domingo, 13 de outubro de 2013

O poder da Ave Maria


Milhões dos católicos rezam frequentemente a Ave Maria. Alguns repetem-na depressa, nem mesmo pensando nas palavras que estão dizendo.
Este artigo poderá ajudá-lo a recitá-la mais pensativamente.
- Podem dar grande alegria à Mãe de Deus para se obter as graças que ela deseja.
- Uma Ave Maria bem rezada enche o coração de Nossa Senhora com alegria e  nos concede grandes graças. Uma Ave Maria bem recitada dá-nos mais graças que mil rezadas sem reflexão.
- A Ave Maria é como uma mina de ouro da qual nós podemos sempre extrair e nunca se esgota. É difícil rezar a Ave Maria? Tudo o que temos que fazer é saber seu valor e compreender seu significado.
S. Jerônimo nos diz que “as verdades contidas no Ave Maria são tão sublimes, tão maravilhosas, que nenhum homem ou anjo poderiam compreendê-las inteiramente.”
S. Tomás de Aquino, príncipe dos teólogos, “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios”, como Leo XIII o chamou, pregou o Ave Maria por 40 dias em Roma, enchendo os corações de êxtase.
Pe. F. Suárez, o santo e erudito jesuita, declarou que ao morrer dispostamente daria todos os livros que escreveu, todas as obras de sua vida, pelo mérito de uma só Ave Maria rezada devotamente.
S. Matilde, que amava muito Nossa Senhora, certo dia estava se esforçando
para compor uma bela oração em sua honra. Nossa Senhora apareceu-lhe, com as letras douradas em seu peito: “Ave Maria, cheia de graça.” Disse-lhe: “Desista, minha filha, de seu trabalho, pois nenhuma oração que talvez você pudesse compor dar-me-ia a alegria e o prazer da Ave Maria.”
- Um certo homem encontrou a alegria em orar lentamente a Ave Maria. A bendita Virgem em troca apareceu-lhe sorrindo e anunciando-lhe o dia e hora de sua morte, concedendo-lhe uma santa e feliz. Depois de sua morte, um lírio branco cresceu de sua boca e escrito em suas pétalas: “Ave Maria.”
- Cesário descreve um incidente similar. Um santo e humilde monge viveu no monastério. Sua mente e memória estavam tão fracas que ele somente podia repetir uma oração, que era a Ave Maria. Depois de sua morte uma árvore cresceu sobre sua sepultura e em todas suas folhas estava escrito: “Ave Maria”.
Estas belas histórias nos mostram quantas devoções há para Nossa Senhora, e o poder atribuído à Ave Maria rezada devotamente. Cada vez que dizemos a Ave Maria repetimos as mesmas palavras com que o arcanjo Gabriel saudou Maria no dia da Anunciação, quando ela se tornou a Mãe do Filho de Deus.
Muitas graças e alegrias encheram a alma de Maria naquele momento.
Quando oramos o Ave Maria ofertamos novamente essas graças e alegrias à Nossa Senhora e ela os aceita com imenso prazer. Em troca ela nos dá uma ação dessas alegrias.
Certa vez Nosso Senhor pediu a S. Francisco que lhe desse algo. O santo respondeu: “Querido Senhor, eu não posso lhe dar nada que eu já não lhe dei, todo meu amor”.
Jesus sorriu e disse: “Francisco, dê-me tudo de novo e de novo e irá dar-me  o mesmo prazer”.
Da mesma forma nossa querida Mãe aceita cada vez que oramos o Ave Maria e  recebe as alegrias e prazer que ela teve das palavras de S. Gabriel.
Deus Todo-poderoso deu a Sua Bendita Mãe toda a dignidade, grandeza e santidade necessária para torná-la perfeita para ser sua Mãe.
Mas Ele também lhe deu toda a doçura, amor, brandura e afeto necessário para  fazê-la também nossa querida Mãe. Maria é realmente nossa Mãe.
Assim como os filhos se dirigem às suas mães para pedir ajuda, da mesma forma deveríamos ir com a mesma confiança ilimitada a Maria.
S.Bernardo e muitos Santos disseram que nunca ouviram falar em qualquer tempo ou lugar que Maria se recusou a ouvir as orações de seus filhos na Terra.
Por que não percebemos estas consoladoras verdades? Por que recusar o amor e  consolação que a doce Mãe de Deus nos oferece?
É nossa lamentáve a nossa ignorância lamentável que nos priva desta ajuda e consolação.
Amar e confiar em Maria é ser feliz agora na Terra e depois feliz no céu.  O dr.Hugh Lammer foi um dedicado protestante, com forte ódio contra a Igreja Católica.  Um dia ele encontrou uma explicação da Ave Maria e começou a lê-la. Ele ficou tão encantado com ela que começou a rezá-la diariamente. Insensivelmente, toda a sua animosidade anti-católica começou a desaparecer. Ele se tornou um bom católico, um santo padre e um professor de Teologia Católica em Breslau.
Chamaram um sacerdote ao lado de cama de um homem que morria no desespero  por causa dos seus pecados. O homem recusava se confessar. Como um recurso último o sacerdote pediu-o a orar pelo menos a Ave Maria. Logo após, o pobre homem fez uma confissão sincera e morreu uma morte santa.
Na Inglaterra, perguntaram a um sacerdote da paróquia ver uma senhora protestante que estava gravemente doente, e que desejava se tornar católica.  Perguntado se alguma vez ela já tinha ido à Igreja Católica ou se ela tinha falado com católicos, ou se ela tinha lido livros Católicos, ela respondeu: “não”. Tudo o que ela podia lembrar era que, uma amiga lhe ensinou o Ave Maria, o qual era rezava toda noite. Ela foi batizada e, antes de morrer, teve a
felicidade de ver seu marido e filhos batizados.
S. Gertrudes diz-nos no seu livro “Revelações” que quando nós agradecemos a Deus pelas as graças que Ele deu a qualquer Santo, tornamo-nos participantes daquelas determinadas graças.
Que graças então não temos quando oramos o Ave Maria agradecendo a Deus por todas as inexprimíveis graças que Ele deu a Sua Bendita Mãe?
“Uma Ave Maria dita sem sensível fervor,mas com um puro desejo em um tempo de aridez, tem muito mais valor à minha vista do que um Rosário inteiro no meio das consolações”. (Nossa Senhora a Ir. Benigna Consolata Ferrero)
O poder da Ave Maria

