quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Estudo da Agência Fides aponta crescimento da estrutura católica no mundo


Apesar da crise demográfica e vocacional que atinge a Europa, a Igreja católica cresce em todo o mundo e particularmente na Ásia e na África.
O resultado emerge do estudo realizado pela Agência Fides (http://www.fides.org/aree/news/newsdet.php?idnews=33882&lan=por) que apresenta dados extraídos do “Anuário Estatístico da Igreja” (atualizado em 31 de dezembro de 2010) e dizem respeito aos membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educacional.
Católicos no mundo
Em 31 de dezembro de 2010, a população mundial era de 6.848.550.000 pessoas, com um aumento de 70.951.000 em relação ao ano anterior. O aumento global também se aplica este ano a todos os continentes: os aumentos mais consistentes estão na Ásia (+40.510.000) e África (+22.144.000) seguidos pela América (+5.197.000), Europa (+2.438.000) e Oceania (+662.000).
Na mesma data de 31 de dezembro de 2010, o número de católicos era 1.195.671.000 unidades com um aumento total de 15.006.000 pessoas em relação ao ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes e é maior na África (+6.140.000), América (+3.986.000) e Ásia (+3.801.000); seguem Europa (+894.000) e Oceania (+185.000).
A percentagem de católicos aumentou globalmente 0,04%, num total de 17,46%. Em relação aos continentes, houve aumentos em todos os lugares, exceto na Europa: África (+0,21), América (+0,07), Ásia (+ 0,06), Europa (-0,01) e Oceania (+ 0,03).
Bispos
O número total de bispos no mundo aumentou de 39 unidades, atingindo um total de 5.104. Em geral aumentam os bispos diocesanos e diminuem os bispos religiosos. Os bispos diocesanos são 3.871 (43 a mais que no ano anterior), enquanto os Bispos religiosos são 1.233 (4 a menos). O aumento de Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes exceto a Oceania (-4), África (+13), América (+22), Ásia (+11), Europa (+1). O bispos religiosos aumentam na África (+3), Ásia (+1) e Oceania (+1), diminuem na América (-7) e Europa (-2).
Sacerdotes
O número total de sacerdotes no mundo aumentou 1.643 unidades em relação ao ano precedente, atingindo a cota de 412.236 padres. Mais uma vez a Europa registra o menor índice (-905), enquanto os aumentos se registram na África (+761), América (+40), Ásia (+1.695) e Oceania (+52). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram globalmente de 1.467 unidades, atingindo o número 277.009, com um aumento na África (+571), América (+502), Ásia (+801) e Oceania (+53) e ainda uma diminuição na Europa (-460). Também os sacerdotes religiosos aumentaram 176 unidades e são 135.227. A marcar um aumento, seguindo a tendência dos últimos anos, são a África (+190) e a Ásia (+894), enquanto a diminuição se verifica na América (-462), Europa (-445) e Oceania (-1).
Diáconos permanentes
Os diáconos permanentes no mundo aumentaram 1.409 unidades, atingindo um total de 39.564. O maior aumento se confirma mais uma vez na América (+859) e na Europa (+496), seguido pela Ásia (+58) e Oceania (+1). Uma única diminuição, também este ano, na África (-5). Os diáconos permanentes diocesanos no mundo são 39.004, com um aumento total de 1.412 unidades.
Aumentam em todos os continentes, com exceção da África (-6) e da Oceania (nenhuma variação), precisamente: América (+863), Ásia (+60), Europa (+495). Os diáconos permanentes religiosos são 560,3 a menos em relação ao ano precedente, com leves aumentos na África (+1), Europa (+1) e Oceania (+1), reduções na América (-4) e Ásia (-2).
Religiosos
Religiosas
 e religiosos não sacerdotes aumentaram globalmente em 436 unidades, chegando ao número de 54.665. Registraram-se aumentos na África (+254), Ásia (+411), Europa (+17) e Oceania (+15). Diminuíram apenas na América (-261). Confirma-se a tendência à diminuição global das religiosas (-7.436) que são 721.935 no total, assim divididas: neste ano, também os incrementos são na África (+1.395) e Ásia (+3.047), as reduções na América (-3.178), Europa (-8.461) e Oceania (-239).
Missionários leigos e catequistas
O número de Missionários leigos no mundo é de 335.502 unidades, com um aumento global de 15.276 unidades e aumentos continentais na África (+1.135), América (+14.655), Europa (+1.243) e Oceania (+62); a única redução é na Ásia (-1.819).
Os Catequistas no mundo aumentaram no total em 9.551 unidades, alcançando 3.160.628. Os aumentos se registram na América (+43.619), Europa (+5.077) e Oceania (+393). Diminuições na África (-29.405) e Ásia (-10.133).
Institutos de instrução e educação
No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 70.544 escolas, frequentadas por 6.478.627 alunos; 92.847 escolas fundamentais, com 31.151.170 alunos; 43.591 institutos secundários, com 17.793.559 alunos. Além disso, segue também 2.304.171 alunos de escolas superiores e 3.338.455 estudantes universitários. O confronto com o ano precedente indica um aumento de escolas (+2.425) e uma redução de alunos (-43.693); uma leve redução no número de escolas fundamentais (-124) e um aumento de alunos (+178.056); aumentam os institutos secundários (+1.096) e seus respectivos alunos (+678.822); em aumento também os estudantes de escolas superiores (+15.913) e de universitários (+63.015).
Institutos de saúde, de beneficência e assistência
Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja incluem: 5.305 hospitais, com maior presença na América (1.694) e África (1.150); 18.179 postos de saúde, em maioria na América (5.762), África (5.312) e Ásia (3.884); 547 leprosários, distribuídos principalmente na Ásia (285) e África (198); 17.223 casas para idosos, doentes crônicos e portadores de deficiência, em maioria na Europa (8.021) e América (5.650); 9.882 orfanatos, um terço dos quais na Ásia (3.606); 11.379 jardins de infância; 15.327 consultórios matrimoniais, distribuídos em grande parte na América (6.472); 34.331 centros de educação ou reeducação social e 9.391 instituições de outros tipos, em maioria na América (3.564) e Europa (3.159).
Agência Fides

