sábado, 14 de novembro de 2015

Pesar e profunda dor do Papa Francisco pelos atentados em Paris




Ataques em Paris deixaram ao menos 120 mortos - AFP
14/11/2015 08:20
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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu com pesar e profunda dor as notícias sobre os ataques terroristas em Paris que causaram ao menos 120 mortes. No Vaticano – afirma o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi – estamos acompanhando com consternação essas terríveis notícias:
“Estamos estarrecidos por esta nova manifestação de louca violência terrorista e de ódio, que condenamos no modo mais radical junto ao Papa e a todas as pessoas que amam a paz. Rezamos pelas vítimas e pelos feridos e por todo o povo francês. Trata-se de um ataque à paz de toda a humanidade, que requer uma reação decidida e solidária da parte de todos nós para contrastar o expandir-se do ódio homicida em todas as suas formas.”


O Reinado do Papa Leão XIII


Doutrina Social da Igreja e Capitalismo (1878-1903).
Por Cristiano Luiz da Costa & Silva
A Igreja Católica e seus pontífices começaram lentamente a aceitar o mundo moderno com o papa Leão XIII. No ano de 1878, após breve Conclave Papal, o Cardeal Gioacchino Vincenzo Pecci, era eleito Papa. Tratava-se de uma pessoa importante no pontificado de Pio IX, pois durante o período de Sé-Vacância (período entre a morte de um Pontífice e a eleição de seu sucessor), Pio IX fez do Cardeal Pecci, Cardeal Carmelengo, o que curiosamente quebrou o antigo costume de que o Cardeal Carmelengo jamais era eleito Papa.
Leão XIII era marcado por um discurso brando, divisor de opiniões, porém, não abandonou o conservadorismo papal, reafirmando as orientações do Concilio Vaticano I e o “Silabo de Erros”, do papa Pio IX. Embora ainda Mantendo a linha conservadora, a ponto de declarar, em 1885, na Encíclica Immortale Dei que a democracia era incompatível com a autoridade da Igreja, ele deu uma série de passos construtivos no relacionamento com diversos governos europeus. É neste contexto, que as inovações técnicas, que ao longo do século XIX, se espalham por toda a Europa, vão delimitar todos os rumos da produção, numa sociedade formada de pessoas que vivem na alma e no corpo os efeitos de um salto gigantesco em termos científico-tecnológicos.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL trouxe avanços inegáveis, especialmente através da imensa capacidade de produção, através da máquina. Mas esse conjunto de transformações trouxe também efeitos negativos. Se for verdade que o poder das máquinas multiplicou em muito a capacidade de produzir bens, alimentos e equipamentos, também é verdade que os benefícios de semelhante progresso não foram equitativamente distribuídos. Os “tempos modernos” ou a “era da máquina” vieram acompanhados, simultaneamente, de um enorme potencial produtivo e de uma crescente desigualdade social.

revolução industrial
A indústria nasce sob o domínio do sistema capitalista de produção e sob a orientação da filosofia liberal. A livre concorrência e o lucro acelerou a economia capitalista. No mesmo campo, como forças desiguais, patrões e operários lutam por seus interesses. Uns detêm o capital e os meios de produção, outros apenas a força de trabalho. Em tais condições, instala-se a lei do mais forte. Na verdade, o liberalismo econômico é um jogo de cartas marcadas, no qual os mais fortes vão devorando os mais fracos.
Em tais condições, a realidade apresenta-se sob um duplo aspecto: por um lado, as fábricas crescem, multiplicam-se por toda parte; Por outro lado, os trabalhadores, primeiramente expulsos de suas terras, vêem-se, depois, submetidos às condições de trabalho e de vida extremamente precárias e desumanas. A riqueza de poucos é a contra-face da pobreza de muitos.
E dessa forma, a mão-de-obra da classe dos trabalhadores, vai ocupar os postos de trabalho nas nascentes fábricas. Dentre os trabalhadores, nas cidades destacam-se as massas vindas dos campos, com o êxodo rural e os artesãos, falidos pela injusta concorrência de preços com as nascentes fábricas e imigrantes judeus e irlandeses. Dentro das condições de trabalho, esses grupos submetem-se à tarefas intensas e longas jornadas de trabalho, em troca de baixíssimos salários, e condições precárias de subsistência.
Assim sendo, essas mudanças na estrutura econômica em âmbitos continentais, a sede por lucro e o grande avanço dessas tecnologias vão modificar o cenário europeu dos anos oitocentos, marcando o surgimento de novas relações de trabalho e o novo cenário social.
O Papa Leão XIII começa, no fim do século XIX, uma intervenção mais clara e definida na questão social. A encíclica Rerum Novarum (Das coisas novas), apesar de ser dirigida À Igreja, universalmente, responde à anseios da situação da classe operaria europeia. É a primeira vez que um documento do magistério católico dedica-se integralmente à chamada “questão social”. Isto não quer dizer que os problemas sociais estivessem ausentes das publicações anteriores na história da Igreja.
O próprio Leão XIII, na introdução da Rerum Novarum, refere-se à abordagem do tema, em encíclicas precedentes sobre soberania política, liberdade humana e constituição cristã dos Estados. Mas, enquanto anteriormente essas questões apareciam de forma secundária, à margem de outros assuntos de maior relevância, agora o papa faz da condição social dos operários o tema central de sua carta.

