sábado, 15 de dezembro de 2012

Campanha para a Evangelização realiza coleta neste final de semana







CE2012A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza no tempo do Advento a Campanha para a Evangelização (CE) que chega ao fim neste domingo, 16 de dezembro. O objetivo da iniciativa é despertar em todos os cristãos a responsabilidade com a missão da Igreja. “É uma forma de mostrar que todos nós somos chamados a colaborar, de forma concreta, para que tenhamos recursos em nossos projetos de evangelização”, explica o assessor nacional da campanha, Pe. Luiz Carlos Dias.
Todas as coletas das missas e celebrações das comunidades de todo o país neste final de semana se destinam para a CE. A distribuição dos recursos é feita da seguinte forma: 45% permanece na própria diocese; 20% é encaminhado para os Regionais da CNBB; e os demais 35% para a CNBB Nacional.
As doações, em caráter individual, também podem ser feitas através do site www.evangelija.com.  A Comissão Episcopal da CE enviou esta semana uma mensagem a todas às comunidades do Brasil destacando a importância da iniciativa. A seguir, a íntegra do texto:
Participe da Campanha para a Evangelização neste final de semana
A Igreja existe para evangelizar. (...) Anunciar, por palavras e ações,
Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida (Jo 14,6)


Estimados:

Bispos, padres, consagrados/as, agentes de pastoral, líderes de comunidades e movimentos, comunicadores e os demais fieis leigos, do Brasil e exterior, sempre ajudaram a manter, com suas generosas ofertas, o serviço evangelizador da nossa Igreja. A todos/as nosso reconhecido agradecimento.

Nascida em 1998, a Campanha para a Evangelização está para comemorar 15 anos. Ainda não atingiu o objetivo para o qual foi criada: mobilizar os católicos a assumir a responsabilidade de participar da sustentação de toda a ação evangelizadora da Igreja no Brasil.

Para esse ano de 2012, o material promocional da Campanha traz um slogan que pretende expressar a “urgência da evangelização”, “a evangelização já”: EVANGELI.JÁ.

A Comissão Episcopal da CNBB, responsável pela Campanha, precisa e pede confiantemente sua participação nas Missas e Celebrações nas Comunidades neste final de semana, quando ocorrerá a coleta para a Evangelização. Na impossibilidade de participação, a doação pode ser feita através do site www.evangelija.com

Na esperança de poder contar com sua imprescindível colaboração, pedimos, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que a bênção de Deus faça frutuosos seus trabalhos.
Com toda gratidão, em Cristo,
Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de Salvador (BA)
Presidente da Comissão para a Campanha para a Evangelização

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário Geral da CNBB

“Tem gente com sede de solidariedade” arrecada mais de 60 mil litros de água



Mais de 60 mil litros de água serão entregues para famílias do semiárido pernambucano, que desde o começo do ano vem sofrendo com a pior seca das últimas quatro décadas. A doação foi o resultado da primeira fase da campanha “Tem gente com sede de solidariedade” realizada nas 109 paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife. A iniciativa é fruto de uma parceria da Igreja local com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape).

As garrafas e os galões de água foram abençoados na tarde deste sábado, 15, pelo arcebispo dom Fernando Saburido. O religioso comemorou o resultado. “A primeira fase da campanha superou e muito nossas expectativas. Estou muito feliz com a disposição e solidariedade das pessoas que atenderam ao nosso chamado. A bênção é para que as famílias que vão receber essa água possam ser renovadas também na sua fé”, declarou.

A doação será levada ainda neste domingo, 16, para as cidades de Caruaru, Buíque, Sertânia, Manari, Itaíba e Ibimirim, beneficiando mais de três mil famílias. Para o presidente da Fetape, Doriel Barros, a chegada da água representa mais do que uma renovação da esperança do homem do campo. “Esse líquido precioso, direito de todos os seres vivos, significa para o trabalhador rural a recuperação de sua dignidade. E é isso que queremos, mais do que entregar a água é mostrar que estamos juntos nesse momento difícil”, disse.

