terça-feira, 31 de julho de 2012

Evangelho do Dia

Ano B - Dia: 31/07/2012



Jesus explica a parábola do joio
Leitura Orante


Mt 13,36-43

Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram:
- Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio.
Jesus respondeu: - Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos. Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.


Leitura orante
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos os internautas:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua Palavra,
tua oração,à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 13,36-43

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A vida é uma tensão contínua. E por que o joio, essa erva perturbadora não é removida logo? Não porque não está sugando o solo, e desafiando o trigo por nutrimento. Não porque não seja facilmente identificável, mas porque qualquer esforço para arrancar as ervas, crescidas, enraizadas e misturadas com o trigo, arranca também o trigo. É melhor esperar "até a colheita". O final desta tensão será conforme as opções de cada um em ser trigo ou joio.
Faço parte do campo de Deus. Onde reconheço no mundo de hoje, o trigo e a cizânia?
Quais cizânias e quais trigos convivem comigo?
Os bispos na V Conferência, afirmaram: "A nova escala mundial do fenômeno humano traz conseqüências em todos os campos de atividade da vida social, impactando a cultura, a economia, a política, as ciências, a educação, o esporte, as artes e também, naturalmente, a religião. Interessa-nos, como pastores da Igreja, saber como este fenômeno afeta a vida de nossos povos e o sentido religioso e ético de nossos irmãos que buscam infatigavelmente o rosto de Deus, e que, no entanto, devem fazê-lo, agora desafiados por novas linguagens do domínio técnico, que nem sempre revelam, mas que também ocultam o sentido divino da vida humana redimida em Cristo. Sem uma clara percepção do mistério do Deus, torna-se opaco também o desígnio amoroso e paternal de uma vida digna para todos os seres humanos." (DAp 35).


3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para identificar e cultivar o trigo na minha vida e na dos demais.Também para detectar o joio, o mal, o que me afasta de Deus.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

sábado, 28 de julho de 2012

Oferecimento do Dia

Divino Coração de Jesus eu vos ofereço por meio de Maria, todas as orações, ações, alegrias e sofrimentos  deste dia; em reparação dos meus pecados e pela salvação de todos os homens.
Que a graça de Deus me acompanhe hoje e sempre.
Amém.

Sinal da Cruz

Em + nome
do Pai,
do Filho,
e do
Espírito Santo.
Amém.

No século segundo, o escritor cristão Tertulian escreveu: 

"Faz o sinal-da-cruz quando te levantas de manhã ou ao deitar à noite, quando sais de tua casa ou regressas a ela, quando te sentas à mesa ou quando estiveres em qualquer trabalho."

O sinal da Cruz é o sinal dos cristãos, é também a recordação dos mistérios mais importantes de nossa Santa Fé.
É uma oração muito poderosa

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Evangelho do dia


Ano B - Dia: 13/07/2012



Discípulos missionários
Leitura Orante


Mt 10,16-23

- Escutem! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Sejam espertos como as cobras e sem maldade como as pombas. Tenham cuidado, pois vocês serão presos, e levados ao tribunal, e serão chicoteados nas sinagogas. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles e aos não-judeus sobre o evangelho. Quando levarem vocês para serem julgados, não fiquem preocupados com o que deverão dizer ou como irão falar. Quando chegar o momento, Deus dará a vocês o que devem falar. Porque as palavras que disserem não serão de vocês mesmos, mas virão do Espírito do Pai de vocês, que fala por meio de vocês.
- Muitos entregarão os seus próprios irmãos para serem mortos, e os pais entregarão os filhos. Os filhos ficarão contra os pais e os matarão. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas quem ficar firme até o fim será salvo. Quando vocês forem perseguidos numa cidade, fujam para outra. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês não acabarão o seu trabalho em todas as cidades de Israel antes que venha o Filho do Homem.

Leitura Orante
Preparo-me, com todos os internautas, para a Leitura Orante rezando:

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Senhor, que a messe não se perca
por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades para a missão.
Ensina a nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.
Senhor da messe e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço do teu povo.
Maria, Mãe da Igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder "sim".
Amém.



