segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Papa pede Igreja pobre e que não se vanglorie de si mesma



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Na Missa desta segunda-feira, 24, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco voltou a pedir uma Igreja pobre, que não se vanglorie de si mesma. Ele explicou que, quando a Igreja é humilde e pobre, então é fiel a Cristo; do contrário, é tentada a brilhar com luz própria em vez de doar ao mundo a luz de Deus.
As reflexões do Papa partiram do Evangelho do dia, que retrata as ofertas oferecidas ao Templo por pessoas ricas e por uma viúva. Trata-se de duas atitudes diferentes: doar muito e publicamente, ostentando a riqueza; e doar o pouco que se tem, atraindo a atenção apenas de Deus. Segundo o Papa, são duas tendências sempre presentes na história da Igreja: a Igreja tentada à vaidade e a Igreja pobre.
Francisco associou a figura da Igreja à da viúva, já que a Igreja espera a volta do seu Esposo. A viúva não era importante, seu nome não aparecia nos jornais, não brilhava com luz própria. “A grande virtude da Igreja deve ser de não brilhar com luz própria, mas brilhar com a luz que vem do seu Esposo. E nos séculos, quando a Igreja quis ter luz própria, errou”.
O Papa reconheceu que, algumas vezes, Deus pode pedir que a Igreja tenha um pouco de luz própria, mas isso se entende pelo fato de que, se a missão da Igreja é iluminar a humanidade, a luz doada deve ser unicamente aquela recebida de Cristo com humildade.
“Todos os serviços que nós fazemos na Igreja são para nos ajudar nisso, a receber aquela luz. E um serviço sem esta luz não é bom: faz com que a Igreja se torne ou rica, ou poderosa, ou que procure o poder, ou que erre o caminho, como aconteceu tantas vezes na história e como acontece nas nossas vidas, quando nós queremos ter outra luz que não é aquela do Senhor: uma luz própria”.
Quando a Igreja é fiel à esperança e ao seu Esposo, ela fica alegre de receber essa luz, reiterou o Papa. Fica feliz em ser, nesse sentido, “viúva” à espera, como a lua, do sol que virá.
“Quando a Igreja é humilde, quando a Igreja é pobre, mesmo quando a Igreja confessa as suas misérias – pois todos nós as temos – a Igreja é fiel. A Igreja diz: ‘Mas, eu sou escura, mas a luz vem dali!’ e isto nos faz tão bem. (…) Tudo para o Senhor e para o próximo. Humildes. Sem nos vangloriarmos de ter luz própria, procurando sempre a luz que vem do Senhor”.

Fonte: CNBB

Pastoral da Aids lança Campanha para Diagnóstico Precoce do HIV



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“Cuide bem de você e de todos os que você ama. Faça o teste HIV”. Este é o lema da Campanha da Pastoral da Aids, que será lançada no dia 27 de novembro, às 15h, na sede da Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), em Brasília.
O lançamento contará com a presença do bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, do ministro da Saúde, Arthur Chioro, do secretário executivo e do assessor da Pastoral da Aids, respectivamente, frei José Bernardi e frei Luiz Carlos Lunardi.
A Campanha buscará incentivar o diagnóstico precoce para o HIV, com a finalidade de contribuir para com a otimização do tratamento e evitar novas infecções. Trata-se de uma resposta ao desafio de diminuir o número de infecções pelo vírus, dado que, mesmo com a epidemia estabilizada, permanecem as chamadas transmissões verticais, ou seja, quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação.
De acordo com frei Luiz Carlos Lunardi, é preciso envolvimento de todos os seguimentos da sociedade no enfrentamento da doença. “Todos os setores sociais, todas as organizações devem se comprometer na luta contra a Aids. No acompanhamento das pessoas [portadoras do] HIV, uma questão de solidariedade; na questão do acesso aos medicamentos e tratamentos; na superação do estigma e do preconceito; e lutar e se engajar na luta pelo acesso ao diagnóstico precoce”, disse.
De acordo com a Pastoral da Aids, a epidemia da aids está no Brasil há 30 anos. A Pastoral alerta para uma realidade em que, apesar dos avanços na área da medicina e das políticas públicas, ainda persistem óbitos e infecções. Por este motivo, a Pastoral estabeleceu, em parceria com o Ministério da Saúde, o foco da campanha no diagnóstico precoce, para que as pessoas não cheguem doentes ao serviço de saúde, com poucas chances de êxito no tratamento.
A Pastoral da Aids ressalta, ainda, o envolvimento da Igreja na superação da aids desde o início e de muitas maneiras, como as casas de apoio e os centros de convivência sob seu cuidado.
Informações sobre o lançamento: (61) 2103-8313 ou pelo e-mail: assessor@pastoralaids.org.br