Papa Francisco: Personalidade do Ano no Twitter

Papa Francisco: Personalidade do Ano no Twitter
ROMA, 11 Out. 13 / 02:06 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Blogfest 2013, o festival que reúne importantes especialistas em redes sociais na Europa, nomeou o Papa Francisco como a Personalidade do Ano, devido à “proximidade, frequência e determinação” das palavras que escreve no seu perfil do Twitter @pontifex, onde é seguido por quase dez milhões de pessoas.
A responsável pelo livro “As mensagens do Papa no Twitter”, Cecilia Seppia, explicou em uma entrevista publicada no dia 6 de outubro pela Rádio Vaticano que “quando é necessário limitar-se aos 140 caracteres disponíveis no Twitter não se pode dizer aquilo que é óbvio, banal, deve-se procurar o existencial e o Papa parece ter entendido bem este aspecto”.
O que mais convence da conta do Papa Francisco “é precisamente a ‘existencialidade’ com a que chama para as coisas fundamentais”, acrescentou.
“Neste caso, Francisco com este instrumento, consegue dizer as palavras essenciais que às vezes nos fascinam e outras nos comovem. São palavras que pedem ser compartilhadas; e, com efeito, o mais impressionante é que os tweets do Papa são compartilhados continuamente”.
Seppia explicou que o homem precisa, agora mais que nunca, saber mais sobre o anúncio de Deus, “deste testemunho de verdade”.
“As coisas efêmeras não servem para o homem e me parece que desta maneira o Papa Francisco oferece na rede esse rosto humano que cada instrumento criado pelo homem deveria ter, sobretudo, na hora de comunicar-se”, referiu.
“O segredo da vida cristã é o amor. Só o amor preenche os vazios, as voragens que o mal abre nos corações.”, escreveu o Papa no seu perfil do Twitter em 8 de outubro.

