quinta-feira, 28 de março de 2013

Curso para Formação de Catequistas da Arquidiocese está com inscrições abertas

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A Comissão Arquidiocesana de Pastoral para Animação Bíblico-Catequética iniciará nova turma do Curso para a Formação de Catequistas a partir do dia 6 de abril. As aulas acontecerão todos os sábados das 8h30 às 11h30, na Matriz da Boa Vista, Praça Maciel Pinheiro, centro do Recife.
O curso seguirá até o dia 30 de novembro e é voltado para todos os fiéis que desempenham o papel de catequistas em suas comunidades. Os interessados podem fazer a inscrição pelo telefone 9298.0846 (Aldo).
Da Assessoria de Comunicação AOR

Escola Arquidiocesana de Fé e Política abre inscrições para nova turma

Nova ImagemA Escola Arquidiocesana de Fé e Política Padre Antônio Henrique está com inscrições abertas para o primeiro módulo do curso. As aulas serão realizadas nos sábados e domingos, no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O curso acontece entre os meses de  abril e novembro de 2013) e terá carga horária de 80 horas.
As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas  na secretaria da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, que fica localizada na Cúria Metropolitana, bairro das Graças, Recife. A matrícula custa R$ 20,00 e o valor de cada módulo é também R$ 20,00. Nas taxas, estão inclusos os materiais, almoços e lanches.
Clique aqui e acesse o folder da Escola Arquidiocesana de Fé e Política
Escola - Criada por iniciativa da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, a escola é um espaço de formação cristão e política à luz da ética e da Doutrina Social da Igreja (DSI). O objetivo é formar agentes de pastorais e lideranças alimentando a mística cristã e a espiritualidade. Além de fomentar o profetismo na perspectiva da evangelização e da transformação social, a escola busca discutir e incentivar a participação em espaços nas áreas das Políticas Públicas e de Controle Social. O público alvo é agentes de pastorais e militantes cristãos.
As temáticas discutidas no primeiro módulo serão: Conceitos de Fé e Políticas e Bíblia e Política: Unidade ou Paradoxo. As aulas acontecerão nos dias 13 e 14 de abril, das 8h às 16h.
Mais informações com Madalena ou Vivian pelo telefone (81) 3271-4270 (segunda a sexta-feira, das 8h às 13h).
Calendário Escola de Fé e Política
Da Assessoria de Comunicação AOR

Dom Fernando abre Semana Santa com Missa e Procissão de Ramos em Olinda

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Com a Missa do Domingo de Ramos e Paixão do Senhor é aberta oficialmente a Semana Santa. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, presidiu a celebração que tene início na Igreja da Misericórdia, no sítio histórico de Olinda. No local, abençoou os ramos e seguiu em procissão com os fiéis até a Igreja Catedral. Caminharam recordando a chegada de Jesus a Jerusalém sendo recebido com festa antes de ser crucificado. Na Sé de Olinda, deu continuidade à Missa.
Dom Fernando ressalta a importância de participar das celebrações e de ter o olhar voltado para os mais necessitados. “O Domingo de Ramos é exatamente o início da Semana Santa. Esta semana tão importante onde nós temos a oportunidade de meditar os mistérios centrais da nossa fé: a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Então, é um tempo em que a comunidade é convidada a penetrar profundamente nestes mistérios e assumir um compromisso com Cristo, que veio ao nosso meio para nos libertar e espera de cada um de nós uma atitude de solidariedade para com nossos irmãos, especialmente, àqueles que passam por dificuldades. Jesus, então, está na pessoa dele vivendo, continuando, prolongando a Paixão, disse.
Confira a reportagem exibida na Rede Vida de Televisão


575704_507728302623884_1521064164_nO teólogo e professor da Universidade Católica de Pernambuco, Degislando Nóbrega, participa das celebrações deste período que é considerado o ápice da fé cristã. “Esta semana a liturgia nos convida a acompanhar, vivenciar os passos de Jesus que morreu para nos salvar. Então, este mistério fica muito forte na liturgia destes dias”, afirmou.
Clique aqui e acesse a galeria de imagens na página da arquidiocese no Facebook
Durante a Semana Santa, a Igreja Catedral, a abre suas portas para as solenidades. Todas terão a presidência do arcebispo. Com uma única exceção. A Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, 28, será celebrada pelo religioso na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), na cidade de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. Dom Fernando repetirá o gesto de humildade de Jesus e lavará os pés de 12 internos. “É uma oportunidade de estar perto dos jovens infratores levando para eles uma palavra de esperança, de ânimo para que eles deixem essa vida e possam se voltar para o Evangelho”, enfatizou.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Evangelho do dia

Ano C - 28 de março de 2013

João 13,1-15

Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.
Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que, também, vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
13 1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.
2 Durante a ceia, - quando o demônio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-lo -,
3 sabendo Jesus que o Pai tudo lhe dera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da mesa, depôs as suas vestes e, pegando duma toalha, cingiu-se com ela.
5 Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a Simão Pedro. "Mas Pedro lhe disse: Senhor, queres lavar-me os pés!"
7 Respondeu-lhe Jesus: "O que faço não compreendes agora, mas compreendê-lo-ás em breve".
8 Disse-lhe Pedro: "Jamais me lavarás os pés!" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu não tos lavar, não terás parte comigo".
9 Exclamou então Simão Pedro: "Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça".
10 Disse-lhe Jesus: "Aquele que tomou banho não tem necessidade de lavar-se; está inteiramente puro. Ora, vós estais puros, mas nem todos!"
11 Pois sabia quem o havia de trair; por isso, disse: "Nem todos estais puros".
12 Depois de lhes lavar os pés e tomar as suas vestes, sentou-se novamente à mesa e perguntou-lhes: "Sabeis o que vos fiz?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.
15 Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós".
Palavra da Salvação.

Leitura
Êxodo 12,1-8.11-14
Leitura do livro do Êxodo.
12 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão:
2 “Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano.
3 Dizei a toda a assembléia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa.
4 Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer.
5 O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito.
6 E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembléia de Israel o imolará no crepúsculo.
7 Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem.
8 Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
11 Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.
12 “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.
13 O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito.
14 Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 115/116
O cálice por nós abençoado
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.

É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.


 
Comentário do Evangelho
É PRECISO CONVERTER-SE!
A recusa de Pedro de deixar-se lavar os pés revelou uma mentalidade da qual devia abrir mão como pré-requisito para continuar a ser discípulo de Jesus. Sem isto, era impossível ter parte com ele, e compartilhar de sua vida e missão.
Pedro comungava com a mentalidade hierarquizada da época, a qual determinava a cada um o seu devido lugar. A relação entre mestre e discípulo era regulada pela superioridade, sapiência, respeitabilidade de um, e pela inferioridade, ignorância e submissão do outro. Ao discípulo competia comportar-se como servidor do Mestre, por exemplo, lavando-lhe os pés após uma longa caminhada.
O comportamento de Jesus foi, totalmente, diferente. Foi o do escravo que acolhe um hóspede que chega de viagem à casa de seu senhor. Lavar os pés do visitante não cabia ao dono da casa, e sim aos servos.
O gesto de Jesus pareceu inaceitável a Pedro, pois rompia a hierarquia, podendo gerar desrespeito. A mentalidade de Pedro era perigosa. Agindo assim, corria o risco de introduzir na comunidade dos discípulos de Jesus o esquema de senhor-escravo o qual o Mestre viera abolir. Corria o risco de pôr a perder a obra de Jesus, contaminando-a com os modelos superados, próprios do mundo do pecado. Era urgente que Pedro se convertesse e se convencesse de que, no Reino, a grandeza consiste em fazer-se servidor de todos sem distinção.

