quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A Paróquia Nossa Senhora das Candeias


Convida seus paroquianos e familiares para o jantar comemorativo do Trigésimo aniversário, a ser realizado no dia vinte e nove de agosto de dois mil e quatorze, às vinte e uma horas, na Rua Alfredo Régis de Lima  Mota, 400 - Candeias.
Pe. Paulo Sérgio Vieira Leite

O custo deste jantar é de R$ 50,00 - por pessoa. Buffet Cristiane Barros. 
Restam poucos e quem quiser adquirir procurar Sonia Marina, Tereza Lucena, Neves e a secretaria da Matriz. 

Ser gente, a grande vocação do homem


Ser humano é também uma vocação e missão. É dando vida aos outros é que a teremos em abundância.
Por Luiz Carlos de Oliveira*

A Igreja do Brasil tem alguns meses ou datas temáticas, como mês da Bíblia em setembro, Campanha da Fraternidade na Quaresma e mês vocacional em agosto.

Neste, refletimos as vocações como a sacerdotal, a religiosa, a leiga e a catequista. Todas as vocações têm como base a vocação cristã, que é chamado à participação da vida divina sem a qual não se justificam. A própria vocação cristã se apóia também na vocação humana, na qual acontece e se realiza.

Não precisamos ser pessoas perfeitas para vivermos a vida cristã. Como seres humanos somos chamados a viver esta condição que nos é própria. Ser gente é a primeira vocação e que deve estar presente nas demais. Ser humano não é ser super homem.

Em tudo podemos viver o ser humano. Somos plenamente humanos em nossas deficiências e fragilidades. Os defeitos, as diferenças e condicionamentos não nos tiram a capacidade de ser gente. Só a maldade nos faz menos humanos. Sabemos que o especial numa família é o foco de amor.

Cada um se desenvolve num sentido e neste contribui para a sociedade crescer. A riqueza dos dons humanos compõe o colorido da humanidade. Como as flores e frutos, mesmo efêmeros, encantam. As humildes florinhas do campo têm sua função. Nivelar é desigualar.

Jesus encantava os discípulos por sua capacidade de ser humano. Tudo que somos e temos pode crescer e fazer bem aos outros. Nossa humanidade tem a fagulha divina. O que é divino não bloqueia o ser humano, mas o eleva a um maior aperfeiçoamento.

Há uma participação da vida divina sem que percebamos. Deus pôs a marca divina no ser humano. Tudo que é humano espelha o divino. Por isso somos capazes de fazer o bem e nos comunicar com Ele. O amor humano está unido ao amor divino. A vocação humana é base das vocações.

Força construtora do desejo

A vida espiritual, no dizer dos escritores cristãos, acontece pelo desejo. Desejo não se trata de um mero “eu gostaria”. Ele é a força que nos move na busca de Deus e de tudo que a Ele se refere. Nos salmos este desejo é expresso com a palavra sede: “Como a corça bramindo por águas correntes, assim minha alma esta bramindo por ti, ó meu Deus! Minha alma tem sede do Deus vivo” (Sl 42,2-3).

Este bramir selvagem é a loucura do animal sedento. Assim, desejar Deus acontece também no crescimento da pessoa que busca crescer como pessoa para fazer um bem maior. Todo esforço de melhorar o mundo é o contínuo desejo que está no íntimo do ser humano de ir além levando a própria natureza a desenvolver suas próprias condições.

É sem conta o tempo que o ser humano tem superado suas condições. O mesmo acontece na busca de melhores condições para todos. Não só crescer em bens, mas em humanidade. Quanto mais humano o mundo for, tanto mais levará o desejo a promover a pessoa. Ser humano é também uma vocação e missão.

Espaço para o outro

Não podemos ser completos sem o relacionamento com outro. Somos parte uns dos outros. O ser humano se conhece e se sabe quando se vê no espelho que é o outro. A sociedade promovendo o individualismo, mais pobre se tornou. Rica de bens e pobre em humanidade.

