quarta-feira, 25 de março de 2015

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015

brasão do Papa Francisco
MENSAGEM
Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015
Terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Boletim da Santa Sé

“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5, 8)

Amados irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis,
4 de Outubro de 2014.
FRANCISCUS PP.

Mensagem para a Quaresma de 2015



Brasão_Dom_Saburido
Mensagem do Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife
aos presbíteros e diáconos, religiosos e religiosas
e a todo o povo de Deus por ocasião da Quaresma de 2015 
“É agora o momento favorável. É agora o dia da salvação” (2Cor 6,2b).

Queridos irmãos e irmãs,
Com a imposição das cinzas, iniciamos um novo Ciclo Pascal, em nossa vida cristã, assim como na vida da Igreja. Com as celebrações da Quaresma, da Páscoa e de Pentecostes, retomamos o caminho pascal de Jesus e nos comprometemos em viver o Amor Maior de quem dá a vida pelo bem da humanidade. Fazemos isso, cada um/a de nós, mergulhando mais e mais na alegria de sermos Igreja que escuta a Palavra, reparte o Pão e vive a solidariedade. Nesse tempo oportuno para a conversão, somos chamados a rever nossa vida batismal, consequentemente, renovando nosso compromisso missionário de discípulos/as, sobretudo aqueles que espontaneamente decidiram dar um passo mais exigente, consagrando suas vidas por inteiro ao serviço do Reino. Que o exemplo de Jesus, ao se retirar quarenta dias no deserto, nos motive a sermos decididos e perseverantes diante do projeto do Pai para cada um/a de nós. A epístola aos Hebreus nos ensina: “(…) pois vos é necessária a perseverança para fazerdes a vontade de Deus e alcançardes os bens prometidos. Ainda um pouco de tempo – sem dúvida, bem pouco – e o que há de vir virá e não tardará. Meu justo viverá da fé. Porém, se ele desfalecer, meu coração já não se agradará dele. Não somos, absolutamente, de perder o ânimo para nossa ruína; somos de manter a fé para nossa salvação!” (Hb 10, 36-39). Nesse sentido, nosso arcebispo emérito, Dom Hélder Câmara, nos ensina: “É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca”. As pedras no caminho, comuns a todo e quaisquer projetos de vida, sempre servem como experiência e provocação. Em seguida, vem o amadurecimento. A força da oração, tão recomendada nesse início da Quaresma, é o grande remédio que renova e nos firma no caminho.
Para nos ajudar, nesse caminho, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade. Neste ano de 2015, com o tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. A intenção é reavivar nossa memória e mostrar a atualidade dos documentos do Concílio Vaticano II que, há cinco décadas, vêm ecoando por todos os recantos do mundo. Sobretudo, o último e mais importante deles, a Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje, a Gaudium et Spes. Há 50 anos, os bispos de todo o mundo, reunidos no Concílio, nos convocaram a assumir como nossas “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias da humanidade de hoje, sobretudo dos pobres e de todas as pessoas que sofrem, pois essas são também as alegrias e esperanças, tristezas e angústias dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo” (GS, n. 1). Com esse texto profético, o Concílio abriu a Igreja para a realidade do mundo, para os sofrimentos e anseios da humanidade. Em nome do Evangelho, nossos pastores convocaram os católicos do mundo inteiro a se unirem a todas as pessoas de boa vontade, em um compromisso pessoal e social, para que o Reino de Deus e seu projeto para a humanidade aconteça aqui, “na terra, como no céu”. Isso é tão atual que o texto base apresenta como objetivo geral da Campanha: “Aprofundar à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre Igreja e sociedade, propostos pelo Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus”.
Esse ano de 2015 será muito especial para nós. Além de estarmos vivendo o Ano da Vida Religiosa e Consagrada, convocado pelo Papa Francisco, e o Ano da Paz, convocado pela CNBB, em sua 52ª Assembleia Geral, em Aparecida, estamos recebendo o nosso Bispo Auxiliar, Dom Antônio Tourinho Neto, que chega, com o coração aberto, para caminhar conosco e ajudar na evangelização e construção de uma Igreja cada vez mais sensível às questões que afligem o nosso povo, assim como vivenciar com ele as alegrias e esperanças.
Como pastor desta Arquidiocese de Olinda e Recife, em comunhão com o Papa Francisco, que costuma se apresentar como bispo de Roma, e com os bispos do Brasil, venho convidar todo o nosso clero (bispos, padres e diáconos), religiosos/as, leigos/as, para, na celebração desta Páscoa, retomarmos, com maior vigor, o espírito que animou o Concílio Vaticano II. Para isso, muito nos ajudarão a releitura do texto base da Campanha da Fraternidade, dos documentos conciliares, sobretudo, da Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo de hoje, e da exortação apostólica “A Alegria do Evangelho”, que atualiza a Gaudium et Spes. O estudo desses documentos, especialmente quando feito em pequenos grupos, estimulará a necessária “conversão pastoral” de que fala o Documento de Aparecida. Esta conversão do nosso ser mais profundo mudará nosso jeito de viver a fé, de celebrar e de fazer pastoral. Poderemos, assim, contribuir realmente para que a “Alegria do Evangelho”, anunciada com exemplos e palavras pelo Papa Francisco, chegue a todos os recantos, onde pessoas e grupos têm fome e sede de justiça e buscam uma sociedade mais justa e fraterna. O Papa nos pede para nos colocar como uma Igreja pobre e a serviço dos empobrecidos. Ele nos propõe reavivar um diálogo aberto e humilde com todas as pessoas, próximas e distantes, tendo em vista a realização do projeto divino no mundo, o Reino da fraternidade, da justiça e da paz. Esse é o esforço missionário que deve nos mobilizar e entusiasmar como caminho espiritual de conversão. Deve ser realizado não só durante a Quaresma, mas de modo permanente e cada vez mais a intensamente.
Enfim, todo esse processo quaresmal deverá resultar em ações concretas. Devemos encontrar, criativamente, em cada lugar, os jeitos melhores de participar em ações solidárias, como é a campanha por uma urgente e profunda reforma do nosso sistema político. Como diz a CNBB, no texto base da CF: “A luta pela reforma política é a maneira de os cristãos se colocarem contra o difuso sentimento de decepção e descrença na política institucional que paira na sociedade” (n. 88). A CNBB insiste “na necessidade de ampliação dos sujeitos políticos, com vez e voz, no processo de construção da sociedade e do Estado”. Seria oportuno que, nesse ano, pudéssemos como Arquidiocese, aprofundar esses assuntos e, como resposta à Campanha da Fraternidade, nos unir em torno de propostas bem concretas, a serem desenvolvidas em cada lugar, em busca da superação de problemas e da construção de uma vida melhor para todos e todas.
Neste sexto ano do meu pastoreio, nessa Igreja onde nasci, cresci e que tanto amo, gostaria de render graças a Deus pelos irmãos e irmãs que têm colaborado, direta ou indiretamente, com minha missão, sobretudo pela chegada do nosso bispo auxiliar, conforme falamos acima; pela colaboração de Dom Genival Saraiva de França, nosso Vigário Geral; os presbíteros e diáconos e, dentre eles, de maneira especial, os outros vigários gerais e os vigários episcopais; a coordenação de pastoral; os que, além dos seus encargos, não medem esforços para colaborar, no âmbito arquidiocesano e vicarial; finalmente, a grande legião de leigos/as que nos edificam pela disponibilidade e pelo testemunho. Diante de todos, renovo meu compromisso de caminhar na unidade e fraternidade, segundo os ensinamentos do Evangelho. Ao iniciarmos juntos mais essa caminhada rumo à Páscoa, peço, humildemente, perdão pelas minhas faltas e os abençoo em Cristo Jesus.
Desejo a todos/as uma santa e renovadora celebração da Páscoa da Ressurreição, e um novo Pentecostes.

