quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Vicariato Recife Sul 1 realiza investidura de 60 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão


Ministro-da-Sagrada-ComunhãoCerca de 60 novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão do Vicariato Recife Sul 2 serão investidos pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. A Celebração Eucarística será realizada nesta quinta-feira, 5 de setembro, às 19h30, na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, em Tejipió, Zona Oeste do Recife.
Os futuros ministros fazem parte das paróquias que compõem a Região Episcopal Recife Sul 1. Eles passaram por período de formação através de encontros realizados no próprio vicariato. Recife Sul 1 é administrado pelo vigário episcopal, monsenhor Sérgio Pereira.

Investidura dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão
Vicariato Recife Sul 1

Local: Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário
Rua Falcão de Lacerda, 716 – Tejipió – Recife
Dia: 05 de setembro de 2013
Horário: 19h30
Da Assessoria de Comunicação AOR

Tríduo marca preparação para instalação canônica de Paróquia em Piedade


igreja-loreto

A 112ª paróquia da Arquidiocese de Olinda e Recife será criada. Para celebrar a elevação canônica, a comunidade da futura Paróquia Nossa Senhora de Loreto, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, promove Tríduo preparatório entre os dia 06 e 12 de setembro. A programação conta com Missas diárias, meditação do Terço, confissão, bingo festivo e feirinha.
A instalação da paróquia será no dia 12 com Celebração Eucarística presidida pelo arcebispo metropolitano às 19h30. Na ocasião, o arcebispo dará possa ao primeiro administrador paroquial, padre Acácio Carvalho. A futura paróquia será desmembrada da Paróquia Nossa Senhora das Candeias e pertence ao Vicariato Recife Sul 2.
Programação
06 de setembro – sexta-feira
18h30 - Reza do Terço com o Ângelus (Comunidade Nossa Senhora do Carmo)
19h30 - Celebração do Sagrado Coração de Jesus
Convidados: todas as comunidades
07 de setembro – sábado
15h - Reza do Terço  (Comunidade Nossa Senhora do Carmo)
15h30 - Celebração Eucarística
17h30 - Bingo Festivo
08 de setembro – domingo
7h -
 Celebração Eucarística e Adoração ao Santíssimo durante todo o dia (Missão)
Confissão
09 de setembro – segunda-feira
Tema: Comunidade Orante
19h - Reza do Terço (Comunidade Nossa Senhora do Carmo)
19h30 - Celebração Eucarística
Convidados: Matriz Nossa Senhora das Candeias e comunidade São José Operário (Carolinas)
10 de setembro – terça-feira
Tema: Vida em comunidade
19h - Reza do Terço (Comunidade Nossa Senhora do Carmo)
19h30 - Celebração Eucarística com Adoração ao Santíssimo Sacramento
Convidados: Mãe e Rainha, Santa Terezinha e Nossa Senhora das Graças
11 de setembro – quarta-feira
Tema: Comunidade Missionária
19h - Reza do Terço (Comunidade Nossa Senhora do Carmo)
19h30 - Celebração Eucarística
Convidados: Capelas Santo Antônio e São Vicente
12 de setembro – quinta-feira
18h30- Acolhimento com louvor até às 19h10
19h30- Celebração Eucarística presidida pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Instalação canônica da Paróquia Nossa Senhora de Loreto
Local: Rua Nossa Senhora de Loreto, 645 – Piedade – Jaboatão dos Guararapes
Dia: 12 de setembro de 2013
Horário: 19h30

Da Assessoria de Comunicação AOR

Mistérios Luminosos inspiram Festa da Padroeira de 2013


Aparecida  - "Com a Mãe Aparecida seguimos Jesus, nossa Luz" é o tema que irá inspirar os devotos durante a Novena em preparação para a Festa da Padroeira de 2013. Assim como no ano passado, a escolha do tema tem como base um Mistério do Rosário.

Em entrevista no programa Sabor de Vida da TV Aparecida, Irmão Viveiros explicou que a temática seguirá os Mistérios Luminosos: “Nesse processo, queremos contemplar a vida de Jesus. O terço é uma oração mariana, mas é Cristocêntrica também. Por isso vamos refletir sobre a vida, a missão e a pessoa de Jesus. Consequente, vamos refletir sobre a nossa missão na Igreja, em função dos Mistérios da Luz”, esclareceu o Irmão.

De acordo com Viveiros, a Novena e Festa está relacionada ao Ano Jubilar de comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Aparecida no Rio Paraíba do Sul, completados em 2017. Por isso, a expectativa e os trabalhos estão ainda mais intensos: “A festa está sendo uma grande criação, que vai acontecendo e envolvendo muita gente. A novena é um grande retiro espiritual, em que o Brasil inteiro se envolve. Queremos que ela aconteça de maneira solene, será um grande momento de espiritualidade”, acredita.