Oração
Pai, ajuda-me a superar os esquemas mundanos que rompem a fraternidade e me reduzem aos esquemas do pecado, impedindo que eu me faça servidor do meu próximo.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Oração
Ó Pai, estamos reunidos para a santa ceia, na qual o vosso filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chega à plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 

Para arcebispo, Semana Santa é a 'grande semana do perdão'


Maringá - "Semana Santa: Deus não se cansa de perdoar" é o título do mais recente artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo metropolitano de Maringá, no Estado do Paraná. No texto, ele lembra que com a celebração do Domingo de Ramos, no último dia 24 de março, iniciou-se a Semana Santa: tempo único durante o ano para parar, contemplar e recomeçar um caminho a exemplo de Jesus. O arcebispo afirma que chama esta semana de a "grande semana do perdão": o perdão de todas as nossas falhas, a vida nova conquistada na Paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus.
Segundo ele, estes fatos aconteceram porque temos um Deus que nos ama, que tomou por primeiro a iniciativa de nos resgatar da miséria humana e nos cobrir para sempre com a sua infinita misericórdia. "Por isso é uma semana especial, um tempo que revivemos a cada ano, não como fatos do passado e sim como atualização aqui e agora da presença de Deus que continua salvando a cada um de nós, criaturas feitas a Sua imagem e semelhança", destaca.
Dom Anuar ainda analisa que ao contemplar o Pai Deus que em seu Filho Jesus nos ama perdoando e nos perdoa amando, nos chama para realizar aqui e agora a mesma realidade do amor perdão entre nós humanos. "Sem merecimento fomos perdoados por um Deus tão humano e próximo de nós. Por que somos tão mesquinhos em negar o perdão ou ficar guardando rancor e raiva de quem com motivos ou não nos feriu em nossos sentimentos?", questiona o arcebispo.
Para o prelado, nas nossas relações humanas nunca se deve buscar culpados e sim estabelecer relações verdadeiras, no amor desinteressado, construindo o que nos aproxima e nunca o que nos divide. Ele também recorda que nesta semana os fatos que vamos reviver começam na Quinta-Feira Santa com a missa da benção dos óleos do crisma, do batismo e dos enfermos. De acordo com dom Anuar, na presença de todos os presbíteros, os quais renovam nesta missa os compromissos presbiterais, pois foi na quinta- feira que Jesus instituiu a Eucaristia e o presbiterato.
Ele ressalta que esta celebração marca o início de todos os fatos de nossa salvação, e que em todas as igrejas, haverá celebração da Ceia do Senhor com o lava pés. "Relembrando aquele gesto e aquelas palavras de Jesus: ´Se eu Mestre e Senhor lavei-vos os pés, vos deveis lavar os pés uns dos outros´. Naquela memorável noite Jesus deixa a sua presença nas espécies de pão e vinho dizendo: "Isto é meu corpo, isto é meu sangue, fazei isto em memória de mim."
Já na Sexta-feira Santa, explica o arcebispo, contemplamos a Paixão de Jesus, às 15h na leitura da Paixão e nas orações por toda humanidade. Dom Anuar enfatiza que esta celebração não é uma missa; aliás, esse é o único dia do ano que não se celebra a missa, mas se distribui a Eucaristia, consagrada na missa de Quinta- Feira Santa. "Sexta-feira Santa é o dia da morte do Senhor, quando derrama do alto da cruz sangue e água, num grito de salvação: ´Pai em tuas mãos entrego o meu espírito´. Contemplamos a cruz, beijamos a cruz, como sinal de nosso resgate, como reconhecimento do imenso amor de Deus em Jesus por todos e cada um de nós. Ninguém como Ele para nos amar tanto e de tal forma", afirma.
Por fim, o prelado fala do Sábado da Vigília Pascal, onde a Igreja abençoa o fogo, e acende a coluna de cera, simbolizando a luz de Jesus que dissipa as trevas e ilumina a noite do pecado. Além disso, os sacerdotes abençoam a água, vida nova, nascimento para Deus, batismo, banho de regeneração, noite do aleluia, de um grito de vitória que culminará na madrugada de domingo. "Naquela penumbra do terceiro dia, algumas mulheres e três apóstolos são as primeiras testemunhas do túmulo vazio. A notícia não parou até hoje. Continuamos nós também a proclamar que o Senhor está vivo. O ressuscitado está no meio de nós, caminha conosco, como nos diz o apóstolo Paulo: ´Se Cristo não tivesse ressuscitado vazia seria nossa fé´. Essa é a nossa Páscoa, vida nova em Cristo Deus que não se cansa de perdoar", conclui dom Anuar.

Papa Francisco revigora população síria, diz arcebispo de Aleppo


Aleppo - O testemunho do papa Francisco tem dado nova força à população síria, martirizada por mais de dois anos de guerra. O arcebispo metropolitano da Igreja grego-melquita em Aleppo, Dom Jean-Clément Jeanbart, afirma à agência missionária AsiaNews que "com os seus discursos Francisco nos ajuda e nos indica o caminho para enfrentar o drama que estamos vivendo".
"Ele nos recorda que vivemos para Cristo e que devemos fazer de tudo para permanecermos próximos a Jesus, que é o único que pode salvar-nos", frisa. O arcebispo nos recorda que "em Aleppo, bem como no restante da Síria, bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis escreveram em seu coração esta mensagem e cada um busca realizá-la e difundi-la em suas dioceses, paróquias e famílias".
A decisão da fé é de tal modo incisiva que mais de 2 mil sírios, desafiando as bombas e o risco de atentados, participaram da missa do Domingo de Ramos celebrada na catedral grego-melquita da Virgem Maria em Aleppo. "A celebração foi comovente – conta o prelado –, a igreja estava lotada de fiéis provenientes de várias partes da arquidiocese, apesar do clima de guerra e violência que atingiu a nossa cidade."
Dom Jeanbart disse ter centralizado a sua pregação da missa do Domingo de Ramos justamente nas palavras do Papa: "Recordei aos fiéis que Cristo está conosco neste drama e não nos deixará, que virá a sua paz." Para o prelado, a violência, a guerra e o radicalismo islâmico não impediram que as pessoas tivessem esperança e convertessem o seu coração.
Na Síria, afirma, os muçulmanos não podem se converter ao cristianismo, se o fazem colocam em risco a própria vida. Todavia, dias atrás um homem me confessou querer tornar-se cristão e que gostaria de ser batizado. Trata-se de uma exceção em nossa comunidade, mas é um sinal forte do poder de Jesus e da mensagem cristã. Terceira cidade do mundo árabe por número de cristãos – em torno de 300 mil – após Beirute e o Cairo, Aleppo encontra-se em estado de assédio há quase oito meses.
Rebeldes islâmicos e exército dividiram bairros centrais e parte da periferia, utilizando as residências e edifícios como trincheiras. A aviação de Bashar al-Assad destruiu completamente o centro histórico, patrimônio da Unesco, obrigando milhares de pessoas à fuga. Recentemente, em Khan al-Assal, a poucos quilômetros da cidade, teriam sido lançadas armas químicas sobre a população.

Papa Francisco quer Missa de Quinta-feira Santa simples e íntima


A primeira missa de Quinta-feira Santa celebrada por Francisco não será transmitida pela TV
Roma - O Padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, informou que "a Missa que o papa Francisco celebrará na Quinta-feira Santa na capela do Instituto Penitenciário para menores (IPM) de Casal del Marmo será por expressa vontade sua muito simples".
Visto o caráter íntimo da visita pastoral, a presença dos jornalistas estará limitada ao exterior do edifício e não haverá transmissão televisiva ao vivo. Na Missa estarão presentes 50 jovens, entre os quais 11 meninas; todos hóspedes do IPM. O papa lavará os pés a doze deles, escolhidos de diferentes nacionalidades e confissões religiosas. As leituras e a oração dos fiéis serão feitas pelos meninos e meninas do IPM.
Depois da Missa o Papa encontrará os jovens e o pessoal do IPM, ao redor de 150 pessoas, no ginásio dessa instituição. Está prevista a presença da Ministra de Justiça, Paola Severino, acompanhada pela Chefe do Departamento de Justiça de Menores, Caterina Chinnici, do comandante da Polícia Penitenciária do Instituto, Saulo Patrizi e da diretora do IPM, Liana Giambartolomei.
Os jovens darão de presente a Francisco um crucifixo e um genuflexório de madeira, fabricados por eles na oficina de artesanato de Casal de Marmo e o Santo Padre levará para eles ovos de Páscoa e "colomba", (o doce de Páscoa tradicional italiano). Junto ao Pontífice concelebrarão o cardeal Agostino Vallini, seu vigário para a diocese de Roma, e o padre Gaetano Greco, capelão desse instituto. Também estarão presentes dois diáconos: um terciário capuchinho da Dolorosa, Fra Roi Jenkins e o padre colombiano Pedro Acosta.

O novo papa quer viver 'com os sesu padres', refeição junto com todos


Papa Francisco gosta do contato humano, não quer viver isolado do mundo
Cidade do Vaticano, 28 mar (SIR) – “Sei que minha presença está causando um pouco de transtorno, mas vivemos como irmão...”. Com estas palavras, informa Andrea Tornielli em seu Blog Vatican Insider, na terça-feira de manhã Papa Francisco comunicou a uns cinquenta sacerdotes que moram na Casa Santa Marta sua intenção de continuar na residência e não mais mudar para o apartamento papal no Palácio apostólico.
Simplesmente deixou o quarto 207 para ir para o quarto 201, sempre no segundo andar, que além do quarto, tem um pequeno escritório e uma sala para receber as pessoas. Mas continua a tomar as refeições junto com os outros moradores da residência como uma hóspede qualquer.
Um colaborador tentou, na semana passada, convencê-lo a se mudar para o Palácio Apostólico, argumentando que poderia causar algum constrangimento aos sacerdotes que moram na Casa Santa Marta e que trabalham nos vários dicastérios da Cúria romana. O Papa simplesmente lhe respondeu: “Estou acostumado a estar com os meus padres”.
Papa Francisco gosta do contato humano, não quer viver isolado do mundo e saber do trabalho e dos problemas da Cúria. Aliás isso não é novidade. Quando arcebispo de Buenos Aires gostava de morar num simples apartamento nos fundos do palácio arquiepiscopal, com um quarto simples e um escritório menor daquele de sua secretária, uma capelinha e a biblioteca. E também, de vez em quando preparava sua janta ou seu almoço sem a menor dificuldade.
A secretária do então cardeal Bergoglio, em entrevista ao jornal El Clarín afirmou que na mesa do escritório do futuro Papa encontrou várias vezes um pacote de macarrão debaixo de papéis de jornal, sinal evidente do costume herdado em seu lar quando sua mãe lhe ensinou a cozinhar.