Dom Antônio Fernando Saburido,OSB
Arcebispo de Olinda e Recife

Vida Consagrada é tema de seminário nacional


Evento será realizado de 7 a 10 de abril, no Santuário de Aparecida.
 
A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) promoverá, de 7 a 10 de abril, o Seminário Nacional para a Vida Consagrada. A expectativa é reunir 2 mil religiosos e religiosas de todo o país, interessados em aprofundar a Identidade e a Mística da Vida Religiosa Consagrada (VRC).
De acordo com a presidente nacional da CRB, Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, o seminário busca também “fazer arder o coração da Vida Consagrada para a missão e a profecia em vista da vivência da radicalidade do seguimento de Jesus Cristo, com alegria e esperança”, explicou em nota publicada na página da entidade.
A abertura dos trabalhos será realizada às 14h do dia 7 de abril, com oração e acolhida do Irmão Wagner Cruz. Às 15h30, acontece a primeira conferência do seminário – ‘Resgatando o caminho’ –, com participação do padre  Geraldo Kolling. As atividades prosseguem até às 12h do dia 10 de abril, sempre no Auditório Padre Victor Coelho, localizado no Santuário Nacional de Aparecida.

As inscrições para o evento estão encerradas, mas os interessados poderão acompanhar os debates e orações ao vivo, pela TV Dom Total.

Ano da Vida Consagrada

Conforme anunciado pelo Papa Francisco, o ano de 2015 será dedicado à Vida Religiosa Consagrada (VRC). A proposta foi ratificada pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), durante a XXIII Assembleia Geral Eletiva.

Dessa forma, o Seminário Nacional é um dos eventos programados para celebrar a temática. Segundo a Irmã Maria Inês, a iniciativa é de extrema importância. “Esperamos reunir o maior número possível de religiosos para rezar, refletir e celebrar a beleza e a grandeza da Vida Religiosa no ano em que a Igreja dedica de maneira especial a este estilo de vida”, afirmou.

