segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

31ª FESTA DE NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS




Tema: “COM MARIA, ANUNCIAMOS O EVANGELHO DA FAMÍLIA E DO SERVIÇO À VIDA”

De 30 de janeiro a 08 de fevereiro de 2015

PROGRAMAÇÃO

ž  DIA 30 DE JANEIRO (SEXTA-FEIRA)
“MARIA, ÍCONE DA IGREJA, SERVIDORA DA VIDA”
18h – Terço na sede da Comunidade Timóteo
19h – Procissão da Bandeira (Participação Comunidade Timóteo)
19h30 – Celebração Eucarística
Pregador:Padre José Roberto Domingos
Noiteiros: Todas as Comissões paroquiais de pastoral; Apostolado da Oração (Candeias e Barra de Jangada); Comunidades São Pedro eSão José Operário.

ž DIA 31 DE JANEIRO (SÁBADO)
“A FAMÍLIA, IMAGEM DA TRINDADE”
17h30 – Terço
18h20 – Vésperas
19h – Celebração Eucarística
Pregador: Padre Augusto César
Noiteiros: Comissão paroquial pastoral para a Caridade, Justiça e Paz; Pastorais da Criança, Dízimo, Saúde e Sobriedade; Sociedade São Vicente de Paulo; Encontro de Casais com Cristo.

ž DIA 1º DE FEVEREIRO (DOMINGO)
“A FAMÍLIA, LUGAR NORMAL E QUOTIDIANO DO ENCONTRO COM CRISTO”
7h – Celebração Eucarística
10h – Celebração Eucarística
16h30 – Grupo Jovem – Comunidade Timóteo
 17h30 – Terço
 18h20 – Vésperas
 19h – Celebração Eucarística
Pregador: Padre Fábio Leite
Noiteiros: Comissão paroquial pastoral para Juventude; Pastoral da Juventude, Encontro de Jovens com Cristo; gruposjovens da paróquia: Juventude Timoteana e Novos Caminhos.

ž DIA 02 DE FEVEREIRO (SEGUNDA-FEIRA)
“A FAMÍLIA, SANTUÁRIO DO AMOR E DA VIDA”
8h – Ofício de Nossa Senhora
18h – Terço
18h45 – Vésperas
19h30 – Celebração Eucarística com benção da saúde
Pregador: Padre Acácio Carvalho
20h30 – Concerto para Maria – “Ensemble Vocal Cantamus”
Noiteiros: Comissão paroquial de pastoral para Vida e Família; Pastoral Familiar, Grupos de Oração Luz Divina e Nossa Senhora das Candeias; Comunidade Chama.

ž DIA 03 DE FEVEREIRO (TERÇA-FEIRA)
“ESPIRITUALIDADE FAMILIAR, UMA ESCOLA DE COMUNHÃO”
18h – Terço
18h45 – Vésperas
19h30 – Celebração Eucarística com benção da garganta
Pregador: Padre Fábio Santos
Noiteiros: Comissão paroquial de pastoral para Liturgia; Pastoral Litúrgica (Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, da Palavra, da Acolhida, da Música, da Coleta e Acólitos), Oficina de Oração e Vida; Comunidades Nossa Senhora da Graça e São Vicente de Paulo.

ž DIA 04 DE FEVEREIRO (QUARTA-FEIRA)
“A FAMÍLIA, CÉLULA PRIMEIRA E VITAL DA SOCIEDADE”
18h – Terço
18h45 –Vésperas
19h30 – Celebração Eucarística
Pregador: Frei Damião Silva
20h15 – Adoração ao Santíssimo Sacramento
20h45 – Atração Cultural
Noiteiros: Comissão paroquial de pastoral para Ação Missionária; COMIPA; Terço dos homens; Comunidade Santo Antônio; Comunidade São Sebastião (Jardim Piedade); Comunidade Timóteo.

ž DIA 05 DE FEVEREIRO (QUINTA-FEIRA)
“A FAMÍLIA CRISTÃ E PAROQUIAL, COMUNIDADE CRENTE E EVANGELIZADORA”
18h – Terço
18h45 –Vésperas
19h30 – Celebração Eucarística
Pregador: Padre Gerson Aparecido dos Santos
20h30 – Atração Cultural
Noiteiros: Comissão paroquial de pastoral para o Laicato; Pastoral do Batismo; Comunidade Nossa Senhora da Boa Esperança (Curcurana), Casas Geriátricas e Casais Encontristas do ECC.

ž DIA 06 DE FEVEREIRO (SEXTA-FEIRA)
“A FAMÍLIA CRISTÃ, COMUNIDADE EM DIÁLOGO COM DEUS”
18h – Terço
18h45 – Vésperas
19h30 – Celebração Eucarística
Pregador: Padre João Carlos Ribeiro
20h30 – Atração Cultural
Noiteiros: Comissão paroquial de pastoral para Doutrina da Fé; Movimento Mãe Rainha; Comunidade Senhora Rainha e Santa Terezinha; Comunidade Nossa Senhora da Conceição (Dom Hélder) e Matriz Nossa Senhora do Loreto.

ž DIA 07 DE FEVEREIRO (SÁBADO)
“A FAMÍLIA CRISTÃ, COMUNIDADE A SERVIÇO DO HOMEM E DA SOCIEDADE”
8h – Atividade da Pastoral da Juventude
8h – Manhã Solidária
16h30 – Celebração Eucarística com as crianças
17h30 – Terço
18h20 – Vésperas
19h – Celebração Eucarística
Pregador: Padre Gleiber Dantas
20h – Atração Cultural
Noiteiros: Comissão paroquial de pastoral Bíblico Catequética; Pastoral Catequética; Pais das crianças e jovens da Catequese e da Crisma; Legião de Maria; Ex-alunos da Escola teológica; Famílias que recebem o oratório de Nossa Senhora das Candeias.

