terça-feira, 23 de abril de 2013

Coordenação de Pastoral promove 1º Encontro dos Secretários Paroquiais de 2013

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A Coordenação Arquidiocesana de Pastoral realiza no dia 29 de abril o 1º Encontro dos Secretários Paroquiais de 2013. O evento será no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O evento aconteceria no último dia 1º de abril, mas foi adiado por conta da Semana Santa.
O encontro, que tem início às 8h e segue até às 12h, contará com a participação do vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor José Albérico Bezerra. O valor da inscrição é R$ 20 para custear as despesas com o lanche. Mais informações pelo telefone 3271-4270, falar com Tereza. As inscrições poderão ser feitas no dia e local do evento.
1º Encontro dos Secretários Paroquiais
Local: Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital
Av. Afonso Olindense, 1764 – Várzea – Recife
Dia: 29 de abril
Horário: 8h às 12h
Informações: 3271-4270 (falar com Tereza)

Papa Francisco: “Ele nos guia no caminho da vida”

Após presidir a missa de ordenação de dez novos sacerdotes na manhã deste domingo, 21 de abril, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para recitar a oração do Regina Coeli.
Na sua alocução, que antecede a oração mariana, Francisco deteve-se no Evangelho do Bom Pastor deste quarto domingo da Páscoa, dizendo que “nos quatro versículos da leitura está toda a mensagem de Jesus, existe o núcleo central do seu Evangelho: Ele nos chama a participar da sua relação com o Pai, e esta é a vida eterna”.
“Jesus – diz o Santo Padre – quer estabelecer com os seus amigos uma relação que seja reflexo daquela que Ele mesmo tem com o Pai: uma relação de pertencer reciprocamente na plena confiança, na íntima comunhão. E para exprimir este entendimento profundo, esta relação de amizade, Jesus usa a imagem do pastor com as suas ovelhas: ele as chama e elas escutam a sua voz, respondem ao seu chamado e o seguem. É belíssima esta palavra” – exclama Francisco.
Ele explica, que “o mistério da voz é sugestivo: desde o ventre de nossa mãe aprendemos a reconhecer a sua voz e aquela do papai. Do tom de uma voz percebemos o amor ou o desprezo, o afeto ou a frieza. A voz de Jesus é única! Se aprendemos a distingui-la, Ele nos guia no caminho da vida, um caminho que ultrapassa também o abismo da morte”.
Após, o Papa destaca o versículo que fala que ‘foi Deus Pai que confiou a Jesus as ovelhas, que somos nós’, dizendo que “isto é um mistério muito profundo, não fácil de compreender. Se eu me sinto atraído por Jesus, se a sua voz aquece o meu coração, é graças a Deus Pai, que colocou dentro de mim o desejo de amor, de verdade, de vida de beleza…Jesus é tudo isto em plenitude”, afirma.
Francisco diz que muitas vezes Jesus nos chama, nos convida a segui-lo, mas acontece alguma coisa que não nos damos conta. Então dirigindo-se aos jovens presentes na Praça São Pedro, perguntou: “alguma vez vocês escutaram a voz do Senhor através um desejo, uma inquietação, convidando-os a segui-lo mais de perto? Já sentiram o desejo de serem apóstolos de Jesus? À juventude é necessário propor grandes ideais. Pergunte a Jesus que coisa ele quer de ti e seja corajoso. Atrás e antes de cada vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada, tem sempre a oração forte e intensa de alguém: de uma nona, de um nono, de uma mãe, de um pai, de uma comunidade…Por isto que disse Jesus: “Orai ao Senhor para que mande operários à sua messe”.
“As vocações – explica o Papa – nascem na oração e da oração; e somente na oração podem perseverar e dar fruto. Me agrada sublinhar isto hoje, que é o Dia Mundial de Oração pelas Vocações”.
Por fim, o Santo Padre pede orações pelos novos sacerdotes por ele ordenados na manhã de hoje, invocando a intercessão de Maria, que é a Mãe e a mulher do ‘sim’. Ela – disse o Papa – aprendeu a reconhecer a voz de Jesus desde que o levava no seu ventre. Maria nos ajude a conhecer sempre melhor a voz de Jesus e segui-la, para caminhar no caminho da vida”.
Ao final da oração do Regina Coeli, o Santo Padre fez um apelo pela paz na Venezuela: “Sigo com atenção os acontecimentos em curso na Venezuela. Os acompanho com viva preocupação, com intensa oração e com a esperança de que se encontrem caminhos justos e pacíficos para superar o momento de grave dificuldade que o país está atravessando. Convido o povo venezuelano, de modo particular os responsáveis institucionais e políticos, a rejeitar com firmeza qualquer tipo de violência e a estabelecer o diálogo baseado na verdade, no reconhecimento recíproco, na busca do bem comum e no amor pela nação.”
O Santo Padre também pediu aos fiéis para que rezem e trabalhem pela paz e confiou a Venezuela a Nossa senhora do Coromoto.
Papa Francisco, após, recordou as vítimas do terremoto na China.
Fonte: CNBB