1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 10,16-23, e observo as recomendações de Jesus.
Cada cristão, por ser seguidor de Jesus Cristo, é enviado para ser discípulo missionário de Jesus Cristo. Pois:
Foi criado para ser discípulo e missionário (Ef 2,10).
Foi salvo para ser discípulo e missionário (2Tm 1,9).
Foi. chamado para ser discípulo e missionário (1Pd 2,10).
Foi autorizado para ser discípulo e missionário (Mt 20,26-28).
Foi. preparado para ser discípulo e missionário (Ef 4,11-12).
É necessário para ser discípulo e missionário (1Cor 12,27).
É responsável pelo ministério, e será recompensado por ser discípulo e missionário (Cl 3,23,24).Enfrentarão desafios e para isto Jesus os exorta à perseverança. E garante-lhes que não serão deixados sem apoio, mas o próprio Espírito de Deus estará com eles.



2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Também eu sou uma pessoa chamada ser discípula e missionária. Ao me examinar, verifico se assumo, como afirmam os bispos latino-americanos, "evangelicamente e a partir da perspectiva do Reino as tarefas prioritárias que contribuem para a dignificação do ser humano e a trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições para o bem do ser humano. O amor de misericórdia para com todos os que vêem vulnerada sua vida em qualquer de suas dimensões, como bem nos mostra o Senhor em todos seus gestos de misericórdia, requer que socorramos as necessidades urgentes, ao mesmo tempo que colaboremos com outros organismos ou instituições para organizar estruturas mais justas nos âmbitos nacionais e internacionais." (DAp 384).


3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
que eu pense com a tua inteligência
e com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu Coração...
Que eu veja sempre com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça somente com teus ouvidos.
Que eu saboreie aquilo que tu gostas.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés sigam os teus passos.




4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar de discípulo e missionário de Jesus Cristo é revelado em atitudes concretas. Como dizia Santo Alberto Hurtado: "Em nossas obras, nosso povo sabe que compreendemos sua dor".


Bênção do apóstolo Paulo para você!
- O Deus da paz vos santifique completamente
- Vos conserve íntegros em espírito, alma e corpo,
e irrepreensíveis para quando vier o Senhor Jesus Cristo.
- A graça do Senhor Jesus Cristo esteja convosco. (1Ts 5,23ss).
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

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Irmã Patrícia Silva, fsp

Santo do Dia

13 de julho

Santa Teresa de Jesus dos Andes
Joana Fernandez Solar nasceu no dia 13 de julho de 1900, no berço de uma família profundamente cristã, na cidade de Santiago do Chile, capital do país. Seus pais chamavam-se Miguel e Lúcia.

A partir dos seis anos de idade, assistia com a mãe, quase diariamente, à santa missa e ansiava poder receber a primeira comunhão, o que aconteceu em setembro de 1910. Desde então, procurava comungar diariamente e passar longos momentos mantendo um diálogo íntimo com Jesus. Teve a infância marcada por uma intensa vida mariana, que foi um dos sólidos alicerces da sua vida cristã.

Joana estudou durante onze anos no Colégio do Sagrado Coração, até 1918. Foi muito dedicada à família e julgava-se incapaz de viver separada dos seus. No entanto, assumiu com resignação o distanciamento nos últimos três anos dos estudos em regime de internato.

Sua vocação religiosa confirmou-se aos quatorze anos. Na época, ela se correspondia com a superiora das carmelitas dos Andes, e lia muito sobre a trajetória da vida dos santos. Assim, Joana foi se preparando de tal modo que, desde os dezessete anos, já externava o ideal de ser carmelita, e com ardor defendia a sua vivência contemplativa, que todos julgavam "inútil".

A separação definitiva da família e do mundo deu-se em maio de 1919, aos dezenove anos de idade. Entrou para as carmelitas dos Andes e tomou o nome de Teresa de Jesus. Lá viveu apenas onze meses, pois contraiu a febre tifóide e logo morreu, no dia 12 de abril de 1920, na sua cidade natal.

Teresa de Jesus tinha tamanha liberdade para expressar-se com o Senhor que costumava dizer: "Cristo, esse louco de amor, me fez louca também". A sua aspiração e constante empenho centraram-se em se assemelhar a ele, em comungar com Cristo. Foi beatificada pelo papa João Paulo II quando este visitou o Chile em 1987. Depois, foi canonizada pelo mesmo sumo pontífice em 1993, em Roma. Na ocasião, ele a chamou de santa Teresa de Jesus "dos Andes", e declarou que era a primeira chilena e a primeira carmelita latino-americana a ser elevada à honra dos altares da Igreja, para ser festejada no dia 13 de julho.

