terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Comunidades Eclesiais de Base preparam-se para 13º Intereclesial


000cartaz_13 intereclesial p. 20Com a finalidade de partilhar as experiências e reflexões das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do Brasil, nasceram, na década de 70, os Intereclesiais.  A 13ª edição do encontro será de 7 a 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. O evento terá como tema “Justiça e profecia a serviço da vida” e lema, “Romeiras do Reino no campo e na cidade”. A expectativa é de que 4 mil pessoas, representando as comunidades de todo o Brasil e de vários continentes, participem do encontro.
De acordo com o bispo da diocese de Crato (CE), dom Fernando Panico, várias paróquias e comunidades já estão envolvidas na preparação do evento. “Temos certeza de que toda a fase de preparação é para a diocese de Crato uma grande benção. Podemos constatar todo o movimento nas nossas comunidades que estão se organizando para acolher os delegados”, disse o bispo.
A programação baseia-se no método “Ver”, “Julgar” e “Agir”. Na ocasião, haverá visitas às paróquias e comunidades, testemunhos de luta, desafios e esperança, momentos de celebrações, oficinas e plenárias, que contarão com a participação de diversos assessores nacionais, além de uma Feira de Economia Solidária e Comércio Justo.
As CEBs, por meio dos Intereclesiais, mantêm o elo entre as comunidades do Brasil. Trata-se de um momento para reafirmar o papel das CEBs dentro da Igreja, que define sua importância como propulsora de mudanças em diversas realidades brasileiras.
Fonte: CNBB

Francisco convida 4 sem-teto no dia do seu aniversário


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco hospedou na missa do dia de seu aniversário, 17 de dezembro, quatro pessoas sem-teto e todo o pessoal que trabalha na Casa Santa Marta, aonde reside. Todos foram convidados também para o café da manhã com ele, no refeitório da residência.

Os quatro mendigos, que vivem nas ruas vizinhas ao Vaticano, foram apresentados ao Papa pelo elemosineiro, Dom Konrad Krajewski. A Santa Sé divulgou uma nota informando que a celebração se realizou em um clima “particularmente familiar”, atendendo a um desejo do aniversariante.

Na missa também estavam presentes o Secretário de Estado, Dom Pietro Parolin, que atualmente reside na Casa Santa Marta, e o decano do colégio cardinalício, Dom Angelo Sodano, que concelebrou com o Papa.

O Evangelho do dia, abordando a genealogia e os nomes dos antepassados de Jesus, deu oportunidade ao Papa para citar no curso de sua homilia os nomes de vários funcionários presentes. Depois da missa, como sempre, Francisco cumprimentou todos pessoalmente.

Antes de se dirigirem ao refeitório para o café da manhã, entoaram juntos um coro de “Parabéns a você” pelos 77 anos do Pontífice.
(CM)



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano 

Vaticano parabeniza Papa com e-book. Confira


Cidade do Vaticano (RV) – Quem entrar no site do Vaticano (www.vatican.va) nesta terça-feira, 17, vai encontrar uma surpresa: o primeiro e-book de fotos e citações do Papa. O álbum traz 32 imagens de Francisco em contextos diferentes, acompanhadas de frases com o link para o texto original do qual foi extraída.

“A ternura de Deus se expressa nos sinais”, é um modo para assinalar o 77º aniversário de Francisco, que se celebra esta terça-feira.

Francisco é o primeiro Papa jesuíta, o primeiro latino-americano e o primeiro a adotar o nome de São Francisco de Assis, santo italiano que abdicou de uma vida de luxo para se dedicar aos pobres e à natureza. Até 9 meses e 4 dias atrás, quando foi eleito Pontífice após dois dias de conclave, era o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires.

Bergoglio é descendente de imigrantes italianos e cresceu no bairro de Flores, em Buenos Aires. Após ter perdido parte de um pulmão em decorrência de uma infecção, entrou na Companhia de Jesus em 1969, aos 32 anos, abandonando seus estudos na área da Química.

Foi nomeado bispo em 1992 e arcebispo de Buenos Aires seis anos mais tarde. Sua atuação na capital argentina foi marcada por gestos e discursos de forte impacto social, destacando temas como a inclusão e o direito ao trabalho. Sempre viveu em um apartamento modesto e era frequentemente visto locomovendo-se com transportes públicos.

Sua primeira aparição pública como Papa, em 13 de março de 2013, deixou claro seu estilo: vestia apenas uma batina branca, sem a clássica estola vermelha papal, e pediu aos fiéis que rezassem pedindo a Deus que abençoasse a ele e a Bento XVI, que renunciou ao cargo em 28 de fevereiro.

Em nove meses de pontificado, o Papa Francisco visitou o Brasil (Rio de Janeiro e Aparecida) e fez três viagens na Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa.

Dentre os principais documentos de seu pontificado, estão a encíclica ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), uma coleta de reflexões ‘a quatro mãos’ com Bento XVI, e a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), publicada em 24 de novembro em 7 línguas.

Francisco já convocou um Sínodo sobre a Família, que vai decorrer em duas sessões: uma extraordinária em 2014 e outra ordinária, em 2015.