Cardel Bergoglio deixou mensagem de Páscoa para sua Arquidiocese


Buenos Aires, 28 mar (SIR) – Após a surpreendente renúncia de Bento XVI, o então arcebispo de Buenos Aires decidiu gravar a mensagem de Páscoa para sua Arquidiocese antes de viajar para o Vaticano.
Como é tradição para as grandes festas da Páscoa e do Natal, o arcebispo primaz da Argentina, card. Jorge Bergoglio quis deixar sua mensagem para a Semana Santa antes de viajar para o Conclave que o escolheria como novo Papa, talvez com o pressentimento que não voltaria ao País para esta celebração.
O vídeo foi gravado entre os dias 20 e 21 de fevereiro. O card. Bergoglio entrou em contato com os responsáveis do Canal 21, que gravam e transmitem as informações oficiais do Arcebispado de Buenos Aires, dizendo: “Preciso gravar a mensagem porque tenho de viajar”.
O vídeo está com a Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual (Afsca), que tem a tarefa de distribuir o material aos canais de televisão. Num trecho de sua mensagem, Bergoglio, de terno preto, sem a cruz e o anel, como costumava andar pelas ruas da capital argentina, afirma: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida pelos outros. [E apontando uma imagem de Cristo crucificado, continua] Ele a deu por nós, por vós, por mim. Recuperou-a e nos acompanha com a vida plena. Deixe que Ele te acompanhe. Ele te ama. Páscoa é Jesus vivo”.
Em 27 de fevereiro, o card. Bergoglio viajou para Roma para se despedir de Bento XVI e participar do Conclave que o elegeu como Bispo de Roma.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Evangelho do dia

Ano C - 27 de março de 2013

Mateus 26 14-25

Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 26 14 um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes:
15 "Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei". Ajustaram com ele trinta moedas de prata.
16 E desde aquele instante, procurava uma ocasião favorável para entregar Jesus.
17 No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: "Onde queres que preparemos a ceia pascal?"
18 Respondeu-lhes Jesus: "Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer-te: Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos’".
19 Os discípulos fizeram o que Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa.
20 Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos.
21 Durante a ceia, disse: "Em verdade vos digo: um de vós me há de trair".
22 Com profunda aflição, cada um começou a perguntar: "Sou eu, Senhor?"
23 Respondeu ele: "Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá.
24 O Filho do Homem vai, como dele está escrito. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Seria melhor para esse homem que jamais tivesse nascido!"
25 Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: "Mestre, serei eu?" "Sim", disse Jesus.
Palavra da Salvação.
 
Leitura
Isaías 50,4-9
Leitura do livro do profeta Isaías.
50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;
5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.
6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
8 Aquele que me fará justiça aí está. Quem ousará atacar-me? Vamos medir-nos! Quem será meu adversário? Que se apresente!
9 O Senhor Deus vem em meu auxílio: quem ousaria condenar-me? Cairão em frangalhos como um manto velho; a traça os roerá.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 68/69
Respondei-me, pelo vosso imenso amor,
neste tempo favorável, Senhor Deus.

Por vossa causa é que sofri tantos insultos
e o meu rosto se cobriu de confusão;
eu me tornei como um estranho a meus irmãos,
como estrangeiro para os filhos de minha mãe.
Pois meu zelo e meu amor por vossa casa
me devoram como fogo abrasador;
e os insultos de infiéis que vos ultrajam
recaíram todos eles sobre mim!

O insulto me partiu o coração.
eu esperei que alguém de mim tivesse pena;
procurei quem me aliviasse e não achei!
Deram-me fel como se fosse um alimento,
em minha sede ofereceram-me vinagre!

Cantando, eu louvarei o vosso nome
e, agradecido, exultarei de alegria!
Humildes, vede isso e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
e não despreza o clamor de seus cativos.
 
Comentário do Evangelho
A COMUNHÃO ROMPIDA
O contexto do anúncio da traição de Judas aponta para a ruptura da comunhão que a traição comportaria. Esta seria consumada por alguém que partilhava a intimidade de Jesus, na condição de companheiro de caminhada e missão. Sentar-se à mesma mesa simbolizava comunhão de vida. A traição revelaria a hipocrisia de Judas no seu relacionamento com Jesus. Não era quem dava a impressão de ser, e sim um traidor travestido de amigo.
Judas, no entanto, não detinha o poder sobre a vida de Jesus. O evangelho sublinha que o gesto dele estava inserido num contexto maior do desígnio divino a respeito do Messias. Nem por isso sua responsabilidade foi menor. As palavras terríveis que recaíram sobre ele não deixam dúvida a este respeito: "Seria melhor que nunca tivesse nascido!".
Toda a cena é comandada por Jesus. É ele quem dá instruções precisas a respeito do lugar onde deve ser preparada a ceia pascal, da pessoa que haveria de ceder-lhes o local, da mensagem que lhe seria transmitida e dos detalhes da preparação. Os discípulos obedecem prontamente, fazendo tudo conforme o Mestre determinara.
Só Judas age na contramão da vontade do Mestre, mesmo que sua decisão, em última análise, já estivesse no contexto da vontade de Deus. Nenhum discípulo deveria seguir um tal exemplo.

Oração
Pai, reforça minha comunhão com teu Filho Jesus, de forma que nenhuma atitude minha possa colocar em risco este relacionamento profundo propiciado por ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
 
Oração
Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos e servas a graça da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
 
 

Igreja em El Salvador quer Dom Romero santo


San Salvador, 26 mar (SIR) – A Igreja católica de El Salvador começou a Semana Santa com o pedido da rápida canonização do arcebispo de São Salvador, Dom Oscar Romero, cujo assassinato completou 33 anos em coincidência com o Domingo de Ramos.
O atual arcebispo da capital salvadorenha, Dom José Luis Escobar Alas, abençoou as palmas levadas pelos peregrinos que participaram da cerimônia celebrada junto ao túmulo de Dom Romero, na cripta da Catedral Metropolitana. Depois da tradicional procissão, Dom Escobar pediu aos salvadorenhos que rezem para que o processo de canonização aberto em 1994 no Vaticano se conclua.
Dom Romero foi morto aos 63 anos por um franco-atirador com um tiro no peito enquanto presidia uma missa na capela de um hospital para doentes de câncer em São Salvador. Dom Escobar Alas pediu aos fiéis que levem à igreja “qualquer testemunho de favores, graças e milagres feitos por Dom Romero, pois existe um escritório especial que os recolhe e envia ao Vaticano. É importante que tenhamos muitas provas, porque podem ajudar no processo”, explicou.
Na catedral, abarrotada, os fiéis vestiam camisetas com a imagem do arcebispo e as escritas “São Romero da América”, e do lado de fora, ‘campesinos’ vendiam ramos de palmas, medalhas, livros, calendários e outros objetos dedicados a Dom Romero. “Oxalá que seja um bom sinal” para El Salvador; “tudo o que Deus faz é uma benção”, comentaram, sobre a coincidência do Domingo de Ramos com os 33 anos do assassinato.

Roma realiza jornada em memória dos missionários mártires


Roma, 26 mar (RV) – Celebrou-se este domingo, 24 de março, a Jornada de oração e de jejum em memória dos missionários mártires, promovida por ocasião do aniversário do assassinato do Arcebispo de San Salvador, Dom Oscar Arnulfo Romero, em 1980.
Dos eventos organizados em Roma, esteve presente o ativista argentino para os Direitos Humanos, Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz, que foi recebido em audiência pelo Papa quinta-feira passada. Sobre a Jornada, ele foi entrevistado pela Rádio Vaticano:

Romero é um mártir, um profeta da Igreja. A mensagem que ele nos passa é de sermos coerentes com aquilo que o Evangelho nos diz. Além disso, nos lembra da importância de compartilhar o pão, que alimenta o corpo, alimenta o espírito e a liberdade. A liberdade, de fato, é possível unicamente no amor. Partindo disso, podemos viver a mensagem do Evangelho.

