quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Papa Francisco envia carta aos participantes do 11º ENPJ




Papa04092013O papa Francisco enviou nesta quarta-feira, 21, uma carta aos participantes do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ). Dirigindo-se à secretária nacional da Pastoral da Juventude (PJ), Aline Ogliari, e ao membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ, Alberto Chamorro, o bispo de Roma faz uma reflexão sobre a iluminação bíblica do encontro “Mestre, onde moras? Vinde e vede!” (Jo 1, 38-39) e exorta os participantes para que “nunca percam a esperança e a utopia”. “Vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor”, afirma no texto.
Leia a carta na íntegra:
Mestre onde moras?
Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)
Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas.
É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro.
Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro.
Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.
Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?
E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade.
Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano.
Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.
Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago.
Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria.
Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.
Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!
Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.
Com minha benção apostólica.
+ Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.
Fonte: CNBB

O que é Liturgia?

 - O que é Liturgia?   -   Informativo Litúrgico  Ano B  2015 -  pnsc.
   Paróquia  Nossa Senhora das Candeias -  31  Anos
Liturgia é a ação do Povo de Deus, reunido em Jesus Cristo, na comunhão do Espírito Santo.
É sempre uma celebração do Mistério Pascal, isto é, passagem da morte para a vida, através de sinais, gestos e palavras. A liturgia é ação de Cristo na Igreja.O ponto culminante de uma comunidade eclesial é a celebração comunitária, onde todos expressam sua fé comum; ouvem o mesmo Senhor, Salvador e Libertador; agradecem os favores de Deus; cantam as mesmas canções. Aí todos louvam a Deus e os laços do amor fortalecidos. Cresce a fraternidade e o Povo de Deus se reanima, sobretudo nos Sacramentos, para continuar a luta pela construção do Reino.

Nenhuma atividade pastoral pode realizar-se sem referencia à liturgia. Qualquer celebração tem sentido evangelizador e catequético. Toda ação pastoral terá como ponto de referencia a liturgia, na qual se celebra a memória e se proclama a atualidade do projeto de Jesus Cristo. (Conf. Doc. 38 —CNBB)

A celebração litúrgica, como a obra de Cristo Sacerdote, e da Igreja que é seu Corpo, é uma ação sagrada por excelência. Sua eficácia não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja. (Conf. SC 7)
Quando falamos de liturgia, temos presente;
• A Missa ou Celebração Eucarística;
• Celebração dos Sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, penitencia, unção dos enfermos, ordenação, matrimonio);
• A Celebração dos Sacramentais (bênçãos, encomendação dos mortos...)
• A Celebração da Palavra ou Culto;
• A Liturgia das Horas;
• O Ano Litúrgico.

A necessária organização litúrgica.

Todos sabemos que nenhuma atividade na comunidade funciona sem um mínimo de organização. A liturgia não foge desta nescessidade. Para que a dimensão celebrativa funcione bem. Para que haja participação de todos, se faz necessário que alguém, uma equipe pense, planeje, prepare com carinho e dedicação.

As celebrações das comunidades, das paróquias e das Dioceses precisam de um grupo de pessoas, de uma equipe ou de várias equipes que prestem esse serviço comunitário. O primeiro critério que esta equipe ou pessoas devem ter presente, é o "Querer Celebrar Bem". Celebrar de tal modo que favoreça a participação de todos os presentes.

O Grupo litúrgico de nossa Paróquia tem como objetivos norteadores os de:
Reunir e refletir melhor o verdadeiro sentido da liturgia em nossa paróquia;
Estudar e aprofundar os temas litúrgicos;
Aprimorar sempre nossas liturgias. 
E como objetivos específicos temos:
Formação de Ministros Proclamadores da Palavra;
Formar e animar equipes de Liturgia em cada pastoral;
Escolher cantos adequados ao tempo litúrgico;
Valorizar e resgatar nas celebrações os gestos de acolhida e de boas-vindas;
Promover curso de canto pastoral, Caminhar junto com a equipe de liturgia arquidiocesana;
Estudar documentos importantes da Igreja, tais como: constituição “Sacrosanctum Concilium”; Animação da Liturgia (CNBB) e outros;
Organizar um calendário paroquial de encontros de música sacra para todos os que estão envolvidos na liturgia da paróquia;

Despertar para a consciência da necessidade de uma liturgia inculturada;

Valorizar as festas de cunho religioso, devocional e popular.
   Pastoral Liturgica  pnsc.  Ano  B  2015.
  Você  é  nosso(a) convidado(a)   Participe;;

      Reunião  as  terças-feiras  as  19,30 h.

Os limites da liberdade de expressão


A convivência exige um clima de respeito mútuo para favorecer a paz.
Capa do Charlie Hebdo que traz imagem de Maomé: é preciso respeito.
Por Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena*

A liberdade de expressão é uma grande conquista da humanidade como também é a liberdade religiosa. A liberdade só é livre, se for colocada a respeito da dignidade humana. Muitos, atualmente, padecem violências e intolerâncias.

É doloroso constatar a crescente dificuldade de professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a liberdade pessoal. Existem tantas formas silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os cristãos e os símbolos religiosos. Os cristãos são, atualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições, devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa. Não se pode aceitar nada disso. Não se pode justificar a liberdade de expressão com ofensas à fé.

O direito à liberdade está radicado na própria dignidade da pessoa humana. Uma vontade, que se crê incapaz de procurar a verdade e o bem, não tem outras razões objetivas nem outros motivos para agir senão os impostos pelos seus interesses momentâneos e contingentes, não tem uma identidade a preservar e construir através de opções verdadeiramente livres e conscientes (cf. Bento XVI, Mensagem do Dia Mundial da Paz, 01.01.2011).

A liberdade é um bem fundamental e tem limites. Como bem afirmou o papa Francisco: “Todos têm não apenas o direito à liberdade de expressão, como também a obrigação de dizer o que pensam para ajudar o bem comum”. É “legítimo usar essa liberdade, mas sem ofender, sem impor, e nem matar”. “Não se pode matar em nome de Deus nem ofender a religião dos outros”. “Matar em nome de Deus é uma aberração”.

Toda pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Não deveria encontrar obstáculos. E não se justifica qualquer ato que atente contra a dignidade humana. A convivência exige um clima de respeito mútuo para favorecer a paz.

Exigimos respeito quando estão em jogo a verdade ou a dignidade de uma experiência como a religiosa, que pertence à dimensão mais íntima e fundamental da pessoa humana. Formas de crítica exasperada ou de escárnio contra as religiões mostram uma falta de sensibilidade humana e pode constituir, em alguns casos, uma provocação inadmissível. Igualmente deploráveis são as ações violentas de protesto onde pessoas morrem, pessoas são assassinadas, prédios são incendiados e a lei da nação é desrespeitada. A violência nada tem a ver com Deus. Ele é amor.

É necessário colocar sempre, em primeiro lugar, o ser humano e seus direitos fundamentais, como o direito à vida, à assistência religiosa, à moradia, à saúde, às condições mínimas de higiene, ao trabalho, à segurança, contrasta fortemente com a nossa atualidade. Ao contrário, em nome do direito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa e à não discriminação do semelhante, são praticados verdadeiros atentados a outros direitos humanos fundamentais. Que a liberdade de expressão e a liberdade religiosa sejam colocadas a serviço da dignidade humana.
CNBB, 21-01-2015.
*Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena é bispo de Guarabira (PB).

Evangelho do Dia

Ano B - 22 de janeiro de 2015

Marcos 3,7-12

Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
3 7 Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galiléia.
8 E da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia.
9 Ele ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não o comprimisse.
10 Curou a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar.
11 Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus!
12 Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
ATRAÍDOS PELA AÇÃO DE JESUS
Para falar da atração exercida por Jesus, o Evangelho faz um elenco dos lugares de origem das multidões que assediavam o Mestre. Os locais mais próximos eram as cidades da Galiléia, especialmente as que ficavam à beira do lago. Este foi o palco privilegiado do ministério de Jesus. A fama de seus milagres e de seus ensinamentos deve ter chegado imediatamente aos ouvidos das populações daquela região. Até gente da capital da Judéia, Jerusalém, vinha ouvir o Mestre. Com que intenção?
Os judeus desprezavam os galileus. É bem possível que muitos tenham ido ver o galileu Jesus, movidos por preconceitos, quiçá com a intenção de "desmascará-lo". Também vinha gente do estrangeiro: da Iduméia, ao sul da Judéia, do outro lado do rio Jordão – a Transjordânia –, e das cidades fenícias de Tiro e Sídon. Todos estes lugares eram habitados por judeus que, sem dúvida, junto com estes pagãos também ficavam atraídos pelo que Jesus fazia.
O Mestre limitava-se a fazer o bem a todos, indistintamente. Ao se confrontar com a multidão, não fazia distinção de espécie alguma. Judeus ou pagãos, todos eram igualmente curados e libertados da opressão do mau espírito. Assim, o Reino de Deus deixava as marcas de sua eficácia na vida de todos que se aproximavam de Jesus. Excluía-se, apenas, quem a ele se dirigia com intenções escusas. O Mestre tinha o dom de fazer renascer no povo a vida e a esperança!

