sábado, 24 de outubro de 2015

Reflexão dominical: a cura do cego Bartimeu: "O caminho da fé"




Cidade do Vaticano (RV) - O Evangelho deste domingo nos relata a cura do cego Bartimeu. Ele se encontrava à beira do caminho dependendo da compaixão dos transeuntes. Em certa ocasião ouviu falar de Jesus, de suas palavras e ações e ficou atento. Um dia ao saber da aproximação do Senhor, começou a gritar implorando-lhe a cura. Os que passavam corrigiam-lhe para que se calasse. Ele não os escutou e gritava com voz mais forte.  O Senhor o mandou chamar até onde estava. Ele, em uma atitude rápida, deixou seu manto e se aproximou de Jesus.
Vemos nesse relato, alguém que cansou de viver à margem da vida e soube que aquele que era a própria Vida estava passando e se avizinhava. Ele grita, coloca para fora de seu ser cansado o desejo de libertar-se dessa escravidão. Pessoas que lhe são próximas o mandam calar, pois julgam melhor que tudo continue como está, optam pela acomodação. Mas ele está decidido e quer ser liberto de tudo o que o marginaliza. Ele não se cala. Jesus, conhecendo tal opção, pede que as pessoas que estão ao lado, tragam-no até ele.
Os intermediários cumprem seu papel e dizem que o Senhor o chama. O cego larga o manto, ou seja, larga a vida de dependência – já que era no manto, estendido à sua frente, que as pessoas depositavam as esmolas  -  e salta para a vida nova, de liberdade.
Este episódio nos ajuda a purificar nossa vontade e nos dar aquela coragem de que tanto gostaríamos possuir. Reclamar, queixar-se, fazer corpo mole, colocar a responsabilidade na vida ou nos outros, é algo que deparamos dentro de nós. Sair do acomodamento, ter de fato uma vontade firme e decidida é algo custoso que nos mantém na escravidão e na dependência das pessoas.
Aprendamos com Bartimeu a dar um basta a tudo aquilo que nos marginaliza, nos diminui a dignidade, nos torna comodamente dependentes. Um cristão deve ser ágil em sua opção pela vida e por uma vida digna. O cego não teve dúvidas, gritou por Jesus e não deu atenção aos que o queriam calar.
Quais são as pessoas, situações ou sistemas que nos desejam manter na escravidão? Quais são as pessoas ou situações enviadas por Deus que nos levam à libertação, à  independência? Examinemos quais são nossas dependências, nossas acomodações e tenhamos coragem para  eliminá-las! (Reflexão do Padre César Augusto dos Santos para o XXX Domingo do Tempo Comum)


"Sínodo trará convite a discernir e compreender, sem julgar"


Ingresso da Sala do Sínodo, no Vaticano - OSS_ROM
24/10/2015 14:59
PARTILHA:
Cidade do Vaticano (RV) – O texto final do Sínodo dos Bispos “foi aprovado por unanimidade pela Comissão dos Dez chamada a verificar que tudo se realizasse na máxima transparência para apresentá-lo à Assembleia”: foi o que adiantou Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa, na coletiva concedida aos jornalistas no final da manhã de sábado (24/10). O texto foi lido inteiramente na Sala e será votado, ponto por ponto, na parte da tarde. 
Comunhão aos divorciados e discernimento
Sobre a hipótese de readmitir à comunhão os divorciados recasados, “o Relatório final não contém um ‘sim’ ou um ‘não’, mas um convite ao discernimento” das situações concretas, antecipou, na coletiva, o Cardeal Christoph Schoenborn, arcebispo de Viena. O documento vai propor critérios para o acompanhamento pastoral, não só para a comunhão, mas para todas as questões”.
“A palavra-chave é discernimento. Convido todos a pensar na palavra de São João Paulo II na ‘Familiaris consortio’, onde se fala da obrigação de exercer o discernimento porque as situações são diferentes e o Papa Francisco, com bom jesuíta, a aprendeu quando era jovem: neste caso, discernimento significa tentar entender a situação de uma pessoa ou de um casal”. 
Homossexualidade
A respeito da homossexualidade, o arcebispo de Viena adiantou que “não consta muito no texto e alguns ficarão desiludidos”.
“Constatamos duas coisas. O tema tocado neste documento é tratado sob o aspecto da família na qual existe a experiência de um irmão, uma irmã ou um tio homossexual. Como cristãos, como lidar com estas situações? Muitos disseram que por razões culturais ou políticas, o tema é delicado demais. No entanto, deixar este tema fora do documento não quer dizer que na Europa ou na América do Norte não seja um tema de Igreja, mas em nível de universalidade temos que respeitar a diversidade das situações políticas e culturais”. 
Em síntese, para o Cardeal Schoenborn, a mensagem principal é o próprio tema do Sínodo: Um grande ‘sim’ à família. “O êxito do Sínodo é justamente este: a família não é um modelo superado, passado; é a realidade mais fundamental da sociedade. Não há uma ‘rede’ mais segura em tempos difíceis do que a família, inclusive as feridas e recompostas”.
Dom Raymundo preside sessão conclusiva
Também estava presente na coletiva de imprensa o Cardeal Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, um dos Presidentes-delegados do Sínodo. Dom Raymundo salientou a necessidade de os governos oferecerem políticas públicas às famílias: “A família sozinha pode fazer pouco”, declarou. 
Na expectativa da publicação do Relatório final, previsto para as 18h, ficou claro que em todas as situações, dos divorciados recasados aos jovens que têm receio de contrair o sacramento do matrimônio, as indicações são “atenção às famílias feridas; não julgar, discernir e compreender”. 

