domingo, 28 de abril de 2013

Papa Francisco aos jovens: "Arrisquem a vida por grandes ideais"

papa28.04.2013 










Neste domingo, 28 de abril, Papa Francisco presidiu uma missa na qual crismou 44 jovens dos cinco continentes. A celebração se insere na programação organizada pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização no âmbito do Ano da Fé. O forte sol e calor desta manhã de primavera contribuíram e a Praça São Pedro ficou tomada por 100 mil fiéis, em grande maioria, jovens.
Na homilia, o Papa propôs à reflexão três pensamentos, simples e breves, inspirados nas leituras do dia.
O primeiro partiu da visão de São João da ação do Espírito Santo, que ao trazer-nos a novidade de Deus, vem a nós e faz novas todas as coisas: transforma-nos e através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Prosseguindo, Francisco exortou:
“Abramos-Lhe a porta, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus. Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos meus pais, por um idoso”.
A novidade de Deus, disse, “não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuramos outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje”.
O segundo pensamento se inspirou na Primeira Leitura, quando Paulo e Barnabé afirmam que “temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus”.
“O caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis”, disse, advertindo que “seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme nossas zonas sombrias, nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos pecados é um caminho que encontra obstáculos fora de nós, no mundo onde vivemos e que muitas vezes não nos compreende”.
“Mas as dificuldades e tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus” - concluiu.
No último ponto, Francisco convidou todos, especialmente os crismandos e crismandas, a permanecerem firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor:
“Este é o segredo do nosso caminho. Ele nos dá coragem para ir contra a corrente: faz bem ao coração, mas é preciso coragem!”. O Papa ressalvou que isto é verdade principalmente quando nos sentimos pobres, fracos ou pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão ao nosso pecado.
Francisco terminou a homilia usando a mesma expressão de Papa Wojtyla, em 1978:
“Abramos – escancaremos - a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes Nele: aqui está a verdadeira alegria”.
Dirigindo-se ainda aos jovens, acrescentou: “Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para ‘coisinhas pequenas’, mas para coisas grandes!”.
Após a homilia, os jovens se aproximaram do Pontífice para o rito da Confirmação. O brasileiro Victor Chaves Costa Lima, de 16 anos, foi um dos que nesta cerimônia, expressaram a sua plena e livre decisão de aderir à fé batismal.


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/04/28/francisco_aos_jovens:_arrisquem_a_vida_por_grandes_ideais/bra-687148
do site da Rádio Vaticano

Representantes de expressões de juventude se reúnem para preparar a Semana Missionária – JMJ Rio 2013

 
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A juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife tem encontro marcado neste domingo, 28. O convite feito pela Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Juventude foi aceito e nem mesmo as chuvas que caem na capital pernambucana foram capazes de desanimá-los. Logo cedo, jovens de várias paróquias seguiram para o Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, na Várzea, Zona Oeste do Recife. O motivo foi participar do 1º Encontro de Preparação para a Semana Missionária, evento que antecede a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013).
A programação teve início com a Missa presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. O arcebispo destacou a participação e missão dos jovens durante este período e a necessidade de que este trabalho continue após a JMJ. “Entre os projetos que estão sendo desenvolvidos está a Pastoral dos Esportes, que já tem data marcada para o lançamento. No dia 7 de julho, no Colégio Salesiano, acontecerá a Copa Arquidiocesana de Futsal envolvendo todas as paróquias da arquidiocese. É uma ideia muito interessante e bonita dos seminaristas. Temos, sobretudo, que aproveitar estes momentos para evangelizar e levar Jesus para este mundo dos esportes que está muito presente na vida da juventude”, disse.
Dom Fernando incentivou a todos a usarem a criatividade para levar a Palavra de Deus a outros jovens. “Procurem ter ideias novas para que a gente possa levar adiante a mensagem do Evangelho. Façam isso no estilo de vocês, na maneira de ser de vocês. Esta é a cara jovem da Igreja. Temos que evangelizar com alegria”, ressaltou. 923165_560392827315857_606755031_n
Durante a homilia, o religioso falou sobre o protagonismo da juventude e relembrou o exemplo do padre Henrique morto durante o Regime Militar, cujo assassinato foi esclarecido pela Comissão da Verdade nesta semana. “Esta é a experiência daquele que de fato vive comprometido com Cristo. É este heroísmo que a Igreja espera de cada um de nós, que somos cristãos e temos a alegria de viver a nossa fé. Aproveitem este dia para que possam sair daqui animados a colaborar e ser uma Igreja viva, uma Igreja realmente jovem e comprometida”, concluiu.
O articulador da CNBB Regional Nordeste 2 para a JMJ, padre Gimesson Silva, agradeceu a participação do arcebispo e informou que os jovens participantes representam algum segmento. “Aqui estão jovens lideranças das paróquias e de expressões de juventudes arquidiocesanas. Iniciamos, hoje, o caminho de preparação pastoral e logística para a Semana Missionária e JMJ na arquidiocese. Receba dom Fernando nossas orações e gratidão por todo apoio que tem dado à nossa juventude.”
O encontro segue até as 16h com palestras sobre as JMJs, caravanas e voluntários para a Jornada e Semana Missionária. Outras reuniões estão sendo programadas pela comissão.
Programação
7h: Chegada dos voluntários e das equipes de serviço
8h: Credenciamento e animação
9h: Missa de Abertura com Dom Fernando Saburido, OSB
10h30: Acolhida no Auditório
10h45: Apresentação do Encontro
11h: Temática: As Jornadas Mundiais da Juventude
11h30: Vídeo Institucional e Hino da JMJ Rio 2013
11h45: Temática: A JMJ Rio 2013
12h30: Intervalo para o almoço
13h45: Animação
14h: Temática: Caravanas e Voluntários JMJ Rio 2013
14h30: Temática: Semana Missionária JMJ Rio 2013
15h: Animação
15h15: Temática: A Semana Missionária na AOR
16h: Oração de Encerramento
Da Assessoria de Comunicação AOR
Fotos: Ir. Kleber Antônio

Cultura: integrantes se reúnem com o objetivo de constituir Comissão de Bens Culturais da Igreja


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A Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura se reuniu nesta sexta-feira, 26, na sede da Coordenação das Pastorais, na Graças, Recife, com representantes de órgãos ligados à cultura e da Igreja. Entre os objetivos do encontro, estavam constituir a Comissão de Bens Culturais da Igreja e refletir sobre o importante papel do grupo na Pastoral da Cultura. As reuniões serão periódicas e a próxima está agendada para o dia 24 de maio.
Entre as instituições presentes estiveram Santa Casa de Misericórdia do Recife, Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Museu do Estado, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Faculdade Damas, Arquivo Público de Pernambuco, Globo Nordeste, congregações religiosas e seminaristas. Os membros da comissão estão sendo definidos e contactados.
Rio Capibaribe JORNAL 058O religioso destacou ainda que a prioridade do grupo é promover na Arquidiocese de Olinda e Recife o interesse pela preservação de seus bens culturais. Entre as ações em pauta estão reorganizar o Arquivo e Biblioteca Arquidiocesana, identificar, inventariar e catalogar o patrimônio cultural da arquidiocese, realizar seminários e colóquios e promover uma exposição de Arte Sacra. De acordo com o presidente, frei Rinaldo Pereira, a Igreja tem um rico acervo cultural e precisa ser catalogado e deve levar as pessoas ao encontro com o divino. “A missão da comissão é evangelizar no mundo da cultura buscando intensificar o diálogo com diversas expressões culturais, tanto popular quanto do campo geral das artes, da vida acadêmica e do meio intelectual, resgatando e valorizando também as ricas tradições culturais católicas”, afirmou.
Durante o encontro, foi proposto o estudo do Documento “Necessidade e urgência da inventariação e catalogação do patrimônio cultural da Igreja” entregue aos participantes.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Liturgia Diária

Dia 28 de Abril - Domingo

V DOMINGO DA PÁSCOA
(Branco, Glória, Creio – I Semana do Saltério)

Antífona da entrada: Cantai ao Senhor um canto novo, porque ele fez maravilhas; e revelou sua justiça diante das nações, aleluia! (Sl 97,1s)
Oração do dia
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que crêem em Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 14,21-27)
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos.
14 21 Depois de ter pregado o Evangelho à cidade de Derbe, onde ganharam muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia (da Pisídia).
22 Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações.
23 Em cada igreja instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham confiado.
24 Atravessaram a Pisídia e chegaram a Panfília.
25 Depois de ter anunciado a palavra do Senhor em Perge, desceram a Atália.
26 Dali navegaram para Antioquia (da Síria), de onde tinham partido, encomendados à graça de Deus para a obra que estavam a completar.
27 Ali chegados, reuniram a igreja e contaram quão grandes coisas Deus fizera com eles, e como abrira a porta da fé aos gentios.
Palavra do Senhor.

