quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Francisco, nosso catequista maior!


Para que a Igreja seja realmente de Cristo, a mesma precisa sair, evangelizar e servir.
Por Geovane Saraiva*

Por ocasião do início do ano letivo, as comunidades paroquiais também não fogem à regra do restante do mundo, dando início às  suas atividades, dentro do cronograma pastoral das mesmas. Gostaria de me voltar para a catequese da primeira eucaristia, catequese da crisma e catequese de adultos, pensando nos nossos jovens, ungidos pela bondade Deus, na  generosidade de alma e coração, os quais estão à frente da catequese em nossas comunidades. Agradeço e louvo muito ao bom Deus pelos arautos da catequese, seja aqui na nossa Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, seja pelos missionários catequistas espalhados pelo imenso Brasil, na tarefa de transmitir a fé, com sinais claros de doação, renúncia e generosidade!

Agradeço ao bom Deus por aquele que é o arauto maior da catequese no mundo, o papa Francisco, no qual todos os catequistas se inspiram, no sentido de realizarem, com renovado ardor missionário, a maravilhosa missão do anúncio da fé. Como são bem acolhidas as palavras incentivadoras do Santo Padre em favor dos catequistas, que inexprimivelmente plantam o amor de Deus no coração de uma infinidade de irmãos e irmãs, não só com ensinamentos teóricos, mas também quando são chamados a testemunhar coerentemente a pessoa de Jesus Nazaré com a própria vida. Como Francisco defende a importância da catequese na Igreja como uma tarefa imprescindível, afirmando que o testemunho dos catequistas cativa os catecúmenos, diante do desafio de abraçar a fé cristã. A sua mensagem vai na direção dos jovens para que assumam em profundidade a tarefa de evangelizar, carregando consigo a mesma marca que está no coração do Sumo Pontífice, ao falar de “Uma Igreja que saia pelo mundo em busca de corações para Jesus”.

Para que a Igreja seja realmente de Cristo, a mesma precisa sair, evangelizar e servir. Daí uma consciência sempre maior, deveria se buscar na fonte espiritual do Filho de Deus, no exemplo de lavar os pés dos discípulos, indicando concretamente o caminho do serviço, que a fé cristã vai muito além das aparências, que cumprir preceitos é bom e indispensável, mas urge ir além, no seguimento de Jesus de Nazaré, como discípulo e missionário. Jesus ao vencer a morte, nos assegurou a ressurreição na vida futura, falando-nos luminosamente da alegria cristã, que consiste em antever pela esperança a glória futura, realidade misteriosa, na promessa do Espírito Santo de Deus, nas palavras deixadas por Jesus, quando subiu para junto do pai: “Recebereis o poder do Espírito Santo, que virá sobre vós para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, até os confins da terra (cf. At 1, 8).

Reforço que o Papa Francisco é o nosso catequista maior quando fala, escreve, exorta, viaja, recebe autoridades e procura o diálogo sincero. Pelo diálogo, a intenção do Augusto Pontífice, é certamente a de sonhar com um mundo fraterno e solidário. Francisco exerceu  a função de habilidoso conciliador no restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, rompidas desde 1961. Segundo o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin: “Francisco enviou uma carta aos dois presidentes, convidando-os a superar os obstáculos existentes entre seus países e chegar a um acordo, tendo como método, diante das divergências, o diálogo. Se o diálogo for sincero, levará sempre as pessoas a se encontrar e a colaborar, não obstante as diversidades. Deste modo, o Papa convida a todos a uma cultura do encontro”.