(CM)

Saber ser rico


Os que se impregnadas de riquezas imateriais levam para além do túmulo valores que perduram.
Por Dom Gil Antônio Moreira*
Há ricos que são pobres e pobres que são ricos. A diferença está na alma e não no corpo e nem nas contas bancárias. Riqueza é um conceito bastante sutil. Os que são materialistas e pensam rasteiramente consideram ricos apenas os que mais possuem bens e acumulam dinheiro. Esta é a riqueza que as traças comem e a ação do tempo corrói. A morte põe sobre estas pessoas e suas propriedades uma pá de cal. 
Há, contudo, pobres que são ricos de alma e têm suas vidas impregnadas de riquezas imateriais. Esses levam para além do túmulo valores que perduram para a eternidade e se perpetuam nas pessoas que deles se beneficiaram. Felizes os que têm um coração de pobre, porque deles é o reino dos Céus (Mt 5, 3), afirmou Jesus.
Há também ricos de bens materiais, que se deixam invadir pelos sentimentos nobres do cristianismo e que se fazem pobres para utilizar seus bens para praticar o amor, a justiça e dar alívio aos que sofrem. Entre tantos da história cristã, destaca-se, na idade média, a figura de Edwiges, a Rainha que se santificou pela sua caridade, pela capacidade de socializar seus bens e tirar grande número de pessoas da indigência. Nasceu em 1174, na região da Baviera (Alemanha), casou-se com o príncipe Henrique da Silésia (hoje território polonês) e teve sete filhos. Depois de viúva, se consagrou inteiramente a Deus no convento de Trebnitz, Polônia, onde sua filha Gertrudes era Superiora, a quem passou a obedecer. Viveu na pobreza, sendo senhora de grandes posses, tudo utilizando para benefício dos outros. Construiu casas para os pobres, asilos, hospitais, centros de recuperação, conventos, igrejas e ofereceu grandes somas de suas posses para pagar dívidas de pessoas que não tinham como saudar seus compromissos, inclusive tirando da cadeia muitos condenados por este motivo. 
Viveu para Deus e para o próximo, na oração, na penitência, na caridade. De altíssima vida mística, manteve sempre grande devoção à Eucaristia, nunca perdendo missa nos dias de preceito, divulgando com denodo a espiritualidade da santidade dominical.
Eis a razão pela qual Jesus elogiou os que não se deixam enganar pela ilusão das riquezas materiais, exclamando: Como é difícil para os que se apegam às riquezas entrar no reino dos céus! (Mc 10, 23).
As riquezas, quando geram apego e materialismo, podem ser causa de ruína e condenação; mas o uso delas para o altruísmo, a caridade, a bondade, a misericórdia pode salvar almas e levar para o céu aqueles que delas souberem utilizar de forma não egoísta. 
A estes, o Senhor afirmara: Ajuntai tesouros no céu, onde a traça e nem a ferrugem consomem, e nem os ladrões não minam e nem roubam (Mt 6, 20).
Edwiges faleceu a 15 de outubro de 1243. Foi logo venerada como santa. Canonizada poucos anos depois, pelo Papa Clemente IV, foi sempre invocada como Padroeira dos Pobres e dos Endividados. Sua festa litúrgica foi fixada para o dia 16 de outubro de cada ano.
A vida desta rainha que se fez voluntariamente serva dos pobres e sofredores é mais um sinal de Deus colocado no coração dos homens e das mulheres; a capacidade de não se deixarem sucumbir pela ilusão das riquezas materiais e salvar os de coração nobre e iluminados pela sua Palavra.
CNBB 22-10-2015.
*Dom Gil Antônio Moreira é arcebispo metropolitano de Juiz de Fora.

