segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


São Dâmaso I
Papa
Século IV



                                                     11 de dezembro

São Dâmaso I

Dâmaso era espanhol, mas não se descarta que ele possa ter nascido em Roma, no ano 305. Culto e instruído, ocupou o trono da Igreja de 366 a 384. Foi considerado um dos mais firmes e valentes sucessores de Pedro. Sem temer as ameaças e protecionismos imperiais, demitiu de uma só vez todos os bispos que mantinham vínculo com a heresia ariana, trazendo estabilidade à Igreja através da unidade, da obediência e respeito ao papa de Roma.

Sua eleição foi tumultuada por causa da oposição. Houve até luta armada entre as facções, vitimando cento e trinta e sete pessoas. Mas, ao assumir, o então papa Dâmaso I trouxe de volta a tradição da doutrina à Igreja, havendo um florescimento de ritos, orações e pregações durante seu mandato. Devem-se a ele, por exemplo, os estudos para a revisão dos textos da Bíblia e a nova versão em latim feita pelo depois são Jerônimo, seu secretário.

Em seu governo, a Igreja conseguiu uma nova postura e respeito na sua participação na vida pública civil. Os bispos podiam escrever, catequizar, advertir e condenar. Esse papa sabia como ninguém fazer-se entender com os impérios e reinados e conseguia paz para que a Igreja se autogerisse. Foi uma figura digna do seu tempo, pois conviveu com grandes destaques do cristianismo, como os santos: Ambrósio, Agostinho e Jerônimo, só para citar alguns.

Além de administrador, era, também, um poeta inspirado pelas orações e cânticos antigos e um excelente arqueólogo. Graças a ele as catacumbas foram recuperadas, com o próprio papa percorrendo-as para identificar os túmulos dos mártires e dar-lhes as devidas honras. Nesse mesmo local exaltou os mártires em seus famosos "Títulos", ou seja, epigramas talhados nas pedras pelo calígrafo Dionísio Filocalo, com os lindos poemas que escrevia especialmente para cada um.

Dâmaso I escolheu, pessoalmente, o túmulo no qual gostaria que fossem depositados seus restos mortais. Na cripta dos papas, localizada nas Catacumbas de São Calisto, ao término dos seus escritos em honra deles, deixou registrado: "Aqui, eu, Dâmaso, gostaria que fossem depositados meus espólios. Mas temo perturbar as piedosas cinzas dos mártires".
Ao morrer, em 384, com quase oitenta anos, foi sepultado num 
solitário e humilde túmulo na via Andreatina, que ele, discreto, 
preparara para si. Santo papa Dâmaso I é venerado no dia 11 de dezembro.

Vimos coisas maravilhosas - Evangelho do Dia



Vendo a fé que tinha, disse Jesus: "Meu amigo, os teus pecados te são perdoados."


"No mesmo instante, levantou-se ele à vista deles, tomou o leito e partiu para casa, glorificando a Deus." (Foto: )
Lucas 5,17-26
A vinda de Jesus foi recebida de diferentes modos pelas pessoas. Os fariseus e os mestres da Lei suspeitavam de tudo que ele fazia. Perdoar os pecados parecia-lhes uma blasfêmia, pois, no entender deles, isto era prerrogativa de Deus. Igualmente, o dom de curar. Jesus, porém, não se deixava intimidar por eles. Embora os deixasse escandalizados, não se omitia de perdoar os pecados e de curar.

Pelo contrário, o povo sofredor acolhia Jesus com entusiasmo, por reconhecer, em sua ação, a presença de Deus. A cena do paralítico introduzido na casa pelo buraco, aberto no telhado, revela a fé em Jesus que animava o povo. E esta fé foi tamanha, que Jesus curou o paralítico, sem que o milagre fosse solicitado.

Na atitude do enfermo, o Mestre pôde captar todas as suas carências e vir-lhe ao encontro. E a primeira necessidade daquele homem, na perspectiva de Jesus, consistia em ser perdoado de seus pecados. A cura da paralisia era secundária em relação à deficiência espiritual. Daí ter vindo em segundo lugar. Em todo o caso, o enfermo recebeu tudo quanto precisava para viver de maneira digna, e voltou para casa totalmente refeito.

O povo, especialmente quem se beneficiava da misericórdia de Jesus, reconhecia as maravilhas operadas por Deus e o louvava pelo que fazia por meio de seu Filho.
Oração
Senhor Jesus, faze-me contemplar e reconhecer as maravilhas operadas por ti e, por tudo isso, glorificar o Pai.