É dando vida aos outros é que a teremos em abundância. O egoísmo social, religioso e econômico criou a filosofia o egocentrismo que na economia causa males sem conta. A educação centrada na concorrência não formou homens para a mudança das estruturas. Ter mais superou a capacidade de ser mais. Ser mais é sair de si e ir ao encontro de todos. Assim crescemos em humanidade.
A12, 02-08-2014.
*Luiz Carlos de Oliveira é padre.

Liturgia Diária

DIA 6 DE AGOSTO - QUARTA-FEIRA

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA FESTA)

Antífona da entrada: O Espírito Santo apareceu na nuvem luminosa e a voz do Pai se fez ouvir: Este é o meu Filho amado, nele depositei todo o meu amor. Escutai-o (Mt 17,5).
Oração do dia
Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do nosso filho amado e compartilhar da sua herança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Daniel 7,9-10.13-14)
Leitura da profecia de Daniel.
7 9 Continuei a olhar, até o momento em que foram colocados os tronos e um ancião chegou e se sentou. Brancas como a neve eram suas vestes, e tal como a pura lã era sua cabeleira; seu trono era feito de chamas, com rodas de fogo ardente.
10 Saído de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos.
13 Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido.
14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 96/97
Deus é rei, é o Altíssimo,
muito acima do universo.


Deus é rei! Exulte a terra de alegria,
e as ilhas numerosas rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam no seu trono,
que se apóia na justiça e no direito.

As montanhas se derretem como cera
ante a face do Senhor de toda a terra;
e assim proclama o céu sua justiça,
todos os povos podem ver a sua glória.

Porque vós sois o Altíssimo, Senhor,
muito acima do universo que criastes,
e de muito superais todos os deuses.
 
Evangelho (Mateus 17,1-9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis meu Filho muito amado, nele está meu bem-querer, escutai-o, todos vós! (Mt 17,5). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
17 1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha.
2 Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.
3 E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele.
4 Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o".
6 Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.
7 Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais.
8 Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
9 E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: "Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos".
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
O DESTINO DO MESSIAS 
Pedro, Tiago e João, os mais destacados do grupo dos discípulos, tiveram o privilégio de “ver” a glória do Messias, antecipada na cena da transfiguração. Este estava destinado a ser glorificado por Deus, e revestido de imortalidade divina.
O episódio evangélico está todo envolvido pela presença divina. O monte, para o qual Jesus e seus discípulos se dirigiram, simboliza o lugar da presença e da comunicação divinas. Dirigiram-se para o alto monte, porque o ser humano deve elevar-se para poder contemplar a manifestação da glória divina.
O rosto de Jesus, “brilhante como o sol”, apontava para a glória dos justos no reino do Pai. Igualmente, o esplendor luminoso de suas vestes.
A presença de Moisés e Elias indicava que as Escrituras – Palavra de Deus – estão todas centradas na pessoa de Jesus. Tudo quanto Deus havia falado a seu povo eleito tinha sido em função do seu Filho amado. Moisés e Elias evocavam o monte Sinai, lugar da manifestação de Deus, onde ambos estiveram.
O auge da presença divina revela-se quando uma nuvem luminosa envolveu Jesus, e a voz celeste se fez ouvir: “Este é o meu filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz!”.
Assim, os discípulos estavam em condições de compreender a verdadeira identidade de Jesus, na sua condição humana e divina. Este seria um dado importante para quem haveria de ver o Mestre tornar-se vítima da incompreensão das lideranças religiosas do povo.

Oração 
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Santificai, ó Deus, as nossas oferendas pela gloriosa transfiguração do vosso Filho e purificai-nos das manchas do pecado no esplendor de sua luz. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio
(O Mistério da Transfiguração)
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Perante testemunhas escolhidas, Jesus manifestou sua glória e fez resplandecer seu corpo, igual ao nosso, para que os discípulos não se escandalizassem da cruz. Desse modo, como cabeça da Igreja, manifestou o esplendor que refulgiria em todos os cristãos. Unidos à multidão dos anjos e dos santos, celebramos a vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz...
 
