quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Juventude contribuirá na divulgação do Show da Esperança


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Juventude se mobiliza para ajudar no projeto de construção da Fazenda da Esperança da Arquidiocese de Olinda e Recife. Cerca 20 jovens dos vicariatos episcopais foram convocados para participar de reunião na manhã desta quinta-feira, 09, na sede da Cúria Metropolitana, bairro das Graças, Zona Norte do Recife. O objetivo é que eles possam usar a criatividade e alegria típica da juventude para divulgar o projeto e o Show da Esperança. Estiveram presentes no encontro padres que integram o Setor Juventude da arquidiocese.
Eles irão colaborar na distribuição e vendas de camisas, além de divulgação através de panfletagem, pedágios e redes sociais. Ideias não faltaram. Uma delas é a realização de um ‘Flash Mob’, mobilização rápida com a finalidade de chamar atenção para determinado tema. O dia 25 de janeiro será destinado à promoção do evento nos sete vicariatos episcopais. Entre as ações estão programados pedágios, panfletagem e o ‘flash mob’ em sete locais diferentes.
DSCN0330Márcio José da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no bairro da Várzea, também será voluntário. “A juventude precisa se unir em prol do projeto. As drogas é um problema que afeta o Brasil. Vestindo essa causa não daremos um basta, mas sensibilizaremos as pessoas contra esse mal que prejudica tanto física quanto emocionalmente”, disse.
Camisas - As camisas começaram a ser distribuídas com as paróquias. Os interessados também podem comprar o produto na Casa da Juventude Padre Antônio Henrique, no bairro das Graças. Elas estão sendo vendidas por R$ 20. Mais informações pelo telefone (81) 3271-4270 falar com Ane Kely (Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Juventude) ou diácono Antônio Sebastião (vice-ecônomo). Também haverá venda de camisas durante os Congressos Nacionais das Juventudes do Meio Popular (PJMP) e Rural (PJR) que serão realizados entre os dias 14 e 19 de janeiro no Recife.
Contagem Regressiva - Na próxima quarta-feira, 15, haverá Pocket Show com padre João Carlos e a cantora Cristina Amaral e Missa para marcar os 30 dias que antecedem o Show da Esperança. A celebração será às 9h na Basílica Nossa Senhora do Carmo, bairro de Santo Antônio, no centro do Recife. O evento é aberto ao público. Um stand para vendas de camisas será colocado no local.
Redes Sociais - Os internautas são convidados a curtirem o compartilharem a página no Facebook e o perfil no Twitter. A construção da Fazenda da Esperança é um dos principais objetivos da Arquidiocese para 2014. A meta é que as obras comecem em março e em dezembro já esteja em funcionamento. Então, não perca tempo e curta facebook.com/showdaesperancarecife e siga o @showdaesperanca.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Evangelho do dia

Ano C - 09 de janeiro de 2014

Lucas 4,14-22

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 4 14 Jesus então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galiléia. E a sua fama divulgou-se por toda a região.
15 Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos.
16 Dirigiu-se a Nazaré, onde se havia criado. Entrou na sinagoga em dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
17 Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías. Desenrolando o livro, escolheu a passagem onde está escrito:
18 "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração,
19 para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor".
20 E enrolando o livro, deu-o ao ministro e sentou-se; todos quantos estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21 Ele começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu este oráculo que vós acabais de ouvir".
22 Todos lhe davam testemunho e se admiravam das palavras de graça, que procediam da sua boca, e diziam: "Não é este o filho de José?"
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UNGIDO DO SENHOR
A profecia de Isaías, lida na sinagoga de Nazaré, pode ser tomada como o discurso programático das atividades de Jesus e como expressão da consciência que ele tinha da sua vocação e missão.
A evocação do Ungido do Senhor aponta para a origem de Jesus e de sua missão. Seu messianismo tinha origem no Pai, de quem provinha uma tarefa precisa, a ser realizada em favor da humanidade. Foi ele Pai quem o constituiu Messias e lhe conferiu poderes para fazer o Reino acontecer na história humana.
O elenco de atividades do Messias anunciado pelo profeta corresponde ao conjunto das ações de Jesus. Tudo quando fez, consistiu em reavivar a esperança no coração dos pobres. Estes eram as principais vítimas do anti-Reino, por seu sistema de exclusão e de opressão. Por isso, o senhorio de Deus, experimentado por Jesus em sua própria vida, deveria ser estendido, em primeiro lugar, aos pobres. Pela ação de Jesus, os feridos pela injustiça seriam curados; os prisioneiros do pecado e do egoísmo recuperariam a liberdade, convertendo-se ao amor. A cegueira, que impede as pessoas de descobrirem os caminhos de Deus, seria superada. Aos massacrados pela opressão, seria proclamada a libertação. Enfim, para todos, seria oferecida a possibilidade de restaurar sua amizade com Deus. A atividade de Jesus, portanto, foi a realização das antigas profecias.

