quarta-feira, 22 de maio de 2013

Continuam inscrições para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013: confira as vantagens

jmj rio

Com a proximidade da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, os peregrinos correm contra o tempo para conseguir efetuar as suas inscrições. Até o início de maio, mais de 215 mil pessoas de todo o mundo já se inscreveram, a maioria brasileiros e latino americanos. Apesar de não ser obrigatória, existem várias facilidades para quem se inscreve como peregrino.
Todos os inscritos receberão o kit peregrino e um seguro, benefícios presentes em todos os pacotes. O Kit contém diversos acessórios inéditos e exclusivos. Também terão entrada franca nos eventos do Festival da Juventude, que será realizado em várias áreas do Rio de Janeiro entre 22 e 26 de julho.
Também há uma grande vantagem no quesito alimentação. Na inscrição, o peregrino pode escolher um pacote, e receberá um cartão para comer em restaurantes, lanchonetes e bares credenciados. Haverá também locais com a oferta do Menu Peregrino, uma refeição completa (prato principal, bebida e sobremesa), que cabe dentro do orçamento diário do cartão. Os locais estarão sinalizados e seus endereços disponíveis no Guia do Peregrino e no aplicativo para smartphones e tablets.
Garantir o transporte com um dos pacotes da Jornada também é vantagem no bolso. O peregrino que se inscreve nesse pacote recebe um cartão-transporte para a utilização do transporte público do Rio de Janeiro durante a JMJ. O cartão pode ser usado em ônibus (exceto em ônibus executivos com ar-condicionado), metrôs, trens e barcas. A validade se estende até às 10h do dia 29 de julho.
Vale lembrar que os ônibus fretados não poderão circular no Rio de Janeiro durante a JMJ. A medida foi tomada pelos organizadores para evitar congestionamentos e permitir maior fluidez no trânsito. Por este motivo, os ônibus precisam ser cadastrados. O Setor Nacional vai distribuir os veículos nos “bolsões” de estacionamento localizados nos bairros de Paciência e Recreio dos Bandeirantes, onde os ônibus ficarão guardados até o final da Jornada.
De acordo com a rota indicada no ato da inscrição do veículo, as caravanas precisarão se dirigir para um dos três pontos de apoio em municípios próximos ao Rio de Janeiro. É nesses pontos, que ficam em Cachoeira Paulista (SP), Casimiro de Abreu e Itaipava (RJ), que o coordenador do grupo saberá o local para o qual o ônibus precisa se dirigir ao entrar na cidade sede da JMJ.
Hospedagem
Os peregrinos podem optar pela inscrição com hospedagem oferecida pela JMJ Rio2013. Os grupos que escolherem a hospedagem da Jornada devem levar consigo saco de dormir e colchonete e poderão ser hospedados em casas de família, centros paroquiais, escolas públicas e particulares, universidades, ginásios poliesportivos, casas de festas e centro comunitários. Todas as estruturas estarão equipadas com água, chuveiros e banheiros. O valor do pacote com hospedagem sai mais barato do que pagar diárias em albergues, pousadas e hotéis numa cidade turística como o Rio de Janeiro.
Já o pacote completo é a grande sacada para quem quer economizar nos dias em que o Papa Francisco estará no Rio. Ao fazer a sua inscrição pelo pacote A1 (que compreende a semana completa do evento), ou B1 (só para o fim de semana), o peregrino garante a alimentação, hospedagem, transporte, Kit Peregrino e seguro para todo o evento.
E para quem deseja participar só da Vigília e da Missa de Envio da JMJ Rio2013, que acontecerão nos dias 27 e 28 de julho, em Guaratiba, os peregrinos inscritos terão acesso às ilhas exclusivas, de melhor localização no Campus Fidei com relação ao palco onde estará o Papa Francisco.
Para fazer o cadastro dos ônibus fretados, clique aqui.
Para fazer a inscrição na JMJ Rio 2013, clique aqui.
Fonte: CNBB