O santuário de Santa Teresa dos Andes, como ficou popularmente conhecida, tornou-se um centro espiritual no Chile, visitado por milhares de peregrinos anualmente. Sua fama de intercessora pelas graças e milagres concedidos correu logo, principalmente entre os jovens católicos. Santa Teresa dos Andes continua, assim, cumprindo a missão reconhecida como sua: despertar fome e sede de Deus nos jovens deste nosso mundo moderno tão materializado.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Escola teológica

Informamos aos alunos da Escola Teológica da Paróquia Nossa Senhora das Candeias, que não haverá aula (férias) no mês de julho e retornará no mês de agosto/2012.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Evangelho do dia

Ano B - Dia: 06/07/2012



Mateus acolhe e é acolhido
Leitura Orante


Mt 9,9-13

Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.


Leitura Orante
- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me, com todos os internautas, para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 9,9-13, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse:
- Venha comigo.
Mateus se levantou e foi com ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos:
- Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
- Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: "Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais." Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.

Jesus não só perdoa os pecados, mas transforma o pecador. Mateus, de explorador transformou-se em discípulo. Sendo chamado, Mateus prontamente se levanta e "foi com ele". Poderia não ter respondido e ficado como cobrador de impostos. O chamado que Jesus faz a Mateus o transfere da escravidão do dinheiro à liberdade do seguimento. Os fariseus se incomodam porque Jesus vai com seus discípulos jantar na casa de Mateus. À pergunta dos fariseus, Jesus responde dizendo que são os doentes que precisam de médico, não os que têm saúde. Por isso ele vai ao encontro dos pecadores. Bem diferente daqueles que censuravam e condenavam os pecadores. Mateus passa a integrar a equipe dos apóstolos de Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento?
Os bispos em Aparecida, falaram também dos convocados: "A vocação ao discipulado missionário é con-vocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela "nos dá uma família, a família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão". Isto significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é o fato de pertencer a uma comunidade concreta na qual podemos viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão com os sucessores dos Apóstolos e com o Papa." (DAp 156).
Jesus passa também por mim. Como respondo aos seus convites? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Canto ou rezo a canção do Pe. Zezinho, scj, Quando Jesus passar.
Quando Jesus passar,
Quando Jesus passar,
Quando Jesus passar,
eu quero estar no meu lugar.
No meu telônio ou jogando a rede
sob a figueira ou a caminhar
buscando agua para minha sede,
querendo ver meu Senhor passar.
No meu trabalho e na minha casa,
no meu estudo e no meu lazer,
No compromisso e no meu descanso,
no meu direito e no meu dever.
Nos meus projetos olhando em frente,
no meu sucesso e na decepção
no sofrimento que fere a gente,
sonhando o sonho de um mundo irmão.

CD Vocação, Pe. Zezinho,scj, Paulinas COMEP

Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou observar Jesus que passa onde trabalho, por onde caminho, onde moro...
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11)..

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
- Se você quiser receber o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de cadastro -
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Irmã Patrícia Silva, fsp

Santo do Dia


6 de julho

Santa Maria Goretti
Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo.
A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos.
Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu.

Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura. Foi para o lar dos Goretti portando uma barra de ferro com ponta afiada, sabia que Maria estaria sozinha e indefesa. Primeiro insinuou, depois exigiu, por fim ameaçou a jovem de morte se não satisfizesse seus desejos. Mesmo temendo o pior, Maria resistiu dizendo que aquilo era um pecado mortal. Alexandre, transtornado por não alcançar seu intento, passou a golpear violentamente o corpo da menina.

Ela ainda foi levada com vida a um hospital, após ser vitimada com quatorze perfurações. E teve tempo de perdoar seu agressor, pedindo a sua mãe e seus irmãos que fizessem o mesmo, por amor a Jesus. Maria Goretti morreu no dia seguinte ao ataque, no dia 6 de julho de 1902. Quanto a Alexandre, foi preso, quase linchado e condenado a trabalhos forçados. Porém, depois de vinte e sete anos de prisão, foi solto por bom comportamento. Depois de ir a Corinaldo pedir perdão à mãe de Maria Goretti, ingressou num convento capuchinho, onde viveu sua sincera conversão até morrer.