Atos 14,21-27
Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos.
14 21 Depois de ter pregado o Evangelho à cidade de Derbe, onde ganharam muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia (da Pisídia).
22 Confirmavam as almas dos discípulos e exortavam-nos a perseverar na fé, dizendo que é necessário entrarmos no Reino de Deus por meio de muitas tribulações.
23 Em cada igreja instituíram anciãos e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham confiado.
24 Atravessaram a Pisídia e chegaram a Panfília.
25 Depois de ter anunciado a palavra do Senhor em Perge, desceram a Atália.
26 Dali navegaram para Antioquia (da Síria), de onde tinham partido, encomendados à graça de Deus para a obra que estavam a completar.
27 Ali chegados, reuniram a igreja e contaram quão grandes coisas Deus fizera com eles, e como abrira a porta da fé aos gentios.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 144/145
Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,
meu Senhor e meu rei para sempre.


Misericórdia e piedade é o Senhor,
ele é amor, é paciência, é compaixão.
O Senhor é muito bom para com todos,
sua ternura abraça toda criatura.

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder!

Para espalhar vossos prodígios entre os homens
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
O vosso reino é um reino para sempre,
vosso poder, de geração em geração.
Leitura (Apocalipse 21,1-5)
Leitura do livro do Apocalipse.
1 Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia.
2 Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo.
3 Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
4 Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.
5 Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
Palavra do Senhor.
Evangelho (João 13,31-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: que uns aos outros vos ameis, como eu vos tenho amado (Jo 13,34).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 31 Logo que Judas saiu, Jesus disse: “Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele.
32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve.
33 Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas como disse aos judeus, também vos digo agora a vós: para onde eu vou, vós não podeis ir.
34 Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O DISTINTIVO DO DISCÍPULO
A profissão de fé no Cristo Ressuscitado incide, diretamente, na vida do discípulo. Ela não é um discurso vazio, uma abstração intelectual, nem tampouco uma bela teoria. A fé consiste em acolher Jesus de tal forma, que toda a existência do cristão passe a ser moldada por esta opção. E o molde da vida cristã é a vida de Jesus. Seu distintivo é o amor mútuo.
Estando para concluir o ciclo de orientações aos discípulos, o Mestre resumiu tudo quanto havia ensinado, num único mandamento, chamado de mandamento novo: "Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês". A prática do amor mútuo é a expressão consumada da fé em Jesus. Não existe fé cristã autêntica, se não chegar a desembocar no amor.
Não se trata de um amor qualquer. O modelo é: amar como Jesus amou as pessoas, a ponto de entregar a própria vida para salvá-las.
O verdadeiro discípulo distingue-se pelo amor. Quanto mais autêntico e radical for este amor, mais revelará o grau de sua adesão a Jesus.
A capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do cristão. A presença salvadora de Jesus tem o efeito de desatar o nó do egoísmo, que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por conseqüência, de Deus também. O cristão, salvo por Jesus, manifesta a eficácia desta salvação na vivência do amor.

Oração
Espírito de amor não permitas que eu seja mesquinho no amor; antes, que eu seja capaz de amar como Jesus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ó Deus, que, pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade, lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu sou a videira, vós os ramos, diz o Senhor. Quem permanece em mim e eu nele, dá muito fruto, aleluia! (Jo 15,1.5)
Depois da comunhão
Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Universidade Católica de Pernambuco promove 2º Simpósio Cristianismo e Interpretações

marca_catolica-rO Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Ciências da Religião da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) promove nesta quinta, 25, e sexta-feira, 26, o 2º Simpósio Cristianismo e Interpretações. O objetivo é partilhar estudos, por meio de comunicações, sobre o cristianismo em sua pluralidade de manifestações. O evento será realizado no auditório do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH), localizado no bloco B da Unicap. A inscrição é gratuita e deve ser feita nesta quinta-feira, a partir das 15h30, na entrada do local onde serão ministradas as palestras. O encontro é aberto para o público e gratuito.
Entre os temas debatidos estão: Jesus e a Física Quântica, Interpretação bíblica e Lutero e o gosto de Jesus pelos provérbios.
Universidade Católica de Pernambuco
Rua do Príncipe, 526 – Boa Vista – Recife / PE
PROGRAMAÇÃO
Quinta-feira – 25 de abril
A partir das 15h30 – Inscrição Gratuita – 1º ANDAR DO BLOCO B – em frente ao Auditório do CTCH
17h30 às 19h30
Mesa 1 – Coordenação: Prof. Dr. Cláudio Vianney Malzoni (UNICAP)
Prof. Dr. Isidoro Mazzarolo (PUC-Rio  / Secretário Nacional da ABIB)
JESUS E A FÍSICA QUÂNTICA
Uma religião sem a espiritualidade é uma ideologia. O artigo propõe uma reflexão sobre os caminhos e sobre os descaminhos das religiões e os perigos que envolvem as mesmas quando se apresentam sem a raiz comum e integradora que é a espiritualidade. Mostramos como podem ser feitas as distinções entre religião e espiritualidade e os desvios pelos quais as religiões podem estar sujeitas quando fundamentadas em ritos e significados que as distinguem uma da outra e, que por isso, em lugar de manifestar a beleza da diversidade, podem justificar ideologias de dominação, segregação e discórdias. Na teoria da rede da Física Quântica estão as metáforas do corpo e da árvore nos ensinamentos de Jesus e na autopoésis  está o perdão como pedagogia da reinclusão.
Prof. Dr. Flavio Schmitt (Faculdades EST, RS).
TEMA: Interpretação bíblica e Lutero

RESUMO: Na medida em que a tradição cristã passou a considerar os textos em circulação nas primeiras comunidades como Escritura, e mais tarde, como Escritura Sagrada, aos poucos também precisou estabelecer critérios de interpretação. Num primeiro momento, esta necessidade foi solucionada com as decisões sobre os principais artigos de fé e pela formação do cânon do Novo Testamento. No entanto, com o Movimento da Reforma surge uma série de questões relacionadas com o texto do Novo Testamento e sua interpretação. Neste contexto de polêmicas e disputas eclesiásticas estão alocadas as contribuições à interpretação bíblica de Lutero, Zwinglio, Calvino. O presente estudo investiga questões de interpretação da Bíblia e apresenta a contribuição de Lutero à interpretação, bem como discute critérios luteranos de interpretação bíblica.

Sexta-feira – 26 de abril
14h às 17h -Sessão de comunicações
(As comunicações serão feitas por pós-graduandos e pós-graduados em Ciências da Religião)
17h30 às 19h30
Mesa 2 – Coordenação: Prof. Dr. João Luiz Correia Júnior (UNICAP)
Prof. Dr.Valmor da Silva (PUC-Goiás / Presidente da SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião)
TEMA: O GOSTO DE JESUS PELOS PROVÉRBIOS
RESUMO: Analisa diversos aspectos do uso de provérbios atribuídos a Jesus, segundo os Evangelhos. Distingue a identificação de Jesus como “a Sabedoria” (sofia ou logos) ou como “filho da Sabedoria” da outra identificação de Jesus como sábio popular, contador de parábolas, ditos e provérbios. Exemplifica o uso de provérbios por Jesus, no contexto existencial, com a finalidade de provocar e sacudir seus ouvintes. Ora Jesus cita provérbios do Antigo Testamento, como “Porque os retos habitarão a terra” (Pr 2,21) em “Felizes os mansos, porque herdarão a terra” (Mt 5,4). Ora cita provérbios de outras literaturas, como “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lc 4,23). Ora compõe seus próprios ditos, como se supõe na maioria dos casos, mas é difícil identificar. Jesus parte de provérbios, com frequência, para compor suas parábolas, como no caso “Quando vem a tormenta, desaparece o ímpio” (Pr 10,25) para a parábola da casa construída sobre a rocha (Mt 7,24-27). O sentido dos provérbios é intensificado através do paradoxo (antítese), como em “Quem procurar ganhar sua vida, vai perdê-la, e quem a perder vai conservá-la” (Lc 17,23) e da hipérbole (exagero), como em “É mais fácil um camelo passar pelo fundo da agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mc 10,25). Com frequência, os ditos de Jesus são associados ao humor e ao sarcasmo, como em “Condutores cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo” (Mt 23,24).
Prof. Dr. Pedro Lima Vasconcelos (UFAL, Alagoas)
TEMA: E Lucas chegou à Arábia: releituras corânicas de narrativas cristãs sobre os nascimentos de João e de Jesus

RESUMO: A partir dos inegáveis paralelos entre o que se lê na Surata 19 do Corão (sugestivamente apelidada de “Maria”) e nos dois primeiros capítulos do Evangelho segundo Lucas, a respeito dos nascimentos de João Batista e de Jesus, a presente comunicação se permite levantar algumas questões para debate, relativas: a) a trajetórias pouco conhecidas do cristianismo dos primeiros séculos; b) a matrizes de origem judaica e cristã no surgimento do Islamismo e à elaboração do Corão.
 Da Assessoria de Comunicação AOR