Peça escrita por João Paulo II estará em cartaz no Recife

A LOJA DO OURIVES
Por volta de 1960, o Papa João Paulo II – na época, Bispo de Cracóvia -, escreveu, sob o pseudônimo de Andrzej Jawién, a peça “A Loja de Ourives”. O texto é uma série de monólogos sobre o amor e o casamento. Adaptado por Elísio Lopes Jr., ele se transformou em musical e ganhou o nome de “Enlace”. O musical estará em cartaz no Recife, nos próximos dias 6 e 7 de junho, no Teatro da UFPE.
Dirigida por Jô Santana, a montagem é estrelada por Françoise Forton, Luiz Guilherme, Rafael Almeida, Claudio Lins, Giselle Tigre e Leka Begliomini, entre outros atores que compõe os 27 personagens do musical.
A trama se passa na Polônia entre 1939 e 1989 e apresenta a história de amor de três mulheres pertencentes a gerações diferentes. Teodora vive um grande amor com Adok, em um cenário de guerra. Ewa, sua filha, é uma solteirona que luta para resistir ao amor de Nikolai. Malina, neta de Teodora, vive na década de 1980 quando o compromisso começa a se degenerar.
Enlace – A Loja do Ourives
Local: Teatro da UFPE
Data: 6 e 7 de junho
Horário: 21h
Preço: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Informações: 3082-2909
Fonte: Comunicação Juventude AOR

'Espírito Santo nos permite comunicar experiência de Jesus'


Dom José Gislon, bispo da diocese de Erexim, no Rio Grande do Sul, por causa da Festa de Pentecostes, celebrada pela Igreja Católica, no último domingo, dia 19 de maio, escreveu um artigo em que ele abordou o tema "Espírito Santo de Deus". Segundo o prelado, com a vinda do Espírito Santo tem início uma nova aliança entre Deus e os homens.
Ele lembra também que a Festa de Pentecostes era, originalmente, a festa das colheitas; sucessivamente torna-se a festa da renovação da aliança do Sinai, entre Deus e o seu povo. "No Sinai era Deus que falava. Na Festa de Pentecostes, são os homens iluminados pelo Espírito Santo que levam uma palavra nova e criadora. O Espírito é o intérprete perfeito da palavra de Cristo. O sinal que a presença do Espírito age na Igreja é o amor por Cristo que nasce no coração dos fiéis. O Espírito, portanto, cria a comunhão dos filhos com o Pai", enfatiza o bispo.
Para dom Gislon, a função do Espírito Santo é permitir aos homens comunicar a experiência do Ressuscitado. "Não é o Espírito que fala, ele, porém, torna possível a comunicação", completa ele, que ainda salienta que o Espírito não nos diz o que devemos fazer, nem pode fazer o que nós devemos fazer, ele, no entanto, nos dá a força e a possibilidade de agir quando devemos mostrar resultados.
De acordo com o bispo, hoje a Igreja é chamada a colaborar com o Espírito Santo para renovar o mundo através do anúncio e do testemunho, e toda vez que um grupo de homens e mulheres, de jovens ou de crianças, se reúne para escutar a palavra do Ressuscitado, tornada presente pela potência do Espírito, a Igreja renasce. Deste modo, ressalta dom Gislon, estamos sempre vivendo uma nova aurora na vida da Igreja.
"A Festa de Pentecostes nos convida e convida as nossas comunidades a uma abertura missionária, e a nos colocarmos a caminho para levarmos o Evangelho a todos os homens." Por fim, o prelado afirma que os discípulos de Jesus, tomados pelo medo, foram transformados, com os dons do Espírito Santo, em testemunhas fervorosas e dispostas a retomar o caminho do Cristo para continuar a sua obra de salvação.
"Portanto, todos nós podemos trabalhar por um mundo melhor. Fazer isto é possível, mesmo mantendo a própria cultura, a própria identidade. Basta apenas acreditarmos e deixarmos que o Espírito Santo possa agir em nós", conclui.
SIR

Balada Santa


Abraão e o Gênesis do Êxodo


Por Marco Rizzi
Ao ler o capítulos 11-25 do Gênesis, em que é contada a história, Abraão certamente não parece ser o tipo ideal do viajante, ao menos do moderno, tão determinado e organizado para chegar ao destino pré-escolhido: o seu vagar parece ser casual e sem uma direção clara.
As viagens de Abraão começam com o seguimento do seu pai, que abandona a Ur nativa, próximo do Golfo Pérsico, para se dirigir com todo o seu povo para o noroeste, ao longo do Eufrates, até Carran, a atual Harran no sul da Turquia. Aí, Abraão recebe a ordem de Deus de se colocar novamente a caminho para o sul, na direção de Aleppo e de Damasco, para chegar a Siquém, perto da atual Nablus, na Cisjordânia, onde Deus lhe revela que aquela terra havia sido concedida à sua descendência.
Por enquanto, porém, Abraão se move ainda mais para o sul, a Betel, poucos quilômetros ao norte do lugar onde, em seguida, surgiria Jerusalém. Nem mesmo esse é o ponto de chegada, porque logo ele passa para o deserto de Negev, de onde uma carestia o leva para o Egito. Partindo novamente de lá, Abraão sobe novamente o vale do Jordão, que Deus impõe que ele percorra ao longo e ao largo, porque aquela era a terra prometida à sua descendência.
Ao longo de mais essas peregrinações, verificam-se os episódios mais conhecidos: o encontro com Melquisedeque e aquele com os três misteriosos viajantes aos carvalhos de Manre (não muito longe da atual Hebron, onde Abraão seria sepultado), a destruição de Sodoma, o nascimento de Ismael da serva Hagar e a sua expulsão, para o nascimento do tão esperado Isaac.