ž DIA 08 DE FEVEREIRO (DOMINGO)
“COM MARIA, ANUNCIAMOS O EVANGELHO DA FAMÍLIA E DO SERVIÇO À VIDA”
7h – Celebração Eucarística
10h – Celebração Eucarística
16h30 – Celebração Eucarística
Presidente: Dom Jorge Tobias
18h – Procissão (Part. ComunidadeChama)
19h – Atração Cultural

Confissões

02 a 06/02 – a partir das 18h

Semana da Cidadania

Serão oferecidas ações de saúde, com exames oftalmológicos, de aferição de pressão e glicemia, e serviços de emissão de documentos e de assessoria jurídica. Estão programadas atividades culturais, sociais e de evangelização para crianças.

·         Fundação Altino Ventura - exames oftalmológicos
02 a 06/02 – 8h às 12h

·         Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes – exames médicos (glicemia e pressão), emissão de documentos e assessoria jurídica
06/02 – 8h às 12h

·         Oficinas de Musicalização Infantil
06/02 – 14h30 às 17h30

07/02 – 9h às 12h

Festa Nossa Senhora das Candeias


VEM AI A FESTA DOS 18 ANOS DA COMUNIDADE CHAMA. VOCÊ É NOSSO CONVIDADO. AGUARDE A PROGRAMAÇÃO !




O papa e as entrevistas no avião


Em época de falas ensaiadas, Francisco abraça a espontaneidade.
Francisco, em conversa com jornalistas: se quer entender o papa, dedique tempo a ler as entrevistas.
Por Dwight Longenecker*

Os católicos de todo o mundo estão se acostumando às conversas informais que o papa Francisco mantém com os jornalistas a bordo do avião em que retorna a Roma, depois das suas viagens apostólicas. Essas conversas já se tornaram uma tradição. E, invariavelmente, elas geram alguns mal-entendidos e são interpretadas de maneira parcial. O papa considera que o risco vale a pena e, agora que já nos acostumamos com essas conversas, podemos ver que, através delas, o Santo Padre colhe mais frutos do que pareceria à primeira vista.

Quando ele encontra os jornalistas no avião, o clima é de informalidade. Ele ouve as perguntas e as responde de improviso, mostrando que é um mestre da comunicação. Francisco tem sido criticado por pessoas que o acusam de ser impreciso e confuso. Acusá-lo disso é não entender o que o papa está tentando realizar por meio dessas entrevistas. Ele quer que o mundo o conheça como uma pessoa real, viva e apaixonada, que fala com o coração e para os corações. Esta qualidade ficou especialmente visível na sua conversa com os jornalistas que viajavam com ele de volta de Manila, na última segunda-feira (19).

O papa tinha ficado clara e profundamente comovido com a participação massiva dos fiéis nas Filipinas. Ele ficou tocado pelo calor humano, pela alegria, pela fé e pela esperança impactantes do povo daquele país. A emoção tomou conta de Francisco quando ele esteve com as pessoas que tinham sido atingidas pela tempestade tropical em Tacloban.

Quando lhe perguntaram em que aspecto os filipinos o tinham impactado mais, o papa respondeu: "Nos gestos! Os gestos me comoveram... Gestos bons, sentidos, gestos do coração. Alguns quase me fizeram chorar. Há de tudo: a fé, o amor, a família, as esperanças, o futuro! Gestos que são originais e que nascem do coração..."

"Outro gesto que me impressionou muito é um entusiasmo que não é fingido, uma alegria, uma felicidade, uma capacidade de celebrar! Mesmo debaixo de chuva, um dos mestres de cerimônias me disse que se sentia edificado com aqueles jovens que estavam trabalhando como voluntários e que, apesar da chuva, nunca perdiam o sorriso. É a alegria, não é uma alegria fingida. Não era um sorriso falso. Não, não! Era um sorriso que simplesmente brotava, e por trás desse sorriso existe uma vida normal, existem sofrimentos, problemas", afirmou.

Ao falar com o coração, o papa Francisco está mostrando ao mundo a sua verdadeira paixão pelas pessoas e a sua verdadeira paixão pela fé. Este coração emotivo se revela melhor na atmosfera informal de uma conversa humana do que em condições determinadas pela formalidade. Agir assim com os jornalistas é compartilhar com o mundo o seu coração aberto.

Há mais um elemento que torna essas entrevistas nos aviões uma ideia brilhante. Descobrimos que elas são uma nova forma de comunicação papal. As conversas são naturais, espontâneas, não planejadas. Às vezes, o papa comete erros humanos em seu desejo apaixonado de falar do coração de Cristo. No voo de volta de Manila, ele disse que os católicos não precisam "se reproduzir como coelhos". No voo de volta do Rio de Janeiro, falando sobre quem sente atração por pessoas do mesmo sexo, ele perguntou: "Quem sou eu para julgar?". Já aceitamos que estas afirmações são não formais, dogmáticas, do pontífice infalível. São conversas informais com o feliz e espontâneo papa Bergoglio. E está tudo bem.

Uma terceira razão do sucesso das entrevistas a bordo do avião papal é que elas fortalecem o relacionamento do papa com a imprensa mundial. Os jornalistas amam e respeitam este papa de forma notável. Eles detêm um grande poder e ele também tem um grande poder. Os dois lados percebem isto e os dois lados gostam e respeitam um ao outro. O papa Francisco sabe que, se quiser comunicar o poder positivo do evangelho e a grandeza da boa nova da fé católica, vai precisar de jornalistas solidários e compreensivos para ajudá-lo. Suas entrevistas nos aviões, portanto, são oportunidades de trocar ideias com os jornalistas, de oferecer a eles um pouco de tempo cara a cara, de construir relacionamentos e parcerias na complicada tarefa de se comunicar na época atual.

Em tempos de rápidas mensagens digitais, tuítes, sites, podcasts, mídias sociais, multimídia e comunicação de massas, o papa Francisco fala com calor humano e espontaneidade. Em tempos de comunicação estrategicamente controlada, propaganda com precisão cirúrgica e publicidade arquitetada em cada detalhe, o papa Francisco fala com o coração e envolve as pessoas reais com emoções reais e lutas reais. Se isto implica alguns riscos, são riscos vastamente compensados pelos benefícios.