Muitos milagres passaram a acontecer por intercessão da pequena menina virgem. A fé na sua santidade cresceu e espalhou-se de tal forma no mundo cristão que, em 1950, ela foi canonizada. Na solenidade, estava presente a sua mãe Assunta, então com oitenta e quatro anos, ao lado de quatro de seus filhos e Alexandre Sereneli, o agressor sinceramente convertido. O papa Pio XII declarou santa Maria Goretti padroeira das virgens cristãs. Até hoje continuam as romarias ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, onde se encontra a sepultura da santa, há dez quilômetros do povoado onde tudo aconteceu.

Datas Comemorativas

6 de julho

Dia em memória do Poeta Castro Alves
Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu em 14 de março de 1847, na Fazenda Cabaceiras, no município de Muritiba, Bahia onde iniciou seus estudos. Em 1860 ele foi estudar no Ginásio Baiano, onde escreveu seus primeiros versos. Em 1862, Castro Alves e seu irmão, José Antônio, foram morar em Recife. Em junho desse mesmo ano, foi publicada sua poesia A Destruição de Jerusalém, no Jornal do Recife.

Aos 15 anos de idade, Castro Alves almejava ser advogado. Enquanto se preparava para enfrentar as provas desse curso, começou a se destacar entre os poetas empolgados pelas idéias liberais do abolicionismo.
Com apenas 17 anos, Castro Alves iniciou seus estudos de direito. Na faculdade, conheceu Tobias Barreto, um abolicionista. Não demorou muito para abandonar os estudos, e voltar à Bahia, onde ficou por algum tempo.
Em 1866, Castro Alves voltou a Recife, depois do falecimento de seu pai, e matriculou-se, novamente, no segundo ano de direito e fundou a Sociedade Abolicionista com Rui Barbosa, Regueira Costa, Plínio de Lima e outros companheiros de faculdade.

Antes de concluir o curso, Castro Alves, na época com 20 anos, conheceu Eugênia Câmara, uma atriz, e por ela se apaixonou. Foi para Eugênia que ele escreveu o drama histórico Gonzaga, também conhecido como A Revolução de Minas. Essa peça foi encenada em Salvador. Em seguida, Castro Alves partiu com Eugênia para o Rio de Janeiro, onde foi apresentado a Machado de Assis por José de Alencar.

Em 1868, Castro Alves se matriculou na Faculdade de Direito de São Paulo, para concluir o curso de direito. Nessa época, rompeu seu relacionamento com Eugênia e, por esse motivo, entrou em uma grave crise depressiva. Além disso, houve uma fatalidade: quando participava de uma caçada, feriu-se no pé acidentalmente, com um tiro de espingarda. A ferida infeccionou e seu pé foi amputado. Logo depois, mais um acontecimento funesto: Castro Alves foi acometido pela tuberculose, doença muito comum na época. Embora doente, o poeta publicou seu primeiro livro: Espumas flutuantes.

Em janeiro de 1871, Castro Alves se apaixonou por Agnèse Trinci Murri, a quem dedicou a poesia A Violeta.
Castro Alves fez sua última declamação pública em 10 de fevereiro, em benefício de crianças desamparadas. Em junho, agravou-se seu estado de saúde.

Em 6 de julho de 1871, Castro Alves faleceu, vítima da tuberculose, junto a uma janela banhada pelo sol da tarde, conforme seu último desejo.

O estilo de Castro Alves era romântico, cheio de metáforas, antíteses e hipérboles exageradas, com ênfase em poesias abolicionistas, o que lhe valeu o apelido de Cantor dos Escravos.

