segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Comissão promove Retiro Arquidiocesano para Educadores



10646704_782053021858076_1547291086913684437_nA Comissão de Pastoral para a Educação realiza Retiro Arquidiocesano para Educadores. O encontro será nos dias 22 e 23 de novembro no Centro Mariápolis Santa Maria localizado na cidade de Igarassu, Região Metropolitana do Recife.
Os participantes terão um fim de semana voltado para a espiritualidade do educador. A programação conta com palestras, momentos de meditação, partilhas e dinâmicas. A religiosa da Congregação das Damas da Instrução Cristã, Ir. Flávia Matias, será a assessora do encontro. Uma Missa será presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, na manhã do domingo, 23.
Mais informações com Ane Kely (Coordenação Arquidiocesana de Pastoral) pelo telefone (81) 3271-4270.

Retiro Arquidiocesano para Educadores
Local: Centro Mariápolis Santa Maria
Rodovia BR 101, Km 44 – Igarassu PE
Dias: 22 e 23 de novembro de 2014
Inscrição: R$ 150,00 – www.centormariapolisne.org.brInformações: (81) 3271-4270 (Ane Kely)
Da Assessoria de Comunicação AOR

No dia de finados, papa diz que morte não é o fim


Durante o Ângelos, Francisco afirmou que 'destino supremo do homem é a vida no Paraíso'.
Cidade do Vaticano - No dia em que a Igreja Católica celebra o Dia de Finados, o papa Francisco destacou que a morte "não é a última palavra sobre a sorte humana" e que o "destino supremo" do homem é a "vida no Paraíso". Durante o Ângelus deste domingo (02), o pontífice ainda lembrou sobre o testemunho daqueles que já partiram.

"A recordação dos defuntos, os cuidados com os sepulcros e os votos são testemunho da esperança radicada na certeza de que a morte não é a última palavra sobre a sorte humana, porque o homem é destinado a uma vida sem limites, que é sua raiz e o seu cumprimento em Deus", destacou o líder da Igreja Católica.

Ele aproveitou o momento para pedir orações para aqueles que já faleceram e "agora participam da alegria da ressurreição" e lembrou a importância da oração pelos mortos. Francisco ainda pediu para que todos aqueles que já morreram sejam lembrando, mesmo aqueles que ninguém lembra, como "as vítimas de guerras e da violência, tantos pequenos para o mundo que passam fome e vivem na miséria". Relembremos os irmãos e irmãs que morreram porque são cristãos e aqueles que morreram para servir aos outros. "Confiemos ao Senhor, especialmente, aqueles que nos deixaram no curso deste ano", finalizou o papa.
Ansa/SIR

Odetinha, a menina que acolheu a Deus


Arquidiocese do Rio prepara relatório sobre processo de beatificação de Odete Vidal de Oliveira.
Rio de Janeiro - Está chegando ao fim, em âmbito diocesano, o processo de beatificação de Odette Vidal de Oliveira, a Odetinha. Depois de mais de um ano organizando uma extensa documentação que comprova a santidade da menina carioca, a Arquidiocese do Rio de Janeiro se prepara para enviar ao Vaticano, em breve, um relatório com cerca de mil páginas que conta em detalhes a história de devoção à menina, com depoimentos de cerca de 20 mil graças alcançadas.

Menina diferente

As atitudes de Odetinha sempre a diferenciaram das outras crianças. Mesmo sendo de família rica, preferia que a mãe, Alice Vidal, deixasse de presentear a ela e comprasse algo para aqueles que viviam nas ruas e orfanatos. Aluna do Colégio Sion, pedia que o motorista da família parasse o carro algumas quadras antes da escola para não encontrar os colegas de forma ostensiva. Surpreendia, também, quando durante o intervalo das aulas, além de brincar, pedia às religiosas da escola para fazer adoração ao Santíssimo antes que o sinal tocasse. Todos os sábados, a família abria as portas de sua casa, em Botafogo, para oferecer alimento aos moradores em situação de rua.