Fonte: CNBB

A virtude deve ser praticada


Nossa vida é um dom do Criador para colocarmos nossos talentos na prática da realização do Seu projeto.
Por Dom Alfredo Schaffler*

A virtude é exaltada pelas pessoas que sabem distinguir o bem do mal, de acordo com a ética, a honradez, os valores inerentes à dignidade humana e o altruísmo. Mas hoje se confunde muito o mal moral com o bem subjetivo, a ponto de se inverterem os valores.A "esperteza" ou a "lei de Gerson" é considerada como a virtude de quem está acima do bem e do mal. Valoriza-se quem se projeta passando por cima dos frágeis. Aí acontecem a compra de votos, a apresentação de alguém se considerar superior ou mais importante dos demais por ter ludibriado os outros nos negócios e empreendimentos, bem como em situações de concorrência.

A Bíblia apresenta a mulher virtuosa na pessoa de quem tudo faz com dedicação e amor para servir a família em vista de um ideal de dar de si para o bem do lar (Cf. Provérbios 31,10-31). Não se trata de uma condição servil na subserviência devida à condição cultural da época, mas da virtude de quem entende o convívio familiar assumido com apreço e vontade de fazê-lo bom para todos os seus membros. Precisamos de exemplos assim para realçar o altruísmo como base para se praticarem as virtudes humanas.

Estas levam à atitude de ternura, desapego, serviço de amor e prática da solidariedade. Viver apenas para se pensar cada um para si não focaliza a realidade humana frente a um ideal de serviço ao bem comum. Sem a consistência do valor de se viver para ajudar a construir um mundo mais justo e humano, faz o egoísmo grassar a comunidade, a ponto de se pensar que virtude é olhar para si sem compromisso com o bem estar dos outros. Nossa vida é um dom do Criador para colocarmos nossos talentos na prática da realização do Seu projeto, que nos quer felizes já na terra.

Para isso, é preciso que cada um coloque seus dons a serviço do bem comum. Caso contrário, nós nos tornamos servos inúteis. Seríamos como os jogadores que pensassem só em si individualmente, sem colaborar com o time para ele ganhar o jogo. Na realidade, o time só ganha quando o ajudarmos a ganhar.

É preciso reconstituir o sentido original das virtudes, para elas serem a prática de um compromisso solidário, com manifestação de ética e altruísmo nas relações interpessoais. A virtude considerada só como um bem para si não dá fruto. Seria como uma árvore frutífera que não produz nada. Ao mesmo tempo, o conjunto de virtudes pessoais deve estar atrelado à sua finalização, ou seja, a de ser o cultivo de valores pessoais que culminem com o benefício do semelhante.

Na parábola dos talentos Jesus apresenta o cuidado de quem os recebe para desenvolvê-los de acordo com o que foi contratado pelo dono que os emprestou. De fato, não somos donos de nossa vida e de nossas qualidades. Na hora em que Deus nos chamar para a eternidade, devemos ter o resultado do que fizemos com os dons na vida presente.

Ao contrário, podemos nada receber por não termos merecido o que não fizemos com os pendores recebidos. Poderemos ouvir: “Servo mau e preguiçoso!... Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão” (Mateus 2526.30).

O apóstolo Paulo lembra que os talentos são outorgados por Deus para serem colocados a serviço do bem comum (1 Coríntios 12,7). Firme na fé e fiquem com Deus!
CNBB, 21-11-2014.
*Dom Alfredo Schaffler é bispo de Parnaíba (PI).

Papa declara santidade de 2 indianos e 4 italianos



Por Isla Binnie

O papa Francisco declarou santos dois indianos e quatro italianos neste domingo, elogiando o seu compromisso "criativo" deles para ajudar os pobres.

Francisco adicionou à lista de santos católicos uma freira mística de Kerala, um padre e reformista social indiano, o antigo Bispo de Vicenza, e três membros da Ordem Franciscana. 
"Eles responderam com extraordinária criatividade ao mandamento de amar a Deus e ao próximo", disse o papa Francisco à multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano.
"Sua preferência pelos menores e mais pobres foi o reflexo e medida do seu amor incondicional a Deus", disse Francisco, que escolheu seu próprio nome papal em homenagem ao santo de Assis, que simboliza a austeridade e amor aos pobres.
Retratos dos recém-santificados foram pendurados na Basílica de São Pedro, diante da qual cinco mil católicos de Karala e dois ministros locais do governo se juntaram à multidão, de acordo com a União Asiática de Notícias Católicas.
A freira carmelita Irmã Eufrásia foi santificada junto com Kuriakose Elias Chavara, que fundou a irmandade à qual ela pertencia. Eufrásia, canonizada seis anos depois da primeira santa da Índia, nasceu em uma família aristocrática em 1887 e fez seu voto de castidade aos nove anos de idade.
Chavara fundou duas congregações Carmelitas na Índia no século 19, e decretou que cada igreja devia ter a sua própria escola.
Aplausos foram ouvidos no domingo quando Francisco disse que os santos italianos --que fundaram refúgios para peregrinos, meninos de rua e doentes-- poderiam inspirar os cidadãos de hoje.
"Que o exemplo dos quatro santos italianos ajude o querido povo italiano a reacender o espírito de colaboração e harmonia, em benefício do povo, e a olhar para o futuro com esperança", disse Francisco, depois de um mês marcado por protestos e greves em todo o país.
Reuters

Dona Joana, mulher otimista


Às vezes, não é a situação que muda, mas a pessoa.
Certa vez, perguntaram a uma senhora idosa, viúva, moradora de uma favela e líder da Comunidade católica, se a sua vida tinha sido boa. Ela respondeu: “Sim. Foi muito boa. Lutei muito, mas tive a alegria de educar meus filhos e dar-lhes uma profissão”.

Nesse momento, ela parou um pouquinho, pensou, e acrescentou com um sorriso: “Engraçado; agora eu chamo de luta. Na época eu chamava de sofrimento”.

Às vezes, não é a situação que muda, mas a pessoa. Porque Deus, cujo amor foi derramado em nossos corações (Rm 5,5), Transforma tudo em bem e em crescimento para nós e para os que nos rodeiam.

Em Caná, Maria se mostrou ao mesmo tempo interessada em ajudar os noivos na situação difícil, e certa de que seria atendida pelo Filho (Jo 2,1-12). Que a imitemos.
A12, 24-11-2014.

A importância dos leigos na Igreja


Os leigos possuem então uma missão insubstituível: ser testemunho de Cristo onde quer que estejam.
Hoje celebramos juntamente com a festa de Cristo Rei, o dia nacional dos cristãos leigos. É uma boa ocasião para refletirmos sobre a identidade e a missão que temos todos os que não somos sacerdotes, mas que pertencemos a Igreja.