Comissão para a Vida e a Família promove eventos de valorização da família

Nova_Imagem_17A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família (CEPVF) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Canção Nova, promoverá o 3º Simpósio Nacional da Família. O evento será realizado dia 25 de maio, na Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). No dia 26 de maio, a Comissão também organizará a 5ª Peregrinação Nacional da Família, no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).
Este ano, o 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª Peregrinação Nacional da Família, em sintonia com o Ano da Fé e com a Jornada Mundial da Juventude, terão por tema a “Transmissão da Fé na Família: tarefa dos pais”. O objetivo será oferecer aos pais a oportunidade de reavivar a missão de educar os filhos na fé, especialmente pela presença e pelo testemunho. O 3º Simpósio será televisionado pela TV Canção Nova.
Os eventos contarão com a presença do presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini, e do bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Antonio Augusto Dias Duarte, além de membros e os assessores nacionais da CEPVF.
Os bispos responsáveis pela Pastoral Familiar nos 17 Regionais da CNBB também estarão presentes, assim como coordenadores nacional, regionais, diocesanos e paroquiais da Pastoral Familiar e famílias vindas de todas as dioceses do Brasil. Nos dois dias, é estimada a participação de 250 mil pessoas.
O 3º Simpósio Nacional da Família será realizado na Canção Nova, no Rincão do meu Senhor, em Cachoeira Paulista (SP). Durante o evento haverá uma série de conferências que tratarão de diversos temas ligados à família. Dentre os conferencistas, dom João Carlos Petrini, fará a primeira conferência, que falará sobre “O desígnio de Deus”.
Professores do Pontifício Instituto João Paulo II de estudos sobre matrimônio e família, com sede Salvador (BA), também farão conferências que tratarão de temáticas como “Família e Sociedade”, “A transmissão da fé na família”, “Família acolhedora (desde a hospitalidade à adoção)”, e “Comunidade de famílias”.
Na tarde do dia 25 de maio, saindo do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), às 19h30, haverá uma procissão até a “ Igreja Velha”. No dia da 5ª Peregrinação Nacional da Família, 26 de maio, serão realizadas Celebrações Eucarísticas, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida a partir das 5h30.
Fonte: CNBB

Cientistas dizem que o Santo Sudário 'desafia inteligência humana'


O diretor do Centro Internacional de Sindonología de Turim, Bruno Barberis, assinala que depois de rigorosas investigações e experimentos a ciência não consegue compreender a natureza do Santo Sudário. O Santo Sudário, também conhecido como a Síndone, é o pano de linho que envolveu o corpo de Jesus Cristo após a sua crucificação. O manto tem o rosto impresso e o corpo maltratados de um homem que coincide com a descrição de sua paixão.
Barberis assinalou em uma entrevista concedida ao Grupo ACI que para ele, a Síndone "é realmente um desafio para a inteligência humana". "É um dos objetos mais interessantes do mundo, porque obtivemos grandes avanços, mas frente a um simples manto e à formação de uma imagem, somos incapazes de compreender", acrescentou.
Os cientistas conseguiram viajar a outros planetas e inclusive clonar seres vivos, mas para eles, o Santo Sudário continua sendo um mistério, e no momento, somente a Igreja e sua história têm a resposta. Segundo a história da Igreja, os primeiros cristãos levaram consigo o manto para preservá-lo da perseguição.
Desde Jerusalém e ao longo dos séculos, atravessaram Edessa, Constantinopla, Atenas, Lirey, Chambery e finalmente, chegaram a Turim, onde hoje em dia, foi objeto de numerosas investigações, e onde encontraram que este percurso descrito pela história da Igreja, coincide com a procedência dos 57 tipos de pólen que aparecem incrustados no tecido.
"Está claro que um corpo normal não pode deixar uma imagem deste tipo em um pano, e foram feitas muitas hipóteses com o fim de conseguir a formação de uma imagem do mesmo tipo. Se fizeram muitos experimentos que tentaram reconstruir esta imagem com as mesmas características de formação, mas infelizmente, nenhum deles foi capaz de obter uma imagem com as mesmas características da Síndone", explica Barberis.

Durante sua permanência na França, no ano 1632, o manto foi recuperado de um incêndio na França. Isto não permite aos cientistas de hoje em dia datar com segurança sua origem, já que as mudanças químicas que se produzem em uma reação química como a combustão, falseiam os resultados da prova de datação com Rádio C-14.
"O problema da prova de datação do Rádio Carbono é que pode receber poluição biológica e química, e por exemplo um incêndio, pode aumentar a idade de um tecido em vários séculos, portanto, esta prova fica descartada na hora de encontrar sua idade real".
Estudos em mantos do primeiro século expostos às mesmas condições físicas e químicas que sofreu o Sudário, demonstraram que, depois da prova de C-14, variavam sua datação em diversos séculos, além disso, com resultados muito próximos aos provados no Santo Sudário, cuja datação a situariam no décimo quarto século depois de Cristo.
Em base a isto, dar uma explicação científica é o "mais difícil para nós", refere Barberis. "Não sei se no futuro se conseguirá dar, mas no momento, as investigações físicas e químicas não podem imaginar sequer a formação de construir de maneira real uma imagem com as mesmas características".
"Não somos capazes de reproduzi-la", conclui o perito. Barberis deu estas declarações no marco do Congresso "Sudário e Fé, um diálogo possível?", realizado na Pontifícia Universidade Lateranense de Roma no último dia 17 de abril, no que também participaram entre outros o Arcipreste para a Basílica de São Pedro do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri; e o Presidente para a Comissão Diocesana da Síndone em Turim, Dom Giuseppe Ghilberti.
SIR

'Não devemos apenas ouvir, é importante distinguir a Palavra'


Dom José Gislon: "na nossa vida de fé não devemos nos limitar a escutar as palavras, mas é importante saber distinguir a Palavra"
Erexim - Com o título "Cristo bom pastor", dom José Gislon, bispo da diocese de Erexim, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, aborda em seu mais recente artigo a importância de nos mantermos vigilantes na escuta da voz de Jesus Cristo, nosso Senhor e Pastor.
O bispo explica que nos tempos de Jesus, os rebanhos de ovelhas de vários donos eram guardados em um único aprisco, para poderem passar a noite em segurança. Segundo ele, na manhã seguinte, bastava que cada pastor chamasse suas ovelhas, estas sabiam distinguir sua voz e o seguiam: uma espécie de reconhecimento e de pertença, tornada possível através da voz.
"Nós mesmos, estando ainda no ventre de nossa mãe, começamos a conhecê-la através da sua voz; e, quando viemos à luz, foi mais uma vez a voz que possibilitou o reconhecimento, mesmo antes dos olhos se abrirem para distinguirmos quem era nossa mãe", compara o bispo.
Para dom José, na nossa vida de fé não devemos nos limitar a escutar as palavras, mas é importante saber distinguir a Palavra. De acordo com ele, a transmissão da fé se dá através da catequese, mas não só a catequese organizada nas nossas comunidades, que acontece graças ao empenho amoroso de centenas de catequistas, e que tem um papel muito importante na vida e na formação das nossas crianças e jovens.
O bispo recorda que há uma outra fase da catequese, que anda meio esquecida e é fundamental que seja retomada: a catequese familiar, aquela que deveria acontecer nos primeiros anos da nossa vida no convívio familiar, através da voz da mãe e do pai.
"No convívio familiar, nós sabemos distinguir a voz daqueles que nos amam e fazem parte da nossa vida. Aquilo que eles nos ensinam, pode até ficar adormecido por um tempo, mas não esquecido, porque faz parte da formação que levamos para a nossa vida."
Por fim, o prelado afirma que catequizar é transmitir a fé que recebemos para as pessoas que amamos e fazem parte da nossa história familiar e comunitária. Ele alerta que o pecado da omissão ronda as famílias e tira das crianças o direito de ouvirem a voz do Cristo bom Pastor, do "vem e segue-me", e de serem instruídas na fé. "O Cristo Jesus, que se tornou o cordeiro imolado na cruz, nos mantenha vigilantes na escuta da sua voz, para transmitirmos às nossas crianças e jovens a fé em Deus e a esperança na vida eterna", conclui.
SIR

'Linguagem do Papa é a linguagem do Evangelho'


Para jornalista, linguagem "abrangente e compreensível" de Francisco conquistou o coração dos fiéis
Cidade do Vaticano  - Desde os primeiros momentos de seu pontificado, o papa Francisco conquistou o coração dos fiéis com a sua linguagem simples e direta. Um estilo que chama a atenção inclusive dos nãocrentes e que repercute particularmente nas homilias que, diariamente, o Santo Padre faz na missa celebrada na Casa Santa Marta, no Vaticano.
Para uma reflexão sobre a linguagem "abrangente e compreensível" de Jorge Mario Bergoglio, a Rádio Vaticano entrevistou a jornalista Stefania Falasca, unida ao papa Bergoglio por uma longa amizade:

Stefania Falasca -  "É preciso dizer que as coordenadas portadoras do estilo do papa Francisco se fundam justamente no primado da palavra, o primado da palavra em seu estatuto comunicativo-relacional, que significa oralidade: é o primado do coloquial, da acessibilidade e da clareza e também da beleza. Ele é um admirador de Dostoievski – para se ter uma referência literária – e de Tolstoj, os quais definem a simplicidade e a beleza "funções da verdade", portanto, também através da escolha de palavras que imediatamente abrem e imediatamente iluminam."

