segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Francisco: "Fé e caridade em primeiro lugar no caminho do cristão"



Cidade do Vaticano (RV) – Francisco recebeu na manhã de segunda-feira, 25, um grupo de voluntários que trabalharam nos eventos do Ano da Fé.

“A fé, ao lado da caridade, ocupa o primeiro lugar no caminho cristão”, começou o Pontífice. “Eixo da experiência cristã, a fé motiva escolhas e gestos de nosso dia a dia na família, no trabalho, na paróquia, com os amigos e em vários ambientes sociais”, continuou.

Aos voluntários reunidos na Sala Clementina, o Papa lembrou que “é justamente nos momentos de maior dificuldade e provação que os cristãos se deixam conduzir por Deus, confiam Nele com amor. Nestas situações, quando nos abandonamos a Deus com humildade, damos um bom testemunho”.

“Em seu precioso serviço de voluntariado, vocês puderam sentir ainda mais o entusiasmo das pessoas envolvidas. Testemunhamos que a fé é capaz de aquecer os corações e ser a força motriz da nova evangelização; pode tornar missionárias as nossas comunidades”, prosseguiu Francisco.

Agradecendo e encorajando os voluntários, o Papa fez votos de que a experiência no Ano da Fé os ajude a abrir-se a si mesmos e suas comunidades ao encontro com os outros, principalmente os mais pobres de fé e de esperança.

“Muitas pessoas precisam de um gesto humano, de um sorriso, de uma palavra verdadeira, de um testemunho através do qual sentir a proximidade de Jesus. Que não falte a ninguém o sinal de amor e de ternura que nasce da fé”, concluiu o Papa Francisco.
(CM)


Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

No próximo domingo, comemora-se o Dia Nacional dos Leigos

Neste domingo, 24 de outubro, é celebrado o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas. Por ocasião da data, o bispo de Caçador (SC) e presidente da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB, dom Frei Severino Clasen, envia uma mensagem aos leigos. “Saudamos e cumprimentamos os milhões de leigos e leigas que se dedicam à evangelização; são infinitamente a maioria absoluta que anunciam o Cristo Rei através da catequese, da liturgia, da coordenação de grupos, das pastorais, dos movimentos, associações, novas comunidades…”, destacou o bispo.
Leia o texto na íntegra:
Mensagem para o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas
Saúdo todos os leigos e leigas do Brasil pelo seu dia na festa de Cristo Rei!
Viva Cristo Rei!
Todas as criaturas necessitam de um ambiente saudável para nascer, crescer e viver em paz. É preciso construir a casa para que se possa viver com dignidade como pessoa humana, desde o momento em que tem início a existência, pois, já carrega a imagem de Cristo.
Jesus Cristo é proclamado Rei do Universo no último domingo litúrgico do ano. Ele tem um Reino para nós. Pela graça do Batismo, somos filiados à Igreja.  Como mãe, a Igreja oferece as condições espirituais e humanas para que a vida seja de fato vista como dom e riqueza imensurável. Portanto, cada criatura humana carrega dentro de si o grande sinal de Deus Uno e Trino. A festa de Cristo Rei é para todos os batizados. Lembramos nesse dia especialmente os leigos e leigas.
A Comissão Episcopal de Pastoral para o Laicato, ao saudar os leigos e leigas, convoca-os para trabalhar na messe do Senhor e construir o Reino de paz e de justiça. O nosso espaço, o lugar onde vivemos, deve se tornar um sinal do Reino definitivo anunciado por Jesus Cristo. Por isso, são chamados para contribuir na evangelização. Saudamos e cumprimentamos os milhões de leigos e leigas que se dedicam à evangelização; são infinitamente a maioria absoluta que anunciam o Cristo Rei através da catequese, da liturgia, da coordenação de grupos, das pastorais, dos movimentos, associações, novas comunidades, CEBs, dos conselhos de leigos e da presença nos diferentes espaços da sociedade como na cultura, na economia, no mundo do trabalho,  nas artes, na família, na política, na vida profissional, na educação, nos meios de comunicação,  dentre outros.  Reconhecemos que a maioria dos agentes de evangelização são as mulheres.
O trabalho humilde, simples, cotidiano, constante, sereno, fecundo das mulheres é a beleza gigantesca no anúncio do Reino de Deus. Que os homens também se sintam participantes nessa tarefa divina e santa, pois temos tantos homens espalhados pelo mundo afora se dedicando no anúncio do Evangelho e sua justiça. Que na festa de Cristo Rei, dia do leigo, saibamos valorizar todos os que são partícipes da gloriosa vinda de Cristo e com Ele, possamos construir o Reino definitivo.
No ano de 2014, teremos muitas oportunidades para aprofundar a reflexão sobre a missão e o ministério dos leigos. Está na hora de somarmos forças para equilibrar as relações no mundo todo, que nenhum filho de Deus, passe fome, se perca no crime e seja recolhido em prisões, mas que tenha saúde, educação, espaço para o lazer, trabalho digno, moradia; esse é o Reino que ainda deve ser construído, e a força do Evangelho nos proporciona e nos condiciona para tanto. Como afirma do Documento de Aparecida os leigos e leigas são chamados a ser construtores do Reino.  É uma questão de decisão, de participação e de iniciativa criativa e inspirada pela força de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Que a fé, aumentada e professada neste Ano da Fé, seja a força motora em cada cristão para ser instrumento de paz em toda parte.
Que o modelo de vida de família, testemunhada por Jesus, Maria e José, encoraje os leigos e leigas para serem discípulos missionários do Reino de Deus.