Comissão revela documentos sobre morte do padre Henrique

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O argumento da ditadura militar de que o assassinato de padre Antônio Henrique Pereira Neto, em 26 de maio de 1969, foi um crime comum perdeu a sustentação. Com base em documentos confidenciais do Serviço Nacional de Informação (SNI) e do Centro de Informações da  Marinha (Cenimar), jamais divulgados, a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara afirmou nesta segunda-feira (22) não ter dúvidas do caráter político do crime. E que teria sido praticado por quatro pessoas. O nome dos acusados aparecem pela primeira vez em um documento confidencial do regime militar.

Os implicados, cujos nomes constavam no inquérito conduzido pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), seriam Rogério Matos do Nascimento, Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues, na época com 17 anos, Rivel Rocha e Humberto Serrano de Souza Esses dois últimos eram investigadores da Polícia Civil. E o nome deste nunca apareceu ao longo do processo que apura a morte do padre, que era assistente da arquidiocese para a juventude. Rivel, conhecido como Cabo Rocha, faleceu.

Dos quatro indicados apenas Rogério chegou a ser denunciado e preso. A retirada do nome dos outros, segundo a Comissão da Verdade, aconteceu com a intervenção do Ministério da Justiça no caso. O então ministro Alfredo Buzid enviou ao Recife um consultor jurídico que, conforme os documentos, conseguiu modificar o rumo dos indiciamentos junto ao promotor de Justiça José Ivens Peixoto de Carvalho.

Entre as provas de que o crime seria político, segundo o relator do processo, o advogado Henrique Mariano, estaria o documento recolhido pelo Cenimar  na sede da Equipos Docentes de América Latina (EDAL) e, em  Fortaleza (CE). O nome de padre Henrique aparece na lista dos integrantes da EDAl. Essa instituição, segundo o documento do Cenimar, recomendava aos seus membros que se engajassem com profundidade na vida social, econômica e política nos locais onde viviam.
Reportagem: Jailson Paz
Fonte: Diario de Pernambuco

Liturgia Diária

Dia 23 de Abril - Terça-feira

IV SEMANA DA PÁSCOA *
(Branco – Ofício do dia)

Antífona da entrada: Alegremo-nos, exultemos de demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Atos 11,19-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11 19 Entretanto, aqueles que foram dispersados pela perseguição que houve no tempo de Estêvão chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, pregando a palavra só aos judeus.
20 Alguns deles, porém, que eram de Chipre e de Cirene, entrando em Antioquia, dirigiram-se também aos gregos, anunciando-lhes o Evangelho do Senhor Jesus.
21 A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor.
22 A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia.
23 Ao chegar lá, alegrou-se, vendo a graça de Deus, e a todos exortava a perseverar no Senhor com firmeza de coração,
24 pois era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão uniu-se ao Senhor.
25 Em seguida, partiu Barnabé para Tarso, à procura de Saulo. Achou-o e levou-o para Antioquia.
26 Durante um ano inteiro eles tomaram parte nas reuniões da comunidade e instruíram grande multidão, de maneira que em Antioquia é que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados pelo nome de cristãos.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 86/87
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes.

O Senhor ama a cidade
que fundou no monte santo;
ama as portas de Sião
mais que as casas de Jacó.
Dizem coisas gloriosas
da cidade do Senhor.