O poeta viveu relacionamentos amorosos avassaladores, pois era muito cobiçado pelas mulheres por sua beleza, simpatia e inteligência. Também se diferenciava por sua franqueza ao revelar seus sentimentos pela mulher amada, muitas vezes expressos em forma de poemas, como Boa-Noite, presente em seu livro Espumas flutuantes. Os outros livros que compõem sua obra poética são: A cachoeira de Paulo Afonso, Os escravos e Poesias coligidas. O único livro de prosa é o drama histórico Gonzaga ou A revolução de Minas. Seus poemas que mais tiveram destaque estão relacionados com a escravidão: Vozes d'África e Navio Negreiro.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Festa de Nossa Senhora do Carmo 2012

Leigo mártir da Índia torna-se símbolo das atuais perseguições

Roma, 05 jul (SIR/ACI/EWTN Noticias) - O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos no Vaticano, Cardeal Ângelo Amato, assinalou que o mártir indiano do século XVIII, Devasayam Pillai, constitui um exemplo a ser seguido no tempo presente em que a perseguição contra os cristãos é uma realidade em muitos países.
Em entrevista ao jornal vaticano L’Osservatore Romano e falando sobre as testemunhas da fé cujos decretos foram aprovados pelo Papa no último 28 de junho, o Cardeal ressaltou que "a história deste mártir é verdadeiramente extraordinária". Pallai, assinalou o Cardeal, "era um hindu de uma casta alta, a dos guerreiros. Quando se converteu ao cristianismo recebeu críticas e foi açoitado por parte de seus compatriotas hindus, mas não sofreu apenas isso". "Foi preso e torturado com toda classe de suplício, mas persistiu heroicamente até o fim para não renunciar à sua fé batismal.
Assim é uma belíssima e grande figura de testemunho para a Índia de hoje, porque também nestes tempos a Igreja na Índia é perseguida, mas mantém em alta a fé em Cristo", disse o Cardeal. Pillai, nascido em 23 de abril de 1712, foi educado em uma das altas castas da Índia, país no qual os estratos estão muito definidos e onde os cristãos costumam estar entre as castas mais baixas. Estudou artes marciais e arco e flecha. Converteu-se à fé católica e recebeu o batismo em 14 de maio de 1745 na diocese de Kottar, tomando o nome de Devasayan, que na língua tamil é o equivalente a Lázaro.
Sua conversão, junto à de sua esposa que tomou o nome de Gnanapoo Ammaal (Teresa em língua tamil) teve sua origem na amizade com o capitão holandês Eustachius De Lannoy, quem em 1741 liderou uma expedição à Índia para controlar o porto de Colachel em Travancore. Foi aprisionado e logo perdoado com a condição de servir nas forças armadas locais. A conversão de Pallai gerou a ira e a confrontação das autoridades locais já que ele se misturava com pessoas de outras castas. Foi falsamente acusado de revelar, trabalhando ao serviço do rei do Travancore, segredos de Estado a grupos rivais e a nações europeias. Foi preso em 23 de fevereiro de 1749 por causa de sua fé católica, foi torturado e durante três anos foi levado de povo em povo para mostrar o que acontecia com os que se convertiam do hinduísmo ao cristianismo.
Ele pôde superar este período graças à oração e a predicação da fé aos que queriam escutá-lo. Recebia a comunhão de maneira secreta por parte de sacerdotes que conseguiam ingressar em sua cela. Devasayan Pallai foi fuzilado em 14 de janeiro de 1752 na localidade de Aralvaimozhi, em Tamil Nadu. Seu corpo foi arrojado em uma pilha de rocha e deixado ali para ser devorado pelos animais. Os restos resgatados foram sepultados no altar da igreja de São Francisco de Kottar. Com a declaração do Papa que aprova seu martírio, agora só falta a data para a beatificação de Devasayan Pallai a ser definida pelas autoridades eclesiásticas competentes.

Bispos se posicionam contra grandes projetos do Governo Federal

“Esse é um modelo capitalista que não leva em conta o povo. Para eles, o povo da Amazônia é apenas um detalhe"