Oração Senhor Jesus, que eu seja beneficiado por sua ação messiânica, e que o senhorio de Deus seja restaurado no meu coração.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
1 João 4,19-5,4
Leitura da primeira carta de são João.
Carríssimos, 4 19 amamos, porque Deus nos amou primeiro.
20 Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.
21 Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão.
5 1 Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado.
2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.
3 Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos,
4 porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
Palavra do Senhor.
Salmo 71/72
As nações de toda a terra
hão de adorar-vos, ó Senhor!

Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
Com justiça ele governe o vosso povo,
com eqüidade ele julgue os vossos pobres.

Há de livrá-los da violência e opressão,
pois vale muito o sangue deles a seus olhos!
Hão de rezar também por ele sem cessar,
bendizê-lo e honrá-lo cada dia.

Seja bendito o seu nome para sempre!
E que dure como o sul sua memória!
Todos os povos serão nele abençoados,
todas as gentes cantarão o seu louvor!
Oração
Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, a aurora do vosso dia eterno despontou sobre todas as nações. Concedei ao vosso povo conhecer a fulgurante glória do seu redentor e por ele chegar à luz que não se extingue. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Hora de renovar o compromisso batismal


Quero convidar todos a redescobrirem, cultivarem e testemunharem o dom da fé no Ressuscitado.


Em virtude do batismo, somos chamados a ser discípulos e missionários de Jesus. (Foto: Arquivo)
Por Dom Orani João Tempesta*
O tempo do Natal se encerra com a Festa do Batismo do Senhor e, no dia seguinte, começa o Tempo Comum durante o ano. Para nós, no Rio de Janeiro, é tempo da trezena de São Sebastião, quando a cidade e a Arquidiocese preparam a grande festa do seu padroeiro. Caminhamos para os 450 anos de fundação da cidade e os 60 anos da celebração do, até agora, único Congresso Eucarístico Internacional realizado no Brasil. No ano passado vivemos com toda a Igreja o “Ano da Fé”, com os temas desenvolvendo o "discipulado", a "Igreja" e a "juventude". Neste ano, como já anunciado, iremos abrir, no dia 20 de janeiro, o "Ano da Caridade" que deve ser o "ano da defesa e da promoção da vida".

O papa Francisco nos recorda na Evangelii Gaudium que "o conteúdo do primeiro anúncio tem uma repercussão moral imediata, cujo centro é a caridade" (177). Ele acrescenta: "confessar um Pai que ama infinitamente cada ser humano implica descobrir que ´assim lhe confere uma dignidade infinita´". (178)

Por isso, neste último domingo do tempo do Natal, quando celebramos com imensa alegria o mistério da Encarnação, o “Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós”, tornando-se assim próximo de nós, somos chamados a aprofundar o dom do Batismo. Se para Jesus foi o momento de sua manifestação como “Filho de Deus” e início de sua vida pública, para nós é tempo de redescoberta das consequências batismais em nossa vida pessoal e as consequências sociais.

No Antigo Testamento, por várias vezes o Céu se abriu para que o Senhor intervisse, com seus sinais, na vida do povo eleito com a finalidade de instruí-lo. Para nós, o batismo de Jesus no rio Jordão por João Batista foi mais uma vez a “abertura do Céu”. Ato voluntário de Jesus que, por ser de condição Divina, e por ser o Messias esperado, não necessitava ter se submetido ao batismo de João, que era destinado aos pecadores e aos que se preparavam para a chegada do Salvador (cf. Mt 3, 11-15). No entanto, em atitude de aniquilamento e para manifestar-se ao mundo, assim o faz. E quando o faz, o Céu se abre e sobre Ele vem o Santo Espírito em forma de Pomba, e a voz do Pai que O revela como seu próprio Filho.

