domingo, 30 de novembro de 2014

Por uma Igreja desperta


Mantém-se viva a nossa fé ou ela foi-se apagando na indiferença e na mediocridade?
Não sentimos a necessidade de sacudirmos a apatia e o autoengano?

Por José Antonio Pagola*

As primeiras gerações cristãs viveram obcecadas pela rápida vinda de Jesus. O ressuscitado não podia demorar. Viviam tão atraídos por Ele que queriam encontrar-se de novo o quanto antes. Os problemas começaram quando viram que o tempo passava e a vinda do Senhor demorava.

Rapidamente se deram conta de que esta demora encerrava um perigo mortal. Podia-se apagar o primeiro ardor. Com o tempo, aquelas pequenas comunidades podiam cair pouco a pouco na indiferença e no esquecimento. Preocupava-os uma coisa: "Que, ao chegar, Cristo nos encontre adormecidos".

A vigilância converteu-se na palavra-chave. Os evangelhos repetem-na constantemente: "vigiai", "estejam alerta", "vivei despertos". Segundo Marcos, a ordem de Jesus não é só para os discípulos que estão a escutá-lo. "O que vos digo a vós, digo-o a todos: Velai". Não é uma chamada má.

A ordem é para todos os seus seguidores de todos os tempos.

Passaram 20 séculos de cristianismo. Que aconteceu a esta ordem de Jesus? Como vivem os cristãos de hoje? Continuamos despertos? Mantém-se viva a nossa fé ou foi-se apagando na indiferença e na mediocridade?

Não vemos que a Igreja necessita de um coração novo? Não sentimos a necessidade de sacudirmos a apatia e o autoengano? Não vamos despertar o melhor que há na Igreja? Não vamos reavivar essa fé humilde e limpa de tantos crentes simples?

Não temos de recuperar o rosto vivo de Jesus, que atrai, chama, interpela e desperta? Como podemos seguir falando, escrevendo e discutindo tanto de Cristo, sem que a sua pessoa nos apaixone e transforme um pouco mais? Não nos damos conta de que uma Igreja “adormecida” a quem Jesus Cristo não seduz nem toca o coração é uma Igreja sem futuro, que irá se apagando e envelhecendo por falta de vida?

Não sentimos a necessidade de despertar e intensificar a nossa relação com Ele? Quem como Ele pode despertar o nosso cristianismo da imobilidade, da inércia, do peso do passado, da falta de criatividade? Quem poderá nos contagiar a sua alegria? Quem nos dará a Sua força criadora e a Sua vitalidade?
Instituto Hunitas Unisinos, 28-11-2014.
*José Antonio Pagola é teólogo.

Igreja começa a celebrar Ano da Vida Consagrada


A Igreja Católica começa nesse sábado a assinalar o Ano da Vida Consagrada, convocado pelo Papa Francisco, com uma vigília de oração em Roma, sob a presidência do responsável pelo setor na Cúria Romana, cardeal João Braz de Aviz. A iniciativa decorre nos 50 anos da publicação do decreto do Concílio Vaticano II sobre a Vida Consagrada, ‘Perfectae caritatis’, e foi explicada aos religiosos de todo o mundo pelo próprio Papa, através de uma carta apostólica publicada esta sexta-feira.

O cardeal brasileiro D. João Braz de Aviz refere à Rádio Vaticano que Francisco convida os consagrados da Igreja Católica a reforçarem a sua identidade de “discípulos de Jesus”, voltando à intuição dos “fundadores e fundadoras” das ordens e congregações, “com os olhos abertos ao diálogo com o mundo”. O presidente da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) encara a celebração do Ano da Vida Consagrada como uma hipótese dos consagrados e consagradas mostrarem à sociedade a força que continua a marcar a sua missão, mesmo no meio de muitos desafios e dificuldades.

De acordo com a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, da Santa Sé, a média de abandonos dentro das ordens religiosas e seculares é atualmente de 3 mil por ano. A falta de vocações, realça o padre Artur Teixeira, tem feito com que muitos olhem para a Vida Consagrada como uma “espécie” em “extinção” e deve sem dúvida “questionar profundamente” os religiosos e religiosas acerca da sua “fidelidade ao Evangelho”.

O padre David Sampaio, docente de História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa, recorda, no dossier publicado na mais recente edição do Semanário ECCLESIA, que a Vida Consagrada é “uma forma de vida cristã que se reporta aos primeiros séculos do cristianismo”. Já o padre Manuel Morujão, jesuíta, refere na mesma publicação que “desde os começos da Igreja, houve homens e mulheres que, pela prática dos conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, procuraram seguir mais de perto a Cristo no seu estilo original de vida”.

A irmã Maria de Fátima Magalhães, da Companhia de Santa Teresa de Jesus, escreve por sua vez que a Vida Consagrada “será sempre um dom, uma ‘boa notícia’ para a Igreja e para o mundo. O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, viu a sua vocação crescer dentro da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, onde fez os primeiros votos e foi mais tarde ordenado sacerdote a 12 de junho de 1977. Para o prelado natural de Trás-os-Montes, “ser consagrado é a realização de uma vocação batismal” e também “uma opção pessoal, em resposta a um apelo que se sente como cristão”.

O Ano da Vida Consagrada tem estado em destaque, esta semana, no Programa ECCLESIA na Antena 1 da rádio pública e é o tema central da edição deste domingo (06h00). “A Vida Consagrada não é muito falada. Nós falamos com crianças e elas não sabem o que é, quando na realidade a consagração é uma presença fundamental para a Igreja”, sublinha à Agência ECCLESIA o padre Miguel Ribeiro, missionário espiritano de 37 anos, religioso desde 2006.

O Papa Francisco propôs que a Igreja Católica vivesse um tempo, até 2 de fevereiro de 2016, em que a ação dos consagrados, religiosos e leigos consagrados, estivesse no centro, dando testemunho, “com diferentes carismas e espiritualidades”, de um trabalho realizado em prol de “uma sociedade mais justa e fraterna”. Leiga consagrada, pelo Instituto Secular das Cooperadoras da Família, Elizabete Puga reconhece que o serviço realizado por pessoas que “mantêm a sua profissão e estão inseridas na sociedade, vivendo os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência” causa estranheza. Rosário Virgílio, presidente da CNISP (Conferência Nacional dos Institutos Seculares de Portugal), deseja que este ano “contribua para um maior conhecimento desta vocação”, a secularidade consagrada, e que se “deixe de identificar vida consagrada com a vida religiosa”.
SIR

PROCLAMAS MATRIMONIAIS

28 e 29 de novembro de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  





·         ARILSON DIAS DO PRADO
E
ANA PAULA DA SILVA


·         MANOEL JOSÉ DOS SANTOS FILHO
E
ISIS LUCÉLIA SANTOS BORGES DE ARAÚJO


·         IVAN CARLOS PARANHOS ARENA JUNIOR
E
ADRIANA MARIA BURGO DE MENDONÇA



                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em consciência a declarar.

