sábado, 18 de maio de 2013

Liturgia Diária

Dia 18 de Maio - Sábado

VII SEMANA DA PÁSCOA *
(Branco, Prefácio da Ascensão – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (At 1,14).
Oração do dia
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 28,16-20.30-31)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
28 16 Chegados que fomos a Roma, foi concedida licença a Paulo para que ficasse em casa própria com um soldado que o guardava.
17 Três dias depois, Paulo convocou os judeus mais notáveis. Estando reunidos, disse-lhes: “Irmãos, sem cometer nada contra o povo nem contra os costumes de nossos pais, fui preso em Jerusalém e entregue nas mãos dos romanos.
18 Estes, depois de terem instruído o meu processo, quiseram soltar-me, visto não achar em mim crime algum que merecesse morte.
19 Mas, opondo-se a isso os judeus, vi-me obrigado a apelar para César, sem intentar contudo acusar de alguma coisa a minha nação.
20 Por esse motivo, mandei chamar-vos, para vos ver e falar convosco. Porquanto, pela esperança de Israel, é que estou preso com esta corrente”.
30 Paulo permaneceu por dois anos inteiros no aposento alugado, e recebia a todos os que vinham procurá-lo.
31 Pregava o Reino de Deus e ensinava as coisas a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade e sem proibição.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 10/11
Ó Senhor, quem tem reto coração
há de ver a vossa face.


Deus está no templo santo
e no céu tem o seu trono;
volta os olhos para o mundo,
seu olhar penetra os homens.

Examina o justo e o ímpio
e detesta o que ama o mal.
Porque justo é nosso Deus,
o Senhor ama a justiça.
Quem tem reto coração
há de ver a sua face.
Evangelho (João 21,20-25)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
21 20 Voltando-se Pedro, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava (aquele que estivera reclinado sobre o seu peito, durante a ceia, e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te há de trair?”).
21 Vendo-o, Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, e este? Que será dele?”
22 Respondeu-lhe Jesus: “Que te importa se eu quero que ele fique até que eu venha? Segue-me tu”.
23 Correu por isso o boato entre os irmãos de que aquele discípulo não morreria. Mas Jesus não lhe disse: “Não morrerá, mas: Que te importa se quero que ele fique assim até que eu venha?”
24 Este é o discípulo que dá testemunho de todas essas coisas, e as escreveu. E sabemos que é digno de fé o seu testemunho.
25 Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
NAS MÃOS DO SENHOR
A profissão de fé no Ressuscitado exige do discípulo entregar-se totalmente em suas mãos. Este não se julga dono da própria vida. Ela pertence ao Senhor, a quem compete determinar-lhe os rumos. Pode-se definir o discípulo como aquele que coloca toda a sua existência nas mãos do Senhor, deixando-se guiar por ele com total docilidade, e buscando, em tudo, realizar o seu projeto. O querer do discípulo confunde-se com o querer do Senhor, não lhe sendo pesado carregar este fardo.
A experiência de Pedro e do discípulo amado ilustram muito bem este tema. O impulsivo Pedro queria conhecer o destino reservado ao discípulo amado. E foi recriminado pelo Senhor: "Não lhe interessa saber o que reservei para ele; cuide você de fazer o que ordenei". A Pedro caberia uma sorte diferente. Bastava-lhe confiar ao Senhor os rumos de sua vida, e pôr-se a segui-lo.
Depois de optar pelo Mestre Jesus, o discípulo torna-se dócil e se deixa guiar por ele, quanto aos caminhos a serem trilhados, as tarefas a serem cumpridas, o Evangelho a ser proclamado, o testemunho a ser dado, as batalhas a serem travadas. O Senhor garante o destino do discípulo, junto do Pai, e, para lá, o conduz. E tudo isto o discípulo acolhe com alegria, feliz por estar em boas mãos.

Oração
Espírito que me conduz, quebra todas as resistências que me impedem de ser guiado pelo Senhor, tornando-me dócil a seu amor benevolente.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, nós vos pedimos: a vinda do Espírito Santo, ele que é o próprio perdão dos pecados, prepare os nossos corações para os vossos sacramentos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Espírito Santo virá glorificar-me, pois receberá do que é meu para comunicar-vos, diz o Senhor, aleluia! (Jo 16,14)
Depois da comunhão
Ó Deus, atendei compassivo as nossas preces e, como passamos dos antigos aos novos sacramentos, renovai as nossas almas, dotando-nos de uma nova juventude. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JOÃO I
(Vermelho – Ofício da Memória)

