sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Liturgia Diária

DIA 6 DE SETEMBRO - SÁBADO

XXII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).
Oração do dia
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 4,6,15)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
4 6 Se apliquei tudo isso a mim e a Apolo foi por vossa causa, para que, por meio de nós, aprendais a não ultrapassar o que está escrito e para que vos não ensoberbeçais tomando partido a favor de um e com prejuízo de outrem.
7 O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?
8 Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós, sois reis! Praza a Deus que reineis, de fato, para que também nós reinemos convosco!
9 Porque, ao que parece, Deus nos tem posto a nós, apóstolos, na última classe dos homens, por assim dizer sentenciados à morte, visto que fomos entregues em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.
10 Nós, estultos por causa de Cristo; e vós, sábios em Cristo! Nós, fracos; e vós, fortes! Vós, honrados; e nós, desprezados!
11 Até esta hora padecemos fome, sede e nudez. Somos esbofeteados, somos errantes,
12 fatigamo-nos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Insultados, abençoamos; perseguidos, suportamos; caluniados, consolamos!
13 Chegamos a ser como que o lixo do mundo, a escória de todos até agora...
14 Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas admoesto-vos como meus filhos muitos amados.
15 Com efeito, ainda que tivésseis dez mil mestres em Cristo, não tendes muitos pais; ora, fui eu que vos gerei em Cristo Jesus pelo Evangelho.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 144/145
O Senhor está perto de quem o invoca!

É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.

O Senhor cumpre os desejos dos que o temem,
ele escuta os seus clamores e os salva.
O Senhor guarda todo aquele que o ama,
mas dispersa e extermina os que são ímpios.

Que a minha boca cante a glória do Senhor
e que bendiga todo ser seu nome santo
desde agora, para sempre e pelos séculos.

 
Evangelho (Lucas 6,1-5)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 1 Em dia de sábado, Jesus atravessava umas plantações; seus discípulos iam colhendo espigas (de trigo), as debulhavam na mão e comiam.
2 Alguns dos fariseus lhes diziam: “Por que fazeis o que não é permitido no sábado?”
3 Jesus respondeu: “Acaso não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os seus companheiros;
4 como entrou na casa de Deus e tomou os pães da proposição e deles comeu e deu de comer aos seus companheiros, se bem que só aos sacerdotes era permitido comê-los?”
5 E ajuntou: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.
Palavra da Salvação.

 
Comentário ao Evangelho
O SENHOR DO SÁBADO
Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor.
Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via nele motivos para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação.
Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas.
Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei e dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: sua condição de Filho de Deus.

Oração
Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 
Sobre as oferendas
Ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer nos traga sempre a graça da salvação, e vosso poder leve à plenitude o que realizamos nesta liturgia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! (Sl 30,20)
Depois da comunhão
Restaurados à vossa mesa pelo pão da vida, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da caridade fortifique os nossos corações e nos leve a vos servir em nossos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

NOSSA SENHORA NO SÁBADO
(BRANCO – MISSAL, PÁG. 739)

Oração do dia: Ó Deus todo-poderoso, pela intercessão de Maria, nossa mãe, socorrei os fiéis que se alegram com a sua proteção, livrando-os de todo mal neste mundo e dando-lhes a alegria do céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo.
Sobre as oferendas: Acolhei, o Deus, as preces e oferendas apresentadas em honra de Maria, mãe de Jesus Cristo, vosso Filho; concedei que elas vos sejam agradáveis e nos tragam a graça da vossa proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Refeitos pelos sacramentos da salvação ao festejarmos a mãe de Jesus Cristo, vosso Filho, nós vos pedimos, ó Pai, a graça de gozarmos sempre os frutos da redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (NOSSA SENHORA):

Evangelho do Dia

Ano A - 06 de setembro de 2014

Lucas 6,1-5

Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14,6)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 1 Em dia de sábado, Jesus atravessava umas plantações; seus discípulos iam colhendo espigas (de trigo), as debulhavam na mão e comiam.
2 Alguns dos fariseus lhes diziam: “Por que fazeis o que não é permitido no sábado?”
3 Jesus respondeu: “Acaso não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os seus companheiros;
4 como entrou na casa de Deus e tomou os pães da proposição e deles comeu e deu de comer aos seus companheiros, se bem que só aos sacerdotes era permitido comê-los?”
5 E ajuntou: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do Evangelho
O SENHOR DO SÁBADO
Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor.
Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via nele motivos para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação.
Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas.
Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei e dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: sua condição de Filho de Deus.