OraçãoPai, conduze-me ao teu filho Jesus, por meio do qual o Reino mostra sua eficácia em mim, fazendo a vida e a esperança renascerem em meu coração.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 
Leitura
Hebreus 7,25-8,6
Leitura da carta aos Hebreus.
Irmãos, 7 25 é por isso que a Jesus é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor.
26 Tal é, com efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, 27 que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo. 28 Enquanto a lei elevava ao sacerdócio homens sujeitos às fraquezas, o juramento, que sucedeu à lei, constitui o Filho, que é eternamente perfeito.
8 1 O ponto essencial do que acabamos de dizer é este: temos um Sumo Sacerdote, que está sentado à direita do trono da Majestade divina nos céus, 2 Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, erigido pelo Senhor, e não por homens.
3 Todo pontífice é constituído para oferecer dons e sacrifícios. Portanto, é necessário que ele tenha algo para oferecer. 4 Por conseguinte, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, porque já existem aqui sacerdotes que têm a missão, de oferecer os dons prescritos pela lei. 5 O culto que estes celebram é, aliás, apenas a imagem, sombra das realidades celestiais, como foi revelado a Moisés quando estava para construir o tabernáculo: "Olha, foi-lhe dito, faze todas as coisas conforme o modelo que te foi mostrado no monte".
6 Ao nosso Sumo Sacerdote, entretanto, compete ministério tanto mais excelente quanto ele é mediador de uma aliança mais perfeita, selada por melhores promessas.
Palavra do Senhor.
Salmo 39/40
Eis que venho fazer, com prazer,
A vossa vontade, Senhor!


Sacrifício e oblação não quisestes,
Mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
Não pedistes ofertas nem vítimas,
Holocaustos por nossos pecados,
E então eu vos disse: “Eis que Senhor!”

Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”

Boas novas de vossa justiça
Anunciei numa grande assembléia;
Vós sabeis: ao fechei os meus lábios!

Mas se alegre e em vós rejubile
Todo ser que vos busca, Senhor!
Digam sempre: “É grande o Senhor!”
Os que buscam em vós seu auxílio.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 22 DE JANEIRO - QUINTA-FEIRA

II SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4)
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Hebreus 7,25-8,6)
Leitura da carta aos Hebreus. 
Irmãos, 7 25 é por isso que a Jesus é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor. 
26 Tal é, com efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, 27 que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo. 28 Enquanto a lei elevava ao sacerdócio homens sujeitos às fraquezas, o juramento, que sucedeu à lei, constitui o Filho, que é eternamente perfeito. 
8 1 O ponto essencial do que acabamos de dizer é este: temos um Sumo Sacerdote, que está sentado à direita do trono da Majestade divina nos céus, 2 Ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, erigido pelo Senhor, e não por homens. 
3 Todo pontífice é constituído para oferecer dons e sacrifícios. Portanto, é necessário que ele tenha algo para oferecer. 4 Por conseguinte, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, porque já existem aqui sacerdotes que têm a missão, de oferecer os dons prescritos pela lei. 5 O culto que estes celebram é, aliás, apenas a imagem, sombra das realidades celestiais, como foi revelado a Moisés quando estava para construir o tabernáculo: "Olha, foi-lhe dito, faze todas as coisas conforme o modelo que te foi mostrado no monte". 
6 Ao nosso Sumo Sacerdote, entretanto, compete ministério tanto mais excelente quanto ele é mediador de uma aliança mais perfeita, selada por melhores promessas. 
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 39/40
Eis que venho fazer, com prazer,
A vossa vontade, Senhor!

Sacrifício e oblação não quisestes,
Mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
Não pedistes ofertas nem vítimas,
Holocaustos por nossos pecados,
E então eu vos disse: “Eis que Senhor!”

Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”

Boas novas de vossa justiça
Anunciei numa grande assembléia;
Vós sabeis: ao fechei os meus lábios!

