sexta-feira, 6 de março de 2015

Pascom promove concurso para escolher a logomarca do 6º Muticom



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Em 2016, a Arquidiocese de Olinda e Recife sediará, pela primeira vez, o Mutirão Regional de Comunicação (Muticom). Em preparação para esta, que será a sexta edição do evento e deverá reunir cerca de 500 pessoas dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, a Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Comunicação Social realizará um concurso para a escolha da logomarca.
Os interessados em enviar sua arte poderão se inscrever a partir do próximo dia 5 de abril até o dia 5 de maio. No entanto, o regulamento e a ficha de inscrição já estão disponíveis no site www.6muticomne2.com.br/concurso. Qualquer pessoa física, desde que residente no território arquidiocesano, poderá participar da disputa. O autor da logomarca vencedora ganhará duas inscrições para o 6º Muticom e uma câmera fotográfica semi profissional.
O resultado será divulgado no dia 17 de maio, na festa da Ascensão do Senhor e Dia Mundial das Comunicações.
6º Muticom
O Muticom ocorrerá no Colégio Salesiano do Recife na Boa Vista, área central da capital pernambucana, entre os dias 14 e 16 de outubro do ano que vem. O tema abordado pelos conferencistas e trabalhado nas oficinas será, “A cultura do encontro e as novas formas de comunicação em favor da transformação social”.
O objetivo é despertar o olhar humanizado do comunicador sob a ótica evangélica da valorização e acolhimento do outro e, também, compreender o potencial transformador de cada meio de comunicação, suas linguagens e particularidades colocando-os a serviço das pessoas. Além disso, debater a comunicação como uma ponte capaz de aproximar a Igreja e a sociedade.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Seminário sobre o Acordo Brasil Santa Sé acontecerá neste mês no Recife



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Estão abertas as inscrições para o ‘Seminário Acordo Brasil-Santa Sé: implicações jurídicas e administrativas’, que acontecerá entre os dias 17 e 18 de março, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). O evento é promovido pela Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A abertura será feita pelo arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello, e do Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, OSB.
Entre os palestrantes, estão o bispo de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, OSB, que ministrará sobre o tema “Proteção cultural dos bens eclesiásticos, bens tombados e patrimônio histórico”, o procurador do Estado do Rio de Janeiro e Presidente da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro, Paulo Silveira Martins Leão Júnior, com a palestra “Ensino religioso nas escolas públicas”, e o Juiz federal e professor da UNICAP, Ubiratan de Couto Maurício, que vai abordar os “Efeitos civis de sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial”.
As inscrições podem ser feitas pelo site ww.unicap.br/home/23454/. O investimento é de R$ 100,00. O seminário será realizado no Auditório Padre José Anchieta. O endereço é Rua do Príncipe, 526, em Boa Vista.

Confira a programação completa:
17/3 – Terça-feira
9h – Abertura
10h – Lanche
10h30 – Relações Igreja e Estado no Direito Constitucional brasileiro – Dr. Marcelo Labanca Corrêa de Araújo, Procurador do Banco Central e professor da UNICAP
11h45 – Intervalo almoço
13h45 – Introdução geral ao Acordo Brasil-Santa Sé sobre o estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil – Frei Evaldo Xavier Gomes, O. Carm., Advogado e consultor jurídico-canônico da CNBB
14h45 – Personalidade jurídica dos entes eclesiásticos – Dr. Hugo José Sarubbi Cysneiros de Oliveira, Advogado e assessor jurídico-civil da CNBB
16h – Lanche
16h15 – Proteção cultural dos bens eclesiásticos, bens tombados e patrimônio histórico – Dom Gregório Paixão, OSB, Bispo de Petrópolis
17h15 – Natureza jurídica do vínculo de trabalho de clérigos, leigos e religiosos com instituições eclesiásticas – Dr. José Soares Filho, Desembargador trabalhista aposentado e professor da UNICAP
18/3 – Terça-feira
8h30 – Efeitos civis de sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial – Dr. Ubiratan de Couto Maurício, Juiz federal e professor da UNICAP
9h30 – Aspectos tributários das organizações e entidades religiosas – Dr. Hugo José Sarubbi Cysneiros de Oliveira, Advogado e assessor jurídico-civil da CNBB
10h30 – Lanche
10h45 – Debates
12h – Pausa para almoço
14h – Organizações religiosas e filantrópicas – Sérgio Roberto Monello, Advogado especialista em direito filantrópico e assistencial; ex-professor da PUCSP e da UNISINOS
15h15 – Debates
16h – Lanche
16h15 – Ensino religioso nas escolas públicas – Paulo Silveira Martins Leão Júnior, Procurador do Estado do Rio de Janeiro e Presidente da União dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro
17h45 – Encerramento – Dom José Belisário da Silva, OFM, Arcebispo de São Luís do Maranhão e Vice-Presidente da CNBB
Fonte: Acidigital

