sábado, 28 de dezembro de 2013

Evangelho do dia

Ano C - 29 de dezembro de 2013

Mateus 2,13-15.19-23

Aleluia, aleluia, aleluia.
Que a paz de Cristo reine em vossos corações e ricamente habite em vós sua palavra! (Cl 3,15s). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar".
14 José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
15 Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei do Egito meu filho".
19 Com a morte de Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egito, e disse:
20 "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e retorna à terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino".
21 José levantou-se, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel.
22 Ao ouvir, porém, que Arquelau reinava na Judéia, em lugar de seu pai Herodes, não ousou ir para lá. Avisado divinamente em sonhos, retirou-se para a província da Galiléia
23 e veio habitar na cidade de Nazaré para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: "Será chamado Nazareno".
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UMA FAMÍLIA PROVADA
A Sagrada Família de Nazaré, apesar de sua relação privilegiada com Deus, em nada foi poupada dos infortúnios próprios dos seres humanos. Seria enganoso imaginá-la gozando de regalias inacessíveis a qualquer pessoa comum. Talvez, exatamente porque tão intimamente ligada a Deus, tenha sido posta à prova, de maneira tão dura.
Já os fatos inerentes ao nascimento de Jesus comportaram motivos de aflição. É fácil de imaginar quanta angústia acarretaram a concepção misteriosa de Maria, a obrigação de se deslocar para Belém, quando o tempo de dar à luz estava se aproximando, a falta de lugar adequado para o parto e as condições precárias em que o menino Jesus nasceu.
A fuga apressada para o Egito, para escapar da fúria homicida de Herodes, foi mais um sofrimento imposto à Sagrada Família. À perspectiva de morte somava-se a de ver-se obrigada a fugir para o estrangeiro, de maneira imprevista, como também, a de ter de voltar para Israel, a fim de não cair nas garras de Arquelau, sucessor de Herodes, devendo escolher, como lugar de moradia, a humilde e sem importância Nazaré.
A Sagrada Família jamais esteve isenta de tribulações. Mas nem por isso desviou-se do caminho da fé e obediência a Deus. Sua fidelidade foi continuamente posta à prova. E, na provação, foi se consolidando. Desta forma, tornou-se modelo de família cristã que, experimenta as dificuldades da vida, sem se desviar dos caminhos de Deus.

Oração Pai, que a fidelidade demonstrada pela Sagrada Família de Nazaré seja exemplo para as famílias cristãs, cuja fé é provada em meio a tribulações.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Eclesiástico 3,3-7.14-17
Leitura do livro do Eclesiástico.
3 3 Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.
4 Aquele que ama a Deus o roga pelos seus pecados, acautela-se para não cometê-los no porvir. Ele é ouvido em sua prece cotidiana.
5 Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro.
6 Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração.
7 Quem honra seu pai gozará de vida longa; quem lhe obedece dará consolo à sua mãe.
14 Meu filho, ajuda a velhice de teu pai, não o desgostes durante a sua vida.
15 Se seu espírito desfalecer, sê indulgente, não o desprezes porque te sentes forte, pois tua caridade para com teu pai não será esquecida,
16 e, por teres suportado os defeitos de tua mãe, ser-te-á dada uma recompensa;
17 tua casa tornar-se-á próspera na justiça. Lembrar-se-ão de ti no dia da aflição, e teus pecados dissolver-se-ão como o gelo ao sol forte.
Palavra do Senhor.
Salmo 127/128
Felizes os que temem o Senhor
e trilham seus caminhos!


Felizes és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!

A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.

Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião
cada dia de tua vida.
Oração
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A dinâmica da Vida!


2014 começa com muitas incógnitas. Mas, para os cristãos, começa também com muitas esperanças.

2014 vai ser o ano de firmar o jeito de ser do papa Francisco.
Por Dom Canísio Klaus*
Passadas as festividades do Natal, começamos a nos preparar para a virada do ano. Logo mais iniciaremos o ano 2014 da era cristã.