Também criou um Conselho de Cardeais, com membros dos cinco continentes, para o aconselharem no Governo da Igreja e na reforma da ‘Constituição’ do Vaticano, e aprovou uma nova legislação para regular a atividade financeira do Estado e da Santa Sé.
(CM)



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano 

Igreja agiliza processo de canonização de José de Anchieta


José de Anchieta: jesuíta e um dos fundadores de SP.
Por José Maria Mayrink
O processo de canonização do beato José de Anchieta, que parecia parado à espera de um milagre, está sendo acelerado, após a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ter mandado uma carta a Francisco pedindo que o Apóstolo do Brasil seja declarado santo.

O papa não respondeu à carta assinada pelo cardeal-arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, mas deu sinal verde para a Companhia de Jesus apressar a documentação necessária. O prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, pediu que seja encaminhada, no mais breve tempo possível, a Positio, texto com a biografia de Anchieta, uma relação de prováveis milagres e provas de fama de santidade.

"O cardeal Amato pediu as mesmas informações ao postulador geral, padre Anton Witwer, sobre dois missionários do Canadá, que foram beatificados com José de Anchieta, em 1980", disse um dos vice-postuladores, padre Augusto César dos Santos. Jesuíta e responsável pelo Serviço Brasileiro da Rádio Vaticano, ele trabalha na preparação da Positio em Roma, enquanto outro vice-postulador, padre Nilson Maróstica, atua no Brasil, recolhendo relatos sobre graças alcançadas.

"Recebemos dezenas de cartas, de todas as regiões do país, pois a devoção ao beato José de Anchieta é muito grande", revela padre Nilson. Essa devoção comprova a fama de santidade, argumento que atualmente pesa mais do que a exigência de milagre para a canonização.

Anchieta nasceu nas Canárias. Filho de pai basco e mãe descendente de cristãos novos ou judeus convertidos, teria deixado o arquipélago para fugir da Inquisição, porque em Portugal a perseguição contra os judeus era menos rigorosa do que na Espanha. Entrou para a Companhia de Jesus em 1551 e, dois anos depois, desembarcou na Bahia. Noviço, participou, em 25 de janeiro de 1554, da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, berço da capital paulista. Morreu em 1597, no Espírito Santo, onde está sepultado.

Logo após sua morte, a notícia de suas virtudes heroicas chegou a Roma e, em 1624, o papa Inocêncio X autorizou a abertura da causa de beatificação. No século seguinte, quando o Marquês de Pombal iniciou uma perseguição aos jesuítas, todos os processos foram suspensos. A causa de Anchieta só foi retomada em 1875. Nas décadas seguintes, o Brasil recorreu ao papa Paulo VI para pedir a beatificação, que saiu só em 1980, com decisão de João Paulo II.
O Estado de S. Paulo, 15-12-2013.

Igreja, onde se inicia a verdadeira reforma


A primeira e autêntica reforma é a reforma da 'conversão pastoral' que Francisco indica como prioridade.

Privilegiar o contato com as pessoas: eis o ponto de partida.
Por Andrea Tornielli
A mensagem central da entrevista com o Papa Francisco, publicada neste domingo nos jornais La Stampa e Vatican Insider, é uma reflexão sobre o Natal. Mas, como sempre acontece, quando se fala com uma autêntica testemunha da fé cristã, as palavras que descrevem o conteúdo desta mensagem não são palavras vazias nem teóricas: contêm conselhos e acentos muito concretos. Assim, por exemplo, destacar o Natal como anúncio de felicidade e não de denúncia das (muitas) injustiças que há no mundo, é um convite para voltar o olhar para o essencial, à superabundância da graça, à resposta humanamente inimaginável representada por um Deus que se faz menino.

As palavras sobre a esperança e a ternura são um convite dirigido a todos: nunca é demasiado tarde para deixar-se surpreender pelo amor de um Deus que nunca fecha as portas. E a capacidade de abraçar, não é uma opção para os cristãos, que são chamados a ser testemunhas da ternura de Deus.

A resposta mais comovente de Francisco foi a da dor inocente das crianças (a falta de um por quê foi evocado também por Bento XVI na entrevista televisiva transmitida na Sexta-feira Santa de 2011, ao responder à pergunta de uma criança japonesa sobrevivente do tsunami) e demonstra uma vez mais como o Papa é capaz de fazer perguntas reais e aproximar-se daqueles que estão longe da fé.

Lendo a entrevista, alguns comentaristas sentiram saudades da ausência de abertura, de anúncios de reforma. "Um cardeal ancião – conta Francisco – há alguns meses me disse: ´A reforma da Cúria começou com a missa diária na Capela Santa Marta’. Isto me fez pensar: a reforma começa sempre com iniciativas espirituais e pastorais antes que com mudanças estruturais".

Talvez seja este o ponto fundamental: a primeira e autêntica reforma é a reforma da "conversão pastoral" que Francisco indica como prioridade para toda a Igreja, e que se encontra inclusive na Exortação Apostólica Evangelli Gaudium. E encontra-se nas obras diárias escolhidas pelo papa: a missa na Capela Santa Marta e suas homilias simples, compreensíveis e profundas.

