sábado, 21 de fevereiro de 2015

Meu Dia com Deus

DIA 21 DE FEVEREIRO - SÁBADO

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Lucas 5,27-32)
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 5 27 Jesus viu sentado ao balcão um coletor de impostos, por nome Levi, e disse-lhe: "Segue-me".
28 Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu.
29 Levi deu-lhe um grande banquete em sua casa; vários desses fiscais e outras pessoas estavam sentados à mesa com eles.
30 Os fariseus e os seus escribas puseram-se a criticar e a perguntar aos discípulos: "Por que comeis e bebeis com os publicanos e pessoas de má vida?"
31 Respondeu-lhes Jesus: "Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos.
32 Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores".
Palavra da Salvação.
 
Meditando o Evangelho
CONVIDADOS À CONVERSÃO 
A proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e os pecadores era mal vista pelos fariseus e mestres da Lei. Por malevolência, faziam juízos apressados a respeito dele, de forma a levá-lo a perder a credibilidade, tanto diante dos discípulos quanto diante das multidões que o procuravam. Não existe melhor meio de "queimar" alguém, do que levantar suspeitas sobre sua vida moral. No fundo, este era o ponto visado pelos adversários de Jesus: quem se mistura com os pecadores, assim pensavam, só pode ser do mesmo calibre deles.
Entretanto, conviver com os pecadores e excluídos fazia parte da pedagogia de Jesus, a fim de levá-los a converter-se ao Reino. A solidariedade com os pecadores não se estendia aos pecados que cometiam. Era preciso também alertá-los para que banissem de suas vidas tudo quanto os afastava de Deus.
Jesus acreditava, com todas as forças de seu coração, na possibilidade de conversão do coração humano. Por isso, empregava todos os meios disponíveis para atrair os pecadores para Deus, mesmo correndo o risco de ser vítima da maledicência de seus adversários. Menosprezando as críticas alheias, importava mostrar aos pecadores a possibilidade de uma vida fundada na misericórdia e na justiça. O caminho escolhido por Jesus foi o da solidariedade, que revela como cada um de nós é tratado por Deus.

 
Oração
Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.

Faculdade em São Paulo abre curso para secretários paroquiais, notários e chanceleres



direito canonico_originalA Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, no bairro Ipiranga, em São Paulo, promove curso de extensão para secretários, notários e chanceleres. A formação será realizada entre os dias 09 a 13 de março em dois turnos. Os professores são todos doutores em Direito Canônico aprovados pela Congregação pela Educação Católica.
O curso tem por objetivo aprofundar as fontes do Direito procurando harmonizar as exigências científicas com as necessidades pastorais dos fiéis, povo de Deus. Entre os temas que serão abordados estão a importância dos secretários e as funções do chanceler e notário, os Sacramentos, livros paroquiais e curiais. Haverá ainda visita ao Arquivo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo.
Os interessados devem pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 80,00. O investimento é de R$ 550,00. Mais informações podem ser obtidas através do site www.direitocanonicodesaopaulo.com.br ou pelo e-mail direitocanonico@direitocanonicosaopaulo.com.br .

Hospedagem - Para os participantes de cidades distantes ou outros estados, a faculdade indica a Casa de Encontros Sagrada Família mantida pela Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. As diárias custam entre R$ 90,00 e R$ 110,00. As reservas devem ser feitas através do telefone da faculdade (11) 2062-2236.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Novo bispo auxiliar de Olinda e Recife será acolhido neste domingo




