobre a foice e o martelo presenteado pelo presidente da Bolívia.
A primeira pergunta questionava o porquê do Paraguai ainda não ter um cardeal. O Papa mesmo disse que o país mereceria ter até dois, mas não por questão de méritos, mas porque “é uma Igreja viva, uma Igreja alegre, uma Igreja lutadora e com uma história gloriosa”.
Sobre a visita no Equador, o Santo Padre foi questionado se simpatizava com o projeto político do presidente Correa, visto que a Sua presença e inclusive uma frase do Pontífice poderia ter sido usada politicamente. A frase é: “O povo do Equador se colocou de pé, com dignidade”. Francisco agradeceu pelo povo ter respeitado a Sua visita em meio a problemas políticos do País.
"Equador não é um país de descarte, ou seja, que se refere a todo o povo e a toda a dignidade desse povo, que depois da guerra de fronteiras, se colocou de pé e tomou cada vez mais consciência da sua dignidade e da riqueza da unidade na variedade que tem. Ou seja, que não pode se atribuir a uma situação concreta. Porque a mesma frase – comentaram comigo, eu não a vi – foi instrumentalizada para explicar ambas situações: que o governo colocou de pé o Equador ou que teriam colocado de pé os opositores ao governo. Uma frase se pode instrumentalizar e, nisso, acredito que se precisa ser muito cuidadoso. [...] É muito importante no trabalho de vocês a hermenêutica de um texto. Um texto não pode ser interpretado com uma frase. A hermenêutica tem que ser em todo o contexto."
Movimentos populares
Sobre o encontro na Bolívia com os Movimentos Populares, quando Francisco fez referência ao ‘novo colonialismo’ e à ‘idolatria do dinheiro que submete a economia’, uma pergunta ao Santo Padre foi direcionada à situação atual da Grécia que pode inclusive comprometer a União Europeia.
"Eu tenho uma grande alergia à economia, porque o papai era contador e, quando não terminava o trabalho na fábrica, levava-o para casa. O sábado e o domingo, com aqueles livros, daqueles tempos, com os títulos que se faziam em gótico... e trabalhava, e eu via o papai... e tenho uma alergia. Eu não entendo bem como é a coisa, mas certamente seria simples dizer: a culpa é somente desta parte. Os governantes gregos que levaram adiante essa situação de dívida internacional, têm também uma responsabilidade. Com o novo governo grego se foi em direção a uma revisão um pouco justa. Eu espero, e é a única coisa que posso dizer, porque não sei bem, que encontrem uma estrada para resolver o problema grego e também uma estrada vigilante para não recair em outros países o mesmo problema, e que isso nos ajude a ir adiante, porque aquela estrada do empréstimo e das dívidas no final, não termina nunca."
Crucifixo 
Sobre o presente recebido pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, o Santo padre reafirmou se tratar de uma obra de Padre Espinal, “uma arte de protesto, mas que não conhecia e não me ofende”. Mas, afinal, o que teria sentido o Papa ao receber aquela foice e martelo com o Cristo em cima?
"Eu, é curioso, não conhecia isso e nem sabia que Padre Espinal era escultor e também poeta. Eu soube nestes dias. Eu o vi e, para mim, foi uma surpresa. […] Primeiro ponto, então, não sabia; segundo, eu o qualifico como arte de protesto que, em alguns casos, pode ser ofensiva, em alguns casos. Terceiro, neste caso concreto: Padre Espinal foi morto em 1980. Era um tempo em que a Teologia da Libertação tinha muitas linhas, uma dessas era com a análise marxista da realidade, e Padre Espinal pertencia a essa. Isso sim, eu sabia, porque naquele tempo, eu era reitor da Faculdade de Teologia e se falava muito sobre isso, das diversas linhas e quais eram seus representantes. […] Espinal é um entusiasta dessa análise da realidade marxista, mas também da teologia, usando o marxismo. Disso surgiu esta obra. Inclusive as poesias de Espinal são daquele gênero de protesto, mas era a sua vida, era o seu pensamento, era um homem especial, com tanta genialidade humana, e que lutava com boa fé. Fazendo uma hermenêutica do gênero, eu entendo essa obra. Para mim não foi uma ofensa. Mas precisei fazer essa hermenêutica e digo para vocês para que não existam opiniões erradas. Este objeto agora eu levo comigo. Vem comigo."
Nova perspectiva
Questionado sobre a falta de mensagens direcionadas para a classe média, já que a maioria dos discursos do Papa são eloquentes para os pobres e também para os ricos e poderosos, o Pontífice respondeu:
"O senhor tem razão, é um erro da parte minha. Devo pensar sobre isso. Farei algum comentário, mas não para me justificar. O Senhor tem razão, devo pensar um pouco. O mundo está polarizado. A classe média está menor. A polarização entre os ricos e os pobres é grande, isso é verdade, e talvez isso me levou a não perceber aquilo. Falo do mundo, alguns países não, vão muito bem; mas, no mundo em geral, a polarização se vê e o número dos pobres é grande. Então, por que falo dos pobres? Mas porque está no coração do Evangelho, e sempre falo do Evangelho sobre a pobreza, ainda que seja sociológica. Depois, sobre a classe média têm algumas palavras que eu disse, mas um pouco ‘em passant’. Mas a gente simples, a gente comum, o operário... aquilo é um grande valor."
Descontração
Inclusive uma brincadeira foi colocada ao Santo Padre sobre o uso insistente de fotos, como o selfie, nesta era digital e em meio à missa, feitas por jovens, crianças e colegas.
"O que eu penso? É uma outra cultura. Eu me sinto bisavô. Hoje, ao me despedir, um policial, grande, com seus 40 anos, me disse: ‘faço um selfie’. E eu disse: ‘mas você é um adolescente’. Sim, é uma outra cultura, mas eu a respeito."
E ainda, em gênero de curiosidade, um jornalista pediu qual o segredo de tamanha vivacidade do Papa Francisco – confirmada tanto na viagem à América Latina, como nesses últimos dois anos e meio de pontificado:
"Qual é a sua ‘droga’, gostaria de questionar ele... (risos). È, aquela era a pergunta! Ah… a ‘droga’. Mas, o mate me ajuda. Mas não provei a coca. Isso é claro, não?" (AC)