Por fim, as entrevistas com o papa a bordo de aviões são uma leitura maravilhosa e reconfortante para o povo de Deus. Se você realmente quer entender o papa Francisco, dedique um pouco de tempo a ler essas entrevistas. Se você quer participar do amor que o coração do papa nutre pelos pobres, da paixão que ele vive por Cristo e pela Igreja, leia essas entrevistas. Se você quer ter um vislumbre do espírito missionário que impulsiona este papa, dedique um pouco do seu tempo a ouvir o que ele conversa com os jornalistas quando voa de volta para casa.

Você não vai se decepcionar.
SIR
*Dwight Longenecker é padre.

Dom Fernando participará do Curso de Bispos, no Rio de Janeiro



dom_fernando_saburido_49AG_coletivaO arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, embarca nesta segunda-feira, 26, para o Rio de Janeiro, onde se juntará a outros irmãos no episcopado para participar do Curso para Bispos. O evento se estenderá até quinta-feira, 30, será realizado no Centro de Formação do Sumaré, na cidade de Rio Comprido e refletirá acerca de temas relacionados ao Concílio Vaticano II.
O coordenador de pastoral, Monsenhor Joel Portella Amado, explicou que “nos últimos anos, mais exatamente desde 2011, o curso tem percorrido todos os documentos do Concílio, com conferencistas diretamente ligados à Santa Sé ou professores de universidades europeias, com renome no estudo dos temas abordados”, sendo “em geral” “sempre três temas e, consequentemente, três conferencistas”.
Dentre os conferencistas do encontro, está o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano, Cardeal Angelo Amato, que comentará sobre os mais variados aspectos da ação missionária da Igreja.
Por sua vez, o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Claudio Maria Celli, abordará com os presentes as características e a importância dos meios de comunicação. “Ele é presidente desse setor do Vaticano e, portanto, o homem mais indicado para nos falar sobre a intenção do Concílio, como também sobre a evolução após o Concílio, que são 50 anos.
E como o tema da transmissão da comunicação social de hoje, talvez tenha outras questões e outros problemas”, disse o bispo auxiliar emérito e organizador do curso, Dom Karl Josef Romer.
Segundo Dom Romer, naquele tempo, “no Concílio não havia internet. Hoje há uma invasão totalizante que esmaga o indivíduo”. “Ele (Dom Celli) tematizará o Concílio e o tempo após hoje e o amanhã, e os problemas da comunicação social”.
A liberdade religiosa será mais um dos temas a serem tratados no encontro, ficando a cargo do professor da Universidade de Milão, Monsenhor Pierangelo Sequeri.
Curso para BisposIniciado em 1990, o Curso para os Bispos surgiu no período em que o Cardeal Ratzinger aceitou o convite de Dom Eugenio Sales para presidir o primeiro evento direcionado aos prelados do Brasil.
Seguindo um estilo que foi consagrando ao longo de todos esses anos, a programação do encontro tem, em cada dia, três conferências e um momento de diálogo com os conferencistas, em forma de painel.
Com informações da Gaudium Press

Papa destaca papel das mulheres na transmissão da fé



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São principalmente as mulheres que transmitem a fé, disse o Papa Francisco na Missa celebrada nesta segunda-feira, 26, na Casa Santa Marta, dia em que as Igreja celebra a memória de São Timóteo e Tito.
Francisco se concentrou, em especial, na Segunda Carta de São Paulo a Timóteo. Paulo recorda que Timóteo recebeu sua fé do Espírito Santo por meio de sua mãe e de sua avó. São essas que transmitem a fé, disse o Papa, explicando a diferença entre transmitir a fé e ensinar as coisas da fé.
“A fé é um dom. A fé não se pode estudar. Estudam-se as coisas da fé, sim, para entendê-la melhor, mas com o estudo você nunca chega à fé. A fé é um dom do Espírito Santo, é um presente, que vai além de toda preparação”.
Trata-se de um dom que passa através do belo trabalho das mães e das avós, de uma empregada, de uma tia, ou seja, das mulheres em uma família, disse o Papa. Ele explicou que são principalmente as mulheres que transmitem a fé porque aquela que trouxe Jesus foi uma mulher. Esse foi o caminho escolhido por Jesus, Ele quis ter uma mãe. Mas é preciso pensar se as mulheres têm consciência desse dever de transmitir a fé, observou o Papa.
Proteger a fé
Francisco destacou ainda a necessidade de proteger o dom da fé para que continue a ser forte com o poder do Espírito Santo. E o modo de proteger a fé é reavivar este dom de Deus. “Se não temos este cuidado, a cada dia, de reavivar este dom de Deus que é a fé, ela se enfraquece, acaba por ser uma cultura: ‘sim, sim, sou cristão’, uma cultura, somente”.
Ao contrário desta fé viva, São Paulo alerta sobre dois comportamentos: o espírito de timidez e vergonha. A timidez vai contra o dom da fé e não a deixa crescer. A vergonha é aquele pecado de querer cobrir a fé.
O Santo Padre concluiu explicando que o espírito de prudência é saber que não se pode fazer o que se quer; significa os caminhos para levar adiante a fé, com prudência.
“Peçamos ao Senhor a graça de ter uma fé sincera, uma fé que não se negocia segundo as oportunidades que aparecem. Uma fé que, a cada dia, procuro reavivar ou ao menos peço ao Espírito Santo que a reavive e assim dê um grande fruto”.
Fonte: Canção Nova

