quarta-feira, 18 de junho de 2014

Missa e procissão marcam a Solenidade de Corpus Christi na arquidiocese


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Uma tradição que está completando 750 anos será revivida nesta quinta-feira, 19, em todo o mundo pelos católicos. Instituída pelo papa Urbano IV a Solenidade de Corpus Christi celebra a presença real de Jesus na hóstia e no vinho consagrados. Sacramento estabelecido pelo próprio Cristo horas antes de morrer. Para marcar a data na Arquidiocese de Olinda e Recife, o arcebispo dom Fernando Saburido preside a Celebração Eucarística, na Igreja Catedral – Sé de Olinda – a partir das 9h.
O templo histórico deve ficar lotado. Além das centenas de fiéis que deverão comparecer à solenidade, religiosos e religiosas da arquidiocese, também, participarão da missa. Logo após a celebração, dom Saburido conduzirá a tradicional procissão com o Santíssimo Sacramento, saindo do templo histórico em direção à Academia Santa Gertrudes, na Cidade Alta, em Olinda.
Durante o percurso, o arcebispo concederá a Benção do Santíssimo em três locais: em frente ao Museu de Artes Sacra de Pernambuco, no Convento das Doroteias e na Igreja da Misericórdia. No templo, será feito um momento de adoração e dada a bênção final.
tapt.6Paróquias - Em todas as 115 paróquias, nas 19 cidades que compõem a arquidiocese, serão realizadas Celebrações Eucarísticas, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento. Algumas confeccionarão o tapete para a passagem da procissão.
O tapete lembra a adoração e devoção a Jesus presente na Eucaristia. Recorda também um pouco o Domingo de Ramos, quando para Jesus passar, entrando em Jerusalém, as pessoas colocavam tapetes, folhas de árvores para saudar Jesus que passava no meio do povo.
Os jovens da Paróquia São Miguel, na cidade de Ipojuca, acordarão cedo para preparar o adorno. A rua da Igreja Matriz ganhará desenhos de símbolos religiosos. Uma tradição que havia sido esquecida e foi retomada há dois anos pelos fiéis. O tapete terá cerca de 700 metros e será feito com serragem, folhas e flores.
Histórico
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o papa morreu em seguida, mas se propagou por algumas igrejas, como na Diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: “Este é o meu corpo… isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim”. Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira, após o domingo da Santíssima Trindade.
 Da Assessoria de Comunicação AOR

A fé que move o padre Héctor Miguel Ruiz



padre“O senhor é o padre da paróquia de São Lourenço da Mata?”, indago, apenas para ratificar uma informação. “Sim, mas pode colocar aí que sou também da Arena Pernambuco!”, responde, antes de cair na risada. Héctor Miguel Ruiz, de 64 anos, é pároco da paróquia de São Lourenço Mártir, na cidade de nome homônimo e que tem como maior “monumento” um estádio de Copa do Mundo. Apesar do português aperfeiçoado pelos anos de prática, Héctor é mexicano. De nascença, de coração e de fé.
Héctor vive há 22 anos no Brasil, sendo 13 deles em solo pernambucano. Antes, passou um período viajando. “Aos 18 anos, fui para a Espanha seguir carreira eclesiástica. Depois, para Itália e Estados Unidos. Pertencia a uma congregação que me mandava trabalhar em outros países, até que saí dela e optei por ter uma experiência diocesana no Brasil”, contou. Ele explica o motivo. “O Brasil é muito parecido com o México, similar na alegria. Nós somos muito devotos da Nossa Senhora de Guadalupe (padroeira do México) e os brasileiros à Nossa Senhora Aparecida (padroeira nacional). Ambos são países católicos e semelhantes no modo de pensar”, diz Héctor, explicando sua escolha final por São Lourenço da Mata. “Vi que essa região tinha uma necessidade grande de expandir o sacerdócio. Cheguei aqui e a cidade tinha mais de 100 mil habitantes e apenas um padre. Diria que ouvi uma voz interior pedindo que eu ficasse”.
Quem hoje vê Héctor celebrando as missas, não imagina que o mexicano poderia ter seguido uma carreira bem diferente. “Costumava jogar bola no seminário, como atacante”, sorri. Fã de Hugo Sanchez – ex-jogador mexicano que disputou três Copas do Mundo -, o padre conta que não pôde acompanhar de perto os dois Mundiais realizados no seu país. “Em 1970, estava na Espanha e na época não tinha tantas transmissões. E olha que a final dessa Copa foi em Guadalajara, justo onde nasci. Já em 1986, me encontrava na Itália, recluso em um retiro espiritual”, lamenta. Mas de 2012 ele lembra. “Assisti à Olimpíada em que o México ganhou do Brasil”. Coração dividido na final? “Não, meu coração é todo mexicano”.
Torcedor do Chivas Guadalajara, “o maior, mais popular e dono de uma das maiores torcidas do mundo”, diz Héctor – deixando o lado torcedor transbordar -, ele diminui o ufanismo ao comentar as possibilidades da seleção mexicana no mundial. “Tem bons jogadores, como Peralta e Chicharito, mas logo deve ser eliminada”. Sem nunca ter assistido in loco um jogo do México, o padre diz que não deve acompanhar o duelo da seleção na Arena Pernambuco, sua “paróquia”, contra a Croácia. “Vou ficar em casa vendo pela TV, assim como esse jogo do Brasil”. E se alguma partida cair no mesmo horário de uma missa? “Eu gravo ou então peço para alguém ir (na missa) no meu lugar”, brinca. No final, uso um discurso otimista. “Quem sabe o México não surpreende”. Em resposta, escuto: “Vamos ter fé”. Algo que Héctor tem de sobra.
Texto: William Tavares/Folha de Pernambuco
Foto: Marina Mahmood/Folha de Pernambuco