Veneração do povo

Odette faleceu aos 9 anos, em 1939. A notícia de sua morte se espalhou rapidamente e logo uma multidão permaneceu em frente a sua casa. No sepultamento, havia uma fila de pessoas que ia da sede do time do Botafogo até o Cemitério São João Batista. Todos queriam demonstrar o seu carinho pela menina. Seu caixão foi levado por religiosas, que já a consideravam quase como uma santa.

Até o ano passado, quando o túmulo foi transferido para a Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo, a sepultura de Odetinha era a segunda mais visitada do Cemitério São João Batista, atrás apenas das visitações à Carmem Miranda. Mesmo que o corpo tenha sido sepultado o mais fundo possível, quando feita a transladação do corpo foram encontrados vários terços, fotos e bilhetes deixados por fiéis dentro do túmulo

Na graça de Deus

O vigário episcopal para a Vida Consagrada, Dom Roberto Lopes, que também é o responsável pela Causa dos Santos na arquidiocese, ressalta a fidelidade dos devotos de Odetinha. “Não é a Igreja no Rio, o arcebispo ou eu mesmo que estão querendo criar uma santa. Nós só queremos dar uma resposta àquilo que o povo há 74 anos pede, por que a veneram como uma santa”.

O notário da causa de Odetinha, Ronaldo Frigini, que colabora com o Tribunal Eclesiástico reunindo depoimentos para o processo acrescentou: “a graça de Deus foi depositada numa menina que a acolheu por todo sempre, não só no período de vida, mas também na pós existência terrena dela. Ela acolheu o sentido adulto de uma fé cristã, de percepção da presença de Deus na vida das pessoas. Isso é o que tem contagiado a todos”, disse.

Em Roma, a Congregação para a Causa dos Santos vai analisar primeiramente se foram atendidas todas as formalidades exigidas no processo e logo após, edita-se um decreto de validade jurídica. O próximo passo é solicitar a nomeação de um relator para que seja feito o resumo da causa e depois esta é encaminhada a teólogos e cardeais para análise de venerabilidade.
Arquidiocese do Rio/SIR

Os frutos do Sínodo dos Bispos


O papa Francisco quer que toda a Igreja busque caminhos comuns para testemunhar as riquezas do Evangelho.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*

No dia 19 de outubro, o papa Francisco encerrou a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos com uma Missa celebrada na Praça de São Pedro, debaixo de um sol esplêndido. Na mesma celebração, também beatificou seu predecessor, Paulo VI, que instituiu o Sínodo em 1965, como um dos frutos do Concílio Vaticano II.

Foram duas semanas de reflexões, com a participação de 191 “padres sinodais”, além de observadores, peritos e outros convidados. Após uma semana de intervenções individuais, os participantes reuniram-se em grupos para discutir uma proposta do texto final. Seguindo o tema da assembleia – “os desafios pastorais da família no contexto da evangelização” -, os participantes do Sínodo trataram de questões relativas ao ensinamento da Igreja sobre matrimônio e família, da pastoral familiar na preparação ao casamento e no acompanhamento da vida dos casais e famílias, dos casos pastorais mais complicados, como a separação e o divórcio, as novas uniões civis após o divórcio e o acompanhamento pastoral de casais “recasados” e da sua participação na Igreja.

Mas também se tratou das uniões livres, sem formalização alguma, do desinteresse crescente em relação à família e o casamento, do serviço pastoral nos tribunais eclesiásticos, sobretudo dos pedidos de reconhecimento de nulidade matrimonial; tratou-se do acesso à confissão e à comunhão por parte daqueles que após um divórcio ou separação vivem numa nova união. Não deixou de ser tratado o desfio pastoral representado pelas uniões civis de pessoas do mesmo sexo e da sua pretensão de serem reconhecidos como “família” e de terem reconhecida a sua união como um “casamento”...

Olhou-se também, com particular atenção, a questão da transmissão da vida e sua acolhida pelo casal, no seio de uma família constituída; e não podia faltar a educação, em todos os sentidos – humano, religioso e cívico -, e do papel inalienável dos pais na educação dos filhos.