Antífona da comunhão: Quando Cristo aparecer, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é (1Jo 3,2).
Depois da comunhão
Ó Deus, que o alimento celeste por nós recebido nos transforme na imagem de Cristo, cujo esplendor quisestes revelar na sua gloriosa transfiguração. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR)
A festa da "Transfiguração do Senhor" acontece no mundo cristão desde o século V. Ela nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de Deus, como o fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua transfiguração no alto do monte Tabor, localizado no coração da Galiléia. O episódio bíblico é relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas.

Assim, segundo São Mateus 9,2-10, temos: "Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia fazer assim tão brancas. Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a palavra: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-O". E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos. E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos".

A intenção de Jesus era a de fortalecer a fé destes três apóstolos, para que suportassem o terrível desfecho de Sua paixão, antecipando-lhes o esplendor e glória da vida eterna. Também foi Pedro, que depois, recordando com emoção o evento, nos afirmou: "Fomos testemunhas oculares da Sua majestade" (2 Pd 1, 16).

O significado dessa festa é, e sempre será, o mesmo que Jesus pretendeu, naquele tempo, ao se transfigurar para os apóstolos no monte, ou seja, preparar os cristãos para que, em qualquer circunstância, permaneçam firmes na fé no Cristo. Melhor explicação, só através das inspiradas palavras do Papa João Paulo II, quando nesta solenidade em 2002, nos lembrou que: "O rosto de Cristo é um rosto de luz que rasga a obscuridade da morte: é anúncio e penhor da nossa glória, porque é o rosto do Crucificado Ressuscitado, o único Redentor da humanidade, que continua a resplandecer sobre nós (cf. Sl 67, 3)".

Somente em 1457, esta celebração se estendeu para toda a cristandade, por determinação do Papa Calisto III, que quis enaltecer a vitória, do ano anterior, das tropas cristãs sobre os turcos muçulmanos que ameaçavam a liberdade na Europa.

Evangelho do Dia

Ano A - 06 de agosto de 2014

Mateus 17,1-9

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis meu Filho muito amado, nele está meu bem-querer, escutai-o, todos vós! (Mt 17,5).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
17 1 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha.
2 Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.
3 E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele.
4 Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o".
6 Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.
7 Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais.
8 Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
9 E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: "Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos".
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
O DESTINO DO MESSIAS 
Pedro, Tiago e João, os mais destacados do grupo dos discípulos, tiveram o privilégio de “ver” a glória do Messias, antecipada na cena da transfiguração. Este estava destinado a ser glorificado por Deus, e revestido de imortalidade divina.
O episódio evangélico está todo envolvido pela presença divina. O monte, para o qual Jesus e seus discípulos se dirigiram, simboliza o lugar da presença e da comunicação divinas. Dirigiram-se para o alto monte, porque o ser humano deve elevar-se para poder contemplar a manifestação da glória divina.
O rosto de Jesus, “brilhante como o sol”, apontava para a glória dos justos no reino do Pai. Igualmente, o esplendor luminoso de suas vestes.
A presença de Moisés e Elias indicava que as Escrituras – Palavra de Deus – estão todas centradas na pessoa de Jesus. Tudo quanto Deus havia falado a seu povo eleito tinha sido em função do seu Filho amado. Moisés e Elias evocavam o monte Sinai, lugar da manifestação de Deus, onde ambos estiveram.
O auge da presença divina revela-se quando uma nuvem luminosa envolveu Jesus, e a voz celeste se fez ouvir: “Este é o meu filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz!”.
Assim, os discípulos estavam em condições de compreender a verdadeira identidade de Jesus, na sua condição humana e divina. Este seria um dado importante para quem haveria de ver o Mestre tornar-se vítima da incompreensão das lideranças religiosas do povo.