Para os devotos que desejarem conhecer um pouco mais sobre o assunto, o Irmão recomenda o Livro da Novena e Festa da Padroeira 2013, que pode ser adquirido na Loja Oficial do Santuário de Aparecida. A Novena e Festa da Padroeira 2013 será realizada entre os dias 3 e 12 de outubro, sempre em dois horários: às 15h00 e às 19h00, com transmissão ao vivo pela Rede Aparecida de Comunicação.

Durante a entrevista, Irmão Viveiros e Bete Ribeiro também falaram sobre a programação destinada às crianças e jovens, que terá linguagem e ambiente próprios.

Fiéis de todo o mundo aderem ao dia de oração pela Síria


Cidade do Vaticano – Aumentam de hora em hora as adesões ao dia de oração e jejum pela Síria, convocado pelo papa Francisco para o próximo sábado (7). Inúmeras organizações e expoentes religiosos manifestam publicamente a sua participação.Congregações como o Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), a Obra Dom Orione e os salesianos, movimentos como a Renovação no Espírito, Pax Christi e Focolares já divulgaram comunicados aderindo à iniciativa.
A Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa fez o mesmo, fazendo votos de que “cada ordinário na sua diocese, eparquia ou exarcado, cada pároco em sua paróquia e com os seus paroquianos, cada superior/a de Instituto religioso, possa organizar o dia como mais lhe convém, na esperança de que “o eco das orações que saem de nossos lábios possa cobrir o barulho dos tambores da guerra”.
O arcebispo metropolitano sírio-ortodoxo de “Jazirah e Eufrates”, Eustathius Matta Roham, afirmou que ele e toda a sua comunidade “aderem com convicção ao apelo do papa”.  Para afastar males como a guerra e a violência, o arcebispo recorda o trecho do Evangelho de Mateus (Mt 17,21): “Esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”.
Nas Filipinas, o cardeal Luis Antonio Tagle convidou todos os párocos e os reitores de santuários da Arquidiocese de Manila a celebrarem a missa da manhã de sábado, 7 de setembro, com a intenção especial pelo povo sírio, encorajando os fiéis a uma hora de Adoração eucarística depois da missa.

Em todas as dioceses, estão sendo organizados encontros de oração e jejum pela paz. Em Assis, cidade que receberá o papa em outubro, a Basílica Inferior de São Francisco, de terça a sexta-feira, permanecerá aberta até as 22h para permitir que os fiéis rezem sobre o túmulo do Santo pela paz na Síria. Além disso, no sábado, os frades realizarão uma vigília de oração em Santa Maria dos Anjos em comunhão com o papa Francisco.

A Secretaria de Estado do Vaticano convidou os embaixadores junto à Santa Sé para um encontro nesta quinta-feira (5) de manhã, de modo que possa informar ao corpo diplomático o significado da iniciativa e contatou também todas as Conferências Episcopais do mundo com a mesma finalidade. Já os dicastérios vaticanos se mobilizaram contatando os referentes de outras Igrejas e confissões religiosas. }

O programa para sábado ainda está sendo definido. A Praça S. Pedro estará aberta a todos, a partir das 16h30, hora local, sem necessidade de bilhete. A chegada do Papa está prevista para as 19h. Haverá a entronização da imagem mariana do "Salus populi romani", a reza do terço e uma meditação do pontífice com um renovado apelo pela paz. A conclusão está prevista para as 23h.

Os preferidos de Deus


Por Gustavo Gutiérrez

Não estamos com os pobres se não somos contra a pobreza, dizia Paul Ricoeur há muitos anos. Ou seja, se não rejeitamos a condição que oprime uma parte tão importante da humanidade. Não se trata de uma rejeição meramente emotiva. É necessário conhecer as razões da pobreza em nível social, econômico e cultural. Isso exige instrumentos de análise que nos são fornecidos pelas ciências humanas, mas, como todo pensamento científico, elas trabalham com hipóteses que permitem compreender a realidade que buscam explicar. Isso equivale a dizer que elas são chamadas a mudar diante de fenômenos novos.
É o que acontece hoje diante da presença dominante do neoliberalismo que vem sobre as costas de uma economia cada mais autônoma da política (e, antes ainda, da ética), graças ao fenômeno conhecido pelo termo, um pouco bárbaro, "globalização".