Oração
Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 
Leitura
1 Coríntios 4,6,15
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
4 6 Se apliquei tudo isso a mim e a Apolo foi por vossa causa, para que, por meio de nós, aprendais a não ultrapassar o que está escrito e para que vos não ensoberbeçais tomando partido a favor de um e com prejuízo de outrem.
7 O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?
8 Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós, sois reis! Praza a Deus que reineis, de fato, para que também nós reinemos convosco!
9 Porque, ao que parece, Deus nos tem posto a nós, apóstolos, na última classe dos homens, por assim dizer sentenciados à morte, visto que fomos entregues em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.
10 Nós, estultos por causa de Cristo; e vós, sábios em Cristo! Nós, fracos; e vós, fortes! Vós, honrados; e nós, desprezados!
11 Até esta hora padecemos fome, sede e nudez. Somos esbofeteados, somos errantes,
12 fatigamo-nos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Insultados, abençoamos; perseguidos, suportamos; caluniados, consolamos!
13 Chegamos a ser como que o lixo do mundo, a escória de todos até agora...
14 Não vos escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas admoesto-vos como meus filhos muitos amados.
15 Com efeito, ainda que tivésseis dez mil mestres em Cristo, não tendes muitos pais; ora, fui eu que vos gerei em Cristo Jesus pelo Evangelho.
Palavra do Senhor.

 
Salmo 144/145
O Senhor está perto de quem o invoca!

É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.

O Senhor cumpre os desejos dos que o temem,
ele escuta os seus clamores e os salva.
O Senhor guarda todo aquele que o ama,
mas dispersa e extermina os que são ímpios.

Que a minha boca cante a glória do Senhor
e que bendiga todo ser seu nome santo
desde agora, para sempre e pelos séculos.

 
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A tentação de uma religião fácil


É antiga e sempre atual a tentação de oferecer Jesus como solução mágica para todos os males.
Por Dom Odilo Scherer*

Não está fácil ser cristão, em várias partes do mundo! Muitos estão sendo cerceados em sua liberdade de consciência, perseguidos e martirizados, apenas por serem discípulos de Jesus Cristo. São muito atuais as palavras de advertência de Jesus, ao encorajar os discípulos, falando-lhes do que os esperava: “sereis perseguidos e odiados por minha causa” (cf Lc 21, 12-19). Jesus não prometeu vida fácil a seus seguidores!

A cena de Jesus com seus discípulos no caminho para Jerusalém, retratada no Evangelho de São Mateus (cf Mt 16, 21-27) é muito ilustrativa. Jesus lhes fala da própria rejeição pelas autoridades do templo de Salomão, em Jerusalém, de seus sofrimentos, morte na cruz e ressurreição ao terceiro dia. Pedro, cheio de vontade de “defender” o Mestre, quer convencê-lo a desistir do caminho para Jerusalém: “Deus te livre, isso não te acontecerá!”

As palavras de Jesus a Pedro são duras: “vá para longe de mim, satanás! És para mim, ocasião de tropeço!” São as mesmas palavras usadas por Jesus para superar a terceira tentação no deserto, antes de iniciar sua missão pública (cf Mt 4,10). Pedro fazia o papel de “tentador” e Jesus o afastou decididamente, continuando seu caminho para Jerusalém: “tu não pensas conforme Deus, mas conforme os homens!” (cf Mt 16,23).

De qual tentação tão grave se tratava? Se Jesus desse razão a Pedro, evitaria os sofrimentos anunciados. Qual seria o mal? É que essa tentação implicava em desistir do Evangelho e da missão de Jesus. Pedro, ingenuamente, querendo impedir que algo de mal acontecesse a Jesus, acabaria desviando Jesus do seu caminho, impedindo-o de ser a testemunha fiel da verdade de Deus, de ser coerente e fiel à missão de manifestar o amor de Deus até às últimas consequências. Era uma grande tentação!

Jesus não atrai os discípulos para facilidades, vantagens, prosperidade e glórias terrenas: “se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga!” (Mt 16,24). Várias outras passagens do Evangelho retratam o convite a seguir Jesus, não por interesses pessoais, mas a abraçar de coração inteiro o Evangelho do Reino de Deus por ele anunciado e tornado presente no mundo.

"É antiga e sempre atual a tentação de oferecer Jesus como um “produto” para a solução mágica para todos os males, sem a exigência de verdadeira fé e conversão ao Reino de Deus".

