terça-feira, 20 de agosto de 2013

Papel do leigo estará entre as prioridades da próxima AG da CNBB


Laicato19082013Na próxima Assembleia Geral da CNBB, em 2014, um dos temas prioritários será o laicato. Já nesta segunda-feira, 19, a Comissão Episcopal para o Laicato reuniu-se na sede da Conferência para estabelecer aspectos importantes que deverão estar em pauta.
“A nossa tentativa é elaborar uma proposta de temas de estudo, e de como nós podemos enfrentar a questão do laicato, numa dimensão positiva, e enriquecer a ação e o testemunho dos leigos na Igreja e na sociedade”, explica o presidente da Comissão, Dom Severino Clasen.
De acordo com o bispo, os recentes discursos do Papa Francisco no Brasil bem como o Documento de Aparecida e as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora evidenciam muitos aspectos fundamentais sobre a atuação dos leigos.
Ainda esta semana, a Comissão para o Laicato deverá propor à presidência da CNBB os membros da equipe que vai elaborar o subsídio de reflexão do tema para a próxima Assembleia Geral.
“É muito importante montar uma equipe boa para que possamos levar um material importante. A temática está amadurecendo, e nós não temos pressa, para que possa ser bem trabalhado e mobilizar todos os leigos e leigas do Brasil”, afirma dom Severino.
Também participaram da reunião o bispo de Macapá (AP), Dom Pedro José Conti e o bispo de Tocantinópolis (TO), Dom Giovane Pereira. A nova presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Marilza José Lopes, também participou do encontro, juntamente com a equipe de assessores da Comissão.
Fonte: Canção Nova

“Enchei-vos” será realizado no próximo domingo


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O movimento Renovação Carismática da Arquidiocese de Olinda e Recife promove no próximo domingo, dia 25 de agosto, o encontro “Enchei-vos do Espírito de Deus”. O evento será realizado no Chevrolet Hall, em Olinda.  O tema a ser refletido pelos fiéis  ”Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5, 48).
O “Enchei-vos” será realizado no período da tarde. A abertura da casa de shows será às 12h. Quando será iniciada a programação com a meditação do Terço. Em seguida, haverá momento de louvor. A Missa será celebrada às 13h.
Os participantes assistirão a palestra “Enchei-vos de uma fé viva” ministrada pelo fundador da Fraternidade O Caminho, padre Gilson Sobreiro. Está previsto também um Momento Mariano com a Consagração a Nossa Senhora. A Adoração ao Santíssimo Sacramento começará às 19h e será conduzida pelo padre Gilson e pelo presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Liturgia, padre Nilson Lourenço.
O encontro será transmitido ao vivo através do Twitter do movimento (RCCOlinda). Há ainda uma página no Facebook dedicada ao evento.
1012906_558957890835330_1621153544_nAs camisas estão sendo vendidas e podem ser adquiridas no escritório da Renovação Carismática, no centro do Recife, ou nos grupos de oração das paróquias. O valor das camisas é R$ 20,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3423-3459 ou pelo e-mail: comunicacaorccolindaerecife@gmail.com .
Escritório da Renovação Carismática
Rua do Riachuelo, 105 – 3º andar – Boa Vista – Recife
Fone: 3423-3459
Da Assessoria de Comunicação AOR

Curso de Comunicação para Bispos será realizado em Jaboatão dos Guararapes


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Restam apenas 20 vagas para o Curso de Comunicação para Bispos que será realizado de 4 a 8 de novembro, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. O evento é destinado exclusivamente ao episcopado brasileiro, com assessoria da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. Os bispos terão a oportunidade de aprender a teoria e a prática das novas mídias sociais digitais. O convite é aberto a todos os bispos que desejam refletir sobre os desafios da evangelização no contexto da cultura gerada pelas novas tecnologias. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail ou telefone: (61) 2103.8366 – comsocial@cnbb.org.br
O evento contará com a participação do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, dom Claudio Maria Celli, que tem sido um dos grandes incentivadores do processo de formação dos bispos na cultura midiática para a evangelização. A assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Ir. Élide Fogolari, comenta que “as novas tecnologias vêm provocando uma cultura acelerada em toda a sociedade e também na Igreja. Desejamos que o episcopado possa entender como comunicar com a comunidade presente na Igreja através da cultura massiva e da cultura digital”.
Teoria e práticaA novidade será a metodologia de trabalho composta por teoria e prática, com painéis voltados ao diálogo e revisão de teorias comunicacionais da era digital na cultura da evangelização e participação efetiva nos laboratórios, para praticar e conhecer as técnicas de produção em jornal, impresso e online, programas de rádio, internet e mídias sociais digitais. Os painéis e as práticas laboratoriais contarão com assessoria de professores e especialistas da comunicação. “O curso será bem elementar para a criação de conta de e-mail, configuração da parte estética e visual dos correios eletrônicos. Além disso, serão oferecidas dicas práticas de cada ferramenta, como as mídias sociais digitais, entre elas o facebook, modos de compartilhamento, de integração e interatividade”, explica o assessor da RIIBRA (Rede de Informática da Igreja no Brasil), padre Clóvis Andrade Melo.
Cultura midiáticaO tema central do curso será “Comunicação e evangelização na era digital: uma abordagem teórico-prática” e o objetivo é refletir sobre as práticas e os desafios da evangelização no contexto da cultura gerada pelas novas tecnologias. “Ninguém está fora da sociedade em rede. Então a Comissão deseja ajudar os bispos a perceberem a importância da presença efetiva e afetiva nas redes sociais. Não é considerar apenas o modismo das novas tecnologias, mas como meios de expressão e de existência”, ressalta padre Clóvis.