O escritor argentino Jorge Luis Borges dizia que "Jesus pensava por palavras e usava frases que impressionavam". Poder-se ia dizer, certamente, que o Papa Francisco faz exatamente isso...

Stefania Falasca - "Sim, também isso é expressão de uma linguagem que se pode dizer figurada... em duas palavras consegue condensar eficazmente temas que têm um amplo alcance, uma ampla discussão e permitem aquele aspecto que dizia antes: dar imediatamente um efeito. É uma espécie de expressionismo, também muito típico na língua espanhola, muito definida: não são pequenos "meios de comunicação". Restabelece a corporeidade, o aspecto físico às palavras, para que todos possam compreender. Ademais, este é um traço típico da comunicação moderna – digamos – da web, da linguagem pós-moderna."

Você escreveu no jornal "Avvenire" que o falar do Papa Francisco é um "sermo humilis"...

Stefania Falasca - "Santo Agostinho foi o mestre por excelência do sermo humilis. Significa falar a todos, significa universalidade e, ao mesmo tempo, a contemporaneidade, a imersão no desdobrar-se do mundo, que é próprio da linguagem evangélica. É a linguagem das Sagradas Escrituras, é a sabedoria da colocação, ou seja, aquilo que os Padres da Igreja consideravam arte: a homilia, a arte de conversar simplesmente com os homens. Digamos que na base disto está uma natureza teológica, porque Santo Agostinho condensa justamente o significado do sermo humilis em dois termos que são "útil" e "apropriado": ele diz que sendo a verdade cristã "amorosa e suave salvação", deve ser colocada suaviter, com delicadeza, e isso por respeito tanto à própria natureza da Salvação, da Verdade, quanto mais ainda ao respeito pelas possibilidades de recepção do ouvinte. Creio que são essas as razões de uma linguagem que abraça e abrange o mundo e os homens; portanto, abrangente e compreensível porque sermo humilis é também caritas, alegre boa nova na acepção agostiniana."

Não há uma estratégia de comunicação no falar de Bergoglio: sua única verdadeira estratégia é a adesão ao Evangelho...

Stefania Falasca - "Exatamente. Existe uma base seguramente inclusive graças à vastidão da cultura de Bergoglio, mas o que mais se expressa é essa sua ânsia de transmitir a Palavra de Deus. Digo que o fascínio deste seu falar que alcança a todos, inclusive os que se encontram distantes e os nãocrentes, é que não são palavras somente pregadas, mas verdadeiramente vividas. "A vida é a pedra-de-toque das palavras": isso dizia o escritor e poeta italiano Alessandro Manzoni e recordo que ele citou para mim essa frase, que se encontra no capítulo da obra "Os Noivos", o capítulo da "Conversão do Inominado". A vida é a pedra-de-toque das palavras. Do seu modo de falar se percebe quanto é verdadeiro para ele e fruto de sua vida aquilo que diz."
SIR

A Igreja Latino-Americana frente aos desafios ambientais


"É urgente uma resposta conjunta que faça frente a uma exploração irracional do meio ambiente"
Está em andamento na cidade equatoriana de Puyo o I Encontro Pan-amazônico, com o tema “A Igreja na Defesa da Vida: Realidade e Vulneração de Identidades e Direitos na Amazônia”. O encontro é organizado pela Pastoral Social da Caritas Equatoriana, com o apoio dos bispos locais.
Participam cerca de 150 representantes de Equador, Peru, Colômbia, Venezuela, Brasil, Espanha, Alemanha, Itália e EUA. Do Brasil, em especial, foi apresentada a experiência do Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
O encontro, que se encerra esta quarta-feira (24), responde a um processo de análise, reflexão e articulação que teve início há dois anos e consiste num diagnóstico territorial sobre incidência política e identidade e na construção de um projeto comum de defesa da vida.
Ao inaugurar o evento, na segunda-feira (22), o Presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM, Dom Pedro Barreto Jimeno, recordou o compromisso da Igreja em defender a natureza, a partir do apelo feito por Francisco no início de seu pontificado, para que os fiéis assumam sua vocação de “proteger a criação”.
A Amazônia não é somente uma palavra, mas são pessoas, culturas, crianças, jovens e adultos e para eles é urgente adotar o exemplo de São Francisco de Assis no cuidado da natureza, "nossa irmã e o lugar da vida".
"Se há algo a fazer, é recuperar a atitude contemplativa que nos leve à ação. Esta é a missão da Igreja", disse. Todavia, o bispo lamentou que apesar de a terra produzir mais do que precisamos, ainda existe pobreza: "Os conflitos ambientais se expandiram com a instalação de empresas extrativistas, com a cumplicidade dos Estados. Por isso, é urgente uma "resposta conjunta e compartilhada para fazer frente a uma exploração irracional que afeta a vida".
SIR

terça-feira, 23 de abril de 2013

Coordenação de Pastoral promove 1º Encontro dos Secretários Paroquiais de 2013

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A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral realiza no dia 29 de abril o 1º Encontro dos Secretários Paroquiais de 2013. O evento será no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O evento aconteceria no último dia 1º de abril, mas foi adiado por conta da Semana Santa.
O encontro, que tem início às 8h e segue até às 12h, contará com a participação do vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor José Albérico Bezerra. O valor da inscrição é R$ 20 para custear as despesas com o lanche. Mais informações pelo telefone 3271-4270, falar com Tereza. As inscrições poderão ser feitas no dia e local do evento.
1º Encontro dos Secretários Paroquiais
Local: Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea – Recife
Dia: 29 de abril
Horário: 8h às 12h
Informações: 3271-4270 (falar com Tereza)

Papa Francisco: “Ele nos guia no caminho da vida”

Após presidir a missa de ordenação de dez novos sacerdotes na manhã deste domingo, 21 de abril, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para recitar a oração do Regina Coeli.
Na sua alocução, que antecede a oração mariana, Francisco deteve-se no Evangelho do Bom Pastor deste quarto domingo da Páscoa, dizendo que “nos quatro versículos da leitura está toda a mensagem de Jesus, existe o núcleo central do seu Evangelho: Ele nos chama a participar da sua relação com o Pai, e esta é a vida eterna”.
“Jesus – diz o Santo Padre – quer estabelecer com os seus amigos uma relação que seja reflexo daquela que Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de pertencer reciprocamente na plena confiança, na íntima comunhão. E para exprimir este entendimento profundo, esta relação de amizade, Jesus usa a imagem do pastor com as suas ovelhas: ele as chama e elas escutam a sua voz, respondem ao seu chamado e o seguem. É belíssima esta palavra” – exclama Francisco.
Ele explica, que “o mistério da voz é sugestivo: desde o ventre de nossa mãe aprendemos a reconhecer a sua voz e aquela do papai. Do tom de uma voz percebemos o amor ou o desprezo, o afeto ou a frieza. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, um caminho que ultrapassa também o abismo da morte”.
Após, o Papa destaca o versículo que fala que ‘foi Deus Pai que confiou a Jesus as ovelhas, que somos nós’, dizendo que “isto é um mistério muito profundo, não fácil de compreender. Se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu coração, é graças a Deus Pai, que colocou dentro de mim o desejo de amor, de verdade, de vida de beleza…Jesus é tudo isto em plenitude”, afirma.
Francisco diz que muitas vezes Jesus nos chama, nos convida a segui-lo, mas acontece alguma coisa que não nos damos conta. Então dirigindo-se aos jovens presentes na Praça São Pedro, perguntou: “alguma vez vocês escutaram a voz do Senhor através um desejo, uma inquietação, convidando-os a segui-lo mais de perto? Já sentiram o desejo de serem apóstolos de Jesus? À juventude é necessário propor grandes ideais. Pergunte a Jesus que coisa ele quer de ti e seja corajoso. Atrás e antes de cada vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada, tem sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma nona, de um nono, de uma mãe, de um pai, de uma comunidade…Por isto que disse Jesus: “Orai ao Senhor para que mande operários à sua messe”.
“As vocações – explica o Papa – nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar fruto. Me agrada sublinhar isto hoje, que é o Dia Mundial de Oração pelas Vocações”.
Por fim, o Santo Padre pede orações pelos novos sacerdotes por ele ordenados na manhã de hoje, invocando a intercessão de Maria, que é a Mãe e a mulher do ‘sim’. Ela – disse o Papa – aprendeu a reconhecer a voz de Jesus desde que o levava no seu ventre. Maria nos ajude a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e segui-la, para caminhar no caminho da vida”.
Ao final da oração do Regina Coeli, o Santo Padre fez um apelo pela paz na Venezuela: “Sigo com atenção os acontecimentos em curso na Venezuela. Os acompanho com viva preocupação, com intensa oração e com a esperança de que se encontrem caminhos justos e pacíficos para superar o momento de grave dificuldade que o país está atravessando. Convido o povo venezuelano, de modo particular os responsáveis institucionais e políticos, a rejeitar com firmeza qualquer tipo de violência e a estabelecer o diálogo baseado na verdade, no reconhecimento recíproco, na busca do bem comum e no amor pela nação.”
O Santo Padre também pediu aos fiéis para que rezem e trabalhem pela paz e confiou a Venezuela a Nossa senhora do Coromoto.
Papa Francisco, após, recordou as vítimas do terremoto na China.
Fonte: CNBB