Ademais, Francisco vai mais além, a partir de suas profecias, nas celebrações da capela Santa Marta, ao recordar os mártires contemporâneos que morreram e morrem pelas mãos de autoridades corruptas. “Penso nos nossos mártires, nos mártires dos nossos dias, esses homens, mulheres, crianças que são perseguidos, odiados, escorraçados das suas casas, torturados, massacrados. Isso não é algo do passado, hoje também acontece”, declarou, durante a homilia da Missa a qual presidiu na capela da Casa de Santa Marta e relembrou o martírio de João, o Batista: “Aquele rei atônito torna-se capaz de uma decisão, mas não porque o seu coração tenha sido convertido, mas porque o vinho lhe deu coragem. E assim João termina a sua vida sob a autoridade de um rei medíocre, bêbado e corrupto, pelo capricho de uma bailarina e pelo ódio vingativo de uma adúltera. Assim termina o Grande, o maior homem nascido de mulher, relatou” (06.02.2015). Que os catequistas e todos nós, agentes de pastoral, saibamos aprender, pelo diálogo pedagógico e didático do Santo Padre, a busca constante da cultura do encontro. Assim seja!
*Geovane Saraiva é escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE - geovanesaraiva@gmail.com

O 'não' do Vaticano aos sermões moralistas


Documento propõe indicações para uma boa pregação e quais erros devem ser evitados.
Por Iacopo Scaramuzi*

"A homilia não é um sermão sobre um tema abstrato", nem “uma ocasião, para o pecador, confrontar argumentos completamente desligados da celebração litúrgica e das suas leituras, ou para fazer violência aos textos previstos pela Igreja, contorcendo-os para adaptá-los a uma ideia preconceituosa”, não é “um puro exercício de exegese bíblica”, “não deve ser empregada como tempo de testemunho pessoal do pecador”, não deve se limitar a expressar “simplesmente a história pessoal do pregador”, nem deve reduzir-se a um caráter “puramente moralista ou doutrinador”.

O Vaticano apresentou na última terça-feira (10) um “diretório homilético”, elaborado pela congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos guiada desde novembro pelo cardeal guineense Robert Sarah, acelerado com papa Francisco, publicado na realidade no último dezembro, e em elaboração desde Papa Bento XVI, quando estava gerindo o dicastério o cardeal espanhol Antonio Canizares Llovera. Em 156 parágrafos e dois apêndices, esse "vade mecum" endereçado a todos os bispos, sacerdotes e seminaristas do mundo propõe a indicação sobre como desenvolver uma boa pregação e quais erros devem ser evitados.

O cardeal Sarah, em uma coletiva de imprensa no Vaticano, explicou que o diretório “não nasce sem um porquê” e citou, a propósito, quanto foi escrito pelo papa Francisco, na exortação apostólica Evangelii Gaudium (135): "Muitas são as reclamações com relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos. A homilia é a pedra de comparação para avaliar a aproximação e a capacidade de encontro de um Pastor com o seu povo. De fato – prosseguia o papa – sabemos que os fiéis dão muita importância a isso; e esses, como próprios ministros ordenados, muitas vezes sofrem, os une para escutar e os une para pregar. É triste que seja assim”.

O diretório está articulado em duas partes. Na primeira, intitulada “A homilia e o âmbito litúrgico”, se descreve – explica uma nota de apresentação – “a natureza, a função e o contexto peculiar da homilia”. Na segunda parte “Ars praedicandi”, “são exemplificadas as coordenadas metodológicas e de conteúdo que o pregador deve conhecer e perceber ao preparar e pronunciar a homilia”.

Seguem então dois apêndices, um com as referencias ao catecismo e a segunda com referencias a “textos de documentos magistrais sobre a homilia”. Não se trata, portanto, de um “apanho de homilias já elaboradas nem de um subsídio, como existem tantos, com explicações exegéticas, espirituais e pastorais em torno da leitura da missa”, precisou o padre Corrado Maggioni, subsecretario do dicastério, nem o diretório pretende “introduzir normas novas, mas reúne disciplinas existentes”.

Entre as várias indicações, o chamado a prestar atenção em particular sobre as celebrações onde estão presentes também não católicos ou então pessoas que talvez não vão todos os domingos à missa, como os matrimônios e funerais. Reitera-se que a homilia pode ser realizada "somente por bispos, sacerdotes e diáconos”, enquanto um laico, explicou o padre Maggioni, pode “oferecer um testemunho” temático se no calendário litúrgico recorre uma data específica, ou, de uma forma geral, pode intervir com uma “pregação” na Igreja mas dora da “ação litúrgica” que é reservada ao “ministério ordenado”.