Jovens missionários brasileiros participam de encontro no Paraguai

10_Experiencia_Missionaria_de-VeraoDesde o dia 3 de janeiro, está acontecendo no Paraguai a 10° Experiência Missionária de Verão organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias do país. O encontro reúne jovens dos grupos da Juventude Missionária do Paraguai, e pela segunda vez conta com participação de jovens missionários brasileiros. Até o dia 13 de Janeiro, os missionários permanecerão por uma semana em comunidades campesinas da cidade de Quyquyhó no estado de Paraguari, onde farão visitas às casas, encontros com crianças, jovens, idosos e famílias da comunidade.
Os missionários brasileiros são eles Guilherme Cavalli (RS), João Guilherme de Mello(PR), Marcelo Bleme (MG) e Wesley Araujo (MS). Os jovens durante o período do encontro, também contarão com formação assessorada pelo diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias, Padre Walter Von Hozzen SVD.
Pela segunda vez participa da experiência o jovem coordenador da Juventude Missionária do Paraná, João Guilherme, que resalta a importância do intercâmbio entre Juventudes Missionárias. “A experiência missionária no Paraguai consegue fazer com que saiamos, vamos ao encontro, nos comuniquemos mesmo que na escuta, no anuncio e na sensibilidade missionária. A inculturação, a interação, o exercício da assistência e a evangelização são missão Ad Gentes”, ressalta o jovem paranaense.
Para a jovem missionária Romina Soledad Bernal Doldán, a acolhida dos jovens no seu país proporciona uma missão única, a troca entre nacionalidades enriquece a experiência missionária que é impulsionada pela força de Deus. “Foi linda a experiência da troca, da abertura dos missionários paraguaios ao acolher os brasileiros. Vivíamos a experiência missionária fechados em nós mesmos. A vinda dos brasileiros nos forçou um maior diálogo, o intercâmbio e a comunicação entre as Pontifícias dos dois países. Nós esperamos que volte sempre a se repetir”, expressa a jovem secretária da sede nacional das Pontifícias do Paraguai.
A experiência dos brasileiros no Paraguai faz parte da caminhada da Juventude Missionária dos estados do Brasil. A missão de Verão faz com que o processo dos grupos de Juventude Missionária avancem em passos mais largos para uma Igreja por inteira Missionária.