Fraternalmente,

Dom Frei Severino Clasen
Bispo de Caçador – SC
Presidente da Comissão Episcopal para o Laicato


Pedro Fabro, modelo para Bergoglio, será santo em dezembro


Por Andrea Tornielli
O jesuíta Pedro Fabro, a quem o papa Francisco considera um modelo, será proclamado santo dentro de pouco tempo, seguramente antes do Natal.

O processo se encontra na fase final na Congregação para a Causa dos Santos e se espera que a bula pontifícia com que Francisco canonizará o primeiro dos companheiros de Inácio de Loyola (estendendo o culto à Igreja universal) chegue no mês de dezembro.

Pedro Fabro nasceu na alta Sabóia, em 1506, e morreu em Roma, em 1547, poucas semanas antes de ir para o Concílio de Trento. Foi proclamado beato em setembro de 1872, com um texto da Congregação para os Ritos que foi ratificado por Pio IX, que aprovou o culto difundido em Sabóia e entre os membros da Companhia de Jesus. Agora o Papa Francisco estenderá o culto litúrgico à Igreja universal.

A prática adotada para o beato Pedro Fabro, explicou Falasca, é a da canonização chamada “equiopolente”, prática que se usa em relação com figuras de particular relevância eclesial que contam com um culto litúrgico há muito tempo e com uma fama de santidade ininterrupta. Esta prática se usa regularmente na Igreja, ainda que não seja muito freqüente. “Na história recente – recorda o jornal católico italiano – João Paulo II levou a cabo três e Bento XVI, uma. A última foi a canonização de Ângela Foligno, assinada por Papa Francisco no último mês de outubro.

Mas a canonização de Pedro Fabro tem um significado muito especial, pois o jesuíta é “um modelo de espiritualidade e de vida sacerdotal do atual sucessor de Pedro e, ao mesmo tempo, uma das referências importantes para compreender seu estilo de governo”. Fabro, que viveu na época em que a unidade da Igreja sofreu grandes desafios, permaneceu alheio às disputas doutrinais e “orientou seu apostolado para a reforma da Igreja, convertendo-se num precursor do ecumenismo”.

Foi o próprio Francisco que falou de Pedro Fabro na entrevista publicada pela revista La Civiltà Cattolica, indicando alguns aspectos essenciais de sua figura: “O diálogo com todos, inclusive com os mais afastados e com os adversários, a piedade simples, talvez, uma certa ingenuidade, a disponibilidade imediata, seu atento discernimento interior, o fato de ser homem de grandes e fortes decisões e, ao mesmo tempo, capaz de ser doce”.

"A fisionomia de Pedro Fabro – escreve Falasca – que surge dos escritos é a de um contemplativo na ação, a de um homem atraído, sem tréguas, por Cristo, compreensivo, apaixonado pela causa dos irmãos separados, experimentado no discernimento dos espíritos, onde se aprecia a exemplaridade da sua vida sacerdotal, ao viver com paciência e mansidão a gratuidade do sacerdócio recebido como dom e doando-se a si mesmo sem esperara nenhuma recompensa humana. As intuições mais típicas de Pedro Fabro partem do ´magistério afetivo´, isto é, da capacidade de comunicação espiritual com as pessoas, dessa graça de saber colocar-se nas condições de cada um."
La Stampa, 23-11-2013.

