terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O real significado do sofrimento


Nenhuma ciência da saúde, por mais evoluída que seja, consegue eliminá-lo de nossa vida.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*

Apesar de conviver com uma cultura que proclama, “nos telhados” e nas antenas da comunicação, a vida como espaço de gozo e de felicidade a todo custo, desconectada da dimensão sobrenatural do sofrimento, todas as pessoas experimentam esse condicionamento fatal na sua existência. Assim temos sofrimentos naturais e outros provocados por atitudes diversas e até com irresponsabilidade.

O sentido da palavra “prosperidade”, muito referida nos últimos tempos, parece ser a tentativa de confronto e de superação dos momentos de sofrimento. Não existe fácil explicação sobre ele. Jesus apenas assume-o, livremente, quando é levado para o suplício da cruz. Na visão de Jó, Deus está presente onde o ser humano sofre. Diz ele que os justos são recompensados e os ímpios, castigados.

Existe um caráter pedagógico do sofrimento. Jó era justo e passou por terríveis sofrimentos. O mesmo aconteceu com o Mestre Jesus. Portanto, sofrer não significa pagar por erros praticados, mas é oportunidade de grandeza nas dimensões humana e divina. É fruto do condicionamento humano e da permissão da vontade de Deus. Mesmo no sofrimento, Jó se coloca nas mãos do Senhor.

O sofrimento aproxima a pessoa da própria identidade, e pode dar-lhe a dimensão de sua prática de vida. Muitos sofrimentos transformam a vida das pessoas e até as despertam para uma esperança mais viva e comprometida com o bem da vida. Muitos dos curados por Jesus passaram a servi-Lo nos afazeres do Reino.

Para o apóstolo Paulo, tudo é permitido na vida, mas nem tudo deve ser feito, porque uma liberdade usada sem critérios pode ocasionar como consequência, o sofrimento. Jesus assume, sem limites, o sofrimento do povo. Então, sofrimento ou doença não é castigo, mas manifestação do amor de Deus.

Nenhuma ciência da saúde, por mais técnica e evoluída que seja, consegue eliminar o sofrimento. A raiz não está aí, mas pode ser aumentado pelo egoísmo humano. Não podemos enganar as pessoas com falsas promessas de prosperidade, que podem até criar um complexo de culpa achando que são provocadoras de sofrimento.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

Evangelho do Dia

Ano B - 03 de fevereiro de 2015

Marcos 5,21-43

Aleluia, aleluia, aleluia.
Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas (Mt 8,17). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 5 21 tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando
22 um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés,
23 rogando-lhe com insistência: "Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva".
24 Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o.
25 Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue.
26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais.
27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.
28 Dizia ela consigo: "Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada".
29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada.
30 Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: "Quem tocou minhas vestes?"
31 Responderam-lhe os seus discípulos: "Vês que a multidão te comprime e perguntas: ‘Quem me tocou?"
32 E ele olhava em derredor para ver quem o fizera.
33 Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade.
34 Mas ele lhe disse: "Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal".
35 Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: "Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre?"
36 Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: "Não temas; crê somente".
37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
38 Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações.
39 Ele entrou e disse-lhes: "Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo".
40 Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada.
41 Segurou a mão da menina e disse-lhe: "Talita cumi", que quer dizer: "Menina, ordeno-te, levanta-te!"
42 E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados.
43 Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse, e mandou que lhe dessem de comer.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
TRANSBORDANDO VIDA
Os dois milagres realizados por Jesus apresentam-no como fonte donde transborda a vida. Sua missão consistiu em fazer jorrar vida onde a morte e a doença pareciam impor-se. Missão de resgatar a vida humana. O chefe da sinagoga, cuja filha havia morrido, viu seu pedido atendido: com uma ordem de Jesus, a menina retornou à vida e levantou-se, para espanto de todos. Igualmente a mulher, vítima de uma hemorragia que não se estancava, viu-se curada pelo Mestre. Em ambos os casos, Jesus se manifestou como Senhor e fonte da vida. Essa mulher, certa de ser curada, tocara nas vestes de Jesus. Este imediatamente percebeu que uma força saíra dele. Num primeiro momento, parece que o milagre se realizara por um poder mágico, uma vez que bastou a mulher tocá-lo para sentir-se curada. Contudo, levada a explicar o sentido de seu gesto, confessou ter sido movida pela fé no poder do Mestre. Ao que ele declarou: "A tua fé te salvou!" Nada consegue de Jesus quem o busca por considerá-lo possuidor de forças mágicas de cura. Só a fé abre caminho para a vida que dele transborda. Portanto, uma fé salvífica que supera o simples benefício físico e oferece ao ser humano muito mais que a vida material. Fé que o predispõe para a vida eterna.
 