Teologia para uma missão a partir da América Latina hoje


simposioCCM2013O Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM) e a Rede Ecumênica Latino-Americana de Missiólogos (RELAMI) promovem em Brasília (DF), de 25 de fevereiro a 1 de março, um Simpósio de Missiologia. Tema do evento será: "Teologia para uma missão a partir da América Latina hoje".
Esse segundo simpósio se realiza 14 anos após o primeiro, organizado em São Paulo (SP) em maio de 1999, convocado pelo Curso de Pós-graduação em Missiologia da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, que teve como tema: "Os confins do mundo no meio de nós".
Este Simpósio de Missiologia será realizado na sede do CCM. Quer ser um momento de encontro, reflexão, estudo, partilha e articulação, durante o qual dar os primeiros passos para uma associação civil de missiólogos no Brasil.
São convidados a participar mestres e doutores em Missiologia, docentes e teólogos de outras áreas, representantes de instituições e organizações missionárias, assim como agentes de pastoral e animadores missionários interessados a aprofundar os temas da programação.

Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro


cartaz_CF_2013Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.
Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.
Em Natal
CF2013NatalokA programação de lançamento nacional será em Brasília, na sede da CNBB e também na cidade de Natal (RN), arquidiocese que deu início à Campanha, em 1962.
O arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da arquidiocese em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.
O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), da CNBB.
Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.
Segundo o padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva.
Origem da CF
cfA primeira Campanha foi realizada na arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese. A comunidade rural de Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do administrador apostólico da arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.

Fonte: CNBB

Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo


papa-escrevendo
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou na manhã desta terça-feira, 8, a mensagem de Bento XVI para o 21º Dia Mundial do Enfermo, que é celebrado em 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes.

“Nesta circunstância, sinto-me particularmente unido a cada um de vós, amados doentes, que, nos locais de assistência e tratamento ou mesmo em casa, viveis um tempo difícil de provação por causa da doença e do sofrimento”, escreve o Pontífice.

Este ano, o Dia Mundial do Enfermo será celebrado de forma solene no Santuário mariano de Altötting, no sul da Alemanha, com o tema “Vai e faz tu também o mesmo”, extraído da parábola do Bom Samaritano narrada por São Lucas.

Com essas palavras, o “Senhor indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, particularmente se necessitados de cuidados. Trata-se, de auferir do amor infinito de Deus a força para viver diariamente uma solicitude concreta, como o Bom Samaritano, por quem está ferido no corpo e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconhecido e sem recursos”.

Bento XVI cita ainda o Ano da fé, que “constitui uma ocasião propícia para se intensificar o serviço da caridade nas nossas comunidades eclesiais, de modo que cada um seja bom samaritano para o outro, para quem vive ao nosso lado”.

Por fim, o Pontífice dirige um pensamento de gratidão e de encorajamento às instituições sanitárias católicas e à própria sociedade civil, às dioceses, às comunidades cristãs, às famílias religiosas comprometidas na pastoral sanitária, às associações dos operadores sanitários e do voluntariado.