Evangelho do Dia

Ano A - 30 de novembro de 2014

Marcos 13,33-37

Aleluia, aleluia, aleluia.
Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84,8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
13 33 Disse Jesus a seus discípulos: “Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo.
34 Será como um homem que, partindo em viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie.
35 Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
36 para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo.
37 O que vos digo, digo a todos: vigiai!”
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
Este é o primeiro domingos do Advento! Inicia-se o tempo em que, junto à comunidade cristã, desejamos renovar a nossa disposição para celebrarmos a alegria da vinda do Senhor e a força que essa esperança alimenta o seu povo. Nele, em Jesus Cristo, somos chamados à comunhão plena, de vida e santidade, conforme o anúncio dos profetas. Para isso, que o Espírito do Pai nos ajude a permanecermos sempre vigilantes e preparados, pois a visita de Deus a seu povo é a promessa que se cumpre em seu amado Filho Jesus.
Leitura
Isaías 63,16-17;64,2-7
Leitura do livro do Profeta Isaías.
63 16 Senhor, porque sois nosso pai. Abraão, de fato, nos ignora, e Israel não nos conhece; sois vós, Senhor, o nosso pai, nosso Redentor desde os tempos passados.
17 Por que, Senhor, desviar-nos para longe de vossos caminhos, por que tornar nossos corações insensíveis ao vosso temor? Voltai, por amor de vossos servos e das tribos de vossa herança!
1 Oh! Se rasgásseis os céus, se descêsseis para fazer desabar diante de vós as montanhas,
2 como o fogo faz fundir a cera, como a chama faz evaporar a água, assim faríeis conhecer a vossos adversários quem sois, e as nações tremeriam diante de vós,
3 vendo-vos executar prodígios inesperados dos quais nunca se tinha ouvido falar.
4 Nenhum ouvido ouviu, olho algum viu outro deus salvar assim aqueles que contam com ele.
5 Vós vindes à frente daqueles que procedem bem, e se recordam de vossas vias. Eis que vos irritastes, e nós éramos culpados; isso perdura há muito tempo: como seríamos salvos?
6 Todos nós nos tornamos como homens impuros, nossas boas ações são como roupa manchada; como folhas todos nós murchamos, levados por nossos pecados como folhas pelo vento.
7 Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados.
Palavra do Senhor.
Salmo 79/80
Iluminai a vossa face sobre nós,
Convertei-nos, para que sejamos salvos! 


Ó pastor de Israel, prestai ouvidos.
Vós que sobre os querubins vos assentais,
Aparecei cheio de glória e esplendor!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus,
E vinde logo nos trazer a salvação!

Voltai-vos para nós, Deus do universo!
Olhai dos altos céus e observai.
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
Foi a vossa mão direita que a plantou;
Protegei-a, e ao rebento que firmastes!

Pousai a mão por sobre o vosso protegido,
O filho do homem que escolhestes para vós!
E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
Oração
Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 30 DE NOVEMBRO - DOMINGO

I DOMINGO DO ADVENTO
(ROXO, CREIO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – I SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona de entrada:
A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera (Sl 24,1ss).
Oração do dia
Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 63,16-17;64,2-7)
Leitura do livro do Profeta Isaías.
63 16 Senhor, porque sois nosso pai. Abraão, de fato, nos ignora, e Israel não nos conhece; sois vós, Senhor, o nosso pai, nosso Redentor desde os tempos passados.
17 Por que, Senhor, desviar-nos para longe de vossos caminhos, por que tornar nossos corações insensíveis ao vosso temor? Voltai, por amor de vossos servos e das tribos de vossa herança!
1 Oh! Se rasgásseis os céus, se descêsseis para fazer desabar diante de vós as montanhas,
2 como o fogo faz fundir a cera, como a chama faz evaporar a água, assim faríeis conhecer a vossos adversários quem sois, e as nações tremeriam diante de vós,
3 vendo-vos executar prodígios inesperados dos quais nunca se tinha ouvido falar.
4 Nenhum ouvido ouviu, olho algum viu outro deus salvar assim aqueles que contam com ele.
5 Vós vindes à frente daqueles que procedem bem, e se recordam de vossas vias. Eis que vos irritastes, e nós éramos culpados; isso perdura há muito tempo: como seríamos salvos?
6 Todos nós nos tornamos como homens impuros, nossas boas ações são como roupa manchada; como folhas todos nós murchamos, levados por nossos pecados como folhas pelo vento.
7 Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 79/80
Iluminai a vossa face sobre nós,
Convertei-nos, para que sejamos salvos! 


Ó pastor de Israel, prestai ouvidos.
Vós que sobre os querubins vos assentais,
Aparecei cheio de glória e esplendor!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus,
E vinde logo nos trazer a salvação!

Voltai-vos para nós, Deus do universo!
Olhai dos altos céus e observai.
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
Foi a vossa mão direita que a plantou;
Protegei-a, e ao rebento que firmastes!

Pousai a mão por sobre o vosso protegido,
O filho do homem que escolhestes para vós!
E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
Leitura (1 Coríntios 1,3-9)
Leitura da primeira Carta de são Paulo aos Coríntios.
1 3 Irmãos, a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo!
4 Não cesso de agradecer a Deus por vós, pela graça divina que vos foi dada em Jesus Cristo.
5 Nele fostes ricamente contemplados com todos os dons, com os da palavra e os da ciência,
6 tão solidamente foi confirmado em vós o testemunho de Cristo.
7 Assim, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, não vos falta dom algum.
8 Ele há de vos confirmar até o fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.
9 Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
Palavra do Senhor.
Evangelho (Marcos 13,33-37)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84,8