Megan Hodder, a moça ateia inglesa que caiu de joelhos diante do catolicismo

Megan Hodder era uma moça padrão. Segundo ela, “a religião era irrelevante na minha vida pessoal”.
Devorava livros de ateus e evolucionistas como Dawkins, Harris e Hitchens, “cujas ideias eram tão parecidas com as minhas que eu empurrava quaisquer dúvidas para o fundo da minha mente”, informa reportagem do jornal “The Catholic Herald”.
Mas ficando um pouco mais culta percebeu que precisava sair da bobice, e começou então a pesquisar as ideias daqueles que ela achava serem os piores inimigos da razão: os católicos. “Foi aqui, ironicamente, que os problemas começaram”.
Quais problemas?
“Eu fiquei colocada diante de um Deus que é o parâmetro de bondade e verdade objetiva e para o qual nossa razão se dirige e no qual ela se completa. Uma entidade que é a fonte de nossa percepção moral, que requer desenvolvimento e formação por meio do exercício consciente do livre arbítrio”.
E iniciou-se nela um debate interno.
Primeiro, a respeito da moralidade. Para ela, a moralidade ateia ou era subjetiva a ponto de ser insignificante ou implicava resultados intuitivamente repulsivos.
Depois, a respeito da metafísica.
Crucifixo, catedral católica de Westminster, Inglaterra
“Eu percebi que argumentar contra Deus era um erro”
Crucifixo na catedral católica de Westminster, Inglatera
“Eu percebi rapidamente que argumentar contra a existência de Deus era um erro: Dawkins, por exemplo, dá um tratamento superficial a Tomás de Aquino e distorce as provas, para variar.
“Informando-me melhor sobre as ideias aristotélico-tomistas, eu as considerei uma explanação bastante válida do mundo natural, contra a qual os filósofos ateus não tinham conseguido fazer um ataque coerente.
“Eu sempre considerei que a sola scriptura [do protestantismo], mesmo com suas evidentes falácias e deficiências, era de certo modo consistente, acreditando nos cristãos que leem a Bíblia. Então fiquei surpresa ao descobrir que esta visão poderia ser refutada com veemência, tanto do ponto de vista católico – lendo a Bíblia através da Igreja e de sua história, à luz da Tradição – quanto do ateu.”
Mas Megan procurava absurdos e inconsistências na fé católica para tentar enganar-se a si própria e recusar o catolicismo.
Nesse luta ganhou um resto de retidão que havia nela.
A beleza e a autenticidade das partes do catolicismo aparentemente mais difíceis, como a moral sexual, tornaram-se cada vez mais claras para ela.
Megan nunca havia praticado a religião. Nada de oração, hinos ou Missa, tudo lhe soava estranho.
Os livros levaram-na a ver o catolicismo como algo plausível, “mas o catolicismo como uma verdade viva eu só entendi observando aqueles que já serviam a Igreja por meio da vida da graça”.
E o bom exemplo valeu mais do que a montanha de livros.
Na Páscoa de 2013 ela caiu em si.
Missa, elevacao
Na Páscoa “eu não podia mais ficar parada. 
Eu fui batizada e confirmada na Igreja Católica.”
“A vida da fé começou a fazer bastante sentido para mim, a ponto de eu não poder mais justificar ficar parada. Eu fui batizada e confirmada na Igreja Católica.”

A fé de Maria dá carne humana a Jesus – o Papa Francisco na Praça de São Pedro com a Imagem de Nossa Senhora de Fátima


Foram largas dezenas de milhares de peregrinos que, ao som do Ave de Fátima, acolheram a Imagem da Nossa Senhora de Fátima na Praça de São Pedro neste sábado em que a organização do Ano da Fé propôs uma profunda vivência mariana.

A Imagem de Nossa Senhora de Fátima na sua chegada ao Vaticano fez uma breve passagem pela residência do Papa Emérito Bento XVI, sendo depois recebida pelo seu sucessor, Papa Francisco, na Casa de Santa Marta. Pelas 17 horas de Roma teve início o momento de oração mariana. A seguir à recitação do terço o Papa Francisco na sua homilia afirmou, desde logo, que “Maria leva-nos sempre a Jesus. É uma mulher de fé, uma verdadeira crente. Como foi a fé de Maria?” O Papa Francisco apresentou três elementos fundamentais da fé da Mãe de Jesus:

“O primeiro elemento da sua fé é este: a fé de Maria desata o nó do pecado. O que significa isto? Os Padres conciliares retomaram uma expressão de Santo Ireneu, que diz: «O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; aquilo que a virgem Eva atara com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua fé”

O Santo Padre deixou claro que quando não escutamos a Deus, não seguimos a Sua vontade e realizamos ações concretas em que demonstramos falta de confiança n’Ele – isto é o pecado –, forma-se uma espécie de nó dentro de nós. Estes nós tiram-nos a paz e a serenidade. São perigosos, porque de vários nós pode resultar um emaranhado, que se vai tornando cada vez mais penoso e difícil de desatar.

