quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Fotos da JMJ













Carta Circular – Campanha de Doação para as famílias vítimas do incêndio nos Coelhos


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O Documento de Trabalho – Plano de Pastoral da Arquidiocese já pode ser adquirido


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O Documento de Trabalho – Plano de Pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife já pode ser adquirido na sede da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, no bairro das Graças, Recife. O material está sendo vendido pelo valor simbólico de R$ 2,00.
O texto foi elaborado a partir das metas da arquidiocese definidas em assembleia, dos encontros e observações feitas durante as Visitas Pastorais, além das reuniões com os vicariatos e comissões. O plano não está fechado. Ele está sendo construído através de um processo gradativo e participativo.
Os vicariatos, paróquias, pastorais, movimentos, associações, serviços, comissões e congregações religiosas devem fazer estudo e reflexão do texto. Além de sugerir mudanças e acréscimos. A ideia é que o texto final seja entregue na Assembleia Arquidiocesana de Pastoral em novembro próximo.
Mais informações podem ser obtidas com a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral pelo telefone (81) 3271-4270, das 8h às 13h.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Missa em Ação de Graças marca os 20 anos do Movimento Pró-Criança


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Gratidão foi o sentimento que marcou a Missa em Ação de Graças pelos 20 anos do Movimento Pró-Criança, nesta quarta-feira (7). Crianças e adolescentes atendidos pela instituição, educadores, diretores e parceiros lotaram a Igreja da Madre de Deus, no Bairro do Recife, para participar da celebração presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. O religioso destacou a importância do movimento como exemplo de missão da Igreja que deve cuidar sempre dos mais vulneráveis.
Em sua homilia, dom Fernando relembrou a criação do Movimento Pró-Criança há duas décadas e ressaltou o empenho e a confiança do então arcebispo dom José Cardoso Sobrinho. “A aposta de dom José se tornou uma bênção para todos”, declarou. Dom Saburido reforçou aos presentes a importância de continuar persistindo no trabalho em favor das crianças e adolescentes caídos. “Temos que continuar esta missão para que muitos jovens tenham um verdadeiro lar e possam, por meio da arte, do estudo e do trabalho, ter uma vida digna”, afirmou.
Dom Fernando agradeceu a direção do Pró-Criança, que durante esses 20 anos vem lutando para garantir mais igualdade social. “Somos gratos também aos diversos parceiros que reconhecem os frutos deste trabalho e nos ajudam multiplicando as possibilidades de atendimento aos mais necessitados”, disse o arcebispo. “Que todos os dias reconheçamos que somos meramente instrumentos de Deus em favor do outro, pois é Ele quem tudo faz”, completou.
DSCN9239Histórico - Fundado em 27 de julho de 1993 por D. José Cardoso Sobrinho, o Movimento Pró-Criança (MPC) é uma entidade sem fins lucrativos, ligada à Arquidiocese de Olinda e Recife, que visa minimizar as dificuldades vivenciadas pelos jovens carentes da RMR através de trabalhos sociais. A implantação do MPC foi motivada pelo grande número de crianças e adolescentes em situação de miséria e abandono e pela necessidade de unir esforços para a mudança dessa realidade.
O resultado do trabalho desenvolvido pelo MPC se revela nos dados divulgados pelo Centro Interuniversitário de Estudos da América Latina (CIELA) que apontam para a diminuição do número de crimes praticados por adolescentes no Estado de Pernambuco. De acordo com o CIELA entre 1992 e 1999, o índice caiu de 1.649 para 314, enquanto no resto do país sofreu considerável aumento. Entre as causas apontadas para essa diminuição estão as ações desenvolvidas pelo Pró-Criança.
Atualmente, o movimento conta com três unidades: uma no bairro dos Coelhos, uma no Bairro do Recife e outra em Piedade, Jaboatão dos Guararapes.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Paulo VI, o papa de muitos recordes



Por ocasião dos 35 anos da morte de Paulo VI, o jornal L’Osservatore Romano relembra muitas das novidades de seu pontificado.  “Foi o primeiro papa peregrino na Terra Santa, o primeiro que falou na sede das Nações Unidas, o primeiro que deixou o Vaticano para visitar os países mais pobres”. O jornal, seguindo o livro “Os gestos proféticos de Paulo VI”, de monsenhor Ettore Malnati, indicou uma lista de "recordes" do Pontificado de Montini, cuja morte, há 35 anos atrás, foi lembrada nesta terça-feira (6).