2ª Fase
A partir de agora a campanha “Tem gente com sede de solidariedade” entra em uma nova etapa. A arquidiocese, juntamente com a Fetape, e também, a Cáritas Regional Nordeste 2 começaram a arrecadar dinheiro, por meio de depósito em conta bancária, para a construção de cisternas e outras obras estruturadoras. “Precisamos desenvolver ações que garantam a sobrevida dos moradores do semiárido em momentos de seca como essa que está atingindo tantas famílias”, explicou Doriel Barros.

Para dom Saburido o momento agora é de aumentar os esforços e ampliar a rede de solidariedade em prol de todo o semiárido. “As previsões para os próximos três anos são assustadoras, e como Igreja não podemos deixar os nossos irmãos desamparados, por isso é importante que todas as pessoas de bem participem e doem”, afirmou o arcebispo.
As doações devem ser feitas na conta
Banco do Brasil
Agência 3505-x
Conta Corrente: 43879-o

Da Assessoria de Comunicação AOR

Confraternização Paroquial 2012


Abertura do Aono da Fé


A vinda de Elias - Evangelho do Dia

"Elias já veio, mas não o conheceram; antes, fizeram com ele quanto quiseram. Do mesmo modo farão sofrer o Filho do Homem."

Mateus 17,10-13
As expectativas messiânicas do tempo de Jesus mesclavam-se com uma série de elementos, dentre os quais, a crença que, por ocasião da vinda do Messias, o profeta Elias haveria de retornar. Era bem conhecida a história do profeta arrebatado aos céus, num carro de fogo. Por não ter morrido, como qualquer ser humano, difundiu-se a esperança de que Elias voltaria no fim dos tempos, indicando, assim, que a vinda do Messias estava próxima.

Jesus não negou esta tradição. Entretanto, ofereceu uma pista para indicar que ela já se havia realizado na pessoa de João Batista. A ação precursora dele em relação a Jesus correspondia àquela de Elias, em vista do Messias vindouro. A conclusão era evidente: Jesus era o Messias esperado por Israel. Deveria, pois, ser aceito e acolhido como tal.

Entretanto, o Mestre não se adaptou aos esquemas messiânicos do povo. Se, por um lado, sua presença assinalava o fim de uma era, por outro, introduzia, na história humana, um tempo novo. Ele superou a agitação messiânica, propondo aos discípulos um ideal de fraternidade, fundado na misericórdia e no serviço desinteressado aos irmãos. Igualmente recusou-se a responder questões de curiosidade a respeito do dia do fim do mundo e do número dos que seriam salvos. Desta forma, rompeu com o messianismo popular, dando margem para que seus discípulos assumissem sua vida e sua missão com mais seriedade.
Oração
Senhor Jesus, não me deixes contaminar pelas preocupações escatológicas. Antes, que eu esteja sempre voltado para o compromisso de transformar o mundo pelo amor.

Quando a Igreja volta a criticar a neutralidade do Estado

A análise é de Stefano Rodotà, professor emérito de direito civil da Universidade La Sapienza, de Roma, e ex-deputado do Parlamento italiano.

Às vésperas de um aniversário simbólico, os 1.700 anos do Édito de Constantino, o cardeal de Milão fez uma crítica radical à laicidade do Estado, reivindicando o primado absoluto da liberdade religiosa e sublinhando os riscos que ela corre no tempo em que vivemos. Ele fez isso construindo um modelo de conveniência, do qual Vito Mancuso ressaltou as omissões, já que, dentre outras coisas, não se fala das perseguições as quais os justamente cristãos submeteram os fiéis de outras religiões.
Aquele "início da liberdade do homem moderno", que o Édito de Constantino teria aberto, na realidade, teve outros inícios e outras trajetórias. Ter-se-ia que esperar pelo Renascimento, com a sua exclamação "magnum miraculum est homo". Ter-se-ia que esperar pela afirmação plena da liberdade que encontrou a sua mesa na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, verdadeiro concílio laico quase dois séculos antes do Vaticano II, que abriu o caminho para a liberdade de todos.
Se hoje queremos discutir a laicidade, não podemos ignorar tudo isso, nem nos refugiarmos em uma visão caricatural de laicidade, atribuída ao seu modelo francês. É de se perguntar a razão de um reducionismo tão pouco sensato por parte de um prelado não desprovido de cultura e de visão histórica. Uma interrogação que merece alguma reflexão, justamente porque hoje o princípio da laicidade do Estado se confronta com uma nova necessidade de sagrado que atravessa as nossas sociedades e, ao mesmo tempo, se apresenta como um inevitável ponto de referência diante da "nova intolerância religiosa" (esse é o título do último livro de Martha Nussbaum). Se esse é um itinerário para identificar equilíbrios adequados entre religião e Estado, o caminho indicado por Angelo Scola certamente não é o que permite uma discussão útil.
Como é revivida a crítica à secularização? Partindo de duas premissas. Diz Scola: "Se a liberdade religiosa não se torna liberdade realizada posta no topo da escala dos direitos fundamentais, toda a escala entra em colapso". E acrescenta: "Até algumas décadas atrás, fazia-se referência substancial e explícita a estruturas antropológicas geralmente reconhecidas, ao menos em sentido lato, como dimensões constitutivas da experiência religiosa: o nascimento, o casamento, a geração, a educação, a morte".
O primado da liberdade religiosa identifica assim uma forma de Estado que, no fator religioso, encontra a sua única legitimação possível. Isso quer dizer que o Estado não pode ser identificado como espaço de convivência de opiniões e crenças diversas, segundo a versão que a laicidade foi assumindo, com o abandono de uma laicidade puramente "opositiva" com relação à religião.
E, falando de estruturas antropológicas, na realidade, referimo-nos aos muitos "nãos" que a Igreja pronunciou: não à procriação assistida; não ao reconhecimento jurídico de formas de convivência diferentes do casamento heterossexual; não à escola pública como estrutura essencial para o conhecimento e para a aceitação do outro; não ao testamento biológico.
Nessas posições, há mais do que uma repulsa da laicidade. Há a negação da liberdade de consciência e a afirmação de que a definição da antropologia do gênero humano é prerrogativa da religião. Não estamos diante de uma discussão dos temas complexos da secularização, mas sim do programa de uma restauração impossível, destinado, portanto, não a promover o diálogo, mas sim conflitos em torno da afirmação que sempre retorna de valores "inegociáveis".
A propósito de antropologia, vale a pena lembrar a crítica de Zygmunt Bauman à tese segundo a qual, na fase pré-moderna, era a religião que dava sentido à vida. Portanto, é uma aquisição histórica e cultural aquela que se refere à forte garra da religião católica sobre os temas da ética, não um dado indissoluvelmente ligado ao fator religioso. Com o passar do tempo, esse laço foi desfeito, graças à ampliação da reflexão ética e ao surgimento de uma nova antropologia, produzida pela revolução científica e tecnológica.
Contra essa antropologia, levanta-se a defesa da "natureza" impugnada por um fundamentalismo religioso que mostra não tanto uma atitude anticientífica, mas sim uma incapacidade de compreender as novas dimensões do mundo e da humanidade. É justamente o pensamento laico, ao invés, que forja os insrtumentos para que não nos rendamos a um desvio tecnológico, com a sua capacidade de garantir o humano através dos princípios de igualdade e dignidade, de autodeterminação da pessoa.
Além disso, não é verdade que a dimensão institucional é possuída apenas por um reconhecimento da liberdade religiosa como fato primorosamente individual. O artigo 10 da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia afirma que pertence às pessoas a "liberdade de manifestar a própria religião, individual ou coletivamente, em público ou em privado".
A plena laicidade dessa afirmação consiste no fato de que não estamos diante de um privilégio ou de uma supremacia, mas sim de uma liberdade que se mede com todas as outras. O oposto da reconstrução do cardeal Scola da laicidade como uma imposição de um único ponto de vista, enquanto ela é um método que permite que todos os pontos de vista convivam de modo fecundo, oferecendo à religião justamente a mais civilizada das garantias.
Stefano Rodotà, jornal La Repubblica, 13-12-2012, reproduzido pelo IHU-Unisinos.

Papa pede novo modelo econômico e mercados mais éticos

Cidade do Vaticano, 15 dez (SIR) - O papa Bento XVI pediu nesta sexta-feira um novo modelo econômico e normas éticas para os mercados, dizendo que a crise financeira global é a prova de que o capitalismo não protege os mais fracos da sociedade.
Em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, que a Igreja Católica celebra em 1o de janeiro, Bento XVI alertou ainda que a insegurança alimentar é uma ameaça para a paz em algumas partes do mundo. Ele também reafirmou fortemente a oposição da Igreja Católica ao casamento gay, dizendo que o casamento heterossexual tem um papel indispensável na sociedade. A mensagem anual, que tradicionalmente se concentra em como promover a paz e como reduzir as ameaças à paz, é enviado aos chefes de governo e de Estado, e instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações não-governamentais.
O Papa afirma que os modelos econômicos que buscam o máximo de lucro e consumo e estimulam a competição a todo custo não conseguiram cuidar das necessidades básicas de muita gente e podem semear a inquietação social. "É alarmante ver focos de tensão e de conflito causados por situações crescentes de desigualdade entre ricos e pobres, pela prevalência de uma mentalidade egoísta e individualista, que também encontra expressão em um capitalismo financeiro desregulado", escreve. O Papa destaca que pessoas, grupos e instituições são necessários para fomentar a criatividade humana, para extrair lições da crise e criar um novo modelo econômico. A mensagem cita passagens da encíclica Caritas in Veritate (Caridade na Verdade), de 2009, na qual ele pediu uma autoridade política mundial para gerenciar a economia global e para maior regulação governamental das economias nacionais.

Mercados éticos

"A criação de estruturas éticas para moeda, mercados financeiros e comércio também é fundamental e indispensável", escreve o Papa na mensagem desta sexta-feira. "Eles têm de ser estabilizados e mais bem coordenados de modo a não se tornar prejudiciais para os mais pobres." O Pontífice afirmou que a insegurança alimentar se tornou uma ameaça cada vez maior para a paz e estabilidade social. Ele considerou que a crise alimentar é ainda maior do que a financeira. Garantir que as pessoas tenham acesso a uma alimentação suficiente deve ser o centro da agenda política internacional por causa das crises inter-relacionados, mudanças bruscas de preços dos alimentos básicos e práticas não éticas, acrescentou.
Em um relatório divulgado em outubro, as agências de alimentação da ONU assinalaram que uma em cada oito pessoas no mundo está cronicamente subnutrida. Em sua mensagem, o Papa também alerta para os movimentos de liberalização do aborto e da eutanásia, dizendo que eles representam uma ameaça ao direito fundamental à vida e denunciou novamente o casamento gay.

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 15/12/2012



O Mestre fala de João
Leitura Orante


Mt 17,10-13

Então os discípulos perguntaram:
- Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?
Ele respondeu:
- É verdade que Elias vem para preparar tudo; porém eu afirmo a vocês que Elias já veio, e não o reconheceram, mas o maltrataram como quiseram. Assim também maltratarão o Filho do Homem.
Então os discípulos entenderam que Jesus estava falando a respeito de João Batista.

Leitura Orante

Em união com todos os que se encontram neste ambiente virtual,
iniciamos nossa Leitura Orante, com a

Canção do Advento

Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!

1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!

2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!

3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!

4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!

5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!

6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor

Veja a melodia desta canção, ao lado.

1.Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 17,10-13.
Os discípulos compreenderam depois que ouviram o Mestre. A fé e o amor levam a ver de forma diferente as pessoas, imagem de Deus. Sobretudo, a atitude de escuta, que caracterizou também Maria, é condição fundamental para esta compreensão.

2. Meditação (Caminho)
O que a Palavra diz para mim?
Preciso me aproximar mais e escutar a Palavra. Esta é condição para aprender do Mestre, para converter-me e viver como filho de Deus, transformar minha vida e ser discípulo/a e missionário/a do Mestre Jesus Cristo. Como nos lembram os bispos, em Aparecida: "Não temos outra felicidade nem outra prioridade que não seja sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante todas as dificuldades e resistências. Este é o melhor serviço - seu serviço! - que a Igreja tem que oferecer às pessoas e nações" (DAp 14).

3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo a Maria, que tão bem soube ouvir e compreender a Palavra de Deus
A Nossa Senhora da Anunciação
Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada,
ó Maria!
Crestes na mensagem celeste,
e em vós se cumpriram grandes coisas,
como vos fora anunciado.
Maria, eu vos louvo!
Crestes na encarnação do Filho de Deus
no vosso seio virginal
e vos tornastes Mãe de Deus.
Raiou então o dia mais feliz da história da humanidade!
Os homens tiveram o Mestre divino,
o Sacerdote único e eterno,
a Hóstia de reparação,
o Rei universal!
A fé é dom de Deus e fonte de todo bem.
Maria, alcançai-me a graça de uma fé viva,
forte, atuante; uma fé que salva e santifica!
Fé no Evangelho, na Igreja, na vida eterna.

4.Contemplação (Vida)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Levo comigo a luz de Jesus Cristo. Quanto mais esta luz levar em meus olhos, minhas mãos, minhas palavras, mais iluminado estará o mundo em que vivo.

Bênção natalina
Jesus Menino coloque a sua mãozinha
sobre tua cabeça
e derrame sobre ti
a sua luz, conforto e alegria.
Amém!
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Santo do dia







Santa Virgínia Centurione Bracelli
1587-1651
Fundou as Congregações:
Filhas de Nossa Senhora
do Monte Calvário e Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio
no Monte Calvário
15 de dezembro


Santa Virgínia Centurione Bracelli
Virgínia, riquíssima, filha de um doge da República de Gênova, nasceu em 2 de abril de 1587. O pai, Jorge Centurioni, era um conselheiro da República. A mãe, Leila Spinola, era uma dama da sociedade, católica fervorosa e atuante nas obras de caridade aos pobres. Propiciou à filha uma infância reservada, pia e voltada para os estudos. Mesmo com vocação para a vida religiosa, Virgínia teve de casar, aos quinze anos, por vontade paterna, com Gaspar Grimaldi Bracelli, nobre também muito rico. Teve duas filhas, Leila e Isabela. Esposa dedicada, cuidou do marido na longa enfermidade que o acometeu, a tuberculose. Levou-o, mesmo, para a Alexandria, em busca da cura para a doença, o que não aconteceu. Gaspar morreu em 1607, feliz por sempre ter sido assistido por ela.
Ficou viúva aos vinte anos de idade. Assim, jovem, entendeu o fato como um chamado direto de Deus. Era vontade de Deus que ela o servisse através dos mais pobres. Por isso conciliou os seus deveres do lar, de mãe e de administradora com essa sua particular motivação. O objeto de sua atenção, e depois sua principal atividade, era a organização de uma rede completa de serviços de assistência social aos marginalizados. O intuito era que não tivessem qualquer possibilidade de ofender a Deus, dando-lhes condições para o trabalho e o sustento com suas próprias mãos.
Desenvolvia e promovia as "Obras das Paróquias Pobres" das regiões rurais conseguindo doações em dinheiro e roupas. Mais tarde, com as duas filhas já casadas, passou a dedicar-se, também, ao atendimento dos menores carentes abandonados, dos idosos e dos doentes. Fundou uma escola de treinamento profissional para os jovens pobres. Numa fria noite de inverno, quando à sua porta bateu uma menina abandonada pedindo acolhida, sentiu uma grande inspiração, que só pôs em prática após alguns anos de amadurecimento.
Finalmente, em 1626, doou todos os seus bens aos pobres, fundou as "Cem Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo" e entrou para a vida religiosa. Enquanto explicava o catecismo às crianças, pregava o Evangelho. As inúmeras obras fundadas encontravam um ponto de encontro nas chamadas "Obras de Nossa Senhora do Refúgio", que instalou num velho convento do monte Calvário. Logo o local ficou pequeno para as "filhas" com hábito e as "filhas" sem hábito, todas financiadas pelas ricas famílias genovesas. Ela, então, fundou outra Casa, depois mais outra e, assim, elas se multiplicaram.
A sua atividade era incrível, só explicável pela fé e total confiança em Deus. Virgínia foi uma grande mística, mas diferente; agraciada com dons especiais, como êxtases, visões, conversas interiores, assimilava as mensagens divinas e as concretizava em obras assistenciais. No seu legado, não incluiu obras escritas. Morreu no dia 15 de dezembro de 1651, com sessenta e quatro anos de idade, com fama de santidade, na Casa-mãe de Carignano, em Gênova. A devoção aumentou em 1801, quando seu túmulo foi aberto e seu corpo encontrado intacto, como se estivesse apenas dormindo. Reavivada a fé, as graças por sua intercessão intensificaram-se em todo o mundo.

Duas congregações distintas e paralelas caminham pelo mundo, projetando o carisma de sua fundadora: a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário, com sede em Gênova; e a Congregação das Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, com sede em Roma.
Virgínia foi beatificada em 1985. O mesmo papa que a beatificou, João Paulo II, declarou-a santa em 2003. O seu corpo é venerado na capela da Casa-mãe da Congregação, em Gênova, com uma festa especial no dia de sua morte. Mas suas "irmãs" e "filhas" também a homenageiam no dia 7 de maio, data em que santa Virgínia Centurione Bracelli vestiu hábito religioso.


















Mensagens





Os dias vão se cumprindo um a um,
e mais um Natal se aproxima.
E dos tempos passados,
Natais de antigamente, quem não se lembra?
Família, missa, enfeites poucos,
os mesmos de anos passados.

Menino Jesus, bolas de vidro e a comida, a melhor do ano.
Que alegria enfeitar a casa, limpeza do ano,
as paredes ganhavam cores, os corações revestiam-se de paz.
Passaram-se os anos, tantos Natais!
Quem mudou? Nós, ou o Natal?
De que Natal lembrarão nossas crianças?

Os presépios não encontram lugar junto às vitrines,
as propagandas da televisão não divulgam a Grande Notícia.
Os corais nos ajudam a dizer: "estamos em clima de paz!"
Voltemos a Belém!
Maria e José não encontraram um lugar.
Os animais e a palha aqueceram o menino.

E os humildes pastores foram visitá-lo!
e o coro dos anjos, cantava entre nós:
"Glória a Deus no mais alto do céu e paz por toda parte!"
Há ainda quem faça novena.
Ha ainda quem busque sentido.
Natal é mistério! Mistério revelado de amor!

Estamos em tempos onde as luzes do natal brilham muito,
mas nos dizem pouco e não nos introduzem no real sentido do Natal!
Deixemo-nos guiar pela Luz verdadeira!
Aquela que ilumina a todos!
Ela nos mostrará em que direção está Deus
e nos guiará no caminho rumo a Ele.


Rosa Maria Ramalho, fsp

Paulo VI rumo à beatificação: Cardeais dizem «sim» por unanimidade

Cidade do Vaticano, 15 dez (SIR/Abdrea Tornielli para o Vatican Insider) – Após os teólogos, também os cardeais e bispos da Congregação para as causas dos Santos deram votaram por unanimidade pela beatificação do papa Paulo VI, o Pontífice que concluiu o Concílio Vaticano II e que guiou a Igreja os anos difíceis do pós-concílio.
A reunião da consulta, já anunciada pelo Vatican Insider em outubro passado aconteceu a 10 de dezembro na sede da Congregação. O resultado a votação foi positivo, soube Vatican Insider. Todos os presente, por unanimidade, aprovaram a Positio, isto é a documentação do processo, manifestando-se favoravelmente sobre a “heroicidade das virtudes” de Giovanni Battista Montini, eleito Papa com o nome de Paulo VI em 1963 e falecido em 1978. Também a anterior reunião dos teólogos teve resultado positivo por unanimidade. Duas são agora os passos que faltam antes de conhecer a data de beatificação.
A promulgação do decreto da heroicidade das virtudes, que compete ao Papa e que se prevê para o próximo 20 de dezembro, quando o card. Ângelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, será recebido em audiência pelo Pontífice para que apresentar o trabalho da Congregação e lhe apresentar os decretos sobre os processos de beatificação e canonização. O “sim” de Bento XVI será certamente positivo, após os votos unânimes dos teólogos e dos cardeais e na ausência de controvérsias históricas como aconteceu no caso de Pio XII, em relação ao qual o Papa quis tomar mais tempo antes de decidir. Após o decreto papal, Paulo VI receberá o título de “venerável” e o processo poderá se considerar encerrado.
O segundo passo necessário antes da beatificação é o reconhecimento de um milagre, uma cura milagrosa pela intercessão de Paulo VI após sua morte. No caso de Paulo VI, o postulador da causa, padre Antonio Marrazzo, já escolheu entre as indicações recebidas, um caso de cura que até agora é “inexplicável”. O possível milagre interessa a cura de uma criança ainda no seio materno, que aconteceu dezesseis anos atrás na Califórnia (EUA). Durante a gravidez, os médicos tinham constatado um grave problema no feto e por causa das consequências cerebrais que se dão nestes casos tinham indicado à jovem mãe como única solução o aborto.
A mulher quis levar adiante a gravidez e confiou na intercessão de Paulo VI, o Papa que em 1968 escreveu a encíclica «Humanae vitae». A criança nasceu sem problemas: esperou-se que chegasse aos 15 anos para constatar a ausência de qualquer consequência e a cura perfeita. Mas existe também uma segunda cura inexplicável, a de uma religiosa com um câncer, que poderá ser apresentada à Congregação vaticana. A vontade de bento XVI é de caminhar rapidamente. A beatificação se prevê no encerramento do ano da fé. Em 2013 celebra-se o cinquentenário da eleição de Papa Montini e os 35 anos de sua morte.

Laicidade: a espiritualidade de quem não crê

A laicidade do Estado é, então, aquela opção de fundo que permite reinventar continuamente instrumentos compartilháveis e linguagens compreensíveis por todos. A opinião é do monge e teólogo italiano Enzo Bianchi, prior e fundador da Comunidade de Bose.

Não surpreende que, em um país como a Itália – onde não existe mais há quase 30 anos uma "religião de Estado", mas onde ainda não existe uma lei específica sobre a liberdade religiosa –, toda discussão sobre a laicidade do Estado e sobre os direitos dos crentes corre o risco de provocar um curto-circuito.
Acrescentam-se adjetivos qualificativos à laicidade ou se encerra-a no pejorativo laicismo, tornando quase impossível o desenvolvimento e a adaptação às condições sociológicas modificadas da Itália daquela convergência de intenções e de valores que o legislador constituinte sabiamente soube reconstruir sobre as ruínas da guerra.
À fúria de reduzir a presença do Estado e, ao mesmo tempo, pedir-lhe para ser o garantidor de uma ética religiosa específica, à fúria de confundir a soma de bens privados com o bem comum, a coesão social vem a faltar, e se atrofia aquele espaço comum garantido em que cada sujeito individual ou social pode contribuir para o crescimento humano e espiritual do conjunto da sociedade.
O Estado laico, de fato, não pode se limitar à função de quem regula o tráfego de uma sociedade civil que se moveria segundo diretrizes próprias, múltiplas e desvinculadas de um interesse coletivo. É indispensável, ao invés, encontrar e utilizar modalidades laicas para discernir o que é considerado bom para o conjunto da população e o que prejudica a convivência, que adaptações pensar para que o melhor sonhado não mate o bem possível.
Uma ética compartilhada não é utopia: trata-se, então, de identificá-lo, persegui-la, garanti-la com meios consoantes a um Estado não confessional que se responsabilize por uma sociedade já plural em religiões e culturas. Não nos esqueçamos de que a humanidade é una, de que fazem parte dela religiões e irreligiões, e que, em todo o caso, nela é possível, para crentes e não crentes, o caminho da espiritualidade, entendida como vida interior profunda, como busca de um verdadeiro serviço aos outros, atenta à criação de beleza nas relações humanas.
Eu sempre estive convencido de que há também uma espiritualidade dos agnósticos, daqueles que estão em busca da verdade, por estarem insatisfeitos com verdades definidas de uma vez por todas: é uma espiritualidade que se alimenta de interioridade, de busca de sentido, de confronto com a experiência do limite e da morte.
Trata-se de ser fiel à terra e à  humanidade, vivendo e agindo humanamente, crendo no amor, palavra hoje abusada até esvaziá-la de significado, mas palavra única que permanece na gramática humana universal para expressar o "lugar" para onde o ser humano se sente chamado.
Além disso, a fé – essa adesão a Deus sentido como uma presença principalmente por causa do envolvimento que o cristão vive com Jesus Cristo – não está na ordem do "saber" e nem mesmo no da aquisição: acredita-se na liberdade, acolhendo um dom que não é possível se dar por si mesmo. Da mesma forma, os ateus, na ordem do saber, não podem dizer "Deus não existe": de fato, é uma afirmação possível apenas no âmbito da convicção.
Além disso, o cristianismo reconhece que o Deus no qual crê está presente e age também na consciência de quem não crê, porque todo ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus e tem em si a fonte do bem.
A laicidade do Estado é, então, aquela opção de fundo que permite reinventar continuamente instrumentos compartilháveis e linguagens compreensíveis por todos, garantir princípios de liberdade e de não opressão, defender a dignidade de cada um, começando por aqueles aos quais ela é negada, e que permite que cada um busque, também junto com outros, a plenitude de sentido para a própria vida.
Enzo Bianchi, jornal La Stampa, 13-12-2012.

Socialistas da França anunciam campanha contra "vírus da religião"

Paris, 15 dez (SIR) - O governo socialista da França anunciou a criação de um "Observatório Nacional da Laicidade", uma iniciativa que na prática se traduziria em uma violação da liberdade religiosa com a deportação de muçulmanos, judeus e cristãos que sejam considerados portadores de uma "patologia religiosa".
O presidente Francois Hollande, que em sua campanha eleitoral ofereceu legalizar as uniões homossexuais equiparadas ao matrimônio, disse em 10 de dezembro que no ano 2013 se estabelecerá o chamado Observatório. Este organismo, assinala um comunicado oficial da presidência, "terá como tarefa formular propostas sobre a transmissão da ‘moral pública’ para dar-lhe um lugar digno na escola". Embora o comunicado não especifique os alcances do Observatório, foi o Ministro do Interior, Manuel Valls, quem explicou sua missão.
O funcionário indicou que "o objetivo não é combater as opiniões com a força, mas detectar e compreender quando uma opinião se faz potencialmente violenta e chega ao excesso criminal. O objetivo é identificar quando é bom intervir para lutar com o que se converte em uma patologia religiosa". Valls ressaltou que o Observatório focalizará extremistas de todos os credos e pôs como exemplo o grupo lefebvrista Civitas, cujas ações considerou "nos limites da legalidade", quando protestou em mais de uma ocasião contra o aborto, a lei de uniões gay e em defesa da liberdade religiosa. Sobre esta iniciativa do governo francês, a agência Reuters assinala que "a França deportará a imãs estrangeiros e radicais debandados de grupos religiosos, incluindo os tradicionalistas católicos de linha dura, se uma nova política de segurança revela que sofrem de uma ‘patologia religiosa’ e podem fazer-se violentos".
Valls disse também que "os criacionistas nos Estados Unidos e no mundo islâmico, os extremistas muçulmanos e os católicos ultratradicionalistas e os judeus ultraortodoxos querem viver separadamente do mundo moderno". Com este Observatório, o governo da França seria quem dita quem são os católicos "que se comportam bem" quando no país se debate uma lei para legalizar as uniões homossexuais que foi rejeitada no dia 17 de novembro deste ano por uma maré humana de aproximadamente 250 mil pessoas que saiu às ruas das principais cidades do país.