A pauta de assuntos foi muito ampla. E os resultados? Antes de tudo, deve-se considerar como fruto apreciável o próprio fato de a Igreja fazer uma nova reflexão sobre casamento e família. Era muito necessário, pois no contexto cultural contemporâneo, a família e o casamento são cada vez mais relegados à vida privada, onde o Estado não deve se intrometer. Grave engano, pois a família é um bem para a pessoa e a sociedade inteira. E onde ela é desamparada e até desmantelada, ela faz muita falta e o Estado se assume muitos encargos a mais!

O Sínodo também produziu uma bela mensagem, confortadora e estimulante, já foi divulgada , que vale a pena ler e meditar. E produziu um relatório final, com os temas de consenso já trabalhados. Este Relatório (“Relatio Synodi”) ainda não é um “documento” conclusivo e o papa Francisco determinou que ele seja, agora, enviado às Conferências Episcopais e submetido a um novo giro de consultas e contribuições; no ano que vem, 2015, na assembleia ordinária do Sínodo, o assunto voltará a ser discutido e analisado.

O Sínodo dedicou especial atenção às famílias que vivem em situações de conflito e de perseguição.

O papa Francisco inovou no método do Sínodo e quer que a Igreja toda faça um “caminho sinodal”, ou seja, de busca de caminhos comuns para testemunhar as riquezas do Evangelho nas situações nem sempre fáceis do casamento e da família. O processo pode ser mais longo e demorado; mas espera-se que o consenso seja mais compartilhado entre todos.
CNBB, 30-10-2014.
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo (SP).

´Aprender a rezar é como aprender a falar´


Se rezar não vier já de casa, é muito difícil conseguir levar as crianças à oração, afirma blogueira.
Por Ângela Roque

“Se rezar não vier já de casa, é muito difícil conseguir levar as crianças à oração com 45 minutos de catequese por semana”. É a opinião de Teresa Power, professora e catequista, que há cerca de um ano decidiu partilhar através do blog Uma Família Católica a forma como a fé é vivida em sua casa.

“Aprender a rezar é como aprender a falar”, diz, “por isso o nosso trabalho tem sido sobretudo com as famílias. Quando a família, o pai e a mãe, convertem o seu coração, o trabalho mais difícil está feito”.

Teresa é mãe de seis filhos, “mais um, que já está no céu”, como faz sempre questão de dizer. Casou com Niall Power, irlandês, que trabalha na Universidade de Aveiro. Vivem em Mogofores, Anadia, onde animam a paróquia salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora. Conheceram-se quando ambos eram estudantes Erasmus na Alemanha, e foi a oração do terço que os aproximou. Rezavam-no juntos todos os dias, primeiro como amigos, depois como namorados, agora em família, com os filhos.

Em sua casa encontra-se um canto de oração. “É um espaço que todos sabem é central na nossa sala de estar”, explica. E é lá que se reúnem a seguir ao jantar: “Temos um momento em conjunto em que todos agradecem por alguma coisa do dia. Cantamos, dançamos, nós tocamos guitarra, eles fazem barulho. É um momento de louvor”. Depois de deitarem os mais novos rezam o terço e meditam com os mais crescidos nas leituras do dia.

A ideia de criar o blog surgiu porque Teresa e Niall sempre sentiram necessidade de apoio para a vida de oração e para a vida em família. Hoje já se encontra na internet “muita informação e muita teoria”, mas “faltava este testemunho, de família a família, como é que nós, na nossa casa, com os nossos filhos, com as nossas dificuldades, problemas e alegrias, vivemos a nossa vida de fé, no dia-a-dia".

O blog é atualizado diariamente com textos que refletem sobre as coisas simples ou complicadas do quotidiano e é seguido por famílias de vários pontos do país, e também do Brasil e da Argentina.