É antiga e sempre atual a tentação de oferecer Jesus como um “produto” para a solução mágica para todos os males, sem a exigência de verdadeira fé e conversão ao Reino de Deus. Um Cristianismo sem mudança de vida, sem cruz nem renúncia aos próprios projetos, sem sintonia com o projeto de Deus, sem os dez mandamentos da lei de Deus, seria falsificar Jesus e o Evangelho!

Essa tentação insidiosa, mais do que nunca, pode ser atual em nossos dias: pretende-se apresentar um Jesus simpático e atraente, produto falsificado nas vitrines de um mercado religioso sempre mais florescente, para atrair adeptos com toda sorte de facilidades e vantagens. Lembrou o papa Francisco: uma Igreja sem Jesus Cristo crucificado e ressuscitado acabaria sendo uma espécie de “ONG do bem”, mas não seria mais a Igreja de Cristo!

Tentação perigosa, pois mexe com coisas muito sérias e induz a engano fatal: “de que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida?” – pergunta Jesus. (cf Mt 16,26). Quem busca Jesus apenas para ter vantagens pessoais, facilidades, vaidades e riquezas, não “arrisca” nada por ele; não é a Jesus e ao Reino de Deus que busca, mas apenas a si próprio e a seus projetos pessoais. A “renúncia a si mesmo” equivale, de fato, à primazia absoluta dada a Deus e a seus caminhos.

A “religião fácil” é uma tentação perigosa, um grave engano! No final de tudo, se não houve sincera conversão e “renúncia a si mesmo”, apesar de conseguir todas as vantagens do mundo, a frustração poderá ser total.
A12/Arquidiocese de São Paulo
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo.

Cristianismo: sacrifício ou amor?


Como cristãos, estamos mais atentos às renúncias ou à satisfação do encontro com Jesus e os irmãos?
Por Dom Eurico dos Santos Veloso*

Há diferentes maneiras de pensarmos a vida. Quando escolhemos uma profissão, podemos pensar em todas aquelas às quais renunciamos ou nos fixar naquela que escolhemos. Seguindo a primeira atitude, ao escolher uma profissão, nós nos empobrecemos. A partir do segundo, aquela profissão escolhida nos enriquece e é isso que, de fato, nos mostra um caminho. Podemos pensar o mesmo de qualquer relação humana. Ter um amigo é ter tudo, dizem alguns. É o melhor tesouro, dizem outros. Mas. É igualmente verdade que, como não podemos ser amigos de todo mundo, possuir um significa renunciar a muitos outros. É que, simplesmente, não podemos ter tudo. Essa condição faz parte de nossas limitações como seres humanos.

Seguir Jesus significa renunciar a muitas coisas. Assim Ele nos diz no Evangelho. Estar com Jesus significa negarmos a nós mesmos. É tornar Jesus o centro de nossa vida, pegar o que é nosso e segui-lo. Podemos voltar a nossa atenção àquilo que deixamos para trás, para as renúncias impostas a nós mesmos, para os mandamentos a que precisamos obedecer. Não são poucos. Tudo isso pode ter algo de cruz. É certo.

Mas talvez seja melhor voltarmos a nossa atenção para aspectos mais positivos. Como diz o profeta Jeremias, “seduziste-me, Senhor e deixei-me seduzir”. Quando ocorre esse processo de sedução, a pessoa seduzida já não se preocupa mais com o que ficou para trás. Só tem olhos para aquilo que está adiante, para o objeto que a seduz. Viver desta maneira a nossa fé nos levaria a descobrir não as renúncias, mas a alegria de nos encontrarmos com Jesus; não os mandamentos, mas a maravilhosa oportunidade de tomarmos parte de uma comunidade de fiéis que a cada domingo celebra com alegria a sua fé. Assim, veríamos muito mais aspectos positivos do que negativos de nossa fé.

É a diferença entre ir forçado ou ir por amor. Quando nos obrigam a ir a algum lugar, quando vemos que outros apenas cumprem com a própria fé como se essa fosse uma obrigação pesada, é claro que descobriremos apenas os aspectos negativos dessa realidade. Mas, quando é a própria realidade que me atrai, então eu não me preocupo com o que ficou para trás, pois me sinto atraído por tudo o que vejo de positivo naquilo que me seduziu.

Quando perceberemos que o Evangelho é uma questão de amor?

Reflitamos: quando vamos à missa aos domingos, fazemos isto por obrigação, como um fardo pesado? Os mandamentos da vida cristã são para nós a expressão de nosso amor por Jesus? Como cristãos, estamos mais atentos às renúncias ou à satisfação do encontro com Jesus e os irmãos?
SIR
*Dom Eurico dos Santos Veloso é arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG).