Comissão revela documentos sobre morte do padre Henrique

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O argumento da ditadura militar de que o assassinato de padre Antônio Henrique Pereira Neto, em 26 de maio de 1969, foi um crime comum perdeu a sustentação. Com base em documentos confidenciais do Serviço Nacional de Informação (SNI) e do Centro de Informações da  Marinha (Cenimar), jamais divulgados, a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara afirmou nesta segunda-feira (22) não ter dúvidas do caráter político do crime. E que teria sido praticado por quatro pessoas. O nome dos acusados aparecem pela primeira vez em um documento confidencial do regime militar.

Os implicados, cujos nomes constavam no inquérito conduzido pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), seriam Rogério Matos do Nascimento, Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues, na época com 17 anos, Rivel Rocha e Humberto Serrano de Souza Esses dois últimos eram investigadores da Polícia Civil. E o nome deste nunca apareceu ao longo do processo que apura a morte do padre, que era assistente da arquidiocese para a juventude. Rivel, conhecido como Cabo Rocha, faleceu.

Dos quatro indicados apenas Rogério chegou a ser denunciado e preso. A retirada do nome dos outros, segundo a Comissão da Verdade, aconteceu com a intervenção do Ministério da Justiça no caso. O então ministro Alfredo Buzid enviou ao Recife um consultor jurídico que, conforme os documentos, conseguiu modificar o rumo dos indiciamentos junto ao promotor de Justiça José Ivens Peixoto de Carvalho.

Entre as provas de que o crime seria político, segundo o relator do processo, o advogado Henrique Mariano, estaria o documento recolhido pelo Cenimar  na sede da Equipos Docentes de América Latina (EDAL) e, em  Fortaleza (CE). O nome de padre Henrique aparece na lista dos integrantes da EDAl. Essa instituição, segundo o documento do Cenimar, recomendava aos seus membros que se engajassem com profundidade na vida social, econômica e política nos locais onde viviam.
Reportagem: Jailson Paz
Fonte: Diario de Pernambuco

Liturgia Diária

Dia 23 de Abril - Terça-feira

IV SEMANA DA PÁSCOA *
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos de demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 11,19-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11 19 Entretanto, aqueles que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a palavra só aos judeus.
20 Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, entrando em Antioquia, dirigiram-se também aos gregos, anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus.
21 A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor.
22 A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia.
23 Ao chegar lá, alegrou-se, vendo a graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração,
24 pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor.
25 Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia.
26 Durante um ano inteiro eles tomaram parte nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de cristãos.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 86/87
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

O Senhor ama a cidade
que fundou no monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da cidade do Senhor.

Lembro o Egito e a Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou nos país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Evangelho (João 10,22-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz,
eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
10 22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”.
25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O MESTRE É RECONHECIDO
Os judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente, sua identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a uma tal pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas obras que ele realiza!
Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras, quem se faz discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na perspectiva justa para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito de sua identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos, nem má intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode discernir quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas entrelinhas da ação de Jesus, sua condição de Messias, realizador das antigas esperanças de Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua condição divina, pois, as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o Filho de Deus.
Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em condições de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra realizada por Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da posição já tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era oportuno perder tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a partir das obras, paciência!

Oração
Espírito do Messias, coloca-me na perspectiva justa, para reconhecer e confessar a messianidade do Filho Jesus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JORGE
(Vermelho – Ofício da Memória)

Oração do dia: Ó deus, celebrando o vosso poder, nós vos pedimos que são Jorge seja tão pronto em socorrer-nos como o foi em imitar a paixão do Senhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Aceitai, ó Deus, os dons para o sacrifício de reconciliação e louvor que vos oferecemos na festa do mártir são Jorge, para que obtenhamos o perdão e permaneçamos em ação de graças. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Recebemos, ó Deus, os dons celestes, alegrando-nos pela festa de hoje. Assim como anunciamos nesta eucaristia a morte do vosso Filho, possamos participar, com os santos mártires, de sua ressurreição e sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JORGE):
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta. Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil. A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque. Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão. De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano. São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente.

A batalha contra o espírito mau, nas palavras do papa


Segundo Francisco, "a maior conquista do diabo foi fazer-nos acreditar, nos dias de hoje, que ele não existe"
Nos ensinamentos do papa Francisco, o diabo tem planos mais cruéis do que apenas convencer as pessoas a romper com um dos Dez Mandamentos: “o inimigo” quer que o povo se sinta fraco, sem valor e sempre pronto para reclamar ou fofocar. A reportagem é de Cindy Wooden e publicada por Catholic News Service, em 18 de abril. A tradução é de Ana Carolina Azevedo.

Em seu primeiro mês de papado, o papa Francisco pregou continuamente o amor e a misericórdia de Deus, mas também mencionou com frequência o diabo e o prazer cafajeste dos promíscuos em situações em que o povo se desvia de Jesus e se foca apenas no que está errado a sua volta.

No livro "On Heaven and Earth" ("Sobre o Paraíso e a Terra", em tradução livre), originalmente publicado na Espanha em 2010, o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio disse: "Acredito que o diabo exista" e "sua maior conquista nos dias de hoje foi fazer-nos acreditar que não existe". "Seus frutos sempre são de destruição: separação, ódio e calúnia", disse no livro.
Como papa, seus comentários sobre o diabo refletem conhecimentos pastorais das tentações e injustiças que oprimem o povo, além de ecoar a espiritualidade inaciana que o formou como jesuíta, disse o padre jesuíta norte-americano Gerald Blaszczak, Secretário para Promoção da Fé da Sede Geral da Companhia de Jesus em Roma.

"O papa Francisco vem de uma tradição - a tradição jesuíta - em que a presença do espírito mau ou do ´inimigo de nossa natureza humana´ é mencionado com frequência”, disse o padre Blaszczak.

O jesuíta contou que, em quase todas as homilias do papa Francisco, o pontífice fala sobre “a batalha” que as pessoas enfrentam entre seguir Jesus, crucificado e renascido, e “tornar-se presa da negatividade, cinismo, desapontamento, tristeza, letargia" - e a tentação da “felicidade negra” em fofocar ou queixar-se de outros.

Nos Exercícios Espirituais do Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, e também em suas Regras para Discernimento dos Espíritos, semear pessimismo e desespero “é o modus operandi ‘do inimigo’”, disse o Padre Blaszczak.

Santo Inácio acreditava que seguir Cristo resulta na paz e harmonia dos sentidos, mesmo frente a desafios, disse o Padre. O inimigo não gosta disso e tenta romper com essa paz e harmonia, particularmente ao colocar os cristãos em tentação para focar sua atenção inteiramente em si mesmos e seus próprios problemas—reais ou percebidos—e fazendo-os duvidar de sua própria capacidade ou possibilidade de serem capazes de seguir o Senhor.

 “Nestas várias homilias do Papa Francisco, em que adverte o povo para que evite o desencorajamento, para que se agarrem à esperança, para que sigam com coragem e não se deixem cair na tentação da negatividade ou do cinismo, ele está utilizando essa ideia fundamental de Santo Inácio”, disse o Padre.

A explicação dos jesuítas para “o inimigo” na espiritualidade de Inácio pode ser vista em muitas das declarações do papa sobre o diabo, incluindo:

Em sua audiência geral semanal, em 17 de abril, o papa falou sobre Jesus estar sempre próximo, pronto para defender e perdoar. “Ele sempre nos defende do ardil do diabo, defende-nos de nós mesmos, de nossos pecados!”, disse o Papa. “Ele nos perdoa sempre, é o nosso advogado... Nunca nos esqueçamos disso”.

Em uma reunião com os Cardeais, em 15 de Março, o papa falou sobre como o Espírito Santo unifica e harmoniza a Igreja. "Não cedamos nunca ao pessimismo, nem à amargura que o diabo nos oferece a cada dia", disse o Papa. Ao invés disso, estejam certos de que o Espírito dá à Igreja “a coragem para perseverar”.

Em sua homilia no Domingo de Ramos, o Papa Francisco disse: “Um cristão não pode nunca se entristecer.” A alegria cristã vem de saber que Jesus está próximo, mesmo em tempos de prova, em que os problemas parecem insuperáveis. “Nesse momento, o inimigo - o diabo - vem, geralmente disfarçado de anjo, e sorrateiramente fala suas palavras a nós”.