Família: Fonte de felicidade e paz


Aparecida, SP, 10 dez (SIR/A12) - Segundo dados do IBGE do último Indicador Social o número de pessoas na família vêm diminuindo ao longo do tempo.
Em entrevista ao portal o presidente da Comissão Episcopal Pastoral Para Vida e Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Gianrcarlo Petrini falou sobre a importância da família para a construção de uma sociedade de paz, mas também abordou as mudanças que a instituição vem passando. “A família está em mudança, sob o impacto de grandes mudanças sociais e culturais que estão acontecendo em ritmo acelerado nestas últimas décadas. Somente a experiência de uma ou mais gerações poderá dizer se essa mudança dá origem a formas de convivência familiar que correspondam mais às exigências de felicidade e realização, de amar e ser amadas das pessoas envolvidas”.
Para Dom Petrini as mudanças que as famílias vem sofrendo podem influenciar no futuro da civilização. “Podemos identificar dois eixos como constitutivos da família: um eixo horizontal, que indica as relações entre os cônjuges e um eixo vertical, que indica as relações entre os adultos e as crianças que geram e também entre os adultos e os seus pais idosos. Quanto maior esta cooperação, maior o grau de civilização e de paz na sociedade” disse. Existe na Igreja as pastorais familiares que se preocupam com as famílias e procuram sempre valorizá-las.
Segundo Dom Petrini a Igreja trabalha para orientar às famílias a viver verdadeiramente o amor. “A Igreja está movendo-se em duas direções: de um lado, está empenhada numa nova e intensa evangelização que possa apresentar a família cristã como a maneira melhor de viver o amor humano, a forma mais adequada para ser pai e para ser mãe. De outro lado, a Igreja está acolhendo em seu seio as famílias monoparentais, as recompostas, para que a ninguém falte a luz que é Cristo e a sabedoria do evangelho” conta. O último estudo do IBGE sobre o número de pessoas por família mostra que o volume vem caindo, e em uma proporção para o futuro as famílias continuarão a diminuir.
Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral Para a Vida e Família, no futuro fazer parte de uma família será um bem precioso. “O Bem aventurado João Paulo II afirmava que o futuro da humanidade passa pela família. Num futuro próximo a família fundada no amor entendido como dom sincero de si para o bem e a felicidade de outro, reciprocamente vivido por um homem e uma mulher abertos à geração de novas vidas humanas poderá ser não mais majoritária, mas será reconhecida como um bem precioso para seus membros e para a sociedade. Será evidente que é fonte de felicidade para as pessoas nela envolvidas e de paz para a sociedade”, acredita.
Dom Petrini explica que a família é a base para a vida em sociedade. “A família unida e dedicada à educação dos filhos tem uma importância decisiva para que o desenvolvimento social aconteça na paz e a sociedade se torne mais humana. Existem valores que são indispensáveis para o bem andamento da convivência em sociedade, tais como a atenção ao outro em suas necessidades, a disponibilidade a fazer algum sacrifício para atender prioritariamente membros que são mais vulneráveis e necessitados, a aceitação das diferenças na convivência, a confiança, e muitos outros”. Abordando as principais e atuais noticias dos jornais, que mostram violência, corrupção, falta de oportunidade de emprego, a má formação dos estudantes, a falta de competência profissional, Dom Petrini acredita que a fragilidade das famílias na atualidade pode influenciar para esses acontecimentos. “Nos contextos da vida atual, a família ficou fragilizada, as relações familiares se tornaram mais complexas. O trabalho absorve as melhores energias e a maior parte do tempo do homem e da mulher. Eles dispõem de tempo cada vez mais limitado para conviver, partilhar experiências e principalmente para dedicar-se à educação dos filhos. Então, a família cristã faz uma enorme falta para a sociedade crescer na paz”.
Para uma sociedade de paz crescer, Dom Petrini salienta que a Igreja pode ajudar, mas a partir do ser humano que quer amar e ser amado. “Este passo rumo à grandeza do amor nasce do coração da Igreja que olha para a Santíssima Trindade, lugar do amor, dom total: o Pai se doa ao Filho, o Filho se doa ao Pai e o Espírito Santo é o próprio dom entre eles. Mas, para a nossa compreensão humana, fica mais fácil olhar a Jesus e aprender dele esta qualidade do amor: Ele se doa a nós na Eucaristia e na Cruz. Paulo escreve na carta aos Efésios: “Maridos, amais vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 2, 25)”, cita Dom Petrini.