Meu Dia com Deus

DIA 6 DE MARÇO - SEXTA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Mateus 21,33-43.45-46)
Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 21 33“Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.
34 Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha.
35 Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
36 Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.
37 Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: ‘Hão de respeitar meu filho’.
38 Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: ‘Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança!’
39 Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram.
40 Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores?”
41 Responderam-lhe: “Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo”.
42 Jesus acrescentou: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos’?
43 Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele”.
45 Ouvindo isto, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que era deles que Jesus falava.
46 E procuravam prendê-lo; mas temeram o povo, que o tinha por um profeta.
Palavra da Salvação.


 
Meditando o Evangelho
QUANDO SE AGE DE FORMA INSENSATA
A relação entre Jesus e a liderança judaica de sua época foi muito tensa e problemática. O Mestre se dava conta da profunda rejeição de que era vítima. Percebia que seus adversários opunham-se à sua pregação. Diante disto, era inútil esperar deles uma mudança de mentalidade que os direcionasse para o Reino.
Jesus questionou a indisposição dos sacerdotes e dos anciãos do povo contra ele. A parábola da vinha mostra que eles herdaram uma mentalidade muito antiga em Israel. Há muito tempo, Deus vinha esperando de seu povo atitudes compatíveis com sua fé. Os servos, enviados para receberem o lucro devido aludem aos que, ao longo dos tempos, tinham vindo em nome de Deus, para conclamar o povo para a conversão e exigir uma mudança radical de vida. Contudo, foram rejeitados. O envio do filho, identificado com Jesus, foi a última tentativa por parte do dono da vinha. O fato de ser o herdeiro da vinha teve seu peso: também ele foi assassinado.
A recusa resultou em aniquilação dos primeiros arrendatários e a cessão da vinha a outro povo que a fizesse frutificar. A insensatez dos líderes do tempo de Jesus custou-lhes caro. Eles não perceberam que era preciso agir logo e dar frutos, antes que fosse tarde demais. A tolerância divina teve seus limites.


 
Oração 
Senhor Jesus, que eu seja suficientemente sensato para produzir os frutos que tu esperas de mim.

Evangelho do Dia

B - 06 de março de 2015

Mateus 21,33-43.45-46

Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 21 33“Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.
34 Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha.
35 Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
36 Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.
37 Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: ‘Hão de respeitar meu filho’.
38 Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: ‘Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança!’
39 Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram.
40 Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores?”
41 Responderam-lhe: “Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo”.
42 Jesus acrescentou: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos’?
43 Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele”.
45 Ouvindo isto, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que era deles que Jesus falava.
46 E procuravam prendê-lo; mas temeram o povo, que o tinha por um profeta.
Palavra da Salvação.


 

Comentário do Evangelho
QUANDO SE AGE DE FORMA INSENSATA
A relação entre Jesus e a liderança judaica de sua época foi muito tensa e problemática. O Mestre se dava conta da profunda rejeição de que era vítima. Percebia que seus adversários opunham-se à sua pregação. Diante disto, era inútil esperar deles uma mudança de mentalidade que os direcionasse para o Reino.
Jesus questionou a indisposição dos sacerdotes e dos anciãos do povo contra ele. A parábola da vinha mostra que eles herdaram uma mentalidade muito antiga em Israel. Há muito tempo, Deus vinha esperando de seu povo atitudes compatíveis com sua fé. Os servos, enviados para receberem o lucro devido aludem aos que, ao longo dos tempos, tinham vindo em nome de Deus, para conclamar o povo para a conversão e exigir uma mudança radical de vida. Contudo, foram rejeitados. O envio do filho, identificado com Jesus, foi a última tentativa por parte do dono da vinha. O fato de ser o herdeiro da vinha teve seu peso: também ele foi assassinado.
A recusa resultou em aniquilação dos primeiros arrendatários e a cessão da vinha a outro povo que a fizesse frutificar. A insensatez dos líderes do tempo de Jesus custou-lhes caro. Eles não perceberam que era preciso agir logo e dar frutos, antes que fosse tarde demais. A tolerância divina teve seus limites.