Padre Blaszczak disse que a ideia de que o diabo possa se disfarçar como anjo também se encaixa nos ensinamentos de Santo Inácio, que disse que “o inimigo” frequentemente tenta corromper atrações e inclinações geralmente positivas — incluindo os desejos por amor ou conquista e uma atração pela beleza — para criar desespero ou “relações desordenadas”, que destroem a paz interior e acabam levando a pessoa a se distrair de servir e amar apenas a Deus.

Nos ensinamentos de Inácio, e naqueles do Papa Francisco, “há uma particularidade”, uma seriedade sobre “a campanha, a oposição ao mal”, e sobre a força e graça para resistir e fazer o que é certo, disse ele. As pessoas precisam discernir para onde Deus as chama, e seguir o chamado requer coragem e “uma disposição a aceitar o sofrimento e a rejeição”.
Inácio “nunca se afasta da cruz, o que significa que não há nada fácil quanto a isso. A tarefa envolve colocar-se em situações de dificuldades e tensão. Há um chamado contínuo para nos alinharmos à causa de Jesus, à causa do reino”, disse o jesuíta.
O fundador da Companhia estava convencido de que “seria o diabo aquele que tentaria dissuadir-nos, que diria: ‘Isso é bobagem. Isso não pode ser feito. Você não é bom o bastante. Você não poderia ser convocado a isso. Você não tem o que é preciso. Você não tem as características necessárias para fazer diferença na construção do reino’”.
Por outro lado, de acordo com padre Blaszczak, o papa Francisco - assim como Inácio - diria que o que Deus diz às pessoas é: “Sim, você é fraco. Eu sei quem você é, e eu convoco cada um de vocês para emprestar seus talentos e sua energia, seu compromisso, amor e dons para a causa do reino dos Céus”.
Apesar das aparências, disse o padre, o papa Francisco não estava focado no poder do diabo; mas as tentações são o lado realista da parte principal da mensagem do papa sobre “um mundo que está repleto da misericórdia, presença e fidelidade de Deus”.
Catholic News Service

Movimento Neocatecumenal quer levar 70 mil à JMJ


Rio de Janeiro - Participar de uma JMJ está entre os sonhos de muitos jovens. Desde o início do ano de 2012 que um grupo de 45 jovens, membros de algumas comunidades neocatecumenais da Paróquia Santos Nabor e Feliz de Milão em Itália, estão se preparando para a JMJ de julho no Rio de Janeiro.
Em primeiro lugar procurando preparar o coração através da oração e, por fim, resolver os mil problemas práticos ligados a uma viagem tão importante. A previsão, segundo os organizadores, é que o Movimento Neocatecumenal, como um todo, traga mais de 70 mil para a Jornada.
O primeiro obstáculo é a parte econômica, pois a passagem de avião custa mais de R$ 5.100 (aproximadamente 2.000 euros), valor que na Europa e em particular na Itália está muito acima das possibilidades de muitos jovens e das suas famílias. “No início pensávamos em não viajar porque a viagem era muito cara, exigia muito esforço e o meu namorado tinha decidido de não ir. Não tendo dinheiro e não querendo pedi-lo aos meus familiares isto me freava” – conta Sara, 20 anos, no primeiro ano da universidade – “Depois entendi que eram só desculpas. Se o Senhor me tinha feito o convite, eu deveria confiar Nele. E me coloquei no jogo!”.
Assim, Sara e outros jovens de Milão colocaram as mãos à obra. Para financiar a viagem eles estão organizando, envolvendo toda a família, três banquetes de tortas (mais de cem no total). Daqui até julho estão também previstas outras tantas vendas em frente à Igreja aos domingos - “graças aos nossos irmãos de comunidade temos conseguido muitos prêmios", conta Sara.
"Também na minha paróquia, um irmão que é dentista, por exemplo, colocou como prêmio uma limpeza de dentes, um oculista um par de óculos de sol, um pintor a pintura de um quarto e o valor conseguido com a venda dos bilhetes ajudou muito a baixar o custo da viagem, que estamos pagando a prazo. É bom ver a providência! Encontrei também um trabalho de babá e, até agora, pude evitar pedir um real que seja aos meus pais. Quero muito ir à JMJ porque também é um período de aridez espiritual para mim: espero encontrar o Senhor para que me confirme que ser cristã é viver na felicidade, e que só a Sua Palavra liberta”.
Outro dos jovens que se prepara para a JMJ é o Matteo. Ele tem 18 anos, está no último ano do Ensino Médio e é o mais velho de oito irmãos. “Inicialmente não queria viajar, a viagem era muito cara e também o Brasil me parecia um país com uma cultura muito longe da nossa, com tantos problemas de pobreza, a violência, as favelas... Então me veio em mente a JMJ de Madri, tinha sido uma experiência belíssima.” – explica Matteo.
“Assim, não sabendo o que decidir, abri a Bíblia ao acaso para encontrar uma inspiração e me saiu a passagem do Evangelho da figueira sem frutos que iria ser cortada... Me acertou! Pensei que o Rio, no fundo, poderia ser uma ocasião para que minha vida desse frutos. Assim, decidi me inscrever. E vi que o Senhor, desde quando me decidi, me tem dotado de tranquilidade. Estou convencido de que será uma experiência muito forte! Também pelo encontro com o Brasil, com a sua vivacidade e com os cristãos de lá. E então, aí, talvez o Senhor nos falará mais facilmente longe de casa e sem o peso de todas as nossas coisas”.
O caminho neocatecumenal é um itinerário de formação cristã, iniciado na Espanha em 1964, por iniciativa do pintor Kiko Argüello e de Carmen Hernández ao qual, mais tarde, se juntou o padre Mario Pezzi, como resposta às novas diretrizes trazidas pelo Concílio Vaticano II, proporcionando um caminho de redescoberta do batismo. Hoje, está presente em 110 países e conta com 95 seminários diocesanos Redemptoris Mater, espalhados por todo o mundo, sendo três deles no Brasil (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro). Conta ainda com inúmeras famílias em missão, enviadas a todo o mundo para promover a implantação da Igreja onde ela não existe.
SIR

A Igreja da América Latina em condição singular


Fiéis argentinos celebram a escolha do Papa Francisco: novos tempos para a Igreja na América Latina
Compartilhando a alegria do primeiro pontífice da América Latina, cujo exemplo e palavras mostram o que o papa Francisco quer “de todos os pastores latino-americanos e do mundo”, o prefeito da Congregação para os Bispos, o cardeal Marc Oullet, que também é presidente da Pontifícia Comissão para América Latina – CAL – dirigiu uma "Mensagem a todos os Episcopados da América Latina".
O documento celebra o primeiro mês de Pontificado, ressaltando o que "Francisco espera de todos nós: essa proximidade misericordiosa, muito compenetrada com as necessidades, sofrimentos e esperanças dos povos, especialmente dos pobres e dos que sofrem, para comunicar-lhes a salvação que vem de Jesus Cristo, o Verbo feito carne”. A mensagem foi publicada no sítio Religión Digital, em 20 de abril.

"Um mês da eleição do papa Francisco, desejo vivamente alegrar-me com todo o Episcopado Latino-americano. Compartilhamos a alegria diante do fato inédito, na história da Igreja, do primeiro Pontífice que vem da América Latina. As comunidades cristãs e os povos latino-americanos devem se sentir, especialmente, muito próximos a este filho seu e pastor que Deus chamou a ser o Sucessor de Pedro.