500 Anos do Nascimento de Santa Teresa D'Ávila

Neste sábado, 28 de março, comemoram-se 500 anos do nascimento de Santa Teresa de Jesus ou Teresa de Ávila, mística e doutora da Igreja Católica. Em homenagem às Carmelitas e à Vida Consagrada, domtotal publicará uma reportagem especial, já na sexta-feira, dia 27.

Legião de Maria informa:

A Legião de Maria Cúria Nossa Senhora das Candeias informa que as reuniões são no terceiro sábado de cada mês às 15 h. na Igreja Santo Antonio em Barra de Jangada.

Meu Dia com Deus

DIA 25 DE MARÇO - QUARTA-FEIRA

Ouça: 
Evangelho do Dia: (Lucas 1,26-38)
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
A palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos sua glória que recebe de Deus Pai (Jo 1,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 1 26 "no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria".
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação.
 
Meditando o Evangelho
MARIA, CHEIA DE GRAÇA
            A Igreja, refletindo sobre a mãe de Jesus, foi entendendo, pouco a pouco, toda a verdade desta figura singular. Neste processo, a Igreja chegou a professar que o pecado original, tendo marcado para sempre a história da humanidade, mas não lançou raízes no ser de Maria. Vivendo num mundo de egoísmo, ela não foi contaminada pelo pecado.
            Esta graça e privilégio, conferidos por Deus à mãe do Salvador, aconteceram por causa de Jesus Cristo. Deus preparou para receber seu Filho, que seria imune da culpa original, um ventre não corrompido pelo pecado. Maria, de certo modo, experimentou, por antecipação, o fruto da ação de seu filho Jesus, que viria ao mundo para salvar a humanidade do pecado. A mãe foi a primeira a tirar partido da missão do Filho. A santidade do Filho Jesus santificou todo o ser da mãe Maria, desde que fora concebida.
            A proclamação do anjo "Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo" fundamenta a total santidade de Maria. Sendo cheia de graça, nela não podia haver espaço para o pecado e para a infidelidade a Deus. E sua existência, desde o início, só podia ser total comunhão com Deus. Por outro lado, toda a vida de Maria foi marcada pela pessoa de Jesus, a quem estaria ligada desde o momento do anúncio da encarnação. A concepção imaculada é, pois, mais uma maravilha da graça de Deus na vida de Maria.
 
Oração
            Senhor Jesus, que a contemplação da concepção imaculada de tua mãe desperte em mim o desejo de romper, definitivamente, com o pecado que maculou a humanidade.
 

Arcebispo preside celebrações da Semana Santa na Igreja Catedral a partir deste domingo