 
Leitura
Gênesis 37,3-4.12-13.17-28
Leitura do livro do Gênesis.
37 3 Israel amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica de várias cores.
4 Seus irmãos, vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo com bons modos.
12 Os irmãos de José foram apascentar os rebanhos de seu pai em Siquém.
13 Israel disse a José: “Teus irmãos guardam os rebanhos em Siquém. Vem: vou mandar-te a eles.” “Eis-me aqui”, respondeu José.
17 E o homem respondeu: “Partiram daqui e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain.” Partiu então José em busca dos seus irmãos e encontrou-os em Dotain.
18 Eles o viram de longe. Antes que José se aproximasse, combinaram entre si como o haveriam de matar;
19 e disseram: “Eis o sonhador que chega.
20 Vamos, matemo-lo e atiremo-lo numa cisterna; diremos depois que uma fera o devorou; e então veremos de que lhe aproveitaram os seus sonhos.”
21 Ouvindo-o, porém, Rubem, quis livra-lo de suas mãos: “Não lhe tiremos a vida, disse ele.
22 Não derrameis sangue. Jogai-o naquela cisterna, no deserto, mas não levanteis vossa mão contra ele.” Pois Rubem pensava livrá-lo de suas mãos para o reconduzir ao pai.
23 Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua túnica, daquela bela túnica de várias cores que trazia,
24 e jogaram-no numa cisterna velha, que não tinha água.
25 E, sentando-se para comer, eis que, levantando os olhos, viram surgir no horizonte uma caravana de ismaelitas vinda de Galaad. Seus camelos estavam carregados de resina, de bálsamo e de ládano, que transportavam para o Egito.
26 Então Judá disse aos seus irmãos: “Que nos aproveita matar nosso irmão e ocultar o seu sangue?
27 Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas. Não levantemos nossas mãos contra ele, pois, afinal, é nosso irmão, nossa carne.” Seus irmãos concordaram.
28 E, quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 104/105
Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Mandou vir, então, a fome sobre a terra
e os privou de todo pão que os sustentava;
um homem enviara à sua frente,
José, que foi vendido como escravo.

Apertaram os seus pés entre grilhões
e amarraram seu pescoço com correntes,
até que se cumprisse o que previra,
e a palavra do Senhor lhe deu razão.

Ordenou, então, o rei que o libertassem,
o soberano das nações mandou soltá-lo;
fez dele o senhor de sua casa,
e de todos os seus bens o despenseiro.
 
Oração
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, que, purificados pelo esforço da penitência, cheguemos de coração sincero às festas da Páscoa que se aproximam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 6 DE MARÇO - SEXTA-FEIRA