Da Jornada, participou também o Bispo auxiliar de Roma, Dom Matteo Maria Zuppi:

A morte de Dom Romero ajuda toda a Igreja a recordar os muitos mártires que ainda hoje oferecem sua vida, os muitos mártires missionários, as muitas pessoas que são mortas ainda hoje por causa da fé. Isso é muito significativo neste Ano da Fé.
Dom Romero era um homem de fé e sua paixão pelos pobres e pela Igreja derivava justamente de sua fé. Por fim, creio que Dom Romero nos una à paixão da Igreja latino-americana e que a eleição do nosso novo Bispo de Roma, Papa Francisco, nos faça recordar toda a fadiga, a paixão, a luta, a busca da Igreja latino-americana por uma Igreja – como disse Francisco – pobre e próxima dos pobres.

Com Papa Francisco, inscrições à JMJ Rio batem recorde

Cidade do Vaticano, 26 mar (SIR) – Recorde de inscrições e programa ampliado: a eleição de Papa Francisco está revolucionando a organização da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho.
No último domingo, quando a Igreja celebrou o Dia de Ramos, Papa Francisco convidou os jovens a irem até à Cidade Maravilhosa para fazer deste evento “um sinal de fé para o mundo inteiro”. Mas desde a eleição do Papa argentino o número das inscrições à JMJ começou a subir rapidamente. A informação foi dada pelo Padre Eric Jacquinet, responsável do Setor “Jovens” do Pontifício Conselho para os Leigos (PCPL).
“A eleição de Papa Francisco – declarou o sacerdote francês – fez subir de maneira impressionante as inscrições, um recorde, para a JMJ do Rio por parte dos jovens latino-americanos e, em particular, dos argentinos.
Estes últimos, quando souberam que o Papa não teria visitado a Argentina após a JMJ, começaram a se inscrever em grande número”. Não só. “A chegada de Papa Francisco – acrescenta o responsável – com sua vitalidade e dinamismo, obrigou a rever toda a programação pensada por Bento XVI. A agenda de Papa Ratzinger, exatamente por causa do cansaço e da idade, tinha planejado um número reduzido de encontro e de menor duração, até o máximo de uma hora e meia. Agora – explica Jacquinet – estamos estudando seja o número seja a duração dos eventos.
O cardeal presidente Rylko falou na semana passada com o Papa e buscaremos de respeitar suas decisões. Por enquanto não há nada definido, mas ‘alguns sonhos, entre os quais um encontro com os jogadores de futebol’, esporte que Papa Francisco segue. Todos sabem, de fato, que na Argentina é torcedor do time do san Lorenzo de Almagro. Seria bonito ter um jogo de futebol...”, conclui sorrindo padre Jacquinet.

Reforma da imigração constitui maior emergência dos direitos civis


Los Angeles, Califórnia, 26 mar (SIR) - O Arcebispo de Los Angeles e presidente da Comissão para as migrações da Conferência Episcopal dos EUA (Usccb), Dom José Gomez, dirigiu um novo veemente apelo em favor de uma reforma integral da lei sobre a imigração que assegure aos imigrados um percurso voltado para a aquisição da cidadania.
E o fez com palavras fortes, invocando a tradição de acolhimento e os princípios fundadores dos EUA, que a atual sociedade estadunidense parece ter esquecido: "Perdemos a capacidade de entender a humanidade de homens, mulheres e crianças que vivem ilegalmente em nosso país, e como pastor isso me preocupa. Preocupa-me que estamos perdendo algo da alma da nossa nação", disse o prelado num pronunciamento em uma conferência organizada pela comunidade judaica da cidade.
Recordando as grandes batalhas dos anos sessenta em prol dos direitos civis nos EUA, Dom José Gomez definiu a reforma da imigração como "a mais urgente emergência dos direito civis do nosso tempo". Em seguida, o arcebispo de origem mexicana apontou o dedo contra a criminalização dos imigrados irregulares e as políticas abusivas adotadas contra eles: expulsões, detenções, famílias separadas com a força. "Não sou um político, sou um pastor, mas estamos falando de seres humanos, de pais e maridos que, sem aviso prévio, durante anos não podem voltar para casa e rever suas famílias."
Estamos falando de políticas governamentais que punem as crianças devido a irregularidades dos pais, disse. Segundo Dom José Gomez, este modo de tratar a questão da regulamentação dos fluxos migratórios é o fruto de uma sociedade secularizada que perdeu "a capacidade de falar dos problemas em termos religiosos e morais". Nesse sentido, as comunidades cristãs e judaicas podem dar a sua contribuição: "Devemos ajudar os nossos irmãos e irmãs a se recordarem da visão que inspirou o nascimento dos EUA: a visão da Bíblia e do Evangelho", afirmou o prelado, recordando o convite dirigido pelo Papa Francisco na missa de 19 de março de início do Pontificado a "custodiar", a cuidar de todo ser humano.
"Devemos comunicar a quem está perto de nós esta visão de Deus e da pessoa humana, que foi feita à imagem e semelhança de Deus. Somos todos filhos e filhas de Deus e ninguém é estrangeiro", concluiu o arcebispo de Los Angeles.
Há muito tempo, os bispos estadunidenses conduzem uma intensa batalha em favor de políticas que tutelem os direitos e a dignidade dos imigrados e pedem uma reforma que equilibre o respeito pelo Estado de direito com a tradição acolhimento, do país. Pedido este reiterado num recente encontro de uma delegação de 15 líderes religiosos com o Presidente Obama.

segunda-feira, 25 de março de 2013

24 de Março - Domingos de Ramos - Coleta Nacional da Solidariedade.




Eventos marcam contagem regressiva de 100 dias rumo à JMJ Rio2013

logojmj2012A partir do dia 12 de abril, começa a contagem regressiva para Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013. Faltarão 100 dias para a Jornada e para comemorar esse marco, do dia 12 a 16 de abril, serão promovidos diversos eventos para celebrar ainda mais a chegada da JMJ.
No primeiro dia, na sexta-feira, 12, haverá a Vigília dos Jovens Adoradores, às 22h, na Catedral, com a Missa presidida pelo padre Reginaldo Manzotti. Depois, todos seguirão em procissão pela Lapa em direção à Igreja de Sant’Ana, animados pela Banda Bom Pastor. A Vigília contará com a presença da banda Frutos de Medjugorje e pregação e oração de Cassiano Meirelles, da Canção Nova.
Dando sequência às comemorações, no dia 13 de abril, sábado, haverá a Feijoada JMJ, na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Tijuca. O evento foi sucesso nos vicariatos onde ocorreu e por isso será repetido, dessa vez para um público maior. A feijoada será das 12h às 16h e começará a ser servida às 13h. Padre Omar será o anfitrião e convidará cantores católicos e seculares.
No dia 14, domingo, está previsto um dia dedicado aos esportes. Para finalizar as comemorações, na terça-feira, 16 de abril, Dom Orani João Tempesta presidirá a Missa de encerramento das comemorações dos 100 dias para JMJ. A celebração será na comunidade Mandela, às 11h, com a presença de todos os voluntários do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013.
Fonte: Assessoria de Comunicação JMJ Rio

Inscrições para o 8º Muticom têm início nesta segunda-feira, 25



destaque-eventoO 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom) vai abrir inscrições a partir da próxima segunda-feira (25). O evento vai ser realizado pela primeira vez em Natal (RN), no período de 27 de outubro a 01 de novembro deste ano, e pretende reunir jornalistas, estudantes de comunicação, pesquisadores, professores agentes da Pastoral da Comunicação e comunicadores populares de todo o Brasil, para debater temas relacionados à comunicação. As inscrições vão ser realizadas exclusivamente pela internet, através do site: www.muticom.com.br. No portal, o participante deve preencher o formulário, e imprimir o boleto, para efetuar o pagamento da taxa. Até o dia 31 de julho, o valor da inscrição será R$ 100. Após este período, vai passar para R$ 130. As inscrições encerram no dia 10 de outubro. O encontro vai ter como tema para este ano “Comunicação e participação cidadã: meios e processos”, e é uma promoção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, Signis Brasil, Arquidiocese de Natal, em parceria com as unidades acadêmicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN): Superintendência de Comunicação, Departamento de Comunicação, Centro Acadêmico Berilo Wanderley e Mestrado em Estudos da Mídia.
 Submissão de Trabalhos
Para este ano, o Muticom vai contar com uma novidade. Ao invés das tradicionais oficinas, serão realizados Grupos de Trabalho (Gt’s). No ato da inscrição, o participante deverá escolher o GT que pretende participar, seja como ouvinte ou apresentador de experiências. Neste último caso, a equipe acadêmica do encontro ainda vai divulgar as normas para submissão dos resumos dos trabalhos. Ao todo, são 14 Gt’s, que abordam diversos temas, como: impressos, televisão e cidadania, rede de comunicadores, comunicação e educação, assessoria de comunicação e promoção de eventos, entre outros. Para consultar a programação completa, acesse o site do evento.
Fonte: Assessoria 8º Muticom

