segunda-feira, 22 de junho de 2015

Jovens brasileiros em Turim: cultura do encontro


Jovens durante o encontro com o Papa em Turim - OSS_ROM
22/06/2015 09:00
Turim (RV) – Um grupo de jovens brasileiros participou do encontro do Papa com a juventude, no final da tarde deste domingo (22/06) – último compromisso de Francisco no primeiro dia da visita pastoral a Turim.
Antes da chegada do Papa, perguntei como eles poderiam promover a cultura do encontro nas periferias existenciais; dois grandes temas do pontificado de Francisco.
Clique acima para ouvir os depoimentos de:
Paulo Henrique Correia, Belo Horizonte (MG);
João Paulo Carneiro de Andrade, Belo Horizonte (MG);
Manuel Duarte de Melo, Recife (PE);
Brenda dos Santos, São Mateus (ES) e
Maiane Araújo Costa, São Luís (MA).

Francisco, os Papas e o mistério do Santo Sudário


Fieis diante do Santo Sudário - REUTERS
21/06/2015 10:54
Turim (RV) – A oração de Francisco diante do Santo Sudário foi em silêncio. Um momento íntimo de encontro pessoal, sim. Todavia, o Papa – que confirma seus irmãos na fé – de coração compartilha com todos os frutos desse encontro, que permanece sendo um mistério.
“É algo que é transmitido. Quem tem fé, pode entender estas coisas”, disse esta italiana diante da Catedral de Turim após a visita de Francisco.
Antes de ver o Santo Sudário, Francisco já exprimira seu desejo de que este ato de veneração pudesse ajudar a “encontrar em Jesus Cristo o rosto misericordioso de Deus e a reconhecer este rosto nas feições de nossos irmãos”.
Qual foi a oração de Francisco, não saberemos. O que vimos foi que algo impeliu o Papa a tocar o Linho sagrado.
A última exposição do Santo Sudário aconteceu em 2013. Em 2010, durante a penúltima exposição, o Papa emérito Bento XVI realizou visita pastoral a Turim e falou de um ícone de amor.
“O Sudário é um Ícone escrito com o sangue; A imagem impressa no Sudário é a de um morto, mas o sangue fala da sua vida. Cada traço de sangue fala de amor e de vida”.
Em 1998, durante um breve momento de veneração diante do Santo Sudário, São João Paulo II afirmou que o “Sudário é uma provocação à inteligência” - e prosseguiu – “Ele requer, antes de tudo, o empenho de cada homem, em particular do investigador, para captar com humildade a mensagem profunda enviada à sua razão e à sua vida. O fascínio misterioso exercido pelo Sudário impele a formular interrogativos sobre a relação entre o Linho sagrado e a vicissitude histórica de Jesus”. (RB Turim RV)

Francisco: peço perdão pelas atitudes não cristãs


Papa é acolhido pelos pastores da comunidade valdesa, em Turim - AFP
22/06/2015 10:15
Cidade do Vaticano (RV) – O discurso na Igreja valdense na manhã de segunda-feira (22/06) foi o último pronunciado por Francisco em Turim.
No segundo dia de viagem, o Papa deixou o Arcebispado e se dirigiu ao templo valdense, que pela primeira vez recebeu a visita de um Pontífice. Ali, foi acolhido por três pastores.
A parte central do discurso de Francisco foi o pedido de perdão feito à comunidade valdense:
“Por parte da Igreja Católica, eu lhes peço perdão pelas atitudes e os comportamentos não cristãos, até mesmo não humanos que, na história, tivemos contra vocês. Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoem-nos!”
O contexto das palavras do Papa foi o caminho de unidade entre os cristãos. A unidade não significa uniformidade, disse, e “aconteceu – como continua acontecendo – que os irmãos não aceitam sua diversidade e acabam fazendo guerra uns contra os outros”. Como fruto desta intolerância, foram cometidos atos de violência em nome da própria fé.
Hoje, constatou Francisco – as relações entre católicos e valdenses são sempre mais fundadas no respeito mútuo e na caridade fraterna. Entre os campos de colaboração comum, o Papa citou a evangelização e o serviço à humanidade que sofre.
“A escola dos pobres, dos últimos, daqueles que a sociedade exclui, nos aproxima do coração de Deus, que se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza e, consequentemente, nos aproxima mais uns dos outros.”
Recordando que a comunhão se faz caminhando, com a contínua conversão pessoal e comunitária, o Papa concluiu:
“Queridos irmãos e irmãs, eu lhes agradeço por este encontro, que gostaria nos confirmasse um novo modo de ser uns com os outros: olhando antes de tudo para a grandeza da nossa fé comum e da nossa vida em Cristo e Espírito Santo e, somente depois, para as divergências que ainda suscitam.”
Com a visita à Igreja valdense, o Papa encerrou seus compromissos públicos em Turim. O final da manhã e o almoço de Francisco serão em companhia de seus familiares, na sede do Arcebispado, com os quais celebrará a Missa.
Antes de deixar a cidade, Francisco encontrará os membros do Comitê da Exposição do Sudário, os organizadores e os financiadores da visita. Às 17h30 locais, o Papa partirá deTurim rumo a Roma. 
(BF)

