quinta-feira, 3 de julho de 2014

Padre Paulo Sérgio eem visita ao Papa Francisco



REUNIÃO DO CONSELHO PASTORAL




Convidamos todos os Grupos, Movimentos, Pastorais da matriz e comunidades da Paróquia, para participar da reunião do Conselho Pastoral,  que se realizará no próximo dia 09 de julho de 2014, às 19.h00, no salão paroquial desta Matriz.
TEMA:  30 ANOS DE PARÓQUIA

-   Pedimos trazer agenda do 2º. Semestre/14.
-   Não esquecer de sua programação.
-   Trazer pelo menos duas pessoas por Grupo, Movimento e Pastorais.

                          Mons. Paulo Sérgio Vieira Leite

Dom Fernando preside Missa em memória de Dom Vital


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O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, preside na próxima sexta-feira, 4 de julho, Missa Solene em memória aos 136 anos da morte do Servo de Deus Dom Vital Maria de Oliveira. A Celebração Eucarística será às 10h, na Basílica Nossa Senhora da Penha, bairro de São José, centro do Recife.
Durante a cerimônia, o vice postulador da Causa de Beatificação de Dom Vital, frei Jociel Gomes, revelará novidades sobre o processo. Os fiéis poderão entrar na basílica após a Missa e junto com o arcebispo visitar o túmulo de Dom Vital. No local, o religioso rezará oração pela beatificação do bispo capuchinho.
Conterrâneos de Dom Vital participarão da celebração. Uma caravana de Pedras de Fogo (PB), cidade natal do religioso, confirmou presença e deverá se juntar a centenas de outros fiéis.
Além da missa das 10h, haverá celebrações às 6h, 7h30 e 12h. Todas farão memória a Dom Vital e, em seguida, será concedida a tradicional Bênção de São Félix. A missa que costuma ser celebrada à tarde foi cancelada por conta do jogo entre Brasil X Colômbia pela Copa do Mundo.
Dom Vital - Conhecido por sua simplicidade, piedade, vida de oração e devoção a Virgem Maria, Dom Vital deixou um legado de luta em defesa da fé e da Igreja. Foi sagrado bispo aos 28 anos e durante seu episcopado resistiu aos desmandos do Governo Imperial. Em 1874, foi condenado a quatro anos de prisão, com trabalhos forçados e custas, sendo essa pena comutada pelo Imperador, dias depois, para prisão simples na Fortaleza de São José, no Rio. ‘Veio a falecer santamente no dia 4 de julho de 1878, no convento capuchinho de Paris, aos 33 anos, em consequência das provações porque passou e de um possível envenenamento misterioso’. Fatos que caracterizam o martírio do jovem bispo.
Missa em memória aos 136 anos de Dom Vital
Local: Basílica Nossa Senhora da Penha
Praça Dom Vital, 169 – São José – Recife
Dia: 4 de julho de 214
Horário: 10h
Informações: 3424-8500