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
13 33 Disse Jesus a seus discípulos: “Ficai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo.
34 Será como um homem que, partindo em viagem, deixa a sua casa e delega sua autoridade aos seus servos, indicando o trabalho de cada um, e manda ao porteiro que vigie.
35 Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã,
36 para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo.
37 O que vos digo, digo a todos: vigiai!”
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
Este é o primeiro domingos do Advento! Inicia-se o tempo em que, junto à comunidade cristã, desejamos renovar a nossa disposição para celebrarmos a alegria da vinda do Senhor e a força que essa esperança alimenta o seu povo. Nele, em Jesus Cristo, somos chamados à comunhão plena, de vida e santidade, conforme o anúncio dos profetas. Para isso, que o Espírito do Pai nos ajude a permanecermos sempre vigilantes e preparados, pois a visita de Deus a seu povo é a promessa que se cumpre em seu amado Filho Jesus.
Sobre as oferendas
Recebei, Ó Deus, estas oferendas que escolhemos entre os dons que nos destes, e o alimento que hoje concedeis à nossa devoção torne-se prêmio da redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
O Senhor dará a sua bênção, e nossa terra, o seu fruto (Sl 84,13).
Depois da comunhão
Aproveite-nos, Ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Presépio animado apresentado pelos Arautos do Evangelho encanta gerações



Presépio-blog

A tradição dos presépios natalinos ganha vida na apresentação teatral promovida pelos Arautos do Evangelho, Associação Católica de Direito Pontifício. Conhecido nacional e internacionalmente, o espetáculo com luz, som e movimento atraí multidões e encanta diferentes gerações. As apresentações são realizadas na sede da associação no Poço da Panela, Zona Norte do Recife.
O  espetáculo está em exibição aos sábados e domingos, das 15h às 21h. As encenações seguem até o dia 11 de janeiro. Nos fins de semana não é necessário agendar a visita. Aqueles que quiserem assistir em grupo durante a semana, das 10h às 18h, devem fazer o agendamento pelo telefone (81)3267-5332. A quantidade mínima é de 25 pessoas. Cada encenação tem duração de 25 minutos. A capacidade do auditório é de 80 pessoas.
O presépio é apresentado de forma teatral. Através de um show de sons, as peças se movem para a melhor contemplação da história do nascimento de Jesus. De acordo com um dos membros dos Arautos do Evangelho, Paulo Eduardo Roque Cardoso, a apresentação tem início no escuro ao abrir das cortinas. “É a partir de sons e da narração que as luzes vão acendendo e os personagens se movimentando, dando vida a mais bela de todas as histórias da humanidade”, conta.
Mais informações sobre o Presépio: luz, som e movimento podem ser obtidas acessando o site http://recife.blog.arautos.org .

Presépio, Luz e Movimento
Local: Rua Estrada Real do Poço, Casa Forte (Poço da Panela) – Recife
Dias: De 23 de novembro a 11 de janeiro de 2015 (aos sábados e domingos)
Horário: Das 15h às 21h
Fone: (81)3267-5332

Da Assessoria de Comunicação AOR

Audiência: a Igreja não é uma realidade estática, mas vive na história



ANSA701309_LancioGrandeA Igreja peregrina foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira, 26 de novembro, que se realizou na Praça S. Pedro apesar do mau tempo. Antes de sua catequese o Papa saudou, a bordo de seu papamóvel semiaberto que o protegia da garoa, os cerca de 10 mil fiéis presentes.
Já diante da Basílica, ao se dirigir aos peregrinos, Francisco explicou que a Igreja não é uma realidade estática, imóvel, finalizada em si mesma, mas vive na história caminhando continuamente rumo à meta última, que é o Reino dos Céus, do qual a Igreja na terra é o gérmen e o início.
Esta meta é a “nova Jerusalém”, o Paraíso: porém mais do que um lugar, é um “estado” no qual as nossas expectativas mais profundas serão realizadas e o nosso ser de criaturas e filhos de Deus alcançará pleno amadurecimento.
Então, contemplaremos a Deus face a face, ficando envolvidos completamente pela sua alegria, a sua paz e o seu amor. “Que belo pensar nisso, pois reforça a alma”, disse Francisco. Entretanto, ignoramos quando essa passagem final terá lugar, mas sabemos que há continuidade e comunhão entre a Igreja celeste e a Igreja que ainda caminha sobre a terra.
Na visão cristã, de fato, a distinção fundamental não é entre quem está morto e quem está vivo, mas entre quem está em Cristo e quem não está Nele. Eis o elemento determinante e verdadeiramente decisivo para a nossa salvação, para a nossa felicidade.
“E o que acontecerá com este universo que nos abriga e sustenta?”, questiona-se o homem. Como escreve São Paulo, também ele será libertado da escravidão da corrupção, para entrar na liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Portanto, a transformação prometida – aliás já começou a realizar-se a partir da morte e ressurreição de Cristo – não será uma aniquilação do universo e de tudo o que nos rodeia, mas sim uma nova criação que levará todas as coisas à sua plenitude de ser, de verdade e de beleza.
E o Papa então concluiu:
Queridos amigos, quando pensamos nessas estupendas realidades que nos aguardam, percebemos quanto pertencer à Igreja seja realmente um dom maravilhoso! Peçamos à Mãe da Igreja que proteja sempre o nosso caminho e nos ajude a ser, como Ele, sinal alegre de confiança e de esperança em meio aos nossos irmãos.

Fonte: News.Va

´Sociedade frenética produz solidão´, diz o papa


Em carta, pontífice fala da necessidade de se enfrentar a tarefa evangelizadora nos grandes centros urbanos.
BARCELONA, Espanha – Termina nessa quarta-feira (26), em Barcelona, o Congresso Internacional de Pastoral das Grandes Cidades. Numa cerimônia na Basílica da Sagrada Família, na noite de terça-feira (25), o arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, leu a mensagem do papa Francisco, na qual encoraja os participantes a continuarem a refletir com criatividade sobre como enfrentar a tarefa evangelizadora nos grandes núcleos urbanos.

“Todos necessitam sentir a proximidade e a misericórdia de Deus. Ele oferece o sentido verdadeiro da vida aos que se sentem sós, desorientados e entristecidos pelas feridas provocadas muitas vezes por uma sociedade frenética e pouco solidária”, escreve o papa.

Francisco recorda que a Igreja tem a missão de transmitir a Boa Nova de Jesus, sem considerar uma perda ir às periferias ou mudar os esquemas pré-estabelecidos, quando necessário. “Como uma mãe, o que lhe interessa é o bem dos próprios filhos, sem poupar esforços e sacrifícios: que não falte o acolhimento para sentir-se integrado numa comunidade, seja em circunstâncias de desagregação, seja no frio anonimato”.

Em Barcelona, 25 arcebispos de grandes cidades dos cinco continentes se reúnem para a segunda fase e última do Congresso Internacional de Pastoral das Grandes Cidades. O primeiro encontro se realizou de 20 a 22 de maio passado, com a participação de especialistas em Sociologia, Pastoral e Teologia.

