sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Formações

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Conheça o significado da Quaresma

Por que a Igreja utiliza a cor roxa nesse tempo?
Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum".
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa.
Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo.

Por que a cor roxa?
 
A cor litúrgica deste tempo é o roxo que simboliza a penitênica e a contrição. Usa-se no tempo da Quaresma e do Advento.
Nesta época do ano, os campos se enfeitam de flores roxas e róseas das quaresmeiras. Antigamente, era costume cobrir também de roxo as imagens nas igrejas. Na nossa cultura, o roxo lembra tristeza e dor. Isto porque na Quaresma celebramos a Paixão de Cristo: na Via-Sacra contemplamos Jesus a caminho do Calvário

Qual o significado destes 40 dias?
 
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O Jejum 
 
A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.
Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?
 
A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo? 
 
As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da semana santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.
Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira Santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.
Depois, vem a missa da Sexta-feira da paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, que celebra a morte do Senhor, às 15h00. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no Domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.
CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Liturgia Diária

Dia 28 de Fevereiro - Sexta-feira

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – Ofício do Dia)

Antífona da entrada: Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tiago 5,9-12)
Leitura da carta de são Tiago.
5 9 Não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta.
10 Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do Senhor.
11 Vós sabeis que felicitamos os que suportam os sofrimentos de Jó. Vós conheceis o fim em que o Senhor o colocou, porque o Senhor é misericordioso e compassivo.
12 Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 102/103
O Senhor é indulgente, é favorável.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.

O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não nos trata como exigem nossas faltas
nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
Evangelho (Marcos 10,1-12)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 1 saindo dali, ele foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.
2 Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3 Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5 Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;
6 mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11 E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE
O Reino anunciado por Jesus visava restabelecer entre os seres humanos as relações primitivamente queridas por Deus. O pecado havia contaminado a humanidade, pervertendo-lhe as relações. Era preciso reverter este quadro em todos os níveis.
No âmbito familiar, era preciso superar a mentalidade divorcista, onde o marido se sobrepunha à esposa, podendo despedi-la quando lhe conviesse. A situação da esposa, nestas circunstâncias, era de grande instabilidade. Ela jamais podia estar certa da profundidade dos laços matrimoniais. Por qualquer motivo, o marido tinha o direito de despedi-la.
Jesus foi buscar nas primeiras páginas das Escrituras o pensamento de Deus a respeito do matrimônio, anterior à Lei mosaica divorcista. O homem e a mulher foram criados em vista do matrimônio que os uniria de modo tão profundo, a ponto de fazer dos dois uma só carne. Trata-se de uma união espiritual onde os esposos se mútuo assumem, fazendo suas existências se interpenetrarem inseparavelmente. Só Deus pode ser o autor da união conjugal, assim entendida. E, quando Deus une, nenhum ser humano pode se arvorar o direito de desfazer sua obra. Deus une para sempre.
Quem adere ao Reino é chamado a refazer seus esquemas mentais. E não se deixar levar pela dureza de coração, mas sim pelos desígnios de Deus.

Oração
Senhor Jesus, leva-me a ter o mesmo pensar do Pai e a refazer meus esquemas mentais contaminados pelo pecado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).

Sobre as oferendas
Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9,2s).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 28 de fevereiro de 2014

Marcos 10,1-12

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 10 1 saindo dali, ele foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.
2 Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3 Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5 Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;
6 mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11 E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE
O Reino anunciado por Jesus visava restabelecer entre os seres humanos as relações primitivamente queridas por Deus. O pecado havia contaminado a humanidade, pervertendo-lhe as relações. Era preciso reverter este quadro em todos os níveis.
No âmbito familiar, era preciso superar a mentalidade divorcista, onde o marido se sobrepunha à esposa, podendo despedi-la quando lhe conviesse. A situação da esposa, nestas circunstâncias, era de grande instabilidade. Ela jamais podia estar certa da profundidade dos laços matrimoniais. Por qualquer motivo, o marido tinha o direito de despedi-la.
Jesus foi buscar nas primeiras páginas das Escrituras o pensamento de Deus a respeito do matrimônio, anterior à Lei mosaica divorcista. O homem e a mulher foram criados em vista do matrimônio que os uniria de modo tão profundo, a ponto de fazer dos dois uma só carne. Trata-se de uma união espiritual onde os esposos se mútuo assumem, fazendo suas existências se interpenetrarem inseparavelmente. Só Deus pode ser o autor da união conjugal, assim entendida. E, quando Deus une, nenhum ser humano pode se arvorar o direito de desfazer sua obra. Deus une para sempre.
Quem adere ao Reino é chamado a refazer seus esquemas mentais. E não se deixar levar pela dureza de coração, mas sim pelos desígnios de Deus.

Oração
Senhor Jesus, leva-me a ter o mesmo pensar do Pai e a refazer meus esquemas mentais contaminados pelo pecado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).

Leitura
Tiago 5,9-12
Leitura da carta de são Tiago.
5 9 Não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta.
10 Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do Senhor.
11 Vós sabeis que felicitamos os que suportam os sofrimentos de Jó. Vós conheceis o fim em que o Senhor o colocou, porque o Senhor é misericordioso e compassivo.
12 Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento.
Palavra do Senhor.
Salmo 102/103
O Senhor é indulgente, é favorável.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.

O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não nos trata como exigem nossas faltas
nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Papa Francisco: "O bispo deve ser testemunha humilde e corajosa de Cristo"



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco reuniu-se nesta quinta-feira, no Vaticano, com os membros da Congregação para os Bispos.

"A Igreja precisa de pastores autênticos que cuidem de seu rebanho", afirmou o Santo Padre em seu discurso, traçando o modelo ideal de um bispo:

"Precisamos de alguém que vele por nós. Precisamos de alguém que nos olhe com a amplidão do coração de Deus. Não precisamos de um dirigente, um administrador de empresa e não precisamos de uma pessoa que esteja no nível de nossa pequenez ou pequenas pretensões. Precisamos de alguém que saiba estar à altura do olhar de Deus sobre nós para nos conduzir a Ele. Somente no olhar de Deus existe futuro para nós."

Segundo o Papa Francisco, é preciso reconhecer que "não existe Pastor padrão para todas as Igrejas". "Cristo conhece o pastor que cada Igreja possui. O nosso desafio é entrar na perspectiva de Cristo, levando em conta a singularidade das Igrejas particulares", disse ainda o pontífice.

"Para escolher esses ministros precisamos ir além das preferências, afinidades, pertenças ou tendências e entrar na amplidão do horizonte de Deus. Precisamos de pastores dotados de parresía (audácia de anunciar com coragem o Evangelho, ndr), não condicionados pelo medo", frisou o Papa Francisco, convidando a Congregação para os Bispos a desempenhar a sua tarefa com "profissionalismo, serviço, santidade de vida e santa inquietação".