“Maria com o seu «sim», abriu a porta a Deus para desatar o nó da desobediência antiga, é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma com a sua misericórdia de Pai.”

De seguida o Papa Francisco apresentou o segundo elemento da fé de Maria:

“Segundo elemento: a fé de Maria dá carne humana a Jesus. Diz o Concílio: «Acreditando e obedecendo, gerou na terra, sem ter conhecido varão, por obra e graça do Espírito Santo, o Filho do eterno Pai”
“É como se Deus tomasse carne em nós: Ele vem habitar em nós, porque faz morada naqueles que O amam e observam a sua palavra.”


Crer em Jesus, continuou o Santo Padre, significa oferecer-Lhe a nossa carne, com a humildade e a coragem de Maria, para que Ele possa continuar a habitar no meio dos homens; significa oferecer-Lhe as nossas mãos, para acariciar os pequeninos e os pobres. E avançou com o terceiro e último elemento da fé de Maria:

“O último elemento é a fé de Maria como caminho: o Concílio afirma que Maria «avançou pelo caminho da fé». Por isso, Ela nos precede neste caminho, nos acompanha e sustenta.”
Em que sentido a fé de Maria foi um caminho? – pergunta o Papa Francisco - e como resposta disse toda a vida de Maria foi seguir o seu Filho: Ele é a estrada, Ele é o caminho! Progredir na fé - diz o Papa - é avançar nesta peregrinação espiritual que é a fé, é nada mais nada menos que seguir a Jesus; ouvi-Lo e deixar-se guiar pelas suas palavras; ver como Ele se comporta e pôr os pés nas suas pegadas, ter os Seus próprios sentimentos e atitudes: humildade, misericórdia, solidariedade, mas também firme repulsa da hipocrisia, do fingimento, da idolatria. E o Santo Padre referiu um momento fundamental da fé de Maria e da nossa fé:


“Na noite de Sábado Santo, Maria esteve de vigia. A sua chamazinha, pequena mas clara, esteve acesa até ao alvorecer da Ressurreição; e quando lhe chegou a notícia de que o sepulcro estava vazio, no seu coração alastrou-se a alegria da fé, a fé cristã na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Este é o ponto culminante do caminho da fé de Maria e de toda a Igreja. Como está a nossa fé? Temo-la, como Maria, acesa mesmo nos momentos difíceis, de escuridão? Tenho a alegria da fé?”


A partir das 19h, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi transportada para o Santuário do Divino Amor (a 20 Km de Roma), para a oração intitulada ‘Com Maria para além da noite’, evento organizado pelo Vicariato de Roma e patrocinado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. A iniciativa incluiu a recitação da oração do Rosário, em ligação direta, via satélite, com dez santuários marianos dos diversos continentes, e uma vigília a partir das 22h00 que se estendeu “por toda a noite”. Estiveram em ligação directa os seguintes santuários marianos: Nazareth (Israel), Lourdes (França), Czestochowa (Polónia), Banneaux (Bélgica), Aparecida (Brasil), Akita (Japão), Nairobi (Quénia), Washington (EUA), Vailankanny (Índia) e Lujan (Argentina). (RS)



Papa presidiu à Missa na Praça de São Pedro. "Deus surpreende-nos; pede-nos fidelidade; é a nossa força". No final, "entrega confiante" a Nossa Senhora de Fátima









Após os intensos momentos de oração de ontem ao fim da tarde, na Praça de São Pedro (em baixo crónica de Rui Saraiva), neste domingo de manhã o Papa Francisco presidiu à Missa, que se concluiu com um “acto de entrega confiante” a Nossa Senhora de Fátima.

Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima, com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz à de todas as gerações que te proclamam bem-aventurada.
Celebramos em ti as grandes obras de Deus, que nunca se cansa de inclinar-se com misericórdia sobre a humanidade afligida pelo mal e ferida pelo pecado, para a curar e salvar.
Acolhe com benevolência de Mãe o acto de entrega que hoje te fazemo confiadamente…
Temos a certeza de que cada um de nós é precioso aos teus olhos…
Acolhe nos teus braços a nossa vida, abençoa e reforça todos os desejos de bem; 
aviva e alimenta a fé; apoia e ilumina a esperança; suscita e anima a caridade, 
guia a todos nós no caminho da santidade.

Ensina-nos o teu próprio amor de predilecção pelos pequenos e pelos pobres, pelos marginalizados e pelos que sofrem, pelos pecadores e pelos extraviados do coração;
Congrega todos sob a tua protecção e 
entrega todos ao teu dilecto Filho, o nosso Senhor Jesus.
Na homilia, o Santo Padre convidou a contemplar Maria à luz das Leituras da Missa deste domingo, propondo “três realidades: - Deus surpreende-nos, - Deus pede-nos fidelidade, - Deus é a nossa força”.

Antes de mais, a surpresa suscitada em Naamã pelo que lhe pedido para ser curado da lepra. Gestos simples, sem nada de extraordinária.

“Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele. / Esta é a experiência da Virgem Maria.”

A segunda Leitura, em que São Paulo exorta Timóteo, a perserverar na fidelidade a Cristo, sugeriu ao Papa o segundo pensamento: Deus pede-nos fidelidade no segui-Lo.

Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os días. / Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz.
Último ponto sublinhado pelo Papa: Deus é a nossa força. Aludindo aos dez leprosos purificados por Jesus, no Evangelho, dos quais um só voltou a agradecer a cura, o Papa Francisco advertiu: “É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós.”
Também aqui, Maria é um modelo perfeito. Visitando a sua prima Isabel, as primeiras palavras que profere são de acção de graças a Deus:

«A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua acção em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força!

Evocando a dificuldade que tantas vezes se teme em dizer simplesmente “obrigado”, Papa Francisco, referindo em particular a vida em familia, propôs “três palabras-chave para a convivencia:
“com licença, desculpa, obrigado: se numa familia se dizem estas três palavras, a familia caminha em frente. Com licença, desculpa lá, obrigado. Quantas vezes dizemos obrigado, em familia?” 
A concluir o Papa convidou a invocar a “intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os diaa, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força.”

A concluir a celebração, antes de recitar a tradicional oração de Angelus, o Papa recordou a beatificação, neste domingo, em Tarragona, Espanha, de uns 500 mártires mortos pela sua fé durante a Guerra Civil espanhola dos anos 30 do século passado.

Louvemos o Senhor por estes seus corajosos testemunhas e por sua intercessão supliquemos-Lhe que liberte o mundo de toda a violência. 

Evangelho do dia

Ano C - 13 de outubro de 2013

Lucas 17,11-19

Aleluia, aleluia, aleluia.
Em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus convosco em Cristo Jesus (1Ts 5,18). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
17 11 Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus passava pelos confins da Samaria e da Galiléia.
12 Ao entrar numa aldeia, vieram-lhe ao encontro dez leprosos, que pararam ao longe e elevaram a voz, clamando:
13 Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!
14 Jesus viu-os e disse-lhes: “Ide, mostrai-vos ao sacerdote”. E quando eles iam andando, ficaram curados.
15 Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz.
16 Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradecia. E era um samaritano.
17 Jesus lhe disse: “Não ficaram curados todos os dez? Onde estão os outros nove?
18 Não se achou senão este estrangeiro que voltasse para agradecer a Deus?!”
19 E acrescentou: “Levanta-te e vai, tua fé te salvou”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O PECADO DA INGRATIDÃO 
O modo como os leprosos agem em relação ao benefício recebido de Jesus corresponde às nossas atitudes perante a misericórdia divina.
No seu desespero, os leprosos recorrem a Jesus, implorando piedade. Era insuportável a situação em que se encontravam, vítimas da doença. Mesmo para recorrer ao Mestre, deviam manter-se à distância, como mandava a Lei. Esta os obrigava a andar com as vestes rasgadas, com os cabelos desgrenhados e a barba coberta. E mais, deveriam habitar fora da cidade, e gritar: "impuro, impuro!", quando alguém se aproximasse, para evitar a contaminação. Situação dolorosa!
A súplica pungente do grupo de doentes encontra guarida no coração de Jesus. Ele os atende imediatamente, ordenando que se apresentem aos sacerdotes, como se já estivessem curados.
Só um sentiu-se motivado a voltar atrás e agradecer a quem o havia curado. Jogou-se aos pés de Jesus, dando gritos de louvor a Deus. E este era um samaritano, membro de um povo inimigo dos judeus, visto com desprezo. A gratidão brotou-lhe espontânea do coração.
Já os outros nove, judeus de origem, esqueceram-se de agradecer. Assim, deram mostras de não ter dado o passo da fé, reconhecendo a condição messiânica de Jesus. E perderam a chance de receber os benefícios da salvação.