A situação assim designada, como sabemos, vem do mundo da informação, mas tem poderosas repercussões sobre o campo econômico e social, e em outros âmbitos da atividade humana. No entanto, a palavra é enganosa, porque faz acreditar que nos orientamos rumo a um mundo único, quando, na realidade, e no momento atual, comporta inevitavelmente uma contrapartida: a exclusão de uma parte da humanidade do circuito econômico e dos chamados benefícios da civilização contemporânea.

Uma assimetria que se torna cada vez mais pronunciada. Milhões de pessoas são, assim, transformadas em objetos inúteis, ou descartáveis após o uso. Trata-se daqueles que ficaram fora do âmbito do conhecimento, elemento decisivo da economia dos nossos dias e o eixo mais importante de acumulação de capital.

Deve-se notar que essa polarização é consequência da forma em que estamos vivendo hoje a globalização, que constitui um fato que necessariamente não deve assumir os contornos atuais de uma crescente desigualdade. E, como sabemos, sem igualdade, não há justiça. Sabemos disso, mas o problema assume hoje uma urgência cada vez maior.

O neoliberalismo econômico postula um mercado sem limites, chamado a se regular sozinho e submete qualquer solidariedade social nesse campo a uma dura crítica, acusando-a não só de ser ineficaz com relação à pobreza, mas até de ser uma das suas causas. Que houve abusos nesse campo é claro e reconhecido, mas aqui estamos diante de uma recusa de princípio que deixa sem proteção os mais frágeis da sociedade.

Um dos corolários desse pensamento, e um dos mais dolorosos e agudos, é o da dívida externa, que oprime e mantém as mãos amarradas das nações pobres. Dívida que cresceu de maneira espetacular, dentre outros motivos, por causa das taxas de juros manipuladas pelos próprios credores. O pedido do seu cancelamento foi um dos pontos mais concretos e interessantes da decisão de João Paulo II de celebrar um jubileu, no sentido bíblico do termo, para o ano de 2000.

Essa desumanização da economia, em vigor há algum tempo, que tende a transformar tudo em mercadoria, inclusive as pessoas, foi denunciada por uma reflexão teológica que mostra o caráter idólatra, no sentido bíblico do termo, desse fato. As circunstâncias atuais não só tornaram mais urgente esse chamado, mas também forneceram novos elementos de aprofundamento.

Por outro lado, assistimos hoje a uma curiosa tentativa de justificação teológica do neoliberalismo econômico que, por exemplo, compara as multinacionais ao Servo de YHWH, atacado e vilipendiado por todos, enquanto delas viriam a justiça e a salvação. Sem falar da chamada teologia da prosperidade, que tem vínculos muito estreitos com a posição recém-lembrada. Isso levou, às vezes, a postular um certo paralelismo entre cristianismo e doutrina neoliberal.

Sem negar as suas intuições, é preciso se interrogar sobre o porte de uma operação que nos lembra aquela que, no extremo oposto, foi feita, há anos, para refutar o marxismo, considerado também como uma espécie de "religião", que, além disso, teria seguido, passo a passo, a mensagem cristã (pecado original e propriedade privada, necessidade de um redentor e proletariado etc.). Mas essa observação, é claro, não tira nada da necessidade de uma crítica radical das ideias dominantes hoje no âmbito da economia. Ao contrário.

Uma reflexão teológica a partir dos pobres, preferidos por Deus, se impõe. Ela deve levar em consideração a autonomia da disciplina econômica e, ao mesmo tempo, ter em mente a sua relação com o conjunto da vida dos seres humanos, o que comporta, acima de tudo, levar em consideração uma exigência ética.

Da mesma forma, evitando entrar no jogo das posições que acabamos de mencionar, não devemos perder de vista que a rejeição mais firme às posições neoliberais ocorre a partir das contradições de uma economia que se esquece cinicamente e, a longo prazo, de maneira suicida dos seres humanos, particularmente daqueles que não têm defesas nesse campo, isto é, hoje, a maior parte da humanidade.

Trata-se de uma questão ética no sentido mais amplo do termo, que impõe que entremos nos perversos mecanismos que distorcem a partir de dentro a atividade humana chamada economia. Esforços corajosos de reflexão teológica são feitos nesse sentido entre nós.

Nessa linha, a da globalização e da pobreza, também devemos colocar as perspectivas abertas pelas correntes ecologistas diante da destruição, igualmente suicida, da natureza. Elas nos tornaram mais sensíveis a todas as dimensões do dom da vida e nos ajudaram a ampliar o horizonte da solidariedade social que deve compreender um respeitoso vínculo com a natureza.