Evangelho do dia

Ano C - DIA 25/03

Jesus em Betânia - Jo 12,1-11

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos. Lá, ofereceram-lhe um jantar. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, então, tomando meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se do aroma do perfume. Judas Iscariotes, um dos discípulos, aquele que entregaria Jesus, falou assim: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres?” Falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas, porque era ladrão: ele guardava a bolsa e roubava o que nela se depositava. Jesus, porém, disse: “Deixa-a! Que ela o guarde em vista do meu sepultamento. Os pobres, sempre os tendes convosco. A mim, no entanto, nem sempre tereis”. Muitos judeus souberam que ele estava em Betânia e foram para lá, não só por causa dele, mas também porque queriam ver Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes, então, decidiram matar também Lázaro, pois por causa dele muitos se afastavam dos judeus e começaram a crer em Jesus.
Leitura Orante

Oração Inicial

O bem-aventurado Alberione nos sugere uma postura para este momento de oração:
“sentemo-nos aos pés do Mestre e digamos a ele:
Vós sois o Caminho, quero seguir vossos passos e imitar vossos exemplos.
Vós sois a Verdade: iluminai-me!
Vós sois a Vida: dai-me a vossa graça!”
(ER I 132).

1- Leitura (Verdade)

O que o texto diz?
Leio atentamente o texto do dia: Jo 12,1-11.

Esta cena de Betânia nos apresenta duas pessoas olhando para Jesus: Maria e Judas. Maria quer expressar todo seu amor. E o faz com um presente de qualidade, bastante caro. Judas, infelizmente, não entende a linguagem do amor. Só entende a linguagem do interesse, disfarçado em caridade: partilhar com os pobres. O perfume com que Maria unge os pés de Jesus é símbolo de unidade, de amor.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim? Para nós, hoje?
Posso oferecer perfume de boa qualidade a Jesus, expressando meu amor. Ou disfarçar minha caridade, meu amor. Em Aparecida, os bispos falaram deste amor, em vários momentos: “Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35). (DAp 138).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Medito calmamente e rezo cada estação ou momento da Via sacra,
pensando na Via Sacra hoje, na minha Via sacra e na Via sacra de tantas pessoas.
VIA SACRA
1. Jesus é condenado à morte por Pilatos (Mt 27,26)
A cada estação, faço um momento de silêncio e depois rezo:
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
2. Jesus carrega a sua Cruz (Mt 27,31)
3. Jesus cai pela primeira vez
4. Jesus encontra a sua Mãe
5. Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a Cruz (Mt 27.32)
6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
7. Jesus cai pela segunda vez sob o peso da Cruz
8. Jesus fala às mulheres de Jerusalém (Lc 23,27)
9. Jesus cai pela terceira vez sob o peso da Cruz
10. Jesus é despojado de suas vestes (Mt 27,35)
11. Jesus é pregado na Cruz
12. Jesus morre na Cruz (Mt 27,50)
13. Jesus é descido da Cruz (Mt 27,59)
14. Jesus é sepultado (Mt 27,60)
15. Jesus ressuscitou (Mt 28,5).
Termino, fazendo com muita consciência o sinal da cruz:
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual o meu novo olhar a partir da meditação e oração da Palavra? Proponho ter o olhar parecido verdadeiramente com o Mestre. Para isto quero assumir a centralidade do Mandamento do amor.

Bênção

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Santo do dia


Santo Irêneo de Sírmium
Século IV

25 de Março - Santo Irêneo de Sírmium

Irêneo foi martirizado no século IV, sob a perseguição sangrenta e implacável do imperador Diocleciano. Era bispo de Sírmium, na Panônia. Atualmente Mitrovica, na Hungria. Não há muitos dados sobre sua vida, até ser condenado por ser cristão e levado à presença do governador da Hungria, Probo. Fora casado, mas ao assumir o sacerdócio se tornou celibatário, como era necessário naqueles tempos.

Além destas informações, temos sobre ele o relato do processo e do seu julgamento. Probo, o próprio governador que o interrogou, não se conformava com o fato de o bispo não exprimir vontade alguma de salvar sua vida, sacrificando aos deuses pagãos, como dizia o decreto do imperador romano. Assim, fez de tudo para que ele mudasse de idéia. Depois que Irêneo se recusou ao sacrifício ordenado, foi amarrado a um cavalete e torturado. Como nem ao menos reclamasse, Probo mandou buscar todos os membros de sua família. Vieram mãe, esposa e filhos e todos passaram a chorar por ele, ao redor do instrumento de tortura, pedindo que ele abrisse mão de sua condição de cristão. Igualmente, de nada adiantou. Não renegou a fé em Cristo.

Irêneo foi levado então de volta ao cárcere, onde durante dias permaneceu sendo espancado continuamente. Mais uma vez levado à presença do governador, o bispo novamente se negou a obedecer às ordens do imperador. Probo mandou então que ele fosse jogado no rio. Só então o bispo Irêneo reclamou: não admitia que tivessem dó dele por ser cristão, já que não tiveram do Cristo. Exigia ser passado a fio de espada. Irado com a insolência do religioso, Probo mandou então que fosse decapitado. Era o dia 25 de março de 304.

A Igreja celebra a festa litúrgica de Irêneo de Sírmium, no dia de sua morte.

Mensagens

Páscoa solidária



Páscoa é vida para todos!
A Ressurreição de Jesus confirma,
A cada ano, essa verdade.
Uma verdade que gera vida, porque ela acontece
Quanto se reparte o amor.

Páscoa solidária é ser capaz de sofrer com quem sofre,
De sentir a dor do outro e dizer-lhe: "Vem para o meio".
Páscoa é proclamar por cima dos telhados
Que a vida vence a morte
Que o bem vence o mal, quais sejam as falcatruas.

Páscoa solidária é acreditar e proclamar
Ele está vivo e caminha conosco!
Ele assumiu nossas dores para que nós tenhamos a força
E a coragem de assumir as dores dos irmãos e irmãs.
Ele nos quer testemunhas de fé e de esperança.

Ele não nos quer tristes e desanimados
Ele nos quer alegres, felizes e capazes de superar
Toda tristeza e solidão. E isso podemos fazer e ser
Na experiência do Ressuscitado, "Eu vi o Senhor"! Que transforma a nós mesmos e a nossa realidade.

Então podemos dizer: Feliz Páscoa!

Papa anuncia viagem ao Brasil durante missa do Domingo de Ramos



'Vamos nos encontrar naquela grande cidade' (Foto: AFP)
O Papa Francisco anunciou neste domingo, durante as celebrações do Domingo de Ramos, que viajará em julho ao Brasil para participar na Jornada Mundial da Juventude que será realizada no Rio de Janeiro.
"Aguardo com alegria o próximo mês de julho, no Rio de Janeiro. Vamos nos encontrar naquela grande cidade", informou o Sumo Pontífice.
"Queridos amigos, também eu me ponho a caminho, seguindo os passos do beato João Paulo II e Bento XVI. Agora já estamos perto desta grande peregrinação da Cruz de Cristo", acrescentou.
Há 28 anos, o Domingo de Ramos é considerado o Dia da Juventude pela Igreja católica, por isso o Papa aproveitou a ocasião para fazer o anúncio oficial de sua viagem ao Rio de Janeiro para participar no encontro mundial com os jovens, que acontecerá de 23 a 28 de julho.
O Papa Francisco havia manifestado na quarta-feira passada à presidente brasileira Dilma Rousseff seu desejo de viajar em julho ao Brasil e, se possível, também visitar o santuário de Aparecida em seguida.
A primeira viagem à América Latina do papa emérito Bento XVI foi há seis anos, a Aparecida, para participar na assembleia-geral da Conferência Episcopal Latino-americana (CELAM).
Por sua parte, João Paulo II visitou o Brasil em quatro ocasiões, ao longo de seus 26 anos de pontificado.
Francisco presidiu pela primeira vez a missa de Ramos na Praça de São Pedro, com a qual são iniciados os ritos da Semana Santa, uma das mais importantes datas para a Igreja católica.
O pontífice argentino abençoou os ramos e realizou a procissão que comemora a entrada de Jesus em Jerusalém e, principalmente, sua paixão e morte na Cruz.
A missa foi concelebrada com vários cardeais, entre eles o italiano Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, que sofreu um leve desmaio e foi socorrido.
--- O sudário não tem bolsos ---
"Não sejam jamais homens e mulheres tristes. Um cristão jamais pode sê-lo", pediu o Papa em sua homilia, improvisando em muitos trechos.
"Queridos jovens, eu os imagino fazendo festa em torno de Jesus, agitando ramos de oliveira; eu os imagino enquanto aclamam seu nome e expressam a alegria de estar com ele. Vocês têm uma parte importante na celebração da fé. Nos trazem a alegria da fé e nos dizem que temos de viver a fé com o coração jovem, sempre, inclusive aos setenta, aos oitenta anos", afirmou.
Em uma praça tomada de jovens, reivindicou os princípios básicos de seu pontificado: atenção à juventude, alegria, esperança e significado da cruz, ou seja, do sacrifício.
Neste sentido, recordou que Cristo assumiu para ele os males do mundo para vencê-los. "Olhemos ao nosso redor: quantas feridas inflige o mal à humanidade! Guerras, violências, conflitos econômicos que se abatem sobre os mais fracos, a sede de dinheiro, de poder, a corrupção, as divisões, os crimes contra a vida humana e contra a criação", denunciou.
"E nossos pecados pessoais: as faltas de amor e de respeito a Deus, ao próximo e a toda criação", observou.
Respeitando seu estilo espontâneo, recordou um ditado de sua avó sobre a ambição. "Ela dizia que o sudário não tem bolsos", afirmou em tom mais de padre do que teólogo, para explicar que não se pode levar o dinheiro depois da morte.
Francisco pediu aos católicos que não se deixem vencer pelo mal e citou o diabo, termo quase em desuso e que mencionou várias vezes desde que foi eleito.
"Não devemos crer no Maligno, que nos diz: não podes fazer nada contra a violência, a corrupção, a injustiça contra teus pecados. Jamais podem0os nos acostumar ao mal", afirmou em seu sermão pronunciado em italiano.
Ao término do rito, o sumo pontífice percorreu a praça no papamóvel aberto, acariciou crianças e saudou os fieis.
Em seguida, rezou o tradicional Angelus do altar instalado na esplanada e não da janela do palácio apostólico. "Bom caminho para todos", saudou em vários idiomas.
O Vaticano não divulgou o calendário das celebrações litúrgicas, mas confirmou em uma nota que os ritos da Semana Santa transcorrerão segundo a tradição.
A única novidade é que o Papa celebrará em 28 de março uma missa por ocasião da Quinta-feira Santa em um reformatório em Roma, durante o qual lavará os pés de vários detidos.
AFP