O Papa frisou que "o futuro da Igreja vive sempre em suas origens", e destacou a importância da unidade eclesial e da sucessão ininterrupta dos bispos. O Santo Padre sublinhou que o bispo deve ser uma testemunha humilde e corajosa de Cristo.

"Quem é testemunha do Ressuscitado? É aquele que seguiu Jesus desde o início e foi constituído com os Apóstolos testemunha de sua Ressurreição. Também para nós este é o critério unificador: o bispo é aquele que sabe tornar atual tudo o que aconteceu com Jesus, e sabe, sobretudo, junto com a Igreja, ser testemunha de sua ressurreição".

"O bispo é um mártir do Ressuscitado. Não é uma testemunha isolada, mas junto com a Igreja. A sua vida e seu ministério devem tornar crível a Ressurreição", disse ainda o Papa Francisco que acrescentou:

"A coragem de morrer, a generosidade de oferecer a própria vida e dedicação total ao rebanho estão inscritos no DNA do episcopado. A renúncia e o sacrifício são conaturais à missão episcopal. Quero enfatizar isso: a renúncia e o sacrifício são conaturais à missão episcopal. O episcopado não é para si, mas para a Igreja, para o rebanho, para os outros, sobretudo para aqueles que, segundo a lógica do mundo, devem ser descartados".

O Santo Padre frisou que o perfil de um bispo não é a soma algébrica de suas virtudes. O bispo deve se destacar por sua integridade, solidez cristã, fidelidade à verdade, transparência e capacidade de governar.

"Os bispos devem ser antes de tudo kerigmáticos, porque a fé vem do anúncio. Precisamos de homens guardiões da doutrina não para avaliar como o mundo vive longe da verdade que a doutrina contém, mas para fascinar o mundo com a beleza do amor, para seduzi-lo com a oferta de liberdade doada pelo Evangelho", disse ainda o pontífice.

"A Igreja não precisa de apologistas de suas causas, mas de semeadores humildes e confiantes da verdade. Os bispos devem ser homens pacientes, conscientes de que a cizânia nunca será capaz de preencher o campo. A missão do bispo requer assiduidade e cotidianidade", disse ainda Francisco.

O Santo Padre concluiu dizendo que os bispos devem ser homens de oração e que a Igreja precisa de pastores autênticos, não donos, mas servos da Palavra de Deus. (MJ)



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

Padre José de Anchieta será canonizado em abril

Cerimônia será realizada no início do mês e será presidida pelo papa, diz presidente da CNBB.
O padre José de Anchieta, apóstolo do Brasil, será declarado santo pelo papa Francisco no início do  mês de abril. A informação foi dada, nesta quinta-feira (27), pelo arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, durante entrevista nos estúdios da Rádio Vaticano.

"José de Anchieta deixou marcas profundas no início da colonização do Brasil, como também na sua evangelização. Eu creio que ele merece ser cultuado por toda a Igreja", disse o cardeal.

Dom Raymundo se encontrou o papa Francisco recentemente para falar sobre o beato José de Anchieta. Segundo ele, a canonização será feita em uma cerimônia mais simples, menos solene e que consiste na assinatura de um decreto pelo próprio papa, em que ele declara santo o padre jesuíta Anchieta.

Sobre o porquê de não ser realizada uma grande cerimônia, na Praça São Pedro, para a canonização do beato, Dom Damasceno explica que foi uma decisão do próprio papa. “Ele quis uma cerimônia mais simples, discreta, mas tem o mesmo valor, evidentemente, que quando a canonização é feita de modo mais solene”, salientou.

A canonização será comemorada com uma missa celebrada pelo papa Francisco e com a presença de bispos e representantes do povo canadense e do Brasil. Isso porque, segundo Dom Damasceno, a canonização de padre Anchieta será feita junto com outros dois beatos canadenses importantes para a história da Igreja no Canadá ( Marie de l´Encarnação, conhecida como a Mãe da Igreja canadense, e François de Laval, primeiro bispo de Quebec).

“Depois, nós pretendemos também celebrar, de uma forma mais solene, agradecendo a Deus pelo dom desse santo para nós no Brasil, na Assembleia dos Bispos, em Aparecida (SP), quando vamos realizar a próxima assembleia geral, no fim de abril, começo de maio. Será uma celebração nacional, com a presença, portanto, de todo o episcopado e convidados especiais. Depois, cada estado fará também a sua celebração solene e com grande participação do povo, sobretudo aqueles Estados que têm muito a ver com a vida de Anchieta”, pontuou.

O Cardeal também informou que se pretende fazer uma celebração mais restrita no Colégio Pio Brasileiro, em Roma, mas ainda não há uma data estabelecida, porque depende da agenda do Papa. O Santo Padre já aceitou um convite para visitar o colégio, que vai comemorar 80 anos em 3 de abril. Segundo Dom Damasceno, os jesuítas estão deixando a direção do colégio, que será assumida pela
CNBB.

História

José de Anchieta (1534-1597) foi um padre jesuíta espanhol, beatificado pelo Papa João Paulo II em 1980. Com 14 anos de idade, estudou no Real Colégio das Artes em Coimbra. Ingressou na Companhia de Jesus em 1551 e dois anos depois embarcou com destino ao Brasil, na comitiva de Duarte da Costa - segundo Governador Geral - para catequizar os índios.

Em 25 de janeiro de 1554 fundou, junto com o padre Manoel da Nóbrega, um colégio em Piratininga; aos poucos se formou um povoado ao redor da instituição de ensino, batizado por José de Anchieta, de São Paulo. Foi aclamado por portugueses e índios como "apóstolo do Brasil".

Padre José de Anchieta também  foi professor dos noviços que entravam para a Companhia de Jesus no Brasil. Viveu em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em 1595, escreveu Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, a primeira gramática do Tupi - Guarani.

Escreveu diversas poesias, cartas e autos. A poesia de José Anchieta é marcada por conceitos morais, espirituais e pedagógicos. Compôs primeiro em sua língua materna, o castelhano, e em latim e posteriormente traduziu para o português e para o tupi. Faleceu em 9 de junho de 1597 no Espírito Santo.

'Cristãos que vivem na incoerência causam muitos estragos', diz papa


Cidade do Vaticano – O cristão incoerente dá escândalo e o escândalo mata: são palavras muito fortes as que Papa Francisco falou nessa quinta-feira (27), durante a missa presidida em Santa Marta e durante a qual administrou o sacramento do Crisma.

Quem recebe esse Sacramento, afirmou o Santo Padre, cujas palavras foram divulgadas pela Rádio Vaticano, "manifesta a vontade de ser cristão. Ser cristão significa dar testemunho de Jesus Cristo. Esta é a coerência de vida de um cristão".