Fonte: CNBB

Dom Antônio Fernando Saburido

Bom Samaritano (Lc 10,25-37): estudo literário



(Foto: Reprodução)
Para uma interpretação sensata e libertadora do episódio-parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37) é preciso, entre vários exercícios, fazer um estudo literário do texto. Eis o que segue.

1 - Estudo literário do texto

O texto de Lc 10,25-37 está organizado em duas partes de tamanhos diferentes com estruturas literárias com várias equivalências, conforme se segue:

1ª parte (Lc 10,25-28) - 2ª parte (Lc 10,29-37)

Pergunta do escriba - Pergunta do escriba

Contrapergunta de Jesus - Jesus narra um episódio paradigmático

O escriba cita a lei - Contrapergunta de Jesus e Resposta do escriba

Diretiva de Jesus - Diretiva de Jesus.

As palavras “próximo” e “fazer” são duas colunas-mestras no texto. Percebe-se uma ênfase sobre o outro, um desinstalar-se de si mesmo e uma defesa forte de uma prática libertadora, de ação concreta. Sinalizam que uma postura misericordiosa implica um sair de si mesmo, um arregaçar as mangas e colocar mãos à obra. Não basta ter boas intenções.

Na segunda parte (Lc 10,29-37) temos o episódio-parábola propriamente dito (Lc 10,30-35) e a sua aplicação (Lc 10,36-37). Nos versículos 25-27 encontramos a primeira questão levantada pelo escriba e alguns textos bíblicos do Primeiro Testamento que apareceram para iluminar a questão, em um diálogo profundamente educativo (Dt 6,5 e Lv 19,18).

No versículo 28, Jesus responde citando, implicitamente, um texto de Lv 18,5: “Faça isso e viverás”. Importante observar que Jesus não diz “terá vida eterna”, mas diz “viverás”. Em outros termos, o Jesus de Lucas quer provocar conversão nos discípulos e discípulas que estavam olhando para o céu esquecendo-se de abraçar os desafios do aqui e do agora, na terra. Olhe para o “aqui e agora!” Eis o caminho que leva à vida em plenitude.

2 - Introdução (Lc 10,25-28)

Nos evangelhos encontramos basicamente dois tipos de perguntas dirigidas a Jesus. Uma é a pergunta feita pelos marginalizados e excluídos, que pedem para andar, para voltar a enxergar, para serem curados, para serem saciados. Com a vida ameaçada aqui e agora, eles clamam por vida aqui e agora. O outro tipo de pergunta dirigida a Jesus nos evangelhos é aquela feita por pessoas ricas, as quais já têm o aqui e agora assegurados e estão preocupadas com o pós-morte. Nesse grupo se insere a pergunta de Lc 10,25: “Mestre, que coisa devo fazer para herdar a vida eterna?”

A pergunta sobre o caminho para alcançar a “vida eterna”, feita por um “escriba”, aparece também em Lc 18,18 na boca de um rico notável. O evangelista tem a finalidade de reforçar a importância do decálogo como caminho para a vida plena. À primeira vista, parece que estamos diante de duas tradições diferentes ou em face de episódios distintos do ministério de Jesus.

“Amar a Deus” é uma das constantes características de todo o corpo deuteronomístico  e está intimamente interligada com “amar o próximo”. Não existe um amor integral a Deus se falta amor ao próximo a partir do outro mais injustiçado. O caminho que leva a Deus passa necessariamente pelo próximo. Dedicar-se a Deus e ao próximo são duas faces da mesma medalha e é significativo que Dt 6,5 e Lv 19,18 estejam em Lc 10,27 como uma “leitura” da lei que revela a íntima ligação entre amar a Deus e amar o próximo: “O que está escrito na lei? Como tu lês?” (Lc 10,26).

