sábado, 4 de abril de 2015

Meu Dia com Deus

DIA 4 DE ABRIL - SÁBADO

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Marcos 16,1-7)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
16 1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus.
2 E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. 3 E diziam entre si: “Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro?”
4 Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande.
5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se.
6 Ele lhes falou: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram.
7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse”.
Palavra da Salvação.


 
Meditando o Evangelho
À ESPERA DA RESSURREIÇÃO
            A morte e a sepultura de Jesus impactou profundamente os discípulos. Eles não compreendiam como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele, chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de si.
            Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da perda do Mestre.
            Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo, tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de vida para a humanidade.
 
Oração
            Senhor Jesus, abre o meu coração para a esperança, que me leva a superar o desespero e a frustração diante do mistério da cruz.
 

Encontrando o sepulcro vazio


A ressurreição é um dom de Deus para conservar o ideal de libertação.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*
A Festa da Páscoa, a mais importante no cenário cristão, é consequência de uma longa história de preparação e de fatos marcantes acontecidos na vida de Jesus Cristo. A expressão maior se deu na cruz. Ao morrer, Jesus é depositado num sepulcro vazio, cedido por um homem rico da região, chamado José de Arimateia. No dia seguinte, foram ao lugar e encontraram a pedra do sepulcro removida e o corpo do Senhor não estava ali.
Aí começa um novo cenário. Os guardas disseram que o corpo tinha sido roubado. A finalidade era de desviar a atenção dos discípulos, porque eles mesmos não sabiam o que tinha acontecido, porque o sepulcro estava vazio. Mas tudo se esclarece com a comprovação das diversas aparições de Jesus, agora ressuscitado, para as primeiras comunidades que tinham convivido com Ele.
A grandeza de Jesus Cristo chega ao nível de sua identificação com o ser humano, inclusive passando pela sepultura, experimentando o maior grau de rebaixamento da criatura humana. Nisso está a força da vida, o total esvaziamento de si mesmo, possibilitando o ingresso na vida eterna, que passa pelo caminho da morte. Em Cristo está a força total de libertação.
A passagem de Jesus pelo sepulcro representou, para os discípulos, um forte momento de frustração, de promessa não realizada e de aliança não cumprida. O projeto de libertação que o povo esperava caiu em decadência. Acontece que Deus não falha e acompanha a trajetória das pessoas e das comunidades. Jesus tinha ressuscitado.
Com isto, vivenciar a Páscoa significa retomar a alegria e a esperança dificultadas pelo sepulcro vazio. Nela está o centro da fé cristã, a superação de todo individualismo que massacra o ser humano e o coloca numa atitude de impotência para agir com total liberdade.
Todos os limites e impossibilidades que a pessoa tem são como armadilhas para dificultar sua plena realização. A ressurreição é um dom de Deus para conservar o ideal de libertação e possibilitar a pessoa de amar e ser feliz numa dimensão de vida eterna.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

Evangelho do Dia

B - 04 de abril de 2015

Marcos 16,1-7

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
16 1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus.
2 E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. 3 E diziam entre si: “Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro?”
4 Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande.
5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se.
6 Ele lhes falou: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram.
7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse”.
Palavra da Salvação.


 

Comentário do Evangelho
À ESPERA DA RESSURREIÇÃO
            A morte e a sepultura de Jesus impactou profundamente os discípulos. Eles não compreendiam como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele, chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de si.
            Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da perda do Mestre.
            Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo, tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de vida para a humanidade.
 
Leitura
Gênesis 1,1.26-31 (versão breve)
Leitura do livro do Gênesis.
1 1 No princípio, Deus criou os céus e a terra.
26 Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra."
27 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28 Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
29 Deus disse: "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. 30 E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento." E assim se fez. 31 Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.
Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 103/104
Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestir
e de luz vos envolveis como num manto.

A terra vós firmastes em suas bases,
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto,
e as águas envolviam as montanhas.

Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos,
entre os ramos eles erguem o seu canto.