Privilegiar o contato com as pessoas, de pastor que tem "o cheiro das ovelhas" e que considera prioritário "sair" para ir buscar aquelas que estão afastadas ou perdidas, inclusive à custa de incidentes no caminho dos quais se teria livrado ficando dentro da Igreja. Isso não significa, obviamente, deixar de lado as reformas estruturais que estão em estudo e que para serem bem feitas necessitam de um tempo adequado. Significa, no entanto, confirmar uma vez mais que a Igreja não é uma empresa e que cada reforma estrutural deve estar orientada apenas para o bem das almas e o anúncio mais transparente do Evangelho.

A propósito dos divorciados recasados, Francisco quis introduzir a questão em um tema muito mais amplo que tem a ver com o casamento e a família, e, sobretudo, insistiu em sua “sinodalidade”.

A valorização dos divorciados recasados, isto é, da colaboração de todo o colégio de bispos, para o papa é prioritária. Assim, sobre os temas relacionados à família – entre os quais se encontra também a questão da exclusão do sacramento daqueles que vivem uma segunda união depois do divórcio – falarão todos os cardeais reunidos no próximo Consistório, que acontecerá em fevereiro, depois no Sínodo Extraordinário de 2014 e, finalmente, no Sínodo Ordinário de 2015.

A consulta e a escuta de todas as comunidades católicas dos cinco continentes, a valorização das Igrejas locais, assinalam um método de trabalho que vai na direção de recuperar plenamente – junto com o primado de Pedro – o aspecto da colegialidade destacado pelo Concílio Vaticano II. A simples menção à sinodalidade é fundamental também nas relações com o mundo das Igrejas ortodoxas.

Uma vez mais, o papa não parece ser reduzível aos clichês preconcebidos de quem, em vez de se deixar "ferir" por suas palavras ou por seu exemplo diário, gostaria de ver confirmados seus próprios medos ou seus próprios esquemas ou inclusive seus próprios sonhos e fugas para a frente.
Vatican Insider, 16-12-2013.

Evangelho do dia

Ano C - 17 de dezembro de 2013

Mateus 1,1-17

Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó sabedoria do altíssimo, que tudo determina com doçura e com vigor: oh, vem nos ensinar o caminho da prudência!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
1 1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2 Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos.
3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron gerou Arão.
4 Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou Salmon.
5 Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi.
6 O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias.
7 Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa.
8 Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias.
9 Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias.
10 Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou Josias.
11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de Babilônia.
12 E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel.
13 Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou Azor.
14 Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud.
15 Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó.
16 Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
17 Portanto, as gerações, desde Abraão até Davi, são quatorze. Desde Davi até o cativeiro de Babilônia, quatorze gerações. E, depois do cativeiro até Cristo, quatorze gerações.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A HUMANIDADE DO MESSIAS
A genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão de sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do povo de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem como.
A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um retrato da humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes, encontramos gente de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento correto e gente de vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos sem escrúpulos no trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e mulheres. Todos eles formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a humanidade carente de salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai.
Jesus, porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato da concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José, diz-se que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do Messias Jesus.

Oração Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer, em tua humanidade, a presença da salvação oferecida pelo Pai, como dom gratuito a todos nós.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Gênesis 49, 2.8-10
Leitura do livro do Gênesis.
Naqueles dias, Jacó chamou seus filhos e disse: 49 2 “Ajuntai-vos e ouvi, filhos de Jacó. Escutai Israel, vosso pai.
8 Judá, teus irmãos te louvarão. Pegarás pela nuca os inimigos; os filhos de teu pai se prostrarão em tua presença.
9 Filhote de leão, Judá: voltas trazendo a caça, meu filho. Dobra-se, deita-se como um leão; como uma leoa: quem o despertará?
10 Não se apartará o cetro de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence por direito, e a quem devem obediência os povos”.
Palavra do Senhor.
Salmo 71/72
Nos seus dirás a justiça florirá
e a paz em abundância, para sempre.


Daí ao rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
Com justiça ele governe o vosso povo,
com eqüidade ele julgue os vossos pobres.

Das montanhas venha a paz a todo o povo,
e desça das colinas a justiça!
Este rei defenderá os que são pobres,
os filhos dos humildes salvará.

Nos seus dias a justiça florirá
e grande paz, até que a lua perca o seu brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio,
e desde o rio até os confins de toda a terra!

Seja bendito o seu nome para sempre!
E que dure como o sol sua memória!
Todos os povos serão nele abençoados,
todas as gentes cantarão o seu louvor!
Oração
Ó Deus, criador e redentor do gênero humano, quisestes que o vosso Verbo se encarnasse no seio da Virgem. Sede favorável à nossa súplica, para que o vosso Filho unigênito, tendo recebido nossa humanidade, nos faça participar da sua vida divina. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Escola Teológica - 2013 - Paróquia Nossa Senhora das candeias