DEFINIDO PANFLETO ARQUIMomentos de celebração, recolhimento e reflexão sobre o maior ato de amor pela humanidade marcam o período mais importante para os cristãos: a Semana Santa. O Domingo de Ramos, 29 de março, abre a semana que será encerrada no Domingo de Páscoa, 5 de abril. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, presidirá celebrações na Igreja Catedral – Sé de Olinda.
A Missa e procissão de Ramos será realizada no próximo domingo. A celebração eucarística terá início às 8h30 na Igreja da Misericórdia (ao lado da Academia Santa Gertrudes), no Alto da Sé. Após a proclamação do Evangelho, o arcebispo segue com os fiéis em procissão até a Igreja Catedral, onde dará continuidade à solenidade.
Na Quinta-feira Santa, 2 de abril, os ritos próprios do período serão intensificados. Às 9h, haverá a primeira missa do dia. A Missa dos Santos Óleos reúne todo o clero arquidiocesano – bispos, padres e diáconos. Durante a cerimônia, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, abençoa os óleos feitos de oliveira. Eles serão utilizados durante todo o ano nas 116 paróquias na administração dos Sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos. Ainda na ocasião acontece a renovação dos votos sacerdotais.
Liturgia da Paixão do SenhorJá à tarde, os fiéis participam da tradicional Missa da Ceia do Senhor – Lava Pés. A cerimônia faz memória ao momento em que Jesus estava reunido com os apóstolos antes de ser preso. Naquela ocasião foi instituída a Eucaristia e o ministério sacerdotal. Dom Fernando repetirá o gesto de humildade de Jesus, lavará e beijará os pés de doze pessoas.
“Este ano vou celebrar toda a Semana Santa na Catedral. Inclusive, a Missa de Lava Pés. Em função da Campanha da Fraternidade 2015, cujo tema é “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, serão convidadas pessoas merecedoras de especial atenção da Igreja e das pastorais. Entre elas, crianças, idosos, deficientes físicos, morador de rua, dependente químico, gestante, ex-presidiário e soropositivo”, contou o arcebispo. Após a celebração, padres atenderão os fiéis em confissão.
Sexta-feira da Paixão, 3 de bril, é o único dia do ano em que não se realizam Missas em nenhuma igreja católica do mundo. Para marcar a crucificação e morte de Jesus às 15h, o arcebispo preside a Celebração da Paixão, na Igreja Catedral. O rito é composto por Celebração da Palavra (leitura de Salmos e do Evangelho da Paixão), Oração Universal da Igreja, Exaltação da Santa Cruz e Comunhão. Em seguida, os fiéis seguem a Procissão do Senhor Morto, que percorrerá as ruas do Sítio Histórico de Olinda.
Dom Fernando assistirá pela primeira vez à Paixão de Cristo da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, no Paulista. A encenação composta por jovens da Comunidade Cristo Redentor chega à 15ª edição. A peça será apresentada na Praça José Lopes de Araújo, no bairro de Maranguape 2, a partir das 19h.
Vigília PascalNo Sábado de Aleluia, a Igreja vivencia a espera da ressurreição de Jesus. A partir das 20h, do dia 4 de abril, na Sé, os católicos participam da Vigília Pascal. A celebração começa pela bênção fogo e do Círio Pascal – grande vela que representa a luz do Cristo ressuscitado. Durante o ritual, os católicos renovam as promessas batismais. Em seguida, a Missa segue os ritos tradicionais.
Na alegria da ressurreição de Cristo, no Domingo de Páscoa, 5 de abril, Dom Saburido celebra missa a partir das 9h. A data marca o início do período Pascal para a Igreja. O tempo litúrgico tem duração de 50 dias, encerrando com a Festa de Pentecostes.
Na tarde do domingo, o arcebispo participa da Caminhada da Ressurreição no bairro de Beberibe, Zona Norte do Recife.  A concentração será às 15h, na Praça da Convenção. A caminhada seguirá por algumas ruas e retornará ao ponto de partida, onde acontece a Celebração Eucarística presidida por Dom Fernando.
Paróquias – Em todas as 116 paróquias da arquidiocese haverá as celebrações próprias da Semana Santa.

Da Assessoria de Comunicação AOR

Dom Fernando participa de ato no Recife em apoio a cristãos perseguidos




11051178_831973736869003_1937350217_n#EuMeImporto quer levantar o debate sobre a liberdade de religião entre pessoas de diversas crenças
A cada cinco minutos um cristão é vítima de violência por causa de sua fé. Isso representa, segundo o último relatório da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, a morte de 160 mil cristãos, causada por intolerância religiosa. Para chamar a atenção para o direito à liberdade de religiosa, a Comunidade dos Viventes realizará o ato #EuMeImporto, no dia próximo sábado, 28 de março, das 16h30 às 19h, no Parque da Jaqueira no Recife.
O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, participará do evento. “Esse é um gesto de solidariedade para com os irmãos perseguidos no Oriente. Eu estarei presente e convido a todos, que puderem participar desse momento, para que se unam a nós e juntos possamos rezar por essa intenção e colaborarmos concretamente com nossos irmãos”, convocou o religioso.
A iniciativa surgiu da inquietação após a divulgação, em fevereiro deste ano, do assassinato de 21 egípcios decapitados pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Líbia, pelo fato de serem cristãos. A ideia é proporcionar uma tarde de vigília inter-religiosa na qual os cristãos, mas também pessoas com outras convicções religiosas ou sem uma convicção religiosa, poderão se informar melhor sobre o assunto e, juntas, dar uma resposta a esse clima de ódio que se alastrou principalmente no Oriente.
Desde o ano passado, devido às ações de um grupo terrorista Estado Islâmico (EI), as denúncias de violações contra a vida dos cristãos tomaram repercussão ainda maior, com as execuções filmadas e disseminadas pela internet, com métodos bárbaros, como crucificações, decapitações e esquartejamentos.
Além disso, aumentou significativamente a quantidade de cristãos que precisam se refugiar em outros países. Para se ter uma ideia do enorme problema, desde 1945, 10 milhões de cristãos emigraram por causa de perseguições, o que representa obviamente uma dificuldade para aqueles que saem de suas casas, mas também um desafio para as nações que os recebem.
InformaçõesDia do Ato: 28.03.2015
Local: Parque da Jaqueira
Horário: 16h30h às 19h