Liturgia Diária

DIA 18 DE JUNHO - QUARTA-FEIRA

XI SEMANA COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Reis 2,1.6-14)
Leitura do segundo livro dos Reis.
2 1 Eis o que se passou no dia em que o Senhor arrebatou Elias ao céu num turbilhão: Elias e Eliseu partiram de Gálgala,
6 Elias disse-lhe: “Fica aqui, porque o Senhor manda-me ao Jordão”. Por Deus e pela tua vida, respondeu Eliseu, não te deixarei. E partiram juntos.
7 Seguiram-nos cinqüenta filhos de profetas os quais pararam ao longe, diante deles, enquanto Elias e Eliseu se detinham à beira do Jordão.
8 Elias tomou o seu manto, dobrou-o e feriu com ele as águas, que se separaram para as duas bandas, de modo que atravessaram ambos a pé enxuto.
9 Tendo passado, Elias disse a Eliseu: “Pede-me algo antes que eu seja arrebatado de ti: que posso eu fazer por ti?” Eliseu respondeu: “Seja-me concedida uma porção dobrada do teu espírito”.
10 “Pedes uma coisa difícil”, replicou Elias. “Entretanto, se me vires quando eu for arrebatado de ti, isso te será dado: mas se não me vires, não te será dado”.
11 Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que de repente um carro de fogo com cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num turbilhão.
12 Vendo isso, Eliseu exclamou: “Meu pai, meu pai! Carro e cavalaria de Israel!” E não o viu mais. Tomando então as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13 Apanhou o manto que Elias deixara cair, e voltando até o Jordão, parou à beira do rio.
14 Tomou o manto que Elias deixara cair, feriu com ele as águas, dizendo: “Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Onde está ele?” Tendo ferido as águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 30/31
Fortalecei os corações,
vós que ao Senhor vos confiais!


Como é grande, ó Senhor, vossa bondade,
que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam,
mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

Na proteção de vossa face os defendeis,
bem longe das intrigas dos mortais.
No interior de vossa tenda os escondeis,
protegendo-os contra as línguas maldizentes.