A casa comum


A nova encíclica é um forte convite à nossa responsabilidade com a natureza humana.
Por Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena*
Na última quinta-feira (18) foi publicada uma nova encíclica do Papa Francisco com o título “Laudato si (=Louvado seja), sobre o cuidado da nossa casa comum”, palavras contidas no Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis. Nas 192 páginas, divididas em seis capítulos, são abordadas as questões do cuidado com a criação, a ecologia humana e a proteção do meio ambiente. É um forte convite à nossa responsabilidade com a natureza humana.
Pergunta: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?” "Esta pergunta não toca apenas o meio ambiente de maneira isolada, porque não se pode pôr a questão de forma fragmentária. E isso conduz a interrogar-se sobre o sentido da existência e sobre os valores que estão na base da vida social: Para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos? Que necessidade tem de nós esta terra? Se não pulsa nelas esta pergunta de fundo. Não creio que as nossas preocupações ecológicas possam surtir efeitos importantes".
O texto apresenta eixos temáticos sobre o que está a acontecer à nossa casa - as mudanças climáticas - "a falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes”,"o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial”, a preservação da biodiversidade e a dívida ecológica, existem "responsabilidades diversificadas". O Papa Francisco se mostra profundamente impressionado com a "fraqueza das reações" diante dos dramas de tantas pessoas e populações. Embora não faltem exemplos positivos, falta uma cultura adequada.
Em seguida, o Papa Francisco relê as narrações da Bíblia - "o Deus que liberta e salva é o mesmo que criou o universo”. A narração da criação é central para refletir sobre a relação entre o ser humano e as outras criaturas e sobre como o pecado rompe o equilíbrio de toda a criação no seu conjunto.
O ser humano não reconhece mais sua correta posição em relação ao mundo e assume uma posição autoreferencial, centrada exclusivamente em si mesmo e no próprio poder. O coração da Encíclica é a ecologia integral como novo paradigma de justiça; uma ecologia "que integre o lugar específico que o ser humano ocupa neste mundo e as suas relações com a realidade que o circunda". Esta ecologia integral "é inseparável da noção de bem comum". Um melhoramento integral na qualidade da vida humana: espaços públicos, moradias, transportes e outros.
Para o Papa Francisco é imprescindível que a construção de caminhos concretos não seja enfrentada de modo ideológico, superficial ou reducionista. Por isso, é indispensável o diálogo. As raízes da crise cultural agem em profundidade e não é fácil reformular hábitos e comportamentos. A educação e a formação continuam sendo desafios centrais:"toda mudança tem necessidade de motivações e dum caminho educativo"; estão envolvidos todos os ambientes educacionais, por primeiro " a escola, a família, os meios de comunicação, a catequese". "Uma ecologia integral é feita também de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo".
São Francisco de Assis expressou bem no seu Cântico: “louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão sol, pela mãe terra, pela irmã água... e por todo ser!” No site: www.news.va, temos o texto completo da Encíclica sobre o cuidado da casa comum. Convido a todos(as) a acolherem e lerem a encíclica do nosso Papa Francisco com profundo interesse, alegria e esperança no coração.
CNBB
*Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena é bispo de Guarabira (PB).

