Dia 13 de Maio - Terça-feira
IV SEMANA DA PÁSCOA
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(Branco – Ofício do dia)
Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos de demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da
ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
Leitura (Atos 11,19-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11 19 Entretanto, aqueles
que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão
chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a palavra só aos
judeus.
20 Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de
Cirene, entrando em Antioquia, dirigiram-se também aos gregos,
anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus.
21 A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor.
22 A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia.
23 Ao chegar lá, alegrou-se, vendo a graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração,
24 pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor.
25 Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia.
26 Durante um ano inteiro eles tomaram parte nas
reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em
Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo
nome de cristãos.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 86/87
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.
O Senhor ama a cidade
que fundou no monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da cidade do Senhor.
Lembro o Egito e a Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou nos país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.
Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Evangelho (João 10,22-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz,
eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
10 22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”.
25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UMA INCÓGNITA SOBRE JESUS
O modo de proceder de Jesus bem com os seus ensinamentos deixavam
desconcertados os seus adversários. Embora realizasse gestos
prodigiosos, suficientes para revelar sua plena comunhão com o Pai, e
falasse de maneira até então desconhecida, permanecia uma incógnita a
seu respeito. Os judeus, que tinham tudo para reconhecê-lo como o
Messias, permaneciam na incerteza. Por isso, ficavam à espera de que
Jesus lhes "dissesse abertamente" quem ele era.
A postura assumida pelos adversários impedia-os de compreender a
verdadeira identidade messiânica de Jesus. Movidos pela suspeita, pela
malevolência e pela crítica mordaz, jamais conseguiriam chegar à
resposta desejada. Daí a tendência a acusar Jesus de blasfemo e
imputar-lhe toda sorte de desvios teológicos e políticos.
Em contraste com os adversários estavam os discípulos. Estes, sim,
colocavam-se numa atitude humilde de escuta, atentos às palavras do
Mestre, buscando desvendar-lhes seu sentido mais profundo. Dispuseram-se
a segui-lo, para serem instruídos não só por suas palavras, mas também
por seus gestos concretos de misericórdia, para com os mais
necessitados. A comunhão de vida com o Mestre permitia-lhes descobrir
sua condição de Messias, o enviado do Pai.
A incógnita sobre Jesus permanece para quem se posiciona diante dele
como adversário. Quem se faz discípulo, não tem dificuldade de
reconhecê-lo como Messias.
Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo
Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de
Messias de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e
disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes
mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de
eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de
dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio
para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso
Senhor.
MEMÓRIA FACULTATIVA
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
(Branco – Ofício da Memória)
Oração do dia: Ó
Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreição do vosso
Filho, concedei-nos por sua mãe, a virgem Maria, o júbilo da vida
eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Festejando a virgem Maria, nós vos trazemos, ó Deus, nossas oferendas.
Venha em nosso socorro o vosso filho feito homem, que se ofereceu na
cruz em oblação puríssima. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Ó Deus, confirmai em nossos corações os mistérios da fé, para que,
proclamando o filho da virgem verdadeiro Deus e verdadeiro homem,
cheguemos à felicidade eterna pelo poder da sua ressurreição salvadora.
Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (NOSSA SENHORA DE FÁTIMA):
No dia 5 de maio de 1917, o mundo
ainda vivia os horrores da Primeira Guerra Mundial, então o papa Bento
XV convidou todos os católicos a se unirem em uma corrente de orações
para obter a paz mundial com a intercessão da Virgem Maria. Oito dias
depois ela respondeu à humanidade através das aparições em Fátima,
Portugal.
Foram três humildes pastores, filhos de famílias pobres, simples e
profundamente católicas, os mensageiros escolhidos por Nossa Senhora.
Lúcia, a mais velha, tinha dez anos, e os primos, Francisco e Jacinta,
nove e sete anos respectivamente. Os três eram analfabetos.
Contam as crianças que brincavam enquanto as ovelhas pastavam. Ao
meio-dia, rezaram o terço. Porém rezaram à moda deles, de forma rápida,
para poder voltar a brincar. Em vez de recitar as orações completas,
apenas diziam o nome delas: "ave-maria, santa-maria" etc. Ao voltar para
as brincadeiras, depararam com a Virgem Maria pairando acima de uma
árvore não muito alta. Assustados, Jacinta e Francisco apenas ouvem
Nossa Senhora conversando com Lúcia. Ela pede que os pequenos rezem o
terço inteirinho e que venham àquele mesmo local todo dia 13 de cada
mês, desaparecendo em seguida. O encontro acontece pelos sete meses
seguintes.
As crianças mudam radicalmente. Passam a rezar e a fazer sacrifícios
diários. Relatam aos pais e autoridades religiosas o que se passou.
Logo, uma multidão começa a acompanhar o encontro das crianças com Nossa
Senhora.
As mensagens trazidas por ela pediam ao povo orações, penitências,
conversão e fé. A pressão das autoridades sobre os meninos era intensa,
pois somente eles viam a Virgem Maria e depois contavam as mensagens
recebidas, até mesmo previsões para o futuro, as quais foram reveladas
nos anos seguintes e, a última, o chamado "terceiro segredo de Fátima",
no final do segundo milênio, provocando o surgimento de especulações e
histórias fantásticas sobre seu conteúdo. Agora divulgado ao mundo,
soube-se que previa o atentado contra o papa João Paulo II, ocorrido em
1981.
Na época, muitos duvidavam das visões das crianças. As aparições só
começaram a ser reconhecidas oficialmente pela Igreja na última delas,
em 13 de outubro, quando sinais extraordinários e impressionantes foram
vistos por todos no céu, principalmente no disco solar. Poucos anos
depois, os irmãos Francisco e Jacinta morreram. A mais velha tornou-se
religiosa de clausura, tomando o nome de Lúcia de Jesus, e permaneceu
sem contato com o mundo por muitos anos.
O local das aparições de Maria foi transformado num santuário para Nossa
Senhora de Fátima. Em 1946, na presença do cardeal representante da
Santa Sé e entre uma multidão de católicos, houve a coroação da estátua
da Santíssima Virgem de Fátima. Em 13 de maio de 1967, por ocasião do
aniversário dos cinqüenta anos das aparições de Fátima, o papa Paulo VI
foi ao santuário para celebrar a santa missa a mais de um milhão de
peregrinos que o aguardavam, entre eles irmã Lúcia de Jesus, a pastora
sobrevivente, que viu e conversou com Maria, a Mãe de Deus.
Esta mensagem de Fátima foi um apelo à conversão, alertando a humanidade
para não travar a luta entre o bem e o mal deixando Deus de lado, pois
não conseguirá chegar à felicidade, pois, ao contrário, acabará
destruindo-se a si mesma. Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem
foi a Fátima pedir aos homens para não ofender mais a Deus Nosso Pai,
que já está muito ofendido. Foi a dor de mãe que a fez falar, pois o que
estava em jogo era a sorte de seus filhos. Por isso ela sempre dizia
aos pastorzinhos: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos
pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se
sacrifique e peça por elas".