Amai o Senhor Deus, seus santos todos,
ele guarda com carinho seus fiéis,
mas pune os orgulhosos com rigor.
Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 1 “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2 Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3 Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4 Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5 Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6 Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16 Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17 Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18 Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
OBRAS DE PIEDADE 
A religião judaica dava grande importância à esmola, à oração e ao jejum como práticas de piedade, embora não fossem expressamente prescritas pela Lei.
Os discípulos de Jesus, enquanto herdeiros da tradição judaica, tinham consciência do valor destas práticas como forma de expressar uma relação profunda com o próximo (esmola), com Deus (oração) e consigo mesmo (jejum). O cuidado de Jesus visava orientá-los sobre a maneira correta de praticá-las. A preocupação do Mestre ia além dessas três práticas tradicionais de piedade. Ele queria ensinar os seus discípulos como ser piedoso.
Existe uma maneira de ser piedoso com a preocupação de ser visto e louvado pelos outros. Era a preocupação própria dos hipócritas e exibidos. Mas existe também, outro modo de ser piedoso, que consiste em colocar-se em profunda comunhão com o Pai, que vê as coisas ocultas, e reconhece a sinceridade de coração de quem pretende ser-lhe agradável.
"Agir em segredo" não é o mesmo que fazer "ações secretas". Mesmo quando age em público, o coração do discípulo está centrado no Pai, e só ele procura agradar. Eventuais recompensas humanas são irrelevantes para ele, comparadas com as que o Pai lhe reserva.

Oração Espírito de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Pai santo, guarda no teu nome os que me deste, para que sejam um como nós, diz o Senhor (Jo 17,11).
Depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na eucaristia prefigura a união dos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.

Liturgia Diária

DIA 18 DE JUNHO - QUARTA-FEIRA

XI SEMANA COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)
Oração do dia
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Reis 2,1.6-14)
Leitura do segundo livro dos Reis.
2 1 Eis o que se passou no dia em que o Senhor arrebatou Elias ao céu num turbilhão: Elias e Eliseu partiram de Gálgala,
6 Elias disse-lhe: “Fica aqui, porque o Senhor manda-me ao Jordão”. Por Deus e pela tua vida, respondeu Eliseu, não te deixarei. E partiram juntos.
7 Seguiram-nos cinqüenta filhos de profetas os quais pararam ao longe, diante deles, enquanto Elias e Eliseu se detinham à beira do Jordão.
8 Elias tomou o seu manto, dobrou-o e feriu com ele as águas, que se separaram para as duas bandas, de modo que atravessaram ambos a pé enxuto.
9 Tendo passado, Elias disse a Eliseu: “Pede-me algo antes que eu seja arrebatado de ti: que posso eu fazer por ti?” Eliseu respondeu: “Seja-me concedida uma porção dobrada do teu espírito”.
10 “Pedes uma coisa difícil”, replicou Elias. “Entretanto, se me vires quando eu for arrebatado de ti, isso te será dado: mas se não me vires, não te será dado”.
11 Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que de repente um carro de fogo com cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num turbilhão.
12 Vendo isso, Eliseu exclamou: “Meu pai, meu pai! Carro e cavalaria de Israel!” E não o viu mais. Tomando então as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13 Apanhou o manto que Elias deixara cair, e voltando até o Jordão, parou à beira do rio.
14 Tomou o manto que Elias deixara cair, feriu com ele as águas, dizendo: “Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Onde está ele?” Tendo ferido as águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 30/31
Fortalecei os corações,
vós que ao Senhor vos confiais!


Como é grande, ó Senhor, vossa bondade,
que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam,
mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

Na proteção de vossa face os defendeis,
bem longe das intrigas dos mortais.
No interior de vossa tenda os escondeis,
protegendo-os contra as línguas maldizentes.

Amai o Senhor Deus, seus santos todos,
ele guarda com carinho seus fiéis,
mas pune os orgulhosos com rigor.
Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 1 “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2 Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3 Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4 Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5 Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6 Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16 Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17 Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18 Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
OBRAS DE PIEDADE 
A religião judaica dava grande importância à esmola, à oração e ao jejum como práticas de piedade, embora não fossem expressamente prescritas pela Lei.
Os discípulos de Jesus, enquanto herdeiros da tradição judaica, tinham consciência do valor destas práticas como forma de expressar uma relação profunda com o próximo (esmola), com Deus (oração) e consigo mesmo (jejum). O cuidado de Jesus visava orientá-los sobre a maneira correta de praticá-las. A preocupação do Mestre ia além dessas três práticas tradicionais de piedade. Ele queria ensinar os seus discípulos como ser piedoso.
Existe uma maneira de ser piedoso com a preocupação de ser visto e louvado pelos outros. Era a preocupação própria dos hipócritas e exibidos. Mas existe também, outro modo de ser piedoso, que consiste em colocar-se em profunda comunhão com o Pai, que vê as coisas ocultas, e reconhece a sinceridade de coração de quem pretende ser-lhe agradável.
"Agir em segredo" não é o mesmo que fazer "ações secretas". Mesmo quando age em público, o coração do discípulo está centrado no Pai, e só ele procura agradar. Eventuais recompensas humanas são irrelevantes para ele, comparadas com as que o Pai lhe reserva.