Meu Dia com Deus

DIA 22 DE JUNHO - SEGUNDA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Mateus 7,1-5)
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 1 Disse Jesus: “Não julgueis, e não sereis julgados.
2 Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.
3 Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
4 Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.
Palavra da Salvação.
 
Meditando o Evangelho
NÃO SEJA JUIZ DO PRÓXIMO
            O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Tal proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!
            Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer, não sua salvação. Em contrapartida, quem julga os outros prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. A forma minuciosa como analisa a vida alheia não o leva a perceber a enormidade de suas próprias faltas.
            É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver, tranqüilamente, com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação que deseja para o outro.
            O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que se usa no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode enganar-se.
 
Senhor Jesus, que eu não queira ser juiz do meu próximo e, sim, use para com ele a mesma misericórdia que espero receber de ti.

Evangelho do Dia

B - 22 de junho de 2015

Mateus 7,1-5

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 1 Disse Jesus: “Não julgueis, e não sereis julgados.
2 Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.
3 Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
4 Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
NÃO SEJA JUIZ DO PRÓXIMO
            O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Tal proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!
            Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer, não sua salvação. Em contrapartida, quem julga os outros prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. A forma minuciosa como analisa a vida alheia não o leva a perceber a enormidade de suas próprias faltas.
            É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver, tranqüilamente, com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação que deseja para o outro.
            O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que se usa no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode enganar-se.
 
Leitura
Gênesis 12,1-9
Leitura do livro do Gênesis.
12 1 O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.
2 Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos.
3 Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.”
4 Abrão partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos, quando partiu de Harã.
5 Tomou Sarai, sua mulher, e Lot, filho de seu irmão, assim como todos os bens que possuíam e os escravos que tinham adquirido em Harã, e partiram para a terra de Canaã. Ali chegando,
6 Abrão atravessou a terra até Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra.
7 O Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: “Darei esta terra à tua posteridade.” Abrão edificou um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido.
8 Em seguida, partindo dali, foi para a montanha que está ao oriente de Betel, onde levantou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Hai ao oriente. Abrão edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o seu nome.
9 Continuou depois sua viagem, de acampamento em acampamento, para Negeb.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 32/33
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor
e a nação que escolheu por sua herança!
Dos altos céus o Senhor olha e observa;
ele se inclina para olhar todos os homens.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimenta-los quando é tempo de penúria.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

 
Oração
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 22 DE JUNHO - SEGUNDA-FEIRA

XII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
O homem de coração puro e mãos inocentes é digno de subir à montanha do Senhor e de permanecer em seu santuário (Sl 23,4.3).
Oração do dia
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 12,1-9)
Leitura do livro do Gênesis.
12 1 O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.
2 Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos.
3 Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.”
4 Abrão partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos, quando partiu de Harã.
5 Tomou Sarai, sua mulher, e Lot, filho de seu irmão, assim como todos os bens que possuíam e os escravos que tinham adquirido em Harã, e partiram para a terra de Canaã. Ali chegando,
6 Abrão atravessou a terra até Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra.
7 O Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: “Darei esta terra à tua posteridade.” Abrão edificou um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido.
8 Em seguida, partindo dali, foi para a montanha que está ao oriente de Betel, onde levantou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Hai ao oriente. Abrão edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o seu nome.
9 Continuou depois sua viagem, de acampamento em acampamento, para Negeb.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 32/33
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor
e a nação que escolheu por sua herança!
Dos altos céus o Senhor olha e observa;
ele se inclina para olhar todos os homens.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimenta-los quando é tempo de penúria.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