 Nesse ponto, viagem em viagem, Deus impõe que Abraão parta novamente, desta vez com uma meta e um propósito bem específicos, a montanha que Deus mesmo lhe indicaria, sobre a qual deveria sacrificar o filho amado. Levando consigo Isaac e dois servos, Abraão viaja por três dias, completando o último trecho do caminho sozinho com o filho. Mais um vez, o resultado não é o esperado: Deus vê no paciente encaminhar-se de Abraão toda a medida da sua fé e salva o seu filho, concedendo a ambos que desçam do monte, para voltar para onde haviam partido.

 Com toda a probabilidade, na narração bíblica, confluíram relatos diversos, transmitidos na memória dos clãs nômades presentes nas regiões do Oriente Médio durante a Idade do Bronze, entre os séculos XX e XIII a.C., das quais depois se originaria as tribos de Israel.

 Assim se explicariam as contradições e as repetições, além da presença de comportamentos e costumes muito distantes da posterior ética bíblica: por exemplo, Abraão cede algumas vezes a própria mulher ao senhor do território sobre o qual passa, para evitar consequências piores para si; Lot, depois, não hesita em oferecer aos habitantes de Sodoma as suas próprias filhas, já prometidas em casamento, a fim de salvar os hóspedes que ele havia acolhido na sua casa das atenções pelas quais os seus concidadãos eram famosos (e pelas quais, justamente, foram incinerados do céu); ou a prática do concubinato, no caso de Abraão não limitado apenas a Hagar, mas estendido a um número impreciso de mulheres, que se acrescentavam à segunda esposa, Quetura, tomada como esposa depois da morte de Sara e mãe de outros seis filhos.

Uma leitura mais teologizante vê nesse relato, ao invés, a retroprojeção mítica da história do êxodo do Egito. Para fazer remontar no tempo a identidade do povo hebreu que, ao invés, nascera naquele momento, teria sido construída a narração de outro êxodo imediatamente posterior à criação do mundo, justamente o de Abraão. Ambas as viagens, assim, tinham a mesma meta, aquela terra que o povo de Israel agora reivindicava para si.
Além das possíveis explicações históricas, no entanto, o símbolo de Abraão tornou-se um poderoso símbolo da viagem, daquela viagem que encontrou a melhor definição nas palavras de Antonio Machado: "Caminante no hay camino, / se hace camino al andar..." ( "Caminhante, não há caminho, faz-se o caminho ao andar"). A viagem que todos nós percorremos.
Corriere della Sera, 19-05-2013.

'Doutrina da Igreja não muda, mas suas leis podem mudar'


