segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A vocação de todos


No Brasil, agosto é dedicado à especial oração pelas vocações aos ministérios, serviços e a vida consagrada na Igreja.
Por Cardeal Odilo Pedro Scherer*

Jesus recomendou que rezássemos intensamente ao “Senhor da messe”, para que envie operários à sua messe (cf Lc 10,2). A oração pelas vocações e para os serviços da missão da Igreja deve ser constante, e não apenas em algumas ocasiões.
Entretanto, aqui no Brasil, o mês de agosto é dedicado à especial oração pelas vocações aos ministérios, serviços e a vida consagrada na Igreja. A falta ou a escassez dessas vocações tornaria difícil a realização da missão da Igreja. Por aí entendemos a insistência de Jesus: “pedi ao Senhor da messe...”

Mas o Concílio Vaticano II nos lembra, de maneira oportuna, na Constituição Dogmática Lumen Gentium (cap. 5º), que todos os filhos da Igreja têm uma vocação em comum: a vocação à santidade. Esta vem do próprio batismo e da adesão de fé ao Evangelho. No final do sermão da montanha, tendo ensinado o caminho das bem-aventuranças e do verdadeiro culto que se deve prestar a Deus, Jesus recomenda: “sede, pois, perfeitos como também vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
Deus nos chama “a sermos santos e imaculados diante dele no amor” (cf Ef 1,4). Esta santidade, mais do que uma conquista de nossos esforços, é um dom que já recebemos “de graça”, com o Batismo, quando nos tornamos “filhos de Deus”. A filiação divina e a comunhão com Deus são o “estado de santidade”, recebido graças à redenção realizada por Jesus Cristo.
Nós recebemos o Espírito Santo, ou “Espírito de santidade”, que nos capacita a levarmos vida santa; por isso os batizados, ajudados pela graça de Deus, devem cultivar a santidade recebida e crescer nela através das atitudes e comportamentos coerentes com esse dom. Devem viver “como convém a santos”, recomenda o Apóstolo (Ef 5,3). “Como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de carinhosa compaixão, bondade, humildade, mansidão, longanimidade” (Cl 3,12), para, assim, produzir os “frutos do Espírito para a santificação” (cf.Gál 5,22).
Santidade e pecado continuam marcando nossa vida, enquanto estamos neste mundo. Somos marcados por fraquezas e sujeitos ao pecado e temos a necessidade de recorrer continuamente à misericórdia divina, pedindo o perdão. Isso, porém, não impede que cresça em santidade quem se renova na graça de Deus. Só não progride quem se entrega conscientemente aos caminhos do pecado e não os abandona.
Todos os cristãos, de qualquer estado de vida, são chamados a progredir na caridade e na plenitude da vida cristã. E a santidade do povo de Deus expande-se no meio da comunidade humana, com abundantes frutos de virtude. O verdadeiro santo nunca beneficia apenas a si mesmo, mas à inteira comunidade humana na qual está inserido. Por aí entendemos bem a palavra de São João Paulo II, em Florianópolis: “o Brasil precisa de muitos santos!”
As vocações, na Igreja, não são para suprir a “mão de obra” para a realização da missão, nem podem ser escolhas para passar comodamente a vida: são caminhos especiais de santificação e para a realização da única e básica vocação de todos os batizados: a santidade. As vocações autênticas são, ao mesmo tempo, animadas pelo desejo e a disposição para viver a santidade.
No mês de agosto, rezemos para ter uma consciência sempre mais clara da nossa altíssima vocação: ser santos. Havendo maior desejo e busca da santidade entre todos os batizados, também haverá mais vocações sacerdotais, religiosas, laicais e consagradas de todos os carismas.
A12
Cardeal Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo

Liturgia Diária

DIA 26 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA

XXI SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO)

Antífona da entrada: Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).
Oração do dia
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Tessalonicenses 2,1-3.14-17)
Leitura da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses.
2 1 No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos,
2 não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor.
3 Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição,
14 E pelo anúncio do nosso Evangelho vos chamou para tomardes parte na glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
15 Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa.
16 Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça,
17 consolem os vossos corações e os confirmem para toda boa obra e palavra!
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 95/96
O Senhor vem julgar nossa terra! 

Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”
Ele firmou o universo inabalável,
e os povos ele julga com justiça.

O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
os campos com seus frutos rejubilem.

E exultem as florestas e as matas
na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.

 
Evangelho (Mateus 23,23-26)
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é via e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 23 23 disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.
24 Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança.
26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde. A novidade de Jesus, marcada por um estilo profético, contradiz a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo as elites religiosas. Com uma seqüência de sete "ais", ficam em foco vários aspectos em que estas elites religiosas procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da novidade de Jesus com seu amor misericordioso, libertador e vivificante. As advertências visam também aos membros da própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado.
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que, pelo sacrifício da cruz, oferecido uma só vez, conquistastes para vós um povo, concedei à vossa Igreja a paz e a unidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Com vossos frutos saciais a terra inteira: fazeis a terra produzir o nosso pão e o vinho que alegra o coração (Sl 103,13ss).
Depois da comunhão
Ó Deus, que fazei agir plenamente em nós o sacramento do vosso amor e transformai-nos de tal modo pela vossa graça, que em tudo possamos agradar-vos. Por Cristo, nosso Senhor.

Evangelho do Dia

Ano A - 26 de agosto de 2014

Mateus 23,23-26

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra do Senhor é via e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 23 23 disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante.
24 Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança.
26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo”.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento "ai de vós...". Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde. A novidade de Jesus, marcada por um estilo profético, contradiz a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo as elites religiosas. Com uma seqüência de sete "ais", ficam em foco vários aspectos em que estas elites religiosas procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da novidade de Jesus com seu amor misericordioso, libertador e vivificante. As advertências visam também aos membros da própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado.
 
Leitura
2 Tessalonicenses 2,1-3.14-17
Leitura da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses.
2 1 No que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com ele, rogamo-vos, irmãos,
2 não vos deixeis facilmente perturbar o espírito e alarmar-vos, nem por alguma pretensa revelação nem por palavra ou carta tidas como procedentes de nós e que vos afirmassem estar iminente o dia do Senhor.
3 Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição,
14 E pelo anúncio do nosso Evangelho vos chamou para tomardes parte na glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
15 Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa.
16 Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça,
17 consolem os vossos corações e os confirmem para toda boa obra e palavra!
Palavra do Senhor.
 
Salmo 95/96
O Senhor vem julgar nossa terra! 

Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”
Ele firmou o universo inabalável,
e os povos ele julga com justiça.

O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
os campos com seus frutos rejubilem.

E exultem as florestas e as matas
na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.

 
Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Aniversário de Criação e Instalação da Paróquia Nossa Senhora das Candeias - 30 Anos





































Liturgia Diária

DIA 25 DE AGOSTO - SEGUNDA-FEIRA

XX SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).
Oração do dia
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Tessalonicenses 1,1-5.11-12)
Leitura da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses.
1 1 Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo.
2 A vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo!
3 Sentimo-nos na obrigação de incessantemente dar graças a Deus a respeito de vós, irmãos. Aliás, com muita razão, visto que a vossa fé vai progredindo sempre mais e desenvolvendo-se a caridade que tendes uns para com os outros.
4 De sorte que nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, pela vossa constância e fidelidade no meio de todas as perseguições e tribulações que sofreis.
5 Elas constituem um indício do justo juízo de Deus e de que sereis considerados dignos do Reino de Deus, pelo qual padeceis.
11 Nesta esperança suplicamos incessantemente por vós, para que nosso Deus vos faça dignos da vossa vocação e que leve eficazmente a bom termo todo o vosso zelo pelo bem e a atividade de vossa fé.
12 Para que seja glorificado o nome de nosso Senhor Jesus em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 95/96
Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações! 

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
Cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!

Dia após dia anunciai sua salvação,
Manifestai a sua glória entre as nações
E, entre os povos do universo, seus prodígios!

Pois Deus é grande e muito digno de louvor,
É mais terrível e maior que os outros deuses;
Porque um nada são os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.
 