II SEMANA DA QUARESMA *
(ROXO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Senhor, a vós recorro, que eu não seja confundido para sempre. Vós me tirais do laço que me armaram, vós sois meu protetor (Sl 30,2.5).
Oração do dia
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, que, purificados pelo esforço da penitência, cheguemos de coração sincero às festas da Páscoa que se aproximam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 37,3-4.12-13.17-28)
Leitura do livro do Gênesis.
37 3 Israel amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica de várias cores.
4 Seus irmãos, vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo com bons modos.
12 Os irmãos de José foram apascentar os rebanhos de seu pai em Siquém.
13 Israel disse a José: “Teus irmãos guardam os rebanhos em Siquém. Vem: vou mandar-te a eles.” “Eis-me aqui”, respondeu José.
17 E o homem respondeu: “Partiram daqui e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain.” Partiu então José em busca dos seus irmãos e encontrou-os em Dotain.
18 Eles o viram de longe. Antes que José se aproximasse, combinaram entre si como o haveriam de matar;
19 e disseram: “Eis o sonhador que chega.
20 Vamos, matemo-lo e atiremo-lo numa cisterna; diremos depois que uma fera o devorou; e então veremos de que lhe aproveitaram os seus sonhos.”
21 Ouvindo-o, porém, Rubem, quis livra-lo de suas mãos: “Não lhe tiremos a vida, disse ele.
22 Não derrameis sangue. Jogai-o naquela cisterna, no deserto, mas não levanteis vossa mão contra ele.” Pois Rubem pensava livrá-lo de suas mãos para o reconduzir ao pai.
23 Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua túnica, daquela bela túnica de várias cores que trazia,
24 e jogaram-no numa cisterna velha, que não tinha água.
25 E, sentando-se para comer, eis que, levantando os olhos, viram surgir no horizonte uma caravana de ismaelitas vinda de Galaad. Seus camelos estavam carregados de resina, de bálsamo e de ládano, que transportavam para o Egito.
26 Então Judá disse aos seus irmãos: “Que nos aproveita matar nosso irmão e ocultar o seu sangue?
27 Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas. Não levantemos nossas mãos contra ele, pois, afinal, é nosso irmão, nossa carne.” Seus irmãos concordaram.
28 E, quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 104/105
Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Mandou vir, então, a fome sobre a terra
e os privou de todo pão que os sustentava;
um homem enviara à sua frente,
José, que foi vendido como escravo.

Apertaram os seus pés entre grilhões
e amarraram seu pescoço com correntes,
até que se cumprisse o que previra,
e a palavra do Senhor lhe deu razão.

Ordenou, então, o rei que o libertassem,
o soberano das nações mandou soltá-lo;
fez dele o senhor de sua casa,
e de todos os seus bens o despenseiro.
 
Evangelho (Mateus 21,33-43.45-46)
Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 21 33“Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.
34 Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha.
35 Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
36 Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.
37 Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: ‘Hão de respeitar meu filho’.
38 Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: ‘Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança!’
39 Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram.
40 Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores?”
41 Responderam-lhe: “Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo”.
42 Jesus acrescentou: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos’?
43 Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele”.
45 Ouvindo isto, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que era deles que Jesus falava.
46 E procuravam prendê-lo; mas temeram o povo, que o tinha por um profeta.
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
QUANDO SE AGE DE FORMA INSENSATA
A relação entre Jesus e a liderança judaica de sua época foi muito tensa e problemática. O Mestre se dava conta da profunda rejeição de que era vítima. Percebia que seus adversários opunham-se à sua pregação. Diante disto, era inútil esperar deles uma mudança de mentalidade que os direcionasse para o Reino.
Jesus questionou a indisposição dos sacerdotes e dos anciãos do povo contra ele. A parábola da vinha mostra que eles herdaram uma mentalidade muito antiga em Israel. Há muito tempo, Deus vinha esperando de seu povo atitudes compatíveis com sua fé. Os servos, enviados para receberem o lucro devido aludem aos que, ao longo dos tempos, tinham vindo em nome de Deus, para conclamar o povo para a conversão e exigir uma mudança radical de vida. Contudo, foram rejeitados. O envio do filho, identificado com Jesus, foi a última tentativa por parte do dono da vinha. O fato de ser o herdeiro da vinha teve seu peso: também ele foi assassinado.
A recusa resultou em aniquilação dos primeiros arrendatários e a cessão da vinha a outro povo que a fizesse frutificar. A insensatez dos líderes do tempo de Jesus custou-lhes caro. Eles não perceberam que era preciso agir logo e dar frutos, antes que fosse tarde demais. A tolerância divina teve seus limites.


 

Oração 
Senhor Jesus, que eu seja suficientemente sensato para produzir os frutos que tu esperas de mim.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que a vossa misericórdia prepare os corações dos vossos fiéis e os leve, por uma vida santa, à plenitude dos mistérios que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Deus nos amou e enviou seu Filho, redenção pelos nossos pecados (1Jo 4,10).
Depois da comunhão
Ó Deus, dai-nos caminhar de tal modo, que possamos alcançar a salvação eterna, cujo penhor agora recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.