Evangelho do Dia

B - 24 de outubro de 2015

Lucas 13,1-9

Aleluia, aleluia, aleluia.
Não quero a morte do pecado, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 1 Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 Jesus toma a palavra e lhes pergunta: “Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo?
3 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4 Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
6 Disse-lhes também esta comparação: “Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7 Disse ao viticultor: ‘Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?’
8 Mas o viticultor respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo.
9 Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás’”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A FIGUEIRA INFRUTÍFERA
Os profetas do Antigo Testamento haviam comparado com uma árvore infrutífera a incapacidade do povo de praticar o bem. Por meio do profeta Jeremias, Deus ameaçou o povo com castigos porque, querendo fazer uma colheita, a videira estava sem uva, a figueira, sem figos, e a folhagem estava seca. O profeta Miquéias comparava a corrupção generalizada do povo com o término de uma colheita, quando não existe um só cacho de uva para ser colhido, nem um figo temporão para ser apanhado.
Esta imagem foi retomada por Jesus para ilustrar a situação do povo de sua época, cujos frutos, até então, havia esperado em vão. A parábola é carregada de esperança. Durante três anos, o dono da figueira veio procurar fruto, sem resultado. Por insistência de um empregado, ele se dispõe a dar mais um ano de prazo, durante o qual seriam tomadas todas as providências necessárias para fazê-la produzir frutos. Caso contrário, seria cortada.
Apesar da paciência divina, parecia que o povo não estava disposto a mudar de vida e converter-se. Mesmo assim, Jesus aposta na liberdade humana e na sua capacidade de conversão. Seu otimismo funda-se na certeza de que o ser humano pode abrir-se para a graça e deixar-se tocar por ela. O castigo vem somente quando, esgotadas todas as tentativas, a pessoa escolhe seguir o caminho do egoísmo. Logo, esse castigo é resultado de seu livre arbítrio.

 
Leitura
Romanos 8,1-11
Leitura do livro da carta de são Paulo aos Romanos.
8 1 De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo.
2 A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte.
3 O que era impossível à lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne,
4 a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito.
5 Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito.
6 Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz.
7 Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode.
8 Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
9 Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele.
10 Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação.
11 Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
Palavra do Senhor.
Salmo 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face,
ó Senhor, Deus de Israel.

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares
e, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime.

Sobre este desce a bênção do Senhor
e a recompensa de seu Deus e salvador.”
“É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face”.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 24 DE OUTUBRO - SÁBADO

XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM* *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Romanos 8,1-11)

Leitura do livro da carta de são Paulo aos Romanos.
8 1 De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo.
2 A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte.
3 O que era impossível à lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne,
4 a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito.
5 Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito.
6 Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz.
7 Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode.
8 Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
9 Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele.
10 Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação.
11 Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face,
ó Senhor, Deus de Israel.

Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares
e, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime.

Sobre este desce a bênção do Senhor
e a recompensa de seu Deus e salvador.”
“É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face”.
Evangelho (Lucas 13,1-9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Não quero a morte do pecado, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