Oração 
Espírito de agradecimento, torna-me sensível aos benefícios que eu recebo cada dia, e dá-me um coração que seja sempre capaz de agradecer.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
2 Reis 5,14-17
Leitura do segundo livro dos Reis.
2 14 Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança.
15 Voltando então para o homem de Deus, com toda a sua comitiva, entrou, apresentou-se diante dele e disse: “Reconheço que não há outro Deus em toda a terra, senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo”.
16 “Pela vida do Senhor a quem sirvo, replicou Eliseu, não aceitarei nada”. E apesar da instância de Naamã, ele recusou.
17 Então Naamã disse: “Se não o aceitas, permite ao menos que se dê ao teu servo da terra deste país, tanto quanto possam carregar duas mulas, porque doravante este teu servo não oferecerá mais holocausto nem sacrifício a outros deuses, mas só ao Senhor”.
Palavra do Senhor.
Salmo 97/98
O Senhor fez conhecer a salvação
e às nações revelou sua justiça. 


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,
alegrai-vos e exultai!
Oração
Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Papa nomeia brasileiro como secretário da Congregação para os Bispos


O papa Francisco nomeou  neste sábado (12) o brasileiro Ilson Jesus Montanari, 54 anos, como secretário da Congregação para os Bispos. Montanari era oficial da congregação e, a partir de agora, recebe o título de arcebispo. Dom Ilson nasceu em 18 de julho de 1959 em Sertãozinho (SP). O brasileiro estudou direito e economia em Ribeirão Preto, no interior paulista, e tem mestrado em filosofia. O presidente da Congregação dos Bispos é o canadense Marc Ouellet, cardeal que chegou a ser cotado para ser papa, antes da escolha de Francisco.

Montanari ingressou na Universidade Gregoriana de Roma para estudar teologia, em 1985, depois de ter passado pelo seminário Maria Imaculada, em Ribeirão Preto. Em 1989, retornou à Arquidiocese de Ribeirão como sacerdote. A partir de 1990, foi professor de teologia em Ribeirão Preto e Uberaba (MG). Na cidade paulista, foi chanceler e coordenador da pastoral da arquidiocese, membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores e Vigário Forâneo da Zona Oeste.

Em 2002, dom Ilson voltou a Roma para cursar teologia dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana. Em 2008, entrou para a Congregação dos Bispos como oficial e, em 2011, foi nomeado capelão de Sua Santidade (de 2002 a 2004).
Agência Brasil

Papa Francisco: “Maternidade não é um fator biológico”