De outro modo, manifesta-se a incoerência e os cristãos "que vivem normalmente, todos os dias, na incoerência causam muitos estragos". "Se tu estás diante de um ateu e te diz que não acredita em Deus, tu podes lhe ler toda uma biblioteca onde se afirma que Deus existe e também provar que Deus existe, e ele não vai acreditar. Mas se tu, diante deste ateu - explicou papa Francisco - deres testemunho de coerência de vida cristã, algo começará a se mexer em seu coração. Será exatamente o testemunho teu o que incutirá nele essa inquietação sobre a qual trabalha o Espírito Santo. É uma graça que todos nós, toda a Igreja deve pedir: ´Senhor, que sejamos coerentes´".

Portanto, concluiu o papa, é preciso rezar, "porque, para viver na coerência cristã, é necessária a oração, porque a coerência cristã é um dom de Deus e precisamos pedi-lo... Todos somos pecadores, todos, mas todos temos a capacidade de pedir perdão. E Ele nunca se cansa de nos perdoar! Ter a humildade de pedir perdão: ´Senhor, não fui coerente aqui. Perdão!´"
SIR

A Palavra de Deus no cuidado com os filhos

Os pais são os administradores dos mistérios de Deus, destacando o dom da benção para os filhos.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
Podemos dar diversos significados para a palavra "cuidar", mas aqui ela está direcionada especialmente para os filhos, para aqueles que devem ser assistidos, educados e acompanhados por alguém. Dizemos que Deus, Pai e Mãe, cuida com carinho de seus filhos. Isso acontece, de forma especial, para com os acometidos de sofrimento.

Cuidar dos filhos significa praticar um amor atento e fiel, colocando como preocupação primeira a educação para a vida de cidadania, de responsabilidade e capacidade para o enfrentamento das exigências da sociedade. Não podemos desprezar os princípios da fé, capazes de construir uma espiritualidade necessária para o bem viver nos novos tempos.

Sabemos dos desafios enfrentados pelos pais no processo da educação. "Palavras não convencem", principalmente quando não são confirmadas pelo testemunho concreto de vida. A tendência é seguir as influências que chegam de fora do lar. É o caso da mídia, colocando os pais numa situação caracterizada como "sem saída".

No caminhar da história, os compromissos familiares vão se diluindo, necessitando de um "ecoar novo" da Palavra de Deus. Até parece que Deus abandonou a família, ou é a humanidade que se distanciou dos ensinamentos divinos. Os pais devem ter ternura para com aqueles que são frutos de suas entranhas.

Para o cuidado dos filhos, os educadores têm que abrir mão de "formas" que não falam mais. O mundo mudou, mas o amor deve conservar sua identidade e continuar sendo doação e esvaziamento para fazer o outro feliz. Os pais são os administradores dos mistérios de Deus, destacando o dom da benção para os filhos.

Pais e filhos necessitam de coerência e autenticidade. Não só usarem da sabedoria humana, mas também a de Deus para harmonizar a convivência. Com isto, o cuidado deve ser de ambos os lados sem se deixarem levar por ideologias do momento. Não podem faltar a fraternidade e a justiça, como diz a Escritura: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas em acréscimo" (Mt 6, 33).
CNBB, 25-02-2014.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba (MG).

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Audiência geral: "Doença e morte não podem nos separar de Cristo"




Cidade do Vaticano (RV) – A Unção dos Enfermos foi o tema da reflexão do Papa Francisco na audiência geral desta quarta-feira, na Praça São Pedro. Segundo a Prefeitura da Casa Pontifícia, cerca de 30 mil pessoas receberam bilhetes de ingresso para o encontro.

Jorge Mario Bergoglio completou a já tradicional volta da Praça com seu jipe aberto, parando diversas vezes para cumprimentar turistas e peregrinos. Muitas crianças estavam fantasiadas. Havia guardas suíços, palhaços, abelhas e joaninhas, e no meio deles, um menino de cerca de 4 anos, vestido de Papa, a quem Francisco sorriu e deu um beijo.

Depois de meia hora de contato com os fiéis, o Papa iniciou sua catequese. O Sacramento da Unção dos Enfermos era conhecido antigamente como “Extrema Unção”, pois se dizia que oferecia um conforto espiritual na iminência da morte. Hoje, o nome “Unção dos Enfermos” nos ajuda a estender o alcance à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus.

Para explicar a profundidade do mistério da Unção, Francisco citou a parábola do Bom Samaritano, como está descrita no Evangelho de Lucas. O Bom Samaritano cuida de um homem ferido derramando sobre as suas feridas óleo e vinho.

É o óleo abençoado pelos Bispos a cada ano, na missa do Crisma de Quinta-feira Santa, utilizado na Unção dos enfermos. O vinho, por sua vez, é o sinal do amor e da graça de Cristo, que se expressam em toda sua riqueza na vida sacramental da Igreja”.

A parábola prossegue narrando que o Bom Samaritano, sem olhar a gastos, confia o homem ferido aos cuidados do dono de uma pensão: este representa a Igreja, a quem Jesus confia os atribulados no corpo ou no espírito.

“É à Igreja, à comunidade cristã, somos nós, a quem cotidianamente o Senhor confia os aflitos no corpo e no espírito para que possamos continuar a lhes doar, sem medida, toda a sua misericórdia e salvação”.

Continuando a catequese, Francisco lembrou que também a Carta de São Tiago recomenda que os doentes chamem os presbíteros, para que rezem por eles ungindo-os com o óleo. “É uma praxe que já se usava no tempo dos Apóstolos”, completou o Papa.

De fato, Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, difundindo alívio e paz, e lhes transmitiu a capacidade e o dever de continuar a dispor da graça especial deste Sacramento. “No entanto, isto não nos deve levar a uma busca obsessiva do milagre ou à presunção de poder obter sempre a cura”, ressalvou Francisco.

“O problema, disse o Papa, é que este Sacramento é pedido cada vez menos, e a razão principal reside no fato que muitas famílias cristãs, devido à cultura e à sensibilidade atuais, consideram o sofrimento e a morte como um tabu, como algo a esconder ou sobre o qual falar o menos possível. É verdade que o sofrimento, o mal e a própria morte continuam sendo um mistério, e diante dele, nos faltam palavras. É o que acontece no rito da Unção, quando de modo sóbrio e respeitoso, o sacerdote impõe as mãos sobre o corpo do doente, sem dizer nada”.

Existe uma certa convicção de que chamar o sacerdote dá azar, que é melhor não chamá-lo para não assustar o doente”, disse o Papa, improvisando. “Há a idéia que depois do sacerdote, vem a agência funerária...”.

Por isso, diante daqueles que consideram o sofrimento e a morte como um tabu, deixando de se beneficiar com esse Sacramento, é preciso lembrar que “no momento da dor e da doença, devemos saber que não estamos sozinhos. O sacerdote e aqueles que estão presentes representam toda a comunidade cristã, que ao redor do enfermo, alimentam nele e em sua família a fé e a esperança, amparando-os com a oração e o calor fraterno”.

O maior conforto, finalizou o Papa, é que na Unção dos enfermos, Jesus nos mostra que pertencemos a Ele e que nem a doença, nem a morte poderão nos separar Dele.
(CM)



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

Evangelho do Dia

Ano A - 27 de fevereiro de 2014

Marcos 9,41-50

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, disse Jesus: 9 41 "Quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa.
42 Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar!
43 Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível
44 45 Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível
46 47 Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo,
48 onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.
49 Porque todo homem será salgado pelo fogo.
50 O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros".
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
NÃO SER OCASIÃO DE PECADO
O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé. O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.
As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos. Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino. Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.
A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.

Oração
Senhor Jesus, não permita que eu seja ocasião de pecado para os pequeninos que se aproximam de ti e querem se fazer discípulos do teu Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Tiago 5,1-6
Leitura da carta de são Tiago.
5 1 Vós, ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que sobre vós virão.
2 Vossas riquezas apodreceram e vossas roupas foram comidas pela traça.
3 Vosso ouro e vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e devorará vossas carnes como fogo. Entesourastes nos últimos dias!
4 Eis que o salário, que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos.
5 Tendes vivido em delícias e em dissoluções sobre a terra, e saciastes os vossos corações para o dia da matança!
6 Condenastes e matastes o justo, e ele não vos resistiu.
Palavra do Senhor.
Salmo 48/49
Felizes os humildes de espírito
Porque deles é o reino dos céus!


Este é o fim do que espera estultamente,
o fim daqueles que se alegram com sua sorte;
são um rebanho recolhido ao cemitério,
e a própria morte é o pastor que os apascenta.

São empurrados e deslizam para o abismo.
Logo seu corpo e seu semblante se desfazem,
e entre os mortos fixarão sua morada.
Deus, porém, me salvará das mãos da morte
e junto a si me tomará em suas mãos.

Não te inquietes quando um homem fica rico
e aumenta a opulência de sua casa;
pois, ao morrer, não levará nada consigo,
nem seu prestígio poderá acompanhá-lo.

Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo:
“Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!”
Mas vai-se ele para junto de seus pais,
que nunca mais e nunca mais verão a luz.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

Dia 27 de Fevereiro - Quinta-feira

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tiago 5,1-6)
Leitura da carta de são Tiago.
5 1 Vós, ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que sobre vós virão.
2 Vossas riquezas apodreceram e vossas roupas foram comidas pela traça.
3 Vosso ouro e vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e devorará vossas carnes como fogo. Entesourastes nos últimos dias!
4 Eis que o salário, que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos.
5 Tendes vivido em delícias e em dissoluções sobre a terra, e saciastes os vossos corações para o dia da matança!
6 Condenastes e matastes o justo, e ele não vos resistiu.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 48/49
Felizes os humildes de espírito
Porque deles é o reino dos céus!


Este é o fim do que espera estultamente,
o fim daqueles que se alegram com sua sorte;
são um rebanho recolhido ao cemitério,
e a própria morte é o pastor que os apascenta.

São empurrados e deslizam para o abismo.
Logo seu corpo e seu semblante se desfazem,
e entre os mortos fixarão sua morada.
Deus, porém, me salvará das mãos da morte
e junto a si me tomará em suas mãos.

Não te inquietes quando um homem fica rico
e aumenta a opulência de sua casa;
pois, ao morrer, não levará nada consigo,
nem seu prestígio poderá acompanhá-lo.

Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo:
“Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!”
Mas vai-se ele para junto de seus pais,
que nunca mais e nunca mais verão a luz.
Evangelho (Marcos 9,41-50)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (1Ts 2,13).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, disse Jesus: 9 41 "Quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa.
42 Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar!
43 Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível
44 45 Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível
46 47 Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo,
48 onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.
49 Porque todo homem será salgado pelo fogo.
50 O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
NÃO SER OCASIÃO DE PECADO
O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé. O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.
As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos. Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino. Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.
A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.

Oração
Senhor Jesus, não permita que eu seja ocasião de pecado para os pequeninos que se aproximam de ti e querem se fazer discípulos do teu Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9,2s).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

A Palavra de Deus no cuidado com os filhos


Os pais são os administradores dos mistérios de Deus, destacando o dom da benção para os filhos.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
Podemos dar diversos significados para a palavra "cuidar", mas aqui ela está direcionada especialmente para os filhos, para aqueles que devem ser assistidos, educados e acompanhados por alguém. Dizemos que Deus, Pai e Mãe, cuida com carinho de seus filhos. Isso acontece, de forma especial, para com os acometidos de sofrimento.

Cuidar dos filhos significa praticar um amor atento e fiel, colocando como preocupação primeira a educação para a vida de cidadania, de responsabilidade e capacidade para o enfrentamento das exigências da sociedade. Não podemos desprezar os princípios da fé, capazes de construir uma espiritualidade necessária para o bem viver nos novos tempos.

Sabemos dos desafios enfrentados pelos pais no processo da educação. "Palavras não convencem", principalmente quando não são confirmadas pelo testemunho concreto de vida. A tendência é seguir as influências que chegam de fora do lar. É o caso da mídia, colocando os pais numa situação caracterizada como "sem saída".

No caminhar da história, os compromissos familiares vão se diluindo, necessitando de um "ecoar novo" da Palavra de Deus. Até parece que Deus abandonou a família, ou é a humanidade que se distanciou dos ensinamentos divinos. Os pais devem ter ternura para com aqueles que são frutos de suas entranhas.

Para o cuidado dos filhos, os educadores têm que abrir mão de "formas" que não falam mais. O mundo mudou, mas o amor deve conservar sua identidade e continuar sendo doação e esvaziamento para fazer o outro feliz. Os pais são os administradores dos mistérios de Deus, destacando o dom da benção para os filhos.

Pais e filhos necessitam de coerência e autenticidade. Não só usarem da sabedoria humana, mas também a de Deus para harmonizar a convivência. Com isto, o cuidado deve ser de ambos os lados sem se deixarem levar por ideologias do momento. Não podem faltar a fraternidade e a justiça, como diz a Escritura: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas em acréscimo" (Mt 6, 33).
CNBB, 25-02-2014.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba (MG).

Pensando com a Igreja

O pensamento por detrás das orientações inacianas não perderam sua relevância em nada.
Por Paul Nicholson*
No final do seu livro "Os exercícios espirituais", Inácio de Loyola apresenta uma série de orientações. Apresentadas no contexto de um retiro, estas orientações ajudam os retirantes a pensar através de diferentes aspectos de sua vida cristã.