Do Brasil, participam o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, e o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta. Também estiveram representadas arquidioceses como Kinshasa, Buenos Aires, Monterrey, Santiago de Chile, Nápoles, Seul, Lisboa, Bordeaux, Zagreb, San Francisco, Madrid, Abuja,  Mumbai, entre outras. Nessa quarta-feira (26), os arcebispos elaboraram um documento conclusivo, que será apresentado ao Papa Francisco nesta quinta-feira (27), no Vaticano.
SIR

Papa pede orações contra o tráfico humano


Em 8 de fevereiro de 2015, será celebrado o 'Dia Internacional de Oração Contra o Tráfico de Seres Humanos'.
CIDADE DO VATICANO – O papa Francisco assinalou o próximo dia 8 de fevereiro como Dia Internacional de Oração Contra o Tráfico de Seres Humanos. A iniciativa é promovida pelos Pontifícios Conselhos dos Migrantes e da Justiça em parceria com a União Internacional dos Superiores Gerais.

A ação vem ao encontro do apelo de Francisco para que se combata o tráfico de seres humanos e que se crie uma rede de proteção às vítimas. “Desde o início do pontificado, o Papa denunciou mais de uma vez o tráfico de seres humanos como um crime contra a humanidade”, destaca uma nota (em italiano) do Pontifício Conselho de Justiça e Paz.

De fato, em abril deste ano, o papa condenou duramente a prática ao dizer que o tráfico de seres humanos "é um flagelo e uma ferida aberta da sociedade contemporânea". As palavras de Francisco foram dirigidas aos participantes de uma conferência que discutiu as estratégias para combater o tráfico humano que aconteceu no Vaticano. Naquela ocasião, o papa ainda conversou pessoalmente com quatro vítimas resgatadas das redes do tráfico no Chile, na Argentina, na República Tcheca e na Hungria.
SIR

Evangelho do Dia

Ano A - 27 de novembro de 2014

Lucas 21,20-28

Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 20 disse Jesus aos seus discípulos: “Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína.
21 Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade.
22 Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito.
23 Ai das mulheres que, naqueles dias, estiverem grávidas ou amamentando, pois haverá grande angústia na terra e grande ira contra o povo.
24 Cairão ao fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos pagãos, até se completarem os tempos das nações pagãs.
25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas.
26 Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas.
27 Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade.
28 Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
LEVANTEM A CABEÇA!
Na Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a humanidade. A ruína de Sodoma e Gomorra simboliza o fim da maldade humana. A queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e se deixou contaminar pela injustiça. A queda de Nínive e da Babilônia foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.
A devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo. Cidade de grande evocação teológica - lugar da habitação de Deus no meio de seu povo - converteu-se em cidade assassinada dos profetas, surda aos apelos dos enviados. Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão. Tendo perdido sua razão de ser, só lhe restava ser votada à destruição.
Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem "vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória". O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.
Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!

Oração
Espírito de alegre esperança, que a perspectiva do fim seja, para mim razão de confiar e esperar no Senhor que veio para nos trazer a libertação.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Apocalipse 18,1-2. 21-23; 19,1-3.9.
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
18 1 Depois disso, vi descer do céu outro anjo que tinha grande poder, e a terra foi iluminada por sua glória.
2 Clamou em alta voz, dizendo: “Caiu, caiu Babilônia, a Grande. Tornou-se morada dos demônios, prisão dos espíritos imundos e das aves impuras e abomináveis”.
21 Então um anjo poderoso tomou uma pedra do tamanho de uma grande mó de moinho e lançou-a no mar, dizendo: “Com tal ímpeto será precipitada Babilônia, a grande cidade, e jamais será encontrada.
22 Já não se ouvirá mais em ti o som dos citaristas, dos cantores, dos tocadores de flauta, de trombetas. Nem se encontrará em ti artífice algum de qualquer espécie. Não se ouvirá mais em ti o ruído do moinho,
23 não brilhará mais em ti a luz de lâmpada, não se ouvirá mais em ti a voz do esposo e da esposa; porque teus mercadores eram senhores do mundo, e todas as nações foram seduzidas por teus malefícios”.
19 1 Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: “Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder,
2 porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos”.
3 Depois recomeçaram: “Aleluia! Sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos”.
9 Ele me diz, então: “Escreve: Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro”. Palavra do Senhor.
Salmo 99/100
São bem-aventurados os que foram convidados
Para a ceia nupcial das bodas do Cordeiro!


Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
ide a ele cantando jubilosos!

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
ele mesmo nos fez, e somos seus,
nós somos seu povo e seu rebanho.

Entrai por suas portas dando graças,
e em seus átrios com hinos de louvor;
dai-lhe graças, seu nome bendizei!

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,
sua bondade perdura para sempre,
seu amor é fiel eternamente!
Oração
Levantai, Ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 27 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA

XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele (Sl 84,9).
Oração do dia
Levantai, Ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Apocalipse 18,1-2. 21-23; 19,1-3.9.)
Leitura do livro do Apocalipse de são João.
18 1 Depois disso, vi descer do céu outro anjo que tinha grande poder, e a terra foi iluminada por sua glória.
2 Clamou em alta voz, dizendo: “Caiu, caiu Babilônia, a Grande. Tornou-se morada dos demônios, prisão dos espíritos imundos e das aves impuras e abomináveis”.
21 Então um anjo poderoso tomou uma pedra do tamanho de uma grande mó de moinho e lançou-a no mar, dizendo: “Com tal ímpeto será precipitada Babilônia, a grande cidade, e jamais será encontrada.
22 Já não se ouvirá mais em ti o som dos citaristas, dos cantores, dos tocadores de flauta, de trombetas. Nem se encontrará em ti artífice algum de qualquer espécie. Não se ouvirá mais em ti o ruído do moinho,
23 não brilhará mais em ti a luz de lâmpada, não se ouvirá mais em ti a voz do esposo e da esposa; porque teus mercadores eram senhores do mundo, e todas as nações foram seduzidas por teus malefícios”.
19 1 Depois disso, ouvi no céu como que um imenso coro que cantava: “Aleluia! A nosso Deus a salvação, a glória e o poder,
2 porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele executou a grande Prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição, e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos”.
3 Depois recomeçaram: “Aleluia! Sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos”.
9 Ele me diz, então: “Escreve: Felizes os convidados para a ceia das núpcias do Cordeiro”. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 99/100
São bem-aventurados os que foram convidados
Para a ceia nupcial das bodas do Cordeiro!


Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
ide a ele cantando jubilosos!

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
ele mesmo nos fez, e somos seus,
nós somos seu povo e seu rebanho.

Entrai por suas portas dando graças,
e em seus átrios com hinos de louvor;
dai-lhe graças, seu nome bendizei!

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,
sua bondade perdura para sempre,
seu amor é fiel eternamente!
Evangelho (Lucas 21,20-28)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima! (Lc 21,28)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 21 20 disse Jesus aos seus discípulos: “Quando virdes que Jerusalém foi sitiada por exércitos, então sabereis que está próxima a sua ruína.
21 Os que então se acharem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; os que estiverem nos campos não entrem na cidade.
22 Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito.
23 Ai das mulheres que, naqueles dias, estiverem grávidas ou amamentando, pois haverá grande angústia na terra e grande ira contra o povo.
24 Cairão ao fio de espada e serão levados cativos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos pagãos, até se completarem os tempos das nações pagãs.
25 Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas.
26 Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra. As próprias forças dos céus serão abaladas.
27 Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade.
28 Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
LEVANTEM A CABEÇA!
Na Bíblia, a destruição de certas cidades é apresentada como lição para a humanidade. A ruína de Sodoma e Gomorra simboliza o fim da maldade humana. A queda da Samaria representa o castigo da cidade que trocou Deus pelos ídolos e se deixou contaminar pela injustiça. A queda de Nínive e da Babilônia foram celebradas como o fim de impérios prepotentes, cuja ação nefasta foi causa de sofrimento e morte para muitos povos.
A devastação de Jerusalém foi, também, marcada de simbolismo. Cidade de grande evocação teológica - lugar da habitação de Deus no meio de seu povo - converteu-se em cidade assassinada dos profetas, surda aos apelos dos enviados. Para os cristãos, caracterizou-se como cidade assassina do Filho de Deus, o qual tentou, inutilmente, chamá-la à conversão. Tendo perdido sua razão de ser, só lhe restava ser votada à destruição.
Ao mesmo tempo em que fala dessa destruição, Jesus abre o coração dos discípulos para a esperança. Por um lado, fala-se em grandes calamidades no país: flagelos, morte, exílio, ruína. Por outro, alude-se ao Filho do Homem "vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória". O fim de Jerusalém corresponde ao início de uma realidade nova, à libertação que se aproxima.
Portanto, os discípulos têm motivos para se conservarem esperançosos, banindo todo temor. A proximidade da libertação é motivo de alegria!

Oração
Espírito de alegre esperança, que a perspectiva do fim seja, para mim razão de confiar e esperar no Senhor que veio para nos trazer a libertação.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Acolhei, Ó Deus, estes dons que nos mandastes consagrar em vossa honra e, para que eles nos tornem agradáveis aos vossos olhos, dai-nos guardar sempre os vossos mandamentos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes; povos todos, festejai-o! Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel! (Sl 116,1s).
Depois da comunhão
Fazei, Ó Deus todo-poderoso, que nunca nos separemos de vós, pois nos concedeis a alegria de participar da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.


MISSÃO EM AÇÃO DE GRAÇAS

MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS
(BRANCO – MISSAL, PÁG.931)

Oração do dia:
Ó Deus, Pai de todos os dons, nós vos proclamamos fonte de tudo o que temos e somos; ensinai-nos a reconhecer vossos imensos benefícios e amar-vos de todo o coração e com todas as forças. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Sobre as oferendas:
Ó Deus, nós vos oferecemos este sacrifício de louvor pelos benefícios recebidos; dai-nos atribuir ao vosso nome o que a nós, sem mérito algum, nos concedestes. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Ó Deus, vós nos destes como alimento espiritual o sacramento do vosso filho, que oferecemos em ação de graças; concedei-nos, confortados por sua força e alegria, vos servir com maior solicitude e obter sempre novos benefícios. Por Cristo, nosso Senhor.

O papa Francisco e a fome no mundo


'Quando encontramos uma pessoa verdadeiramente necessitada, reconhecemos nela o rosto de Deus?'
Em discurso na FAO, Francisco criticou a prioridade no mercado.
Por Geovane Saraiva*

Quanta alegria, graças, louvores e bênçãos, nas palavras vindas da boca do Santo Padre, o papa Francisco, ao proclamar Jesus Cristo, o Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo, aquele que veio para estabelecer a paz e a concórdia entre os povos da terra, em um mundo marcado por paradoxos, antagonismos e conflitos. O Filho de Deus, na sua missão de caminhar para Jerusalém, que deve ser também a mesma dos cristãos batizados, quando se aproximou e avistou a cidade de Jerusalém, começou a chorar (cf. Lc 19, 41). O Romano Pontífice, em sua missa matutina de 20.11.2014, ao comentar este Evangelho do dia, explicou que o Senhor chora pelo fechamento do coração da cidade eleita, do povo eleito. Não havia tempo para abrir-lhe a porta! Estava ocupada demais, satisfeita de si mesma. Por outro lado encoraja-nos: "Não tenhamos medo da felicidade que o Senhor nos traz!"

Jesus chora quando o coração da criatura se fecha às suas surpresas, disse o papa Francisco. Daí o esforço e a disposição constante para perceber os sinais, a hora e momento de Deus, compreendidos à luz da palavra de Deus, quer dizer que temos que viver e conviver com o momento presente, mas olhando para frente, de acordo com a vontade de Deus, na busca do projeto da feliz esperança, missão oferecida a cada pessoa como algo próprio e intransferível, tendo como certo os acontecimentos futuros e a vitória final.  Observou o Bispo de Roma, na conferência feita no organismo da ONU (Fao), que “embora as nações estejam entrelaçadas entre si, tais relações acabam danificadas pela suspeita recíproca, que se converte em agressão bélica e econômica, uma realidade bem conhecida por quem passa fome e não tem trabalho”, contrariando o projeto do Pai, instaurado por seu Filho Jesus.

"Quando encontramos uma pessoa verdadeiramente necessitada, reconhecemos nela o rosto de Deus?" Temos resposta no papa Francisco, ao discursar sobre a realidade da fome no mundo, na conferência promovida pelo Organismo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), realizada na cidade de Roma. Mais ainda, criticou a ganância que dificulta o combate a fome.  Expressou-se deste modo: “Dói constatar que a luta contra a fome e a desnutrição é dificultada pela ‘prioridade do mercado’ e pela ‘preeminência da ganância’, que reduziram os alimentos a uma mercadoria qualquer, sujeita à especulação, inclusive financeira. E enquanto se fala de novos direitos, o faminto está aí, na esquina da rua, e pede um documento de identidade, ser considerado em sua condição, receber uma alimentação de base saudável. Pede-nos dignidade, não esmola”.