De vossa casa as montanhas irrigais,
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado
e as plantas que são úteis para o homem.

Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
 
Oração
Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Liturgia Diária

DIA 4 DE ABRIL - SÁBADO

VIGÍLIA PASCAL
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DA PÁSCOA I – OFÍCIO PRÓPRIO)

Antífona de entrada:
(A celebração da Vigília Pascal inicia com a saudação do Presidente, diante da Igreja, em torno do fogo aceso)
Oração do dia
Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão da vossa luz, santificai + este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Leitura (Gênesis 1,1.26-31 (versão breve))
Leitura do livro do Gênesis.
1 1 No princípio, Deus criou os céus e a terra.
26 Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra."
27 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
28 Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."
29 Deus disse: "Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. 30 E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento." E assim se fez. 31 Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.
Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 103/104
Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestir
e de luz vos envolveis como num manto.

A terra vós firmastes em suas bases,
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto,
e as águas envolviam as montanhas.

Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos,
entre os ramos eles erguem o seu canto.

De vossa casa as montanhas irrigais,
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado
e as plantas que são úteis para o homem.

Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
 
Leitura (Romanos 6,3-11)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
Irmãos, 6 3 ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.
5 Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição.
6 Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado.
7 (Pois quem morreu, libertado está do pecado.)
8 Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele,
9 pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele.
10 Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus!
11 Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.

 
Evangelho (Marcos 16,1-7)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
16 1 Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para ungir Jesus.
2 E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. 3 E diziam entre si: “Quem nos há de remover a pedra da entrada do sepulcro?”
4 Levantando os olhos, elas viram removida a pedra, que era muito grande.
5 Entrando no sepulcro, viram, sentado do lado direito, um jovem, vestido de roupas brancas, e assustaram-se.
6 Ele lhes falou: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram.
7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse”.
Palavra da Salvação.


 
Comentário ao Evangelho
À ESPERA DA RESSURREIÇÃO
            A morte e a sepultura de Jesus impactou profundamente os discípulos. Eles não compreendiam como o Mestre, tão justo e fiel a Deus, tivesse padecido a morte dos malfeitores; como tivesse sido reduzido à mais total impotência e fraqueza, já que se manifestara poderoso em gestos e palavras; como pudesse ter morrido no mais total abandono, tendo sempre vivido em profunda comunhão com Deus e servido incansavelmente ao povo. Quem havia considerado Jesus um Messias político e esperado dele a libertação do jugo romano, passava pela decepção de ver seus planos frustrados. Quem havia nutrido uma grande amizade por ele, chorava a perda do amigo querido, na dor da saudade de não tê-lo mais junto de si.
            Num primeiro momento, a comunidade dos discípulos considerou a morte de Jesus num prisma puramente humano, não contando com a intervenção do Pai. Por isso, o dia seguinte à sepultura foi tempo de dor e perplexidade para eles, diante da perda do Mestre.
            Porém, a Ressurreição ofereceu uma luz nova para a compreensão da morte de Jesus, e levou a comunidade cristã a transformar em tempo de esperança aquele que medeia a morte e sepultura do Senhor e sua Ressurreição. O grão de trigo, tendo sido lançado à terra e morrido, estava destinado a produzir frutos de vida para a humanidade.
 

Oração
            Senhor Jesus, abre o meu coração para a esperança, que me leva a superar o desespero e a frustração diante do mistério da cruz.

 

(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
 
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, com estas oferendas as preces do vosso povo, para que a nova vida, que brota do mistério pascal, seja por vossa graça penhor da eternidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Cristo, nossa páscoa, foi imolado; celebremos a festa com o pão sem fermento, o pão da retidão e da verdade, aleluia! (1cor 5,7s).
Depois da comunhão
Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que, saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS



04 e 05 de abril de 2015


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  




·         ANDERSON FELIPE RODRIGUES BATISTA
E
CARLA TACIANA VALENÇA DE ALBUQUERQUE


·         GILSON LUTEBARK DE OLIVEIRA
E
ANA CAROLINA ARRAIS DE LAVOR NAVARRO












                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em consciência a declarar.