'O pecado é o lugar de encontro com Cristo'


Quando o cristão não é capaz de se sentir um pecador. ele se torna 'um meio-cristão', diz o papa.
Cidade do Vaticano – "A força da vida cristã está no encontro de nossos pecados com Cristo que nos salva. Quando não há este encontro, as Igrejas são decadentes e os cristãos 'mornos'". Essas foram as palavras do papa na manhã desta quinta-feira (4), na missa presidida na Casa Santa Marta. Francisco baseou sua homilia na passagem de Lucas que narra a vocação dos discípulos e a pesca milagrosa de Pedro, e na 1ª Carta de São Paulo. "Pedro e Paulo nos fazem entender que os cristãos podem se envaidecer por duas coisas: seus pecados e Cristo crucificado", afirmou.

A respeito da força transformadora da Palavra de Deus, o pontífice lembrou que Paulo, na primeira Carta aos Coríntios, convida aqueles que se julgam sábios a “tornarem-se loucos para serem sábios, pois a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus”.

"Paulo nos diz que a força da Palavra de Deus, aquela que transforma o coração e muda o mundo, que nos dá esperança e nos dá a vida, não está na sabedoria humana; não está em belas palavras ou na inteligência do homem, não! Isto é loucura, diz ele. A força da Palavra de Deus provém de outro lugar; passa pelo coração do pregador. É por isso que Paulo diz aos pregadores: 'Tornem-se loucos', ou seja, não coloquem sua segurança em sua sabedoria”.

O apóstolo Paulo não se enaltecia por seus estudos. Ele havia estudado com os professores mais importantes de sua época, mas se vangloriava de apenas duas coisas: 'Vanglorio-me de meus pecados’. Isso escandaliza. E depois, diz 'Vanglorio-me em Cristo crucificado'".

“A força da Palavra de Deus está naquele encontro entre os pecados e o sangue de Cristo, que salva. E quando não se realiza este encontro, não existe força no coração. Quando esquecemos este encontro, nos tornamos mundanos, começamos a falar das coisas de Deus com uma linguagem humana, e isto não é útil, não dá vida”.

Pedro – no Evangelho da pesca milagrosa – faz a experiência de encontrar Cristo olhando ao próprio pecado: vê a força de Jesus e vê a si mesmo. Atira-se aos seus pés e diz: “Senhor, afasta-te de mim porque sou um pecador”.

Neste encontro entre Cristo e os pecados está a salvação: "O lugar privilegiado para o encontro com Jesus Cristo são os nossos pecados. Quando o cristão não é capaz de se sentir um pecador, salvo pelo sangue de Cristo, Crucificado, ele se torna um ‘meio-cristão’, um ‘cristão morno’. E quando encontramos Igrejas decadentes, paróquias decadentes, instituições decadentes, quer dizer que certamente os cristãos que estão ali nunca encontraram Jesus Cristo ou se esqueceram de seu encontro com Ele. A força da Palavra de Deus e da vida cristã reside naquele preciso momento, em que eu, pecador, encontro Jesus Cristo, e aquele encontro transforma a minha a vida e dá a força de anunciar aos outros a salvação".

Terminando, o papa convidou os fiéis a questionarem-se: “Somos capazes de dizer ao Senhor: ‘sou pecador?’ e confessar concretamente o pecado? Somos capazes de crer que Ele, com o Seu Sangue, me salvou do pecado e me deu uma vida nova? Tenho confiança em Cristo?”.
SIR

Evangelho do Dia

Ano A - 05 de setembro de 2014

Lucas 5,33-39

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 5 33 os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com freqüência e fazem longas orações, mas os teus comem e bebem”.
34 Jesus respondeu-lhes: “Porventura podeis vós obrigar a jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles?
35 Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão”.
36 Propôs-lhes também esta comparação: “Ninguém rasga um pedaço de roupa nova para remendar uma roupa velha, porque assim estragaria uma roupa nova. Além disso, o remendo novo não assentaria bem na roupa velha.
37 Também ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo arrebentará os odres e entornar-se-á, e perder-se-ão os odres;
38 mas o vinho novo deve-se pôr em odres novos, e assim ambos se conservam.
39 Demais, ninguém que bebeu do vinho velho quer já do novo, porque diz: O vinho velho é melhor”.
Palavra da Salvação.