Assinada 'A Alegria do Evangelho', primeira exortação de Francisco


Cidade do Vaticano, - Na missa conclusiva do Ano da Fé, no último domingo, (24), o papa Francisco fez a entrega simbólica de sua primeira Exortação Apostólica, ´Evangelii gaudium´ (A Alegria do Evangelho). De forma simbólica, o texto foi entregue 36 pessoas de 18 países: um bispo, um sacerdote e um diácono; além de religiosas, seminaristas, catequistas, uma família, um homem com deficiência visual (que recebeu uma versão em CD), jovens, confrarias e movimentos eclesiais.

O grupo foi escolhido para evocar cada evento do Ano da Fé realizado no Vaticano. Além destes representantes, foram também convidados dois jornalistas e dois artistas, para evidenciar “o valor da beleza como forma privilegiada de evangelização”.

A "Evangelii Gaudium", segundo o Presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, contém “uma missão que é confiada a cada pessoa batizada para se tornar evangelizador”. Depois da Encíclica "Lumen Fidei", publicada no início de julho, assinada por Francisco, mas escrita a ‘quatro mãos’ com Bento XVI, este é o segundo grande documento do Papa argentino.

A Exortação traz as recomendações emersas no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, realizado no Vaticano em outubro do ano passado, mas segundo antecipado pelo Vaticano, "terá um âmbito mais vasto".

O documento será apresentado nesta segunda-feira (25), à imprensa, mas a divulgação está autorizada somente a partir de terça-feira, 26 de novembro. Na conclusão de seu encontro com os fiéis, este domingo, 24, o papa fez uma saudação especial a todos os que trabalharam na realização do Ano da Fé.

"Uma saudação e um agradecimento de coração a Dom Rino Fisichella, que conduziu este caminho. Agradeço-lhe muito, e também a seus colaboradores", disse Francisco. Dom Fisichella foi o responsável pela coordenação de todo o programa de eventos do Ano da Fé.
SIR

O perfil do pastor, segundo Francisco


Papa entre os fieis: pastor com 'o cheiro das ovelhas'.
Por Andrea Tornielli
Homilia após homilia, catequese após catequese, durante os últimos oito meses, o papa Francisco tem traçado o perfil do verdadeiro pastor das almas. Durante a audiência geral desse domingo (24), na Praça São Pedro, ele falou do sacramento da confissão, recordando que Jesus deu aos apóstolos “o poder de perdoar os pecados”.

A Igreja, acrescentou o papa, "não é dona do poder das chaves, mas serva do ministério da misericórdia e se alegra toda vez que pode oferecer este dom divino". Sente-se, aqui, um eco do convite feito no último dia 21 de abril, quando Francisco falou com os sacerdotes da diocese de Roma, antes de ordená-los: "Sejam pastores e não funcionários. Mediadores e não intermediários".

Ao refletir sobre a figura do confessor, Bergoglio acrescentou em sua catequese: "O perdão de Deus que nos é dado na Igreja, é transmitido através do ministério de um irmão nosso, o sacerdote; que também é um homem que, como nós, necessita da misericórdia, e que se torna realmente instrumento da misericórdia, oferecendo-nos o amor sem limites de Deus Pai. Os sacerdotes também devem se confessar, inclusive, os bispos: todos somos pecadores. Inclusive, o papa que se confessa a cada quinze dias, por que o Papa também é um pecador!".

“O serviço que o sacerdote presta como ministro, por parte de Deus, para perdoar os pecados, é muito delicado – continuou Francisco –, é um serviço muito delicado e requer que seu coração esteja em paz, que o sacerdote tenha o coração em paz, que não maltrate os fiéis, mas que seja manso, benevolente e misericordioso; que saiba semear esperança nos corações e, sobretudo, que seja consciente de que o irmão ou a irmã que se aproxima do sacramento da Reconciliação busca o perdão, e o faz da mesma maneira que tantas pessoas se aproximavam de Jesus, para que as curasse. O sacerdote que não tem esta disposição de ânimo, é melhor que, até para Jesus, não administre este Sacramento. Os fiéis penitentes têm o dever, não? Têm o direito. Nós temos o direito, todos os fiéis, de encontrar nos sacerdotes os servidores do perdão de Deus".