Da Assessoria de Comunicação AOR

Fotos







Arquidiocese de Olinda e Recife sediará o Retiro Regional para Seminaristas



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A Arquidiocese de Olinda e Recife vai sediar o Retiro Regional para Seminaristas, conhecido como Renasem Nordestão, de 07 a 11 de julho. O encontro será realizado no Centro Mariápolis do Nordeste, na cidade de Igarassu, no Grande Recife.
O Renasem Nordestão é promovido, nas férias de julho, pela Renovação Carismática Católica (RCC) através do Ministério para Seminaristas, tendo como objetivo fomentar nos seminaristas diocesanos e religiosos – provenientes dos vários Grupos de Oração e das Novas Comunidades – a espiritualidade que despertou suas vocações conforme instrução da Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Pastores Dabo Vobis’, no número 68.
Para o coordenador geral do evento, seminarista Walter Lima, “a temática seguirá a dinâmica da unidade, em consonância com a RCC Brasil: ‘Unidos num só corpo pela força da Cruz’ (cf. Ef. 2,16) e o lema ‘Conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz’ (cf. Ef. 4,3), sendo os pregadores: o padre Jorge Tadeu Hermes, da Diocese de Blumenau; e Hamilton Apolônio, fundador da Comunidade Boa Nova, de Recife”.
O seminarista ressaltou como novidade para esta edição a presença de alguns bispos de Pernambuco, que irão presidir as Celebrações Eucarísticas. São eles: dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife; dom José Luiz, bispo de Pesqueira; dom Henrique Soares, bispo de Palmares; e dom Dino Marchió, bispo de Caruaru. Além das presenças do coordenador nacional do Ministério para Seminaristas, seminarista William Silva; e do coordenador estadual da RCC Pernambuco, Pedro Coutinho. A Noite de Louvor será conduzida pela cantora Suely Façanha, da Comunidade Católica Shalom.
Do retiro, além dos seminaristas, irão participar sacerdotes, diáconos e vocacionados ao sacerdócio. Todo o povo de Deus é convidado para a Missa de abertura que será no dia 07 de julho, às 19h na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro Boa Viagem, no Recife.
As inscrições devem ser feitas, em cada Estado, através do coordenador estadual do Ministério para Seminaristas. Os valores estão divididos em três lotes: 1º lote – com vencimento até o dia 10 de junho: R$80,00; 2º lote – de 11 a 30 de junho: R$100,00; e 3º lote – de 01 a 07 de julho: R$120,00.
Maiores informações: www.facebook.com/renasem.nordestao (Página no Facebook); renasemnordestao2014@gmail.com (E-mail); e (81) 9625-3661 (Celular TIM).
SERVIÇO
Evento: Renasem Nordestão 2014
Tema: “Unidos num só corpo pela força da cruz” (cf. Ef. 2,16)
Lema: “Conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (cf. Ef. 4,3)
Data: 07 a 11 de julho
Local: Centro Mariápolis do Nordeste (Igarassu, Grande Recife)
Pregadores: Padre Jorge Tadeu e Hamilton Apolônio
Fanpage: www.facebook.com/renasem.nordestao


Da Assessoria de Comunicação AOR

Liturgia Diária

DIA 3 DE JULHO - QUINTA-FEIRA

SÃO TOMÉ
APÓSTOLO 
(VERMELHO, GLÓRIA, PREFÁCIO DOS APÓSTOLOS – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: Vós sois o meu Deus e eu vos dou graças; vós sois o meu Deus e eu vos exalto: eu vos dou graças porque sois o meu salvador (Sl 117,28).
Oração do dia
Deus todo-poderoso, concedei-nos celebrar com alegria a festa do apóstolo são Tomé, para que sejamos sempre sustentados por sua proteção e tenhamos a vida pela fé no Cristo que ele reconheceu como Senhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Efésios 2,19-22)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
2 19 Conseqüentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
21 É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor.
22 É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 116/117
Ide por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes,
povos todos, festejai-o!

Pois comprovados é seu amor para conosco,
para sempre ele é fiel!
 
Evangelho (João 20,24-29)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que crêem sem ter visto (Jo 20,29)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”. Mas ele replicou-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!”
26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”
27 Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”.
28 Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”
29 Disse-lhe Jesus: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!”
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
Tomé é a tipologia do "ver para crer". A esta, Jesus contrapõe a bem-aventurança dos que creram sem ver.
Entre as primeiras comunidades vinculadas à comunidade de Jerusalém, surgiu a tradição do ver o ressuscitado como condição para as primeiras lideranças. A partir daí, somos chamados a crer nestas testemunhas, sem ver.
O episódio do Evangelho de hoje relativiza as narrativas de visões do ressuscitado. Na cena do encontro do túmulo vazio, o discípulo que Jesus amava creu sem ver o ressuscitado. Para crer não é necessário ver. A fé brota da experiência de amor que os discípulos tiveram no convívio com Jesus, e da mesma experiência de amor que se pode ter, hoje, nas relações fraternas de acolhimento, de doação e serviço, de misericórdia e compaixão, na fidelidade às palavras do Mestre.

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, nós vos oferecemos este sacrifício de louvor, celebrando a profissão de fé feita por são Tomé, vosso apóstolo, e, rendendo-vos o nosso culto de servos, pedimos que conserveis em nós os vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Estende tua mão, toca o lugar dos cravos, não sejas incrédulo, mas fiel (Jo 20,27).
Depois da comunhão
Ó Pai, recebemos neste sacramento o Corpo do vosso Filho único; concedei que proclamemos Cristo em nossa vida e nossas ações, reconhecendo nele nosso Deus e Senhor, como fez o apóstolo são Tomé. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO TOMÉ)
Embora na nossa memória a presença de são Tomé faça sempre pensar em incredulidade e nos lembre daqueles que "precisam ver para crer", sua importância não se resume a permitir a inclusão na Bíblia da dúvida humana. Ela nos remete, também, a outras fraquezas naturais do ser humano, como a aflição e a necessidade de clareza e pé no chão. Mas, e principalmente, mostra a aceitação dessas fraquezas por Deus e seu Filho no projeto de sua vinda para nossa salvação.