À luz da profunda experiência de oração que os participantes no retiro passam, o que eles podem fazer em relação à caridade, ou o que podem escolher comer e beber em seu dia a dia? Como podem continuar discernindo a vontade de Deus em suas vidas, e como evitar cair em escrúpulos? E como essas pessoas deveriam viver enquanto membros de uma comunidade de fé visível e institucional?
"Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado". Muitos rejeitaram isso como um chamado à obediência cega do tipo mais extremo e servil. Então, se assim for compreendido, as outras orientações que Inácio apresenta – louvar as relíquias, as indulgências, as peregrinações e as imagens sagradas, por exemplo – podem parecer como tentativas de se encerrar dentro de uma adesão rígida para cada estrutura da Igreja Católica romana pós-Reforma.

Mas dois princípios subjazem o que Inácio diz aqui, e eles são tão válidos e úteis hoje quanto o foram no século XVI. O primeiro é que o Espírito de Deus está agindo em todo o povo de Deus bem como em cada pessoa tomada individualmente. O segundo é normalmente expresso na frase "uma boa construção".

 Em termos gerais, isso quer dizer que, se você disser algo que inicialmente a mim parece objetável ou simplesmente estúpido, eu deverei dar o meu melhor a fim de entender num sentido positivo o que quer significar tal afirmação e o que levou você a dizê-la, antes que eu recorra à condenação. Tomados em conjunto, estes princípios sugerem que, se eu tiver uma opinião contrária àquela professada pela Igreja, deverei dedicar-me a descobrir por que a Igreja fala assim a este respeito, e confiar que – de alguma forma – a obra do Espírito de Deus pode ser descoberto através deste processo.

Aqueles que eram membros da Companhia de Jesus quando a ordem foi suprimida em 1773 foram chamados a ver Deus operando através da destruição ou do confisco de todas as suas instituições que eles haviam criado. Aqueles que se juntaram a ela (ou aqueles que voltaram a fazer parte dela) após a Restauração precisavam – no dizer de Kipling – "se curvar e se reconstruir com ferramentas gastas". Os registros que possuímos não revelam um grupo de homens que reconstruíram as injustiças sofridas ou que conspiraram contra seus responsáveis.

Muitos, talvez, simplesmente continuaram com suas vidas de serviço dentro da Igreja e, com gratidão, aproveitaram as oportunidades oferecidas na Companhia restaurada. Em nossos dias, quando as divisões de opinião dentro e entre as partes da Igreja cristã são, muitas vezes, tão profundas como jamais se viu, o pensamento por detrás das orientações inacianas para pensar com (e dentro) da Igreja não perderam sua relevância em nada.
Jesuit Restoration, 24-02-2014.
*Paul Nicholson é jesuíta.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Informativo

Informamos a todos da Pastoral Litúrgica (Música, Salmistas, Proclamadores da Palavra, Ministro   Extraordinária da Sagrada Comunhão, Acolhida) que haverá reunião hoje às 19h30, na Matriz Nossa Senhora das Candeias.

Papa escreve às famílias do mundo: "Unamo-nos em oração pelo Sínodo"




Cidade do Vaticano (RV) – “Unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais”: com uma carta, o Papa Francisco se dirige às famílias de todo o mundo, pedindo orações em vista do Sínodo extraordinário de outubro próximo.

O texto foi assinado por Francisco em 2 de fevereiro – festa da Apresentação do Senhor –, mas foi divulgado esta manhã pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa cita outros eventos que envolverão as famílias nos próximos meses, como o Encontro Mundial das Famílias na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos e a Assembleia ordinária, ambos em 2015, nos meses de setembro e outubro respectivamente.

Todavia, Francisco se dirige às famílias pedindo orações principalmente em vista do Sínodo deste ano, cujo tema será “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.

“O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa.”

Escreve ainda o Pontífice: “Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade”.

O tema do Sínodo foi debatido durante o Consistório da semana passada, em que o Papa denunciou que hoje a família é “desprezada e maltratada”.

“A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”, disse o Papa na ocasião.


Leia a íntegra da mensagem de Francisco às famílias:

Queridas famílias,

Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.

Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adopte os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.

Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.
Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

Evangelho do Dia

Ano A - 26 de fevereiro de 2014

Marcos 9,38-40

Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 9 38 João disse-lhe: "Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos".
39 Jesus, porém, disse-lhe: "Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim.
40 Pois quem não é contra nós, é a nosso favor".
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A FAVOR DE JESUS
Os discípulos eram ciosos de sua condição de executadores privilegiados da missão de Jesus. Quiçá, tivessem a tentação de formar um grupinho seleto e fechado para novas adesões. Daí sua irritação quando viram alguém expulsar demônios, no nome de Jesus, sem ser explicitamente do grupo dos doze.
Jesus tenta alargar-lhes os horizontes e fazê-los perceber que existem agentes do Reino, onde menos se espera. Se alguém realmente realiza uma ação taumatúrgica, invocando o nome de Jesus, está proclamando, de maneira patente, sua condição de discípulo, mesmo não fazendo parte do grupo dos doze. O discipulado, portanto, estende-se para além do grupinho inicial, num raio muito mais amplo. O grupo primitivo, de certo modo, devia funcionar como semente de um movimento tendente a crescer e a se tornar, de certa forma, incontrolável. O protesto dos discípulos, em última análise, era motivado pela incapacidade de manter sob controle a propagação dos benefícios do Reino. Jesus não tinha objeções de que a coisa fosse assim. Antes, é assim mesmo que deveria ser.
O surgimento de novos discípulos e dispensadores do Reino não podia ser motivo de tristeza e preocupação. Quanto mais se multiplicasse o número de discípulos, melhor. Assim, o Reino poderia chegar a um número sempre maior de pessoas, recuperando-lhes a vida.

Oração
Senhor Jesus, possa eu alegrar-me com a multiplicação de seus discípulos, através dos quais o Reino vai espalhando seus frutos na história humana.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Tiago 4,13-17
Leitura da carta de são Tiago.
4 13 Agora dizeis: “Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, ficaremos ali um ano, comerciaremos e tiraremos o nosso lucro”.
14 E, entretanto, não sabeis o que acontecerá amanhã! Pois que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um instante e depois se desvanece.
15 Em vez de dizerdes: “Se Deus quiser, viveremos e faremos esta ou aquela coisa”.
16 Mas agora vós vos jactais das vossas presunções. Toda jactância desse gênero é viciosa.
17 Aquele que souber fazer o bem, e não o faz, peca.
Palavra do Senhor.
Salmo 48/49
Felizes os humildes de espírito
Porque deles é o reino dos céus!