 "Um sacerdote apaixonado – disse Francisco no último dia 16 de setembro, durante o encontro com o clero romano – deve sempre se lembrar do primeiro amor, o de Jesus, voltar a esta fidelidade que permanece sempre e que nos espera. Para mim, esse é o ponto-chave de um sacerdote apaixonado: que tenha a capacidade de voltar para a memória do primeiro amor. Uma Igreja que perde a memória é uma Igreja eletrônica: não tem vida. Há que ter cuidado com os sacerdotes “rigorosos” e “laxistas”. O sacerdote misericordioso – afirmou – é o que diz a verdade, mas acrescenta: ‘Não fique espantado, o Deus bom nos espera. Caminhemos juntos’. E devemos ter isto sempre presente: acompanhar. Ser companheiros do caminho. A conversão sempre se faz assim, pelo caminho, não no laboratório”.

Durante a recente visita a Assis, ao dirigir-se ao clero, Francisco pediu aos párocos que memorizassem não apenas os nomes de seus paroquianos, mas “inclusive os de seus cachorros”, dos animais domésticos. Uma maneira para dizer que o pastor deve estar perto de seu rebanho.

"Isto é o que os peço: que sejam pastores com ´o cheiro das ovelhas´, pastores em meio ao próprio rebanho, e pescadores de homens", disse Francisco, em 28 de março, durante a homilia da missa crismal: "Nossa gente agradece o evangelho pregado com unção, agradece quando o evangelho que pregamos chega à sua vida cotidiana, quando desce como o óleo de Aaron até as bordas da realidade, quando ilumina as situações limites, ´as periferias´ onde o povo fiel está mais exposto à invasão dos que quererem roubar a sua fé. Agradecem-nos porque sentem que rezamos com as coisas da sua vida cotidiana, com suas alegrias e tristezas, com suas angústias e suas esperanças. E quando sente o perfume do Ungido, de Cristo, que chega através de nós, animam-se em confiar a nós tudo o que desejam que chegue ao Senhor: ‘Reze por mim, padre, que tenho este problema...´. ´Abençoa-me, padre´ e ´reze por mim´ são os sinais de que a unção chegou à margem do manto, porque converte-se em súplica".

Os sacerdotes, ainda que celibatários, devem ser pais. O "desejo de paternidade" está inscrito nas fibras mais profundas de um homem, explicou o papa na homilia de Santa Marta, do último dia 26 de junho. “Quando um homem não tem este desejo, algo falta neste homem. Algo não funciona. Todos nós, para ser, para nos tornarmos plenos, para sermos maduros, devemos sentir a alegria da paternidade: inclusive os celibatários. A paternidade é dar vida aos demais, dar vida, dar vida, ... Para nós será a paternidade pastoral, a paternidade espiritual: mas é dar vida, tornarmo-nos pais”. “Um pai – continuou – que sabe o que significa defender os filhos. E esta é uma graça que nós – os sacerdotes – devemos pedir: sermos pais, sermos pais. A graça da paternidade, da paternidade sacerdotal, da paternidade espiritual”.

Falando sobre as dificuldades do sacerdote, durante o encontro com o clero romano de setembro, o papa explicou: "Quando um sacerdote está em contato com o povo, cansa-se. Quando um sacerdote não está em contato com seu povo, cansa-se, mas de forma negativa e para poder dormir deve tomar uns comprimidos, não é? Ao contrário, aquele que está em contato com seu povo (porque o povo verdadeiramente tem muitas exigências de Deus, não?), esse se cansa de verdade, não é? E não necessita de comprimidos".

A proposta de um modelo de pastor que não crie nenhuma distância, que não viva separado, que não se considere o "administrador" dos bens da graça, que não tenha a preocupação de "regular" a fé das pessoas, mas sim de facilitá-la, que não se ocupe excessivamente das questões de “moda eclesiástica” e não se preocupe demasiadamente com sua imagem. Vive unido com Deus e, por este motivo, completamente dedicado aos serviços que foram encomendados pelos fiéis. Deriva desta proximidade, deste compartilhar, a indicação sobre a sobriedade que o Papa pronunciou para os jovens seminaristas e religiosos, no dia 6 de julho deste ano: "Me dói quando vejo uma freira ou um sacerdote com um carro do último modelo. Não se pode ir com carros caros. O carro é necessário para fazer muitos trabalhos, mas queiram um simples. Se querem um bonito, pensem nas crianças que morrem de fome".