"Renunciou a tiara para dar o valor da venda aos pobres do mundo. Com o Patriarca Atenágoras cancelou as excomunhões milenares entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla – uma aproximação que havia sido anunciada dois anos antes (em janeiro de 1964), com o histórico abraço de Jerusalém, com o religioso oriental – e quis celebrar o Natal em Italsider de Taranto, como já havia feito com as vítimas das inundações de Florença”, escreveu o jornal da Santa Sé.
Após 35 anos de sua morte em Castel Gandolfo, ocorrida no dia 6 de agosto de 1978, nesta tarde, será celebrada uma missa na Basílica de São Pedro, no Altar da cátedra, pelo bispo de Bérgamo, dom Francesco Beschi.
Vatican Insider, 06-08-2013.

Elias percebeu a presença de Deus


Elias deu provas de que Deus é o único Senhor
Padre Geovane Saraiva*

Para o peregrino que visita ainda hoje a Terra Santa, logo há de perceber, se assim for o seu desejo, que Monte Carmelo, localizado na cidade de Haifa, uma montanha na costa de Israel, com vista para o Mar Mediterrâneo, é o lugar onde Profeta Elias viveu e morreu 850 antes de Cristo. Mas pouco se sabe sobre esse homem de Deus, antes do início do seu ministério de profeta. O que se sabe é que ele originário de Tisbé e foi contemporâneo do rei Acab e da rainha Jezabel.
O importante mesmo é olhar para o ponto mais alto do Monte, numa profunda simbologia, onde Elias, com seu lema, “ardo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos”, venceu o desafio e deu prova aos israelitas de que Javé, o Senhor Deus, é o único e verdadeiro Deus. Do Monte Carmelo, optou pelo silêncio, para que mergulhado da solidão, pudesse saborear a presença de Deus, numa vida de eremita, ao travar um grande e decisivo duelo contra a idolatria, anunciada pelos profetas de Baal.
A Transfiguração do Senhor nos leva a olhar para a Sagrada Escritura e nela, ver a presença do profeta Elias, grande mestre na escola da oração e da contemplação, que caminhou sempre na presença de Deus (cf. 1Rs 19). Sua fé no único Deus – numa fé sólida e amadurecida na provação – impressionou muitíssimas gerações de homens e mulheres na história do povo de Deus.

Quero aqui agradecer a Deus pelo Carmelo Santa Teresinha de Fortaleza, vendo nas nossas queridas Irmãs Carmelitas, "nosso pai Santo Elias", como elas costumam chamar. Escolheram-nas, a exemplo do mesmo, viver de uma única ocupação – na presença de Deus, pelo trabalho e pela oração, mostrando ao mundo que vale a pena contemplar a beleza de um Deus essencialmente terno e bondade sem limitastes (cf. Sl 139), tendo diante dos olhos o Monte Carmelo, na sua mais elevada simbologia e expressão, a Jerusalém Celeste. Pela nossa fé vemos Jesus, o Filho de Deus, no Monte Tabor, manifestando aos seus amigos todo o seu esplendor. Ele revela a divindade que está dentro dele, antecipando, assim, a sua glória e a nossa glória futura. São João nos assegura: “Quando Cristo aparecer, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (1Jo 3, 2).
Jesus Cristo, na montanha sagrada, transfigurou-se, isto é, mudou de aparência. Os três apóstolos, Pedro, Tiago e João ficaram deslumbrados. Eles queriam que essa alegria ficasse sempre entre eles. Daí a proposta: Vamos construir três tendas, porque aqui é bom demais e a nossa vida será perpetuamente fascinante e maravilhosa (cf. Lc 9,33). No alto da montanha, Jesus Cristo, antes da sua paixão, com Moisés e Elias revelou o esplendor de sua face, dizendo-nos que haveremos de nos transfigurar, uma vez que nosso destino se fundamenta na sua palavra: “Nós somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso” (Fl 3, 20-21).
“Uma voz do céu ressoa: Eis o meu Filho amado” (Lc 9, 35-36), que  nos faz ouvir com fidelidade a sua palavra e buscar no seu corpo e sangue o alimento para nossa vida. E é precisamente pela força da palavra, do corpo e sangue de Cristo, que vamos andar na sonhada esperança de sermos semelhantes a ele, quando ele se manifestar em sua glória.
Como seria maravilhoso ver os cristãos, com pés firmes no chão da realidade, abraçarem e saborearem o silêncio e, mesmo a solidão, como condição imprescindível, no reto sentido de buscar uma profunda mística, a partir do mistério da contemplação da presença de Deus, a exemplo do Profeta Elias, que viveu unicamente para Deus e fez d’Ele o seu refúgio em todas as circunstâncias de sua vida.
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com