Nosso Senhor Jesus Cristo quer das pessoas de boa vontade, que se encontrem em volta da generosa mesa da partilha e solidariedade, dizendo não ao interesse próprio que se opõe ao dom precioso do bem comum. Pelas palavras de Francisco a seguir, fica claro que a renúncia e a doação são caminhos de vida e salvação, ao morrer para gerar a vida. “Jesus, então, continua batendo às portas, como bateu à porta do coração de Jerusalém: às portas de seus irmãos, de suas irmãs, às portas de nosso coração, às portas de sua Igreja. Jerusalém se sentia contente, tranquila com a sua vida e não precisava do Senhor: não havia percebido que necessitava da salvação. E por isso, fechou o seu coração ao Senhor. O pranto de Jesus sobre Jerusalém é o pranto sobre a sua Igreja, hoje, sobre nós”.

No meu entendimento, o desejo do papa é o mesmo do Filho amado do Pai, quando afirma: “Se conhecesses o que te pode trazer a paz!... Mas não, isso está oculto aos teus olhos”. Jerusalém tinha medo de ser visitada pelo Senhor; tinha medo da gratuidade de sua visita. Estava segura nas coisas que podia administrar. Nós somos seguros nas coisas que podemos governar, mas a visita do Senhor, suas surpresas... nós não podemos controlar”. Ainda na Conferência da ONU, acentuou também que a falta de solidariedade é desafio no combate à fome, lembrando também que todos têm direitos garantidos de amor, justiça e paz, que todo Estado tem o dever de estar atento ao bem-estar de seus cidadãos. Nesse sentido, ele também destacou o papel da Igreja católica, que procura dar a sua contribuição manifestando solicitude, em especial, aos marginalizados e excluídos. Francisco concluiu sua intervenção no evento com um pedido: “Peço também para que a comunidade internacional saiba escutar o chamado desta conferência e o considere uma expressão da comum consciência da humanidade: dar de comer aos famintos para salvar a vida no planeta”.
*Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso. É autor dos livros “O peregrino da Paz”, “Nascido Para as Coisas Maiores”, “A Ternura de um Pastor”, “A Esperança Tem Nome”, "Dom Helder: sonhos e utopias" e "25 Anos sobre Águas Sagradas”.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Arquidiocese convida religiosos para celebrar a Abertura do Ano da Vida Consagrada




Nova ImagemReligiosos e religiosas da Arquidiocese de Olinda e Recife têm encontro marcado no próximo dia 30 de novembro. A Igreja Particular realizará nessa data a Abertura do Ano da Vida Consagrada proclamado pelo papa Francisco. A manhã de confraternização e espiritualidade terá início às 9h com Missa na Igreja Catedral – Sé de Olinda.
O evento seguirá com aprofundamento sobre  “A Identidade de consagrados e consagradas”. A reflexão ocorrerá na Academia Santa Gertrudes também no Alto da Sé. A conclusão será com o almoço no mesmo local.
O arcebispo metropolitano, Dom Fernando Saburido, monge beneditino. O religioso ressaltou em carta dirigida às oredens e congregações a importância do período para os consagrados: “Também sou religioso e desejo viver esse período privilegiado para a renovação de nossos propósitos, com todos os religiosos e religiosas, nos diversos carismas, em tantas famílias religiosas, que enriquecem a Arquidiocese de Olinda e Recife. Peço, encarecidamente, que nenhuma família religiosa, presente em nossa Igreja Particular, deixe de participar desse momento precioso.”
As ordens e congregações religiosas devem entrar em contato com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Regional) e informar quantos membros participarão do encontro. Não há limites de vagas. O contato deve ser feito com as assessoras Ir. Maria Bernadete da Luz, RSF, ou Ir. Débora G. Bezerra de Souza, SSD, através do telefone (81) 3221-3690. O expediente é das 8h às 12h.

Abertura do Ano da Vida Consagrada
Local: Igreja Catedral – Sé de Olinda
Dia: 30 de novembro de 2014
Horário: 9h

Da Assessoria de Comunicação AOR

Podem a fé e a razão andar juntas?


'A glória de Deus é encobrir as coisas e a glória dos reis é investigá-las' (Pr 25,2)
A ciência e a fé não são concorrentes: uma supõe a outra.
Por Dom Murilo S.R. Krieger*

É comum alguém perguntar: É possível conciliar a razão (isto é: a ciência) e a fé? Pode um cientista estar voltado para a ciência e a sua vida ser iluminada pela fé? Num mundo como o nosso, dominado pela tecnologia, ainda há espaço para a fé? A ciência não é suficiente para dar resposta às nossas múltiplas inquietações e dúvidas?

A ciência e a fé, segundo o Papa S. João Paulo II (cf. Carta encíclica “Fides et Ratio”), longe de se oporem, são duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus que colocou em nosso coração o desejo de conhecê-lo, de conhecer a verdade, e, assim, de nos conhecermos.

Algumas perguntas atravessam o tempo e as fronteiras geográficas e, certamente, continuarão sendo feitas pelas novas gerações: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Por que existe o mal? O que existe depois desta vida? Das respostas que dermos a cada uma dessas perguntas dependerá a orientação de nossa vida. Quem tem fé se guia por duas convicções: o mistério do ser humano só se esclarece verdadeiramente no mistério de Jesus Cristo; as verdades da fé não são fruto de um pensamento elaborado pela razão, mas um dom gratuito de Deus.

A ciência (razão) e a fé não são concorrentes: uma supõe a outra, e cada qual tem o seu espaço próprio de realização. Lemos no Livro dos Provérbios: “A glória de Deus é encobrir as coisas e a glória dos reis é investigá-las” (Pr 25,2). A fé constata: no mais fundo do coração dos homens e das mulheres foram semeados o desejo e a saudade de Deus.

É necessário que os valores escolhidos e procurados por nós sejam consistentes, porque somente eles poderão aperfeiçoar-nos. Não é nos fechando sobre nós mesmos que encontraremos a verdade, mas nos abrindo para dimensões que nos transcendem. Essa é uma condição necessária para que nos realizarmos como pessoas adultas e maduras.