Na mensagem oficial da presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Marilza José Lopes Schuina, faz referência aos 50 anos do Concílio Vaticano II, que foi um marco importantíssimo na história da Igreja e que ajudou a refletir sobre o papel dos leigos no mundo atual.

O Concílio possui vários documentos e em um deles se dedica especialmente a falar sobre o apostolado dos leigos. É o documento chamado Apostólicam Actuositatem.

Nesse documento podemos ver que todos nós, que recebemos o batismo, fomos incluídos no Corpo Místico de Cristo, depois fomos fortalecidos no dia da nossa Crisma com o a fortaleza do Espírito Santo.

A partir disso, todos somos chamados a viver o amor, a espalhar o amor de Deus pelo mundo, e isso é o mesmo que fazer apostolado.

Os leigos possuem então uma missão insubstituível na Igreja. A missão de ser testemunho de Cristo onde quer que estejam. Um grande mal que assola os nossos tempos é o divórcio entre a fé e a vida. Muitos leigos são “cristãos de ir à Missa aos Domingos”, mas durante a semana, sua vida não corresponde ao que professam no credo. Isso não pode ser assim. Um cristão leigo não é alguém menos importante na Igreja. Isso é um pensamento que pode muitas vezes cruzar nossas cabeças.

Pensamos que a Igreja é o pároco, ou o Bispo. Não! Todos nós somos Igreja e somos chamados a ser cada vez mais Igreja estando na linha de frente, na luta por fazer com que o Amor de Deus chegue a cada coração que necessita.

Os leigos muitas vezes podem chegar a lugares que os sacerdotes não podem e é ai onde eles são chamados a serem particularmente fiéis a Jesus Cristo.

O alcance do apostolado dos leigos é enorme. Eles chegam às paróquias locais, à família, à juventude, ao meio social, inclusive às ordens nacionais e internacionais. Fazem apostolado tanto individualmente, como em comunidade. Isso tudo é uma benção muito grande para a Igreja e uma responsabilidade também para cada um de nós.

Hoje vale a pena perguntar-nos que tanto estamos inseridos no apostolado da Igreja. Perguntemo-nos se sabemos qual é o nosso lugar na Igreja. Essa é uma pergunta que precisamos responder o quanto antes. Me disseram uma vez que Deus tem um plano para cada um de nós e que cabe a nós descobrir que plano é esse.

E precisamos fazer isso porque se eu não respondo a minha vocação, ninguém mais vai fazer isso por mim e no Plano de Deus vai surgir um buraco. Algumas pessoas que precisam da minha resposta para conhecer a Deus não vão O conhecer, ou talvez demorem mais tempo para conhece-lo.

Isso para mim foi muito importante para tomar seriamente essa pergunta sobre o que eu sou chamado a fazer. Porque existem pessoas que dependem de mim. Existem pessoas que dependem de cada um de nós. Deus quis que fosse assim. Desde o começo da Igreja a fé se transmite pela pregação, pelo anúncio da palavra.

E hoje, talvez mais que nunca, Deus conta com todos os seus filhos, de maneira particular com os leigos, para chegar a todas as pessoas do mundo. Hoje, tomando um pouco mais de consciência da importância da missão do leigo, procuremos saber o que mais posso fazer para anunciar o amor de Deus que por Graça de Deus me tocou.

Olhemos para Maria, que é uma leiga, e aprendamos dela que no mesmo instante que recebeu Jesus no seu ventre se colocou a caminho da casa de sua prima Isabel para anunciar essa grande alegria, para fazer apostolado.
A12, 23-11-2014.