O problema não diz respeito apenas aos países desenvolvidos, cujas indústrias causam tantos danos ao habitat natural da humanidade. Envolve a todos, também os países mais pobres.

É impossível hoje refletir teologicamente sobre o problema da pobreza sem levar em conta essas realidades.
L'Osservatore Romano, 04-09-2013.

Setembro, mês do livro inspirado e inspirador


Na Bíblia Sagrada, encontramos a grande ordem expressa por Jesus, cuja origem está em Deus.
Por Padre Geovane Saraiva*
Digamos que a Bíblia é a Cartilha, a gramática ou enciclopédia do povo de Deus, que de modo correto, orienta os homens e mulheres, nas diversidades de dons, talentos, carismas e funções. Ela foi escrita num passado distante, por pessoas que viveram determinados contextos, diferente do nosso, mas isso não importa. Ela é sempre atual e sua palavra é eterna.  Por isso mesmo, Deus quer através dela, enriquecer suas criaturas. É uma graça divina incomensurável contar com esse didático e pedagógico livro, ontem, hoje e por toda eternidade, na palavra de Josué: “Que o livro desta Lei esteja sempre nos teus lábios: medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de agir de acordo com tudo que está escrito nele. Assim serás bem sucedido nas tuas realizações e alcançarás êxito” (Js 1, 8).

Na Bíblia Sagrada encontramos a grande ordem expressa por Jesus, tendo sua origem em Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, a partir do mistério da encarnação e da redenção, que podemos chamar de mistério pascal, isto é, realização plena da humanidade, no comunicado à Igreja, de que ela é missionária, é enviada com a seguinte finalidade: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15);  “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quando vos ordenei” (MT 28, 19-20); e ainda: “Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra (At 1, 8).

No Novo Testamento, a missão refere-se, em primeiro lugar ao Pai, que envia seu Filho Jesus, com encargo de realizar sua santa vontade e ao mesmo tempo consumar a obra do nosso bom Deus (cf. Jo 4, 34). Por sua vez, Jesus envia os doze, envia outros discípulos e também envia as discípulas, com a mesma missão de serem testemunhas, no anúncio da boa nova da salvação até os confins da terra.

Nossa missão, decorrente do batismo, é para que sejamos pessoas marcadas pela graça de Deus, no anúncio e no testemunho, com a tarefa de transformar a realidade, marcada pelo pecado e por todo tipo contradição, no dever de fermentá-la e transformá-la numa nova civilização, apresentando ao mundo sinais de esperança e solidariedade, não através de belas palavras ou de pregações bonitas e milagrosas, mas acima de tudo, pela prática e pelo testemunho. Deus leva em conta à mística, bem como o testemunho e o modo coerente de viver.

A esperança de que a salvação chegou, no consolo definitivo de Israel tem seu ponto mais elevado no mistério de uma criança, na sua encarnação, morte e ressurreição. Pedro, Tiago e João, diante do contexto do mistério do Filho de Deus transfigurado, na montanha sagrada, ficam deslumbrados, de tal modo, que manifestam a vontade construir três tendas. Podemos compreender a alegria deles como algo fascinante, num ardente desejo de que aquele acontecimento extraordinário permanecesse e se perpetuasse, ao ser revelado lá o rosto do filho amado do Pai. “Eis o meu filho amado, em quem pus toda minha afeição, escutai-o” (MT 17, 5).

Olhando para realidade da transfiguração, nós cristãos, precisamos sempre mais nos conscientizar da nossa missão, do nosso compromisso de mudar e transfigurar o mundo, nunca nos afastando da ordem do Mestre, de sermos bons operários da sua vinha, na vida que nos foi dada por Deus, certos de que, “A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou” (Gl 6, 14).

A Palavra de Deus é eterna, viva e eficaz e por isso mesmo nos salva, liberta e transforma em criaturas novas, inspiradas e inspiradoras, colocando-nos diante da realidade de um novo céu e uma nova terra, da nova Jerusalém, que descia do céu de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido, fazendo novas todas as coisas (cf. Ap 21, 1-5).

A ordem de Jesus é para se realizar em nós, ao abraçarmos seu projeto de amor, que nos faz lembrar o grão de trigo, que cai na terra e morre para produzir o fruto desejado (cf. Jo 12, 24). O maravilhoso nisso tudo é termos Deus Pai, na sua bondade infinita para conosco, sempre pronto a nos oferecer a oportunidade de recarregar nossas baterias, ao mesmo tempo em que quer afastar de nós todo tipo de tentação, sobretudo, a tentação do imediatismo e a da falta paciência e da não aceitação da cruz, sempre necessário e imprescindível, como o próprio Jesus afirma: “Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (MT 16, 25).
* Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e vice-presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. E-mail: geovanesaraiva@gmail.com.