Fonte: Assessoria de Comunicação da Comunidade dos Viventes

Exposição do Santo Sudário terá “mini JMJ” e visita do Papa



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Uma coletiva de imprensa no Vaticano nesta quarta-feira, 25, apresentou como será a próxima Exposição do Santo Sudário em Turim, de 19 de abril a 24 de junho desse ano. Também foi divulgada a programação oficial da visita que o Papa Francisco fará à cidade nesse período, nos dias 21 e 22.
Nesses dois dias de visita papal, será proposta uma “mini Jornada Mundial da Juventude”, informou na coletiva o arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia, que é custódio pontifício do Sudário. Trata-se de uma série de encontros, orações e momentos de festa que ajude a entrar em contato com os jovens. “Um sinal extraordinário será a presença da Cruz da JMJ, que vai fazer uma parada em Turim em sua viagem para Cracóvia”.
Dom Cesare também anunciou o “presente” que será oferecido ao Papa. A exposição do Santo Sudário é gratuita, mas, tradicionalmente, os peregrinos costumam deixar uma oferta ao término de seu percurso. Nesta ocasião, todos os donativos recolhidos serão entregues ao Pontífice no dia 21 de junho.
“Pediremos a ele [ao Papa] que os use, naturalmente, com a máxima liberdade, destinando-os a uma obra, um projeto de apoio aos pobres ou aos necessitados. Nos agradaria muito, é óbvio, se tal obra pudesse recordar o Sudário, a Santa Face do Senhor e também Turim. Mas é evidente que não queremos de forma alguma condicionar a decisão do Papa. A nós basta que este fruto da exposição, a solidariedade concreta de milhares de peregrinos, se torne também uma ‘flor de caridade’ nas mãos de Francisco”.
2897622A exposição desse ano comemora o segundo centenário do nascimento de São João Bosco e será dedicada de modo particular aos jovens e às pessoas que sofrem. Soma-se a isso a presença do Papa que, ao anunciar sua visita a Turim, destacou que iria venerar o Santo Sudário e fazer uma homenagem a São João Bosco.
“A viagem do Papa, como toda a exposição, caracteriza-se também como um agradecimento pelo dom do ‘santo dos jovens’ e pelo serviço que a Família Salesiana continua a desenvolver em Turim e em todo o mundo no campo da educação, da missão, do esporte, da comunicação”, disse Dom Cesare.
 O Santo Sudário
O Santo Sudário representa para a comunidade de Turim e para toda a Igreja uma referência importante para a vida de fé de pessoas que, naquela Face, procuram, reconhecem e encontram os sinais da Paixão de Jesus.
Além das questões históricas e científicas, o Sudário se tornou, de 1978 em diante, uma realidade da pastoral. Tanto que a peregrinação a Turim tem suas características próprias, conforme explicou o custódio do Santo Sudário.
“Não é uma viagem aos Lugares Santos, nem aos túmulos dos mártires; não é um itinerário à redescoberta de aparições ou milagres. É uma viagem comunitária e interior, uma peregrinação dentro de si mesmo, que tem o seu ápice no encontro com a imagem do Homem das Dores. Um encontro que, como vimos tantas vezes, provoca a comoção e convida à conversão e ao serviço”.
O tema da exposição desse ano é “O Amor maior (Jo 15)”. Segundo Dom Cesare, é um dom da salvação que se torna visível na resposta dos fiéis, na adoração a Deus e no serviço aos irmãos.

Papa Francisco reza pelas vítimas de acidente aéreo



papaFrancisco14032013aEm comunicado emitido pela Sala de Imprensa do Vaticano, o papa Francisco manifestou pesar pelo acidente do Airbus A320 da companhia aérea alemã Germanwings que caiu nos Alpes franceses, na terça-feira, 24. Foram confirmadas a morte de 144 passageiros e seis tripulantes que iam de Barcelona, na Espanha, para Dusseldorf, na Alemanha. Dentre as vítimas estavam estudantes que participavam de intercâmbio.
O papa Francisco disse estar unidos “ao luto dos familiares das vítimas e reza pela paz dos falecidos, confiando-lhes à misericórdia de Deus para que os acolha em sua morada de paz e de luz”. O pontífice manifestou, ainda, seu afeto a todos aqueles “que foram tocados por essa tragédia e aos socorristas que intervêm em condições difíceis”. O papa rezou “ao Senhor para que dê a todos força e consolo, e invoca sobre todos as bênçãos de Deus”
A Conferência Episcopal Espanhola também se une à dor dos familiares das vítimas. Os bispos espanhóis pedem orações aos falecidos nesta tragédia aérea.
Fonte: CNBB com informações do News.va

PROGRAMAÇÃO

Definido panfleto Arqui (1)

Tempo de aprender o desprendimento


Trata-se de um momento muito oportuno para examinarmos nossa atitude em face das coisas.
Por Dom Orani João Tempesta*
Na oração para o Terceiro Domingo da Quaresma pedimos: "Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédios contra o pecado..."
Neste tempo da Quaresma, a Igreja nos faz repetidas chamadas para que nos desprendamos das coisas da Terra, e assim cumulemos o nosso coração de Deus. Em Jr 17,7-8, nos diz: “Bendito o homem que deposita a sua confiança no Senhor e põe n´Ele a sua esperança.
Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as suas raízes para o arroio. Quando chegar o estio, não o temerá, e a sua folhagem continuará verdejante. Não a inquieta o ano de seca; continua a produzir frutos”. O Senhor cuida da alma que colocou n´Ele o seu coração.
O Senhor deseja que nos ocupemos das coisas da Terra e as amemos corretamente: “Enchei a terra e submetei-a” (Jr 17, 6). Mas uma pessoa que ama “desordenadamente” as coisas da Terra não deixa lugar na sua alma para o amor a Deus.
São incompatíveis o “apego” aos bens e o amor ao Senhor: “Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6,24). As coisas podem converter-se numa amarra que nos impeça de chegar a Cristo. E se não o alcançarmos, para que serve a nossa vida?
Para chegar a Deus, Cristo é o caminho. Mas Cristo está na cruz, e, para subir à cruz, é preciso ter o coração livre, desprendido das coisas da Terra. Ele nos deu o exemplo: passou pelos bens desta terra com perfeito senhorio e com mais plena liberdade. “Sendo rico, fez-se pobre por nós” (2 Cor 8,9).
Para segui-Lo, estabeleceu-nos uma condição indispensável: “Qualquer um de vós que não renuncie a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33). Este não renunciar aos bens encheu de tristeza o jovem rico, que tinha posses e estava muito apegado a elas. Quanto não perdeu nesse dia este homem jovem que tinha meia dúzia de coisas que em breve lhe fugiriam das mãos!
Os bens materiais são bons, porque são de Deus. São meios que Deus pôs à disposição do homem desde a criação, para que se desenvolvesse em sociedade com os outros. Somos administradores desses bens por um breve espaço de tempo. Tudo nos deve servir para amar a Deus – Criador e Pai – e aos outros. Se nos apegamos às coisas que temos e não praticamos atos de desprendimento efetivo, se os bens não nos servem para fazer o bem, se nos separam do Senhor, então não são bens, convertem-se em males.
Exclui-se do Reino dos céus todo aquele que põe as riquezas como centro da sua vida; idolatria, é como chama São Paulo a avareza. Um ídolo ocupa o lugar que só Deus deve ocupar. Exclui-se de uma verdadeira vida interior, de um relacionamento de amor com o Senhor todo aquele que não quebra as amarras, ainda que finas, que o atam de um modo desordenado às coisas, às pessoas e a si próprio.

"A caridade, nas suas diversas formas, é sempre realização do Reino de Deus, bem como a única bagagem que nos sobrará deste mundo que passa"
Com o bom uso que fizemos dos bens materiais – muitos ou poucos – que Deus colocou em nossas mãos, ganharemos a vida eterna. A vida é o tempo acolher a graça de Deus e responder generosamente. Se formos generosos e tratarmos os outros como filhos de Deus, seremos felizes aqui na Terra e depois na outra vida. A caridade, nas suas diversas formas, é sempre realização do Reino de Deus, bem como a única bagagem que nos sobrará deste mundo que passa.
O nosso desprendimento deve ser efetivo, com resultados bem determinados, que não se conseguem sem sacrifícios; e também natural e discreto, como é próprio de cristãos correntes que devem servir-se de bens materiais no seu trabalho ou nas tarefas apostólicos.
Trata-se de um desprendimento positivo, porque todas as coisas da Terra são ridiculamente pequenas e insuficientes em comparação com o bem imenso e infinito que pretendemos alcançar; e ainda interno, pois diz respeito aos desejos; atual, porque exige que examinemos com frequência onde pomos o coração e tomemos resoluções concretas que assegurem a liberdade interior; e alegre, porque temos os olhos postos em Cristo, bem incomparável, e porque não é uma mera privação, mas riqueza espiritual, domínio das coisas e plenitude.
O desprendimento nasce do amor a Cristo e, ao mesmo tempo, possibilita que esse amor cresça e viva. Por isso, é necessário um firme trabalho de vigilância e de limpeza interior.
Este tempo da Quaresma é muito oportuno para examinarmos a nossa atitude em face das coisas e em face de nós mesmos: tenho coisas desnecessárias ou supérfluas?
Evito tudo o que para mim significa luxo e mero capricho, ainda que não o sejam outros? Estou apegado às coisas ou instrumentos que devo utilizar no meu trabalho? Queixo-me quando não disponho do necessário? Levo uma vida sóbria, própria de uma pessoa que quer ser santa?
Faço gastos inúteis por precipitação ou falta de previsão? Pratico habitualmente a esmola, generosamente, sem avareza? Contribuo para a manutenção de alguma obra apostólica e para o culto da Igreja com uma ajuda proporcionada aos meus ganhos e despesas?
Estamos em plena Quaresma e somos chamados a entrar mais plenamente neste tempo propício de penitência e de conversão para bem celebrar a vitória sobre o pecado e a morte, com a Ressurreição do Senhor.
Que Santa Maria, nossa Mãe, ajude-nos a limpar e ordenar os afetos do nosso coração para que só o Seu filho reine nele. Agora e por toda a eternidade. Coração dulcíssimo de Maria, guardai o nosso coração e preparai-lhe um caminho seguro.
A12, 13-03-2015.
*Dom Orani João Tempesta é cardeal e arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ).