 

Comentário do Evangelho
O VELHO E O NOVO
Vivendo numa sociedade religiosa muito tradicional e conservadora, a pregação de Jesus colocou a novidade que trazia em conflito com os esquemas esclerosados, dos quais as lideranças religiosas não queriam abrir a mão.
A questão do jejum situa-se neste contexto. Os mestres da Lei e os fariseus, seguidos pelos discípulos de João, davam grande valor à prática do jejum, mostrando-se muito fiéis a esta tradição. Por isso, a orientação dada aos discípulos contrastava com o pensamento deles. Mesmo sem negar o valor do jejum, Jesus lhe dava pouca importância. Sua missão centrava-se em algo muito mais importante: levar as pessoas à prática do amor, a melhor forma de se mostrarem reconhecidas a Deus e ser-lhe agradáveis.
A compreensão e a aceitação do ponto de vista de Jesus supunha predisposição para abraçar a novidade que proclamava, sem colocar obstáculos. Querer misturar as coisas seria como remendar roupa velha com um pedaço de pano novo, ou depositar vinho novo em recipientes velhos. Ambas as situações seriam desastrosas: a roupa ganharia um rasgão ainda maior e o vinho se derramaria todo. Mais prudente seria fazer a roupa toda com pano novo, e guardar o vinho em recipientes novos.
Assim, os discípulos foram alertados sobre a incompatibilidade entre o novo, pregado por Jesus, e o velho defendido pelos líderes religiosos. A prudência exigia que fossem cautelosos.

Oração
Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 
Leitura
1 Coríntios 4,1-5
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
4 1 Que os homens nos considerem, pois, como simples operários de Cristo e administradores dos mistérios de Deus.
2 Ora, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis.
3 A mim pouco se me dá ser julgado por vós ou por tribunal humano, pois nem eu me julgo a mim mesmo.
4 De nada me acusa a consciência; contudo, nem por isso sou justificado. Meu juiz é o Senhor.
5 Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece.
Palavra do Senhor.

 
Salmo 36/37
A salvação de quem é justo vem de Deus.

Confia no Senhor e faze o bem,
e sobre a terra habitarás em segurança.
Coloca no Senhor tua alegria,
e ele dará o que pedir teu coração.

Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino;
confia nele, e com certeza ele agirá.
Fará brilhar tua inocência como a luz,
e o teu direito, como o sol do meio-dia.

Afasta-te do mal e faze o bem,
e terás tua morada para sempre.
Porque o Senhor Deus ama a justiça
e jamais ele abandona os seus amigos.

A salvação dos piedosos vem de Deus;
ele os protege nos momentos de aflição.
O Senhor lhes dá ajuda e os liberta,
defende-os e protege-os contra os ímpios,
ele os guarda porque nele confiaram.

 
Oração
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 5 DE SETEMBRO - SEXTA-FEIRA

XXII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).
Oração do dia
Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 4,1-5)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
4 1 Que os homens nos considerem, pois, como simples operários de Cristo e administradores dos mistérios de Deus.
2 Ora, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis.
3 A mim pouco se me dá ser julgado por vós ou por tribunal humano, pois nem eu me julgo a mim mesmo.
4 De nada me acusa a consciência; contudo, nem por isso sou justificado. Meu juiz é o Senhor.
5 Por isso, não julgueis antes do tempo; esperai que venha o Senhor. Ele porá às claras o que se acha escondido nas trevas. Ele manifestará as intenções dos corações. Então cada um receberá de Deus o louvor que merece.
Palavra do Senhor.

 
Salmo responsorial 36/37
A salvação de quem é justo vem de Deus.

Confia no Senhor e faze o bem,
e sobre a terra habitarás em segurança.
Coloca no Senhor tua alegria,
e ele dará o que pedir teu coração.

Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino;
confia nele, e com certeza ele agirá.
Fará brilhar tua inocência como a luz,
e o teu direito, como o sol do meio-dia.

Afasta-te do mal e faze o bem,
e terás tua morada para sempre.
Porque o Senhor Deus ama a justiça
e jamais ele abandona os seus amigos.

A salvação dos piedosos vem de Deus;
ele os protege nos momentos de aflição.
O Senhor lhes dá ajuda e os liberta,
defende-os e protege-os contra os ímpios,
ele os guarda porque nele confiaram.