Oração 
Pai, que a transfiguração leve-me a confessar Jesus como teu Filho amado, e a reconhecer que sou chamado a expressar o esplendor divino que trago dentro de mim.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Leitura
Daniel 7,9-10.13-14
Leitura da profecia de Daniel.
7 9 Continuei a olhar, até o momento em que foram colocados os tronos e um ancião chegou e se sentou. Brancas como a neve eram suas vestes, e tal como a pura lã era sua cabeleira; seu trono era feito de chamas, com rodas de fogo ardente.
10 Saído de diante dele, corria um rio de fogo. Milhares e milhares o serviam, dezenas de milhares o assistiam! O tribunal deu audiência e os livros foram abertos.
13 Olhando sempre a visão noturna, vi um ser, semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu: dirigiu-se para o lado do ancião, diante de quem foi conduzido.
14 A ele foram dados império, glória e realeza, e todos os povos, todas as nações e os povos de todas as línguas serviram-no. Seu domínio será eterno; nunca cessará e o seu reino jamais será destruído.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 96/97
Deus é rei, é o Altíssimo,
muito acima do universo.


Deus é rei! Exulte a terra de alegria,
e as ilhas numerosas rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam no seu trono,
que se apóia na justiça e no direito.

As montanhas se derretem como cera
ante a face do Senhor de toda a terra;
e assim proclama o céu sua justiça,
todos os povos podem ver a sua glória.

Porque vós sois o Altíssimo, Senhor,
muito acima do universo que criastes,
e de muito superais todos os deuses.
 
Oração
Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz do nosso filho amado e compartilhar da sua herança. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Cristo abandonou a Igreja?


As leituras de hoje falam de tempestade e escuridão. Na 1ª leitura, Elias, desanimado, procura Deus no monte no qual este se havia manifestado a Moisés. Deus lhe promete uma “entrevista”. Elias o espera, no vento, no terremoto, no fogo, mas ele não está aí. Depois, porém, surge uma brisa mansa, e Deus lhe fala... No evangelho lemos que, depois da multiplicação dos pães, Jesus manda os discípulos atravessarem o mar, sozinhos. Ele mesmo fica na montanha, para orar. No meio da noite, enquanto os discípulos lutam contra a tempestade, ele vai até eles, andando sobre o mar. Incute-lhes confiança: “Não tenhais medo”. Pedro se entusiasma, quer ir até ele sobre as ondas, mas duvida...

Deus é precedido pela tempestade, mas domina-a. É na calmaria que ele dirige a palavra a Elias. Jesus domina as ondas do lago e dissipa o pânico dos discípulos. Sua manifestação é um convite a ter fé nele. Os doze, o barco, o porta-voz Pedro: tudo isso evoca a Igreja, abalada pelas tempestades da história, enquanto Cristo parece estar demorando para chegar – pois os primeiros cristãos esperavam vivamente e para breve a nova vinda de Cristo, a Parusia, que parecia protelar-se sempre mais. A mensagem da narrativa parece ser que a Igreja deve acreditar na presença confortadora de seu Senhor. Mas nessa fé podem aparecer falhas, como no caso de Pedro...

Que tempestades e escuridão angustiam a Igreja hoje? Cristo nos parece estar longe, não percebemos sua presença...

A Igreja como poderosa instituição está sendo atingida pelo desmantelamento da força política que durante muito tempo lhe serviu de sustentáculo: o ocidente europeu e suas extensões coloniais. “Morreu a Cristandade”, o regime no qual Igreja e Sociedade se identificavam. Sociologicamente falando, a Igreja aparece sempre mais como o que ela era no início: uma mera comunidade de fiéis, sem maior peso civil que as sociedades culturais, círculos literários e clubes de futebol (e olhe lá!). Quem ainda não acostumou seus olhos a esse apagamento sociológico, tem dificuldade de enxergar a presença de Cristo.

As dificuldades que a Igreja enfrenta hoje devem nos fazer enxergar melhor a presença de Cristo em novos setores da Igreja, sobretudo na população empobrecida e excluída da sociedade do bem-estar globalizado. De repente, Jesus se manifesta como calmaria no ambiente tempestuoso das “periferias” do mundo, na simplicidade das comunidades nascidas da fé do povo. Temos coragem para ir até ele ou duvidamos ainda, deixando-nos “levar pela onda”?