revolução industrial
Leão XIII sublinha a importância da classe trabalhadora e seu direito de criar e organizar sindicatos para reivindicar a realização de seus legítimos interesses. Ele não só rejeita o socialismo e responsabiliza o capitalismo pela questão social, como também propõe uma verdadeira política social que inspirou a política trabalhista contemporânea.
Nota-se aqui uma mudança de enfoque ou de perspectiva: a Igreja, na pessoa do Papa, deixa em segundo plano os assuntos internos e volta-se para os problemas que afligem os trabalhadores da época. O olhar da Igreja dirige-se ao mundo exterior, identificando nele os principais desafios sociais à fé cristã e buscando alternativas para as contradições da sociedade em que vive. Em suas palavras Leão XIII expressou o pensamento social da Igreja e fez a defesa dos direitos dos trabalhadores no contexto da revolução industrial e do capitalismo em expansão.
O Papa questiona a realidade social, em uma sociedade que a grande riqueza se concentra nas mãos de um número reduzido de pessoas, que com sua riqueza dominam os trabalhadores, assemelhando-se a um estado de escravidão. Além disso, Leão XIII apresenta uma “descristianização” da sociedade, na distensão das relações entre a Igreja e o Estado e no comportamento das pessoas.
A partir da Industrialização e do mundo moderno, provocado pela Revolução Francesa e o Iluminismo, fragilizou-se as influências da Igreja Católica, como algo essencialmente “necessário” para a vida cotidiana das pessoas. Desta forma, é importante compreender até que ponto esta classe operária urbana freqüentava a Igreja e os sacramentos.
Outra questão que preocupava o Papa Leão XIII, era a Luta de Classes, pregado pelo Manifesto Comunista em 1848 por Marx e Engels. O Papa afirma que deve existir uma concordância das classes e não uma luta entre elas, e que o socialismo se torna uma libertação ilusória desta sociedade. A Igreja prega a harmonia entre as classes.
A partir dessa doutrina social, Leão XIII argumenta no sentido de que os ricos devem ajudar aos pobres, muito além da caridade. O papa afirma que o Estado deve desempenhar seu papel de diminuir as desigualdades sociais, que a prosperidade do Estado depende da atuação dos trabalhadores pobres, fazendo assim surgir um compromisso com a integridade e com a plena garantia de seus direitos, tanto espirituais como materiais.
Com esta preocupação, o papado passa a assumir, em seu magistério, uma postura mais clara para os diversos temas conflituosos da sociedade do século XIX. Leão XIII inaugura com estas críticas ao capitalismo e ao socialismo, um novo rumo de discussões na vida da Igreja. O Papa Leão XIII, em 1881, revela outra face dinâmica do seu pontificado. A abertura dos Arquivos do Vaticano à produção acadêmica, anteriormente sufocada pelo papado de Pio IX, fato esse que é aplaudido por historiadores Católicos e Protestantes.
Em um contexto em que a Igreja Católica ia ficando em segundo plano, cada vez mais à margem dos acontecimentos da história moderna, Leão XIII deixa como herança a Pio X, a concepção de que o papado não é instituição de arbitrariedade de conflitos políticos, sociais, econômicos. No fim de seu longo pontificado (1878–1903), Leão XIII conseguiria recuperar o prestigio do “representante de Pedro”, que havia se perdido em tempos difíceis.
A12 23-10-2015.

Convicções cristãs


A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus segundo Marcos 13,24-32.
Por José Antonio Pagola*
Pouco a pouco iam morrendo os discípulos que tinham conhecido Jesus. Os que ficavam acreditavam Nele sem o ter visto. Celebravam a sua presença invisível nas eucaristias, mas quando veriam Seu rosto cheio de vida? Quando se cumpriria o seu desejo de encontrar-se com Ele para sempre?
Continuavam a recordar com amor e com fé as palavras de Jesus. Eram seu alimento naqueles tempos difíceis de perseguição. Mas, quando poderiam comprovar a verdade que encerravam? Não iriam esquecendo-se pouco a pouco? Passavam os anos e não chegava o Dia Final tão esperado, que podiam pensar?
O discurso apocalíptico que encontramos em Marcos quer oferecer algumas convicções que hão de alimentar sua esperança. Não devemos entendê-lo em sentido literal, mas procurando descobrir a fé contida nessas imagens e símbolos que hoje nos resulta tão estranha.
Primeira convicção: A história apaixonante da Humanidade chegará um dia ao seu fim
O 'sol' que assinala a sucessão dos anos apagar-se-á. A 'lua' que marca o ritmo dos meses já não brilhará. Não haverá dias e noites, não haverá tempo. Também, 'as estrelas cairão do céu', a distância entre o céu e a terra se apagará, já não haverá espaço. Esta vida não é para sempre. Um dia chegará a Vida definitiva, sem espaço nem tempo. Viveremos no Mistério de Deus.
Segunda convicção: Jesus voltará e seus seguidores poderão ver por fim seu desejado rosto: 'verão vir o Filho do Homem'
O sol, a lua e os astros apagar-se-ão, mas o mundo não ficará sem luz. Será Jesus quem iluminará para sempre pondo verdade, justiça e paz na história humana tão escrava hoje de abusos, injustiças e mentiras.
Terceira convicção: Jesus irá trazer consigo a salvação de Deus
Vem com o poder grande e salvador do Pai. Não se apresenta com aspecto ameaçador. O evangelista evita falar aqui de juízos e condenações. Jesus vem a 'reunir seus escolhidos', os que esperam com fé a sua salvação.
Quarta convicção: As palavras de Jesus 'não passarão'
Não perderão a sua força salvadora. Seguirão alimentando a esperança dos seus seguidores e o alento dos pobres. Não caminhamos em direção ao nada e ao vazio. Espera-nos o abraço com Deus.
Instituto Humanitas Unisinos
*José Antonio Pagola, teólogo espanhol.

Evangelho do Dia

B - 14 de novembro de 2015

Lucas 18,1-8

Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts2,14).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 18 1 Jesus propôs aos seus discípulos uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo.
2 “Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma.
3 Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’.
4 Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: ‘Eu não temo a Deus nem respeito os homens;
5 todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar’”.
6 Prosseguiu o Senhor: “Ouvis o que diz este juiz injusto?
7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?”
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
O DEFENSOR DOS POBRES
A parábola da viúva corajosa, disposta a fazer valer os seus direitos contra tudo e contra todos, visa a instruir os discípulos a rezar sempre, sem desanimar jamais.
Qual é a imagem de Deus e a imagem do ser humano orante, nela veiculadas?
De acordo com a tradição bíblica, Deus é o defensor dos pobres e injustiçados, seus eleitos. O Deuteronômio proclama que "Deus faz justiça ao órfão e à viúva; e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e veste". Embora sua justiça tarde em manifestar-se, ela se manifestará na certa.
O orante é, fundamentalmente, o indigente, privado de qualquer apoio externo, e que conta somente com a proteção divina, de maneira resoluta, mas sem fatalismo nem acomodação. Sabe o que espera de Deus e tem plena certeza de que obterá. Posicionando-se contra todas as forças adversas, o orante vai em frente, sem deixar sua fé esmorecer. Antes, a adversidade torna-o cada vez mais obstinado em alcançar o fim almejado.
Para a comunidade perseguida, a parábola era um incentivo para seguir adiante, embora a intervenção divina tardasse a acontecer. O silêncio de Deus não pode ser tomado como omissão ou desprezo por seus eleitos. No momento oportuno, a justiça será feita.

 
Leitura
Sabedoria 18,14-16; 19,6-9
Leitura do livro da Sabedoria.
18 14 Porque, quando um profundo silêncio envolvia todas as coisas, e a noite chegava ao meio de seu curso,
15 vossa palavra todo-poderosa desceu dos céus e do trono real, e, qual um implacável guerreiro, arremessou-se sobre a terra condenada à ruína.
16 De pé, ela tudo encheu de morte, e, pisando a terra, tocava os céus.
19 6 É que toda a criação, obedecendo às vossas ordens, foi remodelada em sua natureza, para que vossos filhos fossem conservados ilesos.
7 Foi vista uma nuvem cobrir o acampamento, e a terra seca surgir do que tinha sido água, um caminho viável formar-se no mar Vermelho, e um campo verdejante emergir das ondas impetuosas.
8 Por aí passou toda ela, a nação dos que vossa mão protegia, e que viram singulares prodígios.
9 Iam como cavalos conduzidos à pastagem, e saltavam como cordeiros, glorificando-vos a vós, Senhor, seu libertador.
Palavra do Senhor.
Salmo 104/105
Lembrai-vos sempre as maravilhas do Senhor!

Cantai, entoai salmos para ele,
publicai todas as suas maravilhas!
Gloriai-vos em seu nome que é santo,
exulte o coração que busca a Deus!

Matou na própria terra os primogênitos,
a fina flor de sua força varonil.
Fez sair com ouro e prato o povo eleito,
nenhum doente se encontrava em suas tribos.

Ele lembrou-se de seu santo juramento,
que fizera a Abraão, seu servidor.
Fez sair com grande júbilo o seu povo,
e seus eleitos, entre gritos de alegria.

 
Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Convocação para a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral


PROCLAMAS MATRIMONIAIS

14 e 15 de novembro de 2015


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:





  • CLODOALDO ALVES DE SALES
E
DAIANE JOYCE ROMA MIRANDA


  • SÉRGIO JORGE RAMOS FILHO
E
FERNANDA SOUGEY ANDRADE SILVA


  • CASSIANO RICARDO SILVA SANTANA
E
JOYCE APOLINARIA DO NASCIMENTO




                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em consciência a declarar.