O ano de 2013 passará para a história da Igreja como o ano em que houve a renúncia de um papa e a eleição do primeiro papa latino-americano. Bento XVI renunciou ao cargo convencido de que a Igreja estava necessitada de alguém com mais forças e com mais liberdade para promover as mudanças que se mostram necessárias para o bem da Igreja. Francisco assumiu com a disposição de levantar a auto-estima da Igreja, redirecionando-a para os pobres e os marginalizados. Foi o que ficou evidente na escolha do nome “Francisco” e em sua primeira atitude como Papa eleito, ao se prostrar diante do povo reunido na praça de São Pedro e suplicar ao povo que orasse por ele. Em sua passagem pelo Rio de Janeiro e pelo santuário de Aparecida do Norte cativou a todos, incluindo aí crentes e não crentes, pessoas pobres e pessoas que formam a opinião pública. Com isso, os católicos terminam o ano de 2013 com uma disposição bem mais positiva e a esperança renovada, bem diferente daquela com que iniciaram o ano no dia 1° de janeiro.

O ano de 2014 começa com muitas incógnitas. Mas, para os cristãos, começa também com muitas esperanças. Em nível social vamos ter a Copa do Mundo, que vai alterar a programação de muitas entidades nos meses de junho e julho. Em nível político, vamos ser convidados a eleger nossos governantes maiores, ou seja, presidente, governador, senadores e deputados. Poderemos novamente ser envolvidos por grandes manifestos populares como os de junho de 2013. Com a ONU, vamos ser convidados a olhar para a agricultura familiar e rever o nosso modo de produzir alimentos.

Para a Igreja, o ano de 2014 vai ser o ano de firmar o jeito de ser do papa Francisco. Vamos ter o sínodo extraordinário sobre família no mês de outubro, no qual a sociedade está depositando muita esperança e que servirá para firmar a posição da Igreja em relação às novas configurações de família. Junto com isso, a Igreja no Brasil vai realizar a Campanha da Fraternidade sobre o tráfico humano e também vai publicar o documento sobre a nova configuração das paróquias, em base às comunidades. Tudo isso ajuda a nos animar na esperança de que o ano de 2014 vai ser um bom ano.

Convido a nos unirmos em comunidade no final do ano para agradecer a Deus pelos inúmeros benefícios recebidos em 2013. Ao mesmo tempo convido a nos unirmos em torno do presépio para pedir as bênçãos para o novo ano, animados pela Sagrada Família e pelas comemorações do Dia Mundial da Paz e da Confraternização Universal. Que Maria Mãe de Deus e São José, o esposo de Maria, nos acompanhem e protejam. Um feliz Ano Novo para todos e para todas!
CNBB, 27-12-2013.
*Dom Canísio Klaus é bispo de Santa Cruz do Sul (RS).

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



28 e 29 de dezembro de 2013


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:



·         FERNANDO PIO DOS SANTOS DANTAS CARTAXO
E
MARIA CAROLINA LEMOS RUSSO

·         BRUNO AQUINO FERREIRA
E
ALESSANDRA LEE BARBOSA FIRMO



                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em  consciência a declarar.
                                                                      

Novo nome das Intenções do Papa para o Apostolado da Oração



Cidade do Vaticano (RV) – “Intenção Universal e Intenção para a Evangelização”. Este é o novo nome dado pelo Apostolado da Oração às intenções do Papa, para cada mês do ano. Antes, tais intenções eram chamadas “Intenção Geral e intenção missionária”.

A “Intenção Universal” do Papa para o próximo mês de janeiro é “Autêntico desenvolvimento econômico: para que seja promovido um autêntico desenvolvimento econômico, respeitoso da dignidade de todas as pessoas e de todos os povos”.

A “Intenção para a Evangelização” de janeiro é: “A unidade querida por Cristo: para que os cristãos de diferentes confissões possam caminhar para a unidade querida por Cristo”. (MT)



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano

Governo sanciona lei e cria o Dia Estadual do Terço dos Homens


terço dos homensNo dia 5 de março de 1997, nascia em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, um dos mais bonitos movimentos da Igreja, o Terço dos Homens. Reconhecendo a importância do trabalho de evangelização dos diversos grupos que atuam no Estado, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sancionou a Lei 15.217. A normativa, proposta pelo deputado Henrique Queiroz (PR), institui a data como o Dia Estadual do Terço dos Homens Mãe Rainha.
O coordenador do movimento na Arquidiocese de Olinda e Recife, Luiz Raimundo Silva, comemorou a iniciativa do poder público de incluir no calendário de eventos do Estado, o Dia Estadual do Terço dos Homens Mãe Rainha. “É uma alegria muito grande ter esse reconhecimento. A lei será importante, principalmente, para aumentar a divulgação do movimento, que graças a Deus e a Nossa Senhora vem crescendo a cada ano”, declarou.
Ainda segundo Luiz Raimundo, o primeiro estado a ter uma data dedicada ao Terço dos Homens, foi o Ceará. “A partir de então, a coordenação nacional vem trabalhando para que os demais estados do País tenham um dia estadual dedicado ao movimento”, explicou.
História
Foi sob a orientação do padre Américo Vasconcelos, salesiano, e do zelo da senhora Oneida Araújo da Silva que germinou a 5 de Março de 1997 a primeira semente do Terço dos Homens a nível paroquial, em Jaboatão dos Guararapes Este começo deu-se na capela de Nossa Senhora do Livramento, transformada em Santuário Paroquial. Era um grupo de 15 homens, a maioria já falecido hoje. Restam, Antônio dos Santos, Amaro Bezerra e Rivaldo Bezerra.
Mas o passo mais importante veio mais tarde, quando um sacerdote de Schoenstatt, Pe. José Pontes, tomou contato com a realidade desta paróquia, onde um grupo de homens rezava o terço. Achou a iniciativa interessante e resolveu experimentá-la no Santuário da Nova Evangelização, em Olinda. Foi aí que o Terço teve a sua grande valorização, integrando-se na fecundidade do Santuário e na força do seu Movimento. Vários anos se passaram para que ele se inculturasse e se organizasse devidamente.
Em Maio de 1998, surge uma decisiva mudança. Por inspiração de Carlos Alves e apoio dos restantes elementos, foi decidido que o Terço passasse a ser semanal em vez de mensal. E é com este ritmo que ele vai explodir para novos Horizontes.
É justo destacar o nome dos homens pioneiros que com a sua fé e persistência, conseguiram implantar o nosso Terço no Santuário: Medeiros, Valmy, Sr. João, Francisco, Nelson, Marcos Filinto, Rubens Rosa e Jairo.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Evangelho do dia

Ano C - 28 de dezembro de 2013

Mateus 2,13-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva o exército dos vossos santos mártires!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 13 Depois que os magos partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar".
14 José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
15 Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei do Egito meu filho".
16 Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos.
17 Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias:
18 "Em Ramá se ouviu uma voz, choro e grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já não existem!"
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O MARTÍRIO DOS INOCENTES
A presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente alicerçado num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, punha a nu a perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na violência.
A matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. No coração do rei sangüinário não havia lugar para o amor.
Herodes, em última análise, ousou desafiar o próprio Deus, de quem Jesus era Filho e recebera uma missão. Levantar-se contra o Messias correspondia a rebelar-se contra quem o enviou. Mas Deus não se deixou vencer por Herodes: salvou seu Filho pela ação previdente de José, que se pôs em fuga para o Egito, com o menino e sua mãe.
Na vida de Jesus e de seus discípulos, a perseguição e a morte, por causa do Reino, seriam uma constante. Entretanto, como estão a serviço do Reino do Pai, podem contar com a vitória, uma vez que os prepotentes jamais prevalecerão.

Oração
Senhor Jesus, apesar das perseguições e da morte que deverei defrontar, ponho-me em tuas mãos e me consagro totalmente ao serviço do teu Reino.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
1 João 1,5-2,2
Leitura da primeira carta de são João.
1 5 A nova que dele temos ouvido e vos anunciamos é esta: Deus é luz e nele não há treva alguma.
6 Se dizemos ter comunhão com ele, mas andamos nas trevas, mentimos e não seguimos a verdade.
7 Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8 Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
9 Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade.
10 Se pensamos não ter pecado, nós o declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós.
2 1 Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis. Mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.
2 Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Palavra do Senhor.
Salmo 123/124
Nossa alma, como um pássaro, escapou
do laço que lhe armara o caçador.


Se o Senhor não estivesse ao nosso lado
enquanto os homens investiram contra nós,
com certeza nos teriam devorado
no furor de sua ira contra nós.

Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria arrastado
e, então, por sobre nós teriam passado
essas águas sempre mais impetuosas.

O laço arrebentou-se de repente,
e assim nós conseguimos libertar-nos.
O nosso auxílio está no nome do Senhor,
do Senhor que fez o céu e fez a terra!
Oração
Ó Deus, hoje os santos Inocentes proclamam vossa glória não por palavras, mas pela própria morte; dai-nos também testemunhar com a nossa vida o que os nossos lábios professam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Um olhar de fé


Em 2013, tivemos a oportunidade de crescer na fraternidade, em tempos de individualismo e egoísmos.

Papa Francisco, na JMJ do Rio: fé renovada.
Por Dom Orani João Tempesta*

É comum nesta época do ano ter um olhar retrospectivo sobre o que passou no ano anterior. Aliás, as empresas de comunicação costumam fazê-lo com muita propriedade. Em geral, os acontecimentos desse olhar costumam ser mais de catástrofes, guerras, problemas. Neste final de ano, porém, um evento que não poderá ser esquecido é a Jornada Mundial da Juventude. Claro que também temos a novidade da renúncia do Papa Bento XVI e a eleição do primeiro papa latino-americano, o papa Francisco, que fez sua primeira visita internacional aos jovens do mundo aqui no Rio de Janeiro.

Dentre tantas notícias preocupantes, tanto na retrospectiva como nas perspectivas, a Igreja Católica protagonizou boas notícias para o mundo. É claro que a melhor e maior boa notícia continuam sendo a razão por que tudo isso acontece: o Verbo se fez carne e habitou entre nós! Temos a proximidade do “Deus conosco que nos salva” e que é notícia entusiasmante e alegre em todos os tempos!

E justamente é esse o nosso anúncio: o que aconteceu na Igreja, no Rio de Janeiro, nos remete a pessoas que se encontraram no “hoje” de suas vidas com o Cristo Redentor e O anunciam com alegria a todas as criaturas.

Os jovens no Rio de Janeiro foram um anúncio pelo testemunho, alegria, jovialidade da vida em Cristo. Enfrentaram distâncias, dificuldades financeiras, chuva, frio, deslocamentos, filas para transportes e alimentação, mudanças de locais, provocações de grupos que queriam violência ou que contestavam a fé, dificuldades com a língua e tantas outras situações! E o que apareceu para o mundo foi o contágio do bem!”
Aqui na cidade maravilhosa as famílias demonstraram que é possível acolher outra pessoa “desconhecida” com a qual nem sempre se consegue comunicar devido ao idioma e, no entanto, fazer uma amizade que perdura e que fez acontecer despedidas afetuosas e chorosas. O testemunho do nosso povo é de alegria por ter acolhido. Esta cidade ficou famosa pelo “acolhimento” das pessoas. Superou, e muito, tudo aquilo que foi pedido.

A espontaneidade dos que desceram de seus prédios para acolher os jovens na madrugada de domingo marcou um modo de ser extraordinário. É o contagio do bem.

As diversas igrejas cristãs, as religiões e as culturas não se sentiram excluídas, pelo contrário, todos os de boa vontade experimentaram que é possível participar e conviver em paz!

Nem tudo foi perfeito e nem tudo correu como o planejado. Todo o planejamento para que ocorresse tudo bem foi feito, porém, as surpresas que tivemos, no entanto, olhadas com a visão de fé, nos fizeram descobrir que o Senhor foi conduzindo os acontecimentos! Saber acolher as surpresas de Deus! Aprendemos muito com isso.

Mesmo agora, com as últimas questões que ainda ficaram da JMJ, a disponibilidade, boa vontade, solidariedade e preocupações demonstraram que também nessa área as pessoas se revelam com a abertura de coração e com generosidade. Do mesmo modo, isso é uma oportunidade de crescer na fraternidade em tempos de individualismo e egoísmos!

A presença amiga e próxima do papa Francisco entre nós ficará marcada não só pelos vídeos divulgados, mas, principalmente, pela emoção que sua presença causou, despertando tantos sentimentos e atitudes de paz e alegria.

Ao findar o ano de 2013, com toda a nossa querida Arquidiocese, elevo a Deus a nossa ação de graças e peço que os frutos abundantes da JMJ continuem a ser colhidos por muitos anos, e que essa experiência que fez crescer tantas pessoas continue conduzindo-nos a cumprir bem nossa missão nesta grande metrópole.

Quando nossos olhos se voltam para 2014, Ano da Caridade, de maneira especial pensada sobre a questão social, temos certeza de que a mesma união que nos fez vencer tantos obstáculos também nos ajudará a fazer a diferença no ano que inicia.

É um novo caderno que está em nossas mãos, com suas páginas a serem preenchidas: peço a Deus que nos inspire a preenchê-las sempre com a fé que nos faz testemunhar a alegria do evangelho de Cristo, que transforma vidas e contagia as pessoas para o bem.

Temos certeza de que assim como o Senhor nos concedeu a graça deste ano todo especial, Ele também estará presente em nossas vidas e nossas atividades a cada dia deste ano que iniciamos.

Feliz 2014 para todos nós!
CNBB, 27-12-2013.
*Dom Orani João Tempesta é arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeirom (RJ).

Bispo: A família que Deus quer


Campos, RJ, 28 dez (SIR) - "Dentro da Oitava de Natal e no coração do Mistério da Encarnação celebra-se a Festa da Sagrada Família", lembrou Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, Bispo da Diocese de Campos, no Rio de Janeiro, em seu mais novo artigo.

Segundo o prelado, "o Evangelho da família está ancorado no Natal de Jesus Cristo, pois a encarnação exige a inserção numa família humana, para o desenvolvimento da pessoa, ter um nome e fazer parte de um povo e de uma cultura"."Jesus inicia sua obra redentora santificando e salvando a família, tornando-a o primeiro espaço de humanização e evangelização", afirmou.

Dom Roberto acredita que a Liturgia da Palavra dentro deste período festivo para a Igreja "é muito rica para alimentar uma verdadeira espiritualidade conjugal e familiar centrada no amor, na compreensão, na autoridade servidora e edificadora dos pais, no perdão, na cooperação e na hospitalidade cristã", valores esses considerados permanentes que ajudam a fortalecer e enaltecer o grupo familiar.

Para o Bispo, a Sagrada Família é um modelo a ser buscado e vivenciado por todas as famílias, "mais que um protótipo estático e abstrato, que esqueceria as dificuldades, problemas e conflitos que o lar de Nazaré teve que assumir para proteger, educar e seguir a Jesus, o Salvador".Contudo, a família cristã, segundo ele, "como comunidade de Fé, esperança e caridade, sendo fiel a Jesus", deve passar também por tribulações, conflitos e confrontos "com os Herodes do poder de cada época", encontrando sempre no final "a felicidade de estarem firmados na verdadeira Rocha que é o Cristo, Senhor das famílias"."A família cristã está chamada a revelar às outras a alegria e a beleza de ser e de se ter uma família, que para nós o Povo da Vida, será sempre a instituição que Deus quis e criou em primeiro lugar", ressaltou.Finalizando seu artigo, Dom Roberto deixou um recado direcionado a todas as famílias do Brasil:"Que Jesus esteja sempre com nossas famílias para abençoá-las e santificá-las tornando-as cada vez mais missionárias da paz e do amor. Deus seja louvado!"
SIR, 28-12-2013

Chile: Arcebispo, 'Não estamos sozinhos, Deus veio compartilhar nossa existência'


Santiago, 28 dez (SIR) - Com muita Fé e alegria, dezenas de fiéis lotaram a Catedral Metropolitana para participar da Missa de Natal, que foi celebrada ao meio-dia pelo Arcebispo de Santiago, Dom Ricardo Ezzati. No início da cerimônia, a coluna de seminaristas que acompanharam o celebrante se dirigiu até a manjedoura instalada ao lado do altar maior, para adorar o Menino Jesus nascido em uma humilde manjedoura de Belém.

Durante vários minutos, toda a assembleia se tornou participante deste ato de silenciosa contemplação."Que a graça da vinda do Senhor na história, encha os corações de cada um com uma grande esperança e uma grande alegria", foram as palavras de boas-vindas do Bispo, que acrescentou que "a vinda do Senhor não é apenas um acontecimento da história, mas que se realiza constantemente na história de cada homem e de cada mulher. Deus intervém com misericórdia e ternura na vida pessoal e comunitária, isso é motivo para saltar de alegria".

"Somos chamados a caminhar na alegria"


Em sua homilia, Dom Ezzati destacou aos assistentes que "a vinda do Senhor sempre enche o coração de esperança" e que "a dor e as dificuldades não deixam de ser, mas adquirem grande dimensão de esperança. Não estamos sozinhos, o Senhor veio compartilhar a nossa existência. Ele veio para caminhar conosco. Veio para nos salvar". Neste sentido, reiterou que "a presença de Jesus nos convida à esperança. A não deixar que o nosso coração fique apertado pelas dificuldades" e afirmou que os cristãos são chamados a caminhar na alegria e não tristeza, "porque a palavra se fez carne. Porque o Filho de Deus se fez homem. Vem curar a nossa história a partir do coração".

Ao término de seu discurso, o Pastor de Santiago convidou os presentes, e todo o Povo de Deus, a viver de acordo com a missão que Deus nos confiou. "Vivemos em um mundo onde sempre esteve presente a escuridão, o pecado, a injustiça e o ódio, mas somos chamados a viver neste mundo não como espectadores, mas contribuindo com a realidade que Jesus Cristo nos trouxe: a paz, a comunhão, o estilo de vida da família, a solidariedade. Neste mundo, nesta história, neste Santiago do Chile, somos chamados a sermos construtores da civilização do amor que Ele veio inaugurar", concluiu.
SIR, 28-12-2013

Este Natal




(Foto: Reprodução)
Neste Natal de 2013 tenho vontade de deixar emergir minha pertença ancestral judia e perguntar ao pai de família: “Pai, por que esta noite é diferente de todas as outras?” E ouvir a resposta da Sinagoga quando, celebrando a Páscoa (Pessach, passage), recorda a libertação do cativeiro do Egito.  E também a da Igreja, recordando o nascimento d´Aquele de quem os cristãos do mundo inteiro celebram o nascimento.

Neste Natal, os sentimentos serão diferentes.  E por muitas razões.  Começamos o ano fazendo uma viagem sonhada e desejada há muito tempo.  Fomos à Terra Santa com um grupo inesquecível, guiados pelo amigo e irmão Luiz Paulo Horta e pelo irmão e companheiro de Jesus, Pe. Paul Schweitzer.  Viagem inesquecível, que faz com que de agora em diante nenhum Natal seja o mesmo, pois eu estive e pisei no solo de Nazaré, onde Maria recebeu a Anunciação do Anjo Gabriel. Estive em Belém e senti a presença do nascimento do Menino Yeoschua no estábulo da hospedaria. Andei e pisei na mesma terra que Ele, há mais de dois mil anos, pisou com seus pés que caminhavam sem parar, pregando a boa notícia do reino de Deus.

A contemplação natalina este ano tem composição de lugar e cenário.  E por isso torna-se mais real.  E por isso faz aflorar e emergir a realidade com seu encanto tão doce como o Menino e, ao mesmo tempo, tão conflitivo como a humanidade que Ele escolheu assumir com sua Encarnação e Nascimento. Talvez por isso Natal seja uma festa em que as famílias se encontram e a convivência nem sempre é pacífica e harmônica.

O amor e a solidariedade que o Menino veio trazer não eliminam as diferenças, antes as expõem.  Com a luz e a crueza da Verdade, onde não há lugar para a mentira e o engano. Por isso, para muitos o Natal é uma festa em que a dor não está ausente.  A dor da solidão, a dor do abandono, a dor do desengano, da decepção, das perdas.  E também a dor da exclusão, da injustiça, da opressão.  As dores messiânicas pelas quais Jesus passou em sua vida são também experimentadas por nós em meio à suave alegria que o nascimento de uma criança sempre desperta e que os símbolos natalinos desejam reeditar e remarcar nesta festa.

Neste Natal estaremos celebrando em nossa família a grande alegria da presença de um novo membro, a nenenzinha Maria Victoria. Mas uma sombra vai pairar sobre nós com a ausência de Lucas, o netinho francês que permaneceu na França, consolando a avó de sua recente viuvez e o pai de um ano muito difícil.  Nós teremos entre nós a mãe de Lucas, que também celebrará conosco a esperança de que o próximo ano seja melhor do que o que vamos deixando para trás.  E veremos no Natal esta esperança concretizada na presença do Menino, uma vida que se inicia e promete luz e liberdade.

Em nosso coração estará também o peso do vazio da dor da perda do irmão Luiz Paulo que, após a viagem inesquecível à Terra Santa, partiu, sem avisar, para o encontro definitivo com Deus.  De lá,  estará celebrando conosco, mas a falta que faz é grande demais para não doer, pelo menos neste primeiro Natal sem ele.

A chegada do Messias que o povo de Israel vive como esperança e a Igreja como esperança realizada em Jesus Cristo é plenitude atravessada por provisoriedade.  É Transcendência atravessada por contingência. É Infinito atravessado por finitude.  É alegria não isenta de conflitos e tristezas.

Bem diz Santo Inácio de Loyola em seus Exercícios Espirituais, ao propor a contemplação da Natividade: “ Ver as pessoas... ver nossa Senhora e José... e o Menino Jesus... advertir e contemplar o que falam... observar e considerar o que fazem, como é caminhar e trabalhar, para que o Senhor venha a nascer em suma pobreza e, ao cabo de tantos trabalhos de fome, de sede, de calor e de frio, de injúrias e afrontas, para morrer na cruz; e tudo isto por mim...” <114-116>

Pouco ou nada têm em comum com o espírito do Natal o frenesi consumista e a euforia regada a álcool e comilança desmedida que se apossam de tantos durante estas festas.  Escasso paralelismo têm a sobriedade da hospedaria e do estábulo do nascimento com as mesas cheias de comida e os pinheiros cercados por infinidade de presentes.

Neste Natal, peço a graça de compreender interiormente que a alegria é diferente da euforia e  a justiça é seu componente essencial e constitutivo.  Peço o dom divino de aceitar as diferenças dos outros e acolhê-las em minha identidade.  E não temer nem hesitar frente aos conflitos que compõem inelutavelmente a construção do Reino de Deus.

FELIZ NATAL!

Maria Clara Bingemer é teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. É autora de diversos livros, entre eles, ¿Un rostro para Dios?, de 2008, e A globalização e os jesuítas, de 2007. Escreveu também vários artigos no campo da Teologia.