Lembro o Egito e a Babilônia
entre os meus veneradores.
Na Filistéia ou em Tiro
ou nos país da Etiópia,
este ou aquele ali nasceu.
De Sião, porém, se diz:
“Nasceu nela todo homem;
Deus é sua segurança”.

Deus anota no seu livro,
onde inscreve os povos todos:
“Foi ali que estes nasceram”.
E por isso todos juntos
a cantar se alegrarão;
e, dançando, exclamarão:
“Estão em ti as nossas fontes!”
Evangelho (João 10,22-30)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz,
eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
10 22 Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno.
23 Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”.
25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu llhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O MESTRE É RECONHECIDO
Os judeus insistiam com Jesus, exigindo que ele afirmasse, abertamente, sua identidade de Messias. Jesus, porém, tinha motivos para não ceder a uma tal pressão. Existe um caminho muito simples para reconhecê-lo: prestar atenção nas obras que ele realiza!
Só consegue reconhecer Jesus a partir de suas obras, quem se faz discípulo dele. A condição de discípulo coloca o indivíduo na perspectiva justa para observar o agir de Jesus e tirar as conclusões a respeito de sua identidade. Como? Permitindo olhá-lo com benevolência, sem preconceitos, nem má intenção. Colocando-se em sintonia com o Senhor, o discípulo pode discernir quem, de fato, é Jesus. Igualmente, capacita-o para ler, nas entrelinhas da ação de Jesus, sua condição de Messias, realizador das antigas esperanças de Israel, restaurador da vida e da esperança. E mais, sua condição divina, pois, as obras que Jesus realiza são exclusivas de quem é o Filho de Deus.
Quem não se torna discípulo, ou seja, sua ovelha, não está em condições de reconhecê-lo como Messias, por mais prodigiosa que seja a obra realizada por Jesus. Quem não está predisposto a ser discípulo, não abre mão da posição já tomada, nem confessa a messianidade de Jesus. Por isso, não era oportuno perder tempo com tal tipo de gente. Se não quisessem crer nele a partir das obras, paciência!

Oração
Espírito do Messias, coloca-me na perspectiva justa, para reconhecer e confessar a messianidade do Filho Jesus.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus, que sempre nos alegremos por estes mistérios pascais, para que nos renovem constantemente e sejam fonte de eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Era preciso que Cristo padecesse e ressurgisse dos mortos para entrar na sua glória, aleluia! (Lc 24,46.26)
Depois da comunhão
Ouvi, ó Deus, as nossas preces, para que o intercâmbio de dons entre o céu e a terra, trazendo-nos a redenção, seja um auxílio para a vida presente e nos conquiste a alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JORGE
(Vermelho – Ofício da Memória)

Oração do dia: Ó deus, celebrando o vosso poder, nós vos pedimos que são Jorge seja tão pronto em socorrer-nos como o foi em imitar a paixão do Senhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Aceitai, ó Deus, os dons para o sacrifício de reconciliação e louvor que vos oferecemos na festa do mártir são Jorge, para que obtenhamos o perdão e permaneçamos em ação de graças. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Recebemos, ó Deus, os dons celestes, alegrando-nos pela festa de hoje. Assim como anunciamos nesta eucaristia a morte do vosso Filho, possamos participar, com os santos mártires, de sua ressurreição e sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JORGE):
A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta. Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil. A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque. Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão. De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano. São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente.

A batalha contra o espírito mau, nas palavras do papa


Segundo Francisco, "a maior conquista do diabo foi fazer-nos acreditar, nos dias de hoje, que ele não existe"
Nos ensinamentos do papa Francisco, o diabo tem planos mais cruéis do que apenas convencer as pessoas a romper com um dos Dez Mandamentos: “o inimigo” quer que o povo se sinta fraco, sem valor e sempre pronto para reclamar ou fofocar. A reportagem é de Cindy Wooden e publicada por Catholic News Service, em 18 de abril. A tradução é de Ana Carolina Azevedo.

Em seu primeiro mês de papado, o papa Francisco pregou continuamente o amor e a misericórdia de Deus, mas também mencionou com frequência o diabo e o prazer cafajeste dos promíscuos em situações em que o povo se desvia de Jesus e se foca apenas no que está errado a sua volta.

No livro "On Heaven and Earth" ("Sobre o Paraíso e a Terra", em tradução livre), originalmente publicado na Espanha em 2010, o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio disse: "Acredito que o diabo exista" e "sua maior conquista nos dias de hoje foi fazer-nos acreditar que não existe". "Seus frutos sempre são de destruição: separação, ódio e calúnia", disse no livro.
Como papa, seus comentários sobre o diabo refletem conhecimentos pastorais das tentações e injustiças que oprimem o povo, além de ecoar a espiritualidade inaciana que o formou como jesuíta, disse o padre jesuíta norte-americano Gerald Blaszczak, Secretário para Promoção da Fé da Sede Geral da Companhia de Jesus em Roma.

"O papa Francisco vem de uma tradição - a tradição jesuíta - em que a presença do espírito mau ou do ´inimigo de nossa natureza humana´ é mencionado com frequência”, disse o padre Blaszczak.

O jesuíta contou que, em quase todas as homilias do papa Francisco, o pontífice fala sobre “a batalha” que as pessoas enfrentam entre seguir Jesus, crucificado e renascido, e “tornar-se presa da negatividade, cinismo, desapontamento, tristeza, letargia" - e a tentação da “felicidade negra” em fofocar ou queixar-se de outros.

Nos Exercícios Espirituais do Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, e também em suas Regras para Discernimento dos Espíritos, semear pessimismo e desespero “é o modus operandi ‘do inimigo’”, disse o Padre Blaszczak.

Santo Inácio acreditava que seguir Cristo resulta na paz e harmonia dos sentidos, mesmo frente a desafios, disse o Padre. O inimigo não gosta disso e tenta romper com essa paz e harmonia, particularmente ao colocar os cristãos em tentação para focar sua atenção inteiramente em si mesmos e seus próprios problemas—reais ou percebidos—e fazendo-os duvidar de sua própria capacidade ou possibilidade de serem capazes de seguir o Senhor.

 “Nestas várias homilias do Papa Francisco, em que adverte o povo para que evite o desencorajamento, para que se agarrem à esperança, para que sigam com coragem e não se deixem cair na tentação da negatividade ou do cinismo, ele está utilizando essa ideia fundamental de Santo Inácio”, disse o Padre.

A explicação dos jesuítas para “o inimigo” na espiritualidade de Inácio pode ser vista em muitas das declarações do papa sobre o diabo, incluindo:

Em sua audiência geral semanal, em 17 de abril, o papa falou sobre Jesus estar sempre próximo, pronto para defender e perdoar. “Ele sempre nos defende do ardil do diabo, defende-nos de nós mesmos, de nossos pecados!”, disse o Papa. “Ele nos perdoa sempre, é o nosso advogado... Nunca nos esqueçamos disso”.

Em uma reunião com os Cardeais, em 15 de Março, o papa falou sobre como o Espírito Santo unifica e harmoniza a Igreja. "Não cedamos nunca ao pessimismo, nem à amargura que o diabo nos oferece a cada dia", disse o Papa. Ao invés disso, estejam certos de que o Espírito dá à Igreja “a coragem para perseverar”.

Em sua homilia no Domingo de Ramos, o Papa Francisco disse: “Um cristão não pode nunca se entristecer.” A alegria cristã vem de saber que Jesus está próximo, mesmo em tempos de prova, em que os problemas parecem insuperáveis. “Nesse momento, o inimigo - o diabo - vem, geralmente disfarçado de anjo, e sorrateiramente fala suas palavras a nós”.

Padre Blaszczak disse que a ideia de que o diabo possa se disfarçar como anjo também se encaixa nos ensinamentos de Santo Inácio, que disse que “o inimigo” frequentemente tenta corromper atrações e inclinações geralmente positivas — incluindo os desejos por amor ou conquista e uma atração pela beleza — para criar desespero ou “relações desordenadas”, que destroem a paz interior e acabam levando a pessoa a se distrair de servir e amar apenas a Deus.

Nos ensinamentos de Inácio, e naqueles do Papa Francisco, “há uma particularidade”, uma seriedade sobre “a campanha, a oposição ao mal”, e sobre a força e graça para resistir e fazer o que é certo, disse ele. As pessoas precisam discernir para onde Deus as chama, e seguir o chamado requer coragem e “uma disposição a aceitar o sofrimento e a rejeição”.
Inácio “nunca se afasta da cruz, o que significa que não há nada fácil quanto a isso. A tarefa envolve colocar-se em situações de dificuldades e tensão. Há um chamado contínuo para nos alinharmos à causa de Jesus, à causa do reino”, disse o jesuíta.
O fundador da Companhia estava convencido de que “seria o diabo aquele que tentaria dissuadir-nos, que diria: ‘Isso é bobagem. Isso não pode ser feito. Você não é bom o bastante. Você não poderia ser convocado a isso. Você não tem o que é preciso. Você não tem as características necessárias para fazer diferença na construção do reino’”.
Por outro lado, de acordo com padre Blaszczak, o papa Francisco - assim como Inácio - diria que o que Deus diz às pessoas é: “Sim, você é fraco. Eu sei quem você é, e eu convoco cada um de vocês para emprestar seus talentos e sua energia, seu compromisso, amor e dons para a causa do reino dos Céus”.
Apesar das aparências, disse o padre, o papa Francisco não estava focado no poder do diabo; mas as tentações são o lado realista da parte principal da mensagem do papa sobre “um mundo que está repleto da misericórdia, presença e fidelidade de Deus”.
Catholic News Service

Movimento Neocatecumenal quer levar 70 mil à JMJ


Rio de Janeiro - Participar de uma JMJ está entre os sonhos de muitos jovens. Desde o início do ano de 2012 que um grupo de 45 jovens, membros de algumas comunidades neocatecumenais da Paróquia Santos Nabor e Feliz de Milão em Itália, estão se preparando para a JMJ de julho no Rio de Janeiro.
Em primeiro lugar procurando preparar o coração através da oração e, por fim, resolver os mil problemas práticos ligados a uma viagem tão importante. A previsão, segundo os organizadores, é que o Movimento Neocatecumenal, como um todo, traga mais de 70 mil para a Jornada.
O primeiro obstáculo é a parte econômica, pois a passagem de avião custa mais de R$ 5.100 (aproximadamente 2.000 euros), valor que na Europa e em particular na Itália está muito acima das possibilidades de muitos jovens e das suas famílias. “No início pensávamos em não viajar porque a viagem era muito cara, exigia muito esforço e o meu namorado tinha decidido de não ir. Não tendo dinheiro e não querendo pedi-lo aos meus familiares isto me freava” – conta Sara, 20 anos, no primeiro ano da universidade – “Depois entendi que eram só desculpas. Se o Senhor me tinha feito o convite, eu deveria confiar Nele. E me coloquei no jogo!”.
Assim, Sara e outros jovens de Milão colocaram as mãos à obra. Para financiar a viagem eles estão organizando, envolvendo toda a família, três banquetes de tortas (mais de cem no total). Daqui até julho estão também previstas outras tantas vendas em frente à Igreja aos domingos - “graças aos nossos irmãos de comunidade temos conseguido muitos prêmios", conta Sara.
"Também na minha paróquia, um irmão que é dentista, por exemplo, colocou como prêmio uma limpeza de dentes, um oculista um par de óculos de sol, um pintor a pintura de um quarto e o valor conseguido com a venda dos bilhetes ajudou muito a baixar o custo da viagem, que estamos pagando a prazo. É bom ver a providência! Encontrei também um trabalho de babá e, até agora, pude evitar pedir um real que seja aos meus pais. Quero muito ir à JMJ porque também é um período de aridez espiritual para mim: espero encontrar o Senhor para que me confirme que ser cristã é viver na felicidade, e que só a Sua Palavra liberta”.
Outro dos jovens que se prepara para a JMJ é o Matteo. Ele tem 18 anos, está no último ano do Ensino Médio e é o mais velho de oito irmãos. “Inicialmente não queria viajar, a viagem era muito cara e também o Brasil me parecia um país com uma cultura muito longe da nossa, com tantos problemas de pobreza, a violência, as favelas... Então me veio em mente a JMJ de Madri, tinha sido uma experiência belíssima.” – explica Matteo.
“Assim, não sabendo o que decidir, abri a Bíblia ao acaso para encontrar uma inspiração e me saiu a passagem do Evangelho da figueira sem frutos que iria ser cortada... Me acertou! Pensei que o Rio, no fundo, poderia ser uma ocasião para que minha vida desse frutos. Assim, decidi me inscrever. E vi que o Senhor, desde quando me decidi, me tem dotado de tranquilidade. Estou convencido de que será uma experiência muito forte! Também pelo encontro com o Brasil, com a sua vivacidade e com os cristãos de lá. E então, aí, talvez o Senhor nos falará mais facilmente longe de casa e sem o peso de todas as nossas coisas”.
O caminho neocatecumenal é um itinerário de formação cristã, iniciado na Espanha em 1964, por iniciativa do pintor Kiko Argüello e de Carmen Hernández ao qual, mais tarde, se juntou o padre Mario Pezzi, como resposta às novas diretrizes trazidas pelo Concílio Vaticano II, proporcionando um caminho de redescoberta do batismo. Hoje, está presente em 110 países e conta com 95 seminários diocesanos Redemptoris Mater, espalhados por todo o mundo, sendo três deles no Brasil (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro). Conta ainda com inúmeras famílias em missão, enviadas a todo o mundo para promover a implantação da Igreja onde ela não existe.
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A Igreja da América Latina em condição singular


Fiéis argentinos celebram a escolha do Papa Francisco: novos tempos para a Igreja na América Latina
Compartilhando a alegria do primeiro pontífice da América Latina, cujo exemplo e palavras mostram o que o papa Francisco quer “de todos os pastores latino-americanos e do mundo”, o prefeito da Congregação para os Bispos, o cardeal Marc Oullet, que também é presidente da Pontifícia Comissão para América Latina – CAL – dirigiu uma "Mensagem a todos os Episcopados da América Latina".
O documento celebra o primeiro mês de Pontificado, ressaltando o que "Francisco espera de todos nós: essa proximidade misericordiosa, muito compenetrada com as necessidades, sofrimentos e esperanças dos povos, especialmente dos pobres e dos que sofrem, para comunicar-lhes a salvação que vem de Jesus Cristo, o Verbo feito carne”. A mensagem foi publicada no sítio Religión Digital, em 20 de abril.

"Um mês da eleição do papa Francisco, desejo vivamente alegrar-me com todo o Episcopado Latino-americano. Compartilhamos a alegria diante do fato inédito, na história da Igreja, do primeiro Pontífice que vem da América Latina. As comunidades cristãs e os povos latino-americanos devem se sentir, especialmente, muito próximos a este filho seu e pastor que Deus chamou a ser o Sucessor de Pedro.

Como resposta para a reiterada solicitação do papa, de rezar por ele, não duvido que se realizará, em todo vosso ´continente de esperança´, uma campanha de orações para que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, por intercessão de sua Mãe Santíssima, a sustente e ilumine no ministério que lhe foi confiado.
A providência de Deus colocou a Igreja da América Latina numa situação muito singular, que aumenta suas exigências e responsabilidades. O exemplo e as palavras do papa Francisco já estão mostrando o que ele quer de todos os pastores na América Latina e no mundo inteiro. Espera de todos nós essa proximidade misericordiosa muito compenetrada com as necessidades, sofrimentos e esperanças dos povos, especialmente dos pobres e dos que sofrem, para comunicar-lhes a salvação que vem de Jesus Cristo, o Verbo feito carne.
A Igreja na América Latina, e especialmente seus bispos, não pode não se indagar profundamente a respeito do significado de um papa latino-americano para sua vida e missão. O que isso significa para a ´missão continental´, que certamente o papa Francisco leva em seu coração? O que significa para o discipulado em suas comunidades cristãs? O que significa para o bem de seus povos e nações? O que significa para a solicitude apostólica universal da Igreja latino-americana e sua colaboração com o ministério universal do Sucessor de Pedro, para irradiar o Evangelho a todos os confins da terra? São perguntas inescapáveis que merecem suscitar uma reflexão muito séria, em nível de cada Igreja particular, do Episcopado, em nível nacional, e do próprio CELAM. Parece-me fundamental compartilhar, hoje, estas perguntas e reflexões.
Especialmente, o papa Francisco espera que se manifestem renovados ímpetos de santidade e verdade, de comunhão e evangelização, de caridade e solidariedade, como um salto de qualidade cristã em todas as comunidades católicas latino-americanas. Isso será a expressão mais significativa dessa comunhão afetiva e efetiva com o novo pontífice".
Religión Digital