Muitos se perguntam: A vida tem um sentido? Para onde se dirige? Os filósofos do absurdo dizem que ela não tem sentido. Duas verdades, no entanto, se impõem: existimos (o que fazer, pois, com a vida que temos?); morreremos (e o que virá depois?). O que é verdadeiro deve ser verdadeiro sempre e para todos. Procuramos incessantemente a verdade. Santo Agostinho disse isso de outra maneira: “Encontrei muitos com o desejo de enganar os outros, mas não encontrei ninguém que quisesse ser enganado”. Entre os seres criados, o ser humano é o único capaz não só de buscar a verdade, mas também de saber, e saber que sabe; é o único que tem autoconsciência. Temos consciência, inclusive, de que não fomos criados para viver sozinhos: nascemos e crescemos numa família e depois, pelo trabalho, procuramos nos inserir, na sociedade.

Para nós é importante o testemunho dos mártires: ao morrerem por Jesus Cristo, definiram claramente em quem acreditavam. Eles tinham tido um encontro pessoal com o Filho de Deus; haviam-se convertido e queriam que outros vivessem das mesmas certezas que orientavam suas vidas. O encontro com o Evangelho lhes oferecia uma resposta tão satisfatória à questão do sentido da vida que não sentiam necessidade de outras respostas. Santo Tomás de Aquino ensinava que tanto a luz da razão como a luz da fé provêm de Deus; por isso, não podem contradizer-se. Se o teólogo se recusasse a levar em conta os dados da ciência, teria dificuldade de compreender a própria fé. Se o cientista excluísse todo contato com a teologia, acabaria criando uma nova religião, pois precisaria procurar respostas para as perguntas fundamentais de cada ser humano: Por que existo? Por que o mal? Por que o sofrimento? Por que a morte?

Conclusão: o mistério da encarnação de Cristo – isto é, o fato de o Filho de Deus ter assumido a nossa natureza humana – é uma resposta às nossas mais importantes perguntas. É como se Jesus proclamasse: O mundo não é mau; o ser humano não se basta a si mesmo; a verdade não pode ser fruto da decisão da maioria; Deus, sem o ser humano, continua sendo Deus – e o ser humano, sem Deus, o que é?...
CNBB, 24-11-2014.
*Dom Murilo S.R. Krieger é arcebispo de São Salvador da Bahia (BA) e Primaz do Brasil.

O exemplo do servo bom e fiel


O bem e a virtude são louváveis por si; o mal e os maus exemplos são reprováveis por si sós e também e pelos seus efeitos.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*

As notícias sobre fatos de corrupção e desonestidade na administração do dinheiro e do patrimônio públicos só não assustam ainda mais, porque já nos acostumamos a elas, de tanto que aparecem na imprensa! Há alguns anos, talvez em 2005, numa coletiva de imprensa, o presidente da CNBB da época disse que um dos maiores males do Brasil é a corrupção; recebeu protestos e reprovação na opinião pública. Parece, entretanto, que os anos sucessivos só confirmaram esse alerta… Como enfrentar o mal da corrupção?

A desonestidade e corrupção na administração do bem público têm consequências duplamente funestas: de um lado, fatos muito graves são denunciados e requerem séria investigação e uma justificação perante a sociedade; isso nem sempre acontece e fica a sensação de impotência e resignação, como se nada pudesse ser feito para impedir e mudar esse mal. Depois de cada escândalo, espera-se a divulgação de mais algum…  Por outro lado, os fatos de desonestidade repercutem de maneira negativa na educação das consciências; a própria capacidade de discernir e reagir fica comprometida. Passa-se a impressão de que nada é esclarecido ou comprovado, ou que tudo não vai além da luta pelo poder; que tudo é lícito a quem tem poder, bastando defender-se, para se sair bem e, no final das investigações, escapar à justiça e ao rigor da lei.

Existem caminhos para mudar isso e para se ter uma convivência mais respeitosa, onde os fatos de desonestidade sejam reprovados, sem jeitinhos e meias verdades? É sabido o dito popular: “o exemplo vem de cima”. O comportamento de quem está mais em evidência e ocupa postos de maior responsabilidade pública tem influência sobre os outros. O bom e o mau exemplo marcam o senso ético.

Se o exemplo “de cima” não é bom, as pessoas ficam autorizadas a seguir os maus exemplos? Certamente não. O bem e a virtude são louváveis por si; o mal e os maus exemplos são reprováveis por si sós e também e pelos seus efeitos. O bem edifica e o mal destrói. Nada justifica imitar os maus exemplos. Mas é sempre louvável seguir os bons exemplos. Por isso, quem está mais em evidência tem, mais ainda, o dever de oferecer um exemplo de vida edificante aos outros.

Por onde atacar a “cultura da corrupção”? De muitos modos e em muitas frentes. Começa com a séria investigação das denúncias de desonestidade no cumprimento dos deveres públicos, para averiguar a verdade, sem deixar dúvidas no ar, nem cometer injustiça contra inocentes. A clara reprovação pública dos crimes de desonestidade é o passo seguinte: deve ficar claro que não se compactua com a desonestidade. E, se ficar comprovada a lesão do patrimônio público, por desonestidade, deve haver ressarcimento justo do dano, para não ficar a sensação de impunidade, ou que o crime compensa; em ambas essas hipóteses, teríamos um incentivo ao crime.

A desonestidade é um comportamento viciado, que se aprende e consolida, como um modo de viver. A honestidade, a retidão e o senso de justiça são virtudes, que também se aprendem e precisam ser incentivadas e educadas. O vício não é bom, não faz bem e marca o caráter de forma negativa. A virtude é boa, merece apreço e marca o caráter de forma positiva. A educação para as virtudes da honestidade e da retidão precisa começar cedo; desde a mais tenra infância, a criança deve aprender que algumas coisas lhe pertencem e, outras, não; que não deve apropriar-se daquilo que é dos outros.

A educação, de muitos modos, é fundamental para assegurar uma conduta honesta; deve-se ter em vista, antes de tudo, a formação do caráter, para que seja forte e se oriente por princípios éticos e morais sólidos. Os dez mandamentos da Lei de Deus apontam os caminhos da retidão e da justiça. A vida oferece muitas tentações. Sem um caráter bem formado, e sem princípios morais firmes, fica difícil resistir à tentação do agir desonesto e à lisonja dos vícios.

Acima de tudo, nunca devemos esquecer que se pode burlar a lei e escapar à justiça dos homens. Mas, todos devemos prestar contas a Deus sobre nossa vida e o nosso agir. Nem o fato de dizer que não se crê em Deus isenta disso. E, diante de Deus, não há como burlar a lei, nem enganar o juiz.
A12, 25-11-2014.
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 CNBB.