A Teologia da Libertação e a Igreja que precisa de todos


A questão dos pobres é, em perspectiva evangélica, a grande questão. Isso, porém, não acrescenta um novo tema de reflexão, mas sim determina 'um novo modo de fazer teologia'.

Mural de Mino Cerezo Barredo: imagem que simboliza o ideário da Teologia da Libertação.
Por Ugo Sartorio

Com um papa latino-americano, a Teologia da Libertação não podia permanecer por muito tempo no cone de sombra em que foi relegada há alguns anos, ao menos na Europa. Posta fora de jogo por um duplo preconceito: aquele de que ela ainda não metabolizou a fase conflituosa de meados dos anos 1980, muito enfatizada pela mídia, e faz dela uma vítima do Magistério romano; e o preconceito engessado na rejeição de uma teologia considerada muito de esquerda e, portanto, tendenciosa.

É preciso acrescentar o fato de que alguns chegaram até a dar por morta e sepultada a Teologia da Libertação, fruto de uma época que se concluiria finalmente com a queda do Muro de Berlim (1989) e a implosão do império soviético ligado à ideologia marxista.
Curiosa, a propósito, é a reação de um dos maiores expoentes desse filão teológico, o peruano Gustavo Gutiérrez, relatada por Luiz Carlos Susin: "O conhecido teólogo peruano lamentou-se com o seu proverbial senso de ironia, dizendo que, se a Teologia Libertação está morta, ele não foi convidado para o funeral. Ele acrescenta que, se fosse verdade, ele ficaria muito contente, porque isso significaria que teríamos chegado a viver em um mundo justo, no reino de Deus, o reino da liberdade escatológica, e não devemos mais sustentar o esforço da luta e da fidelidade, sempre tentada e fatigante, para conquistar a libertação" (Silvia Scatena, Luiz Carlos Susin e Sandro Gallazzi, Chiesa e teologia in America Latina, Pádua: Messaggero, 2013, p. 51-52).

O mesmo Gutiérrez, no livro que estamos apresentando, esclarece que 1989 é, seguramente, paradigmático para a relação entre Oriente e Ocidente, já que, por muitos anos, a história ficou bloqueada nesse eixo, mas que, no entanto, a teologia da libertação não está interessada na pobreza dos países do Oriente. Ela se move, ao contrário, a partir da desumana situação de pobreza na América Latina e no Caribe, que não parece ter se mitigado significativamente nas últimas décadas e que exige ser lida à luz da fé. "Estado de coisas e teologia – esclarece Gutiérrez sem rodeios – que, substancialmente, têm pouco a ver com o colapso do socialismo real" (p. 46).

Em todo caso, ainda em 2002, o teólogo Robert J. Schreiter descrevia a teologia, melhor, as teologias da libertação "entre resistência e reconstrução" (cf. The New Catholicity, Orbis Books, p. 98-115), portanto, em busca de identidade dentro de contextos mudados. E não é possível deixar de levar em conta que, na América Latina, como ainda há 30 anos ilustrava o teólogo jesuíta argentino Juan Carlos Scannone (cf. Problemi e prospettive di teologia dogmatica, Bréscia: Queriniana, 1983, p. 406-414), a teologia da libertação nunca foi um fenômeno unitário, mas sim caracterizado por correntes também muito diversificadas entre si.

Dentro dessa diversidade, existe uma Teologia da Libertação argentina, compartilhada pelo cardeal Bergoglio, hoje papa Francisco, que, "como a Teologia da Libertação, utiliza o método ´ver-julgar-agir´, liga práxis histórica e reflexão teológica, e recorre à mediação das ciências sociais e humanas. Porém, privilegia uma análise histórico-cultural em vez de uma análise socioestrutural de tipo marxista" (Scannone, La teologia di Francesco, in Il Regno, Attualità 6/2013, p. 128).

Mas voltemos ao livro em questão, escrito a quatro mãos por dois teólogos de exceção. O já citado padre Gutiérrez (padre, pode-se dizer, em dois sentidos: seja porque, como padre diocesano, se fez dominicano e, portanto, agora pertence à Ordem dos Freis Pregadores, seja porque, em bom direito, é considerado o "pai da teologia da libertação", p. 77) e o atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o arcebispo Gerhard Ludwig Müller, professor honorário da Universidade Ludwig-Maximilian de Munique e editor da opera omnia de Joseph Ratzinger-Bento XVI.