Quanto à brevidade da homilia, vem novamente o pedido escrito por papa Francisco no Evangelii Gaudium (“deve ser breve e evitar que se pareça com uma conferencia ou uma aula”), mas também quanto se lê no Lecionário (“não muito longa nem muito curta”).

O tamanho, precisou o cardeal Sarah em resposta aos jornalistas, “depende da cultura de onde estamos: é claro que no Ocidente superar 20 minutos parece muito, na África porém, 20 minutos não são suficientes porque as pessoas vem de longe para escutar a palavra de Deus, se um padre fala 10 ou 20 minutos não é suficiente”.

O discurso é diferente para missas em dias de semana, quando é então aconselhado que se reproduza uma homilia, mas para que “a Eucaristia diária seja menos solene que a liturgia dominical e deve ser celebrada de tal forma que os que tem responsabilidades familiares e de trabalho possam ter a oportunidade de participar”, é necessário que “a homilia, em tais ocasiões, seja breve”. Quanto à aplicação dessas indicações, “a responsabilidade é dos bispos”, explicou Sarah.

O diretório, disse o religioso africano, não se direciona para um país específico, porque “existem dificuldade na homilia em qualquer lugar”, é um “problema mundial”. Monsenhor Arthur Roche, secretário da congregação, de sua parte, lembrou outra passagem do Evangelii Gaudium (138): “A homilia não pode ser um espetáculo de entretenimento, não responde à lógica dos recursos midiáticos, mas deve dar fervor e significado à celebração. É um gênero peculiar já que trata de uma pregação dentro do quadro de uma celebração litúrgica”.

Será portanto um “bom pregador”, citou o monsenhor, “quem, através da pregação Homilética, for capaz de: conduzir ao entendimento daquilo que sai da boca de Deus, abrir os corações à render graças a Deus, alimentar a fé enquanto o Espírito trabalha por nós, agora e aqui na ação litúrgica, preparar uma frutífera comunhão sacramental com Cristo, exortando a viver como ele é recebido em sacrameto”, enquanto “será um mau pregador quem, por ser talvez um grande orador, não será capaz de surtir estes efeitos”.

As homilias, acrescentou o vice-diretor da sala de imprensa vaticana, padre Ciro Benedettini, são “bênçãos” de cada padre e de cada fiel, “seguidamente cruzes mais que doces: o importante é que não façamos adormecer os fiéis”. A homilia “deve ser o meio com o qual o sacerdote instiga em mim o desejo de conhecer ou reconhecer Jesus, apresentando-o de maneira mais clara e direta, não amarrotado ou parcial”, disse por si Filippo Riva, oficial do pontifício conselho das comunicações sociais, dando voz a quem escuta as homilias.
Vatican Insider, 10-02-2015.
*Tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.

Evangelho do Dia

Ano B - 12 de fevereiro de 2015

Marcos 7,24-30

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei docilmente a palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 24 em seguida, deixando aquele lugar, Jesus foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto,
25 pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés.
26 Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia. Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio.
27 Disse-lhe Jesus: "Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães".
28 Mas ela respondeu: "É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos".
29 Jesus respondeu-lhe: "Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio de tua filha".
30 Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A PERSISTÊNCIA RECOMPENSADA
O encontro de Jesus com a mulher cananéia contém uma série de elementos atípicos.
O Mestre encontrava-se em território pagão, dentro de uma casa, pensando poder passar despercebido. Seu anonimato foi revelado pela presença de uma mulher que, tendo ouvido falar dele, veio lançar-se-lhe aos pés.
Sendo mulher, estrangeira e pagã, a atitude mais natural de Jesus seria de mantê-la à devida distância, porque, segundo a tradição da época, um mestre que se prezava não contactava com mulheres, com estrangeiros, nem com pagãos. Apesar disso, o Mestre aceitou dialogar com ela, embora, tenha sido um diálogo um tanto ríspido.
Jesus não mostrou nenhuma intenção de atendê-la. Mas a mulher ficou firme no seu propósito: obter a cura de sua filhinha, vítima de um espírito maligno. Tampouco se dobrou aos argumentos do Mestre, segundo os quais os destinatários de seu poder taumatúrgico eram, preferencialmente, os "filhos", ou seja, os judeus. Sentia-se no direito de partilhar, pelo menos, as migalhas dos bens oferecidos aos "filhos". Por isso, estava disposta a ser tratada como os cachorrinhos que comem as migalhas caídas da mesa de seus donos.
Segura do que queria, e sabendo que tinha recorrido à pessoa certa, a mulher não cedeu. Resultado: sua persistência foi recompensada.