Oração Espírito de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que pelo pão e vinho alimentais a vida dos seres humanos e os renovais pelo sacramento, fazei que jamais falte este sustento ao nosso corpo e à nossa alma. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Pai santo, guarda no teu nome os que me deste, para que sejam um como nós, diz o Senhor (Jo 17,11).
Depois da comunhão
Ó Deus, esta comunhão na eucaristia prefigura a união dos fiéis em vosso amor; fazei que realize também a comunhão na vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 18 de junho de 2014

Mateus 6,1-6.16-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6 1 “Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu.
2 Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
3 Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
4 Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á.
5 Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
6 Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.
16 Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
17 Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto.
18 Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
OBRAS DE PIEDADE 
A religião judaica dava grande importância à esmola, à oração e ao jejum como práticas de piedade, embora não fossem expressamente prescritas pela Lei.
Os discípulos de Jesus, enquanto herdeiros da tradição judaica, tinham consciência do valor destas práticas como forma de expressar uma relação profunda com o próximo (esmola), com Deus (oração) e consigo mesmo (jejum). O cuidado de Jesus visava orientá-los sobre a maneira correta de praticá-las. A preocupação do Mestre ia além dessas três práticas tradicionais de piedade. Ele queria ensinar os seus discípulos como ser piedoso.
Existe uma maneira de ser piedoso com a preocupação de ser visto e louvado pelos outros. Era a preocupação própria dos hipócritas e exibidos. Mas existe também, outro modo de ser piedoso, que consiste em colocar-se em profunda comunhão com o Pai, que vê as coisas ocultas, e reconhece a sinceridade de coração de quem pretende ser-lhe agradável.
"Agir em segredo" não é o mesmo que fazer "ações secretas". Mesmo quando age em público, o coração do discípulo está centrado no Pai, e só ele procura agradar. Eventuais recompensas humanas são irrelevantes para ele, comparadas com as que o Pai lhe reserva.

Oração Espírito de piedade, ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
2 Reis 2,1.6-14
Leitura do segundo livro dos Reis.
2 1 Eis o que se passou no dia em que o Senhor arrebatou Elias ao céu num turbilhão: Elias e Eliseu partiram de Gálgala,
6 Elias disse-lhe: “Fica aqui, porque o Senhor manda-me ao Jordão”. Por Deus e pela tua vida, respondeu Eliseu, não te deixarei. E partiram juntos.
7 Seguiram-nos cinqüenta filhos de profetas os quais pararam ao longe, diante deles, enquanto Elias e Eliseu se detinham à beira do Jordão.
8 Elias tomou o seu manto, dobrou-o e feriu com ele as águas, que se separaram para as duas bandas, de modo que atravessaram ambos a pé enxuto.
9 Tendo passado, Elias disse a Eliseu: “Pede-me algo antes que eu seja arrebatado de ti: que posso eu fazer por ti?” Eliseu respondeu: “Seja-me concedida uma porção dobrada do teu espírito”.
10 “Pedes uma coisa difícil”, replicou Elias. “Entretanto, se me vires quando eu for arrebatado de ti, isso te será dado: mas se não me vires, não te será dado”.
11 Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que de repente um carro de fogo com cavalos de fogo os separou um do outro, e Elias subiu ao céu num turbilhão.
12 Vendo isso, Eliseu exclamou: “Meu pai, meu pai! Carro e cavalaria de Israel!” E não o viu mais. Tomando então as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
13 Apanhou o manto que Elias deixara cair, e voltando até o Jordão, parou à beira do rio.
14 Tomou o manto que Elias deixara cair, feriu com ele as águas, dizendo: “Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Onde está ele?” Tendo ferido as águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.
Palavra do Senhor.
Salmo 30/31
Fortalecei os corações,
vós que ao Senhor vos confiais!


Como é grande, ó Senhor, vossa bondade,
que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam,
mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

Na proteção de vossa face os defendeis,
bem longe das intrigas dos mortais.
No interior de vossa tenda os escondeis,
protegendo-os contra as línguas maldizentes.

Amai o Senhor Deus, seus santos todos,
ele guarda com carinho seus fiéis,
mas pune os orgulhosos com rigor.
Oração
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Pra não dizer que não falei da Copa


É hora de mostrar que, apesar de nossas limitações, sabemos acolher bem os visitantes que chegam.
Por Dom Murilo S.R. Krieger*
Ufa! Finalmente a Copa começou! Não sei se os leitores de jornais ou de noticiários de sites, os ouvintes de rádio ou os telespectadores de TV têm ainda paciência para ver, ler ou ouvir comentários e reportagens a respeito de qualquer coisa referente à Copa do Mundo. E não é para menos: com 20 mil jornalistas vivendo em função dos jogos que começarão no próximo dia 12, não há aspecto, detalhe ou pormenor referente aos jogadores e às seleções que não tenham sido analisados, dissecados ou explorados. Já sabemos nomes de avós de jogadores, conhecemos a comida preferida de um jogador que é reserva do time da Croácia e fomos informados a respeito do time em que jogou, quando tinha 19 anos, um dos atacantes da seleção de Camarões. Tudo bem: futebol é cultura!
Não deixa de ser curiosa, uma Copa do Mundo! Curiosa e admirável! De repente, os países se unem em torno de uma bola de futebol. Parece se esquecerem misteriosamente de divergências raciais, de problemas econômicos, de velhas guerras que deixaram feridas, e começam a torcer. Se é verdade que a FIFA, por sua atuação, tem sido alvo de críticas, e muitas fundamentadas, não podemos nos esquecer, contudo, da importância de seu papel quando se fala do congraçamento de povos e nações, por meio do futebol.
Quando o Brasil se candidatou a sede da Copa do Mundo de 2014, eu, que gosto de futebol, não me empolguei nada. Ao contrário, disse e repeti que sediar uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada é coisa para país rico – isto é, para os países que já resolveram seus problemas básicos e, para receber as seleções nacionais, não teriam muita coisa para fazer, ou, quando muito, uma pequena reforma num estádio, a ampliação de alguns hotéis ou uma nova camada de asfalto numa ou noutra estrada. Já para um país como o nosso, com inúmeros problemas, necessidades e desafios, é outra coisa. Mesmo porque não há “dinheiro de fora” para as construções necessárias e a iniciativa privada não costuma investir em obras assim. O que acaba acontecendo é o remanejamento de verbas. Outras necessidades terão que ser deixadas de lado em função dos estádios – melhor, das arenas...
Mas a Copa está aí, e somos os anfitriões. As seleções já se encontram em nosso meio, conhecendo nossa realidade e nosso jeito de ser. Não somos a Alemanha, como já antecipou um dirigente da FIFA; somos o Brasil, e é hora de mostrar que, apesar de nossas limitações, sabemos acolher bem os visitantes que chegam. Com tantas notícias negativas que correram pelo mundo a respeito de como o Brasil se preparou (ou não se preparou) para a Copa, pode ser que os estrangeiros fiquem até gratamente surpresos com o que virem, ouvirem (mesmo sem entender a nossa língua) e experimentarem. E, quem sabe, passem a falar de forma positiva de nosso país e do nosso povo.
Para enriquecer a nossa experiência, ficarão algumas lições que, espero, guardemos cuidadosamente. Uma delas: não se deve dar um passo maior do que as próprias pernas. Conhecer os próprios limites, aceitá-los e agir de acordo com eles é uma importante lição de sabedoria e humildade. Outra lição: já que não dá para voltar atrás (sejamos realistas: vai ter Copa!), vamos em frente, vivendo com alegria e paz este momento. E, por que não?, torcendo para sermos novamente campeões do mundo. Praticantes de um ótimo futebol, o que se vê especialmente pelas transmissões de jogos europeus, onde estão nossos melhores jogadores, merecemos esse título.
Nada ficará melhor, se a realização da Copa for marcada por manifestações violentas. Nada melhorará, se não formos campeões do mundo. Aproveitando o título deste artigo, completo com Geraldo Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!” Vamos fazer a hora, mesmo que trabalhando menos nas próximas semanas. Violência gera violência. A violência fere, deixa sequelas ou, mesmo, mata. Aproveitemos esta oportunidade para descobrir que é possível sonhar com um mundo de paz – afinal, a terra é redonda, como a bola de futebol...
CNBB, 17-06-2014.
*Dom Murilo S.R. Krieger é arcebispo de Salvador (BA).