O livro – traduzido ao italiano em coedição pelas Edizioni Messaggero Padova e pela Editrice Missionaria Italiana – é, de fato, um texto que apareceu originalmente em língua alemã em 2004 (Augsburg, Sankt Ulrich Verlag). O título permanece idêntico (An der Seite der Armen; "do lado dos pobres"), enquanto o subtítulo alemão que diz Theologie der Befreiung, "a teologia da libertação", é ampliado com o acréscimo de "teologia da Igreja". Com o intuito de evidenciar o sumo da publicação inteira, ou seja, o valor eclesial de uma teologia que, em muitos de seus expoentes, dentre os quais se destaca Gutiérrez, desenvolveu um caminho que, sem dúvida, a coloca no sulco da catolicidade e a seu serviço, como teologia da Igreja e para a Igreja.

Das 183 páginas de texto, 117 (em três contribuições) são do teólogo peruano, enquanto 76 (em quatro intervenções) foram escritas pelo arcebispo Müller. Chama a atenção o tom pacato, às vezes meditativo, da exposição e, principalmente, o fato de que é banido toda intenção reivindicativa: quem fala são os fatos, as argumentações, as referências voltadas tanto aos textos das Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano, quanto aos textos do Magistério romano.

Os dois autores vão, embora com passo diferente, na mesma direção, a de uma teologia que, como afirma a recente encíclica escrita a quatro mãos por Bento XVI e pelo papa Francisco, Lumen fidei, "compartilha a forma eclesial da fé", para a qual "a sua luz é a luz do sujeito crente que é a Igreja. Isto implica, por um lado, que a teologia esteja ao serviço da fé dos cristãos, vise humildemente preservar e aprofundar o crer de todos, sobretudo dos mais simples; e por outro, dado que vive da fé, a teologia não considera o magistério do papa e dos bispos em comunhão com ele como algo de extrínseco, um limite à sua liberdade, mas, pelo contrário, como um dos seus momentos internos constitutivos, enquanto o magistério assegura o contacto com a fonte originária, oferecendo assim a certeza de beber na Palavra de Cristo em toda a sua integridade" (n. 36).

Essa linha, perseguida com confiança pelos nossos dois autores, contrasta com os clichês jornalísticos de uma Teologia da Libertação inquieta, perenemente sob o ataque de um Magistério pelo qual ela se sentiria incompreendida, ainda colorida demais de ideologia. A teologia, escreve Gutiérrez, é uma "função eclesial" e oferece o seu serviço à comunicabilidade da fé: "O seu conteúdo é a proclamação de Cristo e da sua libertação integral, anúncio que deve ser feito em uma linguagem fiel à mensagem e que seja eloquente para os nossos contemporâneos" (p. 6).

É preciso notar que se fala de libertação "integral", portanto, de todo o ser humano de todos os males (a partir da raiz de todo o mal, que é o pecado), e de um renovado estilo de anúncio.

Não é por acaso que João Paulo II falou de modo estruturado de nova evangelização ("Nova em seu ardor, em seus métodos, em sua expressão"), justamente falando ao Conselho Episcopal Latino-Americano, no Haiti, no dia 9 de março de 1983. A expressão "nova evangelização", sublinha Gutiérrez (p. 150), encontra-se no documento preparatório de Medellín (Colômbia), berço da teologia da libertação, e na Mensagem dessa conferência, e estamos em 1968.

Um reconhecimento implícito da teologia da libertação como "nova evangelização" veio do último Sínodo dos Bispos sobre esse tema, em outubro passado: "A proclamação do Evangelho compromete a Igreja a estar com os pobres e a ocupar-se dos seus sofrimentos, como Jesus. (…) Pôr-se ao lado de quem está ferido pela vida não é só uma prática de socialidade, mas antes de tudo um fato espiritual. (…) A presença do pobre nas nossas comunidades é misteriosamente poderosa: muda as pessoas mais do que um discurso, ensina fidelidade, faz compreender a fragilidade da vida, pede oração: em síntese, conduz a Cristo" (Mensagem ao Povo de Deus, 26 de outubro de 2012, n. 6 e 11).

A questão dos pobres, portanto, é, em perspectiva evangélica, a grande questão, o que realmente faz a diferença, tanto que deu origem a uma reflexão teológica, a latino-americana em primeiro lugar (como se dizia, não devemos esquecer que hoje é preciso falar de teologias da libertação, no plural), que gira em torno desse ponto: isso, porém, não acrescenta um novo tema de reflexão à teologia, mas sim determina "um novo modo de fazer teologia" (Teologia della liberazione, Bréscia: Queriniana, 1972, p. 25).