Evangelho do Dia

Ano A - 24 de novembro de 2014

Lucas 21,1-4

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 1 Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que deitavam as suas ofertas no cofre do templo.
2 Viu também uma viúva pobrezinha deitar duas pequeninas moedas,
3 e disse: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros.
4 Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O ÓBOLO DA VIÚVA
A vaidade dos ricos foi objeto de crítica severa por parte de Jesus. Contando com a segurança que lhes proporcionavam os bens acumulados, pensavam poder impressionar a Deus, à custa de gestos exagerados de vaidade e exibicionismo.
O cofre de esmolas do Templo era um local privilegiado para atrair as atenções sobre si, e crescer na consideração do povo. Dar esmolas generosas soava como gesto de generosidade e largueza de coração. E mais, como manifestação de uma piedade sólida e de reverência a Deus, a quem se pretendia honrar com tal ação.
O óbolo da pobre viúva, comparado com a prodigalidade dos ricos, passava despercebido. Para que serviriam uns poucos centavos? Quantitativamente considerados, nada representavam. Uma oferta inútil, irrelevante, sem nenhuma importância.
Na percepção de Jesus, o gesto da pobre viúva foi ponderado de maneira diferente. Tendo ela oferecido tudo quanto lhe restava para viver, expressava total confiança na providência divina.
Os ricos permitiam-se ao luxo de oferecer quantias vultosas, porque davam do seu supérfluo. A viúva, pelo contrário, foi capaz de arriscar tudo, por saber que tudo era dom de Deus. Não tinha ânsia de acumular, nem corria o perigo de confiar nos bens materiais, colocando Deus em segundo plano. A sua era a verdadeira piedade!

Oração Espírito de confiança na Providência divina, a exemplo dessa pobre viúva, que meu coração se liberte da obsessão de acumular. Faze-me, antes, colocar meus bens a serviço do próximo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Apocalipse 14,1-5
Leitura do livro do Apocalipse de São João.
Naquele tempo, 14 1 Eu, João, vi ainda: o Cordeiro estava de pé no monte Sião, e perto dele cento e quarenta e quatro mil pessoas que traziam escritos na fronte o nome dele e o nome de seu Pai.
2 Ouvia, entretanto, um coro celeste semelhante ao ruído de muitas águas e ao ribombar de potente trovão. Esse coro que eu ouvia era ainda semelhante a músicos tocando as suas cítaras.
3 Cantavam como que um cântico novo diante do trono, diante dos quatro Animais e dos Anciãos. Ninguém podia aprender este cântico, a não ser aqueles cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra.
4 Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. São eles que acompanham o Cordeiro por onde quer que vá; foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro.
5 Em sua boca não se achou mentira, pois são irrepreensíveis.
Palavra do Senhor.
Salmo 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face,
Ó Senhor, Deus de Israel. 


Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
O mundo inteiro com os seres que o povoam;
Porque ele a tornou firme sobre os mares
E, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
que não dirige sua mente para o crime.

Sobre este desce a bênção do Senhor
E a recompensa de seu Deus e salvador.”
“É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face.”
Oração
Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 24 DE NOVEMBRO - SEGUNDA-FEIRA

SANTO ANDRÉ DUNG-LAG
PRESBÍTERO E MÁRTIR 
(VERMELHO, PREFÁCIO COMUM OU DOS MÁRTIRES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona de entrada:
A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; para os salvos, como nós, ela é poder de Deus (Gl 6,14; 1Cor 1,18).
Oração do dia
Ó Deus, fonte e origem de toda paternidade, que destes aos santos mártires André e seus companheiros serem fiéis à cruz do vosso filho até a efusão do sangue, concedei, por sua intercessão, que, propagando o vosso amor entre os irmãos, possamos ser chamados vossos filhos e filhas e realmente o sejamos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 14,1-5)
Leitura do livro do Apocalipse de São João.
Naquele tempo, 14 1 Eu, João, vi ainda: o Cordeiro estava de pé no monte Sião, e perto dele cento e quarenta e quatro mil pessoas que traziam escritos na fronte o nome dele e o nome de seu Pai.
2 Ouvia, entretanto, um coro celeste semelhante ao ruído de muitas águas e ao ribombar de potente trovão. Esse coro que eu ouvia era ainda semelhante a músicos tocando as suas cítaras.
3 Cantavam como que um cântico novo diante do trono, diante dos quatro Animais e dos Anciãos. Ninguém podia aprender este cântico, a não ser aqueles cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra.
4 Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. São eles que acompanham o Cordeiro por onde quer que vá; foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro.
5 Em sua boca não se achou mentira, pois são irrepreensíveis.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face,
Ó Senhor, Deus de Israel. 


Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
O mundo inteiro com os seres que o povoam;
Porque ele a tornou firme sobre os mares
E, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
“Quem tem mãos puras e inocente coração,
que não dirige sua mente para o crime.

Sobre este desce a bênção do Senhor
E a recompensa de seu Deus e salvador.”
“É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face.”
Evangelho (Lucas 21,1-4)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 1 Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que deitavam as suas ofertas no cofre do templo.
2 Viu também uma viúva pobrezinha deitar duas pequeninas moedas,
3 e disse: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros.
4 Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O ÓBOLO DA VIÚVA
A vaidade dos ricos foi objeto de crítica severa por parte de Jesus. Contando com a segurança que lhes proporcionavam os bens acumulados, pensavam poder impressionar a Deus, à custa de gestos exagerados de vaidade e exibicionismo.
O cofre de esmolas do Templo era um local privilegiado para atrair as atenções sobre si, e crescer na consideração do povo. Dar esmolas generosas soava como gesto de generosidade e largueza de coração. E mais, como manifestação de uma piedade sólida e de reverência a Deus, a quem se pretendia honrar com tal ação.
O óbolo da pobre viúva, comparado com a prodigalidade dos ricos, passava despercebido. Para que serviriam uns poucos centavos? Quantitativamente considerados, nada representavam. Uma oferta inútil, irrelevante, sem nenhuma importância.
Na percepção de Jesus, o gesto da pobre viúva foi ponderado de maneira diferente. Tendo ela oferecido tudo quanto lhe restava para viver, expressava total confiança na providência divina.
Os ricos permitiam-se ao luxo de oferecer quantias vultosas, porque davam do seu supérfluo. A viúva, pelo contrário, foi capaz de arriscar tudo, por saber que tudo era dom de Deus. Não tinha ânsia de acumular, nem corria o perigo de confiar nos bens materiais, colocando Deus em segundo plano. A sua era a verdadeira piedade!

Oração Espírito de confiança na Providência divina, a exemplo dessa pobre viúva, que meu coração se liberte da obsessão de acumular. Faze-me, antes, colocar meus bens a serviço do próximo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Recebei, Pai santo, as oferendas que vos apresentamos, venerando a paixão dos santos mártires vietnamitas, para que, entre as dificuldades desta vida, possamos ser achados sempre fiéis a vós e apresentados como hóstia agradável. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,10).
Depois da comunhão
Na comemoração dos vossos santos mártires, vós nos alimentastes, ó Pai, com o mesmo pão; Dai-nos permanecer unidos no vosso amor e receber o prêmio eterno da nossa paciência. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANDRÉ DUNG-LAG):
A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.

Formação de Espiritualidade para casais

A Comissão Paroquial para a Vida e a Família junto com o padre convida os casais da paróquia, para participarem dos encontros de formação de espiritualidade para casais, que acontecerão nas quartas-feiras - 26/11, 03, 10, e 17 de dezembro- a partir das 19h30, no salão paroquial da matriz de Nossa Senhora das Candeias.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS


 22 e 23 de novembro de 2014

COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  



·         ALESSANDRO GOUVEIA DA SILVA
E
INDIAMARA CAMPOS GOUVEIA


·         REINALDO TEIXEIRA JÚNIOR
E
AMANDA MONTENEGRO LEMOS DE ARRUDA ALENCAR


·         ARILSON DIAS DO PRADO
E
ANA PAULA DA SILVA


·         MANOEL JOSÉ DOS SANTOS FILHO
E
ISIS LUCÉLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO



                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em  consciência a declarar.