quarta-feira, 12 de novembro de 2014

CNBB acolhe o novo bispo auxiliar de Olinda e Recife


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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acolhe o novo membro da entidade, padre Antonio Tourinho Neto, nomeado, hoje, 12 de novembro, pelo papa Francisco como bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife (PE). Na mensagem assinada pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a Conferência, suplica “a Deus que torne luminoso e fecundo o serviço pastoral”.
Leia a íntegra do texto:
Saudação ao novo bispo auxiliar de Olinda e Recife
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB saúda e dá as boas-vindas a mais um novo membro que vem para, em união com os demais irmãos Bispos, colaborar no alegre cumprimento da missão episcopal de “favorecer a comunhão e a participação na vida e nas atividades da Igreja” (cf. Est. Can. Art. 2º). Trata-se do Revmº. Sr. Padre Antonio Tourinho Neto, nomeado, hoje, 12 de novembro, pelo Papa Francisco como bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife (PE).
Padre Antonio Tourinho nasceu aos 9 de janeiro de 1964, em Jequié (BA). Foi ordenado presbítero aos 20 de janeiro de 1990. É pós-graduado em Direito Canônico pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro.
Congratulando-nos com Dom Antônio Fernando Saburido e com a Igreja Particular de Olinda e Recife, unimo-nos em oração para suplicar a Deus que torne luminoso e fecundo o serviço pastoral do Sr. Arcebispo e seu novo Auxiliar, em bem de toda a Igreja.
Em união de preces, sob a maternal proteção de Maria,
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Fonte: CNBB

Novo bispo auxiliar envia carta ao povo de Deus da Arquidiocese de Olinda e Recife

Ao Excelentíssimo

Dom Antônio Fernando Saburido.
Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife.
Extensiva aos Presbíteros, Diáconos, Religiosos, Religiosas, Consagrados, Consagradas, Seminaristas, Agentes de Pastorais, Comunidades Eclesiais de Base, Movimentos Eclesiais. Enfim, a todo Povo de Deus desta Arquidiocese Pernambucana.
Caros irmãos e irmãs,
“OMNIA VINCIT AMOR.”

O Amor vence tudo (Rm 8, 35.37).
É com grande alegria em Cristo que me dirijo a todos vocês!
No dia dos Apóstolos São Simão e São Judas Tadeu recebi um telefonema do Senhor Núncio Apostólico Dom Giovanni d’Aniello pedindo-me assentimento a respeito da minha nomeação para o ministério episcopal. Hoje se torna pública a notícia de que fui designado, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, Bispo Titular de “Satafi” e Auxiliar para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Confesso que me encontro num estado de forte emoção e ciente da enorme responsabilidade a mim confiada. Gostaria neste dia, quando me sinto tocado de uma forma especial pela graça de Deus, exprimir uma verdade com todo o meu ser: Tu, Senhor, és tudo e eu sou apenas fruto do teu imenso amor.
Durante meus quase vinte e cinco anos de sacerdócio, a serem celebrados no dia 20 de janeiro de 2015, tenho pautado minha ação pastoral no ideal do amor vencedor de Deus. Creio irrestritamente que Deus é amor e seu amor foi revelado plenamente em Jesus Cristo, Aquele que venceu e vence todas as coisas, venceu o pecado, venceu a morte e o mundo. Creio também que “nada poderá nos separar do Amor de Deus” (Rm 8,39). É por este ideal e no bom propósito de anunciá-lo com meu testemunho, que desejo ir ao encontro de todos como Bispo, sendo o primeiro a amar, encontrando-me com cada pessoa, com cada comunidade paroquial, com cada movimento eclesial, enfim, com cada organismo que forma esta grande família da Arquidiocese de Olinda e Recife e, unidos, gerarmos o amor de Deus para o mundo (Jo 13, 35). Este é o projeto escolhido por mim para o exercício do meu ministério episcopal. Por enquanto só tenho este, e acredito que este é o ponto de partida: Ser o amor aonde Deus me enviar e proclamar com minha vida que o “Amor de Deus vence tudo!”
O autêntico amor cristão vence o mundo, gerando entre os homens a unidade. Qual a identidade e a mais nobre função do Bispo auxiliar na Igreja Particular que Deus lhe confia? “Ser o principal colaborador do Bispo diocesano no governo da Diocese” para que, atuando em unidade, a vontade de Cristo se cumpra: “Que sejam um, ó Pai, como Eu e Tu somos um.” (Jo 17, 22).
Neste momento, tão importante da minha vida, sinto a necessidade de agradecer imensamente ao Santo Padre, o Papa Francisco, por tamanha confiança depositada em mim. Tenho plena consciência daquilo que ele evidenciou a respeito do ministério episcopal em sua catequese na audiência geral, dia cinco deste mês: “O episcopado não é uma posição de privilégio, nem é uma honra, mas um serviço… não se procura, não se pede, não se compra, mas se acolhe em obediência, não para se elevar, mas para se rebaixar, como Jesus que “humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte de cruz” (Fl2,8).” Também sou ciente que deverei permanecer unido ao Colégio dos Bispos para formarmos uma só família “cujo Bispo de Roma é custódio e fiador.”
Desejo expressar meus agradecimentos ao Senhor Arcebispo Metropolitano Dom Antônio Fernando Saburido pela sincera generosidade em aceitar-me em sua Família Arquidiocesana. Por telefone, em nosso primeiro contato, ele repetia várias vezes: “Seja bem-vindo!” Eu sentia, naquele momento, a bondade do justo citado por Jesus no evangelho: “Eu era estrangeiro e tu me acolheste.” (Mt 25, 35). Desde já, ciente da minha função no seio desta Arquidiocese, prometo-lhe ser seu fiel e principal colaborador num pacto fraterno de amor recíproco entre nós, prevalecendo a certeza de que agirei sempre em obediência, respeitando a sua autoridade.
Manifesto minhas reverências ao Excelentíssimo Senhor Arcebispo emérito Dom José Cardoso Sobrinho que poderá contar com minha estima e fraternal amizade. Estaremos unidos pela mesma dignidade episcopal e pelo zelo ao cumprimento das Leis Eclesiásticas. Com o mesmo apreço manifesto minhas reverências ao Excelentíssimo Senhor, Dom Genival Saraiva de França, Bispo emérito da Diocese de Palmares e atualmente Vigário Geral desta Arquidiocese. Sou cônscio de que chego com o dever de fomentar relações fraternas com esses irmãos no episcopado, em nome da mesma missão apostólica, bem como do igual afeto por esta Igreja particular.
Tratando-se da Arquidiocese de Olinda e Recife não poderia deixar de fazer memória aos inesquecíveis, Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira – Capuchinho (homem reconhecido por sua simplicidade e pobreza e com fama de santidade) e Dom Hélder Pessoa Câmara (Conhecido por sua vigorosa espiritualidade e por sua luta incansável em favor dos direitos humanos). Quanta honra ser Bispo na Igreja onde esses notáveis Pastores serviram a Cristo!
Por fim, confio o exercício do meu ministério à intercessão de Santo Antônio e, de forma muito particular, à Mãe de Jesus Cristo, o São Salvador do Mundo, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, rogando-lhe por seu auxílio e socorro em favor desta minha missão apostólica que agora se inicia.
Um forte abraço a todos e vamos, unidos, como discípulos – missionários trabalhar na messe do Senhor!
Confiando-me à oração de todos, suplico para cada um as mais copiosas bênçãos.
Jequié – BA. 12 de novembro de 2014. Monsenhor Antonio Tourinho Neto.
Bispo Auxiliar eleito de Olinda e Recife e Titular de Satafi.

Papa Francisco nomeia bispo auxiliar para a Arquidiocese de Olinda e Recife


padre antônio tourinho neto
O papa Francisco anunciou nesta quarta-feira, 12, um grande presente para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Por meio de publicação no L’Osservatore Romano, o pontífice oficializou a nomeação do monsenhor Antônio Tourinho Neto, de 50 anos, como bispo auxiliar desta Igreja particular. Natural de Jequié na Bahia, o sacerdote será sagrado no dia 17 de janeiro do ano que vem, no município baiano. A posse está marcada para o dia 22 de fevereiro, ainda sem local definido. A partir desta data, padre Antônio passará a ser dom Antônio e ajudará dom Fernando Saburido a administrar a arquidiocese que é formada por 19 municípios, além do Arquipélago de Fernando de Noronha. A região eclesiástica tem 115 paróquias e uma população estimada em quatro milhões de habitantes.
Monsenhor Antônio Tourinho recebeu a notícia de que seria bispo auxiliar de Olinda e Recife, no último dia 28 de outubro. Em carta enviada aos religiosos e fiéis da arquidiocese, o sacerdote contou da “forte emoção” que sentiu com o convite transmitido em uma ligação telefônica do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello. “Confesso que me encontro num estado de forte emoção e ciente da enorme responsabilidade a mim confiada. Creio também que ‘nada poderá nos separar do Amor de Deus’. É por este ideal e no bom propósito de anunciá-lo com meu testemunho, que desejo ir ao encontro de todos como bispo, sendo o primeiro a amar”, afirmou.
Disposto ao serviço pastoral, o novo bispo conta com uma vasta experiência. Depois de se formar técnico em ciências contábeis, em 1982 o então Antônio Tourinho Neto ingressou no Seminário Central da Bahia onde cursou o bacharelado em Filosofia. O seminarista concluiu seus estudos teológicos no Instituto de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele foi ordenado padre no dia 20 de janeiro de 1990. Como sacerdote assumiu diversas funções na Diocese de Jequié no estado baiano, dentre elas juiz auditor da câmara eclesiástica, chanceler da cúria e coordenador regional das Fazendas da Esperança na Bahia, Sergipe e Alagoas. Atualmente, ele á pároco da Igreja de Cristo Rei e vigário geral da Diocese de Jiquié.
“Neste momento tão importante da minha vida sinto a necessidade de agradecer imensamente ao Santo Padre, o papa Francisco, por tamanha confiança depositada em mim. Desejo expressar meus agradecimentos ao senhor arcebispo metropolitano, dom Antônio Fernando Saburido, em aceitar-me em sua família arquidiocesana. Por telefone, em nosso primeiro contato, ele repetia várias vezes: ‘seja bem-vindo’. Desde já, prometo-lhe ser seu fiel e principal colaborador”, disse o monsenhor Antônio. Ainda na carta, o novo bispo fez questão de saudar o arcebispo emérito dom José Cardoso Sobrinho, destacando que ele poderá contar com sua “estima e fraternal amizade”.
Para dom Fernando Saburido a notícia é sinal de alegria e esperança para toda a Igreja de Olinda e Recife. “No primeiro contato que tivemos percebi que o monsenhor Antônio Tourinho é uma pessoa muito simpática e que está disposto a contribuir com o desenvolvimento das ações pastorais da nossa arquidiocese”, declarou  o religioso.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Como andar em uma corda


Deus colocou em nosso interior um censor de equilíbrio que nos informa quando começamos o pender para o pecado.
Certa vez, um discípulo perguntou ao mestre: “Como posso servir a Deus?” Em resposta, o mestre contou-lhe a seguinte história:

Um rei tinha dois amigos que foram declarados culpados de um crime e condenados à morte. Embora o rei gostasse muito deles, não ousou libertá-los imediatamente, por medo de dar mau exemplo ao povo. Por isso deu o seu veredito:

"Uma corda deve ser esticada sobre um abismo profundo, e cada um dos dois deve atravessar o abismo caminhando sobre a corda. Se conseguirem, estarão salvos. Se caírem, morrerão na própria queda".

O primeiro atravessou com segurança. O outro gritou para o colega: "Como você conseguiu passar?" Ele respondeu: "Tudo o que fiz foi: Quando me via pendendo para um lado, inclinava-me para o outro imediatamente".

Deus colocou em nosso interior uma espécie de censor de equilíbrio que nos informa quando começamos o pender para o pecado. É hora de nos inclinarmos para o lado oposto, isto é, praticar virtudes e penitências contrárias à tendência pecaminosa.

Com esse gesto, abrimos a porta para Deus entrar na nossa vida e segurar a nossa mão.

As orações de Maria têm mais poder diante da Majestade divina do que as preces de todos os anjos e santos juntos.
A12, 11-11-2014.

´Cristãos não transformam o serviço em poder´


Durante missa, Francisco alerta que devemos servir sem pedir nada em troca.
Por Alessandro Gisotti
Precisa sempre lutar contra as tentações que nos levam para longe do serviço ao próximo. É o alerta de Francisco na missa matutina na Casa Santa Marta. O papa ressaltou que, como Jesus, devemos servir sem pedir nada e confirmou que não precisamos ser mestres do serviço “transformando-o em uma estrutura de poder”.

Jesus fala da forca da fé, mas logo explica que esta é enquadrada no serviço. Papa Francisco se ateve no Evangelho diário sobre "servo inútil" para se fixar sobre o que significa servir para um cristão. Jesus, disse Francisco, fala deste servo que depois de ter trabalhado toda a jornada, chegou em casa, e ao invés de repousar ainda deve servir ao seu senhor:

“Algum de nós aconselharia a este servo a ir ao sindicato para procurar um pouco de conselhos, do que se fazer com um patrão assim. Mas Jesus disse: ‘Não, o serviço é total’, porque Ele fez estrada com esta postura de trabalho; Ele é o servo. Ele se apresenta como o servo, aquele que vem para servir e não para ser servido: assim o fala, claramente. E assim o Senhor mostra para os apóstolos a estrada daqueles que receberam a fé, aquela fé que faz milagres. Sim, essa fé fará milagres na estrada do trabalho”.

Um cristão que recebe o dom da fé no Batismo, acrescentou, mas “não leva adiante este dom na estrada do trabalho, se transforma num cristão sem força, infecundo”. Por fim, disse ainda, transforma “um cristão para si próprio, para servir a si próprio”. A sua vida, é uma “vida trite”, “tantas coisas grandes do Senhor” acabam “desperdiçadas”. Ainda, o Papa observou que o Senhor nos diz que “o serviço é único”, não se pode servir a dois chefes: “Ou Deus, ou as riquezas”. Nós, prosseguiu, podemos nos afastar deste “ato de trabalho, primeiro, por um pouco de preguiça”. E esta, afirmou, “torna o coração morno, a preguiça te deixa acomodado”:

“A preguiça nos afasta do serviço e nos leva ao comodismo, ao egoísmo. Tantos cristãos assim... são bons, vão a Missa, mas o serviço acaba aqui... Mas quando digo serviço, digo tudo: serviço a Deus na adoração, na oração, no louvor; serviço ao próximo, quando devo fazê-lo; serviço feito até o final, porque Jesus nisso é forte: ‘Assim vocês também, quando tiverem feito tudo aquilo que vos foi ordenado, agora digam somos servos inúteis’. Serviço gratuito, sem pedir nada”.

Outra possibilidade de se afastar dos atos de serviço, acrescentou, “é um pouco estar no comando das situações”.  Qualquer coisa, lembrou, que “acontece aos discípulos, aos próprios apóstolos”: “Afastavam as pessoas para que não incomodassem Jesus, mas na verdade era para que fosse cômodo a eles próprios”. Os discípulos, prosseguiu, “tomavam para si as responsabilidades sobre o tempo do Senhor, se autopromoviam chefes do poder do Senhor: o queria para o seu grupinho”. E depois, disse, “comandavam destes atos de serviço, transformando-o em uma estrutura de poder”. Qualquer coisa que se entenda olhando para a discussão sobre quem era o maior entre Tiago e João. E a mãe, acrescentou, que “pergunte ao Senhor que um dos seus filhos seja o primeiro ministro e o outro o ministro da economia, com todo o poder nas mãos”. Isto acontece ainda hoje quando “os cristãos se transformam em chefes: chefes da fé, chefes do Reino, chefes da Salvação”. Esta, constatou, “é uma tentação para todos os cristãos”. Ao invés disso, falou, o Senhor nos fala do serviço: “serviço na humildade”. “serviço na esperança”, e essa é a alegria do serviço cristão”:

“Na vida devemos lutar tanto contra as tentações que tentam nos afastar destas atitudes de serviço. A preguiça leva à comodidade: serviço pela metade; e se autopromover da situação, e de servo se transformar em patrão, que leva à soberba, ao orgulho, a tratar mal as pessoas, a se sentir importante ‘porque sou cristão, tenho a salvação’,  e tantas coisas assim. O Senhor nos dá duas grandes graças: a humildade no serviço, com o objetivo que possamos dizer: ‘Somos servos inúteis – mas servos – até o fim’; e a esperança na espera da manifestação, quando o Senhor vier ao nosso encontro”.
Radio Vaticano, 11-11-2014.

Evangelho do Dia

Ano A - 12 de novembro de 2014

Lucas 17,11-19

Aleluia, aleluia, aleluia.
Em tudo Dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Cristo o Senhor (1Ts 5,18),

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
17 11 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus passava pelos confins da Samaria e da Galiléia.
12 Ao entrar numa aldeia, vieram ao encontro de Jesus dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando:
13 “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
14 Jesus viu-os e disse-lhes: “Ide, mostrai-vos ao sacerdote”. E quando eles iam andando, ficaram curados.
15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz.
16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano.
17 Jesus lhe disse: “Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove?
18 Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!”
19 E acrescentou: “Levanta-te e vai, tua fé te salvou”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O LOUVOR DE DEUS
O samaritano distinguiu-se de seus companheiros, todos curados por Jesus, por sua capacidade de reconhecer a ação misericordiosa de Deus em sua vida. Liberto da lepra, só ele se sentiu motivado a proclamar os louvores de Deus, numa atitude de gratidão e reconhecimento. Seu gesto valeu-lhe a salvação, publicamente afirmada por Jesus: "A tua fé te salvou!"
Os outros nove, todos judeus, detiveram-se no nível da cura material. O samaritano, pelo contrário, foi além. E recebeu muito mais que os outros. Sua iniciativa assemelhou-o aos pobres e excluídos, sempre prontos a agradecer pelo mínimo serviço que se lhes presta. A ingratidão é própria dos ricos e prepotentes. Pensando ter todo mundo à sua disposição e obrigado a prestar-lhe serviço, sentem-se desmotivados a mostrar-se agradecidos. Os servos têm a obrigação de servi-lo sem reclamar. Comportam-se, assim, até mesmo com Deus. Julgam desnecessário demonstrar-lhe gratidão.
A parábola evangélica contrapõe um grupo de judeus a um samaritano, identificado como pagão e estrangeiro. Os que se omitiram de louvar e agradecer a Deus, perdendo a chance de mostrar sua fé, foram os que, por origem e formação religiosa, estavam mais perto de Jesus. O "estrangeiro" e "distante", excluído e menosprezado, foi mais sensível.
É esta a situação dos cristãos, em relação aos pagãos, recém-convertidos à fé?

Oração
Espírito de louvor, ponha em meus lábios palavras de agradecimento ao Pai, por tantos benefícios que me prodigaliza, especialmente, o dom da vida e da saúde.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Tito 3,1-7
Leitura da carta de são Paulo a Tito.
3 1 Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades, sejam obedientes, estejam prontos para qualquer obra boa,
2 não falem mal dos outros, sejam pacíficos, afáveis e saibam dar provas de toda mansidão para com todos os homens.
3 Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros.
4 Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens.
5 E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo,
6 que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador,
7 para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna.
Palavra do Senhor.
Salmo 22/23
O Senhor é o pastor que me conduz,
Não me falta coisa alguma.

O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.

Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!

Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me,
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei
pelos tempos infinitos.
Oração
Suscitai, ó Deus, na vossa Igreja o Espírito que impeliu o bispo são Josafá a dar a vida por suas ovelhas e concedei que, por sua intercessão, fortificados pelo mesmo Espírito, estejamos prontos a dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

Dia 12 de Novembro - Quarta-feira

SÃO JOSAFÁ
BISPO E MÁRTIR
(Vermelho, prefácio comum ou dos mártires – Ofício da memória)

Antífona de entrada:
Este santo lutou até a morte pela lei de seu Deus e não temeu as ameaças dos ímpios, pois se apoiava numa rocha inabalável.
Oração do dia
Suscitai, ó Deus, na vossa Igreja o Espírito que impeliu o bispo são Josafá a dar a vida por suas ovelhas e concedei que, por sua intercessão, fortificados pelo mesmo Espírito, estejamos prontos a dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Tito 3,1-7)
Leitura da carta de são Paulo a Tito. 3 1 Admoesta-os a que sejam submissos aos magistrados e às autoridades, sejam obedientes, estejam prontos para qualquer obra boa, 2 não falem mal dos outros, sejam pacíficos, afáveis e saibam dar provas de toda mansidão para com todos os homens. 3 Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros. 4 Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens. 5 E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, 6 que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador, 7 para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 22/23
O Senhor é o pastor que me conduz,
Não me falta coisa alguma.

O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,
e restaura as minhas forças.

Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança!

Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,
e o meu cálice transborda.

Felicidade e todo bem hão de seguir-me,
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor habitarei
pelos tempos infinitos.
Evangelho (Lucas 17,11-19)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Em tudo Dai graças, pois esta é a vontade de Deus para convosco, em Cristo o Senhor (1Ts 5,18),

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
17 11 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus passava pelos confins da Samaria e da Galiléia. 12 Ao entrar numa aldeia, vieram ao encontro de Jesus dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando: 13 “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” 14 Jesus viu-os e disse-lhes: “Ide, mostrai-vos ao sacerdote”. E quando eles iam andando, ficaram curados. 15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. 16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano. 17 Jesus lhe disse: “Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove? 18 Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!” 19 E acrescentou: “Levanta-te e vai, tua fé te salvou”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O LOUVOR DE DEUS
O samaritano distinguiu-se de seus companheiros, todos curados por Jesus, por sua capacidade de reconhecer a ação misericordiosa de Deus em sua vida. Liberto da lepra, só ele se sentiu motivado a proclamar os louvores de Deus, numa atitude de gratidão e reconhecimento. Seu gesto valeu-lhe a salvação, publicamente afirmada por Jesus: "A tua fé te salvou!"
Os outros nove, todos judeus, detiveram-se no nível da cura material. O samaritano, pelo contrário, foi além. E recebeu muito mais que os outros. Sua iniciativa assemelhou-o aos pobres e excluídos, sempre prontos a agradecer pelo mínimo serviço que se lhes presta. A ingratidão é própria dos ricos e prepotentes. Pensando ter todo mundo à sua disposição e obrigado a prestar-lhe serviço, sentem-se desmotivados a mostrar-se agradecidos. Os servos têm a obrigação de servi-lo sem reclamar. Comportam-se, assim, até mesmo com Deus. Julgam desnecessário demonstrar-lhe gratidão.
A parábola evangélica contrapõe um grupo de judeus a um samaritano, identificado como pagão e estrangeiro. Os que se omitiram de louvar e agradecer a Deus, perdendo a chance de mostrar sua fé, foram os que, por origem e formação religiosa, estavam mais perto de Jesus. O "estrangeiro" e "distante", excluído e menosprezado, foi mais sensível.
É esta a situação dos cristãos, em relação aos pagãos, recém-convertidos à fé?

Oração
Espírito de louvor, ponha em meus lábios palavras de agradecimento ao Pai, por tantos benefícios que me prodigaliza, especialmente, o dom da vida e da saúde.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus de clemência, derramai vossa bênção sobre as nossas oferendas e fortificai-nos na fé que são Josafá proclamou ao derramar o próprio sangue. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Quem quiser ser meu discípulo renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me, diz o Senhor (Mt 16,24).
Depois da comunhão
Possamos encontrar, ó Deus, nesta mesa celeste, o Espírito da força e da paz, para que, a exemplo de são Josafá, consagremos alegremente nossa vida á honra e à unidade da Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOSAFÁ):
Tudo na vida de João Kuncewics aconteceu cedo e rápido. Nascido de família cristã ortodoxa da Ucrânia, em 1580, estudou filosofia e teologia. Aos vinte anos, tornou-se monge na Ordem de São Basílio, recebendo o nome de Josafá. Em pouco tempo, era nomeado superior do convento e, logo depois, arquimandrita de Polotsk. Com apenas trinta e sete anos, assumiu, embora a contragosto, o arcebispado de Polotsk.
Dizem os escritos antigos que a brilhante carreira era plenamente justificada pelos seus dotes intelectuais e, principalmente, pelo exemplo de suas virtudes, obediência total à disciplina monástica e à prática da caridade.

Exemplo disso foi quando, certa vez, sem ter como ajudar uma viúva que passava necessidades, penhorou o pálio de bispo para conseguir dinheiro e socorrê-la.

Vivia-se a época do cisma provocado pelas igrejas do Oriente e Josafá foi um dos grandes batalhadores pela união delas com Roma, tendo obtido vitória em muitas das frentes de batalha.

Josafá defendia com coragem a autoridade do papa e o fim do cisma, com a conseqüente união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus numa só Igreja, sob a autoridade de um único pastor. Sua luta incansável reconquistou muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos ao seio da Igreja. Embora outras igrejas do Oriente não o tenham seguido, foi uma vitória histórica e muito importante.

Atuando dessa forma e tendo as origens que tinha, é evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamação, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação, chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos. Até mesmo avisou "as ovelhas do seu rebanho", como dizia, de que isso aconteceria. Mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar.

Em uma das visitas às paróquias sob sua administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da comitiva foram massacradas. O arcebispo Josafá, então, apresentou-se aos inimigos perguntando porque matavam seus familiares se o alvo era ele próprio. Impiedosamente, a multidão maltratou-o, torturou-o, matou-o e jogou seu corpo em um rio.

Tudo ocorreu no dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na Bielorússia. Seu corpo, depois, foi recuperado e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os próprios responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram convertendo-se, escapando da pena de morte.

O papa Pio IX canonizou-o em 1876. São Josafá Kuncewics, considerado pelos estudiosos atuais da Igreja o precursor do ecumenismo que vivemos em nossos dias.

Biografia de irmã Dulce chega ao Nordeste


Longa-metragem tem estreia em Recife, com a participação de atrizes que interpretaram a religiosa.
Salvador - A carioca Iafa Britz, por meio da produtora Migdal Filmes, é quem está por trás da produção do longa-metragem "Irmã Dulce". Nessa terça-feira (11) à noite, o filme teve pré-estreia para convidados no Kinoplex Recife, em Boa Viagem, com a presença da produtora, do diretor Vicente Amorim e das atrizes Bianca Comparato e Regina Braga, que interpretam a freira em duas fases de sua vida.
Iafa Britz é conhecida por dois grandes sucessos recentes do cinema brasileiro: o espírita "Nosso lar", de Wagner Assis, e a comédia "Minha mãe é uma peça", de André Pellenz. Juntos, os dois filmes fizeram 8,5 milhões de espectadores.

De origem judia, Iafa se diz “bem ecumênica” em relação a questão religiosa. “Há três anos, uma devota de irmã Dulce me contou a história dela e acabei falando com Bruno Wainer, da distribuidora Downtown, sobre a ideia de um filme. Depois, conheci Maria Rita, sobrinha de irmã Dulce, e fiquei maravilhada com as obras sociais que ainda estão sendo feitas, mesmo depois de 20 anos da morte dela”, explica a produtora.

Produzido ao custo de R$ 9,5 milhões, o filme cobre a vida de irmã Dulce da década de 1920 até a década de 1980, quando ela subiu no altar do Papa João Paulo II, durante uma missa em Salvador, e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. “Como Nosso lar foi importante para mim, Irmã Dulce também está sendo, principalmente por vincular a fé com a questão social e o amor ao próximo”, enaltece Iafa.

Desde o primeiro momento envolvido no projeto – ficou de fora apenas quando se dedicou a "Corações sujos", seu último longa –, o cineasta Vicente Amorim conhecia a história de irmã Dulce desde a adolescência.  “Eu acompanhei pela TV o trabalho dela. Sua opção pelos pobres era um assunto recorrente na minha casa. Meu avô tinha uma grande admiração por ela”, relembra o cineasta, que já dirigiu cinco longas-metragens, todos eles baseados em fatos reis.

“Essa conexão com a realidade não é um acaso no meu cinema, protagonizado por pessoas comuns, mas que existiram. A diferença é que irmã Dulce traz uma diferença e uma grande responsabilidade, porque ela é uma personagem pública, considerada pelos brasileiros, especialmente os baianos, uma santa”, salienta o cineasta.

Outro desafio de Vicente Amorim foram as filmagens em Salvador, nos lugares onde a freira trabalhou e viveu. “Seria muito pior se tivesse sido filmado em São Paulo, uma cidade que não guarda marcas do que foi 20 ou 30 anos atrás. Em Salvador, a parte história é quase a mesma da década de 1940. Ainda filmamos em Alagados, antes da destruição das palafitas”, garante Vicente.

Confira o trailer de "Irmã Dulce":


 http://youtu.be/wi-mg_m5P24

SIR

É preciso ouvir os casais, propõe arcebispo


Arcebispo de Dublin argumenta que o matrimônio pode se tornar numa fonte teológica singular.
Durante o debate da última sexta-feira (7) no Sínodo dos Bispos, em Roma, Dom Diarmuid Martin ressaltou a importância de se ouvir as pessoas casadas. Ele falou que os pais, especialmente aqueles que vivem nas regiões empobrecidas, vivenciaram todas as dificuldades econômicas e sociais que afetaram a Irlanda durante a dramática crise financeira, e que, mesmo assim, continuaram vivendo a realidade diária dos relacionamentos familiares e do compromisso com a educação de seus filhos.

Dom Diarmuid Martin disse que muitos homens e mulheres, sem fazer referência explícita ao ensinamento da Igreja, se esforçam muito para manter os valores da fidelidade matrimonial no dia a dia, às vezes de forma heroica. “Eles dificilmente reconheceriam a experiência que possuem na forma como apresentamos os ideais da vida casada. Aliás, numa humildade genuína, muitos iriam provavelmente perceber que estão vivendo uma vida distante do ideal de matrimônio tal como apresentado pelos ensinamentos da Igreja”.

O religioso acrescentou que precisamos encontrar uma nova linguagem para estabelecer este diálogo entre os ensinamentos da Igreja e a experiência vivida dos casais cristãos. Afirmou que esta nova linguagem começa com “a linguagem teológica da escuta”.

"Para muitos, a linguagem da Igreja parece ser uma linguagem desencarnada, uma linguagem que diz às pessoas o que fazer, uma linguagem de 'mão única'. De forma alguma estou dizendo que a Igreja não é chamada a ensinar. Não estou dizendo que a experiência por si determina os ensinamentos ou a interpretação autêntica deles. O que estou afirmando é que a experiência vivida e a luta destas pessoas podem ajudar a encontrarmos formas mais eficazes de expressão dos elementos fundamentais dos ensinamentos da Igreja. O próprio Jesus acompanhou a sua pregação da Boa Nova com um processo de cura dos feridos e acolhendo aqueles que se encontravam nas margens da sociedade. O seu ensinamento nunca foi desencarnado e nunca ficou indiferente às situações humanas concretas. O cuidado de Jesus pelos doentes, atribulados e sobrecarregados pelos pesados fardos da vida é a chave que ajuda a compreendermos como ele, verdadeiramente, é o Filho de Deus".

O arcebispo irlandês disse que a Igreja deve também escutar onde Deus está falando à Igreja por meio dos testemunhos daqueles cristãos casados que se esforçam, fracassam e recomeçam novamente, nas situações concretas das asperezas da vida hoje. "A experiência de fracasso e esforço não pode, certamente, ser irrelevante para a forma como proclamamos os ensinamentos da Igreja sobre o matrimônio e a família", acrescentou.

Ele disse que o sacramento do Matrimônio é um dom dado para a construção da Igreja na santidade. O matrimônio, portanto, tem um status eclesial especial. O documento “Lumen Gentium” observa que “os cristãos casados ajudam uns aos outros a alcançar a santidade em suas vidas de casado”. Como numa realidade eclesial, o testemunho e a santidade das pessoas casadas contribuem também para a construção e compreensão da Igreja. Assim, consultar os casais não é simplesmente uma opção que assumimos em ocasiões especiais.

A vida autêntica da vocação do matrimônio, santificado por um sacramento, pode se tornar numa fonte teológica singular. O documento "Familiaris Consortio" falava da lei da gradualidade, em vez da gradualidade da lei. Ainda há uma dificuldade em se aceitar a significação do esforço humano que não consegue alcançar os elevados ideais, mas este esforço é parte da luta pela perfeição. Ninguém de nós teria condições de viver o ensinamento do nosso chamado na Igreja sem a ajuda da misericórdia de Deus”.
Índice del Sínodo, 07-11-2014

Doze passos para ser um católico comprometido


Há uma crise católica em andamento e nós podemos superá-la.
Por Matthew James Chrustoff
Está acontecendo uma "crise católica": um grande número de batizados católicos deixou a Igreja e a maioria dos que permanecem são "católicos casuais", que não conhecem a fé católica e não a praticam. O descompromisso desses católicos com Jesus Cristo e com a Sua Igreja tem contribuído para a acelerada deterioração da cultura pós-moderna.

A longa lista de exemplos de decadência cultural é óbvia para quem está disposto a enxergar: o abate industrial de bebês em pleno útero, a auto-esterilização através do uso de contraceptivos, a epidemia da promiscuidade, da pornografia e da perversão sexual, a fuga do casamento, os níveis desenfreados de divórcio e de adultério, a não percepção da diferença entre o casamento naturalmente aberto à vida e a união entre parceiros do mesmo sexo, o vício em substâncias tóxicas de todo tipo, a confusão de gêneros, a sujeira e a grosseria na ordem do dia na mídia, a perda de conexão com a natureza, a fuga para a "realidade" virtual, a exploração do meio ambiente, o materialismo exacerbado, a perda da dignidade do trabalho, as discriminações raciais, a comercialização da gula e o sistema político e jurídico disfuncionais. E a lista ainda poderia se estender longamente.

A sociedade pós-moderna está doente.

No meio dessa decadência social, porém, ainda há pessoas que procuram o verdadeiro, o belo e o bom e que estão trabalhando para trazer a paz e a alegria de Cristo ao mundo: os católicos comprometidos.

Eles se dedicam ao Rei Todo-Poderoso, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e à Sua Santa Igreja, percebendo que este é o mais verdadeiro dos amores: amar a Deus com todo o próprio ser e ao próximo como a si mesmo.

Os católicos comprometidos perceberam as grandes bênçãos que fluem do compromisso com Cristo e com a Igreja. Os católicos comprometidos fizeram da santidade o seu objetivo e se propuseram a levar as suas famílias e o máximo possível de almas para o céu. Os católicos comprometidos perceberam que, por trás da decadência cultural, esconde-se Satanás, que é tão real quanto o pecado.

Os católicos comprometidos não são perfeitos, mas levam a sério o chamado de Cristo à perfeição. É somente em Cristo, afinal, que os católicos comprometidos encontram a coragem para perseverar quando caem no pecado e se refortalecem continuamente para a batalha contra Satanás. Todo católico é chamado a se doar por inteiro a Jesus Cristo e à Sua Igreja católica.

E como tornar-se um católico comprometido?

Sugiro 12 passos para crescermos na fidelidade e na devoção a Jesus Cristo:

1. Todo católico deve ser capaz de apresentar pelo menos um argumento empolgante ao explicar aos outros (e a si mesmo) por que Jesus Cristo é o seu Rei. Se um católico não está convencido da grandeza de Cristo a ponto conseguir explicá-la, o seu crescimento na fé será atrofiado e ele não atrairá outros para Cristo.
 
2. Comprometer-se a ser um santo de Cristo Rei. Não há pessoas “bacanas” no céu: há santos. A maioria dos católicos não faz o compromisso firme de lutar pela santidade e fica presa à mediocridade. É preciso levantar o nível de exigência e não há nível mais alto que a santidade. As primeiras palavras de Cristo em sua vida pública foram "arrependei-vos!". Todo católico precisa se arrepender e mudar, pois o arrependimento inspira a grandeza e ao mesmo tempo leva a perceber a própria pobreza espiritual, que, por sua vez, faz reconhecer humildemente a necessidade da misericórdia de Deus e clamar por ela.
3. Recorrer ao sacramento da reconciliação pelo menos uma vez por mês. A Igreja ensina que devemos nos confessar ao menos uma vez por ano, mas qualquer pessoa sincera consigo mesma e com Cristo sabe que precisa do sacramento da reconciliação com muito mais frequência. Analise regularmente como você está cumprindo os 10 mandamentos: esta é uma ótima forma de exame de consciência para preparar a confissão mensal. Determine um dia concreto a cada mês para se confessar, mas procure a confissão imediatamente se cair em pecado mortal. A reconciliação frequente nos transforma.
4. Orar durante pelo menos quinze minutos todos os dias. Um número muito pequeno de católicos reza quinze minutos por dia. Como vamos conhecer Jesus se nunca falamos com Ele? É impossível. Comprometa-se a conhecer Jesus Cristo conversando com Ele todos os dias. É nesta conversa pessoal que Cristo vai mostrar a você qual é a vontade dele.
 
5. Descubra a força da missa, fonte e ápice da fé católica e que, mesmo assim, a maioria dos católicos não frequenta. Eles não sabem o que de fato ocorre na missa: têm pouca compreensão deste sacramento devotamente transmitido durante dois mil anos e não percebem que, durante a missa, que eles são testemunhas do sacrifício cruento e real de Jesus Cristo na cruz. O católico que não participa ativamente da missa, por ignorância ou por tédio, não pode receber as graças que fluem da Eucaristia. Conheça mais sobre a missa, até conseguir explicar aos outros, com a reverência e a devoção merecidas, o que é o sacrifício de Cristo.
 
6. Participe sempre da missa dominical e de pelo menos mais uma missa durante a semana. É obrigação mínima de todo católico assistir à missa todos os domingos, mas a minoria vai à missa durante a semana também. Isto é uma falha catequética e um insulto escandaloso ao nosso Rei. Além de ir à missa todos os domingos, dê um passo adicional e encontre Jesus Eucaristia pelo menos mais uma vez durante a semana. E lembre-se: não receba a Eucaristia em pecado mortal. Confesse-se antes.
7. Reze o terço regularmente e leve um rosário sempre consigo. O rosário nos chama para mais perto de nossa Santa Mãe e do seu Filho Jesus. É um ato de lealdade e de fidelidade. Comprometer-se com o rosário é uma arma contra o ataque diário de Satanás, que odeia o terço e o teme. Mantenha o rosário acessível em todos os momentos para rezar, por exemplo, nos momentos de gratidão ou de estresse. O rosário faz parte do “uniforme” do católico comprometido!
 
8. Conheça o seu santo padroeiro e o anjo da guarda. Acreditamos na comunhão dos santos, mas muitos católicos não têm uma relação pessoal com um santo ou com o anjo da guarda. Os santos e anjos intercedem pelos homens e nos defendem do ataque diário de Satanás. Não vá para a batalha diária desacompanhado de um santo de sua devoção e do seu anjo da guarda!
9. Leia as Sagradas Escrituras durante quinze minutos por dia. Toda ela gira em torno de Jesus Cristo, o Messias. Quando lemos a Sagrada Escritura, Jesus está conosco, não em sentido figurado, mas de forma real e atual. O próprio Jesus veio à terra para falar a todos os homens de todos os tempos. Um católico não pode conhecer Jesus Cristo sem contemplar a Palavra dele.
 
10. Seja sacerdote, profeta e rei na sua casa. Diante de uma cultura laicista que ataca a família, os católicos precisam reafirmar os seus papéis legítimos como “sacerdotes”, “profetas” e “reis” em família. Não estamos falando de ser tiranos chauvinistas, mas verdadeiros santos de Cristo, servindo à família com sacrifício humilde e dando exemplo corajoso do compromisso de conduzi-la para o céu. Seja sacerdote levando a sua família à oração. Seja profeta ensinando a verdade de Cristo e da Sua Igreja. Seja rei defendendo a sua família das perversões da cultura atual, corrigindo-a quando cai no erro e levando-a para a Eucaristia e para a reconciliação.
 
11. Crie fraternidade com outros católicos da sua paróquia. Em Atos 2,43, os apóstolos, desde os primeiros dias da Igreja, davam a "fórmula" para a fraternidade católica: perseverar na doutrina e na comunhão dos apóstolos, no partir do pão e nas orações. Para crescer na fé, um católico deve construir a fraternidade com outros fiéis católicos que possam desafiá-lo e ajudá-lo a crescer em santidade. Há uma epidemia de solidão nos homens modernos, mesmo nos que participam da missa regularmente. Faça o compromisso de construir a fraternidade com outros católicos. Reúna-se com eles em grupos, grandes e pequenos, para orar, aprender, ensinar e servir aos pobres. Seja um catalisador, um líder, trabalhando em harmonia com o seu pároco. Foi Cristo que nos pediu: "Ide e fazei discípulos".
 
12. Comprometa-se com o dízimo. A doação de uma pequena parte dos seus ganhos à Igreja é um indicador da força prática da sua lealdade a Jesus Cristo. Muitos católicos dão pouquíssimo ou nada para a Igreja, tanto em termos absolutos quanto em comparação com os fiéis de outras igrejas cristãs.

Ser firmemente comprometido é o maior desafio a que um católico pode aspirar. O compromisso pode parecer assustador, mas não desista: seja um católico comprometido! Faça a resolução, aqui e agora, e lute para cumpri-la. Como em todas as coisas, comece com uma oração: ore para que Jesus lhe envie o Espírito Santo e o ajude a se tornar um católico realmente comprometido. Ore de todo o coração e dê o melhor de si. Nosso Rei prometeu responder àqueles que persistem na oração! E Jesus Cristo nunca vai abandonar um católico comprometido com Ele.
SIR/Aleteia

Informação


A Paróquia Nossa Senhora das Candeias informa que o Encontro de Noivos da Matriz será no próximo dia 14 de dezembro (domingo), nos horários das 8h às 12h com intervalo para almoço e retornando às 14h até 18h.