Evangelho (Mateus 23,13-22)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo disse Jesus: 23 13 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar.
14 15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.
16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento’.
17 Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro?
18 E dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado’.
19 Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele.
21 Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita.
22 E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
GUIAS CEGOS!
No intuito de precaver os seus discípulos, Jesus alertava-os quanto ao modo de viver incoerente dos mestres da Lei e dos fariseus. Estes, na ilusão de estarem vivendo uma vida modelar, comportavam-se como cegos que querem ser guias dos outros cegos. A incompatibilidade da pretensão deles manifesta-se de muitas maneiras.
Pensando ser os autênticos intérpretes da Palavra de Deus, acabavam por desencaminhar as pessoas, impedindo-as de entrar no Reino dos Céus. Insistiam nos detalhes da Lei, mas descuravam o fundamental. Preocupados com a exterioridade, não permitiam que a vontade de Deus penetrasse, realmente, em seus corações.
Resultado: ao invés de serem portadores de salvação, acabavam sendo motivo de condenação tanto para os judeus quanto para os pagãos, convertidos ao judaísmo por sua ação proselitista. O fanatismo dos convertidos tornava-os merecedores de duplo castigo.
Outra atitude equivocada dos mestres da Lei e dos fariseus consistia em confundir as pessoas, por meio de uma casuística estéril, levando-as a se afastarem da vontade de Deus. É pura perda de tempo fazer distinções capciosas em torno do mandamento divino se, no fundo do coração, a pessoa não tem a intenção de pautar sua vida por ele. Este tipo de casuísmo é resultado de uma cegueira insensata.

Oração
Espírito de clarividência, sê meu guia seguro no caminho da fidelidade ao Reino, precavendo-me contra quem, indevidamente, quer arvorar-se em líder.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês
)
 
Sobre as oferendas
Ó Deus, que, pelo sacrifício da cruz, oferecido uma só vez, conquistastes para vós um povo, concedei à vossa Igreja a paz e a unidade. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Com vossos frutos saciais a terra inteira: fazeis a terra produzir o nosso pão e o vinho que alegra o coração (Sl 103,13ss).
Depois da comunhão
Ó Deus, fazei agir plenamente em nós o sacramento do vosso amor e transformai-nos de tal modo pela vossa graça, que em tudo possamos agradar-vos. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO LUÍS DE FRANÇA
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que transferistes são Luiz dos cuidados de um reino terrestre à glória do reino do céu, concedei-nos, por sua intercessão, desempenhar nossas tarefas de cada dia e trabalhar para a vinda do vosso reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Acolhei com bondade, ó Deus, as nossas preces e guardai-nos, pela intercessão dos vossos santos, para servir dignamente ao vosso altar. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Deus eterno e todo-poderoso, fonte de toda paz e consolação, concedei que a vossa família, reunida para vos louvar nesta festa dos santos, receba, pela participação nos mistérios do vosso Filho, o penhor da salvação eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO LUÍS DE FRANÇA):
Luís IX, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215, no castelo real de Poissy. Era filho de Luís VIII e de Branca de Castela, ambos piedosos e zelosos, que o cercaram de cuidados, especialmente após a morte do primogênito. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luís IX tornou-se um dos soberanos mais benevolentes da história, um fervoroso cristão e fiel da Igreja. Com a morte prematura do seu pai em 1226, a rainha, sua mãe, uma mulher caridosa, de grandes dotes morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, que foi coroado rei Luís IX, pois ele era muito novo para dirigir uma Corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe de uma vida de depravação e de pecado, tão comum das cortes. Mas Luís, já nessa idade, possuía as virtudes que o levaram à santidade - a piedade e a humildade -, e que o fizeram o modelo de "rei católico". Em 1235, casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa, que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. O marido reinou com justiça e solidariedade. Possuía um elevado senso de piedade, incomum aos nobres e poderosos de sua época. Tinha coração e espírito sempre voltados para as coisas de Deus, lia com freqüência a Sagrada Escritura e as obras dos santos Padres e aconselhava-as a todos os seus nobres da Corte. Com o auxilio da rainha, fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. O casal real teve dez filhos, todos educados como eles e por eles. E o resultado dessa firme educação cristão foram reis e rainhas de muitas cortes, que governaram com sabedoria, prudência e caridade. Depois de ter adquirido de Balduíno II, imperador de Constantinopla, a coroa de espinhos de Cristo, que, segundo a tradição, era a mesma usada na cabeça de Jesus, ele mandou erguer uma belíssima igreja para abrigá-la numa redoma de cristal. Trata-se da belíssima Sainte-Chapelle, que pode ser visitada em Paris. Acometido de uma grave doença, em 1245 Luís IX quase morreu. Então, fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ocupavam a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248, apesar das oposições da Corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para a Terra Santa. Mas em nenhuma delas teve êxito. Primeiro, foi preso pelos muçulmanos, que o mantiveram no cativeiro durante seis anos. Depois, numa outra investida, quando se aproximava de Tunis, foi acometido pela peste e ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270. Os cruzados voltaram para a França trazendo o corpo do rei Luís IX, que já tinha fama e odor de santidade. O seu túmulo tornou-se um local de intensa peregrinação, onde vários milagres foram observados. Assim, em 1297 o papa Bonifácio VIII declarou santo Luís IX, rei da França, mantendo o culto já existente no dia de sua morte.

Evangelho do Dia

Ano A - 25 de agosto de 2014

Mateus 23,13-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo disse Jesus: 23 13 “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar.
14 15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos.
16 Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento’.
17 Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro?
18 E dizeis ainda: ‘Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado’.
19 Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta?
20 Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele.
21 Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita.
22 E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado”.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
GUIAS CEGOS!
No intuito de precaver os seus discípulos, Jesus alertava-os quanto ao modo de viver incoerente dos mestres da Lei e dos fariseus. Estes, na ilusão de estarem vivendo uma vida modelar, comportavam-se como cegos que querem ser guias dos outros cegos. A incompatibilidade da pretensão deles manifesta-se de muitas maneiras.
Pensando ser os autênticos intérpretes da Palavra de Deus, acabavam por desencaminhar as pessoas, impedindo-as de entrar no Reino dos Céus. Insistiam nos detalhes da Lei, mas descuravam o fundamental. Preocupados com a exterioridade, não permitiam que a vontade de Deus penetrasse, realmente, em seus corações.
Resultado: ao invés de serem portadores de salvação, acabavam sendo motivo de condenação tanto para os judeus quanto para os pagãos, convertidos ao judaísmo por sua ação proselitista. O fanatismo dos convertidos tornava-os merecedores de duplo castigo.
Outra atitude equivocada dos mestres da Lei e dos fariseus consistia em confundir as pessoas, por meio de uma casuística estéril, levando-as a se afastarem da vontade de Deus. É pura perda de tempo fazer distinções capciosas em torno do mandamento divino se, no fundo do coração, a pessoa não tem a intenção de pautar sua vida por ele. Este tipo de casuísmo é resultado de uma cegueira insensata.

Oração
Espírito de clarividência, sê meu guia seguro no caminho da fidelidade ao Reino, precavendo-me contra quem, indevidamente, quer arvorar-se em líder.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês
)
 
Leitura
2 Tessalonicenses 1,1-5.11-12
Leitura da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses.
1 1 Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo.
2 A vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo!
3 Sentimo-nos na obrigação de incessantemente dar graças a Deus a respeito de vós, irmãos. Aliás, com muita razão, visto que a vossa fé vai progredindo sempre mais e desenvolvendo-se a caridade que tendes uns para com os outros.
4 De sorte que nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, pela vossa constância e fidelidade no meio de todas as perseguições e tribulações que sofreis.
5 Elas constituem um indício do justo juízo de Deus e de que sereis considerados dignos do Reino de Deus, pelo qual padeceis.
11 Nesta esperança suplicamos incessantemente por vós, para que nosso Deus vos faça dignos da vossa vocação e que leve eficazmente a bom termo todo o vosso zelo pelo bem e a atividade de vossa fé.
12 Para que seja glorificado o nome de nosso Senhor Jesus em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 95/96
Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações! 

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
Cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!

Dia após dia anunciai sua salvação,
Manifestai a sua glória entre as nações
E, entre os povos do universo, seus prodígios!

Pois Deus é grande e muito digno de louvor,
É mais terrível e maior que os outros deuses;
Porque um nada são os deuses dos pagãos.
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.
 
Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.