Entre o início e o fim de uma “primavera”

A análise é de Sérgio Ricardo Coutinho*, presidente do Centro de Estudos em História da Igreja na América Latina (CEHILA-Brasil).


Do filme "Irmão Sol, Irmã Lua" (Foto: )
Mais que um evento eclesial, o conclave e a consequente eleição de Francisco – em especial este que foi amplamente acompanhado após o fato novo da renúncia de Bento XVI – devem ser vistos enquanto um “evento comunicativo”. No campo dos estudos de “recepção”, Michel de Certeau destacou a importância para a criatividade das pessoas na esfera do consumo, suas reinterpretações ativas das mensagens a elas dirigidas e as táticas para adaptar o sistema de objetos materiais às próprias necessidades. Um conceito fundamental, segundo ele nesta discussão, é o de apropriação, às vezes acompanhado de seu oposto complementar, a recuperação de objetos e significados pela cultura oficial ou dominante.
Nosso objetivo aqui é o de apresentar as apropriações, interpretações e recuperações dos primeiros gestos do papa Francisco junto a diferentes grupos eclesiais no Brasil.
Entre os membros da estrutura eclesiástica, de modo especial os cardeais brasileiros que participaram do último Conclave, Francisco traz a esperança de uma Igreja “reformada”, mais simples, despojada, ao lado do povo, para ser capaz de uma “nova evangelização” e se tornar crível.
Dom Raymundo Damasceno Assis (presidente da CNBB) assim vê o novo papa: “Um pastor que ama o seu povo, que está inteiramente voltado para o cuidado do seu povo, mas ao mesmo tempo aberto ao mundo, a todos os demais povos, com os que pertencem a uma outra religião... um homem de grande simplicidade, de grande amor aos pobres.
Para Dom Claudio Hummes: “o nome é todo esse programa. Hoje, a Igreja precisa, de fato, de uma reforma em todas as suas estruturas. Será uma obra gigantesca. Alguém disse já que a escolha do nome Francisco já é uma encíclica, não precisa nem escrever”.
Outro grupo eclesial, formado pelos(as) teólogos(as) da libertação, o horizonte de expectativa é uma mescla da sensação de uma brisa de “primavera” em meio ao ainda pesado vento de “inverno” presente.
Para Leonardo Boff, “o importante agora não é o homem, mas sim a figura de um papa que escolheu se chamar Francisco, que não é apenas um nome, mas sim um projeto de Igreja. Uma Igreja pobre, popular. Uma Igreja do Evangelho, distante do poder e próxima das pessoas. Penso que esse papa é o novo rosto da Igreja, humilde e aberta, que pode trazer a experiência do ‘Grande Sul’, onde vivem 70% dos católicos”.
Segundo José Oscar Beozzo, experiente historiador da Igreja, a presença de um papa jesuíta é uma grata ruptura na tradição histórica porque “sempre houve um temor de ter um jesuíta, de ser ao mesmo tempo um ‘papa branco’ e ‘papa negro’. Isso [a eleição de Francisco] rompeu com uma tradição histórica, pro bem da Igreja”. Para ele, a escolha do nome toca um tema fundamental na trajetória da Igreja latino-americana: a opção pelos pobres, como também um compromisso com a preservação ambiental.
Paulo Suess, missiólogo e assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), falando em nome das pastorais sociais do Brasil, deseja que o papa Francisco, inspirado no santo de Assis, “no abraço dos leprosos, que hoje se encontram não só na cúria romana, mas por toda parte do mundo, encontre sua missão profunda e conversão permanente” e que ele, “como São Francisco, na oração diante do ícone da cruz na Igreja de São Damião, escute a voz de Jesus, que o convida para a reconstrução da Igreja em ruína da qual todos fazemos parte”.
Apesar desta recepção positiva, entre as mulheres a percepção e a apropriação é bem diferente.
Para a teóloga feminista Ivone Gebara, “a figura bondosa e sem ostentação eleita pelos cardeais... escondeu o homem real com suas numerosas contradições e temos [agora] uma percepção mais realista de sua biografia”, ou seja, a aproximação do então cardeal Jorge Maria Bergoglio com a ditadura militar argentina. Daí ela recupera uma tese típica dos anos de “Guerra Fria” e também utilizada agora pelo governo venezuelano após a morte de Hugo Chávez: o “complô”. “Foi possível intuir que sua eleição é, sem dúvida, parte de uma geopolítica de interesses divididos e de equilíbrio de forças no mundo católico. A cátedra de Pedro e o Estado do Vaticano devem mover suas pedras no xadrez mundial para favorecer as forças dos projetos políticos do norte e dos seus aliados do sul. O sul foi de certa maneira co-optado pelo norte. Um chefe político da Igreja, vindo do sul vai equilibrar as pedras do xadrez mundial, bastante movimentadas nos últimos anos pelos governos populares da América latina e pelas lutas de muitos movimentos entre eles os movimentos feministas do continente com reivindicações que atormentam o Vaticano.”
Na linha dos movimentos feministas que “atormentam” o Vaticano, a socióloga Lúcia Ribeiro revelou seu mal-estar ao acompanhar toda a cobertura dada pela mídia, por muitos artigos e entrevistas sobre a eleição de Francisco. Isto porque “todo o processo visibiliza e deixa explícita a exclusão da mulher da esfera de poder da Igreja Católica”. Reconhece que as mudanças estruturais são demoradas, mas “o fundamental é a transformação que vem das bases. É aí que as mulheres começam a ocupar um lugar fundamental, como agentes de pastoral, coordenadoras de comunidades, assessoras, participantes de ministérios não ordenados, ou de tantas outras formas, como membros ativos de suas comunidades”.
Outra interpretação vem da teóloga, respeitada nos meios eclesiais e eclesiásticos no Brasil e em Roma, Maria Clara Bingemer. Para ela, Francisco chamou a atenção por sua profunda espiritualidade inaciana e esta poderá ajudá-lo muito no exercício do seu ministerio petrino: “Inclinando a cabeça pediu a oração do povo por sua pessoa e seu ministério. Foi um gesto típico de alguém formado na escola de Inácio de Loyola, cuja maior aspiração é seguir e servir o Cristo pobre e humilde”.
Entre os carismáticos, este mesmo gesto de Francisco proporcionou outra interpretação e outra apropriação. Para o fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, e para Luzia Santiago, uma das coordenadoras deste movimento, ir até a Praça de São Pedro foi uma “obrigação” porque tinham “que estar onde a Igreja está”. Para Monsenhor Jonas, Francisco “pede para que a Igreja seja orante, simples, pobre, totalmente a serviço” e “estamos aqui dispostos a fazer o que o papa nos diz a fazer”. E o que ele disse a fazer? “Que orem por ele”. Como um dos fundadores da Renovação Carismática Católica no Brasil, Monselhor Jonas viu naquele gesto (de baixar a cabeça) o mesmo que acontece em muitos grupos de oração da RCC: “estava à espera da luz do Espírito Santo. Espera que seja conduzido pelo Espírito Santo e só faltou a Praça inteira estender a mão, para que orássemos em língua sobre o papa, porque o Espírito Santo estará presente para governar a barca de Pedro”.
Para este grupo, nunca houve “inverno” na Igreja. Somente “primavera” e ela continuará com a ajuda do Espírito Santo.
Por fim, o grupo dos restauradores da identidade católica. Para estes a “primavera” trazida por Bento XVI (mais que João Paulo II) parece que se transformará em um “outono” e temem o frio do “inverno”.
O desafio posto para este grupo vem da seguinte pergunta: Como ser obediente a um papa que se aproxima demais dos pobres e do Concílio Vaticano II? A resposta: recuperar a continuidade do papado.
Para Pe. Marcélo Tenorio, articulista do site Montfort, o “Magistério de Bento XVI foi um magistério claro, preciso, tendo como fundamento a Verdade sobre Deus, sobre a Igreja e sobre o Homem. Preocupou-se profundamente com a questão da Sagrada Liturgia. Condenou severamente o relativismo”. No entanto, ficou deveras surpreso e decepcionado quando viu surgir o papa Francisco: “Não posso negar minha surpresa ao vê-lo surgir no balcão da Basílica. Também não posso negar que fiquei confuso diante de seus primeiros gestos, desde as vestes, como também o uso da Estola Petrina (que indica a autoridade do Vigário de Cristo), concluindo com sua inclinação diante do povo, além de se colocar, várias, vezes, apenas como ‘o bispo de Roma’”. Ao final do artigo não perde a esperança de um futuro melhor: “Os teólogos da libertação e escravidão das consciências, os boffes heréticos e baderneiros, os liberais, modernistas e positivitas apressadamente já se juntam para gritar ‘Viva Francisco!’ Contra eles e pela Igreja gritamos também nós, junto de Dom Bosco: VIVA O PAPA!”
Outro articulista do site, Alberto Zucchi, interpreta o nome Francisco de forma positiva em vista do projeto de Igreja que defendem: “A escolha do nome de Francisco lembrando ao Santo de Assis tem sido apresentada pela imprensa como sendo uma menção especial à proteção da natureza, mas a obra deste grande santo foi sobretudo a restauração da Igreja em um tempo de grande corrupção e heresia. Nosso Senhor pediu a São Francisco ‘restaura minha Igreja’. Sem dúvida o Papa precisará de muitas forças para restaurar a Igreja como pediu Nosso Senhor a São Francisco. Unamos nossas orações as do Papa. No momento é o que devemos e o que é possível”.
Outro que também comunga deste mesmo projeto eclesiológico é o Pe. Paulo Ricardo, que possui um programa em sua home-page “Christo Nihil Praeponere” (“A nada dar mais valor que a Cristo”).
Pe. Paulo organizou um longo programa, com mais de uma hora, para explicar aos seus fiéis seguidores os “novos” gestos do papa Francisco, especialmente na Liturgia. Segundo ele, seria um programa com um tom de “direção espiritual”, pois muitos estavam agitados, perplexos e com algum temor sobre o futuro da Igreja, e de sua liturgia, após a eleição de Francisco.
Diante de muitas questões recebidas por e-mail, entre elas sobre se deveria ou não obedecer ao papa, Pe. Paulo com muito cuidado diz: “Primeiro, precisamos crer, precisamos ter fé, fé na graça que ele recebeu ao ser eleito. Precisamos dar passos espirituais em diante. Esqueçam o passado e vamos ver o futuro que ele nos dará. Se nós estamos condenando antes de fazer as coisas assim não haverá condições de continuar”. E, com certa dose de constrangimento, arremata: “Vocês sabem o quanto eu quero bem a Bento XVI e creio que ele foi sucessor de Pedro, porque creio neste amor, nesta benevolência de filho a um pai. Mas isto não me impede de dizer que, em muitas decisões dele, tenho sérias dificuldades em estar de acordo e posso fazer uma lista de decisões que não estou inicialmente de acordo, mas preciso ter uma benevolência, tentar ver o bem que dali brota. Não posso dizer que estou de pleno acordo com a renúncia de Bento XVI”.
Buscando tranquilizar os “espíritos” dos seus telespectadores, conclui: “Nenhum papa é completo. Perdoemos os erros de Bento XVI e também os futuros erros de Francisco, porque somos católicos. As pessoas estão exasperadas na internet! Não foi um partido que mudou! O papado continua! Bento XVI lutou para uma ‘hermenêutica da continuidade’. Devemos rezar pela ‘hermenêutica da continuidade’ no papado de Francisco”.
Enfim, os gestos surpreendentes de Francisco parecem que tem provocado (vamos ver o que ainda vem pela frente) sensações, sentimentos e desejos diferentes, divergentes e convergentes. Como disse Jesus, e muito valorizada pelo papa João XXIII, prestemos atenção aos “sinais dos tempos”, pois para uns seria o início de uma “nova primavera” e para outros estaria chegando o seu fim.
IHU-Unisinos, 25-03-13.
*Sérgio Ricardo Coutinho é mestre (UnB) e doutorando (UFG) em História Social; professor de “História da Igreja” no Instituto São Boaventura e de “Formação Política e Econômica do Brasil” e de “Teoria Política” no Centro Universitário IESB, em Brasília; membro da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR) e presidente do Centro de Estudos em História da Igreja na América Latina (CEHILA-Brasil).