Veja a íntegra da mensagem



Fonte: CNBB

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 09/01/2013



Vendo-os com dificuldade foi até eles
Leitura Orante

Mc 6,45-52

Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele mesmo despediria a multidão. Depois de os despedir, subiu à montanha para orar. Já era noite, o barco estava no meio do mar e Jesus, sozinho, em terra. Vendo-os com dificuldade no remar, porque o vento era contrário, nas últimas horas da noite, foi até eles, andando sobre as águas; e queria passar adiante. Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, acharam que fosse um fantasma e começaram a gritar. Todos o tinham visto e ficaram apavorados. Mas ele logo falou: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Ele subiu no barco, juntando-se a eles, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados. De fato, não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles continuava endurecido.

Leitura Orante
Saudação
- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto na Bíblia: Mc 6,45-52.
Tantos aspectos poderiam ser considerados neste texto. Vamos nos deter na afirmação de Jesus: "Sou eu!" Quem ainda não teve fé suficiente, vê Jesus como um fantasma. Os discípulos não haviam entendido o milagre dos pães. O Evangelho diz que a "o coração deles continuava endurecido". Como aos discípulos diariamente Jesus Cristo faz acontecer uma infinidade de milagres ao nosso redor, mas o coração "endurecido" não deixa reconhecer a ação de Deus. O que acontece com um coração endurecido? Paraliza num turbillhão de apelos e vozes no dia-a-dia, o consumismo, a perda dos valores, e, sobretudo a perda da fé, da esperança e do amor aos demais.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento?
Os bispos, em Aparecida, disseram: "Jesus saiu ao encontro de pessoas em situações muito diferentes: homens e mulheres, pobres e ricos, judeus e estrangeiros, justos e pecadores... convidando-os a segui-los. Hoje, segue convidando a encontrar n'Ele o amor do Pai. Por isto mesmo, o discípulo missionário há de ser um homem ou uma mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e pecadores." (DAp 147).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com todos na web:
Jesus Mestre,
faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de fé, para encontrar Jesus que vem a meu encontro.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Santo do dia


9 de janeiro

Santo Adriano
Adriano nasceu no ano 635 no norte da África e foi batizado com o nome de Hadrian. Tinha apenas cinco anos de idade quando sua família imigrou para a cidade italiana de Nápolis, pouco antes da invasão dos árabes. Lá estudou no convento dos beneditinos de Nerida, onde se consagrou sacerdote.

Adriano se tornou um estudioso da Sagrada Escritura, profundo conhecedor de grego e latim, professor de ciências humanas e teologia. A fama de sua capacidade e conhecimento chegou ao imperador Constantino II que em 663 o fez seu embaixador junto ao papa Vitalino, função que exerceu duas vezes. Depois, este papa o nomeou como um dos seus conselheiros.

Quando morreu o bispo da Cantuária, Inglaterra, o papa Vitalino convidou Adriano para assumir aquele cargo, mas ele recusou a indicação duas vezes, alegando não ter suficiente competência para ocupar esse posto. O papa lhe pediu para que indicasse alguém mais competente, pois ele mesmo não conhecia.

Nesta ocasião Adriano havia se encontrado com seu grande amigo, o teólogo grego e monge beneditino Teodoro de Tarso que estava em Roma. Adriano o indicou ao papa Vitalino. Consultado, Teodoro disse que estava disposto a aceitar, mas somente se Adriano concordasse em ir para a Inglaterra ajudá-lo na missão evangelizadora. Adriano aceitou de imediato. O papa consagrou Teodoro, bispo da Cantuária e nomeou Adriano seu assistente e conselheiro, em 668.

Ele chegou na Inglaterra um ano depois, pois foi detido durante a viagem, na França sob suspeita que tinha uma missão secreta do imperador Constantino II, para os reis ingleses, mas foi solto ao atestarem a sua integridade de sacerdote.

Adriano e Teodoro foram evangelizadores altamente bem sucedidos, junto ao povo inglês cuja maioria era pagã. O bispo Teodoro, logo colocou Adriano como abade do convento beneditino de São Pedro, depois chamado de Santo Agostinho, na Cantuária. Sob sua liderança, esta escola se tornou um centro de aprendizagem e formação de clérigos para a Igreja dos povos anglicanos.