Ouvi isto, povos todos do universo,
muita atenção, ó habitantes deste mundo;
poderosos e humildes, escutai-me,
ricos e pobres, todos juntos, sede atentos!

Por que temer os dias maus e infelizes
quando a malícia dos perversos me circunda?
Por que temer os que confiam nas riquezas
e se gloriam na abundância de seus bens?

Ninguém se livra de sua morte por dinheiro
nem a Deus pode pagar o seu resgate.
A isenção da própria morte não tem preço;
não há riqueza que a possa adquirir
nem dar ao homem uma vida sem limites
e garantir-lhe uma existência imortal.

Morrem os sábios e os ricos igualmente;
morrem os loucos e também os insensatos
e deixam tudo o que possuem aos estranhos.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

Dia 26 de Fevereiro - Quarta-feira

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde - Ofício do Dia)

Antífona da entrada: Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tiago 4,13-17)
Leitura da carta de são Tiago.
4 13 Agora dizeis: “Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, ficaremos ali um ano, comerciaremos e tiraremos o nosso lucro”.
14 E, entretanto, não sabeis o que acontecerá amanhã! Pois que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um instante e depois se desvanece.
15 Em vez de dizerdes: “Se Deus quiser, viveremos e faremos esta ou aquela coisa”.
16 Mas agora vós vos jactais das vossas presunções. Toda jactância desse gênero é viciosa.
17 Aquele que souber fazer o bem, e não o faz, peca.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 48/49
Felizes os humildes de espírito
Porque deles é o reino dos céus!

Ouvi isto, povos todos do universo,
muita atenção, ó habitantes deste mundo;
poderosos e humildes, escutai-me,
ricos e pobres, todos juntos, sede atentos!

Por que temer os dias maus e infelizes
quando a malícia dos perversos me circunda?
Por que temer os que confiam nas riquezas
e se gloriam na abundância de seus bens?

Ninguém se livra de sua morte por dinheiro
nem a Deus pode pagar o seu resgate.
A isenção da própria morte não tem preço;
não há riqueza que a possa adquirir
nem dar ao homem uma vida sem limites
e garantir-lhe uma existência imortal.

Morrem os sábios e os ricos igualmente;
morrem os loucos e também os insensatos
e deixam tudo o que possuem aos estranhos.
Evangelho (Marcos 9,38-40)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 9 38 João disse-lhe: "Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos".
39 Jesus, porém, disse-lhe: "Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim.
40 Pois quem não é contra nós, é a nosso favor".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A FAVOR DE JESUS
Os discípulos eram ciosos de sua condição de executadores privilegiados da missão de Jesus. Quiçá, tivessem a tentação de formar um grupinho seleto e fechado para novas adesões. Daí sua irritação quando viram alguém expulsar demônios, no nome de Jesus, sem ser explicitamente do grupo dos doze.
Jesus tenta alargar-lhes os horizontes e fazê-los perceber que existem agentes do Reino, onde menos se espera. Se alguém realmente realiza uma ação taumatúrgica, invocando o nome de Jesus, está proclamando, de maneira patente, sua condição de discípulo, mesmo não fazendo parte do grupo dos doze. O discipulado, portanto, estende-se para além do grupinho inicial, num raio muito mais amplo. O grupo primitivo, de certo modo, devia funcionar como semente de um movimento tendente a crescer e a se tornar, de certa forma, incontrolável. O protesto dos discípulos, em última análise, era motivado pela incapacidade de manter sob controle a propagação dos benefícios do Reino. Jesus não tinha objeções de que a coisa fosse assim. Antes, é assim mesmo que deveria ser.
O surgimento de novos discípulos e dispensadores do Reino não podia ser motivo de tristeza e preocupação. Quanto mais se multiplicasse o número de discípulos, melhor. Assim, o Reino poderia chegar a um número sempre maior de pessoas, recuperando-lhes a vida.

OraçãoSenhor Jesus, possa eu alegrar-me com a multiplicação de seus discípulos, através dos quais o Reino vai espalhando seus frutos na história humana.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9,2s).
Depois da comunhão
Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.

O perigo da fofoca e das palavras que matam

No início, ela parece agradável. Contudo, ela enche o coração de amargura e envenena a alma.
Por Dom Anuar Battisti*

No domingo passado, o papa Francisco, explicando o quinto mandamento da Lei de Deus, fez uma aplicação tão concreta que é demais; ele fala direto e exatamente o que precisamos ouvir: "Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ´Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal´. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo” (vv. 21-22). Com isso, Jesus nos recorda que também as palavras podem matar! Quando se diz que uma pessoa tem língua de serpente, o que quer dizer?

Que as suas palavras matam! Portanto, não só não se deve atentar contra a vida do próximo, mas também não lançar sobre ele o veneno da ira e atingi-lo com a calúnia. Nem falar mal dele. Chegamos às fofocas: as fofocas podem matar, porque matam a fama das pessoas! É tão bruto fofocar! No começo pode parecer uma coisa agradável, até divertida, como chupar uma bala. Mas, no fim, enche o coração de amargura e envenena a alma.

Digo-vos a verdade, estou convencido de que, se cada um de nós fizesse o propósito de evitar as fofocas, no fim se tornaria santo! É um belo caminho! Queremos nos tornar santos? Queremos viver atrelados às fofocas como hábitos? Então nada de fofocas! Jesus propõe a quem O segue a perfeição do amor: um amor cuja única medida é não ter medida, ir além de todos os cálculos.

O amor ao próximo é uma atitude tão fundamentada que Jesus chega a afirmar que a nossa relação com Deus não pode ser sincera se não queremos fazer as pazes com o próximo. E diz assim: "Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão" (vv. 23-24). Por isso, somos chamados a reconciliar-nos com os nossos irmãos antes de manifestar a nossa devoção ao Senhor na oração".

Diante dessa reflexão, recordei-me do Salmo 51, que diz: "Por que é que glorias da maldade, ó injusto prepotente? Tu planejas emboscadas todo dia, tua língua é qual navalha afiada, fabricante de mentiras! Tu amas mais o mal do que o bem, mais mentiras que a verdade! Só gostas das palavras que destroem ó língua enganadora! Por isso Deus vai destruir-te para sempre e expulsar-te de sua tenda; vai extirpar-te e arrancar tuas raízes da terra dos viventes!" (Sl 51,1-8).

Nunca será feliz diante de Deus aquele que por mentiras e calúnias sobe na vida, ou consegue poder de governar através do crime. Estamos para participar como eleitores nas escolhas daqueles e daquelas que irão determinar os rumos de nossa história. Preparemos os ouvidos para fechar à voz do desmando e das falácias sem limites. Infelizmente quem chega ao pódio, nem sempre são os mais honestos.

Estamos num mundo do "quem pode mais chora menos". Os conchavos e artimanhas já vêm sendo construídos desde a última eleição, na surdina e na calada da noite, ou até mesmo na luz do meio dia.

As tramas são sempre em vista das vantagens pessoais e nunca em vista do bem comum. A esperança que nos anima sempre é a de que, agora vai ser melhor, porque vai entrar gente nova, cabeça diferente, programas verdadeiros.

Porém, passa o tempo, o tempo se vai, e mais uma vez a decepção e o descrédito assumem o lugar da esperança de um mundo justo e solidário.

Eu acredito que a verdade triunfará, e a mentira será queimada no fogo do inferno. Matar, destruir, acabar com a vida não se faz só com armas, mas também com a língua de serpente, cuja ação e efeito não têm limites.

Que o Deus da vida, que nos fez à sua imagem e semelhança, ajude-nos a defender a dignidade de cada ser humano, através dos verdadeiros valores da terra e do céu.

De tudo isso, entende-se que Jesus não dá importância simplesmente à observância disciplinar e à conduta exterior. Ele vai à raiz da Lei, com foco, sobretudo, na intenção e, portanto, no coração do homem, de onde provêm as nossas ações boas ou más.

Para ter comportamentos bons e honestos, não bastam as normas jurídicas, mas são necessárias motivações profundas, expressão de uma sabedoria oculta, a Sabedoria de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo.

E nós, através da fé em Cristo, podemos abrir-nos à ação do Espírito, que nos torna capazes de viver o amor divino. À luz deste ensinamento, cada preceito revela o seu pleno significado como exigência de amor, e todos se reúnem no maior mandamento: ama Deus com todo o coração e o próximo como a ti mesmo.
CNBB, 25-02-2014.
*Dom Anuar Battisti é arcebispo de Maringá (PR).

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Papa escreve às famílias do mundo: "Unamo-nos em oração pelo Sínodo"




Cidade do Vaticano (RV) – “Unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais”: com uma carta, o Papa Francisco se dirige às famílias de todo o mundo, pedindo orações em vista do Sínodo extraordinário de outubro próximo.

O texto foi assinado por Francisco em 2 de fevereiro – festa da Apresentação do Senhor –, mas foi divulgado esta manhã pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa cita outros eventos que envolverão as famílias nos próximos anos, como a Encontro Mundial das Famílias na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos e a Assembleia ordinária, ambos em 2015, nos meses de setembro e outubro respectivamente.

Todavia, Francisco se dirige às famílias pedindo orações principalmente em vista do Sínodo deste ano, cujo tema será “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.

“O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa.”

Escreve ainda o Pontífice: “Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade”.

O tema do Sínodo foi debatido durante o Consistório da semana passada, em que o Papa denunciou que hoje a família é “desprezada e maltratada”.

“A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”, disse o Papa na ocasião.


Leia a íntegra da mensagem de Francisco às famílias:

Queridas famílias,

Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.

Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adopte os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.

Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.
Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano 

A educação e a verdadeira formação do saber



O ato de educar não pode ser confundido com uma espécie de 'adestramento' ou informação.
Por Dom Jaime Spengler*
A obra da educação é nobre e distinta, necessária e desafiadora, sempre urgente e complexa. Educar requer determinação e clareza, disposição e compreensão, necessidade de sair de si e ir ao encontro do educando com suas potencialidades e fragilidades.

Na atenção à obra da educação, está sempre presente – ou deveria estar – a necessidade de compreender aspectos fundamentais do próprio processo educacional de nossos adolescentes e jovens, tais como desenvolvimento, maturidade, maioridade, liberdade, agressividade, autoridade, direcionamento, obediência, capacitação, formação, educação, aprendizagem, ensino, normatividade, identidade, comunicação, costume, postura, motivação, convívio social, valores, ética, arte, beleza, criatividade, limites.

Sabemos que a pessoa é dom e tarefa. É dom porque sua identidade característica é única! É tarefa porque precisa ser construída e construir-se, precisa aprender o que é com suas potencialidades, e se deixar formar. Trata-se de um trabalho decidido e dedicado, empenhado e empenhativo, que envolve cada pessoa e toda a sociedade.

A educação não se limita à assimilação, adaptação e associação. Não se pode cair na simplificação dos processos, passando ao largo de possibilidades essenciais de aprendizagem. Existem funções elementares da vida que precisam ser trazidas para dentro de uma totalidade existencial esclarecida que, por vezes, são tidas como evidentes, mas que, na verdade, não o são.

A criatividade, por exemplo, expressa o que o ser humano tem de mais original. Trata-se de uma característica vigorosa dos adolescentes e jovens e que precisa ser promovida e orientada a partir de sua originalidade transparente, sem transcurar a tarefa de preparar o humano para decisões originais, e instaurar nele uma liberdade derradeira frente ao próprio processo educativo. Ao lado da criatividade, encontramos a força investigativa como atividade marcadamente jovem e que é aspecto integrante do trabalho educacional.

Há também o cuidado com a dimensão do incomparável, que não pode ser mostrado e transmitido em um processo educacional, embora sobreviva em muitos objetos pertencentes à educação: na história, na arte, na vida política e religiosa. Nesse âmbito, o trabalho está mais ocupado em desobstruir o ver, o compreender ou o poder, do que propriamente sugerir algo para o ver, o compreender e o poder.

Os aspectos acima salientados requerem muito mais que investigação: exigem estudo. E estudo não pode ser identificado sem mais com o fenômeno da educação. O estudo perpassa a obra de educar. Poderíamos, talvez, dizer que o estudo alcança de tal modo os fatos, que daí surgem alternativas para os caminhos em que se pode conquistar horizontes necessários para a apreensão da coisa, para melhorar o processo educacional.

Por que todas essas considerações? Para talvez vislumbrar uma distinção que precisamos sempre e de forma nova compreender: a educação não pode ser confundida com uma espécie de ‘adestramento’ ou informação. Até porque informação nunca foi sinônimo de formação!

Não basta, por exemplo, ser informado sobre posturas sociais como diligência e honestidade, sinceridade e confiabilidade, camaradagem, solidariedade, dignidade, honra, respeito humano, direitos humanos. A questão nesse contexto é saber, isto é, educar para o “aprendizado” que tais posturas necessitam. Assim, talvez, estaríamos despertados para aspectos da obra da educação que precisam de abordagem honesta e franca; expressão de uma opção preferencial da sociedade em favor dos adolescentes e jovens – patrimônio maior de um povo, de uma nação!
CNBB, 24-2-2014.
*Dom Jaime Spengler é arcebispo de Porto Alegre (RS).

Evangelho do Dia

Ano A - 25 de fevereiro de 2014

Marcos 9,30-37

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minha glória é a cruz do Senhor Cristo Jesus,
pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para este mundo (Gl6,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
9 30 Tendo partido dali, atravessaram a Galiléia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse. E ensinava os seus discípulos: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e ressuscitará três dias depois de sua morte”. Mas não entendiam estas palavras; e tinham medo de lho perguntar. Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: “De que faláveis pelo caminho?” Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”. E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: “Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
QUEM É O MAIOR?
Os discípulos de Jesus deixaram-se contaminar pela busca de grandeza. Por isso, discutiam para saber quem, dentre eles, seria o maior. Mas o ponto de partida deste debate revelava um equívoco. Pensavam na grandeza do Reino que Jesus inauguraria e na possibilidade de ocupar posições de destaque junto ao monarca. De antemão, esses discípulos faziam a partilha dos futuros cargos disponíveis. Jesus, porém, deu um basta a estas considerações indignas de quem quer ser seu um discípulo.
O ensinamento de Jesus centra-se no tema do serviço, bem característico do Reino. A grandeza do discípulo está em sua capacidade de colocar-se a serviço do próximo. Ocupa o primeiro lugar quem se predispõe a servir a todos, sem distinção, vivendo a condição de servo, de maneira plena. A quem é reticente no servir e não prima pela generosidade, estão reservados os últimos lugares no Reino. Portanto, se os discípulos quisessem realmente disputar os primeiros lugares, que o fizessem motivados por um ideal elevado e não por ambições mesquinhas, sem sentido para quem vive a dinâmica do Reino.
Os discípulos tinham em Jesus um exemplo consumado de servidor do Reino. Sua vida definia-se como serviço generoso e gratuito às multidões oprimidas e atribuladas de tantas maneiras. Bastava que se espelhassem no Mestre.

Oração Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Tiago 4,1-10
Leitura da Carta de São Tiago.
4 1 Donde vêm as lutas e as contendas entre vós? Não vêm elas de vossas paixões, que combatem em vossos membros?
2 Cobiçais, e não recebeis; sois invejosos e ciumentos, e não conseguis o que desejais; litigais e fazeis guerra. Não obtendes, porque não pedis.
3 Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.
4 Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou imaginais que em vão diz a Escritura: "Sois amados até o ciúme pelo espírito que habita em vós?"
6 Deus, porém, dá uma graça ainda mais abundante. Por isso, ele diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes".
7 Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós.
8 Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Lavai as mãos, pecadores, e purificai os vossos corações, ó homens de dupla atitude.
9 Reconhecei a vossa miséria, afligi-vos e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
Palavra do Senhor.
Salmo 54/55
Confia teus cuidados ao Senhor
E ele há de ser o teu sustento!

É por isso que eu digo na angústia:
"Quem me dera ter asas de pomba
e voar para achar um descanso!
Fugiria, então, para longe
e me iria esconder no deserto.


Acharia depressa um refúgio
contra o vento, a procela, o tufão!"
Ó Senhor, confundi as más línguas.

Dispersai-as, porque na cidade
só se vê violência e discórdia!
Dia e noite circundam seus muros.

Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento
e jamais ele irá permitir
que o justo para sempre vacile!
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 25 DE FEVEREIRO - TERÇA-FEIRA

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tiago 4,1-10)
Leitura da Carta de São Tiago.
4 1 Donde vêm as lutas e as contendas entre vós? Não vêm elas de vossas paixões, que combatem em vossos membros?
2 Cobiçais, e não recebeis; sois invejosos e ciumentos, e não conseguis o que desejais; litigais e fazeis guerra. Não obtendes, porque não pedis.
3 Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.
4 Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou imaginais que em vão diz a Escritura: "Sois amados até o ciúme pelo espírito que habita em vós?"
6 Deus, porém, dá uma graça ainda mais abundante. Por isso, ele diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes".
7 Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós.
8 Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Lavai as mãos, pecadores, e purificai os vossos corações, ó homens de dupla atitude.
9 Reconhecei a vossa miséria, afligi-vos e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto e a vossa alegria em tristeza.
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 54/55
Confia teus cuidados ao Senhor
E ele há de ser o teu sustento!

É por isso que eu digo na angústia:
"Quem me dera ter asas de pomba
e voar para achar um descanso!
Fugiria, então, para longe
e me iria esconder no deserto.


Acharia depressa um refúgio
contra o vento, a procela, o tufão!"
Ó Senhor, confundi as más línguas.

Dispersai-as, porque na cidade
só se vê violência e discórdia!
Dia e noite circundam seus muros.

Lança sobre o Senhor teus cuidados,
porque ele há de ser teu sustento
e jamais ele irá permitir
que o justo para sempre vacile!
Evangelho (Marcos 9,30-37)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minha glória é a cruz do Senhor Cristo Jesus,
pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para este mundo (Gl 6,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
9 30 Tendo partido dali, atravessaram a Galiléia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse. E ensinava os seus discípulos: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e ressuscitará três dias depois de sua morte”. Mas não entendiam estas palavras; e tinham medo de lho perguntar. Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: “De que faláveis pelo caminho?” Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: “Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos”. E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: “Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
QUEM É O MAIOR?
Os discípulos de Jesus deixaram-se contaminar pela busca de grandeza. Por isso, discutiam para saber quem, dentre eles, seria o maior. Mas o ponto de partida deste debate revelava um equívoco. Pensavam na grandeza do Reino que Jesus inauguraria e na possibilidade de ocupar posições de destaque junto ao monarca. De antemão, esses discípulos faziam a partilha dos futuros cargos disponíveis. Jesus, porém, deu um basta a estas considerações indignas de quem quer ser seu um discípulo.
O ensinamento de Jesus centra-se no tema do serviço, bem característico do Reino. A grandeza do discípulo está em sua capacidade de colocar-se a serviço do próximo. Ocupa o primeiro lugar quem se predispõe a servir a todos, sem distinção, vivendo a condição de servo, de maneira plena. A quem é reticente no servir e não prima pela generosidade, estão reservados os últimos lugares no Reino. Portanto, se os discípulos quisessem realmente disputar os primeiros lugares, que o fizessem motivados por um ideal elevado e não por ambições mesquinhas, sem sentido para quem vive a dinâmica do Reino.
Os discípulos tinham em Jesus um exemplo consumado de servidor do Reino. Sua vida definia-se como serviço generoso e gratuito às multidões oprimidas e atribuladas de tantas maneiras. Bastava que se espelhassem no Mestre.

Oração Senhor Jesus, não permitas que eu me lance na busca das grandezas deste mundo. Que eu busque, antes, a grandeza do serviço generoso, e gratuito.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ao celebrar com reverência vossos mistérios, nós vos suplicamos, ó Deus, que os dons oferecidos em vossa honra sejam úteis à nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas narrarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 9,2s)
Depois da comunhão

Ó Deus todo-poderoso, concedei-nos alcançar a salvação eterna, cujo penhor recebemos neste sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.