Oração Espírito de persistência, não me deixes esmorecer, quando recorro ao Senhor, por carecer de sua ajuda. Que eu também possa ver minha persistência recompensada.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Gênesis 2,18-25
Leitura do livro do Gênesis.
2 18 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” 19 Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. 20 O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada. 21 Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. 22 E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. 23 “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.”
24 Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.
25 O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam.
Palavra do Senhor.
Salmo 127/128
Felizes todos os que respeitam o Senhor.
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo Irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião
cada dia de tua vida.
Oração
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 12 DE FEVEREIRO - QUINTA-FEIRA

V SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6s).
Oração do dia
Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 2,18-25)
Leitura do livro do Gênesis.
2 18 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” 19 Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome. 20 O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada. 21 Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. 22 E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. 23 “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.”
24 Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.
25 O homem e a mulher estavam nus, e não se envergonhavam.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 127/128
Felizes todos os que respeitam o Senhor.
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo Irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião
cada dia de tua vida.
Evangelho (Marcos 7,24-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei docilmente a palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 24 em seguida, deixando aquele lugar, Jesus foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto,
25 pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés.
26 Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia. Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio.
27 Disse-lhe Jesus: "Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães".
28 Mas ela respondeu: "É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos".
29 Jesus respondeu-lhe: "Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio de tua filha".
30 Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A PERSISTÊNCIA RECOMPENSADA
O encontro de Jesus com a mulher cananéia contém uma série de elementos atípicos.
O Mestre encontrava-se em território pagão, dentro de uma casa, pensando poder passar despercebido. Seu anonimato foi revelado pela presença de uma mulher que, tendo ouvido falar dele, veio lançar-se-lhe aos pés.
Sendo mulher, estrangeira e pagã, a atitude mais natural de Jesus seria de mantê-la à devida distância, porque, segundo a tradição da época, um mestre que se prezava não contactava com mulheres, com estrangeiros, nem com pagãos. Apesar disso, o Mestre aceitou dialogar com ela, embora, tenha sido um diálogo um tanto ríspido.
Jesus não mostrou nenhuma intenção de atendê-la. Mas a mulher ficou firme no seu propósito: obter a cura de sua filhinha, vítima de um espírito maligno. Tampouco se dobrou aos argumentos do Mestre, segundo os quais os destinatários de seu poder taumatúrgico eram, preferencialmente, os "filhos", ou seja, os judeus. Sentia-se no direito de partilhar, pelo menos, as migalhas dos bens oferecidos aos "filhos". Por isso, estava disposta a ser tratada como os cachorrinhos que comem as migalhas caídas da mesa de seus donos.
Segura do que queria, e sabendo que tinha recorrido à pessoa certa, a mulher não cedeu. Resultado: sua persistência foi recompensada.

Oração Espírito de persistência, não me deixes esmorecer, quando recorro ao Senhor, por carecer de sua ajuda. Que eu também possa ver minha persistência recompensada.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)


Sobre as oferendas
Senhor nosso Deus, que criastes o pão e o vinho para alimento da nossa fraqueza, concedei que se tornem para nós sacramento da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Demos graças ao Senhor por sua bondade, por suas maravilhas em favor dos homens; deu de beber aos que tinham sede, alimentou os que tinham fome (Sl 106,8s).
Depois da comunhão
Ó Deus, vós quisestes que participássemos do mesmo pão e do mesmo cálice; fazei-nos viver de tal modo unidos em Cristo, que tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação do mundo. Por Cristo, nosso Senhor.