sexta-feira, 22 de março de 2013

Semana Santa: Arquidiocese se prepara para celebrar o ápice da fé cristã



SEMANA SANTA CATEDRAL - CARTAZ

Cheia de significado e fé, a Semana Santa é para os católicos momento para a reflexão e conversão. A Páscoa, maior gesto de amor pela humanidade, é o centro da vida da Igreja. Tudo brota do Mistério Pascal. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, presidirá as celebrações da Semana Santa na Igreja Catedral, Sé de Olinda, com uma exceção. O arcebispo escolheu a unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Abreu e Lima, para a Missa da Ceia do Senhor/Lava-pés realizada na Quinta-feira Santa, 28, a partir das 15h.
“A Campanha da Fraternidade 2013 tem como tema a Juventude e é preciso ultrapassar os muros das igrejas e ir ao encontro dos jovens reféns das drogas, do crime e marginalizados”, ressaltou Dom Fernando. Na ocasião, o religioso repetirá o gesto de humildade de Jesus e lavará os pés de 12 internos da Funase.
A abertura da Semana Santa acontecerá no próximo dia 24, Domingo de Ramos. A partir das 8h30, o arcebispo seguirá com os fiéis na Procissão de Ramos. O ato simboliza a chegada de Jesus a Jerusalém, recebido com muita festa dias antes de ser crucificado. O cortejo sairá da Academia Santa Gertrudes, na Ladeira da Misericórdia, até a Igreja Catedral, Sé de Olinda, onde será celebrada a missa.
PQAAAPbLfXQgVcO2pNA4RHxngAkLwbyhnG7uqh4aaFQ0SE624g-KVKLw4yuld5clEVdX5q5fuBw7AszjXHuX3Y3IVGAAm1T1UOyOrJpznjyAOzTr_BsZyAV55MOkNa quinta-feira, 28, há duas celebrações. A primeira delas será às 9h. Trata-se da Missa dos Santos Óleos. Dom Fernando e todo o clero se reúne para abençoar o óleo feito de oliveira, que será utilizado durante o ano nas 109 paróquias da arquidiocese na administração dos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos. Na celebração também acontece a renovação dos votos sacerdotais.
À tarde, o religioso seguirá para a Funase, em Abreu e Lima, onde celebrará a Missa da Ceia do Senhor. Na Igreja Catedral, assim como nas paróquias da arquidiocese, também será realizada a celebração. A missa na Sé terá a presidência do cura da catedral, monsenhor José Albérico de Almeida, a partir das 17h. A Sexta-feira Santa, 29, é o único dia no ano, em que não se realizam missas em nenhuma Igreja Católica, neste dia acontece a Celebração da Paixão. Às 15h, a Igreja realiza uma liturgia composta por Celebração da Palavra (Leituras de Salmos e do Evangelho da Paixão), Oração Universal da Igreja, Exaltação da Santa Cruz e Comunhão dos fiéis. Em seguida, os fiéis participam da Procissão do Senhor Morto, que percorrerá as ruas do Sítio Histórico da cidade.
O Sábado de Aleluia, 30, é um momento de espera. Todos aguardam a ressurreição de Jesus. Os fiéis participam da Vigíla Pascal, que é antecedida pela bênção do fogo e do Círio Pascal, representando a luz de Cristo. As portas da igreja permanecem fechadas e as luzes apagadas. Durante a celebração, os católicos renovam as promessas do Batismo. Logo após, a missa segue os ritos tradicionais.
Na alegria da Ressurreição de Cristo, no Domingo de Páscoa, 31, Dom Saburido celebra Missa às 9h. A partir da data, a Igreja inicia o período Pascal com duração de 50 dias, encerrando-se com a Festa de Pentecostes.
Da Assessoria de Comunicação AOR

Via Sacra acontece hoje (22) na orla de Boa Viagem


Nesta sexta-feira (22), realizaremos a “VI Via Sacra da Fraternidade”, com a participação dos fieis das 15 paróquias do Vicariato Recife Sul 2, da Arquidiocese de Olinda e Recife, na Praia de Boa Viagem. A abertura será às 19h, na igreja matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem (Pracinha), ao longo da orla, serão feitas orações e meditações até chegar no 2º Jardim, onde haverá o encerramento.