                                                                               

Orações Presidenciais - informativo litúrgico pnsc. 2015


(Redescobrindo um tesouro antigo)

01 - Rica, profundamente rica, é a eucologia da Igreja, aqui entendida como o conjunto de suas preces e orações, estas quase sempre de índole bíblica, de grande valor orante e com conteúdo de vasto sentido teológico, litúrgico e pastoral. Nesse conjunto de orações, predominam as assim chamadas orações presidenciais, que, pela voz do sacerdote ou do bispo, quando presidem a assembléia litúrgica, são verdadeiras orações de toda a Igreja. 
São eles - sacerdotes e bispos - sinais visíveis da unidade dos fiéis em torno de Cristo. Na liturgia, sua ação vai então realizar-se de duas maneiras e simultaneamente: “in persona Christi”, isto é, na pessoa de Cristo, e “in persona ecclesiae”, ou seja, em nome da Igreja.
02 - Na liturgia, quando o sacerdote ora em nome de Cristo, ele ora sozinho; em nome da Igreja, ele o faz no plural. Quando, em outros momentos da celebração, ele ora em nome próprio, propõe-se então que ore em silêncio. Vê-se, pois, que a oração da Igreja, dada a sua comunhão com Cristo, é, ao mesmo tempo, ascendente e descendente, o que se manifesta com mais clareza ainda na doxologia da oração eucarística.
A propósito, vem-nos à mente aquele pensamento de comparação feliz: “As orações são como a escada de Jacó: por elas sobem as súplicas, e por elas descem as divinas consolações”, na referência ao sonho de Jacó, como narrado em Gn 28,12 e que parece aplicado por Cristo a si mesmo em Jo 1,51.
03 - Seria desejável, para o bem da liturgia e da fé, que todos os celebrantes - ministros e assembléia - tivessem plena consciência do que acima se diz. Assim, a dignidade do sacerdócio ministerial ordenado apareceria com mais nitidez na celebração litúrgica, não como projeção da pessoa do ministro, mas como razão maior para a glória de Deus e santificação dos homens, e a própria assembléia ver-se-ia também toda ministerial, assumindo com alegria tudo o que lhe é próprio na celebração do mistério cristão.
04 - A escuta das orações presidenciais, pela assembléia, é uma escuta ativa, pois é a assembléia que fala pela voz do sacerdote, diferente assim da escuta receptiva, requerida na Liturgia da Palavra. De fato, nas orações presidenciais os ouvidos da assembléia materialmente ouvem, mas é sua boca que teologicamente fala. Na prática litúrgica, a recitação de tais orações pelo presidente deve ser feita em voz alta, durante a qual não se deve fazer ouvir outra voz, como de canto, p. ex., nem mesmo qualquer som de instrumento musical.
05 - Orar “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”, como nas orações oficiais da Igreja, não deve ser, porém, mero discurso de palavras escolhidas, bonitas e até edificantes, mas verdadeiro compromisso de assumir com ele a construção de um mundo novo, alicerçado na vivência do amor, na prática da justiça, da verdade e da fraternidade, um abraçar consciente das causas do Reino, na plena fidelidade ao projeto amoroso de Deus.
06 - Deve-se dar importância vital ao Amém da assembléia no fim das orações presidenciais, pois ele tem valor expressivo-simbólico. Além de ratificar todo o texto oracional dito em seu nome pelo presidente, com o Amém conclusivo a assembléia manifesta a sua comunhão na fé, revelando-se como comunidade viva, eclesial e celebrante, e disposta assim a assumir o compromisso libertador e missionário derivante da liturgia. Daí que tal resposta deve ser sincera, como adesão firme ao que o sacerdote diz. Tal comunhão de fé, aliás, já deve ser manifestada desde o início das orações presidenciais, pela saudação e pelo convite do presidente.
ESTRUTURA E DIMENSÕES DA ORAÇÃO PRESIDENCIAL
a) - A marca trinitária
07 - A oração presidencial destaca, já desde o início, o seu destinatário, que é sempre Deus Pai. Cristo nela aparece como mediador, no Espírito Santo, como no adágio conhecido: “Ao Pai pelo Filho no Espírito Santo”. Com isso, a oração presidencial manifesta claramente sua marca trinitária e, por extensão, também a dimensão e a dinâmica trinitárias da fé cristã.