MISSA VOTIVA

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(BRANCO – MISSAL, PÁG. 382)

Oração do dia:
Ó Deus, que no coração do vosso Filho, ferido por nossos pecados, nos concedestes infinitos tesouros de amor, fazei que lhe ofereçamos uma justa reparação, consagrando-lhe toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Considerai, ó Deus, o indizível amor do coração do vosso amado Filho, para que nossas oferendas vos agradem e sirvam de reparação por nossas faltas. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Ó Deus, que este sacramento da caridade nos inflame em vosso amor e, sempre voltados para o vosso amor e, sempre voltados para o vosso Filho, aprendamos reconhecê-lo em cada irmão e em cada irmã. Por Cristo, nosso Senhor.

'Voz dos que não têm voz'


Nosso segundo livro joga luz sobre os magnânimos gestos de amor do papa Francisco.
Por Geovane Saraiva*
À luz do Evangelho, nosso livro "Voz dos que não têm voz" quer ajudar o povo de Deus a perceber os magnânimos gestos de amor do Sumo Pontífice, que na sua ternura e bondade é o "Angélico Pastor, Em ti nós vemos o doce Redentor. A voz de Pedro na tua o mundo escuta, não vencerão as forças do inferno, mas a verdade, o doce amor fraterno!" (Hino do Vaticano). Ao afirmar "Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!". Isso ajuda-nos a compreendê-lo, quando preside os atos litúrgicos na Basílica de São Pedro e em sua fala, quando celebra na Capela Santa Marta. O faz ainda, quando viaja aos países pobres da terra e recebe autoridades e procura o diálogo sincero, acalentando no mais íntimo de seu coração, o sonho de um mundo fraterno e solidário.
Um mundo, verdadeiramente de irmãos. E também no seu sonho de esperança e de um mundo em que a humanidade possa experimentar a vida com maior encanto. E no seu sentido mais largo e profundo, o nosso querido Papa Francisco está trabalhando na elaboração de sua nova Encíclica: onde fala sobre ecologia e meio ambiente, querendo dizer-nos, que somos chamados a dialogar com todas as realidades do planeta, começando com a própria natureza.
Nosso humilde trabalho é fazer com que a esperança vivida e anunciada pelo Augusto Pontífice se manifeste como ação salvífica - fruto da força e ação do Espírito Santo de Deus no mundo, no qual estamos inseridos numa didática repleta de graça. De tal modo, para que possamos contribuir para cessar as resistências e ventos contrários ao projeto do Criador e Pai. Como é maravilhoso e salutar perceber quando as pessoas se sentem envolvidas em luz e confiantes na proteção divina, tal como rezamos no Livro Sagrado: "O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção de minha vida; perante quem eu tremerei?" (cf. Sl 27,1). Não esqueçamos São João da Cruz, a nos assegurar que “No entardecer da vida seremos julgados pelo amor”, propondo-nos um exigente programa de vida.
Nestes dois anos, o Espírito Santo de Deus não cessou de conduzir os passos do Papa Francisco, fazendo-se irmão e amigo dos peregrinos, migrantes, refugiados e sofredores de toda natureza; levando a esperança aos mesmos. Estes, que são marcados que pela exclusão, ausência de expectativa e empobrecimento sempre maior, estando, portanto tudo que dele vem em estreita sintonia com o Concílio Vaticano II, na seguinte afirmação: "Não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no coração do discípulo de Cristo" (cf. GS 1). Nosso livro Voz dos não têm voz, quer colocar na mente e no coração do povo de Deus a pessoa de Jesus de Nazaré, na sua missão de salvar e saciar a fome da pessoa humana, imagem e semelhança do nosso bom Deus, mas de um modo integral, radicalmente presente no Sucessor de Pedro.
Para concluir, relembremos mais um dos inúmeros gestos do amor do Santo Padre, que podem ser apreciados e compreendidos em "Voz dos que não tem voz”. Em 24 de maio de 2014, o Papa Francisco visitou o local do Batismo de Jesus e rezou pela conversão de quem alimenta a guerra, nas seguintes palavras: “Peço a Deus onipotente e misericordioso que nos ensine e a todos a caminhar na Sua presença, com a alma e com os pés descalços, o coração aberto à misericórdia divina e ao amor pelos irmãos. Assim, Deus será tudo em todos e reinará a paz. Obrigado por oferecerem à humanidade este lugar de testemunho". Amém!
*Geovane Saraiva é padre, escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE - geovanesaraiva@gmail.com.

SEXTA-FEIRA SANTA: CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR


   Paróquia nossa senhora das candeias – 31   anos

“Em tuas mãos eu entrego o meu espírito.”
(Sl. 30,6)

INTRODUÇÃO

Às 15h, ou noutro horário oportuno, a Igreja realiza a Liturgia da Paixão do Senhor. Neste dia, não se celebra missa em lugar algum, mas ocorre a celebração onde meditamos as dores e morte de Nosso Senhor. Parece que o termo “comemorar” se relaciona a festas alegres, mas não podemos deixar de comemorar o resgate da aliança com Deus através do sacrifício da Cruz. Este acontecimento nos prepara para as alegrias pascais; dessa forma, já celebramos a Páscoa do Senhor. A Igreja prescreve dia de jejum e abstinência de carne.

1 ASPECTOS CELEBRATIVOS
Esta solene ação litúrgica consta de três partes: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.
O altar, desnudado ao fim da liturgia do dia anterior, assim permanece. Igualmente as cruzes (e imagens, onde for costume) também permanecem veladas.
A cruz é apresentada à assembleia, não como sinal de luto e tristeza, mas como instrumento pelo qual nos veio a salvação. Para tanto, através dela, rendemos adoração ao Cristo Redentor.

1.1 O QUE PROVIDENCIAR
Para esta solene ação litúrgica, deve-se providenciar, em lugar apropriado, uma cruz (coberta com véu, caso se adote a primeira forma de apresentação) e dois castiçais. Para o presbitério, importante haver o missal romano, lecionário, toalha e corporais. Quanto ao altar da Reposição, separar véu umeral (para diácono ou presidente da celebração) e dois castiçais.

2 CELEBRAÇÃO E QUESTÕES PRÁTICAS
O presidente da celebração, ao se aproximar do altar, em clima de absoluto silêncio, prostra-se ou ajoelha-se diante dele por alguns instantes. A assembleia também permanece em silêncio orante, de joelhos. Em seguida, é proferida oração, sem o “oremos”.

2.1 LITURGIA DA PALAVRA
Imediatamente após a oração, inicia-se a Liturgia da Palavra. Na narração da Paixão de Nosso Senhor, é costume, assim como no Domingo de Ramos, haver distribuição de funções para mais leitores, de acordo com as personagens, havendo, para tanto, a figura do narrador. Toda a igreja se ajoelha silenciosamente quando do anúncio da morte de Jesus. Não se beija o livro ao final da narração.

2.1.1 Oração Universal
Após a homilia, inicia-se a oração universal, com dez preces específicas, a saber: pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus, pelos que não creem no Cristo, pelos que não creem em Deus, pelos poderes públicos e por todos os que sofrem provações. Durante essas preces é facultada à assembleia permanecer ou não de joelhos.

2.1.2 Adoração da Cruz
Logo depois da oração universal, tem início a adoração da Cruz, costume que se originou em Jerusalém a partir do Século IV, e que pode ocorrer de duas formas. Na primeira forma, um diácono (ou um acólito) parte do fundo da igreja com a cruz velada, acompanhada por duas velas acesas. A cruz é entregue ao presidente da celebração, junto ao altar, e este vai descobrindo-a em três partes, apresentando-a para adoração dos fiéis, entoando a cada parte descoberta a fórmula invitatória “Eis o lenho da Cruz do qual pendeu a salvação do mundo”. A assembleia responde: “Vinde, adoremos!”. Após, todos se ajoelham por alguns momentos, em adoração, enquanto o presidente, em pé, sustenta a cruz. Em seguida, inicia-se a adoração, com a cruz colocada frente ao presbitério, ladeada pelas velas.

Na segunda forma de apresentação, o diácono ou, na sua ausência, o próprio presidente da celebração, toma a cruz descoberta na porta da igreja e lá mesmo, depois ao meio do templo e à frente do presbitério, eleva a cruz e entoa a fórmula envitatória acima já descrita, havendo por parte da assembleia a mesma resposta. A entrada da cruz é acompanhada por duas velas. Ao final da terceira fórmula, todos se ajoelham em adoração, com exceção do presidente da celebração.

Para a adoração, esta se inicia com o presidente da celebração, seguido do diácono e ministros, e sequenciado pelo povo. A cruz é saudada com uma simples genuflexão, ou outro sinal adequado, de acordo com o costume local, como o beijo. Enquanto isso, cantam-se antífonas específicas ou outros cantos adequados.
Não pode haver mais de uma cruz exposta para a adoração. Caso a assembleia seja numerosa, após a adoração do presidente, membros do clero e parte dos fiéis, o presidente toma a cruz, dirigindo-se para junto do altar e de lá convida a assembleia a adorar a cruz. Em seguida, eleva a cruz durante algum tempo, enquanto os fiéis adoram-na em silêncio (cf. CB 323). Após o momento de adoração, a cruz fica exposta próximo do altar, ladeada pelas velas.

2.1.3 Sagrada Comunhão
Para a Sagrada Comunhão, dois castiçais acompanham as âmbulas que estavam no lugar da reposição pelo caminho mais curto entre este lugar e o altar. Enquanto isso, o altar já estará revestido da toalha; castiçais são colocados sobre o altar ou junto dele. A assembleia acompanha o momento ficando em pé.
Uma vez depositadas as âmbulas sobre o altar, o presidente genuflecte diante do Santíssimo e procede ao rito de comunhão, excetuando-se a oração pela paz e consequente saudação. Após a distribuição da Comunhão, as âmbulas são reconduzidas para o altar da Reposição. Não se volta as âmbulas para o sacrário, a menos que as circunstâncias assim exijam (cf. CB 328).

2.1.4 Bênção sobre o povo e final da ação litúrgica
Uma vez observado o silêncio sagrado, o presidente da celebração recita a oração depois da comunhão. Em seguida, profere, de mãos estendidas, a bênção sobre o povo. Em seguida, genuflecte diante da cruz e se dirige para a sacristia. A assembleia se retira em absoluto silêncio. O altar torna a ficar desnudado em tempo oportuno.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os mesmos cuidados devem ser levados em consideração em relação a outras liturgias dessa semana. A questão do microfone, que deve ser em número maior, caso haja leitores na narração da Paixão.
Neste dia, não se beija o livro ao final da narração da Paixão, tampouco se incensa ou se ladeia com tochas.
Na oração universal, cada prece é constituída de uma fórmula invitatória antes da oração proferida pelo presidente da celebração. Esta fórmula pode ser proferida por um diácono, no ambão.

Mesmo no início da ação litúrgica, onde for costume, estende-se um tecido roxo à frente do altar, onde o presidente da celebração se prostrará com rosto por terra.
Caso a apresentação da cruz ocorra conforme a primeira forma, seja o tecido preso por alfinetes, laços ou velcros que facilitem a descoberta por partes. A cor do véu usado deve ser roxa e a cruz deve conter a imagem de Cristo crucificado.
Para a adoração da cruz, é recomendado que acólitos, ministros ou outras pessoas sejam designadas para limpar com tecido as partes beijadas pelos fiéis, caso esse sinal seja costume da comunidade.

É preciso ter em mente que o termo "adorar" empregado nessa ação litúrgica não nos induz à adoração de imagem. Revivendo o drama da paixão e morte de Cristo, o adoramos enquanto Senhor crucificado que deu-nos vida por sua morte.
Neste dia costuma ocorrer a arrecadação de donativos enviados para as igrejas da Terra Santa. Algumas comunidades o promovem durante a adoração da cruz, mas pode também ser realizado durante a dispersão da assembleia, de modo sereno.

À noite, é costume haver procissões pelas ruas. Cada comunidade paroquial tende a organizar uma e até mesmo preparar uma dramatização da Paixão de Cristo. Embora sendo um momento de devoção popular não obrigatório, é a oportunidade que temos de manifestar publicamente nossa fé no Cristo morto e ressuscitado.