Como resposta para a reiterada solicitação do papa, de rezar por ele, não duvido que se realizará, em todo vosso ´continente de esperança´, uma campanha de orações para que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, por intercessão de sua Mãe Santíssima, a sustente e ilumine no ministério que lhe foi confiado.
A providência de Deus colocou a Igreja da América Latina numa situação muito singular, que aumenta suas exigências e responsabilidades. O exemplo e as palavras do papa Francisco já estão mostrando o que ele quer de todos os pastores na América Latina e no mundo inteiro. Espera de todos nós essa proximidade misericordiosa muito compenetrada com as necessidades, sofrimentos e esperanças dos povos, especialmente dos pobres e dos que sofrem, para comunicar-lhes a salvação que vem de Jesus Cristo, o Verbo feito carne.
A Igreja na América Latina, e especialmente seus bispos, não pode não se indagar profundamente a respeito do significado de um papa latino-americano para sua vida e missão. O que isso significa para a ´missão continental´, que certamente o papa Francisco leva em seu coração? O que significa para o discipulado em suas comunidades cristãs? O que significa para o bem de seus povos e nações? O que significa para a solicitude apostólica universal da Igreja latino-americana e sua colaboração com o ministério universal do Sucessor de Pedro, para irradiar o Evangelho a todos os confins da terra? São perguntas inescapáveis que merecem suscitar uma reflexão muito séria, em nível de cada Igreja particular, do Episcopado, em nível nacional, e do próprio CELAM. Parece-me fundamental compartilhar, hoje, estas perguntas e reflexões.
Especialmente, o papa Francisco espera que se manifestem renovados ímpetos de santidade e verdade, de comunhão e evangelização, de caridade e solidariedade, como um salto de qualidade cristã em todas as comunidades católicas latino-americanas. Isso será a expressão mais significativa dessa comunhão afetiva e efetiva com o novo pontífice".
Religión Digital

quarta-feira, 17 de abril de 2013

“A Igreja precisa ir ao encontro dos pobres e ser pobre”, disse o cardeal Cláudio Hummes

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O arcebispo emérito de São Paulo, cardeal dom Cláudio Hummes, na coletiva de imprensa desta terça-feira, 16 de abril, explicou que os trabalhos da 51ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB vêm sendo realizados em clima de oração e na serenidade. Além disso, o cardeal apontou que neste encontro dos bispos brasileiros, a Conferência “está enfrentando grandes desafios da vida da Igreja no Brasil”.
Sobre o tema central da Assembleia que, este ano trata de “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, dom Cláudio Hummes acredita que as reflexões estão em unidade com o momento da Igreja no país. Para o cardeal o objetivo é “renovar as paróquias para que elas se tornem, verdadeiramente, missionárias e se abram para a missão e a evangelização”. Por outro lado, o arcebispo chamou a atenção para o fato de que não basta, apenas, constituir novas comunidades, é necessária a presença de animadores e pessoas comprometidas para coordenarem esses grupos que estão nascendo.
“À medida que as pessoas acolhem a mensagem da Igreja, vão formando, assim, as novas comunidades. O Papa Francisco vem destacando a importância da proximidade com os fieis, num sentido de voltar para a casa com o cheiro das ovelhas”, ressaltou dom Cláudio. Em se tratando da missão da Igreja no Brasil, o cardeal tomou, como exemplo, as atividades de evangelização na Amazônia que apresentam desafios, como a distância, o isolamento das comunidades e falta de padres e missionários. Porém, “a Igreja da Amazônia nos dá muitas alegrias. Lá os padres precisam suar a camisa. São missionários que voltam felizes para a casa depois de um dia de muito trabalho”, disse dom Cláudio.
“A proposta que está sendo estudada é, justamente, sair das periferias e ali tornar presente a Igreja. Não apenas com a celebração de missas, mas uma presença permanente através de pequenas comunidades”, explicou. As reflexões da Assembleia Geral estão convergindo, de acordo com o cardeal, na perspectiva de que a prioridade de evangelização “é as regiões mais pobres e de paróquias que têm suas periferias”. Neste contexto, “a Igreja precisa ir ao encontro dos pobres e ser pobre em qualquer lugar e dar o exemplo”, apontou o cardeal. Dom Cláudio lembrou que os bispos reunidos na Assembleia Geral enviaram mensagem ao Papa Francisco onde relataram os andamentos dos trabalhos e também emitiram uma saudação ao Sumo Pontífice no aguardo de sua viagem ao Brasil, no mês de julho, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro.
Fonte: CNBB

Arcebispo visitará detentas da Colônia Penal do Recife

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O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, visitará pela primeira vez, a Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio. No encontro, que acontecerá sábado, dia 20, o religioso presidirá uma missa, às 10h30, e em seguida, almoçará com as cerca de 800 mulheres que cumprem pena no local. A iniciativa é uma das ações que dom Saburido realizará dentro da Visita Pastoral à Paróquia de Nossa Senhora das Graças.
O pároco, padre João Roberto Barbosa, acredita que o encontro do arcebispo com as detentas será de muita emoção para todos. “As mulheres poderão conversar com o bispo, receber o seu carinho. Sem dúvidas, até para quem não é católica será um momento de renovação”, declarou.
Atualmente a Paróquia de Nossa Senhora das Graças mantém um trabalho regular de atendimento às mulheres que estão na colônia penal. Além das atividades da Pastoral Carcerária, as presas também recebem a assistência da Pastoral da Criança. “Dentro do presídio tem um berçário e nós fazemos um acompanhamento dessas crianças e dessa mulher que apesar de tudo é uma mãe e precisa de amparo”, explicou padre João Roberto que visita o local todas às sextas-feiras.
Parceria
No domingo, 21, dom Fernando Saburido se reunirá com representantes da Polícia Militar responsáveis pelos bairros do Engenho do Meio, Torrões e Roda de Fogo. O objetivo é ouvir da corporação como a Igreja pode ajudar no combate à violência. “Queremos ser uma ponte entre a polícia e a comunidade, além de um parceiro na implementação de projetos que visem à prevenção da violência”, explicou o pároco, João Roberto.
O tráfico e o consumo de drogas será o ponto chave do encontro que acontecerá às 14h30, na casa paroquial, que fica ao lado da Matriz de Nossa Senhora das Graças. “Entendemos que o trabalho da polícia não é só de repressão, mas de prevenção. Abriremos a igreja para ouvir e colaborar, principalmente, para que os jovens não continuem sendo vítimas desse mal”, afirmou o sacerdote.
Visita Pastoral – Desde que chegou à Arquidiocese de Olinda e Recife, em agosto de 2009, o arcebispo, dom Fernando Saburido realiza, pelo menos duas vezes por mês, as chamadas Visitas Pastorais. Durante, dois ou três dias, o religioso e uma comitiva de padres e leigos que trabalham na Cúria Metropolitana – centro administrativo da arquidiocese -, participam de reuniões e celebrações com todos os grupos e movimentos do local visitado. Além disso, o grupo conhece toda a área territorial da paróquia e seus componentes (escolas, hospitais, presídios, feiras, quartéis e etc.).
Da Assessoria de Comunicação AOR

Liturgia Diária

Dia 17 de Abril - Quarta-feira

III SEMANA DA PÁSCOA
(Branco – Ofício do Dia)

Antífona da entrada: Que o vosso louvor transborde de minha boca; meus lábios exultarão, cantando de alegria, aleluia! (Sl 70,8.23)
Oração do dia
Permanecei, ó Pai, com vossa família e, na vossa bondade, fazei que participem eternamente da ressurreição do vosso filho aqueles a quem destes a graça da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 8,1-8)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
8 1 E Saulo havia aprovado a morte de Estêvão. Naquele dia, rompeu uma grande perseguição contra a comunidade de Jerusalém. Todos se dispersaram pelas regiões da Judéia e de Samaria, com exceção dos apóstolos.
2 Entretanto, alguns homens piedosos trataram de enterrar Estêvão e fizeram grande pranto a seu respeito.
3 Saulo, porém, devastava a Igreja. Entrando pelas casas, arrancava delas homens e mulheres e os entregava à prisão.
4 Os que se haviam dispersado iam por toda parte, anunciando a palavra (de Deus).
5 Assim Filipe desceu à cidade de Samaria, pregando-lhes Cristo.
6 A multidão estava atenta ao que Filipe lhe dizia, escutando-o unanimemente e presenciando os prodígios que fazia.
7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam, levantando grandes brados. Igualmente foram curados muitos paralíticos e coxos.
8 Por esse motivo, naquela cidade reinava grande alegria.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 65/66
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
cantai salmos a seu nome glorioso,
dai a Deus a mais sublime louvação!
Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras!

Toda a terra vos adore com respeito
e proclame o louvor de vosso nome!”
Vinde ver todas as obras do Senhor:
seus prodígios estupendos entre os homens!

O mar ele mudou em terra firme,
e passaram pelo rio a pé enxuto.
Exultemos de alegria no Senhor!
Ele domina para sempre com poder!
Evangelho (João 6,35-40)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem vê o filho e nele crê, este tem a vida eterna, e eu o farei ressuscitar no último dia, diz Jesus (Jo 6,40).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, Jesus replicou à multidão: 6 35 "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.
36 Mas já vos disse: ‘Vós me vedes e não credes’.
37 Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora.
38 Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39 Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia.
40 Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O PÃO DA VIDA
Ao afirmar ser o pão da vida, Jesus estava evocando um fato importante da história de Israel, o êxodo do Egito e a longa travessia pelo deserto, onde o povo, faminto e sedento, foi saciado pela Providência divina. Aliás, jamais o povo viu-se privado de pão e água, naquela circunstância delicada de sua história, pois Deus caminhava com ele.
Da mesma forma, a Providência divina jamais deixou de agir em favor da humanidade. Sua bondade manifestou-se, de forma grandiosa, ao saciar, definitivamente, a fome e a sede da humanidade, por meio de seu Filho Jesus. Quem dele se acerca, não terá mais fome nem sede. Antes, poderá estar certo de ter forças para alcançar à meta da caminhada.
A evocação do êxodo oferece uma perspectiva particular para considerar quem, na fé, adere ao Ressuscitado. O cristão faz parte do verdadeiro povo de Deus, a caminho para a casa do Pai. É o êxodo definitivo, durante o qual defronta-se com toda sorte de desafios, correndo o risco de não perseverar até o fim.
Sabendo-se saciado pelo alimento celeste - Jesus -, o cristão recobra as forças, e não se deixa abater pelos reveses da vida. A Eucaristia sacramentaliza esta experiência de fé. Alimentando-se com o pão eucarístico os cristãos revigoram sua fé no Senhor ressuscitado. É o alimento verdadeiro. Engana-se quem imagina poder enfrentar o deserto do mundo, sem contar com ele.

