quarta-feira, 1 de julho de 2015

Padre Lombardi: Viagem do Papa à América Latina


Padre Federico Lombardi - RV
01/07/2015 09:23
Teve lugar nesta terça-feira, dia 30 de junho, na Sala de Imprensa da Santa Sé, um encontro com os jornalistas do Padre Federico Lombardi sobre a viagem apostólica do Papa Francisco ao Equador, Bolívia e Paraguai de 5 a 13 de julho. 
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, apresentou o programa da viagem apostólica do Papa Francisco à América Latina, sublinhando que esta será a 9ª viagem internacional do Papa argentino:
“Pela primeira vez a visita será feita a três países, não os maiores e os primeiros na geopolítica internacional, seguindo a lógica das periferias queridas pelo pontífice. A história desses três países, feita de conflitos e ditaduras, será um elemento importante para entender as mensagens que o Papa irá proferir” – revelou o Padre Lombardi:
“É bom que esta história de regimes autoritários, militares nesses países esteja presente também como encorajamento que o Papa pretende dar e que os povos esperam em prol de uma renovação de sua vida social, política, em geral, no sentido da paz, do desenvolvimento participativo e democrático”.
Será uma viagem com uma grande variedade geográfica que vai desde a Cordilheira dos Andes, ao Oceano Atlântico e ao Rio de la Plata: mudanças de altitude e temperaturas em apenas 7 dias” – destacou o Padre Lombardi que se referiu ao variado quadro étnico-cultural que terá espaço nos encontros e celebrações, como também o tema da pobreza:
"O que eu notei na preparação dos eventos, nas notas que eu recebi também dos organizadores é que procuram fazer intervir também as pessoas que têm participação ativa e testemunhos para dar nas leituras, nas músicas e assim por diante. Expresso com muita atenção a composição desses diversos povos desses países, vindos de diferentes lugares, caracterizados também etnicamente de maneira diferente. Devemos estar atentos a esta característica étnica e cultural da viagem”.
Em resumo é este o programa da Viagem do Papa Francisco à América Latina:
Equador
Dia 5 chegada ao Aeroporto Internacional, onde vai ter lugar o primeiro discurso desta viagem seguindo-se um percurso de oito quilómetros em papamóvel aberto.
No dia 6 o Papa Francisco segue para Guaiaquil onde presidirá à Missa diante do Santuário da Divina Misericórdia.
Em Quito, terá lugar um encontro privado com o presidente da República do Equador e a visita à Catedral de Quito.
No dia 7 de julho será a Missa no Parque do Bicentenário e um encontro na Universidade Pontifícia Católica do Equador.
Dia 8 de julho será a visita à Casa de Repouso das Missionárias da Caridade, a congregação fundada por Madre Teresa de Calcutá, e um encontro com o clero no Santuário Nacional Mariano "El Quinche”.
Ainda no dia 8, o Santo Padre parte rumo à capital da Bolívia, La Paz.
Bolívia
Quando chegar à Bolívia o Santo Padre terá um encontro com o presidente e as autoridades civis, antes de seguir para a cidade de Santa Cruz de la Sierra.
No dia 9 de julho, o Papa preside à Missa na Praça de Cristo Redentor e reúne-se com o clero e os religiosos bolivianos, antes de participar no II Encontro Mundial dos Movimentos Populares na ‘Expo Feria’.
No dia 10 terá lugar um encontro com jovens reclusos no Centro de Reeducação Santa Cruz-Palmasola, a que se seguirá um encontro com os Bispos da Bolívia.
O Papa Francisco parte depois para a terceira etapa da viagem rumo ao Paraguai.
Paraguai
O Santo Padre chega à capital do Paraguai ainda no dia 10 para uma visita de cortesia ao presidente da República e um encontro com as autoridades civis no jardim do Palácio de los López.
No dia 11 de julho tem lugar uma visita a um hospital pediátrico, antes da Missa na praça do santuário mariano de Caacupé; à tarde, o Papa encontra-se com representantes da sociedade civil, incluindo as comunidades indígenas e camponesas, e preside depois à oração de vésperas na Catedral Metropolitana de Assunção.
O último dia da visita ao Paraguai, 12 de julho, começa numa área pobre, junto da população de Bañado Norte, e a Missa no Campo Grande de Ñu Guazú, com orações em guarani.
O Papa Francisco depois de se encontrar com os bispos do Paraguai regressa ao Vaticano, onde está prevista a sua chegada pelas 13.45h (hora de Roma) no dia 13 de julho. (RS)

O primado de Pedro, escolhido por Jesus


São Pedro era fraco por ele mesmo, mas forte pela força que lhe deu Jesus.
Por Dom Fernando Arêas Rifan*
Dia 29 último celebramos o dia do Papa, na festa de São Pedro, apóstolo escolhido por Jesus para ser seu vigário aqui na terra (“vigário”, aquele que faz as vezes de outro), constituído por ele seu representante, chefe da sua Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas (os poderes) do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus (a Igreja): tudo o que ligares na terra será ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu” (Mt 16, 18-19).
Estas palavras de Jesus são, por assim dizer, a carta da Constituição da Santa Igreja, o diploma divino da investidura do Príncipe dos Apóstolos como chefe visível de toda a Igreja, primeiro Papa, fundamento (pedra) sólido, inquebrantável e perpétuo da Igreja de Cristo (“a minha Igreja”). Jesus lhe confere o primado de jurisdição sobre ela, quer dizer, uma autoridade suprema para dirigi-la, conduzir e governar (“ligar e desligar”). Ele o faz supremo Pastor, seu substituto (“apascenta os meus cordeiros e as minhas ovelhas” (Jo 21, 15-17)), a cabeça visível da sua Igreja, seu doutor infalível, com a garantia da infalibilidade e indefectibilidade, pela presença contínua e segurança dele, Jesus, a pedra angular, até o final dos tempos (Mt 28,20).
É por isso que veneramos o sucessor de São Pedro no Primado sobre toda a Igreja, o Santo Padre o Papa – hoje, Papa Francisco - e lhe prestamos nosso respeito e submissão, guardando com ele, fator de unidade da Igreja, a comunhão, “de modo que, guardada esta unidade com o Romano Pontífice, tanto de comunhão como de profissão da mesma Fé, seja a Igreja de Cristo um só Rebanho, sob um só Pastor supremo (Jo 10,16). Tal é a doutrina da verdade católica, da qual ninguém pode desviar-se sem perigo para a sua Fé e sua salvação”, pois “esta Sé de São Pedro permanece imune de todo erro, segundo a promessa de nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22,32)” (Concílio Vaticano I, Constituição Dogmática Pastor Aeternus D-S 3060 e 3070).
São Pedro, fraco por ele mesmo, mas forte pela força que lhe deu Jesus, representa bem “a Igreja, que reúne em seu seio os pecadores”, sendo assim, “ao mesmo tempo santa, e sempre necessitada de purificação” (Lumen Gentium, 8). No Credo do Povo de Deus proclamamos: “Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica, edificada por Jesus Cristo sobre a pedra que é Pedro... Cremos que a Igreja, fundada por Cristo e pela qual Ele orou, é indefectivelmente una, na fé, no culto e no vínculo da comunhão hierárquica. Ela é santa, apesar de incluir pecadores no seu seio; pois em si mesma não goza de outra vida senão a vida da graça. Se realmente seus membros se alimentam dessa vida, se santificam; se dela se afastam, contraem pecados e impurezas espirituais, que impedem o brilho e a difusão de sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por esses pecados, tendo o poder de livrar deles a seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo”.
CNBB 30-06-2015
*Dom Fernando Arêas Rifan é bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ).

Meu Dia com Deus

DIA 1º DE JULHO - QUARTA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Mateus 8,28-34)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Deus nos gerou pela palavra da verdade como as primícias de suas criaturas (Tg 1,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
28 No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram ao encontro de Jesus. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.
29 Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?
30 Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava.
31 Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos.
32 Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas.
33 Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados.
34 Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.
Palavra da Salvação.
Meditando o Evangelho
A VITÓRIA SOBRE O MAL
O incidente com a vara de porcos, em território pagão, esconde uma temática teológica, retrabalhada pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico, com traços de comicidade: o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade do poder demoníaco.
Os espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois gadarenos, tornaram-nos refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua presença. Insociáveis e violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois moravam nos sepulcros, seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado de total desumanização.
A presença de Jesus reverteu este quadro. Era impossível que ele ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável! Sua atitude imediata foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que voltassem para o mundo da impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas imediações. Foi deles a iniciativa de pedir para serem mandados para lá. Afinal, os homens tinham sido recuperados para a vida, libertados do mal.
Os habitantes de Gadara não foram capazes de reconhecer o poder de Jesus. Um misto de medo, confusão e ressentimento pela perda dos porcos apoderou-se deles. Por isso, pediram que ele se retirasse de seu território.
Em todo caso, doravante os dois homens miraculados seriam um símbolo vivo do poder libertador do Messias Jesus.
 
Oração
Espírito que liberta do mal, purifica meu coração de tudo quanto me desumaniza e me impede de viver em comunhão com meus semelhantes. 

Evangelho do Dia

B - 01 de julho de 2015

Mateus 8,28-34

Aleluia, aleluia, aleluia.
Deus nos gerou pela palavra da verdade como as primícias de suas criaturas (Tg 1,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
28 No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram ao encontro de Jesus. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.
29 Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?
30 Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava.
31 Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos.
32 Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas.
33 Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados.
34 Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A VITÓRIA SOBRE O MAL
O incidente com a vara de porcos, em território pagão, esconde uma temática teológica, retrabalhada pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico, com traços de comicidade: o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade do poder demoníaco.
Os espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois gadarenos, tornaram-nos refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua presença. Insociáveis e violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois moravam nos sepulcros, seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado de total desumanização.
A presença de Jesus reverteu este quadro. Era impossível que ele ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável! Sua atitude imediata foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que voltassem para o mundo da impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas imediações. Foi deles a iniciativa de pedir para serem mandados para lá. Afinal, os homens tinham sido recuperados para a vida, libertados do mal.
Os habitantes de Gadara não foram capazes de reconhecer o poder de Jesus. Um misto de medo, confusão e ressentimento pela perda dos porcos apoderou-se deles. Por isso, pediram que ele se retirasse de seu território.
Em todo caso, doravante os dois homens miraculados seriam um símbolo vivo do poder libertador do Messias Jesus.
 
Leitura
Gênesis 21,5.8-20
Leitura do livro do Gênesis.
21 5 Abraão tinha cem anos, quando nasceu o seu filho Isaac.
8 O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que foi desmamado, Abraão fez uma grande festa.
9 Sara viu que o filho nascido a Abraão de Agar, a egípcia, escarnecia de seu filho Isaac,
10 e disse a Abraão: “Expulsa esta escrava com o seu filho, porque o filho desta escrava não será herdeiro com meu filho Isaac.”
11 Isso desagradou muitíssimo a Abraão, por causa de seu filho Ismael.
12 Mas Deus disse-lhe: “Não te preocupes com o menino e com a tua escrava. Faze tudo o que Sara te pedir, pois é de Isaac que nascerá a posteridade que terá o teu nome.
13 Mas do filho da escrava também farei um grande povo, por ser de tua raça.”
14 No dia seguinte, pela manhã, Abraão tomou pão e um odre de água, e deu-os a Agar, colocando-os às suas costas, e despediu-a com seu filho. Ela partiu, errando pelo deserto de Bersabéia.
15 Acabada a água do odre, deixou o menino sob um arbusto,
16 e foi assentar-se em frente, à distância de um tiro de flecha, “porque, dizia ela, não quero ver morrer o menino”. Ela assentou-se, pois, em frente e pôs-se a chorar.
17 Deus ouviu a voz do menino, e o anjo de Deus chamou Agar, do céu, dizendo-lhe: “Que tens, Agar? Nada temas, porque Deus ouviu a voz do menino do lugar onde está.
18 Levanta-te, toma o menino e tem-no pela mão, porque farei dele uma grande nação.”
19 Deus abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço, onde foi encher o odre, e deu de beber ao menino.
20 Deus esteve com este menino. Ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um hábil flecheiro.
Palavra do Senhor.
Salmo 33/34
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
e o Senhor o libertou de toda angústia.
O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva.

Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos,
porque nada faltará aos que o temem.
Os ricos empobrecem, passam fome,
mas aos que buscam o Senhor não falta nada.

Meus filhos, vinde agora e escutai-me:
vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus.
Qual o homem que não ama sua vida,
procurando ser feliz todos os dias?
Oração
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 1º DE JULHO - QUARTA-FEIRA

XIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA DA 1ª SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona de entrada:
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria (Sl 46,2).
Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 21,5.8-20)
Leitura do livro do Gênesis.
21 5 Abraão tinha cem anos, quando nasceu o seu filho Isaac.
8 O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que foi desmamado, Abraão fez uma grande festa.
9 Sara viu que o filho nascido a Abraão de Agar, a egípcia, escarnecia de seu filho Isaac,
10 e disse a Abraão: “Expulsa esta escrava com o seu filho, porque o filho desta escrava não será herdeiro com meu filho Isaac.”
11 Isso desagradou muitíssimo a Abraão, por causa de seu filho Ismael.
12 Mas Deus disse-lhe: “Não te preocupes com o menino e com a tua escrava. Faze tudo o que Sara te pedir, pois é de Isaac que nascerá a posteridade que terá o teu nome.
13 Mas do filho da escrava também farei um grande povo, por ser de tua raça.”
14 No dia seguinte, pela manhã, Abraão tomou pão e um odre de água, e deu-os a Agar, colocando-os às suas costas, e despediu-a com seu filho. Ela partiu, errando pelo deserto de Bersabéia.
15 Acabada a água do odre, deixou o menino sob um arbusto,
16 e foi assentar-se em frente, à distância de um tiro de flecha, “porque, dizia ela, não quero ver morrer o menino”. Ela assentou-se, pois, em frente e pôs-se a chorar.
17 Deus ouviu a voz do menino, e o anjo de Deus chamou Agar, do céu, dizendo-lhe: “Que tens, Agar? Nada temas, porque Deus ouviu a voz do menino do lugar onde está.
18 Levanta-te, toma o menino e tem-no pela mão, porque farei dele uma grande nação.”
19 Deus abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço, onde foi encher o odre, e deu de beber ao menino.
20 Deus esteve com este menino. Ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um hábil flecheiro.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 33/34
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
e o Senhor o libertou de toda angústia.
O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem e os salva.

Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos,
porque nada faltará aos que o temem.
Os ricos empobrecem, passam fome,
mas aos que buscam o Senhor não falta nada.

Meus filhos, vinde agora e escutai-me:
vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus.
Qual o homem que não ama sua vida,
procurando ser feliz todos os dias?
Evangelho (Mateus 8,28-34)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Deus nos gerou pela palavra da verdade como as primícias de suas criaturas (Tg 1,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
28 No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram ao encontro de Jesus. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.
29 Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?
30 Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava.
31 Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos.
32 Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas.
33 Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados.
34 Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A VITÓRIA SOBRE O MAL
O incidente com a vara de porcos, em território pagão, esconde uma temática teológica, retrabalhada pelo evangelista a partir de um motivo folclorístico, com traços de comicidade: o Filho de Deus venceu o mal, libertando a humanidade do poder demoníaco.
Os espíritos malignos, tendo-se apoderado dos dois gadarenos, tornaram-nos refratários a Jesus, levando-os a rejeitar sua presença. Insociáveis e violentos, esses homens viviam no mundo da morte, pois moravam nos sepulcros, seu lugar de habitação, tendo sido reduzidos a um estado de total desumanização.
A presença de Jesus reverteu este quadro. Era impossível que ele ficasse impassível diante de uma situação tão deplorável! Sua atitude imediata foi libertar os gadarenos, ordenando aos demônios que voltassem para o mundo da impureza, simbolizada pelos porcos presentes nas imediações. Foi deles a iniciativa de pedir para serem mandados para lá. Afinal, os homens tinham sido recuperados para a vida, libertados do mal.
Os habitantes de Gadara não foram capazes de reconhecer o poder de Jesus. Um misto de medo, confusão e ressentimento pela perda dos porcos apoderou-se deles. Por isso, pediram que ele se retirasse de seu território.
Em todo caso, doravante os dois homens miraculados seriam um símbolo vivo do poder libertador do Messias Jesus.
 

Oração
Espírito que liberta do mal, purifica meu coração de tudo quanto me desumaniza e me impede de viver em comunhão com meus semelhantes. 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês). 
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos vossos sacramentos, concedei que o povo reunido para vos servir corresponda à santidade dos vossos dons. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo meu ser, seu santo nome! (Sl 102,1)
Depois da comunhão
Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma vida nova, para que, unidos a vós pela caridade que não passa, possamos produzir frutos que permaneçam. Por Cristo, nosso Senhor.