As características do sacerdote apontadas por Francisco também aparecem no perfil do bispo que foi traçado nestes meses. No vídeo-mensagem enviada à Cidade do México, para o Congresso sobre a Evangelização na América, o Papa falou do bispo como “pastor que conhece suas ovelhas pelo nome, guia-as com proximidade, com ternura, com paciência, manifestando efetivamente a maternidade da Igreja e a misericórdia de Deus”. É o verdadeiro pastor, explicou, não tem a atitude “do príncipe ou do mero funcionário” que se preocupa principalmente pela disciplina, pelas regras, pelos mecanismos organizacionais; “e isto sempre leva a uma pastoral distante das pessoas, incapaz de favorecer e de obter o encontro com Cristo e o encontro com os irmãos”.

"O povo de Deus que lhe foi confiado – continuou – necessita que o bispo vele por ele cuidando, sobretudo, para que o mantenha unido e promova a esperança nos corações". Francisco também falou sobre a importância para os bispos da formação de sacerdotes que sejam capazes de estar próximos, "que saibam transformar os corações das pessoas, que possam caminhar com eles, entrarem em diálogo com suas esperanças e com seus temores".

Em diferentes ocasiões, Bergoglio fez alusão à doença do carreirismo: "Nós, os pastores – disse no dia 19 de setembro aos novos bispos – não sejamos homens com a "psicologia de príncipe", homens ambiciosos, que são maridos de uma Igreja, enquanto esperam outra mais bonita, mais importante ou mais rica. Estejam muito atentos para não cair no espírito do carreirismo!”. "Evitem o escândalo - acrescentou - de ser ´bispo de aeroporto!´ Sejam pastores acolhedores, que caminham com seu povo".

Outro dos males que afligem a Igreja, e que às vezes vai ao encontro do carreirismo, é o clericalismo, uma “tentação”, como foi definido por Francisco na vídeo-mensagem enviada ao México, que causa muitos danos à Igreja. "A doença típica da Igreja volta-se contra si mesma – escreveu o papa para os bispos argentinos, no último dia 18 de abril – é a uma autorreferência: olhar-se no espelho, curvar-se sobre si mesma - como aquela mulher do Evangelho. É uma espécie de narcisismo que nos conduz ao mundanismo espiritual e ao clericalismo sofisticado".
Carreirismo e clericalismo, enfermidade que às vezes se transmite, inclusive, aos fiéis leigos, que podem chegar a desejar ser "clericalizados", são cadeias que impedem de sair, enfrentar os desafios da evangelização no mar aberto, para a qual o papa chamou.
Vatican Insider, 21-11-2013.

Evangelho do dia

Ano C - 25 de novembro de 2013

Lucas 21,1-4

Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
21 1 Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que deitavam as suas ofertas no cofre do templo.
2 Viu também uma viúva pobrezinha deitar duas pequeninas moedas,
3 e disse: “Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros.
4 Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A OFERTA DO POBRE
É inútil querer fazer bela figura diante de Deus, pensando que ele se deixa impressionar pelas grandezas humanas. O Reino de Deus subverte as categorias humanas. Assim, o que é grande aos olhos humanos, é desprezível para Deus. E vice-versa: o que o mundo desvaloriza, encontra valor aos olhos de Deus.
Quando os ricos colocavam no cofre do templo generosas ofertas, acreditavam estar fazendo um gesto altamente louvado por Deus, e com isso, crescendo em mérito diante dele. A atitude deles humilhava a quem pouco possuía para oferecer e causava inveja e espírito de competição. Era uma exibição de generosidade, com um detalhe: davam do seu supérfluo e não teriam de sofrer na pele os efeitos de sua esmola.
Em contraposição, as duas moedinhas lançadas pela pobre viúva tinham um valor inestimável para Deus. Oferecendo aquilo que lhe restava para viver, a mulher colocava-se toda nas mãos do Pai e fazia sua vida depender totalmente dele. Ela se recusava buscar segurança nos bens materiais, nem acreditava que o acúmulo de bens, qualquer que fosse, pudesse trazer-lhe alegria e felicidade. Reconhecia que tudo, em sua vida, era dom de Deus. Por isso, com toda a liberdade e sem a ânsia de possuir, foi capaz de arriscar tudo.
Esta é a oferta que tem valor diante de Deus.