3 - Episódio-parábola do bom samaritano (Lc 10,29-35)

A própria forma estilística do episódio-parábola é profundamente relevante. Com repetição progressiva, somente na terceira vez chega-se a um desfecho favorável. Isso cria um suspense e prende a atenção do leitor. E é de fácil memorização, o que se revela tremendamente pedagógico em uma cultura com um alto índice de iletrados, onde predominava a oralidade.

Em Lc 10,29, com a pergunta do escriba “Quem é meu próximo?”, estabelece-se a conexão de Lc 10,25-28 com Lc 10,29-37. Na segunda parte (Lc 10,29-37), Jesus não responde imediatamente, mas acrescenta o episódio-parábola e indica a importância que deu ao escriba, que lhe perguntou. A lei apresenta uma resposta mais direta, enquanto o episódio-parábola interroga e interpela, o que é muito mais incômodo. Jesus não dava respostas prontas. Ao não responder diretamente e ao contar um episódio-parábola, Jesus agiu pedagogicamente, visando tornar o escriba um próximo. Jesus não o excluiu a priori, mas empreendeu uma caminhada pedagógica que visava promover a conversão do escriba.

4 - Conclusão do relato (Lc 10,36-37)

Jesus, depois de contar o episódio-parábola, retomou o diálogo com o escriba redimensionando completamente a pergunta feita no versículo 29: “Quem é o meu próximo?” Jesus perguntou: “Em sua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (Lc 10,36). Essa nova pergunta redimensiona completamente a forma de entender a relação com o próximo. A relação se dará não mais a partir de mim mesmo, mas sim a partir do outro, e principalmente do outro que sofre por ser injustiçado.

Para o sacerdote e o levita, o homem semimorto havia-se transformado em um obstáculo, enquanto para o samaritano esse mesmo homem caído à beira do caminho transformou-se em motivo para proximidade. O sacerdote e o levita não apenas ignoraram o homem semimorto, mas foram-lhe indiferentes, distanciaram-se e contornaram o “obstáculo”. De outro modo, o escriba, mesmo evitando pronunciar a palavra samaritano, reconhece o samaritano como referência a seguir (Lc 10,37). Jesus, com dois imperativos — Vá e faça!—, convida o escriba a ser um discípulo do “bom samaritano”, o que pode causar desconforto, pois normalmente pensa-se que só se pode ser discípulo de Jesus.

Gilvander Moreira é frei e padre carmelita. Mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma. Assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI), do Serviço de Animação Bíblica (SAB) e Via Campesina. Autor de alguns livros: Compaixão-misericórdia, uma espiritualidade que humaniza (Ed. Paulinas, 1996), Lucas e Atos, uma teologia da História (Ed. Paulinas, 2004) e co-autores de vários livros do CEBI. 

Francisco: 'Fé e violência são incompatíveis'


Pontífice pede aos fiéis que continuem a rezar pela paz no Egito.

A paz de Cristo não é “neutralidade” nem  “compromisso a todo o custo”: seguir Jesus “inclui renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, inclusive quando isto requer sacrifício e renúncia aos próprios interesses”, disse o papa Francisco no Ângelus do último domingo (18), recitado na praça de São Pedro na presença de muitíssimos fiéis.

Quando Jesus diz que veio "trazer divisão", realçou o pontífice,  "não é que Ele queira dividir os homens entre si, ao contrário”; Ele indica o critério: “viver para si mesmo, ou viver para Deus e para os outros; ser servido ou servir; obedecer ao próprio eu, ou obedecer a Deus”.  Disto deduz-se, frisou, que não pode ser autorizado o uso  da força para defender a fé. “Fé e violência são incompatíveis” e, explicou o Papa, “a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que inclui a renúncia a qualquer violência”.

O Pontífice, que depois da recitação do Ângelus exortou a rezar pelas vítimas do naufrágio de uma embarcação nas Filipinas e pela paz no Egito, recordou que  seguir Jesus “significa participar” porque a fé não é um adorno: significa “escolher Deus como critério-base da vida”.

“Viver a fé – explicou o Papa na meditação – não é enfeitar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo decorado com o glacê. Não, a fé não é isto”. Depois da vinda de Jesus, prosseguiu, “não nos podemos comportar como se não conhecêssemos Deus”. De fato, “Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós”.