Nessa caminhada penitencial de preparação para a Páscoa, serão refletidos em 14 paradas, conhecidas como estações, os momentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, relacionando-os aos temas ligados à juventude, objeto central da Campanha da Fraternidade 2013.
 
Estarão nessa Via Sacra o arcebispo metropolitano de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, o presidente da Comissão Pastoral Arquidiocesana para a Juventude, Padre Gimesson Silva, o vigário Episcopal, Padre Paulo Sérgio, todo o clero da região, e o coordenador do Movimento Bote Fé, irmão Kleber Antônio. São esperadas mais de duas mil pessoas que poderão ajudar os mais necessitados levando 1kg de alimento não-perecível.
 
Fazem parte do Vicariato as seguintes paróquias: Nossa Senhora da Boa Viagem (Boa Viagem); Nossa Senhora da Piedade (Piedade), Nossa Senhora do Rosário (Boa Viagem); Nossa Senhora de Fátima (Boa Viagem), São Sebastião e São Cristovão (Imbiribeira); Nossa Senhora do Carmo (Cajueiro Seco); Nossa Senhora do Rosário (Pina); Santo Antônio (Prazeres); Coração Imaculado de Maria (Brasília Teimosa); Nossa Senhora do Rosário (Muribeca); Nossa Senhora do Rosário (Novo Guararapes); Nossa Senhora de Fátima (Ibura); Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Ipsep); Cristo Redentor (Ibura); Nossa Senhora das Candeias (Candeias).

Paróquia Nossa Senhora das Candeias - Semana Santa 2013

Matriz

Confissões:

Domingo (24/03) - 8h

Segunda-feira (25/03) - 16h30 às 21h

Terça-feira (26/03) - 18h30 às 21h

Quarta-feira (27/03) - 9h30 às 11h30



Tríduo Pascal

Quinta-feira (28/03) - Ceia do Senhor                 
Celebração Eucarística - 19h30  

Sexta-feira (29/03) - Paixão do Senhor                            
Via Sacra - 6h30 - Saída: Edf. Candelária           
Ação Litúrgica - 17h

Sábado (30/03) - Vigília Pascal - 19h
                         Todas as Comunidades

Domingo (31/03) - Ressurreição do Senhor
Vésperas às 18h30               
Celebrações Eucarísticas - 7h; 10h; 19h



               







                







Evangelho do dia


ANO C - DIA 22/03

O povo rejeita Jesus - Jo 10,31-42

De novo, os judeus pegaram em pedras para apedrejar Jesus. E ele lhes disse: “Eu vos mostrei muitas obras boas da parte do Pai. Por qual delas me quereis apedrejar?” Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa de uma obra boa, mas por causa da blasfêmia. Tu, sendo apenas um homem, pretendes ser Deus!” Jesus respondeu: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: sois deuses’? Ora, ninguém pode anular a Escritura. Se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, por que, então, acusais de blasfêmia àquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo, só porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’? Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. Mais uma vez, procuravam prendê-lo, mas ele escapou das suas mãos. Jesus se retirou de novo para o outro lado do Jordão, para o lugar onde, antes, João esteve batizando. Ele permaneceu lá, e muitos foram a ele. Diziam: “João não fez nenhum sinal, mas tudo o que ele falou a respeito deste homem é verdade”. E muitos, ali, passaram a crer nele.
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

- A nós, reunidos pela rede virtual, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet), para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras. Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 10,31-42, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

As autoridades dos judeus continuam o diálogo tenso com Jesus. As palavras de Jesus e seu testemunho os incomodam. Eles têm dificuldade de compreender que Jesus é o enviado do Pai. "De uma vez por todas, saibam que o Pai vive em mim e eu vivo no Pai". Foi a gota d´água para a ruptura e tentarem prender Jesus.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje?
A sociedade, o mundo também nos pressiona quando queremos aceitar a proposta de Jesus. Se não nos prendem, nos ignoram, isolam, discriminam, nos tacham de retrógrados. Temos que ser fortes para abraçar a proposta de Jesus. Bem lembraram os bispos, em Aparecida: "Jesus está presente em meio a uma comunidade viva na fé e no amor fraterno. Ali Ele cumpre sua promessa: "Onde estão dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles" (Mt 18,20). Ele está em todos os discípulos que procuram fazer sua a existência de Jesus, e viver sua própria vida escondida na vida de Cristo (cf. Cl 3,3). Eles experimentam a força de sua ressurreição até se identificar profundamente com Ele: "Já não vivo eu, mas é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20). Jesus está nos Pastores, que representam o próprio Cristo (cf. Mt 10,40; Lc 10,16). Está naqueles que dão testemunho de luta por justiça, pela paz e pelo bem comum, algumas vezes chegando a entregar a própria vida em todos os acontecimentos da vida de nossos povos, que nos convidam a procurar um mundo mais justo e mais fraterno em toda realidade humana, cujos limites às vezes causam dor e nos agoniam." (DAp 256).

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Meu novo olhar é contrário à "onda" que me afasta do Evangelho e de sua proposta, só para ser mais liberal e não, mais livre.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ir. Patrícia Silva, fsp

Santo do dia


22 de Março - Santa Léia

Pouco se conhece sobre a vida de Léia, uma rica romana que quando ficou viúva, ainda jovem, recusou um novo casamento, como era o costume da época, para se juntar à Marcela, abadessa de uma comunidade, criada em sua própria residência em Aventino, Roma. O local, depois se tornou um dos mosteiros fundados e dirigidos por Jerônimo, que se tornou santo, doutor da Igreja e bispo de Hipona, na África do Norte, e que viveu também nesse período, na cidade eterna.

Léia recusara ninguém menos que Vécio Agorio Pretestato, cônsul romano designado prefeito da Urbe, que lhe proporcionaria uma vida ainda mais luxuosa, pelo prestigio e privilégios que envolviam aquele cargo. Teria uma vila inteira como moradia e incontáveis criados para atendê-la. Entretanto, Léia preferiu viver numa cela pequena, fria e escura, com simplicidade e dedicada à oração, à caridade e à penitência. 

A jovem abandonou os finos vestidos para usar uma roupa tosca de saco rude e fazia questão de realizar as tarefas mais humildes, assumindo uma atitude de escrava para as outras religiosas. Passava noites inteiras em oração e quando fazia obras beneméritas, o fazia escondido, para não chamar a atenção de ninguém e não receber nenhuma recompensa ou reconhecimento pelos seus atos. Por isso, Léia foi eleita Madre superiora, trabalho que exerceu durante o resto de seus dias com alegria, tranqüilidade e a mesma humildade.

Esses poucos dados sobre Léia estão contidos numa carta escrita pelo bispo Jerônimo, quando soube da sua morte, em 384. Curiosamente, ela morreu em Roma, no mesmo ano em que faleceu Vécio, o consul, rejeitado por ela . 

Na ocasião dessas mortes, Jerônimo já havia se retirado de Roma para viver solitariamente perto de Belém, depois de ter sido caluniado. Retirou-se para um mosteiro e continuou dirigindo o que havia fundado, na residência romana. Na carta, que ele enviou à essas religiosas, fez um paralelo entre as duas mortes, mostrando que antes o riquíssimo cônsul usava as mais finas vestes púrpuras e agora estava envolto em escuridão, enquanto, Léia, antes vestida de rude roupa de saco, agora vivia na luz e na glória, por ter percorrido o caminho da santidade. 

Logo foi venerada pelo povo que trazia Santa Léia, no coração e na memória. Até porque era difícil compreender, mesmo depois de passado tanto tempo, a troca que fizera do posto de primeira dama romana pela de abnegação de monja. Contudo, foi assim que Santa Léia escolheu viver, na entrega total ao Senhor ela encontrou a maneira de alcançar seu lugar ao lado de Deus na eternidade.