“Cardinalato é vocação, não um prêmio”, diz papa Francisco



novos cardeais2015Durante o Consistório, no dia 14 de fevereiro, o papa Francisco criará 15 novos cardeais. Os futuros cardeais são de diferentes países como Europa, Ásia, América Latina (México incluído), África e Oceania. Em carta enviada aos nomeados, o papa recordou que o cardinalato não é um prêmio, mas “ser cardeal significa dar testemunho da Ressurreição do Senhor na Diocese de Roma”.
Ainda, na mensagem, o papa pede aos novos cardeais que se preparem “com oração e um pouco de penitência” e tenham “muita paz e alegria”.
Confira a íntegra da carta:
 “Caro irmão,
Hoje foi publicada a sua designação como Cardeal da Santa Igreja Romana. Que a minha saudação e minhas orações cheguem a ti. Peço ao Senhor que te acompanhe neste novo serviço, que é um serviço de ajuda, suporte e proximidade especial à pessoa do Papa e para o bem da Igreja.
E justamente para que essa dimensão de serviço seja exercitada, o cardinalato é uma vocação. O Senhor, por meio da Igreja, te chama uma vez mais a servir; e a ti fará bem ao coração repetir na oração a expressão que Jesus sugeriu aos seus discípulos para que se mantivessem na humildade. Digam: ‘Somos servos inúteis’, e isso não como fórmula de boa educação mas como verdade depois do trabalho ‘quando fizerdes tudo o que vos foi mandado’. (Lc 17, 10).
Manter-se com humildade no serviço não é fácil quando se considera o cardinalato como um prêmio, como o ápice de uma carreira, uma dignidade de poder ou de distinção superior. Desde já, o teu compromisso cotidiano para manter afastadas estas considerações e, sobretudo, para recordar que ser Cardeal significa servir na Diocese de Roma para dar testemunho a esta da Ressurreição do Senhor e dá-lo totalmente, até o sangue, se necessário.
Muitos ficarão felizes por esta tua nova vocação e, como bons cristãos, farão festa (porque e característica do cristão alegrar-se e saber festejar). Aceita-o com humildade. Faça com que, nestes festejamentos, não se insinue o espírito da mundanidade que embriaga mais do que graça em jejum, desorienta e separa da cruz de Cristo.
Nos vemos no dia 14 de fevereiro. Prepara-te com oração e um pouco de penitencia. Tenha muita paz e alegria. E, por favor, te peço de não esqueceres de rezar por mim. Deus te abençoe e a Virgem Maria te proteja. Fraternalmente, Francisco”.
Fonte: CNBB

EVANGELHO DO DIA



ANO B - DIA 26/01

A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos - Lc 10, 1-9
O Senhor escolheu outros setenta e dois e enviou--os, dois a dois, à sua frente, a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir. E dizia-lhes: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. [...] Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’. Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; senão, ela retornará a vós. Permanecei naquela mesma casa; comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador tem direito a seu salário. Não passeis de casa em casa. Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’”.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Oração da manhã
Bom-dia, Senhor Deus e Pai!
A ti, a nossa gratidão pela vida que desperta, pelo calor que cria vida,
pela luz que abre nossos olhos.
Nós te agradecemos por tudo que forma nossa vida, pela terra, pela água, pelo ar, pelas pessoas. Inspira-nos com teu Espírito Santo os pensamentos que vamos alimentar,as palavras que vamos dizer, os gestos que vamos dirigir,a comunicação
que vamos realizar.
Abençoa as pessoas que nós encontramos, os alimentos que vamos ingerir.
Abençoa os passos que nós dermos, o trabalho que devemos fazer.
Abençoa, Senhor, as decisões que vamos tomar, a esperança que vamos promover,a paz
que vamos semear,a fé que vamos viver,
o amor que vamos partilhar.
Ajuda-nos, Senhor,
a não fugir diante das dificuldades, mas a abraçar
amor as pequenas cruzes deste dia.
Queremos estar contigo, Senhor, no início, durante e no fim deste dia.
Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
1- LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 10,1-12.
Jesus Mestre organiza a equipe de discípulos. Tem objetivo, conteúdo, estratégia e missão claros.
Equipe: setenta e dois discípulos. Setenta (setenta e dois) na tradição judaica significava o número dos povos do mundo. O número de setenta discípulos manifesta o objetivo de Jesus com relação à humanidade inteira. O novo Povo de Deus envolverá todos os povos da terra.
Objetivo: Atenção à vida das pessoas ("cura dos doentes") e anúncio do Reino de Deus.
Conteúdo: preparar a acolhida do Senhor (pré-missão).
Estratégia: oração, despojamento, ir ao encontro, visitar todas as casas, iniciando com saudação de paz. Missão: a "colheita". Ou seja: formar o novo Povo de Deus.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que a Palavra diz para mim?
Respondo aos apelos e convites de Jesus Mestre? Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
Faço parte do Novo Povo de Deus. Sou também convocado/a a ser discípulo/a missionário/a atento/a ao bem das pessoas e ao anúncio do Reino. Como disseram os bispos, em Aparecida: " Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher."(DAp 18).
Qual o meu compromisso com a Igreja? Minha fé é dinâmica, comunicativa. Às vezes, tenho minha fé e compromissos adormecidos, sem expressão.
3- ORAÇÃO (VIDA)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Celebramos hoje, São Timóteo e Tito, colaboradores de Paulo Apóstolo.
Rezemos Oração a Paulo Apóstolo pelo Brasil

São Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, olhai com amor para a nossa Pátria!
Vosso coração dilatou-se para acolher a todos os povos no abraço da paz. Agora, no céu, o amor de Cristo vos leve a iluminar a todos com a luz do Evangelho e a estabelecer no mundo o Reino do amor.
Suscitai vocações, confortai os que anunciam o Evangelho, preparai as pessoas para que acolham a Cristo, Divino Mestre.
Que o nosso povo encontre e reconheça sempre a Cristo, como o Caminho, a Verdade e a Vida; busque o Reino de Deus e trabalhe em sua realização, para que a sua luz resplandeça diante do mundo.
São Paulo, iluminai, animai e abençoai a todos! Amém!