"Como em qualquer sociedade, a Igreja Católica tem leis, e embora os princípios da sua fé não mudem, as suas leis precisam se adaptar às novas situações"
Por Cindy Wooden
Dom Juan Ignacio Arrieta tem uma pasta especial que ele usa exclusivamente para carregar a documentação sobre um projeto que revisaria completamente uma seção inteira de lei básica da Igreja Católica.
A caixa preta contém o esboço de um texto de 40 páginas para uma nova seção "Livro VI: Sanções na Igreja" do Código de Direito Canônico, assim como a síntese de 800 páginas das emendas e objeções recomendadas às mudanças propostas.
Arrieta, secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, mergulha na pasta de trabalho em seu escritório com vista para a Praça de São Pedro e em casa à noite.
Como em qualquer sociedade, a Igreja Católica tem leis, diz Arrieta, e embora os princípios da sua fé não mudem, as suas leis precisam se adaptar às novas situações em que os seus membros tentam viver a sua fé.
Embora o Pontifício Conselho busque pequenos ajustes para diversas seções do Código de Direito Canônico, promulgado em 1983, e formas para acelerar o processo de avaliação da validade dos casamentos, julgou-se que a seção referente a infrações e penalidades precisa de mais do que um retoque.
O atual Código foi elaborado nos anos 1970, disse Arrieta, "um período um pouco ingênuo" no que diz respeito à necessidade de uma descrição detalhada das infrações, dos procedimentos para investigá-los e das penalidades a serem impostas ao culpado. Ele refletia um sentimento de que "todos nós somos bons", disse, e que "as penalidades devem ser raramente aplicadas".
"A Congregação para a Doutrina da Fé, quando o papa Bento XVI era prefeito, foi obrigado a agir como consequência do fato de que a lei penal da Igreja não estava funcionando", disse.
A ingenuidade da lei ficou evidente com a crise dos abusos sexuais, disse Arrieta. Além disso, a seção de sanções do Código de 1983 foi escrita com tanta ênfase sobre o papel do bispo individual em sua diocese local que cada bispo suportava o peso de decidir quando e como intervir e que tipo de sanção ou punição deveria ser imposta sobre o culpado.
A lei acabou sendo muito vaga, e as sanções da Igreja eram aplicadas tão casualmente que a Igreja parecia estar dividida, afirmou.
O projeto para revisar a seção começou em 2008. O esboço foi concluído em 2011 e foi enviado para as conferências episcopais e para as faculdades pontifícias de Direito Canônico, que tiveram um ano para responder. As sugestões foram organizadas e sintetizadas, e agora as autoridades e consultores do Conselho – principalmente professores de Direito Canônico – se encontram para uma tarde a cada duas semanas para repassá-las, linha por linha.
Arrieta disse que serão necessários ao menos dois anos para que um novo esboço esteja pronto para ser apresentado ao papa Francisco. Como o principal legislador da Igreja, é o papa quem decide se o texto deve ou não ser promulgado e ordena que ele substitua a lei vigente.
O esboço proposto incorpora a definição atualizada dos "delicta graviora" do Vaticano de 2010 – em latim, os "crimes mais graves", incluindo o abuso sexual clerical de menores, a "tentativa de ordenação de mulheres" e os atos cometidos por padres contra a santidade da Eucaristia e contra o sacramento da penitência.
As duas principais preocupações da nova seção, assim como em toda a lei da Igreja, afirmou, são "salvaguardar a verdade e proteger a dignidade das pessoas". Ao mesmo tempo, as regras são mais rigorosas – "se alguém fizer isso, deve ser punido", disse o bispo. Embora retire o poder discricionário do bispo em certos casos, disse, "é pelo bem do bispo".
Outro conjunto de modificações no Código de Direito Canônico já estão sobre a mesa do Papa Francisco, aguardando o seu julgamento. Eles lidam com as áreas em que o código da maioria católica de rito latino difere do Código dos Cânones das Igrejas Católicas Orientais.
Arrieta disse que, na maioria dos casos, são regras para situações que o Código de rito latino nunca imaginou, ao contrário do Código oriental, publicado em 1990. Com o grande número de cristãos orientais – católicos e ortodoxos – que migraram para territórios predominantemente latinos nos últimos 25 anos, os pastores de rito latino precisam de orientação, disse.
Por exemplo, os católicos orientais que não têm acesso a um padre ou a uma paróquia do seu rito são livres para receber os sacramentos em uma paróquia de rito latino, incluindo o batismo e o matrimônio. As revisões propostas para o Código especificam que, em tais situações, o registro sacramental da paróquia deve incluir uma anotação de que as pessoas envolvidas pertencem a uma Igreja Católica Oriental, disse. Além disso, os pastores de rito latino devem saber que, embora um matrimônio de rito latino seja válido na presença de um diácono, nas Igrejas de rito oriental um padre deve presidir.
Muitos católicos pensam que o Direito Canônico é algo com o qual precisa se preocupar somente se o casamento se rompe e eles querem uma anulação.
O processo de anulação é outra área atualmente em fase de estudo e análise pelo Pontifício Conselho, disse o bispo. A lei da Igreja deve defender a doutrina da Igreja, mas respondendo às situações concretas dos fiéis.
"A lei da Igreja segue a realidade teológica das coisas", disse. "Não é o Direito Canônico que proíbe o divórcio; é a fé que proíbe. O Direito Canônico, então, transforma isso em linguagem jurídica".
Assim, embora o Conselho não esteja tentando encontrar formas de facilitar as anulações, "estamos tentando identificar os gargalos que atrasam" os julgamentos no processo de anulação e identificar procedimentos melhorados, afirmou.
Catholic News Service, 17/05/13.