Bento XVI: "Encontro com Cristo, caminho para conversão, comunhão e solidariedade na América"


Cidade do Vaticano, 10 dez (SIR) - Bento XVI saudou os participantes do Congresso Internacional Ecclesia in America, no final da celebração eucarística de abertura desse evento, na Basílica de São Pedro, presidida pelo Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet.
"O meu venerado predecessor, o Beato João Paulo II, teve a intuição profética de incrementar as relações de cooperação entre as Igrejas das Américas do Norte, Central e do Sul, e despertar uma maior solidariedade entre suas nações. Hoje, esses propósitos merecem ser retomados para que a mensagem redentora de Cristo seja colocada em prática com maior afinco e produza abundantes frutos de santidade e renovação eclesial" – sublinhou o Papa.
"O tema que norteou as reflexões daquela assembleia sinodal pode servir também de inspiração para os trabalhos desses dias: O encontro com Jesus Cristo vivo, caminho para a conversão, comunhão e solidariedade na América. Com efeito, o amor ao Senhor Jesus e a potência de sua graça irão se enraizar cada vez mais intensamente no coração das pessoas, famílias e comunidades cristãs de suas nações para que nelas se avance com dinamismo pelos caminhos da concórdia e do justo progresso" – disse ainda Bento XVI. O Papa frisou que é um presente de Deus a realização desse congresso logo após o início do Ano da Fé e depois do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização.
A Exortação Apostólica Ecclesia in America do Beato João Paulo II apontava desafios e dificuldades que são ainda atuais. "Com efeito, o secularismo e diferentes grupos religiosos se expandem por todos os lados, dando lugar a numerosas problemáticas" – destacou o pontífice. O Santo Padre sublinhou que "a educação e promoção de uma cultura pela vida é uma urgência fundamental ante a difusão de uma mentalidade que atenta contra a dignidade da pessoa e não favorece e nem tutela a instituição matrimonial e familiar".
"Como não se preocupar com as dolorosas situações de emigração, desarraigamento ou violência, especialmente aquelas causadas pela delinquência organizada, narcotráfico, corrupção ou comércio de armamentos? Que dizer das lastimáveis desigualdades e das bolsas de pobreza provocadas pelas questionáveis medidas econômicas, políticas e sociais?" – perguntou o Papa. "Todas essas importantes questões precisam de um esmerado estudo. A Igreja Católica tem a convicção de que a luz para uma solução adequada só pode vir do encontro com Jesus Cristo vivo que suscita atitudes e comportamentos cimentados no amor e na verdade. Esta é a força decisiva para a transformação do Continente americano" – concluiu Bento XVI que confiou o congresso a Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América.

Igreja Católica é mediadora em conflito no Panamá



Cidade do Panamá, 10 dez (SIR) - O Corpo de Bombeiros do Panamá confirmou neste fim de semana a mediação da Igreja Católica no conflito da capital com unidades de manifestantes, em greve já há seis dias por melhores salários e condições de trabalho.
Há aconteceu, neste domingo um primeiro encontro entre os representantes dos grevistas e do governo na sede do Arcebispado da Cidade do Panamá. O mediado é o capelão geral dos Bombeiros Rafael Siu. Os grevistas também pedem a reintegração de alguns de seus companheiros, demitidos pelo presidente Martinelli, por pleitear melhores salários e condições de trabalho. Alguns dos grevistas iniciaram há três dias uma greve de fome diante do quartel geral da Corporação.
Não é a primeira vez que a Igreja atua como mediadora, durante este ano de 2012, em várias manifestações e greves contra a política do atual presidente Martinelli, que pressionado pela crise, tomou algumas medidas impopulares. As oposições acusam, porém, o presidente de favorecer as multinacionais e os grandes latifundiários do País.

Preparando a JMJ São Paulo realizou o "Bote Fé na Vida"



São Paulo, 10 dez (SIR) - Aconteceu na manhã deste domingo, 9, a edição paulista da corrida e caminhada de rua “Bote Fé na Vida”, que é um preparativo para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.
De acordo com a organização o evento reuniu cerca de 3 mil pessoas. Para Diego Ciarrocchi, um dos organizadores do evento, a corrida já reuniu mais de 100 mil pessoas por todo o Brasil. O campeão da prova masculina, Jefferson Assis de Souza, completou os 5km de prova em pouco mais de 16 minutos. Ele salientou que é importante o incentivo ao exercício físico e ao esporte e, mais que ganhar, o importante é competir. Dentre os participantes do evento estavam o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, e dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário da Região Episcopal Lapa.
Diversos jovens de paróquias da arquidiocese participaram da corrida e caminhada “Bote Fé na Vida”, como, por exemplo, Júlia Armelim, da Paróquia Dom Bosco, Região Episcopal Lapa, que caminhou ao lado da mãe, Roberta Armelim, para elas o evento animou ainda mais os preparativos para a JMJ. Quem estava muito animado, também, foi um grupo de 30 pessoas, a maioria jovens, do Movimento dos Focolares, que caminharam os 2,5 km.
Para eles vai ser “muito emocionante” estar ano que vem no Rio de Janeiro. Os jovens comentam que trabalharão ativamente na JMJ, farão parte da Feira Vocacional e farão uma apresentação teatral. A organização já antecipou quem em março de 2013 haverá outra corrida, que vai abranger as igrejas do centro da cidade.