Bem-aventurado Tiago Alberione


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim? Hoje, quero viver agradecendo a Deus pela vida.
Vou também enviar uma mensagem de gratidão, dar um telefonema, fazer uma oração pelos médicos e agentes de saúde.
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


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COMENTÁRIOS
A missão dada é para a colheita, não para o plantio
- Assim como na escolha dos Doze, é o Senhor quem toma a iniciativa na escolha dos setenta e dois discípulos. O texto parece sugerir que a missão primeira dos setenta e dois é preparar as pessoas para acolherem o Senhor, que passará em seguida por toda a cidade e lugar, pois o evangelista observa que o Senhor os enviou à sua frente. O número “setenta e dois” é significativo e indica a universalidade da missão cristã. Segundo o livro do Gênesis, o número das nações da terra é setenta. A missão dada é para a colheita, não para o plantio. Há de se supor que o “agricultor” que plantou a boa semente frutificada seja Deus. As orientações dadas aos setenta e dois são para essa missão universal da colheita. Por palavras e gestos, eles devem anunciar a proximidade do Reino de Deus. A missão não é fácil; os discípulos vão enfrentar dificuldades e resistências, mas sua vida está nas mãos de Deus, em quem eles devem confiar. O despojamento, tendo em vista a confiança no Senhor e a disponibilidade, é exigência da missão, pois é preciso que os destinatários da Boa-Nova vejam realizada nos discípulos a mensagem que eles transmitem.
Pe. Carlos Alberto Contieri
ORAÇÃO
Enviai, Senhor, operários para a vossa messe, pois a messe é grande e os operários são poucos.
LEITURA
2Tm 1, 1-8 ou Tt 1, 1-5
SALMO

Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. Sl 96(95)

domingo, 25 de janeiro de 2015

Vaticano divulga mensagem para o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais



Papa_familia“Comunicar a família: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor” é o tema da mensagem para o  49º Dia Mundial das Comunicações Sociais. O evento será celebrado no dia 17 de maio, domingo que antecede Pentecostes. A íntegra do texto foi divulgada hoje, 23, durante coletiva de imprensa, no Vaticano.
Para a vivência e celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais, a Comissão Episcopal para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), prepara, todos os anos, um subsídio com orientações e sugestões de atividades para os regionais, dioceses, paróquias e comunidades.
O material é enviado as coordenações e lideranças da Pastoral da Comunicação (Pascom), responsáveis por articular e animar a comunicação nas igrejas locais. A Comissão orienta, também, o estudo do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, que traz pistas de ação. Contato pelo e-mail: comsocial@cnbb.org.br
Família mais bela
A coletiva de apresentação da mensagem contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, dom Claudio Maria Celli, a professora da Faculdade de Letras e Filosofia – Departamento de Ciências das Comunicações da Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão (Itália), Chiara Giaccardi, e o professor da Faculdade de Ciências Políticas, Mario Magatti.
A reflexão proposta pelo papa Francisco está inserida no caminho sinodal da Assembleia Ordinária do Sínodo sobre a Família que acontecerá em outubro próximo. “A família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que, partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos”, escreveu o papa na mensagem.
Confira íntegra do texto:
Mensagem de Sua Santidade o Papa Francisco
49º Dia Mundial das Comunicações Sociais
17 de Maio de 2015
Tema: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”
O tema da família encontra-se no centro duma profunda reflexão eclesial e dum processo sinodal que prevê dois Sínodos, um extraordinário – acabado de celebrar – e outro ordinário, convocado para o próximo mês de Outubro. Neste contexto, considerei  oportuno que o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais tivesse como ponto de referência a família. Aliás, a família é o primeiro lugar onde aprendemos a comunicar. Voltar a este momento originário pode-nos ajudar quer a tornar mais autêntica e humana a comunicação, quer a ver a família dum novo ponto de vista.
Podemos deixar-nos inspirar pelo ícone evangélico da visita de Maria a Isabel (Lc 1, 39-56). “Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (vv. 41-42).
Este episódio mostra-nos, antes de mais nada, a comunicação como um diálogo que tece com a linguagem do corpo. Com efeito, a primeira resposta à saudação de Maria é dada pelo menino, que salta de alegria no ventre de Isabel. Exultar pela alegria do encontro é, em certo sentido, o arquétipo e o símbolo de qualquer outra comunicação, que aprendemos ainda antes de chegar ao mundo. O ventre que nos abriga é a primeira “escola” de comunicação, feita de escuta e contato corporal, onde começamos a familiarizar-nos com o mundo exterior num ambiente protegido e ao som tranquilizador do pulsar do coração da mãe. Este encontro entre dois seres simultaneamente tão íntimos e ainda tão alheios um ao outro, um encontro cheio de promessas, é a nossa primeira experiência de comunicação. E é uma experiência que nos irmana a todos, pois cada um de nós nasceu de uma mãe.
Mesmo depois de termos chegado ao mundo, em certo sentido permanecemos num “ventre”, que é a família. Um ventre feito de pessoas diferentes, interrelacionando-se: a família é “o espaço onde se aprende a conviver na diferença” (Exort. ap. Evangelii gaudium, 66). Diferenças de géneros e de gerações, que comunicam, antes de mais nada, acolhendo-se mutuamente, porque existe um vínculo entre elas. E quanto mais amplo for o leque destas relações, tanto mais diversas são as idades e mais rico é o nosso ambiente de vida. O vínculo está na base da palavra, e esta, por sua vez, revigora o vínculo. Nós não inventamos as palavras: podemos usá-las, porque as recebemos. É em família que se aprende a falar na “língua materna”, ou seja, a língua dos nossos antepassados (cf. 2 Mac 7, 21.27). Em família, apercebemo-nos de que outros nos precederam, nos colocaram em condições de poder existir e, por nossa vez, gerar vida e fazer algo de bom e belo. Podemos dar, porque recebemos; e este circuito virtuoso está no coração da capacidade da família de ser comunicada e de comunicar; e, mais em geral, é o paradigma de toda a comunicação.
A experiência do vínculo que nos “precede” faz com que a família seja também o contexto onde se transmite aquela forma fundamental de comunicação que é a oração. Muitas vezes, ao adormecerem os filhos recém-nascidos, a mãe e o pai entregam-nos a Deus, para que vele por eles; e, quando se tornam um pouco maiores, põem-se a recitar juntamente com eles orações simples, recordando carinhosamente outras pessoas: os avós, outros parentes, os doentes e atribulados, todos aqueles que mais precisam da ajuda de Deus. Assim a maioria de nós aprendeu, em família, a dimensão religiosa da comunicação, que, no cristianismo, é toda impregnada de amor, o amor de Deus que se dá a nós e que nós oferecemos aos outros.
Na família, é sobretudo a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e todavia são tão importantes uma para a outra… é sobretudo esta capacidade que nos faz compreender o que é verdadeiramente a comunicação enquanto descoberta e construção de proximidade. Reduzir as distâncias, saindo mutuamente ao encontro e acolhendo-se, é motivo de gratidão e alegria: da saudação de Maria e do saltar de alegria do menino deriva a bênção de Isabel, seguindo-se-lhe o belíssimo cântico do Magnificat, no qual Maria louva o amoroso desígnio que Deus tem sobre Ela e o seu povo. De um “sim” pronunciado com fé, derivam consequências que se estendem muito para além de nós mesmos e se expandem no mundo. “Visitar” supõe abrir as portas, não encerrar-se no próprio apartamento, sair, ir ter com o outro. A própria família é viva, se respira abrindo-se para além de si mesma; e as famílias que assim procedem, podem comunicar a sua mensagem de vida e comunhão, podem dar conforto e esperança às famílias mais feridas, e fazer crescer a própria Igreja, que é uma família de famílias.
Mais do que em qualquer outro lugar, é na família que, vivendo juntos no dia-a-dia, se experimentam as limitações próprias e alheias, os pequenos e grandes problemas da coexistência e do pôr-se de acordo. Não existe a família perfeita, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade, nem mesmo dos conflitos; preciso é aprender a enfrentá-los de forma construtiva. Por isso, a família onde as pessoas, apesar das próprias limitações e pecados, se amam, torna-se uma escola de perdão. O perdão é uma dinâmica de comunicação: uma comunicação que definha e se quebra, mas, por meio do arrependimento expresso e acolhido, é possível reatá-la e fazê-la crescer. Uma criança que aprende, em família, a ouvir os outros, a falar de modo respeitoso, expressando o seu ponto de vista sem negar o dos outros, será um construtor de diálogo e reconciliação na sociedade.
Muito têm para nos ensinar, a propósito de limitações e comunicação, as famílias com filhos marcados por uma ou mais deficiências. A deficiência motora, sensorial ou intelectual sempre constitui uma tentação a fechar-se; mas pode tornar-se, graças ao amor dos pais, dos irmãos e doutras pessoas amigas, um estímulo para se abrir, compartilhar, comunicar de modo inclusivo; e pode ajudar a escola, a paróquia, as associações a tornarem-se mais acolhedoras para com todos, a não excluírem ninguém.
Além disso, num mundo onde frequentemente se amaldiçoa, insulta, semeia discórdia, polui com as murmurações o nosso ambiente humano, a família pode ser uma escola de comunicação feita de bênção. E isto, mesmo nos lugares onde parecem prevalecer como inevitáveis o ódio e a violência, quando as famílias estão separadas entre si por muros de pedras ou pelos muros mais impenetráveis do preconceito e do ressentimento, quando parece haver boas razões para dizer “agora basta”; na realidade, abençoar em vez de amaldiçoar, visitar em vez de repelir, acolher em vez de combater é a única forma de quebrar a espiral do mal, para testemunhar que o bem é sempre possível, para educar os filhos na fraternidade.
Os meios mais modernos de hoje, irrenunciáveis sobretudo para os mais jovens, tanto podem dificultar como ajudar a comunicação em família e entre as famílias. Podem-na dificultar, se se tornam uma forma de se subtrair à escuta, de se isolar apesar da presença física, de saturar todo o momento de silêncio e de espera, ignorando que “o silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras ricas de conteúdo” (BENTO XVI, Mensagem do 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24/1/2012); e podem-na favorecer, se ajudam a narrar e compartilhar, a permanecer em contato com os de longe, a agradecer e pedir perdão, a tornar possível sem cessar o encontro. Descobrindo diariamente este centro vital que é o encontro, este “início vivo”, saberemos orientar o nosso relacionamento com as tecnologias, em vez de nos deixarmos arrastar por elas. Também neste campo, os primeiros educadores são os pais. Mas não devem ser deixados sozinhos; a comunidade cristã é chamada a colocar-se ao seu lado, para que saibam ensinar os filhos a viver, no ambiente da comunicação, segundo os critérios da dignidade da pessoa humana e do bem comum.
Assim o desafio que hoje se nos apresenta, é aprender de novo a narrar, não nos limitando a produzir e consumir informação, embora esta seja a direção para a qual nos impelem os potentes e preciosos meios da comunicação contemporânea. A informação é importante, mas não é suficiente, porque muitas vezes simplifica, contrapõe as diferenças e as visões diversas, solicitando a tomar partido por uma ou pela outra, em vez de fornecer um olhar de conjunto.
No fim de contas, a própria família não é um objeto acerca do qual se comunicam opiniões nem um terreno onde se combatem batalhas ideológicas, mas um ambiente onde se aprende a comunicar na proximidade e um sujeito que comunica, uma “comunidade comunicadora”. Uma comunidade que sabe acompanhar, festejar e frutificar. Neste sentido, é possível recuperar um olhar capaz de reconhecer que a família continua a ser um grande recurso, e não apenas um problema ou uma instituição em crise. Às vezes os meios de comunicação social tendem a apresentar a família como se fosse um modelo abstrato que se há de aceitar ou rejeitar, defender ou atacar, em vez duma realidade concreta que se há de viver; ou como se fosse uma ideologia de alguém contra outro, em vez de ser o lugar onde todos aprendemos o que significa comunicar no amor recebido e dado. Ao contrário, narrar significa compreender que as nossas vidas estão entrelaçadas numa trama unitária, que as vozes são múltiplas e cada uma é insubstituível.
A família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que, partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos. Não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro.
Vaticano, 23 de Janeiro – Vigília da Festa de São Francisco de Sales – de 2015.
Papa Francisco
Fonte: CNBB