CONVITE BISPO FINAL_Page_1 (1)Cem dias depois do anúncio, a Arquidiocese de Olinda e Recife acolhe neste domingo, dia 22, o seu novo bispo auxiliar. Dom Antônio Tourinho Neto será apresentado para os fiéis na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, na Boa Vista, a partir das 15h30. O arcebispo, dom Fernando Saburido presidirá a missa que contará com a presença de leigos, seminaristas, sacerdotes, religiosos e autoridades civis. Familiares e fiéis da Diocese de Jequié, na Bahia, também estarão presentes acompanhados do bispo local dom José Ruy Gonçalves Lopes.
O papa Francisco, por meio de publicação no L’Osservatore Romano, no dia 12 de novembro de 2014, oficializou a nomeação do monsenhor Antônio Tourinho Neto, de 51 anos, como bispo auxiliar desta Igreja particular. Natural de Jequié na Bahia, o sacerdote foi sagrado epíscopo no dia 17 de janeiro, em sua cidade natal. Durante a celebração, que foi acompanhada por uma comitiva da arquidiocese formada por sacerdotes e leigos, o novo bispo recebeu as insígnias do episcopado: mitra, báculo, anel e cruz peitoral.
A partir da Posse do Ofício, neste domingo, dom Tourinho passará a ajudar dom Fernando Saburido na administração da arquidiocese que é formada por 19 municípios, além do Arquipélago de Fernando de Noronha. A região eclesiástica tem 116 paróquias e uma população estimada em quatro milhões de habitantes. Ele residirá no Seminário Maior Nossa Senhora da Graça, em Olinda, e dará expediente diariamente na Cúria Metropolitana, que funciona no Palácio dos Manguinhos, bairro das Graças, Zona Norte do Recife.
Com o lema episcopal “Omnia Vincit Amor” (O amor vence tudo) e disposto ao serviço pastoral, o novo bispo conta com uma vasta experiência eclesiástica e social. Depois de se formar técnico em ciências contábeis, em 1982, o então Antônio Tourinho Neto ingressou no Seminário Central da Bahia onde cursou o bacharelado em Filosofia. O seminarista concluiu seus estudos teológicos no Instituto de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele foi ordenado padre no dia 20 de janeiro de 1990.
Como sacerdote assumiu diversas funções na Diocese de Jequié no estado baiano, dentre elas juiz auditor da Câmara Eclesiástica, chanceler da Cúria e coordenador regional das Fazendas da Esperança na Bahia, Sergipe e Alagoas. Seu último cargo foi como pároco da Igreja de Cristo Rei e vigário geral da Diocese de Jequié.
“Neste momento tão importante da minha vida sinto a necessidade de agradecer imensamente ao Santo Padre, o papa Francisco, por tamanha confiança depositada em mim. Desejo expressar meus agradecimentos ao senhor arcebispo metropolitano, dom Antônio Fernando Saburido, em aceitar-me em sua família arquidiocesana. Por telefone, em nosso primeiro contato, ele repetia várias vezes: ‘seja bem-vindo’. Desde já, prometo-lhe ser seu fiel e principal colaborador”, declarou dom Tourinho.
ServiçoMissa de acolhida e Posse do Ofício do novo bispo auxiliar de Olinda e RecifeLocal: Basílica do Sagrado Coração de Jesus
End.: Rua Dom Bosco, 151 – Boa Vista – Recife (Ao lado do Colégio Salesiano)
Horário: 15h30
Da Assessoria de Comunicação AOR

Convite

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Quarenta dias da Quaresma


O período nos convida a lembrar o que está em jogo no decurso do tempo.
Por Marcel Domergue*

O número 40 é simbólico. Representa a duração de uma existência humana e a duração também da história da humanidade. Deste modo, Noé enfrentou por 40 dias as águas mortais do abismo primitivo. Foi um novo nascimento, uma nova criação.
A primeira leitura nos diz que estamos indo em direção a um universo em perfeita aliança com Deus. As nuvens ameaçadoras de novas chuvas diluvianas serão mantidas à distância pelo arco de luz que sinaliza a aliança de Deus com todos os viventes. E, enquanto estivermos caminhando sobre as águas do não ser, está ainda por vir a realidade que este arco representa.
Para os Hebreus, foram 40 anos no deserto. Ao fim do caminho, a Terra Prometida. Uma pátria que esteve sempre no horizonte, à medida que dela ia-se aproximando, à espera da "pátria melhor" de que fala Hebreus 11,13-16.
Para Jesus, 40 dias no deserto, submetido à fome, à sede e atormentado pela tentação do poder e do domínio. E não irá acompanhá-lo por toda a vida esta mesma tentação? Até que, no último dia, pedirá ao Pai que afaste dele o cálice que deverá beber? Como vemos, aos quarenta dias da Quaresma não faltam referências bíblicas. Poderíamos citar ainda outras, mas vamos nos contentar com 1 Reis 19,6-8, onde se vê Elias caminhar quarenta dias e quarenta noites até à montanha de Deus, o Horeb.