Oração do dia: Ó Deus, recompensa dos justos, que consagrastes este dia com o martírio do papa João 1º, ouvi as preces do vosso povo e concedei que, celebrando seus méritos, imitemos sua constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Nós vos oferecemos, ó Deus, este sacrifício de louvor ao comemorarmos os vossos santos; e confiamos que, por sua intercessão, nos liberteis dos males presentes e futuros. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Senhor nosso Deus, o sacramento que acabamos de receber alimente em nós aquela caridade ardente que inflamava são João 1º na dedicação constante à vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOÃO I):

O Espírito Santo: a memória do futuro

Artigo de Raymond Gravel, publicado no site Réflexions de Raymond Gravel, em 19 de maio.

A celebração do Pentecostes encerra o tempo pascal. É, portanto, tendo sempre presente a Páscoa que devemos celebrar esta festa do Espírito Santo. Não devemos fazer do Pentecostes um acontecimento material e histórico; é no centro da Páscoa de Cristo, morte e ressurreição, que o Espírito foi dado aos discípulos e que é dado a nós ainda hoje. O Espírito que ressuscitou Jesus e que o fez Cristo e Senhor, é o mesmo Espírito, nos diz São Paulo, que nos faz filhos e filhas de Deus: “O próprio Espírito assegura ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8, 16). Se a Páscoa é a fonte e o cume da vida cristã, com o Pentecostes completa-se a nossa vida cristã. Mas o que muda para nós o fato de sermos habitados pelo Espírito Santo, o Espírito de Cristo?

O Espírito é Amor

No Evangelho de São João, Deus é Amor e para conhecê-lo precisamos fazer a experiência do Amor. E qual é? “Se alguém me ama, guarda a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14, 23). Se eu li corretamente este versículo do evangelista João, é o Amor que nos une a Cristo e a Deus. Mas como sabê-lo? “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. Então eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Defensor, para que permaneça com vocês para sempre” (Jo 14, 15-16). E São João precisa (infelizmente, essa parte foi excluída do evangelho de hoje): “Ele é o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele mora com vocês e estará com vocês” (Jo 14, 17).

Portanto, se formos capazes de amar, segundo o Evangelho de João, é porque somos habitados pelo Espírito de Cristo que é Amor. A questão que surge é a seguinte: será o Amor seletivo? Devemos amar somente aqueles e aquelas que pensam como nós ou que fazem parte da mesma Igreja que nós? A resposta é, evidentemente, não! Porque o Espírito é universal.

O Espírito é universal

Isso quer dizer exatamente o quê? Em sua primeira carta aos Coríntios, São Paulo escreve: “Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para o bem de todos” (1 Cor 12, 4-7). Será que o Espírito habita mais os católicos que os outros cristãos ou mesmo que os outros crentes? Não creio, porque na história, numerosos são aquelas e aqueles que, por Amor, souberam trabalhar “em vista do bem de todos” (1 Cor 12, 7), tornando o mundo melhor e mais humano. Há mesmo, entre eles, aqueles que se dizem não crentes: são eles habitados pelo Espírito sem mesmo sabê-lo? Talvez! A questão, entretanto, permanece aberta.

Uma coisa é certa: no livro dos Atos dos Apóstolos, na primeira leitura de hoje, quando Lucas relata o acontecimento teológico do Pentecostes, são todas aquelas e todos aqueles que estavam reunidos que ficaram repletos do Espírito Santo (At 2, 4). São Lucas não diz que somente os virtuosos são habitados pelo Espírito. Não! Podemos supor que eram muitos os que estavam ali reunidos junto com os Doze e os discípulos, transformados pelo Amor e reunidos num mesmo lugar teológico, isto é, o coração humano, onde o Espírito estabelece sua morada.

O Espírito é movimento

No evangelho de São João, Jesus fala da fidelidade à sua palavra (Jo 14, 23). Normalmente, diz o exegeta francês Jean Debruynne, “a imagem que, com mais naturalidade, vem da fidelidade é da solidez, isto é, da rocha, do enraizamento, do que resiste e que não se move. Jesus, ao contrário, inscreve a palavra fidelidade no movimento. Para Jesus, a fidelidade não é uma estátua ou um monumento; o Espírito é movimento”. No fundo, a fidelidade exige o Amor e o Amor não pode ser estático. Amar é não se apegar ao passado; é olhar sempre para frente, para o futuro: é evoluir, questionar-se, converter-se, deixar-se transformar pela vida. O Amor não é nunca intransigente, intolerante; o Amor espera e permite que todos os possíveis se realizem. E é o Espírito que habita o coração daquela e daquele que ama, que age e que se coloca em movimento.