“Temos tido famílias que viviam muito afastadas de Deus e que se converteram, que vivem uma vida de fé com oração diária. Outras que viviam uma fé dentro da Igreja, mas uma fé frouxa, e que agora estão ativas e empenhadas. Temos tido pessoas que nunca rezaram em família e que agora vão começar, já com filhos adolescentes”. O que leva Teresa a dizer: “temos assistido a milagres diários da forma como Deus tem atuado junto das famílias”.

“Os Mistérios da Fé” e as “Famílias de Caná”

Teresa Power sempre achou que fazia falta ser concreto quando se pede às famílias para rezarem: "Diz-se que é preciso rezar, mas as pessoas querem saber: Rezar o quê? Rezar como?". Com base no que faz a sua própria família, avançou com o projeto “Famílias de Caná” que propõe às famílias um itinerário de fé: Consagração a Nossa Senhora, respeito pelos sacramentos, construção de canto de oração em casa, oração diária do terço, meditação sobre as leituras do dia e serviço aos outros.

“Trabalhamos sempre a família como um todo, não é um movimento de casais, é de vivência familiar. O que nós procuramos com as Famílias de Caná é mesmo a conversão da família", explica.

Mas será que rezar faz falta às famílias? Teresa Power diz que é essencial para uma família cristã. “Não consigo imaginar como é que podemos crescer se não estamos, em família, abertos à vida de Deus. Se não rezamos, se não chamamos Deus para o nosso interior, como é que ele pode agir e atuar em nós?”

Como catequista foi também percebendo que “as crianças católicas não têm conhecimento das histórias da Bíblia”, o que considera “uma grande falha”. “A Palavra de Deus é tão rica, temos tantas histórias para contar, e andamos sempre à volta do Capuchinho Vermelho, da Violeta, ou do que for”, lamenta. Partindo, mais uma vez, da experiência pessoal – porque os seus filhos “adoram as histórias da Bíblia” – escreveu “Os Mistérios da Fé", um livro já com três volumes publicados pelas edições salesianas.

A entrevista a Teresa Power foi transmitida este domingo à noite, na Rádio Renascença, no programa “Princípio e Fim”, onde vão estar em destaque novos espaços e projetos de oração.
SIR/ Rádio Renascença

Evangelho do Dia

Ano A - 03 de novembro de 2014

Lucas 14,12-14

Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo8,31s). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 12 Jesus dizia ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão.
13 Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.
14 Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UM ENSINAMENTO EXTRAVAGANTE?Jesus fez um esforço formidável para colocar no coração de seus discípulos um amor entranhado pelos pobres e marginalizados. Ele bem conhecia o valor salvífico do bem feito aos excluídos, e o quanto agradam ao Pai os gestos de bondade em relação aos necessitados.
O ensinamento a respeito de quem deve ser convidado para um almoço ou jantar tem esta finalidade. Por isso, pode parecer um tanto extravagante. Nada de chamar amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos, quando se oferece um almoço ou jantar. O Mestre aconselha a convidar os aleijados, os coxos, os cegos, que não têm como retribuir.
Jesus opôs-se à tendência humana natural de estreitar as relações com as pessoas às quais queremos bem, e cuja convivência nos é agradável. Ao invés disso, ensinou a escolher os mais carentes de afeto e atenção.
É importante atentar para os motivos sadios que nos devem levar a convidar os pobres para uma ceia familiar. Existem motivos fúteis, como ganhar o prestígio de pessoa caridosa e fazer demagogia barata. Convidar os pobres significa comungar com sua causa, tornar-se solidário com eles, a ponto de tudo fazer para que sua dignidade seja respeitada. Quem age com esta intenção, participará da ressurreição dos justos.

Oração

Espírito que nos leva a optar pelos pobres, sintoniza-me com os ensinamentos de Jesus, de maneira que os pobres e excluídos ocupem um espaço importante em minha vida.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Filipenses 2,1-4
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 1 Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão,
2 completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos.
3 Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.
4 Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros.
5 Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
Salmo 130/131
Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!

Senhor, meu coração não é orgulhoso,
nem se eleva arrogante o meu olhar;
não ando à procura de grandezas,
nem tenho pretensões ambiciosas!