Para onde vão os nossos caminhos?

Temos aí o que pode enriquecer o sentido que damos à Quaresma. Este é com certeza um tempo especial, bem enquadrado pela liturgia, mas que significa toda a nossa existência. Sinaliza as nossas apostas, caminhos e provações. Por que este número, quarenta? Porque, ao que parece, quarenta anos representa o tempo que dura uma geração. Um ser humano procria convencionalmente quando tem vinte anos: e, vinte anos depois, os seus filhos e filhas chegam por sua vez à idade de procriar. Deste modo, a geração toda que saiu do Egito morreu nas areias do deserto. As crianças nascidas durante o Êxodo é que irão entrar na terra prometida.
A Quaresma nos convida, de qualquer forma, a lembrarmos o que está em jogo no decurso dos nossos dias. Para onde vamos? O que buscamos? Para onde se dirigem as nossas preferências? O nosso caminho, sinuoso às vezes, pode estar semeado de obstáculos, sofrimentos e fracassos. A Quaresma convida-nos a manter um afastamento, a que nos desembaracemos do imediato, para localizarmos o que temos de viver na trajetória da nossa existência. Ao fim do caminho, esperamos encontrar a terra onde corre o leite e o mel, num universo em perfeita aliança com Deus e, portanto, com todos.
É claro que a Quaresma deveria ser um tempo de reflexão e de reorientação para nós. E é evidente que isto deverá nos conduzir a compartilharmos e a nos ocuparmos com os problemas postos a um número tão grande de excluídos. Voltaremos a falar sobre isto.

Sobreviventes

Este subtítulo quer fazer alusão à aventura simbólica de Noé. Não é uma aventura entre outras, mas sim a parábola de toda a existência humana. De fato, é exatamente o que quer dizer a segunda leitura que estabelece um paralelo entre a arca de Noé e o batismo: "Salvas por meio da água". Paulo irá mais longe, ao explicar que o batismo nos faz passar pela morte e pela ressurreição do Cristo (Romanos 6,3-5 e Colossenses 2,12).
Assim como Noé, o mundo passa também pela morte, para chegar à ressurreição. Uma recriação e um renascimento do mundo. A água e o vento estão aí, assim como em Gênesis 1. O batismo, tanto o de Jesus como o nosso, contém os mesmos elementos. Batismo, sem dúvida, só se recebe uma vez. Mas, justamente porque é para ser vivido e revivido em cada coisa até na hora da nossa morte, assinalará a passagem definitiva e, assim, coroará tudo o que teremos significado ao longo dos nossos dias, dos nossos "40 dias".
Tudo isso nos ajuda a compreender a coerência que há entre a Quaresma e o acontecimento pascal de que ela prepara a celebração. Mais uma vez; a Quaresma não é um tempo entre outros, mas sim a imagem de todos os tempos, de todo o nosso tempo. Lembra-nos a Boa Nova da Ressurreição e da derrota da morte. Acolher a esta Boa Nova muda a nossa vida e é esta mudança que é chamada de conversão. Trata-se de passar da tristeza à alegria.
Croire
*Marcel Domergue é sacerdote jesuíta francês. O texto é baseado nas leituras do 1º Domingo da Quaresma - Ano B (22 de fevereiro de 2015). A tradução é de Francisco O. Lara, João Bosco Lara e José J. Lara.