Presidente da Comissão Vida e Família comenta declaração do papa sobre paternidade responsável


dom_petrini2015Durante voo de retorno ao Vaticano, na segunda-feira, 19, após visita pastoral à Ásia, o papa Francisco atendeu aos jornalistas em coletiva. Entre os assuntos abordados, o pontífice foi questionado sobre o que diria às famílias que tinham mais filhos do que podiam criar e sobre as proibições da Igreja Católica referente ao controle artificial de natalidade.
“Algumas pessoas pensam – e desculpem minha expressão aqui – que, para ser um bom católico, eles precisam ser como coelhos. Não. Paternidade tem a ver com responsabilidade. Isto é claro”, respondeu o papa.  Durante a conversa, Francisco se manteve firme contra o controle de natalidade artificial e disse que uma nova vida é “parte do sacramento do matrimônio”.
O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), comenta a declaração do papa que “católicos não devem se reproduzir feito coelhos”.
“O papa Francisco não deixa de surpreender aos observadores com seu estilo, que quebra protocolos, e fala dirigindo-se principalmente às pessoas simples, e não aos teólogos e intelectuais em geral. Na entrevista dada durante a viagem de retorno das Filipinas, o tom era evidentemente coloquial. E nesse tom, fala de realidades importantíssimas. Em primeiro lugar, alude a uma mentalidade que, especialmente a partir dos anos 60 fala em tons alarmistas da ‘explosão demográfica’, alegando que a pobreza de muitos povos se deve a uma espécie de ânsia reprodutiva dos mais pobres. Por esse caminho, muitos países alcançaram taxas negativas de natalidade, com graves problemas sociais, tais como o envelhecimento da população, isto é, presença de um contingente de idosos muito mais numeroso que de jovens. Isto gera graves desequilíbrios na sociedade, podendo levar à falência as caixas de governos que não têm como pagar os benefícios previdenciários dos idosos e seus cuidados médicos”, explica dom Petrini.
Dignidade humana
Sobre o conceito de “paternidade responsável” expressado pelo papa durante a coletiva, dom Petrini diz que o pontífice referiu-se ao conceito usado pela Igreja há muito tempo e incorporado pelo Beato papa Paulo VI na Encíclica Humanae Vitae, de 1968. O conceito foi se popularizando e está presente no Catecismo da Igreja Católica, de 1992. O número 2368 deste documento afirma: ‘Um aspecto particular desta responsabilidade diz respeito à regulação dos nascimentos. Por razões justas, os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos’. Paternidade responsável é, então, a atitude dos esposos que, avaliando suas condições (econômicas, de saúde, etc.) decidem quando ter um filho e quando esperar. O mesmo número acima recordado acrescenta: ‘Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável’. O papa recorda o que a Igreja sempre disse: que não corresponde à dignidade humana agir por puro instinto, pois atitudes dominadas pelo instinto são próprias dos animais”, comenta o bispo.
Métodos contraceptivos
A questão dos métodos contraceptivos foi outro questionamento apresentado pelos jornalistas ao papa. Dom Petrini recorda que Francisco disse conhecer muitos métodos que são eficazes para regular a fecundidade e que não são artificiais. “De fato, nos últimos anos, a ciência médica tem avançado muito no aprimoramento de métodos naturais que dão o casal a possibilidade de regular o número de filhos. Trata-se de métodos que exigem e promovem um entrosamento entre os esposos, um permanente diálogo, uma sintonia fina, isto é, atitudes que constituem uma extraordinária riqueza em suas relações íntimas. Os interesses dominantes são mais favoráveis a outros métodos que necessitam de artefatos produzidos por indústrias e que, portanto, rendem lucros ingentes. Essa é a razão principal pela qual estes métodos veiculam intensa propaganda e recebem o consenso de todas as formas de poder”.
Ainda, sobre os métodos contraceptivos, o presidente da Comissão Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini destaca que a Igreja sempre esteve preocupada em zelar para que nada de externo ou artificial se interponha na expressão da intimidade, na vivência do amor humano.
“Este cuidado visa não tirar a responsabilidade de uma das partes, quase sempre o homem, nos cuidados com os efeitos das relações sexuais, porque isto poderia transformar a sexualidade num lazer e a mulher num brinquedo. Nesses casos, poderiam faltar a consideração e o respeito necessários para que o relacionamento entre homem e mulher se desenvolva na plenitude da dignidade e seja fonte de satisfação e verdadeira realização humana”.
Fonte: CNBB

Ir ao encontro de Jesus


Se não é Ele, quem pode dar uma nova orientação às nossas vidas?
Por José Antonio Pagola*

Quando João Batista foi detido, Jesus veio para a Galileia e começou a "proclamar a Boa Nova de Deus". Segundo Marcos, não ensina propriamente uma doutrina para que os Seus discípulos a aprendam e difundam corretamente. Jesus anuncia um acontecimento que está já a ocorrer. Ele já o está a viver e quer partilhar a Sua experiência com todos.

Marcos resume assim Sua mensagem: "Cumpriu-se o tempo": já não tem de se olhar para atrás. "Está próximo o reino de Deus": pois quer construir um mundo mais humano. "Convertei-vos": não podeis continuar como se nada estivesse acontecendo; mudai a vossa forma de pensar e de atuar. "Acreditai nesta Boa Nova". Este projeto de Deus é a melhor notícia que podeis escutar.

Depois deste solene resumo, a primeira atuação de Jesus é procurar colaboradores para levar adiante o Seu projeto. Jesus "passa junto ao lago da Galileia". Começou o Seu caminho. É um profeta itinerante que procura seguidores para fazer com eles um percurso apaixonante: viver abrindo caminhos ao reino de Deus. Não é um rabi sentado na Sua cátedra, que procura alunos para formar uma escola religiosa. Ser cristão não é aprender doutrinas, mas seguir Jesus no Seu projecto de vida.

Quem toma a iniciativa é sempre Jesus. Aproxima-se, fixa o Seu olhar naqueles quatro pescadores e chama-os a dar uma orientação nova às suas vidas. Sem sua intervenção, não nasce nunca um verdadeiro cristão. Os crentes, temos de viver com mais fé a presença viva de Cristo e o Seu olhar sobre cada um de nós. Se não é Ele, quem pode dar uma nova orientação às nossas vidas?