Leitura
Hebreus 12,1-4
Leitura da carta aos Hebreus.
12 1 Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus.
2 Em vez de gozo que se lhe oferecera, ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus.3 Considerai, pois, atentamente aquele que sofreu tantas contrariedades dos pecadores, e não vos deixeis abater pelo desânimo.
4 Ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado.
Palavra do Senhor.
Salmo 21/22
Todos aqueles que vos buscam
hão de louvar-vos, ó Senhor.


Sois meu louvor me meio à grande assembléia;
Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!
Vossos pobres vão comer e saciar-se,
e os que procuram o Senhor o louvarão;
“Seus corações tenham a vida para sempre!”

Lembrem-se disso os confins de toda a terra,
para que voltem ao Senhor e se convertam,
e se prostrem, adorando, diante dele
todos os povos e as famílias das nações.
Somente a ele adorarão os poderosos,
e os que voltam para o pó o louvarão.

Para ele há de viver a minha alma,
toda a minha descendência há de servi-lo;
às futuras gerações anunciará
o poder e a justiça do Senhor;
ao povo novo que há de vir, ele dirá:
“Eis a obra que o Senhor realizou!”
Oração
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 3 DE FEVEREIRO - TERÇA-FEIRA

IV SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome nos gloriemos em vosso louvor (Sl 105,47)
Oração do dia
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Hebreus 12,1-4)
Leitura da carta aos Hebreus.
12 1 Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus.
2 Em vez de gozo que se lhe oferecera, ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus.3 Considerai, pois, atentamente aquele que sofreu tantas contrariedades dos pecadores, e não vos deixeis abater pelo desânimo.
4 Ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 21/22
Todos aqueles que vos buscam
hão de louvar-vos, ó Senhor.


Sois meu louvor me meio à grande assembléia;
Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!
Vossos pobres vão comer e saciar-se,
e os que procuram o Senhor o louvarão;
“Seus corações tenham a vida para sempre!”

Lembrem-se disso os confins de toda a terra,
para que voltem ao Senhor e se convertam,
e se prostrem, adorando, diante dele
todos os povos e as famílias das nações.
Somente a ele adorarão os poderosos,
e os que voltam para o pó o louvarão.

Para ele há de viver a minha alma,
toda a minha descendência há de servi-lo;
às futuras gerações anunciará
o poder e a justiça do Senhor;
ao povo novo que há de vir, ele dirá:
“Eis a obra que o Senhor realizou!”
Evangelho (Marcos 5,21-43)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas (Mt 8,17). 


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 5 21 tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando
22 um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés,
23 rogando-lhe com insistência: "Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva".
24 Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o.
25 Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue.
26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais.
27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto.
28 Dizia ela consigo: "Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada".
29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada.
30 Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: "Quem tocou minhas vestes?"
31 Responderam-lhe os seus discípulos: "Vês que a multidão te comprime e perguntas: ‘Quem me tocou?"
32 E ele olhava em derredor para ver quem o fizera.
33 Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade.
34 Mas ele lhe disse: "Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal".
35 Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: "Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre?"
36 Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: "Não temas; crê somente".
37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
38 Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações.
39 Ele entrou e disse-lhes: "Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo".
40 Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada.
41 Segurou a mão da menina e disse-lhe: "Talita cumi", que quer dizer: "Menina, ordeno-te, levanta-te!"
42 E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados.
43 Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse, e mandou que lhe dessem de comer.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
TRANSBORDANDO VIDA
Os dois milagres realizados por Jesus apresentam-no como fonte donde transborda a vida. Sua missão consistiu em fazer jorrar vida onde a morte e a doença pareciam impor-se. Missão de resgatar a vida humana. O chefe da sinagoga, cuja filha havia morrido, viu seu pedido atendido: com uma ordem de Jesus, a menina retornou à vida e levantou-se, para espanto de todos. Igualmente a mulher, vítima de uma hemorragia que não se estancava, viu-se curada pelo Mestre. Em ambos os casos, Jesus se manifestou como Senhor e fonte da vida. Essa mulher, certa de ser curada, tocara nas vestes de Jesus. Este imediatamente percebeu que uma força saíra dele. Num primeiro momento, parece que o milagre se realizara por um poder mágico, uma vez que bastou a mulher tocá-lo para sentir-se curada. Contudo, levada a explicar o sentido de seu gesto, confessou ter sido movida pela fé no poder do Mestre. Ao que ele declarou: "A tua fé te salvou!" Nada consegue de Jesus quem o busca por considerá-lo possuidor de forças mágicas de cura. Só a fé abre caminho para a vida que dele transborda. Portanto, uma fé salvífica que supera o simples benefício físico e oferece ao ser humano muito mais que a vida material. Fé que o predispõe para a vida eterna.
 

Oração
Espírito que é fonte de vida, dá-me uma fé profunda, que me predisponha a beneficiar-me da vida que transborda de Jesus.

 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Para vos servir, ó Deus, depositamos nossas oferendas em vosso altar; acolhei-as com bondade, a fim de que se tornem o sacramento da nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! (Sl 30,17s)
Depois da comunhão
Renovados pelo sacramento da nossa redenção, nós vos pedimos, ó Deus, que este alimento da salvação eterna nos faça progredir na verdadeira fé. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO BRÁS
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ouvi, ó Deus, as preces do vosso povo, confiado pelo patrocínio de São Brás; concedei-nos a paz neste mundo e a graça de chegar à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Santificai, ó Deus, com a vossa bênção, as nossas oferendas e acendei em nós o fogo do vosso amor, que levou são Brás a vencer os tomentos do martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Ó Deus, que estes sagrados mistérios nos concedam a fortaleza de ânimo que levou vosso mártir são Brás a vos servir fielmente a vencer o martírio. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO BRÁS):
A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, onde é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão. O prodígio atribuído à ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou milagrosa, e imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido. Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste , isto no século três. Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316. Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte. O corpo do santo mártir ficou guardado na sua catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foram embarcadas por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma. Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e alí os fieis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás. Mais recentemente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros. Como dissemos, do Oriente ao Ocidente, todo mundo cristão se curva à devoção de São Brás nomeando ainda hoje cidades e locais, para render-lhes homenagem e veneração.

Por que honramos a Eucaristia?



Por que honramos a Eucaristia?
Quem recebe a comunhão eucarística deve estar em estado de graça, pois a Eucaristia contém o próprio Cristo Senhor, que nela se oferece e é recebido mediante os sinais do pão e do vinho consagrados.


Pela Eucaristia, a Igreja vive e cresce continuamente. A Eucaristia é o memorial da morte e da ressurreição do Senhor, confiado à Igreja, pelo qual se perpetua, pelos séculos, o sacrifício da cruz.


Os fiéis têm em máxima honra a Eucaristia e, por isso, buscam participar ativamente da celebração eucarística, recebê-la muitas vezes, com a máxima devoção e presta-lhe culto de suprema adoração.


A Eucaristia é a presença real de nosso Senhor Jesus Cristo. A Eucaristia significa e realiza a unidade do povo de Deus; é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã.


Uma vez que Cristo mesmo está presente no sacramento do altar, também depois da celebração da Missa, é preciso honrá-lo com um culto de adoração.


“A visita ao Santíssimo sacramento é uma prova e gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração para com Cristo, nosso Senhor” (CIC 1418).


Fonte de pesquisa: CNBB e Catecismo da Igreja Católica


Por que chamamos a Mãe de Jesus de Nossa Senhora?


Por que chamamos a Mãe de Jesus de Nossa Senhora?

A palavra senhor, em nossa linguagem cotidiana, é usada como um tratamento respeitoso, dado a algumas pessoas, como aos pais, professores e autoridades. Na idade média, São Bernardo, vendo como cada “senhor” apresentava sua “senhora”, recordou que Jesus nos deu uma “Senhora” para amparar a todos.


Desde então, Maria é chamada de “Nossa Senhora”. Trata-se de um título de devoção popular. A mãe de Jesus, como toda a certeza, merece esse respeito e, por isso, a designamos comumente como Senhora, sem qualquer conotação do sentido especificamente bíblico do termo Senhor.


Maria foi a grande escolhida por Deus para cooperar com seu plano de salvação, foi chamada a ser a mãe do Redentor e deu o seu sim. É senhora, é Admirável e a mãe de Deus e nossa mãe.


Na Sagrada Escritura, este termo tem um sentido muito maior. Senhor é o nome próprio para designar o Deus de Israel, desde que se revelou a Moisés como Iavé, “aquele que é”, traduziu na versão grega dos livros do Antigo Testamento por Kyrios, “Senhor”. No Novo Testamento, Jesus é chamado Senhor por aqueles que dele se aproximam com respeito e confiança em seu poder de ajuda e cura. Nos encontros com Jesus Ressuscitado, o termo Senhor aparece como expressão de adoração: “Meu Senhor e eu Deus” (Jô 20,28).


Pode ser “de condição divina” (Fl 2,6), Jesus é o Senhor, digno do mesmo poder, honra e glória devidos ao Pai. Ele é o Senhor da vida e da história. A ele a Igreja invoca: “Amém, vem Senhor Jesus!” (Ap 22,20). O nome Senhor indica, portanto, a soberania divina. Quem confessa ou invoca Jesus como Senhor demonstra que crê em sua divindade.


“Ninguém pode dizer Jesus é o Senhor a não ser no Espírito Santo” (1 Cor 12,3).

Louvor a Deus

Louvor a Deus


A bíblia é a Carta de Amor que Deus escreveu para nós. Em cada página encontramos ricas histórias, ensinamentos que direcionam os nossos passos. Em Jo, 17,17 lemos: “Santifica-os pela verdade. A Tua palavra é a verdade”.


A palavra de Deus é Vida para nossa vida, Luz forte que brilha nas trevas. O poder da Palavra de Deus faz cair as barreiras que julgamos impossíveis. Naqueles momentos que não vemos saída, que nada parece dar certo é que, de repente, algo acontece e as portas se abrem trazendo as soluções para cada situação. Todo o peso vai embora e a paz inunda nosso coração. E o que é esse “de repente”? É o exato momento em que a graça de Deus se torna real aos nossos olhos. O Pai, a todo o momento, está nos dando provas de Seu amor eterno.


Temos muitos motivos para louvar a Deus, que nos concede toda a bênção e toda a graça. Deus nos criou a sua imagem e semelhança, e mesmo quando nossos primeiros pais, Adão e Eva, pecaram não nos abandonou ao nosso próprio destino. Como prova do Seu amor fiel, enviou Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para que crendo Nele tenhamos vida.


Quando sentir a impressão de estar sozinho, lembre-se de Jesus. Repita com doçura este nome, porque nele existe poder. Você sentirá Ele preenchendo seus vazios, e surgirá o desejo louvá-lo pelo seu grande amor.


Oração:

Meu bom Deus, muito obrigado pelas bênçãos recebidas e pelo perdão pelos pecados cometidos. Consolai os aflitos e pacificai o nosso coração. Amém!

Exercite a fé!

12
"Esta pequena meditação é dirigida a quem esta sofrendo alguma doença do espírito, emoções ou corpo. O modo como Jesus curava continua sendo válido para todos os tempos, onde existirem pessoas doentes.


Entre as inúmeras curas de Jesus, uma chama a atenção de um modo todo especial. É a cura da mulher do fluxo de sangue.


Durante doze anos padeceu deste mal, e também gastou todo o seu dinheiro buscando a cura com diversos médicos. Tendo ouvido falar de Jesus, toma a decisão de procurá-lo.


O efeito deste encontro foi instantâneo: “aproximou-se dele por detrás e tocou-lhe a orla do manto; e no mesmo instante lhe parou o fluxo de sangue.” (Lc 8,44).


Como aconteceu esta cura?


-  Uma multidão seguia Jesus, e muitos esbarraram Nele. E somente a mulher do fluxo de sangue foi curada. Esta mulher tocou em Jesus certa de receber a cura.  A sua motivação foi a fé! Ela acreditava no poder de Jesus para curá-la. Não se deixou intimidar por nenhuma dificuldade. Ela entrou na multidão decidida a se aproximar de Jesus e tocar em suas vestes.


- A fé teve como ajuda um ponto de contacto: tocar na veste de Jesus. Alguns poderiam interpretar como superstição, crendice, simpatia…para esta mulher foi como uma alavanca para levantar a sua fé. Jesus não criticou este seu gesto, porque viu a grandeza da fé da mulher.


Como atualizar este evangelho para a nossa vida?


1. Aprendendo a orar com fé e ousadia, isto é, tomando posse do poder de Jesus. Por exemplo, colocando-se no lugar da mulher do fluxo de sangue, com a seguinte oração:


“Senhor Jesus, eu agora toco na Tua presença, aqui nesta oração, e eu creio que estas me curando.”


2. Esta oração pode ser feita também colocando a mão na enfermidade ou no peito.


3. Participando com uma atitude nova da Eucaristia. Quando comungamos recebemos Jesus Vivo, que toca em todo o nosso ser. Este é um momento especial do fluir da cura de Jesus, por isso devemos apresentar-lhe nossas necessidades. Ele quer nos curar. Basta crer, e Ele manifestará o Seu poder.


4. Visitar mais frequentemente o Sacrário. A qualquer momento, Jesus esta aí disponível para nos atender e abençoar.


Em nosso Santuário, e também pelos testemunhos da benção da água através do Programa Encontro com Cristo, tenho visto as pessoas exercitarem a fé neste poder de Jesus."


Pe. Alberto Gambarini

Igreja, lugar da formação - Informativo Litúrgico Paróquia nossa senhora das candeias- Ano B 2015


103. Na Igreja de Jesus Cristo, os discípulos missionários procuram aprofundar-se no conhecimento da Palavra de Deus e dos conteúdos da fé. Nela cultiva-se o discipulado, a aprendizagem, que tem seu ponto de partida na iniciação cristã. “A iniciação cristã, que inclui o querigma, é a maneira prática de colocar alguém em contato com Jesus Cristo e iniciá-lo no discipulado” (DAp, n. 288).

104. Cinco aspectos fundamentais se destacam no processo de formação de discípulos missionários:

a) O Encontro com Jesus Cristo: Aqueles que serão seus discípulos já o buscam (cf. Jo 1,38);
b) A Conversão: Resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê nele pela ação do Espírito;
c) O Discipulado: A pessoa amadurece constantemente no conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre;
d) A Comunhão: O discípulo participa na vida da Igreja e no encontro com os irmãos;
e) A Missão: A missão é inseparável do discipulado.

4.1. A Iniciação Cristã

105. A Iniciação Cristã dá a possibilidade de uma aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. É uma oportunidade de fortalecer a unidade dos três sacramentos da iniciação: Batismo, Confirmação e Eucaristia e aprofundar o rico sentido entre eles. Refere-se à primeira iniciação no mistério da fé, seja na forma do catecumenato batismal para os não batizados, seja na forma do catecumenato pós-batismal para os batizados não suficientemente catequizados.

106. Cada tempo e cada lugar têm um modo característico para apresentar Jesus Cristo e suscitar nos corações o seguimento. “A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo”. A adesão a Jesus Cristo implica anúncio, apresentação, proclamação (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 38). 

107. Em outras épocas, a apresentação de Jesus Cristo se dava através de um mundo que se concebia cristão. Família, escola e sociedade ajudavam a se inserir na cultura, apresentando também a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo. Com as mudanças a realidade não é mais a mesma. Esta é a razão pela qual cresce o incentivo à Iniciação à vida cristã, “grande desafio que questiona a fundo a maneira como estamos educando na fé e como estamos alimentando a experiência cristã”. Trata-se de “desenvolver, em nossas comunidades, um processo de iniciação à vida cristã que conduza a um encontro pessoal com Jesus Cristo”, atitude que deve ser assumida em todo o continente latino-americano (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 39-40).

4.2. Catequese Permanente

108. A formação tem ponto de partida, mas não tem ponto de chegada, pois a formação é contínua, a catequese é permanente. As atuais necessidades, urgências e desafios “requerem clara e decidida opção pela formação dos membros de nossas comunidades, a favor de todos os batizados, qualquer que seja a função que desenvolvem na Igreja” (DAp, n. 276). A formação permanente é um elemento constitutivo da vida e missão do discípulo missionário para que possa dar conta da própria esperança diante da realidade que o cerca, comunicando-se, avaliando e deixando-se avaliar como instrumento transformador da sociedade. A “missão principal da formação é ajudar os membros da Igreja a se encontrar sempre com Cristo, e assim reconhecer, acolher, interiorizar e desenvolver a experiência e os valores que constituem a própria identidade e missão cristã no mundo” (DAp, n. 279).

109. “A catequese não pode se limitar a uma formação meramente doutrinal, mas precisa ser uma verdadeira escola de formação integral” (DAp, n. 299). Além do critério de uma formação permanente, o Documento de Aparecida assinala que a mesma deve ainda acontecer de forma atenta às diversas dimensões: a humana e a comunitária, a espiritual e a intelectual, a pastoral e a missionária, num processo dinâmico e gradual, com ternura e dedicação, pois para “chegar à altura da vida nova de Cristo, identificando-se profundamente com Ele e sua missão, é um caminho longo que requer itinerários diversificados, respeitosos dos processos pessoais e dos ritmos comunitários” (DAp, n. 281).

4.3. Igreja: lugar de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral

110. “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3,16). Deus se dá a conhecer no diálogo que estabelece conosco. “Quem conhece a Palavra divina conhece plenamente também o significado de cada criatura” (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 44).

111. Vinculado à iniciação à vida cristã, o atual momento da ação evangelizadora convida o discípulo missionário a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus, como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo. “Na alvorada do terceiro milênio, não só existem muitos povos que ainda não conheceram a Boa Nova, mas há também muitos cristãos que têm necessidade que lhes seja anunciada novamente, de modo persuasivo, a Palavra de Deus, para poderem assim experimentar concretamente a força do Evangelho”. Deste modo, iniciação à vida cristã e Palavra de Deus estão intimamente ligadas. Uma não pode acontecer sem a outra, pois “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo” (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 45-46).

112. São vários os métodos de leitura da Bíblia. A Conferência de Aparecida destacou a Leitura Orante como caminho para o encontro com a Palavra de Deus. Nela, o discípulo missionário acolhe a Palavra como dom, mergulha na riqueza do texto sagrado e, sob o impulso do Espírito, assimila esta Palavra na vida e na missão (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 52).

113. O discípulo missionário compreende a expressão do salmista, quando diz que a Palavra de Deus é luz para sua vida (Sl 119,105). Ao fazer esta experiência, ele une profundamente sua palavra à Palavra de Deus. Reza com a Palavra, reza a Palavra. Eis por que podemos dizer que a animação bíblica de toda a pastoral vai além de uma pastoral bíblica especializada, quer nos conduzir a uma iluminação bíblica de toda a vida, porque é um caminho de conhecimento e interpretação da Palavra, um caminho de comunhão e oração com a Palavra, e um caminho de evangelização e proclamação da Palavra (cf. CNBB, DGAE 2011-2015, n. 53).

4.4. A Inculturação 

114. Fazer o Evangelho penetrar no dia a dia de um povo, de modo que este povo consiga expressar sua experiência de fé em sua própria cultura, é o que chamamos de inculturação. A inculturação é um processo que “integra tanto a mensagem cristã como a reflexão e a práxis da Igreja” (RM, n. 52), conduzida pelo Espírito como uma exigência do seguimento de Jesus. Ser uma Igreja inculturada significa assimilar o essencial da mensagem evangélica respeitando os reais valores das diferentes culturas.

115. A formação dos discípulos missionários na Igreja de Jesus Cristo é sempre inculturada. “Com a inculturação da fé, a Igreja se enriquece com novas expressões e valores, manifestando e celebrando cada vez melhor o mistério de Cristo, conseguindo unir mais a fé com a vida e assim contribuindo para uma catolicidade mais plena, não só geográfica, mas também cultural” (DAp, n. 479). Por isso, na Igreja – a catequese, liturgia, a moral, as instituições etc. – tudo deve ser inculturado. A própria Igreja deve ser inculturada, a exemplo da encarnação de Jesus, o Filho de Deus, que vem do Pai e se insere na história humana, partilhando de sua fragilidade, marcada pelo sofrimento, pelo pecado e pela morte, assumindo-a para redimi-la. Na Galileia, Jesus assumiu o modo de viver, percebeu as potencialidades existentes naquele povo e naquela cultura, bem como as contradições e os conflitos e construiu, com os homens e as mulheres, o caminho do Reino de Deus (DAESC 2009-2011, n. 30).

  Paroquia nossa senhora das candeias
Pastoral  liturgica  2015  ano  B
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