Jesus não precisava ser batizado, mas ele se humilhou recebendo o batismo de João, um batismo de conversão para demonstrar que pela sua paixão, morte e ressurreição todos nós receberíamos a salvação.

Assim sendo, é importante neste final do Tempo do Natal e início do Tempo Comum, dentro da trezena de São Sebastião, aprofundar as consequências de nossa vida de batizados. Pelo batismo, somos mergulhados nas águas que comunicam o Espírito Santo. Por isso, na Festa do Batismo do Senhor revivemos a nossa consagração batismal, pela qual fomos incorporados a Cristo “para sermos interiormente transformados por Ele”, é o que pedimos na oração do dia da missa.

Em virtude do batismo, somos chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo. Ensina o Documento de Aparecida, em seu nº 209, que: “Os fiéis leigos são os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Realizam, segundo a sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo. São homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja.” “Enquanto batizado, o homem deve sentir-se enviado pela Igreja a todos os campos de atividade que constituem sua vocação e missão, para dar testemunho como discípulo e missionário de Jesus Cristo…” (nº 460 do DdAp).

Nós formamos a assembleia de batizados, proclamamos, pela Eucaristia, as maravilhas Daquele que nos chamou das trevas à sua luz, e aceitamos ser mergulhados com Cristo no mistério de sua entrega filial ao Pai. Acolhemos em piedosa oração, particularmente em nossa Arquidiocese participando da trezena de São Sebastião, o Espírito que nos é entregue e, na voz do Pai, recebemos a confirmação de sermos seus filhos amados, com a missão de ser luz para as nações e alegres anunciadores da boa-nova do Reino. Celebrando a Eucaristia, vivemos o núcleo da vida batismal, entrando em comunhão com Deus, com os irmãos, plenificando de sentido pascal à vida. Ouvindo Jesus, o Filho amado, prolongamos no mundo sua missão de serviço à justiça com coração manso e humilde, “fazendo o bem e curando a todos”, para que todos vivam de fato como filhos amados de Deus.

Os que recebem o sacramento do Batismo tornam-se partícipes da morte e ressurreição de Cristo, iniciam com Ele a aventura jubilosa e exaltante do discípulo. A liturgia apresenta-a como uma experiência de luz.

Por ocasião do batizado é entregue a cada um uma vela acesa no círio pascal. Neste significativo gesto litúrgico, a Igreja afirma: "Recebei a luz de Cristo!" Sob esta luz deverão caminhar por toda a vida os batizados que, seguindo o exemplo de seus pais, padrinhos e madrinhas, serão sempre iluminados pelo Cristo, luz que se manifestou ao mundo, como celebramos na Epifania comemorada domingo passado.

Por isso, é sempre oportuno lembrar aos pais e padrinhos que estes, primeiramente, deverão comprometer-se a alimentar com as palavras e com o testemunho da sua vida as chamas da fé dos que trilham o catecumenato e recebem o batismo, para que possa resplandecer neste mundo a levar a luz do Evangelho, que é vida e esperança.  Esta é a fé da Igreja. E nós alegramo-nos por professá-la em nosso Senhor Jesus Cristo.

O papa Francisco, em sua recente Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, já a partir dos sacramentos, cujas portas, disse, não "se deveriam fechar por uma razão qualquer". O princípio se aplica em especial ao Batismo, mas também à Eucaristia, que "não é um prêmio para os perfeitos, mas um remédio generoso e um alimento para os fracos".

Sendo assim, quero convidar os meus arquidiocesanos, a redescobrirem, cultivarem e testemunharem o dom da fé no Ressuscitado, vivendo a beleza e a alegria de sermos cristãos, aderindo a Cristo, princípio e fim da vida humana.
CNBB, 08-01-2013.
*Dom Orani João Tempesta é arcebispo do Rio de Janeiro (RJ).