http://br.radiovaticana.va/news/2015/07/13/papa_se_compromete_a_falar_tamb%C3%A9m_para_classe_m%C3%A9dia/1158262

Meu Dia com Deus

DIA 14 DE JULHO - TERÇA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Mateus 11,20-24)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 11 20 Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se:
21 "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza.
22 Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós!
23 E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.
24 Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!"
Palavra da Salvação. 
Meditando o Evangelho
IMPENITÊNCIA CENSURADA
Como os antigos profetas, Jesus lançou terríveis invectivas contras Corozaim, Betsaida e Cafarnaum, cidades que se recusaram a acolher sua pregação e converter-se de seus pecados. A impenitência destas cidades era injustificável. Afinal, a pregação de Jesus tinha sido suficientemente clara, revelando as exigências de Deus para aquele povo pecador. E mais, suas palavras haviam sido confirmadas por meio de numerosos milagres. Portanto, só lhes restava dar ouvidos às palavras de Jesus, e se converterem.
As palavras incisivas do Mestre são justificáveis. Sua passagem pela vida das pessoas corresponde a um apelo escatológico, último, dirigido pelo Pai. Rejeitá-lo significa fechar-se à oferta da salvação provinda de Deus. Acolhê-lo é sinal de abertura para o Pai e para a vida eterna propiciada por ele.
Seria admirável se Jesus, vendo alguém colocar-se no caminho da condenação, nada fizesse para demovê-lo desta atitude insensata. Ao falar duro, estava tentando chamar as cidades impenitentes ao bom senso. Bastava ver o que aconteceu com Sodoma e Gomorra, para se darem conta do futuro que teriam pela frente. Insistir na impenitência correspondia a caminhar para o mesmo destino delas.
Oração
Espírito de penitência, que eu saiba acolher o apelo de Jesus, e me disponha a mudar de vida, segundo as exigências do Reino.

Evangelho do Dia

B - 14 de julho de 2015

Mateus 11,20-24

Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 11 20 Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se:
21 "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza.
22 Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós!
23 E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.
24 Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!"
Palavra da Salvação. 