Imprensa internacional repercute discurso do papa


Veículos americanos e europeus destacaram os diversos temas abordados pelo pontífice.
Os dois discursos do Papa Francisco proferidos nessa terça-feira (25) nas instituições europeias com sede em Estrasburgo abordaram um grande leque de assuntos, dando criatividade a coberturas mediáticas muito diferentes.

Dos principais meios de comunicação internacionais foram poucos os que ignoraram um evento que aconteceu pela última vez há 26 anos. Foi, no entanto, o caso do "site" do Telegraph e do "Boston Globe", embora este último tenha a desculpa de ter um "site" subsidiário, o "Crux", dedicado unicamente a questões ligadas à Igreja Católica, que naturalmente dá todo o destaque à visita. O vaticanista John Allen Jr., que esteve presente em Estrasburgo, diz que o Papa mandou a Europa: "Meter a casa em ordem, social e religiosamente".

O "New York Times" não dá muito destaque ao Papa, mas sublinha o seu apelo à abertura das fronteiras aos imigrantes, que o jornal americano descreve como refugiados. Este assunto foi sem dúvida um dos que mais atenção chamou, sobretudo de jornais de tendência mais liberal ou de esquerda. É o caso do "Guardian", que diz simplesmente que o papa "atacou a Europa por causa da sua postura em relação à imigração" e do "El Pais" que destaca a frase em que Francisco disse que o Mediterrâneo não se pode tornar um grande cemitério, aludindo aos horrores dos naufrágios de barcos cheios de imigrantes ilegais. Já o ABC, de direita, escolhe a referência do Papa à "doença" social que é a solidão na Europa.

O português "Diário de Notícias" também escolhe a mesma frase do cemitério do Mediterrâneo para o seu destaque. Contudo o DN, tal como todos os órgãos nacionais, incluindo a Renascença, colocam as notícias sobre o Papa abaixo do grande tema do dia, a prisão preventiva de José Sócrates. O "Público" não foge à regra, tendo escolhido para título a crítica do Papa ao sistema social que coloca a economia no centro e não a pessoa.

Para pleno destaque nos jornais generalistas, com direito a manchete, é preciso ir aos sites franceses, como por exemplo o "Le Monde" e o "La Croix". O primeiro puxa para manchete o apelo ao Parlamento Europeu para que abrace os valores humanistas, e o segundo é dos únicos órgãos que coloca em título o discurso ao Conselho da Europa, apelando a que se continue a trabalhar para a paz.

Os discursos do Papa são o principal destaque das duas principais revistas católicas do Reino Unido, o "The Tablet", de tendência mais liberal e o "Catholic Herald", mais conservador, na medida em que estes epítetos políticos se aplicam ao religioso.

O "Tablet" prefere a referência à Europa envelhecida e ao apelo do Papa para que a dignidade humana seja colocada no centro das políticas, enquanto o "Herald" cita a frase em que o Papa lamenta que os seres humanos ainda não nascidos e os doentes terminais sejam tratados como objetos na Europa.
SIR

Papa: ´Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho´


Em entrevista a jornalistas, Francisco esclareceu que não se filia a nenhuma identidade partidária.
CIDADE DO VATICANO – O avião que trouxe o Papa Francisco de Estrasburgo pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, pouco depois das 16 horas. Durante o voo, como costuma fazer, o Santo Padre conversou com os jornalistas, respondendo às perguntas sobre os temas tratados no Parlamento Europeu.

O pontífice disse que a Doutrina Social da Igreja é inspirada no Evangelho, e interpelado sobre a expressão "identidade dos povos" contida no seu discurso e se o seu coração abrigava um “sentimento social-democrata”, respondeu:

"Não ouso qualificar-me de uma ou de outra parte. Eu ouso dizer que isto vem do Evangelho. Esta é a mensagem do Evangelho que a Doutrina Social da Igreja contém. Eu nisto, concretamente, e em outras coisas – sociais ou políticas – não me afasto da Doutrina Social da Igreja. A Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho, da Tradição cristã. Isto que disse – a identidade dos povos – é um valor evangélico".

O papa aprofundou, após, o seu convite para se abrir à verdade edificando o bem comum, a ser confiado também aos jovens políticos:
“Eu vi nos diálogos com os jovens políticos, aqui no Vaticano, sobretudo, de diversos partidos e nações, que eles falam com uma música diversa que tende à transversalidade! Eles não têm medo de sair da própria pertença, sem negá-la, mas sair para dialogar. E são corajosos! E acredito que nisto devemos imitá-los. E também o diálogo entre as gerações. Este sair para encontrar pessoas de outra pertença e dialogar: a Europa tem necessidade disto, hoje”.

Dentro do tema da paz "seguidamente ferida", como afirmou em Estrasburgo, o papa Francisco assim respondeu aos jornalistas quando interpelado se seria possível o diálogo como o "Estado islâmico". "Eu nunca dou uma coisa por perdida, nunca! Talvez não se possa haver um diálogo, mas nunca fechar uma porta. É difícil, se pode dizer 'quase impossível', mas a porta está sempre aberta”.

Francisco convida então, a refletir sobre a resposta ao terrorismo: “Cada Estado por conta própria sente ter o direito de massacrar os terroristas, e com os terroristas caem tantos inocentes. E esta é uma anarquia de alto nível que é muito perigosa. Com o terrorismo se deve lutar, mas repito aquilo que disse na viagem precedente: quando se deve deter o agressor injusto, se deve fazer com o consenso internacional”.

Hoje a paz, como ele mesmo afirmou ao Conselho da Europa, “é violada também pelo tráfico de seres humanos”, nova escravidão do nosso tempo, tema tratado em diversas oportunidades pelo Pontífice: “A escravidão é uma realidade inserida no tecido social de hoje, mas há tempos. O trabalho escravo, o tráfico de pessoas, o comércio de crianças: é um drama. Não fechemos os olhos diante disto. A escravidão, hoje, é uma realidade; assim como a exploração das pessoas”.

A quinta viagem apostólica internacional do papa Francisco é concluída com as perguntas dos jornalistas sobre os próximos compromissos: agora foi à Estrasburgo, como coração das instituições europeias; no futuro – perguntam – será a vez da França?
“O plano não foi feito”, disse, mas certamente “se deve ir a Paris”, “existe uma proposta” para Lourdes e – acrescentou – pediu para visitar “uma cidade onde nunca tenha ido nenhum papa”.

Então, um pensamento final para a Europa:

"A Europa neste momento me preocupa; bom, para ajudar, que siga em frente. E isto como Bispo de Roma e sucessor de Pedro".
SIR