Oração
Espírito que sacia nossos anseios profundos, guia-me ao Ressuscitado, junto do qual não terei mais fome nem sede.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Ressuscitou e manifestou-se a nós o Senhor que nos remiu com seu sangue, aleluia!
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Bispo comenta nova versão do Catecismo que será lançada pela CNBB


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai lançar uma nova versão do Catecismo da Igreja Católica. A previsão é de que esta nova versão seja lançada oficialmente na manhã de quinta-feira (18), durante a 51ª Assembleia Geral dos bispos.
O presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, Dom Sérgio da Rocha, que é Arcebispo de Brasília e participa da Assembleia, informou que o pedido de atualização do Catecismo para o Brasil partiu da própria Santa Sé. Foi uma recomendação para valorizar mais o Catecismo, em especial neste Ano da Fé, tornando-o mais acessível ao povo.
O arcebispo explicou que se tenta atingir essa maior acessibilidade de duas formas: procurando atualizar a linguagem, respeitando o que é o conteúdo original do Catecismo, e as citações bíblicas. Dom Sérgio disse que a finalidade primeira do Catecismo da Igreja Católica era servir de base para que outros catecismos locais fossem feitos.
Dessa forma, o Catecismo não substitui essas outras traduções, mas o ideal, segundo o arcebispo, é que o povo possa conhecer o conteúdo original do livro. "O ideal é que as pessoas tenham acesso ao texto do Catecismo, por isso todo esse esforço para que o Brasil, o povo brasileiro, independente de maior conhecimento, maior grau acadêmico, possa ter acesso a ele".
Mas além de fazer com que o texto chegue às mãos das pessoas, Dom Sérgio defende a multiplicação de iniciativas de estudo do Catecismo. "Se é bom a pessoa, espontaneamente, ler o Catecismo e estudá-lo, com certeza ela terá um proveito ainda maior se isso for feito em grupo, juntos. Onde? Nas paróquias, nos movimentos, nas pastorais. E graças a Deus está havendo uma série de iniciativas", disse.

Ano da Fé

Essa nova versão do Catecismo vem justamente durante o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Emérito Bento XVI. Dom Sérgio lembrou que Bento XVI, na Carta Apostólica Porta Fidei, indicou o Catecismo como um dos principais instrumentos para viver esse Ano. Essa indicação, segundo Dom Sérgio, é porque no Catecismo encontram-se conteúdos fundamentais da fé, na linha da fé professada, celebrada e vivida.
"Ao lançarmos uma nova versão do Catecismo, uma versão atualizada em Língua Portuguesa para o Brasil, aqui na Assembleia, estamos destacando esta relação que existe entre a celebração dos 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé, mas em especial a relação entre o Catecismo como tal e a fé. A fé fundamenta o Catecismo, que deve ser fonte para as pessoas beberem da fé e crescerem na fé".
O arcebispo destacou ainda a necessidade de católicos que saibam dar as razões da fé, e o Catecismo ajuda nisso. Esse processo, porém, deve ser feito não só com bom conhecimento, mas com convicção que vem da vivência. "Eu sempre digo que a fé tem a ver, sim, com a nossa inteligência, por isso que é preciso dar as razões da fé, mas não são razões que estão apenas na cabeça.  A fé tem que passar pelo coração, pela confiança em Deus, pela esperança em Deus e pela fidelidade", disse.
SIR

CNBB lança padre Anchieta como patrono dos catequistas


Aparecida - Foi aprovada, por mais de dois terços dos bispos presentes na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), a proposta que o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, fez para que o Beato José de Anchieta se torne o patrono nacional dos catequistas do Brasil. A decisão, colocada em votação na última sexta-feira (12), deverá, agora, ser submetida à aprovação da Santa Sé.
Segundo dom Odilo, a proposta foi feita no contexto das iniciativas realizadas em prol da canonização do Beato Anchieta, após um pedido da Associação Internacional Anchieta (AIA), presidida pelo padre César Augusto dos Santos, diretor do Programa Brasileiro da Rádio Vaticano. O cardeal explicou que o principal objetivo é “torná-lo mais conhecido e popularizar uma devoção”.
O arcebispo de São Paulo destacou, ainda, "o perfil do padre Anchieta, que foi missionário e um grande catequista".  Para dom Odilo, o padre Anchieta "fez um belo trabalho de Catequese inculturada e deixou vários catequéticos importantes". Nesse sentido, padre César, que foi durante muitos anos vice-postulador da causa de canonização do Beato Anchieta, acredita que o religioso é “o melhor modelo de catequista do Brasil, sem tirar o mérito de outras pessoas”.
Padre César, que, como Anchieta, é jesuíta, acredita que o Brasil declarar o beato patrono dos catequistas “é uma questão de justiça”. “Se alguém catequizou esse país, se alguém deu a vida pela Catequese do país, se alguém se entregou totalmente a esta causa, foi Anchieta”, avalia o religioso.
Segundo ele, “Anchieta deu toda a sua juventude, toda a sua inteligência, toda a sua vida para trazer Jesus Cristo a este povo – fosse indígena, fosse branco ou africano”. Padre César explicou, também, que o beato Anchieta fez a gramática Tupi e, com isso, ajudou seus colegas padres a entenderem mais os indígenas, que passaram a poder se confessar. Além disso, as catequeses podiam ser melhor elaboradas.
 “E Anchieta fazia uma catequese moderna, pois tinha o momento de Catecismo (e ele até escreveu alguns Catecismos na forma que o indígena gostava, com pergunta e resposta), mas ele também soube passar a doutrina e a ética cristã de um modo lúdico, por meio das peças teatrais, de música, de poesia”, explicou.
A proposta de declarar o Beato Anchieta patrono nacional dos catequistas do Brasil foi um dos destaques do primeiro dia de trabalho dos bispos na assembleia deste ano. “A proposta já havia sido apresentada na assembleia anterior por dom Odilo e não foi aprovada por falta de quórum. Ela retorna agora e teve grande aceitação do episcopado”, revelou dom Milton Kenan Júnior, membro da Comissão do Laicato da CNBB e vigário episcopal para a Região Brasilândia.
Antes mesmo de ser aprovada, a proposta do cardeal Scherer já havia ganhado a simpatia dos usuários das redes sociais. No mesmo dia em que foi apresentada a proposta, dom Tomé Ferreira da Silva, bispo da Diocese de São José do Rio Preto e ex-auxiliar na Arquidiocese de São Paulo, postou em seu Twitter a notícia, pedindo a opinião dos internautas. Em poucos minutos, foram feitos vários comentários – e a ampla maioria era favorável à proposta.
SIR

Europa necessita de uma 'renovação cristã', defende primeiro-ministro


Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, defende resgate dos valores cristãos na Europa como solução para a crise
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, afirmou nessa segunda-feira (15) em Bilbao, norte da Espanha, que "a Europa necessita de uma renovação cristã”, ao considerar que a situação atual não é somente uma crise econômica, mas sim, “um desgaste moral”.
Orbán proferiu a conferência de abertura das VIII Jornadas Católicas e Vida Pública, organizadas pela Associação Católica de Propaganda de Bilbao. No pronunciamento, o Premier sublinhou que “a regeneração europeia requer uma política baseada em valores cristãos”.
Na coletiva de imprensa realizada antes da conferência, o Primeiro-ministro húngaro declarou em tom crítico, que na política europeia “reina um pensamento generalizado de liberalismo individualista”. Ao mesmo tempo, ele defendeu que a Europa “necessita ser repensada”, pois a “grande maioria” dos políticos de Bruxelas atua “de costas para as raízes europeias”.
Neste sentido, ele parafraseou Robert Schuman, considerado um dos pais da União Europeia, para ressaltar que “a Europa, ou será cristã ou não será”. Sem a renovação cristã que a Europa necessita, o continente não voltará a ser competitivo no mundo, muito menos na ordem econômica, assegurou.
Interpelado sobre o êxito de sua política de aplicar bases cristãs às ações do governo, Orbán respondeu que “não se pode falar de êxito num país pobre, com um salário médio de 500 euros mensais e pensões de 350, porém, se pode dizer que estamos obtendo alguns êxitos, como a redução de déficits”, explicou.
Na manhã dessa terça-feira, Orbán reuniu-se com o Primeiro-ministro espanhol, Marinao Rajoy, num encontro preliminar ao encontro de cúpula dos Chefes de Estado e Governos europeus que terá lugar em maio, em Bruxelas.
SIR