Mulheres apaixonadas por Deus


Na galeria ideal de mulheres apaixonadas por Deus, desfilam figuras muitas vezes emocionantes, verdadeiras matriarcas ou mães da Igreja a serem colocadas ao lado de patriarcas e pais da cristandade.

Mulheres recebem Jesus ressuscitado: figuras importantes
Por Gianfranco Ravasi
Encrustado nas mentes de muitos está o estereótipo de um cristianismo antifeminino. Como todos os lugares comuns, esse preconceito também tem a sua verdade, que não se sustenta em equilíbrio, porém, em comparação com o outro prato onde encontramos a viva presença da mulher como protagonista.

Não esqueçamos, de fato, que o Cristo ressuscitado aparece sobretudo a um grupo de mulheres – uma classe "inferior" no status social do antigo Oriente Próximo –, confiando-lhes a tarefa de "evangelizar" os apóstolos do sexo masculino, tanto é que a antiga tradição cristã oriental não hesitaria em chamar Maria Madalena de "apóstola dos apóstolos".
O próprio São Paulo chega ao ponto de definir, no fim da Carta aos Romanos, uma tal Junia como "apóstola" com o seu marido Andrônico (16, 7), ao lado de uma pequena multidão de outras mulheres, a partir da "diaconisa" Febe, para continuar com Prisca, Maria, Trifena, Trifosa, "a querida Pérside", a mãe de Rufo, terminando com Pátrobas, Júlia, a irmã de Nereu e Olimpas.
Tente-se depois percorrer as outras Cartas paulinas para desfazer o mito de um Paulo misógino, firmemente convencido, ao contrário, da igual dignidade dos dois sexos aos olhos da fé: "Não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo" (Gálatas 3, 28).
Certamente, o contexto sociocultural não era o contemporâneo, nem no horizonte judaico, nem no greco-romano. Basta apenas evocar a desconcertante oração matutina sugerida pelo Talmude babilônico ao judeu homem, para que agradeça a Deus por não tê-lo feito nascer nem pagão, nem mulher, nem ignorante.
E, apenas para escolher a flor das flores do outro setor, o clássico, um refinado autor latino como Aulo Gélio (século II), nas suas popularíssimas Noites Áticas, era lapidar: Mulier, malum necessarium! A objeção, porém, poderia ser esta: como se comportou o cristianismo posterior com relação à mulher?
Uma das respostas surpreendentes – sem por isso anular a escuridão e as necessárias autocríticas – nos é oferecida por uma freira de hoje, Lisa Cremaschi, da comunidade de Bose (Biella), que abre a cortina para as suas colegas dos primeiros séculos, verdadeiras matriarcas ou mães da Igreja a serem colocadas ao lado de patriarcas e pais da cristandade.
Delas, a autora oferece uma antologia de testemunhos ou memórias, que vão desde as origens até a irmã de São Bento, Escolástica, no limiar do século VI, uma mulher celebrada por um papa, São Gregório Magno, que lhe reservaria este extraordinário epitáfio: "Pôde mais aquela que amou mais".
Nessa galeria ideal de mulheres apaixonadas por Deus, desfilam figuras muitas vezes emocionantes, começando pela primeira mencionada, Macrina, irmã de outro grande Gregório santo, o bispo de Nissa, na Capadócia, que escreveu a sua biografia, e de outro importante personagem daquela Igreja, São Basílio.
"Contigo, até a noite era iluminada como o dia", lamentam as suas companheiras freiras no leito de morte, mulheres aristocráticas e ex-escravas que viviam junto com ela na propriedade familiar de Macrina, transformada em oásis espiritual.
E depois há Sinclética, celebrada nos Acta Sanctorum como "a pérola ignorada por muitos", uma conterrânea de Alexandria do Egito, que se retirou para a vida contemplativa em um "sepulcro", ou seja, em um dos tantos edifícios funerários egípcios orientados para o Nilo.