Meu Dia com Deus

DIA 12 DE FEVEREIRO - QUINTA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Marcos 7,24-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acolhei docilmente a palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 24 em seguida, deixando aquele lugar, Jesus foi para a terra de Tiro e de Sidônia. E tendo entrado numa casa, não quis que ninguém o soubesse. Mas não pôde ficar oculto,
25 pois uma mulher, cuja filha possuía um espírito imundo, logo que soube que ele estava ali, entrou e caiu a seus pés.
26 Essa mulher era pagã, de origem siro-fenícia. Ora, ela suplicava-lhe que expelisse de sua filha o demônio.
27 Disse-lhe Jesus: "Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não fica bem tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães".
28 Mas ela respondeu: "É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos debaixo da mesa comem das migalhas dos filhos".
29 Jesus respondeu-lhe: "Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio de tua filha".
30 Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído.
Palavra da Salvação.
Meditando o Evangelho
A PERSISTÊNCIA RECOMPENSADA
O encontro de Jesus com a mulher cananéia contém uma série de elementos atípicos.
O Mestre encontrava-se em território pagão, dentro de uma casa, pensando poder passar despercebido. Seu anonimato foi revelado pela presença de uma mulher que, tendo ouvido falar dele, veio lançar-se-lhe aos pés.
Sendo mulher, estrangeira e pagã, a atitude mais natural de Jesus seria de mantê-la à devida distância, porque, segundo a tradição da época, um mestre que se prezava não contactava com mulheres, com estrangeiros, nem com pagãos. Apesar disso, o Mestre aceitou dialogar com ela, embora, tenha sido um diálogo um tanto ríspido.
Jesus não mostrou nenhuma intenção de atendê-la. Mas a mulher ficou firme no seu propósito: obter a cura de sua filhinha, vítima de um espírito maligno. Tampouco se dobrou aos argumentos do Mestre, segundo os quais os destinatários de seu poder taumatúrgico eram, preferencialmente, os "filhos", ou seja, os judeus. Sentia-se no direito de partilhar, pelo menos, as migalhas dos bens oferecidos aos "filhos". Por isso, estava disposta a ser tratada como os cachorrinhos que comem as migalhas caídas da mesa de seus donos.
Segura do que queria, e sabendo que tinha recorrido à pessoa certa, a mulher não cedeu. Resultado: sua persistência foi recompensada.

Oração Espírito de persistência, não me deixes esmorecer, quando recorro ao Senhor, por carecer de sua ajuda. Que eu também possa ver minha persistência recompensada.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Curso: Preparando a Quaresma

Caríssimos Cursistas

Convidamos a todos (as) para participar conosco do
Curso:  Preparando a Quaresma
Data:  21/02/2015
Horário: 9hs  às 12:30 da manhã
Local: Apostolado Litúrgico
Rua Camboa do Carmo Numero 83 Bairro Santo Antônio Recife-PE
Fones: (81) 3224-4259/3224-0517 ou (81)9964-7261 tim
Inscrições abertas valor R$ 10,00  reais se  houver cinco da mesma comunidade uma sai  de cortesia.
Obrigada contamos com a vossa presença.
Att: Ir.Natali

CURSO DE FORMAÇÃO MISSIONÁRIA



PREPARAÇÃO, QUALIFICAÇÃO E DISCERNIMENTO PARA LEIGOS E LEIGAS, RELIGIOSOS E RELIGIOSAS, DIÁCONOS E PRESBÍTEROS


Brasília, de 5 a 28 de maio de 2015

O Curso de Formação Missionária é uma iniciativa promovida pelo Centro Cultural Missionário (CCM) de Brasília, DF, organismo vinculado à CNBB, em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Comissão Episcopal para Amazônia. Visa oferecer uma formação qualificada, com enfoque na Amazônia, a agentes de pastoral engajados na ação evangelizadora da Igreja no Brasil. 



Preparação, qualificação e discernimento para missionárias e missionários enviados além-fronteiras
Brasília, 2 a 27 de agosto de 2015