Está em sintonia com a meditação do Ângelus dominical também o tweet que o Papa lançou na manhã de segunda-feira, 19 de Agosto: “Não podemos ser cristãos a tempo parcial. Se Cristo está no centro da nossa vida, Ele está presente em tudo o que fazemos”. E precisamente hoje o account italiano do Pontífice superou um milhão de followers. São 8.600.000 as pessoas que seguem o Papa através da plataforma digital,  conectando-se aos nove canais linguísticos de @Pontifex.
L’Observatore Romano, 20-08-2013.

A revolução de uma verdadeira teologia da mulher


O significado da Assunção não se refere apenas às mulheres na Igreja, mas ilumina, e não apenas simbolicamente, a ambivalente figura da mulher: onipotente, mas também submissa.

Assunção de Maria: ambivalência da mulher mediterrânea.
Por Emma Fattorini

O papel da mulher e a sua "dignidade" na Igreja devem ser compreendidos e exaltados. O papa Francisco falou isso aos fiéis na praça de Castel Gandolfo, antes de recitar o Ângelus na Solenidade da Assunção. "Compreendidos e exaltados", ainda na viagem ao Brasil ele havia falado da necessidade de uma verdadeira "teologia da mulher": referências, passagens, mas muito importantes.

O fato de retomá-las no dia de Ferragosto tem um significado todo particular. Na antiguidade, as Feriae eram uma celebração da fertilidade e da maternidade, de origem oriental, a deusa-mãe Sira, padroeira do trabalho dos campos, prerrogativas que, ao longo dos séculos, a tradição popular atribuiu à Virgem Maria.

Mas, em Ferragosto, não se celebra uma das tantas festas dedicadas à Nossa Senhora, mas sim a festa muito especial da Assunção, o último dogma mariano declarado por Pio XII em 1950. E por que seria tão especial? Carl Gustav Jung o explicou muito bem em um texto, que se tornou importante para a história das mulheres no Ocidente.

O fundador da psicologia profunda, baseada nos símbolos e nos arquétipos de origem protestante, no livro Resposta a Jó, escrevia: "O dogma da Assunção de Maria ao céu é o acontecimento religioso mais importante da era moderna depois da Reforma". Porque era, segundo Jung, o evento simbolicamente mais importante para a história das mulheres modernas, para a sua emancipação e o seu reconhecimento.

Para Jung, o fato de que o único ser humano já assunto ao céu, antes do fim dos tempos, além do filho de Deus, era uma mulher representava uma revolução no imaginário coletivo e um reconhecimento do enorme poder. No limite da onipotência e, portanto, da heresia, porque corria o risco de equiparar perigosamente demais a mãe, somente mulher e totalmente humana, ao filho, homem, sim, mas também filho de Deus.

Um belo emaranhado teológico e histórico. Tanto que, na história da Igreja, os movimentos assuncionistas tiveram uma vida muito difícil, porque, entre outras tantas razões, corriam o risco de dilatar demais as prerrogativas de Nossa Senhora e, assim, das mulheres.

Creio, portanto, que é de grande relevância que o Papa Francisco, escolha uma ocasião tão significativa para falar do novo papel da mulher e para celebrar o 25º aniversário da Carta Apostólica Mulieris dignitatem, de João Paulo II, sobre a dignidade e a vocação da mulher.

O significado da Assunção não se refere apenas às mulheres na Igreja, mas ilumina, e não apenas simbolicamente, a ambivalente figura da mulher mediterrânea: onipotente – para Jung, a Assunção era o retorno a uma deusa feminina –, mas também submissa. Muito poderosa como mãe, mas também subalterna ao homem-marido. Uma natureza muito frágil e muito forte, a da mulher mediterrânea, diferente da emancipada mulher protestante.

É importante voltar a essas raízes profundas da identidade feminina contemporânea diante do crescimento da violência contra as mulheres. É daí que devemos recomeçar, todos e todas. A sensibilidade ao feminicídio cresce a cada dia, e estamos contentes com isso. Os movimentos das mulheres estão em alerta permanente, as deputadas e as senadoras, todas, têm trabalhado com um empenho extraordinário; mais recentemente, o decreto do governo italiano vai estabelecer procedimentos urgentes.
Tudo isso nos deixa justamente orgulhosas. O "mas" que se segue obrigatoriamente a essas observações fala justamente de prevenção. Mas nenhuma prevenção é mais eficaz do que recomeçar da força das mulheres mediterrâneas, e não somente da sua fraqueza. Porque hoje é a sua força que assusta, quando desaparecem os contrapesos que a cultura ocidental masculina tinha posto de pé, a fim de chegar a um acordo com ela e de fazer dela o fruto de um relacionamento amoroso. Nesse sentido, as culturas religiosas podem ser valiosas aliadas das mulheres e da sua capacidade de construir bons relacionamentos.
L'Unità, 17-08-2013.