Adriano viveu neste país durante trinta e nove anos, totalmente dedicados ao serviço da Igreja. Nele os ingleses encontraram um pastor cheio de sabedoria e piedoso, um verdadeiro missionário e instrumento de Deus. Muitos se iluminaram com os seus exemplos de vida profundamente evangélica.

Morreu em 9 de janeiro de 710, foi enterrado no cemitério daquele convento, na Inglaterra. A sua sepultura se tornou um lugar de graças, prodígios e peregrinação. Em 1091, o seu corpo foi encontrado incorrupto e trasladado para a cripta da igreja do mesmo convento. Adriano foi proclamado Santo pela Igreja, que o festeja no dia em que morreu.

Mensagens



Você nasceu nômade, juntamente com os outros.
Dessa forma você passará entre os seres humanos e as coisas, os animais e as plantas, por entre as flores e as rochas, as nuvens e a chuva.
Por uma trilha que só você conhece, você subirá à montanha, que o convida ao seu cume.

Outros virão por encostas diferentes, por trilhas diversas, por culturas e religiões desconhecidas.
Para encontrarem-se juntos, lá em cima, no ápice, num único rio de seres humanos. Diante de Deus.

Passar.
Mas agora vocês já estão seguindo seus caminhos - só seus -, testemunhas da terra que os espera, do chamado universal que os atrai, de uma herança que virá.
Porque a terra que lhes dá vida não é aquela que lhes pertence, mas aquela na qual vocês se reconhecerão, finalmente, como irmãos e irmãs.

Um dia, até mesmo Deus, como um nômade, desceu da montanha altíssima, para entrar na terra da Judéia.
E, ajoelhando-se, curvou-se docemente para beijá-la...
Mas beijar uma terra é falar da dignidade dos seres humanos que ela gerou.

A dignidade das tradições, crescidas como oliveiras seculares sobre colinas tornadas imortais.
Beijar a identidade de um povo, formado lentamente por milênios, como que no ventre de uma mulher.
E a esperança que humildemente trará aos outros, em nome de Deus.

Porque o Seu nome não era conhecido.
Grandeza, poder ou vingança não eram mais do que ídolos criados pelos mesmos seres humanos, para sentirem-se mais fortes e subjugarem mais facilmente os próprios semelhantes.

Destruir os muros que separam você do outro.
Destruir o ódio e a suspeita, o preconceito e a intolerância, o sentimento de inferioridade e o de superioridade: muros invisíveis, mas muito sólidos, que constroem a exclusão, que separam a vida que flui entre você e aquele que está ao seu lado.

Se a mão é diferente do pé e os olhos dos ouvidos, sem terem sido separados, se as folhas de uma planta se diferenciam de seus ramos, sem que seja necessário separá-los, quem, portanto, é separado, vive excluído da vida do outro. Separar é, no fundo, submeter o outro, tornando um mais importante e o outro quase sem valor.
Distinguir, no entanto, é sentir com humildade as próprias diferenças.

Cada diferença, então, não existirá a não ser para o outro.
Cada parte manterá o sentido de um corpo.
Um secreto viver-juntos palpitará em cada um de vocês.
Porque a vida é existir em si mesmo, mas também trocar com os outros.

Assim, num ramo de flores diferentes, cada flor dirá da beleza que possui e do fascínio de estar junto das outras, lançando-se como pontes invisíveis entre as diferenças de forma e de cor.
O olhar recíproco de encantamento e de respeito dirá, então, da abertura de um coração ainda jovem, como o seu.

Porque ser especial não é exaltar os muros da diferença que separa, mas reencontrar aquilo que ainda os une profundamente.

Desse modo, o nômade retornará à sua trilha, para ajoelhar-se e pousar de novo os seus lábios.
E dizer humildemente o seu nome que é Amor.


Renato Zílio