Povo Yanomami, Roraima e Amazonas (Foto: )
Um dos problemas enfrentados hoje pelas populações da Amazônia são os grandes projetos, que além de causarem grande impacto ao meio ambiente, geram lucros para alguns e provocam inúmeros impactos sociais negativos nas cidades onde estão instalados. Esse foi o assunto principal da primeira coletiva oficial concedida à imprensa na tarde desta terça-feira, 03 de julho, no Seminário São Pio X, como parte do 10º encontro dos bispos da Amazônia, que está sendo realizado em Santarém-PA.
A entrevista foi concedida por dom Jesus Maria Berdonces, bispo da prelazia de Cametá e presidente do Regional Norte 2; dom Mosé João Pontelo, bispo da Diocese de Cruzeiro do Sul e presidente do regional Noroeste; dom Roque Paloschi, bispo da Diocese de Roraima e presidente do Regional Norte 1 e Monsenhor Raimundo Possidônio, coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Belém e historiador.
Dom Jesus Maria Berdonces afirmou que a Amazônia é tida até hoje como uma colônia, aonde as pessoas vêm, pegam a matéria prima, enriquecem e vão embora. “Esse é um modelo capitalista pautado pelo governo para a Amazônia, que não leva em conta o povo que aqui mora. Para eles, o povo é apenas um detalhe, que atrapalha o desenvolvimento, ressalta”.
Ele destacou que existe outro modelo defendido pela Igreja, cujo foco são os povos que estão na Amazônia. “A igreja defende o incentivo à agricultura familiar, defende que os lucros das riquezas (minerais e vegetais) sejam deixados na Amazônia, e que os povos sejam ouvidos”.
Já dom Roque Paloschi destacou que a questão é saber quem está usufruindo dos lucros desses grandes projetos, que além de terem as bênçãos do governo, são financiados com o dinheiro público. Ele ressalta que as populações não têm garantias, e suas terras quase sempre são “abocanhadas” pelo agronegócio e por grupos econômicos que aqui chegam.
Dom Roque defende o respeito à biodiversidade, a participação de homens e mulheres amazônidas, que possuem a sabedoria milenar e tradicional de cuidar do meio ambiente sem agredi-lo. Ele espera que o encontro de Santarém provoque uma verdadeira reflexão. “Nós esperamos contribuir para que uma reflexão aconteça para que nossas comunidades se tornem sujeitos dessa região e não apenas vista como um entrave no processo do desenvolvimento sonhado pelo agronegócio  e pelo governo”, enfatiza.
Dom Mosé João Pontelo afirma que os problemas estão aí, e isso requer responsabilidade dos pastores, que são lideres dessa igreja. E o encontro de Santarém vai apontar qual será o caminho a ser seguido nos próximos cinco anos.
Dom Jesus Maria acredita que os bispos têm a obrigação de tentar iluminar a caminhada com a Palavra de Deus, mas também assumir o desafio e o povo da Amazônia. “É necessário não fugirmos da cruz de nosso Senhor, que é a cruz dos pobres e dos povos desta região”, finalizou.
O 10º encontro dos bispos terá um documento conclusivo e uma carta encaminhada aos governantes dos Estados da Amazônia, outra ao Povo de Deus e uma ao Papa Bento XVI.
A informação é do Boletim da CNBB, 04-07-2012.

Müller e a Teologia da Libertação

Por ocasião da nomeação do novo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o bispo alemão Gerhard Ludwig Müller, foi citado o seu vínculo com Gustavo Gutiérrez, um dos pais da Teologia da Libertação. Divulgou-se a ideia de que João Paulo II e o então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito do ex-Santo Ofício, condenaram sem trégua esta teologia, razão pela qual a relação entre um bispo e um teólogo da libertação (que, além disso, nunca foi condenado por Roma) seria um elemento “suspeito”.

A reportagem é de Andrea Tornielli e está publicada no sítio Vatican Insider, 03-07-2012. A tradução é do Cepat.

Na realidade, a Instrução sobre alguns aspectos da “Teologia da Libertação”, publicada pela Congregação para a Doutrina da Fé em 06 de agosto de 1984, advertia sobre os riscos e os desvios da Teologia da Libertação que adotava a análise marxista da realidade. Eram os anos em que, no “Continente da esperança”, havia ditaduras e uma parte da Igreja se havia declarado do lado de alguns movimentos de libertação de caráter marxista, embora a viagem do Papa Wojtyla a Puebla, em 1979, para a reunião dos bispos do Celam, tivesse marcado uma mudança. Eram os anos Reagan, e os Estados Unidos estavam combatendo com todos os seus recursos contra o “império do mal” soviético: uma batalha crucial estava sendo travada justamente na América Latina. No entanto, nem toda a Teologia da Libertação (que nasceu na América Latina durante os anos pós-conciliares) estava na mira da Congregação, assim como tampouco sua “opção preferencial pelos pobres”. Era apenas a análise marxista que alguns teólogos utilizavam que se condenava.