 
Evangelho (Mateus 7,1-5)
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
7 1 Disse Jesus: “Não julgueis, e não sereis julgados.
2 Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos.
3 Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu?
4 Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
NÃO SEJA JUIZ DO PRÓXIMO
            O discípulo está terminantemente proibido de julgar. Tal proibição deve ser bem entendida. Julgar diz respeito à decisão sobre a salvação ou a condenação do próximo. Somente a Jesus compete dizer qual será a sorte eterna de uma pessoa. A ninguém mais!
            Quando alguém se arvora em juiz dos outros, comete uma série de equívocos. Tende a ser excessivamente severo e rigoroso, a ponto de faltar de misericórdia. A condenação do próximo parece dar-lhe prazer, não sua salvação. Em contrapartida, quem julga os outros prima por minimizar seus próprios pecados e limitações, mesmo sendo graves e dignos de reprovação. A forma minuciosa como analisa a vida alheia não o leva a perceber a enormidade de suas próprias faltas.
            É pura hipocrisia preocupar-se com os pequenos defeitos dos outros e conviver, tranqüilamente, com os próprios erros. Antes de querer bisbilhotar a vida do próximo, para condená-lo, o hipócrita deveria por ordem na própria casa, para não ser vítima da condenação que deseja para o outro.
            O critério de juízo a ser aplicado por Deus corresponderá ao que se usa no trato com os irmãos. Rigor impiedoso será usado com os impiedosos. Misericórdia infinita encontrará quem tiver sido misericordioso. O discípulo prudente não pode enganar-se.
 

Senhor Jesus, que eu não queira ser juiz do meu próximo e, sim, use para com ele a mesma misericórdia que espero receber de ti.
 

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor e fazei que, purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Eu sou o bom pastor e dou a vida por minhas ovelhas, diz o Senhor (Jo 10,11.15).
Depois da comunhão
Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO PAULINO DE NOLA
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, que fizestes brilhar no bispo são Paulino de Nola o amor à pobreza e o zelo pastoral, concedei que, celebrando os seus méritos, imitemos sua caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Recebei, ó Pai, na festa de são Paulino de Nola, as oferendas de vosso povo para que nos façam sentir, como esperamos, vossa paternal proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo, nós vos pedimos, ó Deus, que desabroche em plena redenção a ação que praticamos na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO PAULINO DE NOLA):
Paulino nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. Seu pai era um alto funcionário imperial e toda a família ocupava posição de destaque na economia e na corte. Antes de tornar-se religioso, o próprio Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. Nessa posição, manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à conversão. Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado. Um ano antes tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. Quando perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. De comum acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e se dirigiram para a Catalunha, na Espanha. Pouco tempo depois, Paulino, que se tornara conhecido e estimado por todo o povo, encaminhou ao bispo um pedido para que este o ordenasse sacerdote. O que aconteceu, além de ser convidado a participar do clero local ou, se preferisse, ingressar no de Milão, mas recusou a ambos. Queria, de verdade, uma vida de monge recluso, por isso mudou-se para a Campânia, onde a família ainda tinha como propriedade o túmulo de um mártir, são Félix. Paulino começou a construir ali um santuário para o santo, e ao mesmo tempo fez levantar uma hospedaria para os peregrinos pobres. Em seguida, transformou um dos andares em mosteiro e deu início a uma comunidade religiosa formada por ele, a esposa e alguns amigos. A principal característica desses monges era a comunicação feita somente por meio de correspondência escrita. Foram cinqüenta e uma cartas dirigidas aos amigos e personalidades do mundo cristão, entre eles Agostinho, o bispo de Hipona. Paulino revelou-se um grande poeta, escritor e pregador, foi uma figura tão brilhante quanto humilde. Entretanto a vida calma que almejara quando abdicou de sua condição de herdeiro político de bons cargos no Império Romano para levar uma vida pobre em dinheiro e poder, mas rica em fé e dignidade, terminaria em 409. Na ocasião, foi eleito e consagrado bispo de Nola, diocese de Nápoles, cargo que ocupou até morrer no ano 431, um ano após a morte do amigo e companheiro Agostinho, hoje também santo e doutor da Igreja.