Evangelho do Dia

B - 25 de março de 2015

Lucas 1,26-38

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
A palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos sua glória que recebe de Deus Pai (Jo 1,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 1 26 "no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria".
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
MARIA, CHEIA DE GRAÇA
            A Igreja, refletindo sobre a mãe de Jesus, foi entendendo, pouco a pouco, toda a verdade desta figura singular. Neste processo, a Igreja chegou a professar que o pecado original, tendo marcado para sempre a história da humanidade, mas não lançou raízes no ser de Maria. Vivendo num mundo de egoísmo, ela não foi contaminada pelo pecado.
            Esta graça e privilégio, conferidos por Deus à mãe do Salvador, aconteceram por causa de Jesus Cristo. Deus preparou para receber seu Filho, que seria imune da culpa original, um ventre não corrompido pelo pecado. Maria, de certo modo, experimentou, por antecipação, o fruto da ação de seu filho Jesus, que viria ao mundo para salvar a humanidade do pecado. A mãe foi a primeira a tirar partido da missão do Filho. A santidade do Filho Jesus santificou todo o ser da mãe Maria, desde que fora concebida.
            A proclamação do anjo "Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo" fundamenta a total santidade de Maria. Sendo cheia de graça, nela não podia haver espaço para o pecado e para a infidelidade a Deus. E sua existência, desde o início, só podia ser total comunhão com Deus. Por outro lado, toda a vida de Maria foi marcada pela pessoa de Jesus, a quem estaria ligada desde o momento do anúncio da encarnação. A concepção imaculada é, pois, mais uma maravilha da graça de Deus na vida de Maria.
 
Leitura
Isaías 7,10-14;8,10
Leitura do livro do profeta Isaías.
Naqueles dias, 7 10 o Senhor disse ainda a Acaz:
11 "Pede ao Senhor teu Deus um sinal, seja do fundo da habitação dos mortos, seja lá do alto".
12 Acaz respondeu: "De maneira alguma! Não quero pôr o Senhor à prova".
13 Isaías respondeu: "Ouvi, casa de Davi: Não vos basta fatigar a paciência dos homens? Pretendeis cansar também o meu Deus?
14 Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel, 8 10 porque Deus está conosco".
Palavra do Senhor.
 
Salmo 39/40
Eis que venho fazer, com prazer,
a vossa vontade, Senhor!
 

Sacrifício e oblação não quisestes,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados,
e então eu vos disse: “Eis que venho!”

Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”

Boas novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fechei os meus lábios!

Proclamei toda a vossa justiça
sem retê-la no meu coração;
vosso auxílio e lealdade narrei.
Não calei vossa graça e verdade
na presença da grande assembleia.
 
Oração
Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 25 DE MARÇO - QUARTA-FEIRA

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – OFÍCIO DA SOLENIDADE)

Antífona de entrada:
Ao entrar no mundo, Cristo disse: Eis-me aqui, ó Pai, para fazer a tua vontade (Hb 10,5.7).
Oração do dia
Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 7,10-14;8,10)
Leitura do livro do profeta Isaías.
Naqueles dias, 7 10 o Senhor disse ainda a Acaz:
11 "Pede ao Senhor teu Deus um sinal, seja do fundo da habitação dos mortos, seja lá do alto".
12 Acaz respondeu: "De maneira alguma! Não quero pôr o Senhor à prova".
13 Isaías respondeu: "Ouvi, casa de Davi: Não vos basta fatigar a paciência dos homens? Pretendeis cansar também o meu Deus?
14 Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel, 8 10 porque Deus está conosco".
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 39/40
Eis que venho fazer, com prazer,
a vossa vontade, Senhor!
 

Sacrifício e oblação não quisestes,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados,
e então eu vos disse: “Eis que venho!”

Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”

Boas novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fechei os meus lábios!

Proclamei toda a vossa justiça
sem retê-la no meu coração;
vosso auxílio e lealdade narrei.
Não calei vossa graça e verdade
na presença da grande assemblEia.
 
Leitura (Hebreus 10,4-10)
Leitura da carta aos Hebreus.
Irmãos, 10 4 pois é impossível que o sangue de touros e de carneiros tire pecados.
5 Eis por que, ao entrar no mundo, Cristo diz: "Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo.
6 Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam.
7 Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade".
8 Disse primeiro: "Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado" (quer dizer, as imolações legais). 9 Em seguida, ajuntou: "Eis que venho para fazer a tua vontade". Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia. 10 Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.
 
Evangelho (Lucas 1,26-38)
Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!
A palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos sua glória que recebe de Deus Pai (Jo 1,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 1 26 "no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria".
28 Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo".
29 Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30 O anjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33 e o seu reino não terá fim".
34 Maria perguntou ao anjo: "Como se fará isso, pois não conheço homem?"
35 Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37 porque a Deus nenhuma coisa é impossível".
38 Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra". E o anjo afastou-se dela.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
MARIA, CHEIA DE GRAÇA
            A Igreja, refletindo sobre a mãe de Jesus, foi entendendo, pouco a pouco, toda a verdade desta figura singular. Neste processo, a Igreja chegou a professar que o pecado original, tendo marcado para sempre a história da humanidade, mas não lançou raízes no ser de Maria. Vivendo num mundo de egoísmo, ela não foi contaminada pelo pecado.
            Esta graça e privilégio, conferidos por Deus à mãe do Salvador, aconteceram por causa de Jesus Cristo. Deus preparou para receber seu Filho, que seria imune da culpa original, um ventre não corrompido pelo pecado. Maria, de certo modo, experimentou, por antecipação, o fruto da ação de seu filho Jesus, que viria ao mundo para salvar a humanidade do pecado. A mãe foi a primeira a tirar partido da missão do Filho. A santidade do Filho Jesus santificou todo o ser da mãe Maria, desde que fora concebida.
            A proclamação do anjo "Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo" fundamenta a total santidade de Maria. Sendo cheia de graça, nela não podia haver espaço para o pecado e para a infidelidade a Deus. E sua existência, desde o início, só podia ser total comunhão com Deus. Por outro lado, toda a vida de Maria foi marcada pela pessoa de Jesus, a quem estaria ligada desde o momento do anúncio da encarnação. A concepção imaculada é, pois, mais uma maravilha da graça de Deus na vida de Maria.
 

Oração
            Senhor Jesus, que a contemplação da concepção imaculada de tua mãe desperte em mim o desejo de romper, definitivamente, com o pecado que maculou a humanidade.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Recebei, ó Deus onipotente, as oferendas de vossa Igreja, que comemora a sua origem na encarnação do vosso Filho, celebrando com alegria este grande mistério. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio
(O Mistério da Encarnação)
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. A virgem Maria recebeu com fé o anúncio do anjo; e, à sombra do Espírito Santo, acolheu com amor, no seio puríssimo, aquele que, para salvar os seres humanos, quis nascer entre eles. Assim, cumpriram-se as promessas feitas a Israel e, de modo inefável, realizava-se a esperança das nações. Por esta razão, a multidão dos anjos e dos santos se alegra eternamente na vossa presença. Concedei-nos também a nós associar-nos aos seus louvores, cantando (dizendo) a uma só voz...
 
Antífona da comunhão:
A virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado: “Deus-conosco” (Is 7,14).
Depois da comunhão
Ó Deus, confirmai em nossos corações os mistérios da verdadeira fé, para que, proclamando verdadeiro Deus e verdadeiro homem aquele que nasceu da Virgem, cheguemos à felicidade eterna pelo poder da sua ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Oração à Virgem Maria, Mãe de Jesus

Virgem Maria, Mãe de Jesus,
Dá-me um pouco de tua força para minha fraqueza.
Um pouco da tua coragem para o meu desalento.
Um pouco da tua compreensão para o meu problema.
Um pouco da tua plenitude para o meu vazio.
Um pouco da tua rosa para o meu espinho.
Um pouco da tua certeza para a minha dúvida.
Um pouco do teu sol para o meu inverno.
Um pouco da tua disponibilidade para o meu cansaço.
Um pouco do teu rumo infinito para o meu extravio.
Um pouco da tua neve para o barro do meu pecado.
Um pouco da tua luminosidade para a minha noite.
Um pouco da tua alegria para a minha tristeza.
Um pouco da tua sabedoria para a minha ignorância.
Um pouco do teu amor para o meu rancor.
Um pouco da tua pureza para o meu pecado.
Um pouco da tua vida para a minha morte.
Um pouco da tua transparência para o meu escuro.
Um pouco do teu Filho Jesus para este teu filho pecador.
Com esses poucos, Senhora, eu terei tudo!
    Amem...

QUARESMA – TEMPO DE REFLEXÃO, PENITÊNCIA E ORAÇÃO.


“A quaresma 2015 tem início no dia 18 de fevereiro, com celebrações na quarta-feira de cinzas, que também dará início a Campanha da Fraternidade”
O que é quaresma?
A quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos e filhas de Deus.
A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência. É um tempo de reflexão, de penitência, de conversão espiritual; tempo e preparação para o mistério pascal.
Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos convida a viver a Quaresma como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.
40 dias
A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número quarenta na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias e Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, seguido de provações e dificuldades.
A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.

    Pastoral liturgica  2015  ano  B

 Paróquia  nossa  senhora  das  candeias  31  anos