O documento falava, efetivamente, da “tentação de reduzir o Evangelho da salvação a um evangelho terrestre”, com o risco de “esquecer o ingente trabalho desinteressado desenvolvido por cristãos, pastores, sacerdotes, religiosos ou leigos”. Rechaçava os “a priori ideológicos” que se usavam como pressupostos para a leitura da realidade social por parte de uma certa teologia, que apresentava a luta de classes como “uma lei objetiva, necessária” e fazia crer que “entrando em seu processo, ao lado dos oprimidos, se ‘faz’ a verdade, se age ‘cientificamente’. Em consequência, a concepção da verdade anda de mãos dadas com a afirmação da violência necessária, e por isso com a do amoralismo político”. A eucaristia se transformava em “celebração do povo em luta”, identificava-se “o Reino de Deus e seu devenir com o movimento da libertação humana”.

Foi justamente com a publicação desta Instrução que o cardeal Joseph Ratzinger, que havia chegado alguns anos antes ao dicastério doutrinal da Santa Sé, começa a ser identificado como o “inimigo” dos teólogos mais abertos, o “assassino” das esperanças que o Concílio havia suscitado nos países pobres. E o que vem da Igreja católica wojtyliana se faz passar como sinal de apoio aos regimes anticomunistas que governam diferentes estados da região latino-americana.

Contudo, lendo integralmente esse primeiro documento sobre a Teologia da Libertação, descobre-se passagens que demonstram o contrário. “Esta advertência não deve, de modo algum, ser interpretada como uma desaprovação de todos aqueles que querem responder generosamente e com autêntico espírito evangélico à ‘opção preferencial pelos pobres’” (p. 4).

“Hoje, mais do que nunca – continua o documento –, é necessário que a fé de numerosos cristãos seja iluminada e que estejam decididos a viver a vida cristã integralmente, comprometendo-se na luta pela justiça, pela liberdade e pela dignidade humana, por amor aos seus irmãos, por amor aos seus irmãos deserdados, oprimidos ou perseguidos. Mais do que nunca, a Igreja propõe-se condenar os abusos, as injustiças e os atentados à liberdade, onde quer que eles aconteçam e quaisquer que sejam seus autores, e lutar, com os seus próprios meios, pela defesa e promoção dos direitos do homem, especialmente na pessoa dos pobres” (p. 5).

A Instrução, além disso, defende que “o escândalo das gritantes desigualdades entre ricos e pobres já não é tolerado” (p. 7), e que “chamar a atenção para os graves desvios que algumas ‘teologias da libertação’ trazem consigo não deve, de modo algum, ser interpretado como uma aprovação, ainda que indireta, aos que contribuem para a manutenção da miséria dos povos, aos que dela se aproveitam, aos que se acomodam ou aos que ficam indiferentes perante esta miséria. A Igreja, guiada pelo Evangelho da Misericórdia e pelo amor ao homem, escuta o clamor pela justiça e deseja responder com todas as suas forças” (p. 38).

Ao final do documento, não falta inclusive uma referência ao papel dos bispos, particularmente significativo para os expoentes da hierarquia católica considerados muito “suaves” com o poder, quando não parte do mesmo. “É frequente dirigir aos defensores da ‘ortodoxia’ a acusação de passividade, de indulgência ou de cumplicidade culpáveis frente a situações intoleráveis de injustiça e de regimes políticos que mantêm estas situações. A conversão espiritual, a intensidade do amor a Deus e ao próximo, o zelo pela justiça e pela paz, o sentido evangélico dos pobres e da pobreza, são exigidos a todos, especialmente aos pastores e aos responsáveis. A preocupação pela pureza da fé não subsiste sem a preocupação da dar a resposta de um testemunho eficaz de serviço ao próximo e, em especial, ao pobre e ao oprimido” (p. 44).

domingo, 1 de julho de 2012

Infundir, como Jesus, serenidade e esperança nos que sofrem: Papa, ao Angelus, comentando Evangelho do domingo

2012-07-01 Rádio Vaticana
(01/07/12) Restituir serenidade e esperança a quem sofre – é esta a missão dos que assistem as pessoas doentes: recordou-o Bento XVI neste domingo ao meio-dia, na alocução antes do Angelus, na Praça de São Pedro. O Papa comentava o Evangelho do dia, que refere duas curas que Jesus realiza em duas mulheres: a filha de um dos chefes da Sinagoga, e a de uma mulher que sofria de uma hemorragia. Dois episódios – observou – em que se encontram presentes dois níveis de leitura: um puramente físico, e outro espiritual: “nível puramente físico: Jesus inclina-se sobre o sofrimento humano e cura o corpo; e nível espiritual: Jesus veio a curar o coração do homem, a dar a salvação e pede a fé n’Ele”.
O Papa insistiu no facto de que “Jesus veio a libertar o ser humano na sua totalidade”. “Estas duas narrativas de cura são para nós um convite a superar uma visão puramente horizontal e materialista da vida”. Nós pedimos a Deus tantas curas de problemas, de necessidades concretas, e é justo que o façamos – considerou Bento XVI. Contudo, advertiu, “aquilo que precisamos de pedir com insistência é uma fé cada vez mais firme, para que o Senhor renove a nossa vida, e uma grande confiança no seu amor, na sua providência, que não nos abandona”.
Ver Jesus assim tão atento ao sofrimento humano leva-nos a pensar também em todos os que ajudam os doentes a levar a sua cruz: médicos, enfermeiros, capelães hospitalares. O Papa considera-os “reservas de amor”, que fornecem serenidade e esperança aos que sofrem”. Para tratar das pessoas doentes, não basta a competência profissional, aliás sempre necessária. Os seres humanos têm necessidade de humanidade e de atenção do coração. Para além da preparação profissional, o pessoal da saúde tem, portanto, necessidade de uma “formação do coração”, que os conduza àquele encontro com Deus que neles suscite o amor e abra o seu espírito aos outros”.
Presentes desta vez, na Praça de São Pedro, peregrinos de língua portuguesa. Bento XVI saudou-os expressamente: “Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus.”

Papa aos Arcebispos brasileiros que receberam a imposição do Palio: "sede para o vosso Povo um sinal de Cristo"

2012-06-30 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Bento XVI recebeu, na manhã deste sábado, na sala Paulo VI, os Arcebispos Metropolitas com os familiares e os fieis vindos para a imposição do Palio. O Pontífice os acolheu com um pequeno discurso de boas-vindas, proferido em diversas línguas, entre as quais em português: 
“Saúdo com alegria os Arcebispos brasileiros, Dom Wilson Jönck, de Florianópolis; Dom José Francisco Dias, de Niterói; Dom Esmeraldo de Farias, de Porto Velho; Dom Jaime Rocha, de Natal; Dom Airton dos Santos, de Campinas; Dom Jacinto de Brito Sobrinho, de Teresina; e Dom Paulo Peixoto, de Uberaba; e também o Arcebispo de Malanje em Angola, Dom Benedito Roberto, que ontem receberam o Pálio, sinal de particular comunhão com o Sucessor de Pedro. Queridos Arcebispos, sede para o vosso Povo um sinal de Cristo, Bom Pastor, que guia as suas ovelhas. Dou também as boas-vindas aos sacerdotes, religiosos e fiéis que vos acompanham, pedindo-lhes que rezem pelos seus Arcebispos para que não lhes faltem as forças no cumprimento da sua missão. E, como penhor de alegria e de paz no Senhor, concedo a vós aqui presentes e às vossas comunidades arquidiocesanas a minha Bênção Apostólica”.
Bento XVI concluiu pedindo a todos os presente que levem às suas comunidades “a experiência de intensa espiritualidade e de autêntica união evangélica destes dias, para que toque o coração dos fieis ressoando em toda a sociedade, deixando rastros do bem”.
“Que a intercessão da divina Mãe de Deus e dos Apóstolos Pedro e Paulo dêem ao povo cristão a capacidade de fazer resplandecer no mundo a palavra de verdade que Jesus nos deixou como dom”, concluiu o Papa. (ED)