Confira também a liturgia do domingo.

Não há pecado sem perdão


Quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?
Certa vez, em uma pequena cidade francesa, um pedinte chamado Leôncio costumava permanecer esmolando à entrada da igreja. Na hora da santa Missa, todos entravam, menos ele. Apesar disso, o padre gostava do homem. Era humilde, submisso e resignado.

Um dia, ele não apareceu. Após vários dias, preocupado com a sua ausência, o padre decidiu procurá-lo. Depois de muito indagar, encontrou Leôncio em um quartinho úmido e sombrio.

Ao entrar, muita coisa chamou a sua atenção. Na parede, suja e escura, estava um relógio de ouro antigo e valiosíssimo. Ao lado do relógio, fotografias em molduras de muito bom gosto. Havia também um divã revestido de um tecido damasceno de alto valor.

Leôncio percebeu o olhar surpreso e indagador do padre, e contou-lhe a sua história: “Muito pobre, fui levado para servir no castelo de um fidalgo. Procurei servi-lo bem, chegando a ser seu secretário. Com isso, tornei-me conhecedor profundo das transações comerciais e industriais do nobre patrão.

Motivos políticos levaram a região à revolta, com muita gente presa. Aquele fidalgo decidiu fugir com a família para outra região da França. Ninguém sabia o rumo que tomara. Foi procurado por toda parte. As autoridades ofereceram alta soma de dinheiro para quem revelasse o seu esconderijo.

Fascinado pelo ouro, fiz a revelação, e o fidalgo e sua família foram capturados e condenados. Morreram na guilhotina ele, a esposa e duas lindas filhas. Só o caçula foi poupado. Eu não posso acreditar no perdão para quem premeditadamente cometeu esse crime que cometi. Veja aí sobre a mesinha a foto daquela família. Eu me sinto hoje o mais indigno pecador”.

“Bem, mas para Deus não há pecado que não mereça perdão”, disse o padre. “Busque-o enquanto é tempo.

E, apontando para a foto, disse: “Eu sou este mais novo. Esta é a minha família, que você levou à morte. Entretanto, eu perdoo você. Perdoo completamente. Ainda assim você acha que Deus não o perdoa?”

Senhor, perdoai-nos como nós perdoamos!

“Pedro perguntou a Jesus: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes” (Mt 18,21-22). Este “setenta vezes sete” significa até ao infinito, tanto em relação ao número quanto ao tipo de ofensas.
CNBB, 06-08-2014.

Não percam tempo com a internet, diz papa


"Talvez muitos jovens percam horas demais com coisas fúteis", afirmou Francisco em discurso.
ROMA - O papa Francisco exortou 50 mil coroinhas alemães nessa terça-feira (5) a não perder tempo com Internet, celulares inteligentes e televisão, mas dedicá-lo a atividades mais produtivas. "Talvez muitos jovens percam horas demais com coisas fúteis", declarou o pontífice em um discurso breve aos auxiliares de culto que peregrinaram a Roma, na Itália. "Nossa vida é feita de tempo, e o tempo é uma dádiva de Deus, então é importante que seja usado em ações boas e frutíferas".
As atividades citadas por Francisco como fúteis são: "bater papo na Internet ou com smartphones, assistir novelas na TV e (usar) os produtos do progresso tecnológico, que deveriam simplificar e melhorar a qualidade de vida, mas desviam a atenção do que é realmente importante".
O papa, de 77 anos, tem contas no Twitter em várias línguas. Elas foram usadas pela primeira vez em 2011 por seu antecessor, Bento 16, e sua conta em inglês tem 4,3 milhões de seguidores. Em português, 1,1 milhão de usuários seguem o pontífice.
Ele também descreveu a Internet como "uma dádiva de Deus", mas alertou que o mundo de alta velocidade das mídias sociais precisa de calma, reflexão e ternura para ser "uma rede não de cabos, mas de pessoas".
Reuters