Oração
Senhor Jesus, liberta meu coração da ânsia de possuir e acumular. Faze-me, antes, compartilhar, com toda a liberdade, todos os meus bens.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

Leitura
Daniel 1,1-6.8-20
Leitura da profecia de Daniel.
1 1 No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio sitiar Jerusalém.
2 O Senhor entregou-lhe Joaquim, rei de Judá, bem como parte dos objetos do templo, que Nabucodonosor transportou para a terra de Senaar, para o templo de seu deus: foi na sala do tesouro do templo de seu deus que ele os colocou.
3 O rei deu ordem ao chefe de seus eunucos, Asfenez, para trazer-lhe jovens israelitas, oriundos de raça real ou de família nobre,
4 isentos de qualquer tara corporal, bem proporcionados, dotados de toda espécie de boas qualidades, instruídos, inteligentes, aptos a ingressarem (nos serviços do) palácio real; ser-lhes-ia ensinado a escrever e a falar a língua dos caldeus.
5 O rei destinou-lhes uma provisão cotidiana, retirada das iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. A formação deles devia durar três anos, após o que entrariam a serviço do rei.
6 Entre eles encontravam-se alguns judeus: Daniel, Ananias, Misael e Azarias.
8 Daniel tomou a resolução de não se contaminar com os alimentos do rei e com seu vinho. Pediu ao chefe dos eunucos para deles se abster.
9 Este, graças a Deus, tomado de benevolência para com Daniel, atendeu-o de boa vontade,
10 mas disse-lhe: “Temo que o rei, meu senhor, que estabeleceu vossa alimentação e vossa bebida, venha a notar vossas fisionomias mais abatidas do que as dos outros jovens de vossa idade, e que por vossa causa eu me exponha a uma repreensão da parte do rei”.
11 Mas Daniel disse ao dispenseiro a quem o chefe dos eunucos havia confiado o cuidado de Daniel, Ananias, Misael e Azarias:
12 “Rogo-te, faze uma experiência de dez dias com teus servos: que só nos sejam dados legumes a comer e água a beber.
13 Depois então compararás nossos semblantes com os dos jovens que se alimentam com as iguarias da mesa real, e farás com teus servos segundo o que terás observado”.
14 O dispenseiro concordou com essa proposta e os submeteu à prova durante dez dias.
15 No final deste prazo, averiguou-se que tinham melhor aparência e estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias da mesa real.
16 Em conseqüência disso o dispenseiro retirava os alimentos e o vinho que lhes eram destinados, e mandava servir-lhes legumes.
17 A esses quatro jovens, Deus concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos.
18 Ao fim do prazo fixado pelo rei para a apresentação, o chefe dos eunucos introduziu-os na presença de Nabucodonosor,
19 o qual palestrou com eles. Entre todos os jovens nenhum houve que se comparasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Por isso entraram eles a serviço do rei.
20 Em qualquer negócio que necessitasse de sabedoria e sutileza, e que o rei os consultasse, este achava-os dez vezes superiores a todos os escribas e mágicos do reino. Palavra do Senhor.
Salmo Dn 3
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, nome santo e glorioso.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

No templo santo onde refulge a vossa glória.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
E em vosso trono de poder vitorioso.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, que sondais as profundezas.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
E superior aos querubins vos assentais.
A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito no celeste firmamento.
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Obras todas do Senhor, glorificai-o.
A ele louvor, honra e glória eternamente!
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS




PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE


 23 e 24 de novembro de 2013

COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:

·         PEDRO AUGUSTO AUTRAN PAIXÃO
E
MARIA CECÍLIA CARVALHO SOARES DE PINHO

·         IVAN IVANILDO DE SANTANA
E
MARIA CRISTINA FERREIRA DA SILVA SANTANA

·         JOSÉ DINIZ BARRETO NETO
E
JAQUELINE MARIA BARRETO

·         RICARDO CIPRIANO DA SILVA
E
CAMILA PERIQUITO DE CASTRO

·         JOSUÉ BEZERRA DA CASTRO
E
GENOVEVA MARIA DOS SANTOS

·         THIAGO JOSÉ DE OLIVEIRA
E
MIRELA RODRIGUES DE OLIVEIRA

·         RIVADÁRIO MEDEIROS DE OLIVEIRA
E
MARCIA SIMON LIMA

·         JOSÉ AIRTON CAVALCANTI SIQUEIRA
E
ANA DE FÁTIMA ALMEIDA

·         MARCOS MACIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA
E
ELIANE LIBERATO DE OLIVEIRA

·         ERIVALDO ALVES DE SOUZA LEITE
E
IVANICE MARIA DA CUNHA


                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em  consciência a declarar.