08 - Ao nome de “Deus”, no início das orações presidenciais, costuma-se acrescentar alguns adjetivos ou atributos divinos, como, p. ex.: “Deus onipotente e eterno...”, ou “Deus do universo, fonte de todo o bem...” Também, em algumas vezes, se acrescenta uma oração subordinada relativa, p. ex.: “Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu...” O “Por N.S.J.C., vosso Filho...”, no final, mostra claramente não ser Cristo o destinatário da oração, mas o Pai, o que, porém, não coloca o Filho numa condição de subordinação ao Pai, como na doutrina ariana, mas verdadeiramente confessa a fé da Igreja na mediação única do Filho, ao mesmo tempo que afirma a sua igualdade divina com o Pai.
09 - Notemos então que a menção do Filho revela o cristocentrismo da fé, ao mesmo tempo que revela o lugar central de Cristo como mediador. E mais: com tal menção, a Igreja confessa que Cristo abriu o acesso da humanidade ao Pai (Cf. Rm 5,1-2). Agora, trata-se, pois, de nova família humana, no novo Adão (Cristo), que tornou possível nova relação da humanidade com Deus.
Aqui podemos dizer que o velho Adão, restaurado e recriado em Cristo, volta novamente ao jardim de Deus, como Homem Novo, revestido de Cristo (Cf. Rm 13,14; Ef 2,15; 4,24; Cl 3,10), agora então redimido pelo divino salvador, liberto, pois, da escravidão do pecado e capacitado para a nova comunhão com Deus.
10 - Referindo-se à menção da Trindade nas orações presidenciais, diz a Instrução Geral sobre o Missal Romano (nº 54): “Conforme antiga tradição da Igreja, a oração (presidencial) costuma ser dirigida a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, e por uma conclusão trinitária, isto é, com uma conclusão mais longa, do seguinte modo:
- quando se dirige ao Pai: Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo;
- quando se dirige ao Pai, mas no fim menciona o Filho: Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo;
- quando se dirige ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo”.
b) - A dimensão eclesial
11 - Outro aspecto que aparece claramente nas orações presidenciais é o eclesial. Trata-se de orações da comunidade, da Igreja, do corpo de Cristo. Nelas aparece o “nós” comunitário do povo de Deus. Por isso se diz que quando o presidente ora em nome da Igreja ele o faz no plural. O aspecto de eclesialidade das orações cristãs, sobretudo das presidenciais, está fundamentado no batismo único e na confissão da mesma fé, consolidando assim o sentido de comunhão com a Igreja de todos os tempos, naquele tom de universalidade e naquela amplitude de horizontes que caracterizam a realidade do povo de Deus.
c) - A dimensão antropológica
12 - Há ainda a densidade antropológica das orações cristãs, especialmente as presidenciais. Diz J. Castellano: “No diálogo com Deus, a oração abre a ele toda a riqueza de humanidade que é própria do cristão e da Igreja. Os sentimentos humanos, por si sós, não bastam para que haja oração; eles precisam estar abertos para Deus; vice-versa, uma oração sem vibrações autênticas de humanidade seria fórmula fria sem conteúdos”.
13 - No Novo Testamento, vemos que Cristo abre para o ser humano esse sentido tão caro da antropologia, fazendo vibrar, nos seus diálogos com o Pai, toda a sua humanidade, conforme nos revelam os evangelhos. Esse dado antropológico, é verdade, já se encontrava, em germe, no Antigo Testamento, principalmente nos Salmos e em alguns discursos oracionais, mas ainda sem aquela luz tão viva e sem aquela aurora de um renascer mais pleno, cuja plenitude só mais tarde o mundo conheceria, precisamente na plenitude dos tempos, com a encarnação e missão do Filho de Deus.
MODELOS DE ORAÇÃO PRESIDENCIAL
a) - As orações consecratórias
14 - Ao falarmos de oração presidencial, em primeiro lugar devemos enumerar as grandes orações consecratórias, e há, com relação a estas, diversos tipos, segundo o modelo da celebração litúrgica, levando também em consideração os seus conteúdos e seus diversos momentos de celebração. 