São três as grandes passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado. A primeira é quando Jesus é chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro. Seu grupo tenta impedir que se arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Mas ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: "Então vamos também e morramos com ele!"

Na segunda passagem, demonstra melancolia e incerteza. Jesus reuniu os discípulos no cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações de seu Pai. Falou com eles em tom de despedida, conclamando-os a segui-lo: "Para onde eu vou vocês sabem. E também sabem o caminho". Tomé queria mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício: "Se não sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?". A resposta de Jesus passou para a história: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".

E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo. Foi justamente quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único que não estava presente ao evento. Tomé disse que só acreditaria se visse nas mãos do Cristo o lugar dos cravos e tocasse-lhe o peito dilacerado. A dúvida em pessoa, como se vê. Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe apareceu e disse: "Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!... Não sejas incrédulo, acredita!" Dessa forma, sua incredulidade tornou-se apenas mais uma prova dos fatos que mudaram a história da humanidade.

O apóstolo Tomé ou Tomás, como também é chamado, tinha o apelido de Dídimo, que quer dizer "gêmeo e natural da Galiléia". Era pescador quando Jesus o encontrou e o admitiu entre seus discípulos.

Após a crucificação e a ressurreição, pregou entre os medos e os partas, povos que habitavam a Pérsia. Há também indícios de que tenha levado o Evangelho à Índia, segundo as pistas encontradas por são Francisco Xavier no século XVI. Morreu martirizado com uma lança, segundo a antiga tradição cristã. Sua festa é comemorada em 3 de julho.

Evangelho do Dia

Ano A - 03 de julho de 2014

João 20,24-29

Aleluia, aleluia, aleluia.
Acreditaste, Tomé, porque me viste. Felizes os que crêem sem ter visto (Jo 20,29)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
20 24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 Os outros discípulos disseram-lhe: “Vimos o Senhor”. Mas ele replicou-lhes: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!”
26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!”
27 Depois disse a Tomé: “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”.
28 Respondeu-lhe Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”
29 Disse-lhe Jesus: “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!”
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
Tomé é a tipologia do "ver para crer". A esta, Jesus contrapõe a bem-aventurança dos que creram sem ver.
Entre as primeiras comunidades vinculadas à comunidade de Jerusalém, surgiu a tradição do ver o ressuscitado como condição para as primeiras lideranças. A partir daí, somos chamados a crer nestas testemunhas, sem ver.
O episódio do Evangelho de hoje relativiza as narrativas de visões do ressuscitado. Na cena do encontro do túmulo vazio, o discípulo que Jesus amava creu sem ver o ressuscitado. Para crer não é necessário ver. A fé brota da experiência de amor que os discípulos tiveram no convívio com Jesus, e da mesma experiência de amor que se pode ter, hoje, nas relações fraternas de acolhimento, de doação e serviço, de misericórdia e compaixão, na fidelidade às palavras do Mestre.

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Leitura
Efésios 2,19-22
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
2 19 Conseqüentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.
21 É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor.
22 É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 116/117
Ide por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes,
povos todos, festejai-o!

Pois comprovados é seu amor para conosco,
para sempre ele é fiel!
 
Oração
Deus todo-poderoso, concedei-nos celebrar com alegria a festa do apóstolo são Tomé, para que sejamos sempre sustentados por sua proteção e tenhamos a vida pela fé no Cristo que ele reconheceu como Senhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Os cristãos têm a missão de ser artífices da paz


Roma, 03 jul (SIR) - O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran, presidiu na tarde desta quarta-feira, na Igreja dos Santos Apóstolos, em Roma, a vigília de oração pela paz na Síria e no Iraque, promovida pela Diocese de Roma. "Vemos mais uma vez a violência armada tomar o lugar das negociações. Quando Jesus se manifesta aos discípulos, depois de sua ressurreição, lhes diz: 'A paz esteja com vocês'.