Lembremo-nos de que, na semana passada, no Evangelho de Lucas, após a Ascensão, os discípulos retornaram ao Templo de Jerusalém: “E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus” (Lc 24, 53). Isso quer dizer que eles ainda não estavam em movimento; eles não tinham tomado consciência de que eram habitados pelo Espírito Santo e que deviam sair do Templo para partir em missão. Nesse dia do Pentecostes eles se deram conta de que deviam sair do Templo para transmitir o sopro de vida (vento), para reunir no Amor todos os povos (fogo) e para comunicar a todos e todas o Amor universal (línguas). Este é o papel do Espírito Santo.

O Espírito é Memória

"Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse” (Jo 14, 26). Mas atenção! O que Jesus disse não é um fim em si: é um começo, é uma semente. E o Espírito Santo, o Espírito de Deus que é a energia que cria e recria, faz acontecer a Palavra, a partir desta semente que era Jesus Cristo, Palavra e Verbo de Deus. O Espírito Santo vem hoje avivar a nossa memória; ele nos faz lembrar o Futuro.

O teólogo francês Gérard Bessière escreve: “Esta memória é uma semeadura. Nela se esconde a semente lançada pela mão do semeador, a minúscula mostarda que promete crescimentos noturnos e o grão que parece morto no sulco ensanguentado. Palavras e atos de Jesus fermentam no terreno da nossa história, mesmo nos lugares humanos mais afastados das nossas igrejas”.

Concluindo, simplesmente gostaria de acompanhar a reflexão de Gérard Bessière, que escreve: “Um teólogo escreveu que, ao celebrar a Eucaristia, os cristãos se recordam do que será. Estranha memória voltada para o futuro. Mas verdadeira memória de Jesus, porque havia milhares de antecipações em relação ao seu tempo e nós apenas começamos a caminhar na direção do horizonte que ele nos mostrou. Gostaria que todo homem, e toda a humanidade, se tornasse novamente criança, e mesmo nascesse de novo. Suas atitudes, suas iniciativas, suas partilhas eram contagiantes desta vida inesperada onde as crispações, as durezas, os remordimentos se apagam na liberdade fraterna das crianças do Deus caloroso que dá e perdoa. Sonho, utopia? Sim, mas sonho e utopia que fecundam a história e que reavivam incessantemente os homens. O Espírito nos faz lembrar o que será. Nas trevas em que muitas vezes andamos tateando, é fogo que abrasa, ilumina e aquece”.

O Espírito Santo é a memória do futuro...
Réflexions de Raymond Gravel

Igreja pede respeito pela família natural


A Igreja Católica pede que seja respeitada a família natural com um pai e uma mãe. É a reação ao projeto que prevê a coadoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, que foi aprovado esta sexta-feira no Parlamento.
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão disse à Rádio Renascença que é fundamental que uma criança seja educada com as devidas referências parentais. “Não há aqui nenhuma segregação nem nenhum menosprezo por qualquer tipo de pessoas. Não por motivos religiosos,  mas por motivos antropológicos que seja respeitada a objetividade de uma família natural e onde haja um pai e uma mãe, os biológicos quando possível, ou então um pai e uma mãe substitutivos”, disse.
O padre Manuel Morujão acrescentou que “quando falta um pai e uma mãe natural porque não tem capacidade de exercer a maternidade ou a paternidade deve-se procurar o melhor possível para acolher a criança e para substituir um pai e uma mãe biológica deve-se encontrar um casal que tenha a estrutura de um homem e de uma mulher que possam ajudar a crescer a criança na complementaridade entre a masculinidade e a feminilidade”. O projeto de lei n.º 278/XII do PS foi aprovado com 99 votos a favor e 94 contra, além de nove abstenções.

A Igreja em dois meses já mudou linguagem


Através das homilias de Papa Francisco aparece com força a identidade do cristão genuíno
Por Serena Sartini.

Uma Igreja viva e concreta, não uma instituição abstrata, menos ainda uma Ong. E um cristão alegre e corajoso, que tenha a força de ir adiante, se necessário, também, contracorrente.

