terça-feira, 2 de junho de 2015

“Igreja entregará esperança de salvação”


Prelado recorda que é necessário que os fiéis cristãos sejam testemunhas da Fé.
Madri, 02 jun (Gaudium Press/SIR) - Um convite a dar esperança a quem a perdeu e não encontra o sentido de sua vida, é a que fez o Arcebispo de Madri, Dom Carlos Osoro. Em sua mais recente carta pastoral, o prelado assinala que na sociedade e cultura de hoje existem viajantes que seguem seu caminho sem nenhum norte, por uma 'enfermidade' que chamou de "as Três D": "desfocagem, desesperança, desorientação".
Um mal que, nas palavras do Arcebispo, não se soluciona tomando o primeiro salva-vidas que se apresente. "Os assegurou: hoje a questão de Deus não é secundária. É fundamental a questão da verdade para construir o presente e o futuro. Por isso, que importante é conhecer a Jesus Cristo! Que importante é a Fé! De viver crendo a não acreditar a diferença é abismal. É verdade que a Fé é um dom. E, como todo dom, se pode acolher ou rejeitar, tomar ou deixar", prossegue.
Diz também que no mundo atual existe a tentação de ficar sozinho e a Igreja é julgada unicamente por aparências externas; pelo que "é necessário que cada um dos cristãos, e todos em conjunto, tomemos consciência de nossa essência e dignidade"; já que "ninguém pode realizar sua tarefa e sua própria essência se não tem consciência clara do que é e deve ser (...) A Igreja sabe que 'a fonte da esperança é Cristo, e que a Igreja é o canal através do qual passa e se difunde a onda de graça que flui do Coração transpassado do Redentor".
Neste sentido, Dom Osoro manifesta que "a Igreja entregará a esperança que salvará o mundo", aquela que está baseada não em metas utópicas "mas que tem para nós um nome próprio: Jesus Cristo".
"De tal maneira que, diante das sombras da realidade que estão aí, ofereceríamos o Evangelho tal e como o Santo Padre São João Paulo II nos dizia na Exortação Apostólica Ecclesia in Europa, anunciando, celebrando e servindo o Evangelho da esperança ou, como nos diz o Papa Francisco, vivendo e levando a alegria do Evangelho a todos os homens", continua.
Para isso, o prelado recorda que é necessário que os fiéis cristãos sejam testemunhas da Fé "sem complexos nem agressividade, humildades, bastante lúcidos para amar nossa época e discernir suas grandezas e seus limites, respeitosos com o caminhar de Deus no coração de cada qual, já que é Ele quem põem o ritmo".
Algo que ensinava também São João Paulo II, que é citado por Dom Osoro: "Não se trata, pois, de inventar um novo programa. O programa já existe (...) Se centra, definitivamente, em Cristo mesmo, que temos que conhecer, amar e imitar, para viver nEle a vida trinitária e transformar com ele a história até seu aperfeiçoamento na Jerusalém celeste (...) A perspectiva na qual deve situar-se o caminho pastoral é o da santidade (...) Para esta pedagogia da santidade é necessário um cristianismo que se distinga ante tudo na arte da oração".
Finalmente, o Arcebispo de Madri exorta para que se volte o olhar a Jesus Cristo, que é a mesma Beleza que salvará o mundo: "Temos necessidade urgente de deixar-nos guiar por Jesus Cristo para viver todo um caminho que faça crível a Beleza que salvará este mundo. Só será possível se tivermos um encontro com Jesus Cristo à maneira que o tiveram os Apóstolos: encontro com o Salvador do mundo. Dessa Beleza, que vem do alto, deve e tem que alimentar-se o discípulo de Jesus, que tem que fazer-se sempre de novo seu anunciador para compartilhá-la com quem não a conhece e com quem vai em sua busca. Deixa-te guiar pelo Senhor e faça-o crível neste mundo, sabendo que Ele é a Beleza que salva o mundo".
SIR

"Venho como mensageiro de paz", diz Papa


Pontífice afirma que sua visita tem a finalidade de confirmar na fé os fiéis católicos.
Cidade do Vaticano, 02 jun (RV/SIR) – Faltando poucos dias para a viagem a Sarajevo, no próximo sábado (06), o Papa Francisco enviou uma videomensagem aos cidadãos da Bósnia-Herzegovina.
Na gravação, o Pontífice afirma que sua visita tem a finalidade de confirmar na fé os fiéis católicos, promover o diálogo ecumênico e inter-religioso e, sobretudo, encorajar a convivência pacífica no país. “Eu os convido a se unirem às minhas orações, para que esta viagem apostólica possa produzir os frutos esperados para a comunidade cristã e para toda a sociedade.”
Ao recordar o lema da visita, “A paz esteja convosco”, Francisco diz que está se preparando para partir como um “irmão mensageiro de paz”, e expressar a todos a sua estima e amizade. “Gostaria de anunciar a cada pessoa, a cada família, a cada comunidade a misericórdia, a ternura e o amor de Deus.”
O Papa garante a todos o seu afeto e sua solidariedade e encoraja os católicos a serem testemunhas da fé e do amor de Deus, atuando por uma sociedade que caminhe rumo à paz. E conclui a videomensagem com um “obrigado e até logo”, invocando sobre Sarajevo e todo o país a materna proteção de Nossa Senhora.
A Rádio Vaticano acompanhará a visita de Francisco transmitindo ao vivo, com comentários em português, os principais eventos: o encontro com as autoridades e a Santa Missa a partir das 04h55 (horário de Brasília) e o encontro com os religiosos, os líderes das confissões cristãs e com os jovens, a partir das 11h05 (horário de Brasília).
SIR

A prática da misericórdia


Onde existe fé dificilmente vamos encontrar a proliferação de condutas egoístas.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
O papa Francisco, preocupado com as gritantes maldades do mundo globalizado, está convocando as pessoas para celebrar um tempo intenso de exercício do dom do perdão, chamado de “Jubileu extraordinário da misericórdia”. O início será em dezembro próximo, terminando na Festa de Cristo Rei, em novembro de 2016. Será um tempo de sensibilização dos corações e mentes para construir o bem.
A prática do mal, de forma intencional, endossa as ações de injustiça, que prejudicam muito o bem comum. Significa perder a dimensão sobrenatural da vida humana e uma verdadeira afronta aos princípios da Palavra de Deus. Mas, por pior que a pessoa seja, ou a gravidade do mal que faz, há sempre possibilidade de mudança e de experimentar os benefícios da misericórdia divina.
A misericórdia de Deus não tem limites, mas depende da abertura do coração para esse dom, que não falha, quando a pessoa muda de atitudes. É o perdão de Deus em nós, mas não sem nós. Não podemos nos esquecer de que, não só somos criaturas de Deus, mas, principalmente, “família de Deus”.
Diante do cenário de injustiças no país, deflagrado nos últimos tempos, há necessidade de quase uma intervenção divina, provocando reajustamento da história na vida do povo. O egoísmo impede a dimensão social e comunitária das coisas. A ganância pelo dinheiro e os bens desnecessários acabam matando as pessoas.
Podemos dizer que a prática da justiça de Deus tem uma dimensão pedagógica. Ela faz um caminho de responsabilidade e exige dos administradores dos bens, que devem ter uma dimensão social, a mesma via. Sabemos que a fé faz a pessoa discernir as coisas de forma correta, inclusive revertendo atitudes iníquas.
Onde existe fé verdadeira, dificilmente vamos encontrar a proliferação de condutas egoístas, de escândalos e monstruosa expansão do narcotráfico, ou outros fatos que desvirtuam as raízes da convivência humana. Mesmo com quem age assim, Deus é misericordioso e aceita a todos como filhos. Não importa o grau da maldade praticada, porque Deus é Pai e perdoa quem se arrepende.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

Meu Dia com Deus

DIA 2 DE JUNHO - TERÇA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Marcos 12,13-17)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o Espírito, para que conheçais a esperança reservada para vós como herança! (Ef 1,17s)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 12 13 enviaram a Jesus alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra.
14 Aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo?”
15 Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: “Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário”.
16 Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: “De quem é esta imagem e a inscrição?” “De César”, responderam-lhe.
17 Jesus então lhes replicou. “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E admiravam-se dele.
Palavra da Salvação. 
Meditando o Evangelho
O QUE É DE DEUS?
            Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores.
            Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus.
            A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos.
Oração
Senhor Jesus, que eu não confunda as criaturas com o Criador e só a Deus tribute a honra e o louvor devidos.
 

Evangelho do Dia

B - 02 de junho de 2015

Marcos 12,13-17

Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o Espírito, para que conheçais a esperança reservada para vós como herança! (Ef 1,17s)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 12 13 enviaram a Jesus alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra.
14 Aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo?”
15 Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: “Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário”.
16 Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: “De quem é esta imagem e a inscrição?” “De César”, responderam-lhe.
17 Jesus então lhes replicou. “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E admiravam-se dele.
Palavra da Salvação. 

Comentário do Evangelho
O QUE É DE DEUS?
            Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores.
            Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus.
            A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos.
Leitura
Tobias 2,9-14
Leitura do livro de Tobias.
2 9 Mas Tobit temia mais a Deus que ao rei, e continuava a levar para a sua casa os corpos daqueles que eram assassinados, onde os escondia e os inumava durante a noite.
10 Ora, aconteceu que um dia, cansado desse trabalho, voltou para a sua casa e deitou-se junto à parede onde adormeceu.
11 Enquanto dormia, caiu-lhe de um ninho de andorinhas esterco quente nos olhos, e ele tornou-se cego.
12 Deus permitiu que lhe acontecesse essa prova, para que a sua paciência, como a do santo homem Jó, servisse de exemplo à posteridade.
13 Como havia sempre temido a Deus, desde a sua infância, e guardado seus mandamentos, ele não se afligiu (nem murmurou) contra Deus por ter sido atingido pela cegueira.
14 Mas perseverou firme no temor de Deus, e continuou a dar-lhe graças em todos os dias de sua vida.
Palavra do Senhor. 
Salmo 111/112
O coração do justo é firme e confiante no Senhor. 

Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!

Ele não teme receber notícias más:
confiando em Deus, seu coração está seguro.
Seu coração está tranqüilo e nada teme,
e confusos há de ver seus inimigos.

Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez,
e crescerão a sua glória e seu poder.

 
Oração
Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 2 DE JUNHO - TERÇA-FEIRA

IX SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados! (Sl 24,16.18)
Oração do dia
Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo e concedei-nos tudo o que for útil. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tobias 2,9-14)
Leitura do livro de Tobias.
2 9 Mas Tobit temia mais a Deus que ao rei, e continuava a levar para a sua casa os corpos daqueles que eram assassinados, onde os escondia e os inumava durante a noite.
10 Ora, aconteceu que um dia, cansado desse trabalho, voltou para a sua casa e deitou-se junto à parede onde adormeceu.
11 Enquanto dormia, caiu-lhe de um ninho de andorinhas esterco quente nos olhos, e ele tornou-se cego.
12 Deus permitiu que lhe acontecesse essa prova, para que a sua paciência, como a do santo homem Jó, servisse de exemplo à posteridade.
13 Como havia sempre temido a Deus, desde a sua infância, e guardado seus mandamentos, ele não se afligiu (nem murmurou) contra Deus por ter sido atingido pela cegueira.
14 Mas perseverou firme no temor de Deus, e continuou a dar-lhe graças em todos os dias de sua vida.
Palavra do Senhor. 
Salmo responsorial 111/112
O coração do justo é firme e confiante no Senhor. 

Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!

Ele não teme receber notícias más:
confiando em Deus, seu coração está seguro.
Seu coração está tranqüilo e nada teme,
e confusos há de ver seus inimigos.

Ele reparte com os pobres os seus bens,
permanece para sempre o bem que fez,
e crescerão a sua glória e seu poder.

 
Evangelho (Marcos 12,13-17)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o Espírito, para que conheçais a esperança reservada para vós como herança! (Ef 1,17s)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 12 13 enviaram a Jesus alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra.
14 Aproximaram-se dele e disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo?”
15 Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: “Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário”.
16 Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: “De quem é esta imagem e a inscrição?” “De César”, responderam-lhe.
17 Jesus então lhes replicou. “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. E admiravam-se dele.
Palavra da Salvação. 
Comentário ao Evangelho
O QUE É DE DEUS?
            Jesus não caiu na armadilha armada por seus adversários para fazê-lo declarar sua posição diante dos romanos, opressores do povo. Os fariseus era contrários à dominação estrangeira, enquanto os herodianos eram a favor. Portanto, qualquer posição de Jesus haveria de fazê-lo cair nas malhas de seus acusadores.
            Engana-se quem toma a afirmação enigmática de Jesus como se colocasse Deus e César em pé de igualdade. Dar a César o pertencente a César significa não ter nada demais satisfazer suas exigências de pagamento de tributo. Isso pode mesmo ser uma exigência passável. Dar a Deus o que a Deus pertence significa existirem coisas que só Deus pode exigir como é, por exemplo, o caso a adoração. Enquanto César exigia o tributo, não havia mal em pegá-lo. Quando exigia ser adorado como Deus, passava dos limites e não devia ser atendido. Afinal, era uma criatura e, por conseguinte, também pertencente a Deus e devedor de honra a Deus.
            A resposta de Jesus coloca as coisas nos seus devidos lugares. É idolatria igualar Deus e César, o Criador e as criaturas. Seus âmbitos de reconhecimento têm limites bem distintos. Enquanto o âmbito da criatura é bem restrito e não pode ser ultrapassado, o Criador tem tudo sob seu domínio. Jesus serve só a Deus e a mais ninguém. Ele não se submete aos tiranos.

Oração
Senhor Jesus, que eu não confunda as criaturas com o Criador e só a Deus tribute a honra e o louvor devidos.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Confiados, ó Deus, no vosso amor de Pai, acorremos ao altar com nossas oferendas; dai-nos, por vossa graça, ser purificados pela eucaristia que celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me! (Sl 16,6)
Depois da comunhão
Ó Deus, governai pelo vosso Espírito aos que nutris com o Corpo e o Sangue do vosso Filho. Dai-nos proclamar nossa fé não somente em palavras, mas também na verdade de nossas ações, para que mereçamos entrar no reino dos céus. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTOS MARCELINO E PEDRO
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que nos destes o apoio e a proteção do glorioso martírio dos santos Marcelino e Pedro, fazei que seu exemplo nos anime e sua oração nos sustente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Possa agradar-vos, ó Deus, a oferenda que vos será consagrada em honra do martírio dos vossos santos Marcelino e Pedro, para que nos purifique dos nossos pecados e vos torne propício às nossas preces. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Nutridos com o pão do céu, nos tornamos um só corpo em Cristo. Fazei, ó Pai, que jamais nos afastemos do seu amor e, a exemplo dos vossos mártires são Marcelino e são Pedro, superemos tudo corajosamente por aquele que nos amou primeiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTOS MARCELINO E PEDRO):
Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou. Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão. Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino. Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também. Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas. Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304. Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.

A moral e a ética cristã - formação 2015


Os Conceitos

A Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Já a palavra Éticaé o domínio da Filosofia que procura determinar a finalidade da vida humana e os meios de alterá-la. Ética significa, etimologicamente, “costume, conjunto de atos que uma comunidade ou uma pessoa realizam porque os consideram válidos”. Num sentido mais específico, a Ética é uma disciplina filosófica que compreende todas as questões relativas às idéias morais e às normas de conduta humanas.

A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa mesma realidade.

- Imoral = o que é contrário à moral. Ex: a nudez do índio não é imoral, por causa do costume indígena, por causa da cultura.
- Moral cristã = costumes religiosos.
- Ética = costumes indicados pela razão humana ou valores descobertos pela razão humana.
Ex: o aborto = objeção da consciência. É capitulado em lei, mas é contra a moral cristã. É legal, porém é imoral.
Portanto, nem tudo o que é legal, é ÉTICO, é MORAL.
Quando falamos de moral, de ética, falamos de valores.
  A Moral e a Ética Cristã
       O que são valores? à Valor é um conjunto de qualidades que determina o mérito e a importância de um ser referente ao binômio BEM e MAL. Por exemplo: Caráter, Honra, Fidelidade, Idoneidade. Ex: Se quero fazer um contrato, procuro uma pessoa honesta. Se quero casar, procuro uma pessoa que seja fiel, que tenha caráter. Nós nascemos com valores, com razão independentes do credo, religião, porque todos nós nascemos com uma lei eterna que sempre diz "Faça o bem e evite o mal" - este é o princípio da ética. E nós sabemos quando agimos corretamente porque essa lei está dentro de cada um de nós na faculdade que se chama CONSCIÊNCIA.
Se a Ética representa o costume ou conjunto de atos que uma comunidade ou uma pessoa realizam porque os consideram válidos, então a Ética Cristã responderá pelos costumes ou conjunto de atos praticados pelos cristãos. E se alguém se preocupa com os bons costumes, os cristãos deverão encontrar-se na primeira linha de ataque. Ataque àquilo que é mau e contrário aos costumes dos cristãos mais antigos. A palavra “ethos” aparece 12 vezes no Novo Testamento (Lucas 1:9; 2:42; 22:39; João 19:40; Atos 6:14; 15:1; 16:21; 21:21; 25:16: 26:3; 28:17; Hebreus 10:25) e significa estilo de vida, conduta, costume ou práticas. O plural “ethe” aparece em I Coríntios 15,33 quando se diz que “as más conversações corrompem os bons costumes”.
O cristão não vive de tradições!! Apóia-se na Bíblia, que é a sua regra de fé, busca a direção de Deus para a sua vida através da oração e comunhão com o Criador. A Bíblia é o Livro do Deus vivo e conseqüentemente um Livro vivo. Os seus textos, aparentemente conservadores, encerram mensagens vivas e atuais para a nossa vida. Há, porém, um aspecto que não se deve perder de vista; a maneira simples e piedosa de aceitação do Evangelho, o modo de proceder em cada situação e outras qualidades que foram transitando através dos tempos entre os filhos de Deus. São esses costumes que constituem a Ética Cristã. Se há costumes respeitados pelos cristãos que vêm desde épocas distantes, não há razão para serem postos de lado agora. Sim, se os cristãos do passado eram abençoados procedendo de certa maneira, devemos continuar com esses bons costumes nos dias de hoje.
Não podemos ser “pescadores de aquário”, como diz o bispo de Friburgo Dom Rafael Cifuentes. Eu preciso ser exemplo (“Sal da terra e luz do mundo”) perante minha família, meu ministério, minha Igreja sempre, em todo o lugar e a toda a hora!!! O que adianta eu ser uma pessoa na igreja, nos encontros e eventos e outra totalmente diferente com a minha namorada, com meus amigos... Mascarado não dá mais pra viver! Temos que fazer nossas escolhas, sair de cima dos muros da indecisão (Ap 3, 15-16)

Deus não quer homens e mulheres conformados com este mundo (Rm 12, 2); é preciso ir além e não tomar a forma dada por uma vida paganizada. Antes devemos, convertendo-nos para o Senhor, deixar renovar a nossa mente. Essa é a única maneira de discernir a vontade de Deus. Todo aquele que assume a Fé em Jesus, deve assumi-la incondicionalmente “Aquele que vive E crê em mim jamais morrerá” (Jo 11, 26) Se somos cristãos, devemos seguir o exemplo de Jesus. "Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou." (1Jo 2, 6) Não podemos apresentar um Jesus deformado, quando não aceitamos a renovação da nossa vida. Lembre-se sempre: O ouvido mais próximo de suas palavras, não é o do irmão, é o seu!!! . “Meu justo viverá pela fé, mas se voltar atrás não contará com a minha estima” (Hb 10, 38). Não podemos criar um novo catecismo, viver e pregar o nosso próprio Evangelho, anunciar um Cristo light. A oração deve orientar a nossa vida e devemos aproveitar dos nossos momentos de intimidade com Deus para pedir as diretrizes que nos vão conduzir. Quem reza e não ouve a Deus é como um cego diante de um imenso horizonte, só faz idéia por aquilo que lhe dizem e não pelo que de fato experimentou.

Assim, a Ética Cristã não exclui a razão, mas aplica-se à obediência a Cristo. Na sua essência é normativa, enquanto a Ética secular é descritiva. A Ética Cristã é também ensino, mandamento, diretriz, enquanto os costumes são variáveis e flexíveis. Os Dez Mandamentos constituem o primeiro tratado de ética dado pelo Senhor com o propósito de regular o comportamento humano no cumprimento dos seus deveres para com Deus, para com o próximo e para consigo próprio. A Ética Cristã é normativa porque se baseia em normas estabelecidas pelo Criador.
Há costumes dos povos que se desatualizam: as modas passam, e até outros aspectos que caem em desuso devido à sua pouca expressividade. Porém, as nossas reações, a maneira de proceder, o comportamento, a apresentação e muitos outros valores próprios de quem vai viver com Jesus por toda a Eternidade, não devem passar de moda. Os cristãos ficam abismados e indignados ao ver que essa sociedade de padrões morais supostamente flexíveis, a qual se recusa a aceitar parâmetros de certo e errado, tende a condenar veementemente os cristãos que desafiam as suas idéias. “O Deus de vocês só sabe condenar”, anunciou-me uma amiga minha – sem perceber ou talvez sem se importar com o aspecto de que ela mesma estava julgando o nosso amado Deus.
 Um cristão deverá ser diferente dos não-cristãos?? Sim. Refiro-me a ser diferente para melhor. Não a chamar a atenção imediata por vestir algo muito antigo ou extravagante, mas pela sua postura. O cristão deverá deixar uma boa impressão, o bom cheiro de Cristo, como a Bíblia refere. Não basta ser cristão; é preciso parecer também que o é. Não é suficiente ter uma boa moral; é necessário não deixar dúvidas a esse respeito. Como deverá ser a atitude de um católico face à guerra? E quanto à responsabilidade social? E o sexo? A Homossexualidade? Como deverá ser visto o controle de natalidade? Qual a posição de um cristão quanto à eutanásia, suicídio, pena capital e aborto? Ecologicamente como estamos? Como procedemos? Atendemos às normas sociais e às condutas bíblicas? E os reais valores? 
Pela ginástica do raciocínio comum hoje, os escritores dizem que não podemos mais retomar aqueles valores ingênuos, pois os problemas da sociedade atual são por demais complexos e esmagadores. E quais são esses problemas? Gravidez na adolescência, disparada do número de divórcios, doenças sexualmente transmissíveis, pais ausentes, famílias criadas só pelo pai ou só pela mãe, vulgarização e exploração do sexo na mídia, conflitos raciais, violência nos meios de comunicação, violência das gangues, crianças que matam sem remorso... A lista assustadora parece não ter fim. Isso deixa os cristãos decepcionados e desconcertados, pois são exatamente os problemas que poderiam ser resolvidos – ou pelo menos atenuados – por meio do comprometimento com a moral bíblica. São problemas que se exacerbaram justamente quando a sociedade abandonou os valores cristãos. A coincidência é grande demais para não ser levada em consideração.
Para compreender o fervor moral dos cristãos, os não cristãos precisam entender que a nossa moral começa não por uma lista de mandamentos, mas pelo relacionamento com Deus. Em conseqüência de ter fé em Cristo e de conhecê-lo, é claro que tentamos segui-lo em nossos atos. As suas leis ajudam a segui-lo com maior fidelidade e de maneira mais inteligente. Elas dão uma referência objetiva quando somos assaltados por dúvidas ou desviados pelos desejos. Como nem sempre queremos obedecer a Deus, as suas leis morais evitam que vivamos segundo os caprichos dos sentimentos.

Em todos esses estágios da sociedade, há pessoa cuja religião é sincera e viva e cuja moral não é apenas uma máscara, mas procede do coração. Um ensinamento vital tanto da fé judaica quanto da religião cristã é que Deus conserva um “remanescente” de fiéis, testemunhando a sua santidade e a sua misericórdia. A partir do testemunho e das orações desse remanescente, pela misericórdia de Deus, vem novamente a renovação espiritual. As pessoas se voltam para Deus. A conduta delas muda, pois são transformadas no íntimo pelo Espírito Santo. A moral é incorporada, e a sociedade se renova porque as pessoas se renovam. Esse é o “reavivamento” que os cristãos esperam e pedem em oração – primeiro espiritual, depois inevitavelmente moral. Não podemos brincar de ser Igreja!        ( Formação liturgica)