                           Pastoral  litúrgica,  paroquia Nossa Senhora das Candeias-   

Formação  ano B 2015

Reconstrução e reformas


Investir em reformas vigorosas é a exigência que deve permear o sentimento cidadão no auge deste momento crítico vivido pela sociedade brasileira, inserida em amplo e complexo contexto de graves crises, locais e mundiais. Não se pode correr o risco de tratar o momento atual como um assunto midiático, que passa como uma nuvem e se esvai. Esse perigo é evidente em razão do modo como os problemas são enfrentados na cultura contemporânea à semelhança do tratamento dado às notícias. Por um tempo é “quente” um assunto. Fácil e rapidamente o que estava em pauta é esquecido. Perde lugar para outros acontecimentos.
Essas ondas que presidem as dinâmicas da cultura contemporânea enfraquecem a sociedade na sua indispensável capacidade de reação. Também a afasta da urgente competência para operar a sua própria reconstrução com vigorosas e incidentes reformas. Por isso, é preocupante o modo como a sociedade brasileira está lidando com o conjunto de suas crises. Um enorme conjunto de exigências, urgências e intervenções que é tratado com lentidão.  Mais grave ainda, tratado por líderes que, pelas expressões, escolhas e posicionamentos, pela falta de um lastro humanístico mais consistente na sua formação e no seu caráter, não se revelam preparados para os cargos que ocupam.
É urgente disseminar e cultivar em todo o país um sentimento de que somos uma sociedade em reconstrução. Indicam isso as estatísticas e os descompassos graves, como a crescente violência, a exclusão social, a corrupção, a dependência química, problemas que provocam terror semelhante ao de contextos de guerra. Ainda que se considerem os avanços sociais e tecnológicos no contexto brasileiro, o conjunto de crises em curso dizima vidas e deteriora a cultura que a civilização necessita para se sustentar. Os cidadãos precisam ser guiados pelo anseio de se promover a reconstrução do país, de modo semelhante a exemplos históricos de nações que ressurgiram das cinzas depois das destruições de guerras.
O povo brasileiro tem a grande vantagem de contar com reservas e patrimônios - culturais, religiosos, ambientais e históricos - para impulsionar esse processo de reconstrução. É preciso superar um lado terrível e perverso do país que é caracterizado pela corrupção, mediocridade na política e pela geração pífia de líderes em todos os segmentos.  Para isso, todos devem sustentar a cidadania em patamares emoldurados pelo altruísmo, por um sentido nobre de pátria.  Nessa tarefa, o conjunto de discriminações e, particularmente, a vergonhosa exclusão social que atinge o povo devem ser enfrentados.
Inspiradora é a coragem do Papa Francisco - com validade provocante para a Igreja Católica, também para a sociedade civil – quando, na sua Exortação Apostólica Alegria do Evangelho, se compromete com a conversão do papado. Essa corajosa indicação é nobre ato de simplicidade e humildade tão necessário no mundo contemporâneo, que deve inspirar a Igreja e a sociedade, com seus segmentos, o recôndito dos lares e todas as instituições, no processo de reconstrução. Assim será possível superar as  mediocridades, que enjaulam o povo em condição asfixiante. Uma triste situação que se verifica quando se percebe a supervalorização do status, consolação dos medíocres em ocupar lugares de importância, em usufruir dos benefícios. Certamente, a realidade seria outra se, em vez de procurar status, cada pessoa se empenhasse para ampliar sua capacidade de oferta e serviços.
Compreende-se porque não se avança no conjunto das reformas que precisam ser urgentemente operadas na sociedade brasileira, atravancadas por interesses mesquinhos e visões estreitadas.  Para mudar esse contexto é preciso cultivar uma onda duradoura de sentimentos que envolva todos, da criança ao ancião, encharcando mentes e corações com o senso de mutirão para a reconstrução e reformas vigorosas na sociedade.

Dom Walmor Oliveira de AzevedoO arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma (Itália). Membro da Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé. Dom Walmor presidiu a Comissão para Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante os exercícios de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011. Também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB - Minas Gerais e Espírito Santo. É o Ordinário para fiéis do Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Autor de numerosos livros e artigos. Membro da Academia Mineira de Letras. Grão-chanceler da PUC-Minas.