Ele encarrega os apóstolos de serem anunciadores da paz. Esta noite, a Igreja em Roma cumpre esta missão que lhe foi confiada por Jesus", frisou o purpurado em sua alocução. "Em nosso tempo, cuja violência armada termina muitas vezes no terrorismo, fazendo do nosso mundo um mundo frágil que duvida de seu futuro, nós cristãos temos uma missão, aquela que Jesus confiou à sua Igreja depois de sua ressurreição: ser artífices da paz onde vivemos. Somos homens e mulheres, metade bons e metade maus, e a guerra se aninha em nosso coração através de três comportamentos: medo da diferença, suspeita e ciúme, e sede de poder", disse ainda o Cardeal Tauran. Segundo o purpurado, "quando rezamos pela paz devemos sempre começar com a instauração da paz em nós mesmos com a conversão pessoal.

A paz nasce do coração de cada um e supõe uma renovação dos nossos corações. Não existe paz sem verdade, não existe paz sem liberdade, não existe paz sem justiça e não existe paz sem solidariedade". "Os cristãos podem contribuir na elaboração de uma pedagogia da paz, consistente na promoção do respeito da pessoa humana, na tutela da família, no caminhar com a justiça, no aceitar o pluralismo, não como uma ameaça, mas como uma riqueza, e enfim, na colaboração com todos aqueles que se recusam a usar a guerra como meio de resolução dos conflitos. Devemos incentivar todos aqueles que se esforçam para alcançar um desarmamento efetivo e a valorização do direito internacional", frisou ainda o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O purpurado concluiu sua alocução afirmando que "as guerras, os conflitos internos, as divergências políticas, as desigualdades sociais e econômicas podem ser superadas".
 