Como escreveu Johann Baptist Metz em um artigo publicado em 1993 pela revista Stimmen der Zeit, "a teologia da libertação é algo mais e algo diferente de uma teoria social de esquerda ou de uma consequente teologia pastoral. Ela é teologia". Com que peculiaridade? Enquanto as teologias europeias, mesmo as mais envolvidas com as questões sociais (como a "teologia política" e a "teologia da esperança") sempre têm como interlocutor o ser humano adulto e emancipado de memória bonhoefferiana, o não crente que luta para reconhecer Deus e o marginaliza, a teologia da libertação tem a ver com o não ser humano, o pobre (ou, melhor, o empobrecido, no sentido de que a pobreza nunca é apenas uma fatalidade), aquele que é privado de direitos e não tem voz.

Os teólogos latino-americanos falam, a esse propósito, de "povo crucificado" (Ignacio Ellacuría), também por causa do difuso e doloroso fenômeno do martírio: de fato, a América Latina é o único "continente pobre e ao mesmo tempo cristão" (p. 55), onde alguns que se dizem cristãos matam outros cristãos alinhados em favor dos pobres.

Se, na Europa, portanto, o problema de ontem era o ateísmo militante e, o dos nossos dias, a opaca indiferença, a teologia da libertação está sempre lutando contra a idolatria do dinheiro e do poder, que derrama o sangue do pobre para dele tirar lucro. Uma idolatria que é morte e cujo oposto é o Deus da vida (cf. Gutiérrez, Il Dio della vita, Bréscia: Queriniana, 1992), o único capaz de restaurar dignidade ao pobre: gloria Dei vivens pauper, como gostava de dizer o bispo Óscar Arnulfo Romero, ecoando a célebre expressão de Santo Irineu.

Fique claro que, no centro da teologia da libertação, não está o pobre, mas o Deus dos pobres, de modo que a razão principal da ´´opção preferencial pelos pobres" não é a análise social (como defendem os opositores da teologia da libertação), mas sim o Deus em quem os cristãos acreditam na comunhão da Igreja.

Isso faz da teologia da libertação uma teologia contextual, em sentido pleno (mesmo que dizer "teologia contextual", especifica o teólogo peruano, é, por si só, uma tautologia), uma teologia plenamente católica, que nasce de uma prática de espiritualidade vivida e de uma solidariedade concreta: de fato, a teologia continua sendo sempre "ato segundo", diante de um "ato primeiro" que é a dimensão ativa da práxis em favor dos pobres.

E é isso o que realmente importa, como afirma Gutiérrez na conclusão da sua terceira e última intervenção: "Devo confessar que estou menos preocupado com o interesse ou a sobrevivência da teologia da libertação do que com os sofrimentos e as esperanças do povo a que pertenço, e especialmente com a comunicação da experiência e da mensagem de salvação em Jesus Cristo. Esta última é matéria da nossa caridade e da nossa fé. Uma teologia, por mais relevante que seja a sua função, nada mais é do que um meio para aprofundá-las. A teologia é uma hermenêutica da esperança vivida como um dom do Senhor. Com efeito, trata-se disto: de proclamar a esperança ao mundo no momento que vivemos como Igreja" (p. 174).

E, acima de tudo, de levantar as grandes questões, como faz a Escritura, quando YHWH comunica a Moisés uma prescrição a ser transmitida ao povo, a de se preocupar com onde dormirão aqueles que não têm com o que se cobrirem (cf. Êxodo 22, 25-26). Pergunta-se Gutiérrez a respeito desse texto: "Onde vão dormir os pobres no mundo que se prepara e que, de um certo modo, já deu os primeiros passos? O que será dos preferidos por Deus no futuro próximo?" (p. 112).

As intervenções do arcebispo Müller, que não esconde a sua amizade com o teólogo peruano, se voltam a valorizar a teologia da libertação, definida como "uma nova compreensão da teologia", e, mais especificamente, "reflexão teológica a serviço da práxis libertadora de Deus" (p. 22).

Recordando as suas origens em uma conferência realizada em 1968 por Gutiérrez em Chimbote, no norte do Peru (ele, na verdade, tinha que falar sobre teologia do desenvolvimento, mas, preparando a palestra, se deu conta de que era mais bíblico e mais teológico deslocar a ênfase para a teologia da libertação [cf. Rosino Gibellini, Il dibattito sulla teologia della liberazione, Bréscia: Queriniana, 1986, p. 126]), material que depois confluiu no famoso e emblemático Teologia da Libertação. Perspectivas (dezembro de 1971, Lima, na edição peruana, e março de 1972 na edição italiana, que foi lançada antes da espanhola [a brasileira é de 1979]), Müller faz referência à décima edição do livro (1992), na qual o autor, em uma ampla introdução, esclarece algumas expressões passíveis de mal-entendidos, entre elas "opção preferencial pelos pobres", "luta de classes", "teoria da dependência", "pecado estrutural e social".