“Tantas coisas podem mudar e mudaram na evolução cultural e social, mas fica a realidade que é a mulher que concebe, carrega dentro de si e dá à luz os filhos dos homens”. Com estas palavras o Papa explicou que a maternidade “não é simplesmente um fator biológico, mas comporta uma riqueza de implicações seja para a própria mulher, pelo seu jeito de ser, seja pelas suas relações, pelo jeito de se relacionar com a vida humana e a vida em geral”. “Chamando a mulher à maternidade, Deus lhe confiou numa maneira toda especial o ser humano”, disse o Papa encontrando na audiência os participantes do Congresso organizado pelo Pontifício Conselho dos Leigos por ocasião do 256º aniversário da “Mulieris dignitatem” de João Paulo II, definida pelo Papa Francisco “um documento histórico, o primeiro do magistério pontifício dedicado inteiramente ao tema da mulher”.
Referindo-se ao nº 30 da carta apostólica, tema do encontro, em que João Paulo II afirma que “Deus confia de modo especial o homem, o ser humano, à mulher”. Papa Francisco explicou que esta “especial entrega do ser humano à mulher” se resume na maternidade, especificando, porém, logo depois, como esta palavra deve ser entendida. “Existem dois perigos presentes, dois extremos opostos que mortificam a mulher e sua vocação”, alertou o Papa. “O Primeiro é reduzir a maternidade a um papel social, a uma tarefa, também se nobre, mas que, na realidade, deixa de lado a mulher com todas as suas potencialidades, não a valoriza plenamente na construção da comunidade. Isto seja no âmbito civil, seja no âmbito eclesiástico”.
E, “como reação a isto, existe outro perigo, em sentido oposto: o de “promover uma espécie de emancipação que, para ocupar os espaços tirados ao sexo masculino, abandona o feminino com os traços preciosos que o caracterizam”. A este respeito, o Papa sublinhou que a mulher “possui uma sensibilidade particular pelas coisas de Deus, sobretudo em nos ajudar a compreender a misericórdia, a ternura e o amor que Deus por nós”. “Eu gosto também de pensar que a Igreja não é ‘o’ Igreja, é ‘a’ Igreja”, destacou: “a Igreja é mulher, é mãe e isso é bonito. Deveis pensar e aprofundar isso”.
A “Mulieris Dignitatem”, neste contexto, “oferece uma reflexão profunda, orgânica, com um sólido alicerce antropológico iluminado pela Revelação. A partir dela devemos recomeçar aquele trabalho de aprofundamento e promoção que já várias vezes tive a oportunidade de incentivar”. “Também na Igreja é importante se perguntar: que presença tem a mulher?”, é o convite final do papa. “Eu sofro – confessou – quando vejo na Igreja ou nalgumas organizações eclesiais que o papel de serviço – que todos nós temos e devemos ter – que o papel de serviço da mulher escorrega para o papel de ‘servente’ (o papa utilizou a palavra ‘servidumbre’. Não sei se é isso em italiano. Me entendem? Que presta serviço)”. “Quando eu vejo mulher que trabalham como ‘serventes’, então não se entende bem o que deve fazer uma mulher”. “Que presença tem a mulher na Igreja? Pode ser mais valorizada?”, as perguntas lançadas pelo Papa. “É uma realidade que é muito forte em mi e por isso quis me encontrar com vocês – contra o regulamento, porque não estava previsto um encontro desses – e abençoar vocês e seu trabalho. Obrigado, levemo-lo junto adiante! Maria Santíssima, grande mulher, Mãe de Jesus e de todos os filhos de Deus, nos acompanhe”.


SIR

Papa apela para que fiéis não sejam 'cristãos de vitrine'


O papa apelou para que os católicos se apeguem à mãe de Jesus nos momentos de dor e dificuldade
Heloisa Cristaldo

O papa Francisco participou nesse sábado (12), por meio de videoconferência, do Terço Mundial, quando por quase seis minutos, a Basílica de Nossa Senhora Aparecida e mais nove santuários de todo mundo participaram simultaneamente da oração. O pontífice pediu que os fiéis não sejam cristãos "de vitrine".

"Ó Maria, fazei-nos sentir o teu olhar mãe, guiai-nos para o teu filho, fazei que não sejamos cristãos de vitrine, mas saibamos meter mãos à obra; para construir com o teu filho Jesus, o seu reino de amor, de alegria e de paz", disse na mensagem em italiano.

O papa apelou para que os católicos se apeguem à mãe de Jesus nos momentos de dor e dificuldade. ´Quando estamos cansados, desanimados, oprimidos pelos problemas, olhemos para Maria, sintamos o seu olhar ´, diz trecho da mensagem do papa. O pontífice lembrou que olhar pode expressar tanto encorajamento e compaixão quanto inveja e ódio. ´Quantas coisas se podem dizer com um olhar! Estima, encorajamento, compaixão, amor, mas também censura, inveja, soberba, até mesmo ódio. Muitas vezes o olhar diz mais que as palavras, ou diz aquilo que as palavras não conseguem ou não ousam dizer´.

Participaram religiosos nos santuários marianos de Israel, da França, da Índia, da Polônia, do Quênia, da Bélgica, do Japão, dos Estados Unidos e da Argentina. Para que os romeiros em Aparecida pudessem acompanhar o terço, foram instalados quatro telões pelo Santuário de Aparecida.

O Terço Mundial foi iniciativa da Diocese de Roma. O evento está dentro das atividades do Ano da Fé, que se encerra no próximo dia 24 de novembro.
Agência Brasil