Mas o mais decisivo é escutar de dentro da Sua Chamada: "Vinde atrás de mim". Não é tarefa para um dia. Escutar esta chamada significa despertar a confiança em Jesus, reavivar a nossa adesão pessoal a Ele, ter fé no Seu projeto, identificar-nos com o Seu programa, reproduzir em nós as Suas atitudes ... e, desta forma, ganhar mais pessoas para o Seu projeto.

Este poderia ser hoje um bom lema para uma comunidade cristã: Ir atrás de Jesus. Colocá-Lo à frente de todos. Recordá-Lo cada domingo como o líder que vai à frente de nós. Gerar uma nova dinâmica. Centrar tudo em seguir mais próximo de Jesus Cristo. As nossas comunidades cristãs transformar-se-iam. A Igreja seria diferente.
Instituto Humanitas Unisinos, 23-01-2015.
*José Antonio Pagola é teólogo. O texto é baseado na leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1, 14-20 que corresponde ao 3º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico.

EVANGELHO DO DIA

ANO B - DIA 25/01

Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens - Mc 1, 14-20
Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa-Nova de Deus: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova”. Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus.
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
- A nós, unidos pela rede da internet, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1- LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na Bíblia: Mc 1,14-20.
Depois que João foi preso, Jesus seguiu para a região da Galileia e ali anunciava a boa notícia que vem de Deus. Ele dizia:
- Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho.
Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois pescadores. Eram Simão e o seu irmão André, que estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
- Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.
Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.
Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos. Eram Tiago e João, filhos de Zebedeu, que estavam no barco deles, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e eles deixaram Zebedeu, o seu pai, e os empregados no barco e foram com ele.
Jesus inicia seu ministério na Galileia. Anuncia o Reino. E resume seu Projeto em conversão - "arrependam-se" -, e na fé no Evangelho. Começa a formar sua equipe de evangelização. Chama os primeiros apóstolos: Pedro, André, Tiago e João. Como eram pescadores de profissão, ele os chama a serem pescadores de gente.
2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)
O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Reflito: o que o texto me diz no momento? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Mais uma vez nos falam os bispos que estiveram reunidos na Conferência de Aparecida: "O chamado que Jesus, o Mestre faz, implica numa grande novidade. Na antiguidade, os mestres convidavam seus discípulos a se vincular com algo transcendente e os mestres da Lei propunham a adesão à Lei de Moisés. Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para "que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar" (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de "ser d'Ele" e fazer parte "dos seus" e participar de sua missão. O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai, é se formar para assumir seu estilo de vida e suas motivações (cf. Lc 6,40b), viver seu destino e assumir sua missão de fazer novas todas as coisas. (DAp 131).
3- ORAÇÃO (VIDA)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, fazendo o
Oferecimento do dia
Adoro-vos, meu Deus, amo-vos de todo o meu coração.
Agradeço-vos porque me criastes, me fizestes cristão, me conservastes a vida e a saúde.
Ofereço-vos o meu dia: que todas as minhas ações correspondam à vossa vontade.
E que faça tudo para a vossa glória e a paz das pessoas.
Livrai-me do pecado, do perigo e de todo o mal.
Que a vossa graça, benção, luz e presença permaneçam sempre comigo
e com todos aqueles que eu amo. Amém.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus, como discípulo e missionário de Jesus Cristo.
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



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COMENTÁRIOS
A conversão é fé na palavra e na pessoa de Jesus Cristo 

O livro do profeta Jonas é utilizado nos evangelhos de Lucas e Mateus; ambos os evangelistas apresentam os ninivitas como exemplo de conversão (Mt 12,41; Lc 11,29-32): eles ouviram a pregação de Jonas e deram provas do desejo de converterem-se. Os contemporâneos de Jesus, ao contrário, resistem a ouvi-lo e, por isso, não podem reconhecer nas obras e palavras de Jesus a presença de Deus. Em Mt 12,40, Jonas, que passou três dias no ventre de uma baleia, é apresentado como figura de Cristo, que passou três dias no sepulcro, antes de ressuscitar dos mortos. Mas o mais importante no trecho do livro do profeta Jonas é o acento na misericórdia de Deus, que se estende a todos os povos, mesmo aos inimigos de Israel. O Deus de Israel é um Deus sempre pronto a perdoar (cf. Jr 18,7-8), um Deus que deseja que todos se convertam. No evangelho, depois da prisão de João Batista, Jesus começa o seu ministério público. Há uma distinção entre o tempo do Batista e o de Jesus, do qual João é o precursor. Termina o tempo da promessa; é inaugurado, agora, com Jesus, o tempo da realização da promessa. Mas a missão de Jesus começa dando continuidade ao convite de conversão do Batista. Na boca de Jesus, a conversão tem conteúdo bastante preciso: trata-se de crer no Evangelho. A conversão é, então, fé na palavra e na pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus. Trata-se de um convite universal, dirigido a todos os povos, a abrirem-se à palavra de Jesus para reconhecerem na sua obra o mistério de Deus. Sem essa confiança, não é possível reconhecer em Jesus o tempo da visita salvífica de Deus nem colher os frutos da salvação. Ao convite à conversão, segue-se o primeiro relato de vocação do evangelho de Marcos, baseado em 1Rs 19,19-21. O olhar penetrante de Jesus, que conhece a pessoa para além de qualquer aparência, pois conhece o coração de cada uma, precede o chamado. O chamado sucessivo feito às duas duplas de irmãos deve ser considerado na sua unidade. Nas duas ocasiões são postas condições válidas e exigidas de todos os que respondem positivamente ao apelo do Senhor. Para seguir Jesus é preciso desapego das coisas materiais e dos laços afetivos. Sem essa liberdade não será possível viver a vida de Jesus Cristo. O advérbio de tempo utilizado mostra a urgência da resposta que deve ser generosa, sem condições da parte daquele que é chamado e aceita o convite.

Pe. Carlos Alberto Contieri
ORAÇÃO
Senhor, vos agradecemos pelas vocações que chamastes para servir o vosso povo.
LEITURA
Jn 3, 1-5.10 e 1Cor 7, 29-31
SALMO

Mostra-me, Senhor, os teus caminhos. Sl 25(24)