Comentário do Evangelho
IMPENITÊNCIA CENSURADA
Como os antigos profetas, Jesus lançou terríveis invectivas contras Corozaim, Betsaida e Cafarnaum, cidades que se recusaram a acolher sua pregação e converter-se de seus pecados. A impenitência destas cidades era injustificável. Afinal, a pregação de Jesus tinha sido suficientemente clara, revelando as exigências de Deus para aquele povo pecador. E mais, suas palavras haviam sido confirmadas por meio de numerosos milagres. Portanto, só lhes restava dar ouvidos às palavras de Jesus, e se converterem.
As palavras incisivas do Mestre são justificáveis. Sua passagem pela vida das pessoas corresponde a um apelo escatológico, último, dirigido pelo Pai. Rejeitá-lo significa fechar-se à oferta da salvação provinda de Deus. Acolhê-lo é sinal de abertura para o Pai e para a vida eterna propiciada por ele.
Seria admirável se Jesus, vendo alguém colocar-se no caminho da condenação, nada fizesse para demovê-lo desta atitude insensata. Ao falar duro, estava tentando chamar as cidades impenitentes ao bom senso. Bastava ver o que aconteceu com Sodoma e Gomorra, para se darem conta do futuro que teriam pela frente. Insistir na impenitência correspondia a caminhar para o mesmo destino delas.
Leitura
Êxodo 2,1-15
Leitura do livro do Êxodo.
2 1 Um homem da casa de Levi tinha tomado por mulher uma filha de Levi,
2 que ficou em breve grávida, e deu à luz um filho. Vendo que era formoso, escondeu-o durante três meses.
3 Mas, não podendo guardá-lo oculto por mais tempo, tomou uma cesta de junco, untou-a de betume e pez, colocou dentro o menino e depô-la à beira do rio, no meio dos caniços.
4 A irmã do menino colocara-se a alguma distância para ver o que lhe havia de acontecer.
5 Ora, a filha do faraó desceu ao rio para se banhar, enquanto suas criadas passeavam à beira do rio. Ela viu a cesta no meio dos juncos e mandou uma de suas criadas buscá-la.
6 Abriu-a e viu dentro o menino que chorava. E compadeceu-se: “É um filho dos hebreus”, disse ela.
7 Veio então a irmã do menino e disse à filha do faraó: “Queres que vá procurar entre as mulheres dos hebreus uma ama de leite para amamentar o menino?”
8 “Sim”, disse a filha do faraó. E a moça correu a buscar a mãe do menino.
9 “Toma este menino, disse-lhe a filha do faraó, amamenta-o; dar-te-ei o teu salário”. A mulher tomou o menino e o amamentou.
10 Quando o menino cresceu, ela o conduziu à filha do faraó, que o adotou como seu filho e deu-lhe o nome de Moisés, “porque, disse ela, eu o salvei das águas”.
11 Moisés cresceu. Um dia em que saíra por acaso para ir ter com os seus irmãos, foi testemunha de seus duros trabalhos, e viu um egípcio ferindo um hebreu dentre seus irmãos.
12 Moisés, voltando-se para um e outro lado e vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e ocultou-o na areia.
13 Saindo de novo no dia seguinte, viu dois hebreus que estavam brigando. E disse ao culpado: “Por que feres o teu companheiro?”
14 Mas o homem respondeu-lhe: “Quem te constituiu chefe e juiz sobre nós? Queres, por ventura, matar-me como mataste o egípcio?” Moisés teve medo e pensou: “Certamente a coisa já é conhecida.”
15 O faraó, sabendo do ocorrido, procurou matar Moisés, mas este fugiu para longe do faraó. Retirou-se para a terra de Madiã, e sentou-se junto de um poço.
Palavra do Senhor.

 
Salmo 68/69
Humildes, procurai o Senhor Deus,
e o vosso coração reviverá. 

Na alma do abismo eu me afundo
e não encontro um apoio para os pés.
Nestas águas muito fundas vim cair,
e as ondas já começam a cobrir-me!

Por isso elevo para vós minha oração,
neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me pelo vosso imenso amor,
pela vossa salvação que nunca falha!

Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
e, agradecido, exultarei de alegria!

Humildes, vede isto e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
e não despreza o clamor de seus cativos.

 
Oração
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 14 DE JULHO - TERÇA-FEIRA