Evangelho do Dia

Ano B - 21 de fevereiro de 2015

Lucas 5,27-32

Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 5 27 Jesus viu sentado ao balcão um coletor de impostos, por nome Levi, e disse-lhe: "Segue-me".
28 Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu.
29 Levi deu-lhe um grande banquete em sua casa; vários desses fiscais e outras pessoas estavam sentados à mesa com eles.
30 Os fariseus e os seus escribas puseram-se a criticar e a perguntar aos discípulos: "Por que comeis e bebeis com os publicanos e pessoas de má vida?"
31 Respondeu-lhes Jesus: "Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos.
32 Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores".
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
CONVIDADOS À CONVERSÃO 
A proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e os pecadores era mal vista pelos fariseus e mestres da Lei. Por malevolência, faziam juízos apressados a respeito dele, de forma a levá-lo a perder a credibilidade, tanto diante dos discípulos quanto diante das multidões que o procuravam. Não existe melhor meio de "queimar" alguém, do que levantar suspeitas sobre sua vida moral. No fundo, este era o ponto visado pelos adversários de Jesus: quem se mistura com os pecadores, assim pensavam, só pode ser do mesmo calibre deles.
Entretanto, conviver com os pecadores e excluídos fazia parte da pedagogia de Jesus, a fim de levá-los a converter-se ao Reino. A solidariedade com os pecadores não se estendia aos pecados que cometiam. Era preciso também alertá-los para que banissem de suas vidas tudo quanto os afastava de Deus.
Jesus acreditava, com todas as forças de seu coração, na possibilidade de conversão do coração humano. Por isso, empregava todos os meios disponíveis para atrair os pecadores para Deus, mesmo correndo o risco de ser vítima da maledicência de seus adversários. Menosprezando as críticas alheias, importava mostrar aos pecadores a possibilidade de uma vida fundada na misericórdia e na justiça. O caminho escolhido por Jesus foi o da solidariedade, que revela como cada um de nós é tratado por Deus.

 
Leitura
Isaías 58,9-14
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor: 58 9 "Se expulsares de tua casa toda a opressão, os gestos malévolos e as más conversações;
10 se deres do teu pão ao faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua noite resplandecerá como o dia pleno.
11 O Senhor te guiará constantemente, alimentar-te-á no árido deserto, renovará teu vigor. Serás como um jardim bem irrigado, como uma fonte de águas inesgotáveis.
12 Reerguerás as ruínas antigas, reedificarás sobre os alicerces seculares; chamar-te-ão o reparador de brechas, o restaurador das moradias em ruínas.
13 Se te abstiveres de calcar aos pés o sábado, de cuidar de teus negócios no dia que me é consagrado, se achares o sábado um dia maravilhoso, se achares respeitável o dia consagrado ao Senhor, se tu o venerares não seguindo os teus caminhos, não te entregando às tuas ocupações e às conversações,
14 então encontrarás tua felicidade no Senhor: eu te farei galgar as alturas da terra, e gozar a herança de Jacó, teu pai". Porque a boca do Senhor falou.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 85/86
Ensinai-me os vossos caminhos e, na vossa verdade, andarei.

Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido,
escutai, pois sou pobre e infeliz!
Protegei-me, que sou vosso amigo,
e salvai vosso servo, meu Deus,
que espera e confia em vós!

Piedade de mim, ó Senhor,
porque clamo por vós todo o dia!
Animai e alegrai vosso servo,
pois a vós eu elevo a minha alma.

Ó Senhor, vós sois bom e clemente,
sois perdão para quem vos invoca.
Escutai, ó Senhor, minha prece,
o lamento da minha oração!
 
Oração
Ó Deus eterno e todo-poderoso, olhai com bondade a nossa fraqueza e estendei, para proteger-nos, a vossa mão poderosa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 21 DE FEVEREIRO - SÁBADO

SÁBADO DEPOIS DAS CINZAS *
(ROXO – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Atendei-me, Senhor, na vossa grande misericórdia; olhai-nos, ó Deus, com toda a vossa bondade (Sl 68,17).
Oração do dia
Ó Deus eterno e todo-poderoso, olhai com bondade a nossa fraqueza e estendei, para proteger-nos, a vossa mão poderosa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 58,9-14)
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor: 58 9 "Se expulsares de tua casa toda a opressão, os gestos malévolos e as más conversações;
10 se deres do teu pão ao faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua noite resplandecerá como o dia pleno.
11 O Senhor te guiará constantemente, alimentar-te-á no árido deserto, renovará teu vigor. Serás como um jardim bem irrigado, como uma fonte de águas inesgotáveis.
12 Reerguerás as ruínas antigas, reedificarás sobre os alicerces seculares; chamar-te-ão o reparador de brechas, o restaurador das moradias em ruínas.
13 Se te abstiveres de calcar aos pés o sábado, de cuidar de teus negócios no dia que me é consagrado, se achares o sábado um dia maravilhoso, se achares respeitável o dia consagrado ao Senhor, se tu o venerares não seguindo os teus caminhos, não te entregando às tuas ocupações e às conversações,
14 então encontrarás tua felicidade no Senhor: eu te farei galgar as alturas da terra, e gozar a herança de Jacó, teu pai". Porque a boca do Senhor falou.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 85/86
Ensinai-me os vossos caminhos e, na vossa verdade, andarei.

Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido,
escutai, pois sou pobre e infeliz!
Protegei-me, que sou vosso amigo,
e salvai vosso servo, meu Deus,
que espera e confia em vós!

Piedade de mim, ó Senhor,
porque clamo por vós todo o dia!
Animai e alegrai vosso servo,
pois a vós eu elevo a minha alma.

Ó Senhor, vós sois bom e clemente,
sois perdão para quem vos invoca.
Escutai, ó Senhor, minha prece,
o lamento da minha oração!
 
Evangelho (Lucas 5,27-32)
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos! 
Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 5 27 Jesus viu sentado ao balcão um coletor de impostos, por nome Levi, e disse-lhe: "Segue-me".
28 Deixando ele tudo, levantou-se e o seguiu.
29 Levi deu-lhe um grande banquete em sua casa; vários desses fiscais e outras pessoas estavam sentados à mesa com eles.
30 Os fariseus e os seus escribas puseram-se a criticar e a perguntar aos discípulos: "Por que comeis e bebeis com os publicanos e pessoas de má vida?"
31 Respondeu-lhes Jesus: "Não são os homens de boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos.
32 Não vim chamar à conversão os justos, mas sim os pecadores".
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
CONVIDADOS À CONVERSÃO 
A proximidade de Jesus com os cobradores de impostos e os pecadores era mal vista pelos fariseus e mestres da Lei. Por malevolência, faziam juízos apressados a respeito dele, de forma a levá-lo a perder a credibilidade, tanto diante dos discípulos quanto diante das multidões que o procuravam. Não existe melhor meio de "queimar" alguém, do que levantar suspeitas sobre sua vida moral. No fundo, este era o ponto visado pelos adversários de Jesus: quem se mistura com os pecadores, assim pensavam, só pode ser do mesmo calibre deles.
Entretanto, conviver com os pecadores e excluídos fazia parte da pedagogia de Jesus, a fim de levá-los a converter-se ao Reino. A solidariedade com os pecadores não se estendia aos pecados que cometiam. Era preciso também alertá-los para que banissem de suas vidas tudo quanto os afastava de Deus.
Jesus acreditava, com todas as forças de seu coração, na possibilidade de conversão do coração humano. Por isso, empregava todos os meios disponíveis para atrair os pecadores para Deus, mesmo correndo o risco de ser vítima da maledicência de seus adversários. Menosprezando as críticas alheias, importava mostrar aos pecadores a possibilidade de uma vida fundada na misericórdia e na justiça. O caminho escolhido por Jesus foi o da solidariedade, que revela como cada um de nós é tratado por Deus.

 

Oração
Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de louvor e de reconciliação e fazei que, por ele purificados, vos ofereçamos o afeto de um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Eu quero a misericórdia e não o sacrifício, diz o Senhor; não vim chamar os justos, e sim os pecadores (Mt 9,13).
Depois da comunhão
Fazei, ó Deus, que este pão celeste, sacramento para nós na vida terrena, seja um auxílio para a vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO PEDRO DAMIÃO
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Pai todo-poderoso, daí-nos seguir as exortações e o exemplo de são Pedro Damião, para que, nada antepondo a Cristo e servindo sempre à vossa Igreja, cheguemos às alegrias da luz eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Olhai com bondade, ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer em vosso altar na festa de são Pedro Damião, para que, alcançando-nos o perdão, glorifique o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Alimentados pela eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que, seguindo o exemplo de são Pedro Damião, procuremos proclamar a fé que abraçou e praticar a doutrina que ensinou. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO PEDRO DAMIÃO):
Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote. Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência. Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena. Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato. A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII. Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz. A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.