"Aqui, ele também desmonta de modo convincente as acusações que foram feitas contra ele de horizontalismo e imanentização do cristianismo, que nunca deve ser instrumentalizado por uma ideologia voltada à edificação de um suposto paraíso na terra criado pelo homem. Ao contrário da teologia existencial de matriz europeia, a teologia da libertação se pergunta – mas não só – o que Deus, a graça e a revelação comportam com relação à compreensão de si dos cristãos inseridos em um contexto de sociedade do bem-estar e socialmente garantida. A teologia da libertação entende o trabalho teológico como participação ativa, prática – e, portanto, transformadora – do agir libertador integral, abrangente, inaugurado por Deus, graças ao qual o agir histórica do homem é feito capaz e chamado ao serviço da libertação e da humanização do próprio homem. Deve-se notar que a teologia da libertação não é uma construção teórica nascida abstratamente. Ela se vê em continuidade com o desenvolvimento global da teologia católica nos séculos XX e XXI" (p. 22).

Em seguida, Müller identifica as sua fontes principais na Populorum Progressio, de Paulo VI, na Constituição Pastoral Gaudium et Spes do Vaticano II e na visão expressada pela Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja como sacramento de salvação para o mundo, mas também nas grandes Conferências do Episcopado Latino-Americano de Medellín (1968), Puebla (1979) e Santo Domingo (1992), que receberam e atualizaram a teologia católica do século XX no contexto sociocultural e espiritual do subcontinente latino-americano (sendo o texto de 2004, não é citada a Assembleia Geral de Aparecida, de 2007).

Assim amadurecida e fortalecida, "a Teologia da Libertação não é apenas uma sociologia coberta de teologia ou uma espécie de de socioteologia. A Teologia da Libertação é teologia em sentido estrito" (p. 28). Não por acaso, o primeiro dos dois pronunciamentos vaticanos de 1984 (Libertatis Nuntius) – sintetiza Müller – evidencia que "as antropologias empíricas devem ser esclarecidas à luz de uma antropologia filosófica e teológica, tornando-se, assim, fecundas para uma investigação de tipo teológico" (p. 29).

A segunda instrução vaticana (Libertatis conscientia, 1986) especifica, por sua vez, o sentido cristão da liberdade e da libertação, e, dada a centralidade desse tema, o discurso é retomado no sétimo e último capítulo do livro: "Vagliate ogni cosa e tenete ciò che è buono". A 25 anni dall’istruzione Libertatis conscientia sulla teologia della liberazione ["Examinem tudo e fiquem com o que é bom". A 25 anos da instrução Libertatis conscientia sobre a teologia da libertação] (p. 181-187).

Aqui Müller indica a finalidade de ambas as intervenções da Congregação para a Doutrina da Fé, citadas acima: "Elas se propõem a preservar as ´teologias da libertação´ de se tornarem ideologias, perdendo assim o seu caráter de teologia" (p. 182). A segunda, em particular, reconhece que, por sua natureza, o Evangelho "é mensagem de liberdade e libertação" (n. 1), embora a liberdade cristã não equivalha a anarquia e nunca é sem vínculos, enquanto a missão libertadora da Igreja deve fugir de todo tipo de violência (cf. n. 62). A instrução Libertatis conscientia também identifica os conteúdos positivos das novas abordagens elaboradas pela teologia da libertação, mostrando a sua fecundidade.

Deve-se lembrar que, no mesmo ano, 1986, em uma carta à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil do dia 9 de abril (a instrução vaticana traz a data de 22 de março), João Paulo II afirmou que, "na medida em que se empenha por encontrar aquelas respostas justas (…), a teologia da libertação é não só oportuna mas útil e necessária".

Encerramos esta resenha com os agradecimentos que o arcebispo Müller dirige ao amigo teólogo Gutiérrez pelo seu precioso trabalho em favor da teologia europeia e da Igreja universal, selo de uma visão de Igreja que precisa de todas as melhores contribuições: "Justamente Gustavo Gutiérrez indica ao nosso olhar totalmente concentrado na perspectiva europeia o que significa Igreja universal. Com a teologia da libertação, a Igreja Católica pôde aumentar ainda mais o pluralismo dentro dela. A teologia da América Latina revela e propõe hoje novos aspectos da teologia que integram uma perspectiva europeia muitas vezes incrustada" (p. 178).