SIR

Paulo VI e a alegria no Senhor


Por Cardeal Orani João Tempesta*

No próximo dia 6 de agosto iremos comemorar 36 anos da Páscoa do Papa Paulo VI, que no dia 19 de outubro será beatificado pelo Papa Francisco, na Praça de São Pedro, em Roma. Ele permaneceu à frente da Igreja de 1963 a 1978, de modo que teve, enquanto sucessor de Pedro, um bom tempo – quinze anos – para exercer seu ministério como Bispo de Roma e, portanto, Sumo Pontífice da Igreja Católica.
Coube a ele – diplomata e pastor, que após servir na Secretaria de Estado da Santa Sé de 1922 a 1954, e na Arquidiocese de Milão, de 1954 a 1963 – a árdua missão de conduzir os trabalhos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1963-1965), iniciados por seu imediato antecessor, São João XXIII. Esta missão, nobilíssima por sinal, rendeu ao Papa Montini grandes alegrias, mas também não poucos dissabores. Recorrências comuns de uma fase pós-conciliar na vida da Igreja.
Como quer que seja, pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que Paulo VI foi um grande Pontífice e, apesar de todos os sofrimentos que o cercaram, não se deixou abater, mas, ao contrário, refugiado na oração pessoal, especialmente pela recitação do Rosário de Nossa Senhora, e comunitária, a Liturgia das Horas e a Santa Missa, encontrou, até o fim de seus dias neste mundo, forças para guiar a Barca do Senhor, que é a Igreja.
Elevado à Cátedra de Pedro em 21 de junho de 1963, deu a conhecer ao mundo, em 6 de agosto de 1964, seu programa de Pontificado por meio da Encíclica Ecclesiam Suam [a Sua Igreja] ao escrever que “A Igreja deve entrar em diálogo com o mundo em que vive. A Igreja faz-se palavra, faz-se mensagem, faz-se colóquio. (...) Em qualquer esforço que o homem faça para compreender a si mesmo e ao mundo, pode contar com a nossa simpatia; onde quer que as assembleias dos povos se reúnam para determinar os direitos e deveres do homem, sentimo-nos honrados, quando no-lo permitem, tomando lugar nelas” (n. 38 e 54).
O historiador da Igreja, Henrique Cristiano José de Matos, escreve que ao atender o desejo colegiado dos Padres Conciliares, reunidos em Roma, Paulo VI “o fez com a preocupação de não romper com a tradição eclesiástica. Interveio pessoalmente em todas as questões polêmicas. Nesse sentido, podemos citar a Nota Prévia (nov. de 1964, acrescentada à Constituição Lumen Fidei, que visava a reafirmar a doutrina do Concílio Vaticano I sobre o Papado; a Encíclica Mysterium Fidei (1965) sobre a Eucaristia, corrigindo os debates sobre a transubstanciação; a Encíclica Humanae Vitae, sobre a questão do controle de natalidades e do planejamento familiar [na verdade, “paternidade responsável”, dizemos com a Igreja] (1968); a intervenção sobre o celibato sacerdotal, cuja discussão fora subtraída ao Concílio (Sacerdotalis Caelibatus, 1967; Sínodo dos Bispos, 1971: Documento sobre o Ministério Sacerdotal); intervenção sobre o papel da mulher na Igreja (Comissão de Estudos para o Ano da Mulher), 1975” (Introdução à História da Igreja. Belo Horizonte: O Lutador, 1987, p. 168).
Paulo VI foi um Papa aberto às questões da Igreja de seu tempo, fiel às pegadas do Vaticano II. Implementou o diálogo com o mundo moderno, com outros cristãos (ecumenismo) e com outras religiões (diálogo interreligioso); defendeu a paz mundial; empreendeu viagens internacionais, sendo o primeiro Papa depois de Pedro a estar em Jerusalém, no ano de 1964; deu impulso à colegialidade dos Bispos instituindo o Sínodo deles em 1975; reformou parcialmente a eleição do Sumo Pontífice e a escolha dos Bispos; abriu ainda mais a Cúria Romana para Cardeais não italianos e criou a Comissão Teológica Internacional (CTI).
Com essas atuações, que poderiam assomar-se a muitas outras, Paulo VI, segundo o historiador citado acima, fez duas coisas ou agiu em duas frentes, para dentro e para fora da Igreja. Sim, “por um lado, realizou a ingente tarefa de renovar a Igreja na sua vida interna, dando-lhe instrumentos válidos para o trabalho de atualização, enriquecendo-a de orientações adequadas para a formação dos sacerdotes, dos religiosos e do laicato, adaptando a liturgia de acordo com os desejos do Concílio, criando uma viva consciência missionária, estimulando a formação de vários organismos que levam os membros da Igreja a uma participação maior na sua vida e na sua caminhada, não deixando nenhum setor sem sua presença, sua palavra, seu incentivo e seu admirável equilíbrio de moderador, fiel ao que é intangível sem deixar de ser fiel aos apelos dos tempos novos”.
“Por outro lado, soube o Papa Paulo VI abrir-se para o mundo inteiro, conseguindo que a Igreja fosse o que dela profetizou Isaías: ‘Um estandarte levantado no meio das Nações’ (Is 11,12). É difícil sintetizar aqui tudo o que ele fez na área do ecumenismo, em relação às Igrejas do Oriente e do Ocidente; com as culturas da Ásia e da África; suas viagens à Índia, à Austrália, às Filipinas, à América Latina, à ONU. De fato, esteve presente no mundo, levando a mensagem do Evangelho, a palavra da justiça, o apelo da paz. Paulo VI parece ter herdado de seu predecessor João XXIII a vontade de atravessar as fronteiras, de procurar o diálogo em vez de lançar anátemas” (idem, p. 168-169).