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM *
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Êxodo 2,1-15)
Leitura do livro do Êxodo.
2 1 Um homem da casa de Levi tinha tomado por mulher uma filha de Levi,
2 que ficou em breve grávida, e deu à luz um filho. Vendo que era formoso, escondeu-o durante três meses.
3 Mas, não podendo guardá-lo oculto por mais tempo, tomou uma cesta de junco, untou-a de betume e pez, colocou dentro o menino e depô-la à beira do rio, no meio dos caniços.
4 A irmã do menino colocara-se a alguma distância para ver o que lhe havia de acontecer.
5 Ora, a filha do faraó desceu ao rio para se banhar, enquanto suas criadas passeavam à beira do rio. Ela viu a cesta no meio dos juncos e mandou uma de suas criadas buscá-la.
6 Abriu-a e viu dentro o menino que chorava. E compadeceu-se: “É um filho dos hebreus”, disse ela.
7 Veio então a irmã do menino e disse à filha do faraó: “Queres que vá procurar entre as mulheres dos hebreus uma ama de leite para amamentar o menino?”
8 “Sim”, disse a filha do faraó. E a moça correu a buscar a mãe do menino.
9 “Toma este menino, disse-lhe a filha do faraó, amamenta-o; dar-te-ei o teu salário”. A mulher tomou o menino e o amamentou.
10 Quando o menino cresceu, ela o conduziu à filha do faraó, que o adotou como seu filho e deu-lhe o nome de Moisés, “porque, disse ela, eu o salvei das águas”.
11 Moisés cresceu. Um dia em que saíra por acaso para ir ter com os seus irmãos, foi testemunha de seus duros trabalhos, e viu um egípcio ferindo um hebreu dentre seus irmãos.
12 Moisés, voltando-se para um e outro lado e vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio e ocultou-o na areia.
13 Saindo de novo no dia seguinte, viu dois hebreus que estavam brigando. E disse ao culpado: “Por que feres o teu companheiro?”
14 Mas o homem respondeu-lhe: “Quem te constituiu chefe e juiz sobre nós? Queres, por ventura, matar-me como mataste o egípcio?” Moisés teve medo e pensou: “Certamente a coisa já é conhecida.”
15 O faraó, sabendo do ocorrido, procurou matar Moisés, mas este fugiu para longe do faraó. Retirou-se para a terra de Madiã, e sentou-se junto de um poço.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 68/69
Humildes, procurai o Senhor Deus,
e o vosso coração reviverá. 

Na alma do abismo eu me afundo
e não encontro um apoio para os pés.
Nestas águas muito fundas vim cair,
e as ondas já começam a cobrir-me!

Por isso elevo para vós minha oração,
neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me pelo vosso imenso amor,
pela vossa salvação que nunca falha!

Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
e, agradecido, exultarei de alegria!

Humildes, vede isto e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
e não despreza o clamor de seus cativos.

 
Evangelho (Mateus 11,20-24)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 11 20 Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se:
21 "Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza.
22 Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós!
23 E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.
24 Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!"
Palavra da Salvação. 
Comentário ao Evangelho
IMPENITÊNCIA CENSURADA
Como os antigos profetas, Jesus lançou terríveis invectivas contras Corozaim, Betsaida e Cafarnaum, cidades que se recusaram a acolher sua pregação e converter-se de seus pecados. A impenitência destas cidades era injustificável. Afinal, a pregação de Jesus tinha sido suficientemente clara, revelando as exigências de Deus para aquele povo pecador. E mais, suas palavras haviam sido confirmadas por meio de numerosos milagres. Portanto, só lhes restava dar ouvidos às palavras de Jesus, e se converterem.
As palavras incisivas do Mestre são justificáveis. Sua passagem pela vida das pessoas corresponde a um apelo escatológico, último, dirigido pelo Pai. Rejeitá-lo significa fechar-se à oferta da salvação provinda de Deus. Acolhê-lo é sinal de abertura para o Pai e para a vida eterna propiciada por ele.
Seria admirável se Jesus, vendo alguém colocar-se no caminho da condenação, nada fizesse para demovê-lo desta atitude insensata. Ao falar duro, estava tentando chamar as cidades impenitentes ao bom senso. Bastava ver o que aconteceu com Sodoma e Gomorra, para se darem conta do futuro que teriam pela frente. Insistir na impenitência correspondia a caminhar para o mesmo destino delas.

Oração
Espírito de penitência, que eu saiba acolher o apelo de Jesus, e me disponha a mudar de vida, segundo as exigências do Reino.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em oração e fazei crescer em santidade os fiéis que participam deste sacrifício. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor (Jo 6,56).
Depois da comunhão
Alimentados pela vossa eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa salvação cada vez que celebramos este mistério. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO CAMILO LELLIS
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que inspirastes a são Camilo de Lellis extraordinária caridade para com os enfermos, dai-nos o vosso espírito de amor, para que, servindo-vos em nossos irmãos e irmãs, possamos partir tranqüilos ao vosso encontro na hora de nossa morte. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Recebei, Ó Pai, os dons do vosso povo, para que, recordando a imensa misericórdia do vosso Filho, sejamos confirmados no amor a Deus e ao próximo, a exemplo dos vossos santos. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Tendo participado com alegria do banquete da salvação, nós vos pedimos, ó Pai, que, imitando a caridade de são Camilo de Lellis, participemos com ele da vossa glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO CAMILO LELLIS):
Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália. Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução. Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável. Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito. O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão. Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé. Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames. Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa. Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera. Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.