Assim, as orações presidenciais estão no centro e no cume das grandes celebrações, não só, pois, da Eucaristia como também de outros sacramentos e dos sacramentais. Como orações consecratórias temos: a Oração Eucarística da missa, esta a mais importante de todas; as orações próprias na liturgia das ordenações, nos três graus do sacerdócio ordenado.
b) - Orações de bênçãos
15 - Igualmente ricas são as orações de bênçãos, como as da água batismal na Vigília Pascal do Sábado Santo, a dos santos óleos na Quinta-Feira Santa, a da dedicação das Igrejas, a da bênção dos altares, das insígnias pontificais, dos abades e das abadessas, das virgens etc..
c) - Outras orações presidenciais
16 - Outros modelos de oração presidencial, também de grande importância, são encontradas na liturgia. De formato mais breve, encontram-se tais orações não no centro de uma celebração, mas, geralmente, no fim de uma ação litúrgica ou de um rito, como uma espécie de conclusão.
Na missa, são encontradas depois de ritos processionais, ou seja: depois da procissão de entrada, encerrando os ritos iniciais, a Oração do Dia (antes chamada Coleta); depois da procissão, preparação e apresentação dos dons, a chamada oração sobre as oferendas; e, finalmente, após o rito da comunhão, a assim chamada oração após a comunhão. A oração sobre as oferendas e a oração após a comunhão terminam com a conclusão mais breve, isto é, “Por Cristo, nosso Senhor”, a que a assembléia responde Amém.
17 - Tais orações procuram recolher o sentido imediato que as precede, como que trazendo-o à superfície, explicitando-o e dando-lhe o sentido próprio. São ouvidas de pé pela assembléia, assim como de pé o presidente as recita. Como as orações consecratórias, mas em grau menor, têm essas orações duas partes, uma de “confissão”, na linha do louvor, de ação de graças e da proclamação das maravilhas de Deus, e outra que segue a linha da súplica e do pedido, o que lhes dá uma conotação fortemente bíblica.
18 - Acrescentem-se ainda às orações presidenciais as orações próprias da Liturgia das Horas, também com sua vasta riqueza litúrgica e com seu profundo sentido teológico, destacando-se dentre elas a oração conclusiva das Laudes, das Vésperas e do Ofício das Leituras, tanto as do tempo litúrgico como as do Santoral. Como a oração sobre as oferendas e a oração após a comunhão, da missa, a oração da Hora Média e a das Completas, na Liturgia das Horas, têm também conclusão breve: “Por Cristo, nosso Senhor. Amém”. Se, porém, a oração se dirige ao Pai com a menção do Filho na parte final, diz-se: “Que vive e reina para sempre. Amém”. Se, ainda, a oração é dirigida ao Filho, diz-se: “Vós, que viveis e reinais para sempre. Amém. 
O CARÁTER DE MEMORIAL DAS ORAÇÕES PRESIDENCIAIS 19- Como se sabe, celebrar é alegrar-se, regozijar-se por uma realidade positiva, gratificante e libertadora, por ela dando graças e louvando aquele de quem ela procede. Nas orações presidenciais, de modo especial na eucarística, exprime-se visivelmente esse cunho de louvor, ao mesmo tempo que se exprime o sentido da ação de graças. 
O corpo então do formulário oracional se reveste do sentido da anamnese, do memorial, trazendo assim à memória e tornando presentes as ações salvíficas que Deus realizou ao longo da história da salvação, culminando com o evento salvífico de seu próprio Filho. Saibamos, finalmente, que celebrar é também relembrar, numa volta às origens, buscando sempre uma restauração, uma nova experiência do fato que se celebra.
20 - Digamos ainda que, por causa do aspecto de memorial de nossas orações presidenciais, elas incluem em seu corpo oracional a epiclese, isto é, a invocação do Espírito Santo. De fato, é graças ao Espírito que elas atingem a eficácia sacramental, libertadas sempre de todo magicismo e de todo verbalismo ou intelectualismo vazio. 
Na oração eucarística, são duas as invocações do Espírito Santo: uma, sobre os dons do pão e do vinho, para que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor; e outra, sobre os comungantes, para que, comungando eles o corpo sacramental de Cristo, se tornem o seu corpo místico, eclesial e escatológico.
BIBLIOGRAFIA
- Instrução Geral sobre o Missal Romano (Do novo missal)