Poderosa no seu retrato biográfico esboçado por outro grande da cristandade alexandrina, Santo Atanásio, era a representação do seu crepúsculo na sua decadência física: tendo-se tornado um cordeiro sacrificial sem voz como o Servo messiânico cantado pelo profeta Isaías (53, 7), ela fixou o olhar no Invisível, porque "as coisas visíveis são momentâneas, as invisíveis são eternas".
E depois há o curioso (mas não único) caso – de contornos lendários, mas de substância histórica – de Maria "travestida" de homem até assumir o nome de "Marino", para poder entrar no mosteiro com o pai viúvo, que se tornou monge. Falávamos de matriz histórica porque um concílio local celebrado em Gangra (Turquia), em 345, havia emitido este anátema contra uma práxis nada insólita: "Se uma mulher, por suposta ascese, corta os seus cabelos (...) e, em vez do hábito feminino de costume, usa o masculino, seja anátema!".
A provocação de Maria-Marino, seguida por outras mulheres, reflete indiretamente o contexto masculino então dominante, ao qual não se conseguia propor, da parte feminina, outra alternativa senão a sua imitação.
A esse respeito, Lisa Cremaschi, na introdução à sua antologia, se interroga com justiça: "Buscar a paridade de direitos com o homem negando a alteridade é uma forma de libertação para a mulher? Não é, talvez, apenas mais uma afirmação da inferioridade da mulher que, para poder se realizar, deveria imitar a ´superioridade´ do homem, tornar-se o que não é, negando a própria alteridade?".
É um pouco sob essa luz, para além das questões estritamente teológicas, que se deveria articular, em nível geral, a espinhosa questão do debate sobre o sacerdócio feminino e, mais em geral, a da relação homem-mulher e da teoria do gênero.
Deixado para trás há muito tempo (mas em um nível prático é exatamente assim?) o paradigma da "subordinação" da mulher ao homem, assim como o seu antípoda radical feminista, se poderia ir além da rígida paridade muitas vezes artificiosa (as "cotas rosas"...) e tomar um caminho mais "simbólico", isto é, unificador, o da reciprocidade na equivalência e na diferença.
É indispensável, portanto, uma metamorfose, superando precisamente tanto o modelo de inferioridade/complementaridade, quanto o da abstrata paridade/identidade, para desembocar em uma reciprocidade relacional com base na equivalência.
Também ajudam para esse êxito as outras fisionomias femininas reunidas por Lisa Cremaschi: das "biblistas" Marcela e Paula, as nobres mulheres romanas discípulas e amigas de São Jerônimo, o célebre tradutor latino das Sagradas Escrituras, até a belíssima Melania, a Jovem (assim denominada para distingui-la da avó Melania, mais radical), rica, fascinante, culta, pertencente à alta sociedade romana, casada contra a sua vontade com um primo que, com ela, assumirá os votos monásticos.
Deixamos aos leitores seguir as aventuras humanas e espirituais de Melania através da narração do seu secretário Gerôncio, um nome livremente evocado no poeminha Gerontion, de Eliot (1920).
No entanto, continua sendo forte a impressão que essas mulheres de terras e de origens diferentes, capazes de subir com dificuldade pelos caminhos árduos da espiritualidade e da interioridade, com liberdade, originalidade e criatividade, deixam no leitor moderno. Despojada da sua ênfase, devemos, no fim, compartilhar a substância da consideração do Diário de um poeta, de Alfred de Vigny: "Depois de ter refletido bem sobre o destino das mulheres em todos os tempos e em todos os países, acabei me convencendo que cada homem deveria dizer a cada mulher, em vez do habitual ´bom dia´, um ´perdoe!´".
Il Sole 24 Ore, 04-08-2013.

XXVI ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO