terça-feira, 13 de maio de 2014

CNBB divulga mensagem aos agentes da Pastoral do Dízimo


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A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante a 52ª Assembleia Geral, realizada de 30 de abril a 9 de maio, em Aparecida (SP), designou uma Comissão Episcopal para fazer um estudo sobre a Pastoral do Dízimo no Brasil. Os bispos, reunidos no evento, aprovaram uma mensagem aos agentes da Pastoral do Dízimo, assinada pelo arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis; pelo arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente, dom José Belisário; pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner.
No texto, os bispos explicam que a comissão “irá conhecer as ricas experiências” das comunidades no que diz respeito à Pastoral do Dízimo. Além disso, “irá recolher o material que muitas Dioceses já produziram sobre essa praxe bíblica e estudar as reflexões e publicações de inúmeros teólogos e pastoralistas”.
Para isto, convocam os agentes da Pastoral do Dízimo a colaborarem com a pesquisa, quando forem solicitados. Leia, na íntegra, a mensagem:
Mensagem da CNBB
aos agentes da Pastoral do Dízimo
Prezados agentes da Pastoral do Dízimo,
É com alegria que os Bispos do Brasil, reunidos em Aparecida sob o manto de Nossa Senhora, participando da 52ª Assembleia Geral da CNBB, comunicam que será feito um estudo sobre a Pastoral do Dízimo.
O que nos leva a tomar essa iniciativa é a certeza de que o Dízimo é um sinal visível da participação e corresponsabilidade dos fiéis na comunidade eclesial; ajuda os católicos a desenvolver sua consciência de pertença à Igreja; é uma expressão viva da fé e da gratidão a Deus; dá condições à Igreja de cumprir sua missão evangelizadora; incentiva a partilha de nossos bens com os pobres.
Para coordenar este trabalho, foi nomeada uma Comissão Episcopal para a Pastoral do Dízimo que irá conhecer as ricas experiências de nossas comunidades, recolher o material que muitas Dioceses já produziram sobre essa praxe bíblica e estudar as reflexões e publicações de inúmeros teólogos e pastoralistas. Em seguida, será elaborado um Anteprojeto aberto à colaboração de todos, para possibilitar melhores condições de aprovação e publicação na coleção de “Estudos da CNBB”.
Por isso, quando sua Equipe Diocesana for chamada a colaborar com a Comissão Episcopal para o Dízimo, nomeada pela Presidência da CNBB, esperamos que o faça com alegria. O resultado desse trabalho certamente ajudará as Dioceses que querem incentivar, renovar ou mesmo implantar este importante serviço Pastoral.
Agradecemos a todos os que se dedicam a esta Pastoral e imploramos a graça de Deus para os seus trabalhos que possibilitam nossa Igreja imitar as primeiras comunidades cristãs: “Todos os que acreditavam estavam unidos e tinham tudo em comum” (At 2,44).
Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira e Rainha, interceda por nossas comunidades, seus pastores e cada um dos discípulos missionários de seu Filho.
Aparecida, 08 de maio de 2014.
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Fonte: CNBB

Unicap promove Semana Teológica 2014


Semana-de-TeologiaDando continuidade às comemorações dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) promoverá entre os dias 13 e 16 deste mês, a Semana Teológica 2014. Com o tema “Vaticano II: desdobramento e desafios” religiosos e leigos especialistas na área discutirão os pontos mais importantes desse grande evento convocado por São João XXIII em 1963, mas que repercute na Igreja até os dias de hoje.
O lançamento do volume quatro das Obras Completas de Dom Hélder Câmara, na próxima terça-feira, 13, abrirá a Semana Teológica 2014. O Instituto Dom Hélder Câmara (IDHeC) apresenta a obra literária a partir das 19h, no auditório padre José de Anchieta (G1), no blobo G da Unicap.
Na quarta-feira, 14, um momento cultural marcado para as 18h30 dará as boas-vindas aos participantes. Logo em seguida, será realizada a conferência “Lumen Gentium – 50 anos depois”, com o professor doutor César Kuzma da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
No terceiro dia da Semana Teológica, o professor doutor Angelo Cardita, da Universidade de Laval, no Canadá, coordenará o minicurso “Os rumos da liturgia na Igreja”. A capacitação será realizada das 14h às 17h30. Ainda na quinta-feira, a partir das 19h15, o professor doutor Mário de França Miranda da PUC-RJ apresentará a conferência “A urgência de um cristianismo unido”.
O presidente da Comissão de Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Arquidiocese de Olinda e Recife, frei Tito Figuêroa, abre o último dia da Semana Teológica 2014. O religioso será o responsável pelo minicurso “Rumos do ecumenismo e do diálogo inter-religioso”, que acontecerá das 14h às 17h30. Depois de um momento cultural às 18h30, o professor Ângelo Cardita conduzirá a última conferência do evento, “50 anos antes, 50 anos depois da Sacrosanctum Concilium”.
Para participar da Semana Teológica 2014, os interessados devem preencher a ficha de inscrição que está disponível no site da Unicap. Para alunos da instituição é cobrada uma taxa de R$ 10, para o público em geral que não tem vínculo com a universidade será necessário um investimento de R$ 20. Os valores devem ser pagos por meio de boleto bancário gerado após o preenchimento da ficha.
Serviço
Semana Teológica 2014
Data: De 13 a 16 de maio
Local: Unicap, bloco G, auditório Padre José de Ancheita
Investimento: R$ 10 ou R$ 20
Inscrições e Informações: www.unicap.br
Da Assessoria de Comunicação AOR

A relação dos cristãos com a política


Na medida em que Deus reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade e justiça.
Por Dom Odilo Pedro Scherer*
Em Aparecida, São Paulo, acaba de ser realizada a 52ª assembleia geral anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a participação de cerca de 350 bispos, vindos de dioceses de todo o Brasil.

Uma extensa pauta de temas foi enfrentada, sobretudo de questões da própria Igreja Católica, além de agradecerem a Deus pela recente canonização de São José de Anchieta. Mas os bispos também refletiram sobre a situação social, política e econômica do Brasil, em vista das relações da Igreja com a sociedade e dos católicos com o ambiente em que vivem e atuam.
Em especial, a CNBB preparou e vai publicar uma reflexão sobre os desafios que os cristãos precisam encarar na sua condição de cidadãos e pessoas de fé. Quem crê, também é convidado a agir na vida social em conformidade com as convicções de sua consciência, iluminada pela fé.
O ano eleitoral oferece uma ocasião privilegiada para participar, de forma democrática, da definição dos rumos do Brasil. A mobilização popular já levou à aprovação da “lei da ficha limpa”, que afasta de candidaturas a cargos eletivos quem deu provas de falta de confiabilidade para assumir cargos de responsabilidade pública. Isso representa um avanço, mas não é suficiente.
Desde junho de 2013, o Brasil assiste a uma série de manifestações de rua, que clamam por uma política de melhor qualidade; o “discurso das ruas” pede a atenção prioritária de governantes e legisladores para as verdadeiras necessidades da população; aponta para a superação de certo modo de fazer política, feita de conchavos em função de interesses de parte, ou orientadas à perpetuação no poder – um poder que abandona o bem dos cidadãos e se torna fim em si mesmo.
Os cristãos não podem eximir-se de participar consciente e responsavelmente da promoção do bem do País. O povo gosta de esportes, mas está sinalizando que deseja mais que isso: quer ser tratado com respeito e viver com dignidade. Apesar dos esforços já feitos, ainda há muita precariedade em serviços públicos essenciais e desperdício, quando não o sumiço nos mecanismos da corrupção, de recursos que deveriam ser destinados a dar melhores condições de vida ao povo.
As condições de sofrimento, exclusão social, violência e injustiça em que vivem ainda muitos brasileiros, não condizem com a dignidade humana nem dão glória ao nome de Deus. Os cristãos, eleitores e candidatos, precisam sentir-se profundamente interpelados a desempenhar uma cidadania ativa para a definição dos rumos que o Brasil deverá trilhar, orientados, certamente, pelos princípios da justiça, da dignidade humana e da solidariedade social.
Algumas pessoas sentem reações alérgicas ao ouvirem falar em política; bem ou mal, aprenderam a identificar a política como “coisa ruim”, na qual as pessoas decentes não se metem... É grave que se tenha chegado a um descrédito popular tamanho em relação à política! E quando a palavra sobre questões políticas vem de representantes da hierarquia da Igreja, inflamam-se ânimos, sempre prontos a reivindicar que o Estado é laico e que religião e política devem permanecer separadas.
A estes últimos, vale lembrar que uma boa interpretação da laicidade do Estado resolve essa polêmica; a Igreja Católica não quer tomar o poder do Estado e também entende que o Estado seja laico, não imponha a religião a ninguém e assegure a todos a liberdade de não crer, ou de crer e de expressar publicamente as próprias convicções.
Mas não se pode pretender que os cristãos, como quaisquer outras pessoas de fé, sejam alheios à política e às causas do bem comum. Como cidadãos, e na diversidade de convicções que movem a cidadania, também eles têm o direito de falar e de agir conforme suas convicções, respeitada ordem pública válida para todos. O “Estado laico” não pode ser invocado como pretexto para a discriminação religiosa, nem para a imposição, sobre a sociedade, de um pensamento oficial e único.
O papa Francisco, na sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho, 2013), fala de maneira incisiva da dimensão social da ação da Igreja (capítulo 4º). E isso não significa apenas promover obras de assistência social em favor dos desvalidos, sem dúvida necessárias: trata-se de ir às implicações comunitárias e sociais da fé cristã: “no próprio coração do Evangelho aparece a vida comunitária e o compromisso com os outros” (nº 177).
O Evangelho de Cristo, base para a fé dos cristãos, propõe uma relação pessoal com Deus, mas também pede relações novas e coerentes com o próximo. A resposta de fé e amor a Deus, da parte do homem, “não deveria ser entendida como a mera soma de pequenos gestos pessoais em favor de alguns indivíduos necessitados, uma espécie de ‘caridade por receita’, nem também como uma série de ações destinadas apenas a apaziguar a consciência. A proposta cristã é o Reino de Deus (cf Lc 4,43); trata-se de amar a Deus, que reina no mundo. Na medida em que ele reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz e dignidade para todos. Por isso, tanto o anúncio como a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais” (nº 180).
Após afirmar que não se pode limitar a religião ao âmbito privado, “apenas para preparar as almas para o céu”, o papa conclui: “ninguém pode nos exigir que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre acontecimentos que interessam aos cidadãos” (n 182). Os cristãos têm muito a contribuir para o convívio social e não devem omitir-se, nem ser impedidos de participar generosamente dessa tarefa.
CNBB, 12-05-2014.
*Dom Odilo Pedro Scherer é cardeal e arcebispo de São Paulo.

As raízes da igualdade na Bíblia


Cada um é chamado a ser justo em sua geração, mesmo que esta última não o seja.
Por Piero Stefani*
O horizonte de gerações na Bíblia, em muitos aspectos, não é muito diferente do atual. Ele indica uma pertença comum, um lugar de transmissão e um terreno em que a comunicação nem sempre é fácil. No entanto, na Bíblia, a palavra "geração" também indica uma dimensão mais fundamental.

Lemos no Gênesis: "Este é o livro das gerações de Adão ('adam) no dia em que Deus criou o homem ('adam), ele o fez à semelhança de Deus (bidmut ' Elohim), macho e fêmea os criou e os abençoou e deu-lhes o nome de 'homem' ('adam), quando foram criados. Adão viveu 130 anos e gerou à sua imagem (zelem) e semelhança (demut) um filho e lhe chamou Set" (Gn 5,1-3 ). Nessa passagem há uma mudança do nome comum "homem" ('adam) para o nome próprio "Adão" ('Adam). Nessa operação está implicitamente afirmada a constituição da pessoa humana como um ser relacional no seu próprio dar-se como homem e mulher (Gênesis 1:27). O nome original de 'adam dado por Deus para o ser humano é uma coisa só com o seu ser homem e mulher; em virtude dessa condição e da bênção selada, o 'adam é capaz de transmitir à próxima geração a mesma imagem e semelhança. Por assim dizer, somos colocados diante do desdobramento de uma propriedade transitiva. O versículo bíblico, de fato, não significa que Set tem apenas a semelhança de seu pai (e onde foi parar a mãe?); isso significa muito mais e que também o filho tem impressa a imagem e semelhança de Deus.

Esse texto (na verdade, julgado pelo velho mestre judeu Ben Azzay como a maior regra da Torá) é a base para a igualdade radical entre toda a humanidade. É um princípio que se transforma em um julgamento final contra todas as formas de desigualdade e exploração da história de ontem e de hoje.

A afirmação da igualdade inter-humana é correta, mas também é isenta de confirmações comuns e compartilhadas dentro da já longa vida do gênero humano. Diante dessa perene negação factual, as alternativas são essencialmente duas: a primeira entrega a perspectiva de igualdade à esfera dos sonhos incapazes de serem refletidos na realidade; com isso, o princípio é privado de todo o julgamento sobre a realidade; a segunda alternativa, no entanto, baseia-se na maravilha do fato de que a humanidade desenvolveu a ideia de que a condição de que todos nós somos iguais é um princípio básico de tal forma a não ser refutado até mesmo por suas perenes negações factuais. Compreende-se por que, justamente nesse ponto, Deus seja chamado em causa.

Por essa ótica, mesmo no caso em que fosse conjugado de forma laica, o "dever ser" aparece, no entanto, mais fundamental do que o "ser". Tudo isso não protege da ansiedade para a condição humana; de fato, precisamente essa perspectiva é a que mais pungentemente destaca a disparidade intransponível entre o que sabemos ser bom e o que realmente acontece. Paulo, que percebeu essa lacuna de forma dramática ("Eu não faço o bem que quero, mas aquele que não quero"), explicou-a, dizendo que vivemos sob o poder do pecado (Rm 7,14-24). A igualdade é posta à prova também pela diversidade de comportamentos assumidos pela humanidade ao longo do tempo. Nesse sentido, nem todas as gerações são idênticas: não há as melhores e as piores. O livro do Gênesis, quando fala de Noé, diz que ele era um homem justo e perfeito em sua geração, a geração do dilúvio (Gn 6,9).

Em sua típica pluralidade de interpretação, o comentário rabínico fornece duas interpretações opostas (ou mais provavelmente complementares) dessa passagem. A primeira diz que é uma limitação: era justo para aquela geração da mesma forma em que o caolho é abençoado no reino dos cegos. Noé era justo em sua geração, mas se ele tivesse vivido naquela de Abraão não teria sido tal. Na verdade, podemos acrescentar que Noé aceita sem questionar a destruição de todos os seus contemporâneos, enquanto Abraão negocia com Deus a salvação das corruptas cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18,17-32). A outra interpretação argumenta, por outro lado, que, se alguém fosse capaz de ser justo dentro de uma geração perversa teria sido ainda mais em uma geração melhor.

A conclusão, aparentemente simplista, é que cada um é chamado a ser justo em sua geração, mesmo que esta última não o seja; no entanto, por sua vez, a pessoa está necessariamente condicionada pelo ethos de seus contemporâneos.
Il Pensiero della Settimana, 04-05-2014.
*Piero Stefani é filósofo e biblista.

Liturgia Diária

Dia 13 de Maio - Terça-feira

IV SEMANA DA PÁSCOA *
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos de demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 11,19-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11 19 Entretanto, aqueles que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a palavra só aos judeus.
20 Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, entrando em Antioquia, dirigiram-se também aos gregos, anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus.
21 A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor.
22 A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia.
23 Ao chegar lá, alegrou-se, vendo a graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração,
24 pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor.
25 Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia.
26 Durante um ano inteiro eles tomaram parte nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de cristãos.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 86/87
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

O Senhor ama a cidade
que fundou no monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da cidade do Senhor.

Lembro o Egito e a Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou nos país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Evangelho (João 10,22-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz,
eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
10 22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”.
25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UMA INCÓGNITA SOBRE JESUS
O modo de proceder de Jesus bem com os seus ensinamentos deixavam desconcertados os seus adversários. Embora realizasse gestos prodigiosos, suficientes para revelar sua plena comunhão com o Pai, e falasse de maneira até então desconhecida, permanecia uma incógnita a seu respeito. Os judeus, que tinham tudo para reconhecê-lo como o Messias, permaneciam na incerteza. Por isso, ficavam à espera de que Jesus lhes "dissesse abertamente" quem ele era.
A postura assumida pelos adversários impedia-os de compreender a verdadeira identidade messiânica de Jesus. Movidos pela suspeita, pela malevolência e pela crítica mordaz, jamais conseguiriam chegar à resposta desejada. Daí a tendência a acusar Jesus de blasfemo e imputar-lhe toda sorte de desvios teológicos e políticos.
Em contraste com os adversários estavam os discípulos. Estes, sim, colocavam-se numa atitude humilde de escuta, atentos às palavras do Mestre, buscando desvendar-lhes seu sentido mais profundo. Dispuseram-se a segui-lo, para serem instruídos não só por suas palavras, mas também por seus gestos concretos de misericórdia, para com os mais necessitados. A comunhão de vida com o Mestre permitia-lhes descobrir sua condição de Messias, o enviado do Pai.
A incógnita sobre Jesus permanece para quem se posiciona diante dele como adversário. Quem se faz discípulo, não tem dificuldade de reconhecê-lo como Messias.

Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
(Branco – Ofício da Memória)

Oração do dia: Ó Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreição do vosso Filho, concedei-nos por sua mãe, a virgem Maria, o júbilo da vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Festejando a virgem Maria, nós vos trazemos, ó Deus, nossas oferendas. Venha em nosso socorro o vosso filho feito homem, que se ofereceu na cruz em oblação puríssima. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Ó Deus, confirmai em nossos corações os mistérios da fé, para que, proclamando o filho da virgem verdadeiro Deus e verdadeiro homem, cheguemos à felicidade eterna pelo poder da sua ressurreição salvadora. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (NOSSA SENHORA DE FÁTIMA):
No dia 5 de maio de 1917, o mundo ainda vivia os horrores da Primeira Guerra Mundial, então o papa Bento XV convidou todos os católicos a se unirem em uma corrente de orações para obter a paz mundial com a intercessão da Virgem Maria. Oito dias depois ela respondeu à humanidade através das aparições em Fátima, Portugal. Foram três humildes pastores, filhos de famílias pobres, simples e profundamente católicas, os mensageiros escolhidos por Nossa Senhora. Lúcia, a mais velha, tinha dez anos, e os primos, Francisco e Jacinta, nove e sete anos respectivamente. Os três eram analfabetos. Contam as crianças que brincavam enquanto as ovelhas pastavam. Ao meio-dia, rezaram o terço. Porém rezaram à moda deles, de forma rápida, para poder voltar a brincar. Em vez de recitar as orações completas, apenas diziam o nome delas: "ave-maria, santa-maria" etc. Ao voltar para as brincadeiras, depararam com a Virgem Maria pairando acima de uma árvore não muito alta. Assustados, Jacinta e Francisco apenas ouvem Nossa Senhora conversando com Lúcia. Ela pede que os pequenos rezem o terço inteirinho e que venham àquele mesmo local todo dia 13 de cada mês, desaparecendo em seguida. O encontro acontece pelos sete meses seguintes. As crianças mudam radicalmente. Passam a rezar e a fazer sacrifícios diários. Relatam aos pais e autoridades religiosas o que se passou. Logo, uma multidão começa a acompanhar o encontro das crianças com Nossa Senhora. As mensagens trazidas por ela pediam ao povo orações, penitências, conversão e fé. A pressão das autoridades sobre os meninos era intensa, pois somente eles viam a Virgem Maria e depois contavam as mensagens recebidas, até mesmo previsões para o futuro, as quais foram reveladas nos anos seguintes e, a última, o chamado "terceiro segredo de Fátima", no final do segundo milênio, provocando o surgimento de especulações e histórias fantásticas sobre seu conteúdo. Agora divulgado ao mundo, soube-se que previa o atentado contra o papa João Paulo II, ocorrido em 1981. Na época, muitos duvidavam das visões das crianças. As aparições só começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja na última delas, em 13 de outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram vistos por todos no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos depois, os irmãos Francisco e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se religiosa de clausura, tomando o nome de Lúcia de Jesus, e permaneceu sem contato com o mundo por muitos anos. O local das aparições de Maria foi transformado num santuário para Nossa Senhora de Fátima. Em 1946, na presença do cardeal representante da Santa Sé e entre uma multidão de católicos, houve a coroação da estátua da Santíssima Virgem de Fátima. Em 13 de maio de 1967, por ocasião do aniversário dos cinqüenta anos das aparições de Fátima, o papa Paulo VI foi ao santuário para celebrar a santa missa a mais de um milhão de peregrinos que o aguardavam, entre eles irmã Lúcia de Jesus, a pastora sobrevivente, que viu e conversou com Maria, a Mãe de Deus. Esta mensagem de Fátima foi um apelo à conversão, alertando a humanidade para não travar a luta entre o bem e o mal deixando Deus de lado, pois não conseguirá chegar à felicidade, pois, ao contrário, acabará destruindo-se a si mesma. Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem foi a Fátima pedir aos homens para não ofender mais a Deus Nosso Pai, que já está muito ofendido. Foi a dor de mãe que a fez falar, pois o que estava em jogo era a sorte de seus filhos. Por isso ela sempre dizia aos pastorzinhos: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas".  

Evangelho do Dia



Ano A - 13 de maio de 2014
João 10,22-30
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz,
eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
10 22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”.
25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UMA INCÓGNITA SOBRE JESUS
O modo de proceder de Jesus bem com os seus ensinamentos deixavam desconcertados os seus adversários. Embora realizasse gestos prodigiosos, suficientes para revelar sua plena comunhão com o Pai, e falasse de maneira até então desconhecida, permanecia uma incógnita a seu respeito. Os judeus, que tinham tudo para reconhecê-lo como o Messias, permaneciam na incerteza. Por isso, ficavam à espera de que Jesus lhes "dissesse abertamente" quem ele era.
A postura assumida pelos adversários impedia-os de compreender a verdadeira identidade messiânica de Jesus. Movidos pela suspeita, pela malevolência e pela crítica mordaz, jamais conseguiriam chegar à resposta desejada. Daí a tendência a acusar Jesus de blasfemo e imputar-lhe toda sorte de desvios teológicos e políticos.
Em contraste com os adversários estavam os discípulos. Estes, sim, colocavam-se numa atitude humilde de escuta, atentos às palavras do Mestre, buscando desvendar-lhes seu sentido mais profundo. Dispuseram-se a segui-lo, para serem instruídos não só por suas palavras, mas também por seus gestos concretos de misericórdia, para com os mais necessitados. A comunhão de vida com o Mestre permitia-lhes descobrir sua condição de Messias, o enviado do Pai.
A incógnita sobre Jesus permanece para quem se posiciona diante dele como adversário. Quem se faz discípulo, não tem dificuldade de reconhecê-lo como Messias.

Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Atos 11,19-26
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11 19 Entretanto, aqueles que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a palavra só aos judeus.
20 Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, entrando em Antioquia, dirigiram-se também aos gregos, anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus.
21 A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor.
22 A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia.
23 Ao chegar lá, alegrou-se, vendo a graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração,
24 pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor.
25 Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia.
26 Durante um ano inteiro eles tomaram parte nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de cristãos.
Palavra do Senhor.
Salmo 86/87
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

O Senhor ama a cidade
que fundou no monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da cidade do Senhor.

Lembro o Egito e a Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou nos país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.