     Pastoral  liturgica  pnsc  2015   ano  B   Mateus

Por que não tem Missa na Sexta-feira Santa?


Um dia marcado pelo silêncio, jejum e abstinência

Atualizada em 02/04/2015 às 10:22

Para a Igreja Católica, a Sexta-feira Santa é um dia muito especial, marcado pelo silêncio. Este dia pertence ao Tríduo Pascal, em que a Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, sendo este o único dia em que não se celebra a Eucaristia.
Durante a Sexta-feira Santa, contempla-se de modo especial Jesus Cristo crucificado. As regras litúrgicas orientam que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.
Jesus, após sua prisão, foi interrogado, humilhado e torturado durante toda a noite. Até as três horas, os católicos acompanham este sofrimento como se estivesse acontecendo “agora”. Por isso, a Sexta-feira Santa é dia de jejum, abstinência e uma oportunidade de rever ações e objetivos de vida.
Em todas as Igrejas, fieis se reúnem junto aos sacerdotes para realizar a solene Ação Litúrgica da Paixão de Cristo, que deve ser celebrada depois do meio-dia e antes das 21h00.
Com algumas semelhanças na estrutura da Missa, mas sem a Oração Eucarística, a celebração da morte do Senhor consiste na leitura da Sagrada Escritura e as dez orações especiais para o bem do mundo; adoração da Santa Cruz; e Comunhão Eucarística. Presidida por um presbítero ou bispo, com os paramentos que usa para a missa, de cor vermelha, a celebração é o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Estrutura da Ação Litúrgica da Paixão de Cristo é apresentada desta maneira:
Entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar;
Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), aclamação ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada);
Homilia e silêncio de reflexão;
Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, formada por uma ação de graças e um pedido;
Adoração da Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e adorada ao som de cânticos;
Pai Nosso;
Comunhão dos fiéis presentes (Toma-se pão consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa);
Oração depois da comunhão;
Oração sobre o povo.
Vale destacar que em algumas cidades, por tradição, a Celebração da Paixão e Morte do Senhor é precedida da Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto.
Toda a liturgia católica da Sexta-feira Santa está em função de Cristo crucificado. Assim, a Liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus. A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para toda Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo. O fato de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.
Indulgência Plenária
Na Sexta-feira Santa, a Igreja concede a “Indulgência Plenária” aos que participam piedosamente da veneração da cruz e beijam devotamente o Santo Lenho.
No entanto, o fiel deve cumprir com outras condições conhecidas, como: confissão recente, renovação da fé, oração pelo Papa e invocação da Virgem. A condição da missa é substituída pela participação na solene Ação Litúrgica da Paixão de Cristo.
Jejum e abstinência
Quanto ao jejum e abstinência, o cânon 1252 diz que estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado 14 anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade (quem completou 18 anos) até os 60 anos começados. Todavia, os pastores e pais cuidem para que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados à lei do jejum em razão da pouca idade.
Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fieis nesse dia se abstenham de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade.
A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fieis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias na Sagrada Liturgia (Legislação complementar da CNBB quanto aos cânones 1251 e 1253).
Assessoria de Imprensa
Fabiano Fachini

   Pastoral  liturgica  pnsc.  2015