 
Evangelho (Lucas 5,33-39)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 5 33 os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com freqüência e fazem longas orações, mas os teus comem e bebem”.
34 Jesus respondeu-lhes: “Porventura podeis vós obrigar a jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles?
35 Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão”.
36 Propôs-lhes também esta comparação: “Ninguém rasga um pedaço de roupa nova para remendar uma roupa velha, porque assim estragaria uma roupa nova. Além disso, o remendo novo não assentaria bem na roupa velha.
37 Também ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo arrebentará os odres e entornar-se-á, e perder-se-ão os odres;
38 mas o vinho novo deve-se pôr em odres novos, e assim ambos se conservam.
39 Demais, ninguém que bebeu do vinho velho quer já do novo, porque diz: O vinho velho é melhor”.
Palavra da Salvação.

 
Comentário ao Evangelho
O VELHO E O NOVO
Vivendo numa sociedade religiosa muito tradicional e conservadora, a pregação de Jesus colocou a novidade que trazia em conflito com os esquemas esclerosados, dos quais as lideranças religiosas não queriam abrir a mão.
A questão do jejum situa-se neste contexto. Os mestres da Lei e os fariseus, seguidos pelos discípulos de João, davam grande valor à prática do jejum, mostrando-se muito fiéis a esta tradição. Por isso, a orientação dada aos discípulos contrastava com o pensamento deles. Mesmo sem negar o valor do jejum, Jesus lhe dava pouca importância. Sua missão centrava-se em algo muito mais importante: levar as pessoas à prática do amor, a melhor forma de se mostrarem reconhecidas a Deus e ser-lhe agradáveis.
A compreensão e a aceitação do ponto de vista de Jesus supunha predisposição para abraçar a novidade que proclamava, sem colocar obstáculos. Querer misturar as coisas seria como remendar roupa velha com um pedaço de pano novo, ou depositar vinho novo em recipientes velhos. Ambas as situações seriam desastrosas: a roupa ganharia um rasgão ainda maior e o vinho se derramaria todo. Mais prudente seria fazer a roupa toda com pano novo, e guardar o vinho em recipientes novos.
Assim, os discípulos foram alertados sobre a incompatibilidade entre o novo, pregado por Jesus, e o velho defendido pelos líderes religiosos. A prudência exigia que fossem cautelosos.

Oração
Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)

 
Sobre as oferendas
Ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer nos traga sempre a graça da salvação, e vosso poder leve à plenitude o que realizamos nesta liturgia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! (Sl 30,20)
Depois da comunhão
Restaurados à vossa mesa pelo pão da vida, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da caridade fortifique os nossos corações e nos leve a vos servir em nossos irmãos e irmãs. Por Cristo, nosso Senhor.


MISSA VOTIVA

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(BRANCO – MISSAL, PÁG. 382

Oração do dia: Ó Deus, que no coração do vosso Filho, ferido por nossos pecados, nos concedestes infinitos tesouros de amor, fazei que lhe ofereçamos uma justa reparação, consagrando-lhe toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Considerai, ó Deus, o indizível amor do coração do vosso amado Filho, para que nossas oferendas vos agradem e sirvam de reparação por nossas faltas. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Ó Deus, que este sacramento da caridade nos inflame em vosso amor e, sempre voltados para o vosso filho, aprendamos a reconhecê-lo em cada irmão. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS):

HORÁRIO DE MISSAS


Segunda-feira 19h00 missas só quando houver agendamento
Terça-feira 19h30min

Quarta-feira – 08h00

Quarta-feira – 19h00 missas só quando houver agendamento
Quinta-feira –19h30
 Primeira Sexta-feira do mês – 19h30min
Terceira Sexta-feira do mês – 19h30min na Orla
Sábados – 19h00
Domingos – 07h00 – 10h00 – 19h00

ATENDIMENTO DO PADRE (confissões, direcionamento espiritual, aconselhamento,etc):

Às terças-feiras: 20h15, após a missa                        Às quartas-feiras após a missa das 08h e às 19h30 – nesse horário é preciso agendar com o padre ou na secretaria                                                             Às quintas–feiras às 21h, após a missa.               Final de semana:                                            Sábados: após a missa das 19h (não havendo casamento)                                                   Domingos: após a missa das 10h, exceto no 2º domingo, e após a missa das 19h









HORÁRIO DA SECRETARIA:

De terça a sexta das 08h00 às 12h00

e das 14h00 às 16h30min
Aos sábados das 08h00 às 11h30min
ENDEREÇO:

Av. Ulisses Montarroyos, nº 6375

CEP 54.460-280
Candeias – Jaboatão dos Guararapes
FONE: (81)34780162 – (34693674)

Email: secretariaparoquialcandeias@gmail.com