Em apenas dois meses na Cátedra de Pedro, Papa Francisco aponta as linhas-mestras de seu Pontificado, através de mensagens ao estilo de lemas, que ressoam como um verdadeiro manifesto programático. Jorge Mário Bergoglio é direto, sincero, transparente e utiliza uma linguagem incomum para um Pontífice. Como quando afirma que “Deus não é um Deus-spray” ou que “o confessionário não é uma lavanderia”, ou, até mesmo, que as religiosas não são “solteironas”. No “manifesto” do Pontífice argentino existe o espaço para uma redescoberta de Deus, de uma fé viva e de uma Igreja renovada. Mensagens que chegam com toda sua força aos corações dos fiéis, através do twitter ou de suas palavras espontâneas nas homilias que celebra todos os dias na Casa Santa Marta, onde ainda moras, através das ondas da Rádio Vaticano e da internet.

A Igreja que sonha Francisco

Aquela que sonha Francisco é uma Igreja próxima das pessoas, não um lugar onde montar uma fé tipicamente individual e, sobretudo, uma instituição que é pura caridade e assistencialismo. Mas deve ser uma comunidade viva, renovada, onde se respira o amor de Deus. O Papa insistiu nisso mais de uma vez para destacar a urgência de uma renovação. “Sem Jesus a Igreja é só uma Ong”, observou em sua primeira missa na Capela Sistina. “Quando a Igreja quer se orgulhar de suas qualidades e se organiza, monta setores e se torna um tanto burocrática – acrescentou -, a Igreja perde sua principal substância e corre o risco de se transformar numa Ong. Mas a Igreja não é uma Ong. É uma história de amor”.

Uma Igreja, portanto, que como uma mãe paga pela mãe seus filhos, os fiéis, e os acompanha no caminho da vida. Mas atenção, lembra o Papa, a não confundir a mãe com uma babá. Porque quando os cristãos anunciam Jesus “com a vida, com o testemunho e com as palavras” então a Igreja “torna-se uma Igreja Mãe que gera filhos”. “Mas quando não o fazemos – observa Francisco -, a Igreja torna-se não mãe, mas uma Igreja babá, que toma conta da criança para fazê-la dormir. É uma Igreja sonolenta”.

A identidade do cristão genuíno

Corajoso, alegre, que tenha a força de ir contracorrente. Através das homilias de Papa Francisco aparece com força a identidade do cristão genuíno. Que deve anunciar o Evangelho com convicção, e não ser – afirma o Papa – “um cristão morno”. “Apostar a vida nos grandes ideais – afirmou, dirigindo-se particularmente aos jovens -; não fomos escolhidos por Deus para coisas pequenas; então, ir além, apostar a vida nos grandes ideais”. “Deus nos dá a coragem de ir contracorrente: isto faz bem ao coração, mas é preciso ter coragem”. O Papa também destaca outra característica que deve pertencer ao cristão: o júbilo, que não significa alegria. “O cristão é um homem e uma mulher de júbilo. A alegria é boa, se alegrar é bom – explicou Francisco -, mas o júbilo é algo mais, é outra coisa. É uma coisa que não nasce dos motivos conjunturais, das motivações da hora: é algo mais profundo”. O Pontífice argentino sabe que o tempo, para os cristãos, não é dos melhores. As perseguições, a opressão das minorias, o relativismo, são sempre atrás da esquina. E convite, para os cristãos genuínos, é ter “a coragem de responder ao mal com o bem”.

Em que Deus acreditar?

Papa Francisco convida a viver a fé não como um conceito abstrato, mas a redescobrir a beleza de um Deus que é pessoa concreta. Por isso Bergoglio exorta os cristãos a restabelecer um laço sólido com a oração. “A verdadeira oração – afirmou – nos faz sair de nós mesmos e nos abre ao Pai e aos irmãos mais necessitados”.

E novamente, com uma linguagem direta, o Papa lembra que Deus é “uma pessoa concreta, um Pai”. “Quantas vezes – afirmou num das missas celebradas em Santa Marta – tantas pessoas afirmam acreditar em Deus, mas em que Deus? Um Deus indefinido, um Deus-spray, que está em todos os lugares, mas não se sabe o que seja, uma presença que não se percebe apalpar, uma essência nebulosa que estão ao redor sem saber bem o que seja. Deus é Pessoa concreta, é um Pai e a fé nEle nasce de um encontro vivo, do qual se faz uma experiência concreta”.

Um Deus, afinal, que é também misericordioso porque perdoa e acolhe seus filhos pecadores. “Tantas vezes pensamos que ir a nos confessar ser como ir até à lavanderia para limpar a sujeira de nossas roupas. Mas Jesus no confessionário – destacou o Papa – não é uma lavanderia”. Confessar-se “é um encontro com Jesus, que nos espera como somos”.
SIR