Mas se alegre e em vós rejubile
Todo ser que vos busca, Senhor!
Digam sempre: “É grande o Senhor!”
Os que buscam em vós seu auxílio.
Evangelho (Marcos 3,7-12)
Aleluia, aleluia, aleluia. 
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos. 
3 7 Jesus retirou-se com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão, vinda da Galiléia. 
8 E da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do além-Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidônia veio a ele uma grande multidão, ao ouvir o que ele fazia. 
9 Ele ordenou a seus discípulos que lhe aprontassem uma barca, para que a multidão não o comprimisse. 
10 Curou a muitos, de modo que todos os que padeciam de algum mal se arrojavam a ele para o tocar. 
11 Quando os espíritos imundos o viam, prostravam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus!
12 Ele os proibia severamente que o dessem a conhecer. 
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
ATRAÍDOS PELA AÇÃO DE JESUS
Para falar da atração exercida por Jesus, o Evangelho faz um elenco dos lugares de origem das multidões que assediavam o Mestre. Os locais mais próximos eram as cidades da Galiléia, especialmente as que ficavam à beira do lago. Este foi o palco privilegiado do ministério de Jesus. A fama de seus milagres e de seus ensinamentos deve ter chegado imediatamente aos ouvidos das populações daquela região. Até gente da capital da Judéia, Jerusalém, vinha ouvir o Mestre. Com que intenção? 
Os judeus desprezavam os galileus. É bem possível que muitos tenham ido ver o galileu Jesus, movidos por preconceitos, quiçá com a intenção de "desmascará-lo". Também vinha gente do estrangeiro: da Iduméia, ao sul da Judéia, do outro lado do rio Jordão – a Transjordânia –, e das cidades fenícias de Tiro e Sídon. Todos estes lugares eram habitados por judeus que, sem dúvida, junto com estes pagãos também ficavam atraídos pelo que Jesus fazia. 
O Mestre limitava-se a fazer o bem a todos, indistintamente. Ao se confrontar com a multidão, não fazia distinção de espécie alguma. Judeus ou pagãos, todos eram igualmente curados e libertados da opressão do mau espírito. Assim, o Reino de Deus deixava as marcas de sua eficácia na vida de todos que se aproximavam de Jesus. Excluía-se, apenas, quem a ele se dirigia com intenções escusas. O Mestre tinha o dom de fazer renascer no povo a vida e a esperança!

Oração
Pai, conduze-me ao teu filho Jesus, por meio do qual o Reino mostra sua eficácia em mim, fazendo a vida e a esperança renascerem em meu coração.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês) 
Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar constantemente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Sabemos que Deus nos ama e cremos no seu amor (1Jo 4,16).
Depois da comunhão
Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO VICENTE 
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Deus eterno e todo-poderoso, infundi em nossos corações o vosso Espírito, para que sejam fortalecidos pelo intenso amor que levou o diácono são Vicente a vencer os tormentos do martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Ó Deus de bondade, derramai a vossa bênção sobre estas oferendas e confirmai-nos na fé que são Vicente testemunhou, derramando seu sangue. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Refeitos por esta eucaristia, concedei-nos, ó Deus, que, imitando a constância de são Vicente, possamos merecer um dia o prêmio da nossa paciência. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO VICENTE):
Vicente era natural de Huesca e pertencia a uma das mais distintas famílias da Espanha. Desde menino, foi entregue por seus pais à orientação do bispo Valério, de Saragoça, recebendo uma sólida formação religiosa e humana. Muito jovem ingressou na vida religiosa e logo foi ordenado diácono da Igreja. Depois, devido ao seu preparo intelectual e tendo o dom da palavra, foi escolhido para assistir o bispo, ficando encarregado do ministério da pregação do Evangelho. Isto porque o bispo, em virtude da idade avançada, já não tinha mais forças para exercer esta tarefa. Vicente desempenhou este cargo com total dignidade e, graças a eloqüência dos seus sermões e obras, obteve expressivos resultados para a Igreja convertendo à fé, grande número de pagãos. Neste período, iniciava a terrível perseguição decretada pelos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, no solo espanhol. Daciano, governador da província de Saragoça e Valência, querendo mostrar a sua lealdade e obediência aos decretos imperiais, mandou prender Valério e Vicente, ordenando que fossem levados para a prisão de Valência. Depois de processados foram condenados à morte, mas o governador mostrando uma certa clemência para o bispo muito idoso, mandou que fosse exilado. Entretanto reservou seu requinte de crueldade para Vicente, que foi barbaramente chicoteado e esfolado, tendo os nervos e músculos esmigalhados. Mas ele continuava vivo entoando hinos de louvor à Deus. Os carrascos ficaram tão espantados e assustados, que desistiram da tortura, e tiraram Vicente da cela quando então ele morreu. Era o ano 304. Segundo a tradição, Daciano mandou que seu corpo fosse atirado num terreno pantanoso, para que os animais pudessem devorá-lo, mas acabou protegido por um corvo enorme, que não permitiu que seus restos fossem tocados. Por isto, transtornado o governador mandou que o jogassem ao mar, com uma grande pedra amarrada no pescoço. O corpo de Vicente não afundou. O Senhor o conduziu à praia, onde os fiéis o recolheram e sepultaram fora dos muros da cidade de Valência. Neste lugar foi construída a belíssima Basílica dedicada à ele e que guarda suas relíquias até hoje. São Vicente, diácono, é o mártir mais célebre da Espanha e Portugal. Um século após o seu testemunho da fé no Cristo, Santo Agostinho, doutor da Igreja, lhe dedicava todos os anos neste dia uma missa. Por este motivo a Igreja manteve a sua festa nesta data.