13 1 Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 Jesus toma a palavra e lhes pergunta: “Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo?
3 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4 Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
6 Disse-lhes também esta comparação: “Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7 Disse ao viticultor: ‘Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?’
8 Mas o viticultor respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo.
9 Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás’”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A FIGUEIRA INFRUTÍFERA
Os profetas do Antigo Testamento haviam comparado com uma árvore infrutífera a incapacidade do povo de praticar o bem. Por meio do profeta Jeremias, Deus ameaçou o povo com castigos porque, querendo fazer uma colheita, a videira estava sem uva, a figueira, sem figos, e a folhagem estava seca. O profeta Miquéias comparava a corrupção generalizada do povo com o término de uma colheita, quando não existe um só cacho de uva para ser colhido, nem um figo temporão para ser apanhado.
Esta imagem foi retomada por Jesus para ilustrar a situação do povo de sua época, cujos frutos, até então, havia esperado em vão. A parábola é carregada de esperança. Durante três anos, o dono da figueira veio procurar fruto, sem resultado. Por insistência de um empregado, ele se dispõe a dar mais um ano de prazo, durante o qual seriam tomadas todas as providências necessárias para fazê-la produzir frutos. Caso contrário, seria cortada.
Apesar da paciência divina, parecia que o povo não estava disposto a mudar de vida e converter-se. Mesmo assim, Jesus aposta na liberdade humana e na sua capacidade de conversão. Seu otimismo funda-se na certeza de que o ser humano pode abrir-se para a graça e deixar-se tocar por ela. O castigo vem somente quando, esgotadas todas as tentativas, a pessoa escolhe seguir o caminho do egoísmo. Logo, esse castigo é resultado de seu livre arbítrio.
 
 

Oração
Espírito do Deus paciente, mesmo conhecendo a paciência divina em relação ao meu egoísmo e aos meus erros, leva-me a mudar de vida, sem demora.
 
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
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Sobre as oferendas
Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
O Filho do Homem veio dar a sua vida para a salvação dos homens (Mc 10,45).
Depois da comunhão
Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET 
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que fortalecestes o bispo santo Antônio Maria Claret com caridade e paciência admirável para propagar o evangelho entre os povos, dai que, por sua intercessão, busquemos o que é vosso e nos apliquemos com todo empenho em conquista nossos irmãos para Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Recebei, ó Pai, na festa de santo Antônio Maria Claret, as oferendas de vosso povo para que nos façam sentir, como esperamos, vossa paternal proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo, nós vos pedimos, ó Deus, que desabroche em plena redenção a ação que praticamos na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET):
O quinto dos onze filhos de Antônio Claret e Josefa Clara nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antônio Claret y Clara. Na família, aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção a Maria e o profundo amor à eucaristia. Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência, ouviu o chamado para servir a Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e, aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário. Em 1835, recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois, foi para Roma e dirigiu-se à Propaganda Fides, onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutos trouxeram para a Igreja. Em 1948, foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias. No entanto ansiava por uma obra mais ampla e assim, em 1849, na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos. Entretanto, nessa ocasião, a Igreja vivia um momento de grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga havia quatorze anos. No mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava. Era uma vítima constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas, que faziam oposição violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua vida. Incendiaram uma casa que se hospedava, colocaram veneno em sua comida e bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes. Mas monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios, escravos Em 1855, junto com madre Antônia Paris, fundou outra congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Irmãs Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais necessário. Quando voltou a Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente. Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o chamou para ser seu confessor. Mesmo contrariado, aceitou. Nesse período, sua obra escrita cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1868, solidário com a soberana, seguiu-a no exílio na França, onde permaneceu ao lado da família real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os artistas, que colocou sob a proteção de são Miguel. Morreu com sessenta e três anos, no dia 24 de outubro de 1870, no Mosteiro de Fontfroide, França, deixando-nos uma importante e numerosa obra escrita. Beatificado pelo papa Pio XI, que o chamou de "precursor da Ação Católica do mundo moderno", foi canonizado em 1950 por Pio XII. Santo Antônio Maria Claret é festejando no dia de sua morte.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



24 e 25 de outubro de 2015


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:


  • ALENXANDRINO BATISTA DE OLIVEIRA
E
MARIA JOSIETE FRANÇA DE OLIVEIRA


  • LUCAS GOMES DE ANDRADE
E
EDILAMAR GEORGIA SOBRAL DE BRITO


  • ERIC SOBRAL DE BRITO
E
ANTONIA RENATA BARROS CRUZ


  • JASIEL SOARES DA SILVA
E
MARIA LUCIANA PEREIRA SOARES


  • EVERALDO EDUARDO DO AMARAL
E
MARISTELA BEZERRA PONTES


  • MARCELO RICARDO DA SILVA
E
MARIA EUNICE DE LIMA


  • JOSÉ FAUSTINO PEREIRA
E
ROSELENE CARNEIRO DA SILVA





                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em consciência a declarar.