Fiz calar e sossegar a minha alma;
ela está em grande paz dentro de mim,
como a criança bem tranqüila, amamentada*
no regaço acolhedor de sua mãe.

Confia no Senhor, ó Israel, ó Israel,
desde agora e por toda a eternidade!
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vosso filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 3 DE NOVEMBRO - SEGUNDA-FEIRA

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA DA III SEMANA)

Antífona de entrada:
Não me abandoneis, jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22s).
Oração do dia
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vosso filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Filipenses 2,1-4)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
2 1 Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão,
2 completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos.
3 Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.
4 Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros.
5 Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 130/131
Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!

Senhor, meu coração não é orgulhoso,
nem se eleva arrogante o meu olhar;
não ando à procura de grandezas,
nem tenho pretensões ambiciosas!

Fiz calar e sossegar a minha alma;
ela está em grande paz dentro de mim,
como a criança bem tranqüila, amamentada*
no regaço acolhedor de sua mãe.

Confia no Senhor, ó Israel, ó Israel,
desde agora e por toda a eternidade!
Evangelho (Lucas 14,12-14)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 12 Jesus dizia ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua vez, eles te convidarão e assim te retribuirão.
13 Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.
14 Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UM ENSINAMENTO EXTRAVAGANTE?Jesus fez um esforço formidável para colocar no coração de seus discípulos um amor entranhado pelos pobres e marginalizados. Ele bem conhecia o valor salvífico do bem feito aos excluídos, e o quanto agradam ao Pai os gestos de bondade em relação aos necessitados.
O ensinamento a respeito de quem deve ser convidado para um almoço ou jantar tem esta finalidade. Por isso, pode parecer um tanto extravagante. Nada de chamar amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos, quando se oferece um almoço ou jantar. O Mestre aconselha a convidar os aleijados, os coxos, os cegos, que não têm como retribuir.
Jesus opôs-se à tendência humana natural de estreitar as relações com as pessoas às quais queremos bem, e cuja convivência nos é agradável. Ao invés disso, ensinou a escolher os mais carentes de afeto e atenção.
É importante atentar para os motivos sadios que nos devem levar a convidar os pobres para uma ceia familiar. Existem motivos fúteis, como ganhar o prestígio de pessoa caridosa e fazer demagogia barata. Convidar os pobres significa comungar com sua causa, tornar-se solidário com eles, a ponto de tudo fazer para que sua dignidade seja respeitada. Quem age com esta intenção, participará da ressurreição dos justos.

Oração

Espírito que nos leva a optar pelos pobres, sintoniza-me com os ensinamentos de Jesus, de maneira que os pobres e excluídos ocupem um espaço importante em minha vida.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que este sacrifício se torne uma oferenda perfeita aos vossos olhos e fonte de misericórdia para nós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós, felicidade sem limites! (Sl 15,11)
Depois da comunhão
Ó Deus, frutifique em nós a vossa graça, a fim de que, preparados por vossos sacramentos, possamos receber o que prometem. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO MARTINHO DE LIMA
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que conduzistes são Martinho de Lima à glória do céu pelos caminhos da humildade, Dai-nos seguir de tal modo seus exemplos na terra que sejamos com ele exaltados no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Ó Deus de bondade, que, destruindo o velho homem, criastes em são Martinho de Lima um homem novo segundo a vossa imagem, Dai que possamos, igualmente renovados, oferecer este sacrifício de reparação. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Fortificados por este sacramento, nós vos pedimos, ó Deus todo-poderoso, que aprendamos com são Martinho de Lima a buscar-vos sempre e acima de tudo e a viver neste mundo a vida nova do cristão. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO MARTINHO DE LIMA):
Martinho de Lima, ou melhor, Marinho de Porres, conviveu com a injustiça social desde que nasceu, em 9 de dezembro de 1579, em Lima, no Peru. Filho de Juan de Porres, um cavaleiro espanhol, e de uma ex-escrava negra do Panamá, foi rejeitado pelo pai e pelos parentes por ser negro. Tanto que na sua certidão de batismo constou "pai ignorado". O mesmo aconteceu com sua irmãzinha, filha do mesmo pai. Mas depois Juan de Porres regularizou a situação e viveu ainda algum tempo com os filhos, no Equador. Quando foi transferido para o Panamá como governador, deixou a menina aos cuidados de um parente e Martinho com a própria mãe, além de meios de sustento e para que estudasse um pouco. Aos oito anos de idade, Martinho tornou-se aprendiz de barbeiro-cirurgião, duas profissões de respeito na época, aprendendo numa farmácia algumas noções de medicina. Assim, estava garantido o seu futuro e dando a volta por cima na vida. Mas não demorou muito e a vocação religiosa falou-lhe mais alto. E ele, novamente por ser negro, só a muito custo conseguiu entrar como oblato num convento dos dominicanos. Tanto se esforçou que professou como irmão leigo e, finalmente, vestiu o hábito dominicano. Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento e era barbeiro e enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios, devido à aprendizagem que tivera, socorria todos os doentes pobres da região, principalmente os negros como ele. A santidade estava impregnada nele, que além do talento especial para a medicina foi agraciado com dons místicos. Possuía muitos dons, como da profecia, da inteligência infusa, da cura, do poder sobre os animais e de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Segundo a tradição, embora nunca tenha saído de Lima, há relatos de ter sido visto aconselhando e ajudando missionários na África, no Japão e até na China. Como são Francisco de Assis, dominava, influenciava e comandava os animais de todas as espécies, mesmo os ratos, que o seguiam a um simples chamado. A fama de sua santidade ganhou tanta força que as pessoas passaram a interferir na calma do convento, por isso o superior teve de proibi-lo de patrocinar os prodígios. Mas logo voltou atrás, pois uma peste epidêmica atingiu a comunidade e muitos padres caíram doentes. Então, Martinho associou às ervas a fé, e com o toque das mãos curou cada um deles. Morreu aos sessenta anos, no dia 3 de novembro de 1639, após contrair uma grave febre. Porém o padre negro dos milagres, como era chamado pelo povo pobre, deixou sua marca e semente, além da vida inteira dedicada aos desamparados. Com as esmolas recebidas, fundou, em Lima, um colégio só para o ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo. O papa Gregório XVI beatificou-o em 1837, tendo sido canonizado em 1962, por João XXIII, que confirmou sua festa no dia 3 de novembro. Em 1966, Paulo VI proclamou são Martinho de Porres padroeiro dos barbeiros. Mas os devotos também invocam sua intercessão nas causas que envolvem justiça social.

A missão evangélica do papado contra a pobreza


Quando o papa afirma que 'exigir terra, casa e trabalho é a doutrina da Igreja', ele marca uma diferença.
Mesmo um discurso eclesiástico pode não precisar de exegetas. Por exemplo, não precisa de uma interpretação o discurso do papa Francisco aos movimentos populares reunidos no Vaticano: um apelo claro e forte à luta dos pobres contra a injustiça. Pode ser útil, ao contrário, enquadrar as palavras papais na história recente do catolicismo e no contexto do pensamento de Bergoglio. Em primeiro lugar, é bom limpar o campo de equívocos.

Não há novidades doutrinais no discurso aos movimentos. Nada que não possa ser lido nas encíclicas sociais dos últimos 20 anos, ou desde que a Igreja começou a fazer as contas com a globalização neoliberal.

Basta tomar nas mãos a "Centesimus annus", de João Paulo II, para encontrar uma condenação duríssima das condições do Terceiro Mundo e do pensamento único capitalista pós-1989. Na "Caritas in veritate", o papa Ratzinger dedicara algumas páginas profundas do ponto de vista teológico-filosófico à necessidade de conjugar a caridade com "a verdade de um justo viver social". Se hoje percebemos uma reviravolta na atitude da Igreja, os motivos devem ser buscados em outro lugar.

Já se entendia que Bergoglio faria da pobreza o centro do seu pontificado desde a escolha do nome Francisco, por ele motivada na indicação programática de uma "Igreja pobre e para os pobres" (uma declaração que trazia à mente a de João XXIII por ocasião da abertura do Concílio Vaticano II).

Com aquele gesto, novo e perturbador na simbologia eclesial, o papa inseriu a sua própria missão no rastro do pauperismo cristão: do pobrezinho de Assis aos "profetas" da era contemporânea (Charles de Foucauld, Gauthier, Dossetti etc.). Não era nada evidente que essa opção levaria efetivamente também a uma mudança de paradigma, como os acontecimentos posteriores, ao invés, mostraram.

Depois da homilia para a entronização, inteiramente dedicada à defesa da Criação, o primeiro sinal importante de descontinuidade discursiva veio da exportação apostólica Evangelii gaudium, o manifesto programático do seu pontificado. Nela, podem-se encontrar os pontos-chave do pensamento social de Francisco, os mesmos do discurso aos movimentos: defesa da terra e dos bens comuns, tutela do trabalho, revitalização da democracia civil e social contra a nova guerra mundial causada pelos mercados.

Trata-se de um discurso em muitos aspectos devedor das teologias da libertação, que Bergoglio conhece através do filtro da teologia argentina (Gera, Farrell, Scannone etc.), mas às quais ele prefere o mais recente "Documento de Aparecida", centrado na categoria da "piedade popular".

Em relação às consequências dessa abordagem, o compromisso com uma Igreja pobre, por exemplo, tornou-se o motor de uma renovação interior voltada a curar as contradições mais estridentes (a organização da Cúria Romana, a gestão do IOR etc.).

No nível da linguagem pastoral, a missão contra a pobreza dos últimos assumiu o lugar da batalha contra o desvio antropológico do Ocidente e pela defesa dos valores "inegociáveis", que desapareceram, ou quase, das homilias e dos discursos do papa.

Agora, como também surgiu no último Sínodo dos bispos, estamos diante de um percurso complexo, que encontra resistências e que conserva em seu interior elementos de forte continuidade com a época anterior: basta pensar nas dificuldades que a Igreja encontra ainda hoje para formular uma reflexão sobre as famílias e sobre a sexualidade em sintonia com as demandas da maioria dos fiéis.

No entanto, para além das incertezas que ainda envolvem essas intervenções, a reviravolta já está nos fatos, porque os elementos que compõem o discurso público (a pastoral) não são mais os mesmos, como já é evidente para todos. Eis, então, que o discurso do dia 29 de outubro para os cartoneros, para os sem-terra e para os movimentos populares presentes no Vaticano chama a atenção e convence não apenas pela escolha dos interlocutores, por quem o pronuncia (um bispo que viveu as periferias em primeira pessoas) e pelos conteúdos radicais de certas passagens, mas, principalmente, porque soa, mesmo para quem não crê, como verdadeiro, credível e não como mais uma pregação "de apêndice" a uma realidade eclesial fechada na defesa da própria diversidade.

Quando o papa afirma que "exigir terra, casa e trabalho é a doutrina da Igreja", ele marca uma diferença com as práticas anteriores de recomposição do campo religioso. No tempo do "fim da sociedade" (para retomar a célebre fórmula do sociólogo francês Alain Touraine), ele volta à essencialidade do Evangelho e lança uma proposta pastoral que fala aos últimos, às vítimas da crise econômica e do neoliberalismo tantos nos países do subdesenvolvimento, quanto na Europa unida.

A capacidade performativa desse tipo de discurso deveria fazer refletir aqueles que consideram as categorias do trabalho, dos direitos e da justiça social como categorias políticas do século passado.
Il Manifesto, 31-10-2014.
*Alessandro Santagata é historiador e professor da Universidade de Roma Tor Vergata. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



01 e 02 de novembro de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  



·         ADARCIO CARDOSO DA SILVA
E
MARIA APARECIDA DAS NEVES




                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em   consciência a declarar.