Apesar de tudo isso, como já acenamos, Paulo VI foi chamado de “o Papa do sofrimento”, dados os dissabores que enfrentou dentro e fora da Igreja na fase imediatamente seguinte ao Concílio. Se isso é real, podemos dizer, a justo título, que Montini foi também “o Papa da verdadeira alegria que vem do Senhor”.
Para evocar o lado sereno e feliz desse Pontífice, que em breve será beatificado, desejamos lembrar aqui um documento pouco conhecido, mas de grande profundidade espiritual, que foi assinado por ele em 9 de maio de 1975. Trata-se da Exortação Apostólica Gaudete in Domino, que, em português, significa Alegrai-vos no Senhor!, escrita por Paulo VI em preparação à solenidade de Pentecostes do Ano Jubilar de 1975.
Nessa Exortação, o Santo Padre começa dizendo, com fundamento em Filipenses 4,45 e no Salmo 145,18: “Alegrai-vos no Senhor, porque Ele está perto de todos os que O invocam com sinceridade” e a partir daí vai desenvolvendo a noção da alegria cristã, que é a alegria no Espírito Santo como um dom d’Ele mesmo para cada um de nós (cf. Gl 5,22), mas que é, não raras vezes, esquecido, como se ser cristão e ser santo fosse ter cara feia e triste. Aliás, duas constatações vêm ao caso a propósito: a primeira lembra aquele dito popular, às vezes também atribuído a algum santo: “Um santo triste é um triste santo”; a segunda é a fala do Papa Francisco, no dia 1º de junho de 2013, quando diz, recordando, inclusive, Paulo VI, que “muitas vezes os cristãos têm mais cara de que estão num cortejo fúnebre do que louvando a Deus”, mas isso está errado, pois “sem a alegria, o cristão não pode ser livre, mas, ao contrário, torna-se escravo da tristeza”.
É precisamente este o ponto em que os Papas Bergoglio e Montini se encontram, uma vez que, na conclusão da Gaudete in Domino se lê: “Irmãos e filhos caríssimos: não será normal que a alegria habite dentro de nós, quando os nossos corações contemplam e descobrem de novo, na fé, os seus motivos fundamentais? E estes motivos são simples, aliás: tanto amou Deus o mundo, que lhe deu o seu Filho único. Pelo seu Espírito, a sua presença não cessa de envolver-nos na sua ternura e de nos impregnar com a sua vida; e nós caminhamos para a transfiguração ditosa das nossas existências, seguindo rumo à ressurreição de Jesus. Sim, seria muito estranho que esta Boa-Nova que provoca os aleluias da Igreja não nos deixasse com o semblante de pessoas salvas!”
Isso posto, surge uma pergunta comum e interessante: mas, afinal, que tipo de alegria é a cristã? – Responde, então, Paulo VI, citando São Tomás de Aquino, que a expressão mais elevada da alegria ou da felicidade é aquela entendida no sentido estrito da palavra, “quando o homem, ao nível de suas faculdades superiores, encontra a sua satisfação na posse de um bem conhecido e amado. Assim, o homem experimenta a alegria quando se encontra em harmonia com a natureza, e, sobretudo, no encontro, na partilha, na comunhão com o outro. Com muito mais razão, pois, chegará ele a conhecer a alegria e a felicidade espiritual quando o seu espírito entra na posse de Deus, conhecido e amado como o bem supremo e imutável” (Summa Theologica, I-II, q.31,a 3).
No entanto, novamente, pode haver quem tente contradizer o Papa dizendo que, neste mundo finito e dilacerado por discórdias, é praticamente impossível encontrar a felicidade. Daí responder Paulo VI que a questão, de certo modo, parece contraditória porque está mal colocada. Com efeito, pensa-se que a felicidade ou a alegria está no ter... Ter carros bons, casas, dinheiro, artefatos técnicos, enfim coisas materiais, quando, na realidade, a verdadeira alegria vem de outra fonte, é espiritual, por isso nenhum bem material, por maior que seja, pode comprá-la ou conquistá-la.
É por essa razão que, mergulhado no materialismo, o ser humano dos séculos XX e XXI se sente impotente ante os males, especialmente os de ordem moral que os acomete, pois os recursos de natureza material de que dispõe são ineficientes para a batalha. Mais: se essa angústia é grande, há ainda outro agravante que o Papa, já em 1975, denunciou: são alguns meios de comunicação de massa que “acabrunham as consciências, sem lhes apresentar, normalmente, uma solução humana adequada”.
Contudo, apesar dos não poucos e nem pequenos desafios, Paulo VI nos convida a olharmos maravilhados, desde a nossa infância até a velhice, para tudo o que Deus fez e sentirmos a serena alegria que só Ele pode nos dar como um dom do Espírito Santo, conforme se lê em Gálatas 5,22. E acrescenta que “o homem só poderá experimentar a verdadeira alegria espiritual quando se afastar do pecado e viver na presença de Deus. A carne e o sangue são, sem dúvida, incapazes disso (cf. Mt 16,17). Mas a revelação pode abrir esta perspectiva e a graça pode operar esta conversão” no coração humano, às vezes petrificado pelo pecado, por meio do sacramento da Penitência.
Paulo VI recorda nessa exortação o Apóstolo das gentes: “Estou cheio de consolação, estou inundado de alegria no meio de todas as tribulações” (7,3-4). Elas mostram que, mesmo entre as intempéries da vida, o verdadeiro discípulo de Cristo jamais perde a esperança, pois está inundado da alegria do Espírito Santo.
Possa, portanto, a Virgem Maria, invocada em sua Ladainha como sendo a “Causa de nossa alegria”, interceder por nós para que nossa vida, inundada pela força do Espírito de Deus, seja fonte de verdadeira alegria e felicidade para nós e para todos os que nos cercam. Amém!
CNBB
Cardeal Orani João Tempesta é arcebispo do Rio de Janeiro