Eucaristia, tão sublime Sacramento


O pão que partimos é comunhão com o corpo e o sangue de Cristo.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*
A solenidade de Corpus Christi nos coloca diante do grande tesouro da Igreja, a Eucaristia. Todos os domingos celebramos, e também todos os dias; desta vez, porém, nossa atenção concentra-se sobre o próprio Mistério da Eucaristia; acolhendo mais uma vez este dom inefável, adoramos, agradecemos, louvamos e nos alegramos no Senhor.
Os textos da liturgia de Corpus Christi fazem menção a diversos significados e percepções da fé da Igreja na Eucaristia. É "memorial" da paixão, instituída por Cristo na última ceia, pouco antes de padecer a cruz. As palavras de Jesus dão significado ao gesto da entrega do pão e do vinho aos apóstolos: “é meu corpo entregue por vós; é meu sangue, derramado por vós”.
Jesus refere-se àquilo que aconteceria logo em seguida: ele se entregou “por” nós sobre a cruz, em nosso favor; seu sangue derramado é redentor, como para os hebreus, no Egito, foi o sangue dos cordeiros pascais, untado nos umbrais das portas. A última ceia de Jesus com os apóstolos era a ceia da Páscoa judaica, na qual se comia o cordeiro pascal. Jesus lhe dá novo significado, como “ceia da nova e eterna aliança”, selada no seu próprio sangue.
A Liturgia faz constantes referências a este aspecto “sacrifical” da Eucaristia, ceia pascal dos cristãos. Antes da comunhão, a Eucaristia é apresentada ao povo com estas palavras: “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Na cruz, Jesus é o “cordeiro imolado” entregue inteiramente pela nossa redenção, “para que não pereça todo aquele que nele crê”. Por esta “entrega por nós”, alcançamos misericórdia, perdão e vida sem fim.
A Eucaristia é também “sinal de unidade e vínculo da caridade” (S.Agostinho). Chamando a atenção da comunidade de Corinto para a dignidade da celebração eucarística, Paulo recorda que “o pão que partimos é comunhão com o corpo e o sangue de Cristo” e, portanto, “nós todos somos um só corpo”, em Cristo (cf 1Cor 10,16-17).
No Prefácio da Santa Eucaristia, o celebrante proclama: "fazeis de todos nós um só coração, iluminais os povos com a luz da mesma fé e congregais os cristãos numa mesma caridade”. A Eucaristia é banquete de irmãos à mesma mesa, unidos todos numa só família, “em Cristo”. Nela, nossa comunhão no amor de Cristo e na mesma fé da Igreja é significada e realizada. Por isso, o dissenso da fé eclesial e a orientação individualista e egoísta da vida são atitudes contrárias à participação neste sacramento.
A Eucaristia é também “pão da vida eterna”. Após o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus convida as pessoas a procurarem “o pão vivo descido do céu”, que é ele próprio: “eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo. 6,51). Cristo quer continuar a ser o alimento da nossa fé. E quem dele se nutre, “viverá para sempre” (cf Jo.6,58).
A Eucaristia é celebrada aqui na terra “até que Ele venha”. Por isso, ela também é sinal e anúncio profético da grande esperança que vem da nossa fé: aquilo que acolhemos na penumbra da fé e celebramos por sinais na terra, é o mesmo que ainda esperamos e se tornará plenamente manifesto na vida eterna: “anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”.
Quanta riqueza, na Eucaristia! Não é sem razão que, em Corpus Christi, a Igreja adora e aclama este “sublime Sacramento” – “Sacramento de Jesus Cristo e da sua Igreja”! Vinde, todos, adoremos e rendamos graças ao Senhor!
A12, 17-06-2014.
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo.