quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Horário da Santa Missa na Matriz Nossa Senhora das Candeias

31/12 – Quarta-feira  
Missa (na Matriz) às 17h30


31/12 – Quarta-feira 
Missa (na Orla) às 19h30 
com o Arcebispo Dom Fernando Saburido


O simbolismo dos Reis Magos


Para eles, Jesus é a estrela que orienta os caminhos da humanidade.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto*

Passadas as festas natalinas e de fim do ano civil, a vida continua com as mesmas exigências de sempre, retomando os passos de sua trajetória normal. A esperança deve ser das melhores, não deixando passar despercebidas as datas que nos envolvem e querem de nós posturas de responsabilidade para construir o que for melhor.

Na liturgia católica é dado destaque ao Domingo da Epifania do Senhor, quando o Menino do Natal passa a se manifestar para o mundo. Ele é visitado, não só pelos pastores que rodeavam a Gruta da Belém, mas também por Reis vindos do Oriente, que se deixaram orientar por uma estrela, que os conduziu até o encontro do Rei Menino-Deus.

Para os Reis Magos do Oriente, Jesus é a estrela que orienta os caminhos da humanidade. Isto significa que a esperança não vem de Jerusalém e nem de Roma, mas de Belém, onde estava a verdadeira luz da estrela que brilha para todo o mundo que reconhece em Jesus o Filho de Deus. Os Reis Magos não duvidaram dessa realidade que os envolveu.

A manifestação de Deus não se deu na majestade de Herodes, mas na simplicidade e singeleza de um Menino pobre sem onde reclinar a cabeça. Belém tornou-se o centro do mundo, porque ali passou a brilhar a luz na escuridão que pairava na humanidade. Dali surge a oportunidade da libertação verdadeira, potencializando as pessoas para uma vida digna.

Jesus é o Messias universal e “rei dos judeus”, mas que não foi percebido como tal por esse povo. Não foi visto como luz e tiveram medo de encontrá-lo. Por isso o Rei Herodes mandou matar todas as crianças supondo eliminar também o novo Rei, proclamado pelos profetas. A perda de poder é afronta para quem é incapaz de se submeter à ação de outros.

Contemplamos a grandeza de Deus, a de “Herodes”, e a fragilidade de uma criança no menino Jesus. Pensamos em milhões de crianças abandonadas e destinadas às drogas, à prostituição, nas mortas pela fome, doença, guerra, aborto, órgãos extraídos, fetos usados para produzir células para rejuvenescer velhos ricaços.
*Dom Paulo Mendes Peixoto é arcebispo de Uberaba.

Evangelho do Dia

Ano A - 31 de dezembro de 2014

João 1,1-18

Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus.
3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.
4 Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.
10 Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu.
11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
12 Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus,
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João dá testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim’”.
16 Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça.
17 Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
18 Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
A TENDA DIVINA ARMADA ENTRE NÓS
Só uma reflexão atenta sobre o nascimento de Jesus permitiu ao evangelista compreender, em profundidade, o que se passou na humildade de Belém. Aí, o Filho de Deus armou sua tenda entre nós, na qualidade de enviado para nos falar de Deus e nos levar a conhecê-lo. Ele veio para nos transmitir tudo quanto aprendeu do Pai.
Sua condição divina foi descrita num linguajar elevado. Ele era a Palavra de Deus, estava em Deus e gozava da condição divina. Toda a Criação traz a sua marca, por ser obra sua. Nenhum ser existe independente de seu querer, pois nele estava a fonte da vida. Foi ele que arrancou o ser humano das trevas do erro, sendo uma luz brilhando nas trevas. Desde então, toda pessoa pode beneficiar-se desta luz, oferecida abundantemente.
Fazendo-se carne, em Jesus de Nazaré, a Palavra divina tornou-se visível. E assim, toda a humanidade passou a ter acesso a Deus, de maneira nova, por meio do Filho único, “cheio de graça e verdade”. Só ele pode nos falar do Pai.
Todas estas credenciais não foram suficientes para que os seus acolhessem Jesus. Antes, movidos pelas paixões humanas – “a vontade da carne” –, muitos o rejeitaram recusando-se a partilhar da plenitude que lhes tinha sido oferecida.
Contudo, a insensatez humana não foi suficientemente forte para anular o projeto do Pai. A tenda do Verbo encarnado continua armada entre nós. Aproximemo-nos dela!

Oração

Pai, em teu Filho Jesus tu te fazes presente no meio de nós. Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te na fragilidade humana do Verbo encarnado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
1 João 2,18-21
Leitura da primeira carta de são João.
2 18 Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora.
19 Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos.
20 Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas as coisas.
21 Não vos escrevi como se ignorásseis a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
Palavra do Senhor.
Salmo 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!
Dia após dia anunciai sua salvação.

O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
os campos com seus frutos rejubilem
e exultem as florestas e as matas.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que estabelecestes o princípio e a plenitude de toda a religião na encarnação do vosso Filho, concedei que sejamos contados entre os discípulos daquele que é toda a salvação da humanidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 31 DE DEZEMBRO - QUARTA-FEIRA

OITAVA DO NATAL *
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado mensageiro do conselho de Deus (Is 9,6).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que estabelecestes o princípio e a plenitude de toda a religião na encarnação do vosso Filho, concedei que sejamos contados entre os discípulos daquele que é toda a salvação da humanidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 João 2,18-21)
Leitura da primeira carta de são João.
2 18 Filhinhos, esta é a última hora. Vós ouvistes dizer que o Anticristo vem. Eis que já há muitos anticristos, por isto conhecemos que é a última hora.
19 Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos.
20 Vós, porém, tendes a unção do Santo e sabeis todas as coisas.
21 Não vos escrevi como se ignorásseis a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!
Dia após dia anunciai sua salvação.

O céu se rejubile e exulte a terra,
aplauda o mar com o que vive em suas águas;
os campos com seus frutos rejubilem
e exultem as florestas e as matas.

Na presença do Senhor, pois ele vem,
porque vem para julgar a terra inteira.
Governará o mundo todo com justiça,
e os povos julgará com lealdade.
Evangelho (João 1,1-18)
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
1 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio junto de Deus.
3 Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.
4 Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
7 Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele.
8 Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.
10 Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu.
11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
12 Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus,
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.
15 João dá testemunho dele, e exclama: “Eis aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim é maior do que eu, porque existia antes de mim’”.
16 Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça.
17 Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
18 Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A TENDA DIVINA ARMADA ENTRE NÓS
Só uma reflexão atenta sobre o nascimento de Jesus permitiu ao evangelista compreender, em profundidade, o que se passou na humildade de Belém. Aí, o Filho de Deus armou sua tenda entre nós, na qualidade de enviado para nos falar de Deus e nos levar a conhecê-lo. Ele veio para nos transmitir tudo quanto aprendeu do Pai.
Sua condição divina foi descrita num linguajar elevado. Ele era a Palavra de Deus, estava em Deus e gozava da condição divina. Toda a Criação traz a sua marca, por ser obra sua. Nenhum ser existe independente de seu querer, pois nele estava a fonte da vida. Foi ele que arrancou o ser humano das trevas do erro, sendo uma luz brilhando nas trevas. Desde então, toda pessoa pode beneficiar-se desta luz, oferecida abundantemente.
Fazendo-se carne, em Jesus de Nazaré, a Palavra divina tornou-se visível. E assim, toda a humanidade passou a ter acesso a Deus, de maneira nova, por meio do Filho único, “cheio de graça e verdade”. Só ele pode nos falar do Pai.
Todas estas credenciais não foram suficientes para que os seus acolhessem Jesus. Antes, movidos pelas paixões humanas – “a vontade da carne” –, muitos o rejeitaram recusando-se a partilhar da plenitude que lhes tinha sido oferecida.
Contudo, a insensatez humana não foi suficientemente forte para anular o projeto do Pai. A tenda do Verbo encarnado continua armada entre nós. Aproximemo-nos dela!

Oração

Pai, em teu Filho Jesus tu te fazes presente no meio de nós. Que eu saiba reconhecer-te e acolher-te na fragilidade humana do Verbo encarnado.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Concedei, ó Deus todo-poderoso, fonte da verdadeira piedade e da paz, que nos honremos dignamente com estes dons e, pela participação nestes mistérios, reforcemos os laços que nos unem. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Deus enviou ao mundo o seu filho único, para que vivamos por ele (1Jo 4,9).
Depois da comunhão
Ó Deus, que o vosso povo, sustentado com tantas graças, possa receber hoje e sempre os dons do vosso amor para que, confortado pelos bens transitórios, busque mais confiantemente os bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO SILVESTRI I
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Vinde, ó Deus, em auxílio do vosso povo, para que, conduzido por vós nesta vida, mediante a intercessão do papa são Sivestre, possa chegar à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Ó Deus, seja-nos proveitoso, na festa do papa são Silvestre, este santo sacrifício que, ao ser oferecido na cruz, libertou do pecado o mundo inteiro. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Senhor nosso Deus, nós vos pedimos que os dons recebidos na festa do papa são Silvestre realizem em nós os seus efeitos, para que sejam sustento de nossa vida mortal e nos obtenham o prêmio da alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO SILVESTRI I):
A Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu da clandestinidade, no século IV, sob o império do imperador bizantino Constantino, que se converteu à fé em Cristo. Desse modo, o cristianismo se expandiu livremente, tendo no comando da Igreja um papa à altura para estruturá-lo como uma organização eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um romano eleito em 314. Tanto assim que sobreviveu a muitas outras turbulências para chegar, triunfante, ao terceiro milênio. Embora o imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o cristianismo ainda não estava em completa paz. Até o imperador convertido foi convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o credo contra a heresia ariana. Tudo isso acontecia com o papa Silvestre I já bem idoso. Como não agüentaria a viagem, mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o bispo Ósio, de Córdoba, e mais dois sacerdotes assessores. Como havia harmonia entre o papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados também no sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse papa. A construção mais importante, sem dúvida, foi a basílica em honra de são Pedro, no monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez aumentar muito a importância e o significado de a construção dedicada a Pedro ter sido feita ali. Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo Extra-Muro, e também a dedicada a são João, em Roma. Também por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas esses atos não ocorreram porque Constantino tinha-se convertido ou por interferência de sua mãe Helena: o grande mérito se deve ao trabalho do papa Silvestre I. Podemos analisar melhor com a atitude de Constantino, que nunca se deixou batizar. A conversão total veio no leito de morte, quando pediu o batismo e recebeu a comunhão. Constantino está, agora, incluído no livro dos santos, ao lado de sua mãe. Quanto ao papa são Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o cristianismo. No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é celebrado dois dias depois.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Campanha da Fraternidade será ecumênica


Em 2016, o objetivo será chamar atenção para o saneamento básico no Brasil.
A ação da CF 2016 será coordenada pelo Conic.
BRASÍLIA - A Campanha da Fraternidade de 2016 será ecumênica, ou seja, reunirá outras igrejas cristãs além da católica. Tal como nas três versões anteriores, a ação será coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). Uma das maiores novidades para esta IV edição é que ela deverá transpor fronteiras nacionais, já que contará com a participação da Misereor - entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina.

O objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico que, no Brasil, caminha a passos lentos – apesar da importância do mesmo para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos. “Casa comum, nossa responsabilidade” será o tema da Campanha.

O lema bíblico para apoiar esta escolha a baseia-se em Amós 5:24, que diz: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. Ambos, tema e lema, foram definidos em uma reunião realizada em São Paulo, entre os dias 4 e 6 de novembro, reunindo membros da Comissão da Campanha e representantes da Misereor. 

Histórico

A primeira CFE foi organizada no ano 2000, e teve como tema “Dignidade humana e paz”, e o lema escolhido foi: “Novo milênio sem exclusões”. A segunda edição, em 2005, falou sobre “Solidariedade e paz”, com o lema: “Felizes os que promovem a paz”. Em 2010, o tema versou sobre “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.

CF 2015

Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II. O lançamento oficial será no dia 18 de fevereiro, às 10h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
A12/SIR

Evangelho do Dia

Ano A - 30 de dezembro de 2014

Lucas 2,36-40

Aleluia, aleluia, aleluia.
Um dia sagrado brilhou para nós: nações, vinde todas adorar o Senhor: pois hoje desceu grande luz sobre a terra!


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 36 havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
UMA PLÊIADE DE JUSTOSA profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor”. Isabel, “cheia do Espírito Santo”, proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, “desde o ventre materno”, esteve cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do Altíssimo”, cujos caminhos haveria de preparar. Maria reconheceu-se “humilde serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra. Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos da purificação). Simeão é apresentado como um homem “justo e piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem ver o Cristo do Senhor”. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias.
Ana, por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças de Israel.

OraçãoPai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
1 João 2,12-17
Leitura da primeira carta de são João.
2 12 Filhinhos, eu vos escrevo, porque vossos pecados vos foram perdoados pelo seu nome.
13 Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque vencestes o Maligno.
14 Crianças, eu vos escrevo, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno.
15 Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai.
16 Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo.
17 O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente.
Palavra do Senhor.
Salmo 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Ó família das nações, daí ao Senhor,
ó nações, daí ao Senhor poder e glória,
dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!

Oferecei um sacrifício nos seus átrios,
adorai-o no esplendor da santidade,
terra inteira, estremecei diante dele!

Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”
Ele firmou o universo inabalável,
e os povos ele julga com justiça.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que o novo nascimento de vosso Filho como homem nos liberte da antiga escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 30 DE DEZEMBRO - TERÇA-FEIRA

OITAVA DO NATAL 
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DO NATAL – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Enquanto um profundo silêncio envolvia o universo e a noite ia no meio do seu curso, desceu do céu, ó Deus, do seu trono real, a vossa palavra onipotente (Sb 18,14s).
Oração do dia
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que o novo nascimento de vosso Filho como homem nos liberte da antiga escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 João 2,12-17)
Leitura da primeira carta de são João. 
2 12 Filhinhos, eu vos escrevo, porque vossos pecados vos foram perdoados pelo seu nome. 
13 Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque vencestes o Maligno. 
14 Crianças, eu vos escrevo, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes e a palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno. 
15 Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. 
16 Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo. 
17 O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Ó família das nações, daí ao Senhor, 
ó nações, daí ao Senhor poder e glória,
dai-lhe a glória que é devida ao seu nome!

Oferecei um sacrifício nos seus átrios,
adorai-o no esplendor da santidade,
terra inteira, estremecei diante dele!

Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”
Ele firmou o universo inabalável, 
e os povos ele julga com justiça.
Evangelho (Lucas 2,36-40)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Um dia sagrado brilhou para nós: nações, vinde todas adorar o Senhor: pois hoje desceu grande luz sobre a terra!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 36 havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
UMA PLÊIADE DE JUSTOS
A profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel afirmou-se que eram “justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor”. Isabel, “cheia do Espírito Santo”, proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, “desde o ventre materno”, esteve cheio do Espírito Santo, destinado a ser “profeta do Altíssimo”, cujos caminhos haveria de preparar. Maria reconheceu-se “humilde serva do Senhor”, disposta a cumprir em tudo a sua santa palavra. Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos da purificação). Simeão é apresentado como um homem “justo e piedoso”, que esperava a realização das promessas divinas feitas a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer “sem ver o Cristo do Senhor”. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias.
Ana, por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças de Israel.

Oração
Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que alcancemos nos celestes sacramentos o que professamos por nossa fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça (Jo 1,16).
Depois da comunhão
Ó Deus, que, pela nossa participação neste sacramento, entrais em comunhão conosco, fazei que sua graça frutifique em nós e possamos conformar nossa vida aos dons que recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.

Papa: qualidade de vida é termo mentiroso


O papa Francisco afirmou nesta terça-feira (30) que é uma "grande mentira" o que a sociedade diz ser uma vida perfeita e plena.
O mensagem dita pelo papa foi no dia dos enfermos
Segundo o Pontífice, aquilo "que fica oculto atrás de certas expressões, que insistem na qualidade de vida, fazem com que se acredite que aqueles que estão gravemente doentes não têm vidas dignas de serem vividas". A afirmação foi feita em uma mensagem que será enviada no dia 11 de fevereiro, quando é celebrado o Dia Mundial dos Enfermos.

O líder da Igreja Católica ainda elogiou a postura das pessoas que abrem mão de tudo para cuidar de alguém enfermo. De acordo com ele, "as pessoas que estão imersas no mistério do sofrimento e de dor, acolhidos pela fé, podem se transformar em testemunhos vivos de uma fé que permite habitar o mesmo sofrimento de maneira que o homem, com sua própria inteligência, não seja capaz de compreender isso até o fim".

Jorge Bergoglio ainda condenou que faz essa ajuda "para converter" outra pessoa na fé e disse que a verdadeira caridade "não faz julgamentos ou tenta a conversão". Ele ainda lembrou seu tema mais recorrente em 2014 e combateu a "cultura do descarte" da sociedade moderna.

"O nosso mundo esquece, às vezes, o valor especial do tempo passado deitado em um leito de doente porque ele é atormentado pela pressa, pelo frenesi de fazer, produzir. Assim, esquece o tamanho da gratuidade, de cuidar e de assumir o controle do outro", finalizou Bergoglio.
 
Ansa

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Santos Inocentes


Artigo de Cardeal Orani Tempesta

Anualmente, dentro da Oitava de Natal, celebramos várias festas que nos fazem refletir sobre as consequências do Mistério da Encarnação. Uma delas nos ajuda a nos comprometermos com a dignidade da vida humana: trata-se da festa dos Santos Inocentes, instituída pelo Papa São Pio V. Esta festa encontra o seu fundamento nas Sagradas Escrituras. Quando os Magos chegaram a Belém, guiados pela estrela, “encontraram o Menino com Maria e, prostrando-se, adoraram-No e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes – ouro, incenso e mirra. E, tendo recebido aviso em sonhos para não retornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: ‘Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para matá-lo’. E ele, levantando-se de noite, tomou o Menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito. E lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se, desse modo, o que tinha sido dito pelo Senhor por meio do profeta, que disse: ‘Do Egito chamei o meu filho’. Então Herodes, vendo que tinha sido enganado pelos Magos, irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e arredores, de dois anos para baixo, segundo a data que tinha averiguado dos Magos. Então cumpriu-se o que estava predito pelo profeta Jeremias: ‘Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações: Raquel chorando os seus filhos, sem admitir consolação, porque já não existem'” (Mt 2,11-20).
Na Idade Média, nas dioceses que possuía escola de meninos de coro, a festa dos Inocentes ficou sendo deles. Eles assumiam os cânticos solenes no lugar dos Cônegos do cabido nesse dia.

A Igreja recorda hoje, portanto, os Santos Inocentes Mártires, as crianças mortas pelo rei Herodes, quando, após ouvir dos reis Magos que procuravam pelo “Rei dos Judeus”, buscou eliminar Jesus.

A violência de Herodes não consistiu somente na matança de inocentes inermes, mas também na execração de arrancá-los, ainda infantes, do colo de suas mães que, apavoradas, seguramente se esforçaram com a intrepidez própria dos desesperados por defendê-los e salvá-los. Os melhores artistas, ao longo dos séculos, pintaram em telas eloquentíssimas esse terror.

Muitos parecem pensar que nos dias de hoje não é possível que existam personagens sinistras como Herodes, pelo menos no que diz respeito a alguns âmbitos da realidade. Por outro lado, embora aceitem como uma evidência todo o progresso cultural, científico e tecnológico não admitem como executável uma intensificação ou um aprofundamento do maquiavelismo, nem que este se possa refinar nos seus métodos. Porém, atualmente, inúmeras são as violências contra os menores em todo o mundo: abusos sexuais, exploração nas guerras, no trabalho, mortes por causa de transplantes de órgãos, além da barbárie do aborto.

Qualquer mulher que sabe que está grávida não pode deixar de conhecer que traz um filho no seu seio. Para abortá-lo, normalmente inicia um processo mental de desumanização do filho, de modo a poder dar esse terrível passo. Por isso, um nominalismo atravessa os documentos como interrupção da gravidez, dizendo que tudo não passa de um “amontoado” de células. Mas a verdade é que, segundo o testemunho de gente agora convertida que antes trabalhou durante anos nesses centros de morte, muitas vezes as primeiras palavras que a mãe que abortou diz, quando na sala de recobro, são: “Ah meu Deus, acabei de matar o meu filho”!

A festa de hoje também é um convite a refletirmos sobre a situação atual desses milhões de “pequenos inocentes”: crianças vítimas do descaso, do aborto, da fome e da violência. Quantas são enviadas para as guerras! Muitas morrem nos bombardeios das cidades. Milhares se encontram em campos de refugiados. Olhemos ao nosso redor, nossas ruas e praças: quantas crianças abandonadas sem famílias e sem teto! Muitas comunidades e organizações trabalham nessa direção e viram verdadeiros milagres acontecerem.

Que o nosso empenho pela vida plena das crianças seja o nosso desafio para dar esperança de tempos melhores para nossa sociedade em busca da paz! Somos anunciadores de esperança e construtores da Paz com Cristo.  Rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades, para que se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às nossas crianças, pois delas é o Reino dos Céus. Por estes pequeninos, sobretudo, é que nós, cristãos, aspiramos a um mundo mais justo e solidário.

Santos Inocentes, roguem por nós!
SIR

O valor da vida humana


Lembro as palavras de Jesus Cristo: 'Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância'.
Por Dom Gil Antônio Moreira*

Ao chegar o tempo do Natal, naturalmente recordamos o valor da vida humana. Deus quis também se tornar homem enviando seu Filho amado que nasceu do seio de Maria Virgem. Tal fato dignifica e sacraliza a vida humana.

Vem à tona, por outro lado, as questões da bioética.

Esse termo surgiu por volta dos anos 70, nos Estados Unidos, após o aparecimento de tantos dados novos relacionados à vida graças ao amplo progresso da ciência médica. Trata-se de estabelecer princípios éticos na manipulação de dados relacionados com a vida, sobretudo com a vida humana. A descoberta da composição das células, realizada pelo Monge católico Mendel, da ordem agostiniana, em meados do século XIX, possibilitou um enorme avanço da ciência, pois suas pesquisas revelaram como se transmitem os caracteres humanos de pais para filhos, através dos genes. Viu Mendel que os primeiros minutos da existência de um novo ser humano, a partir do momento da concepção, já são determinantes para toda a sua vida. O avanço da ciência é algo maravilhoso que constituiu uma verdadeira bênção de Deus para a humanidade.

Mais recentemente se descobriu a ação das células-tronco. O uso de tais células no tratamento de várias doenças representará a solução para inumeráveis casos tidos antes como insolúveis. Isso é maravilhoso! Porém há um grande problema: a busca de células-tronco em embriões humanos. Para aproveitá-las, deve-se matar o embrião. Isto é imoral, pois o embrião é uma verdadeira pessoa desde o momento de sua concepção, segundo ensina a própria ciência. A coisa se torna ainda mais grave quando se sabe que a criação de embriões humanos em bancos de reserva genética é um negócio imensamente lucrativo, embora escandalosamente desonesto.

Contudo, podem-se obter estas células em tecidos adultos, inclusive com melhor comportamento terapêutico que as embrionárias, uma vez que estas últimas são muito ativas, destinadas a construir o organismo todo e quando transferidas acabam gerando tumores em lugar de curar doenças. Não haveria, portanto, nenhuma razão para se optar pelas células embrionárias. Infelizmente no Brasil, muito desacertadamente, se aprovou há alguns anos a lei da biossegurança, página inconveniente de nossa história.

O problema está relacionado com a gravíssima questão do aborto, que será sempre um crime e um grave pecado. Tramitam no Congresso brasileiro projetos de lei que pretendem descriminalizar o aborto. Descriminalizar significa declarar que não será mais crime cometer aborto voluntário, ou seja, deixaria de ser crime matar as crianças antes de seu nascimento. Por mais argumentos que arranjem os abortistas e os aborteiros, nunca terão condição de negar esta verdade: aborto é a eliminação violenta de uma ou mais vidas humanas. Com o emprego de eufemismos tais como interrupção da gravidez, descriminalização, ou despenalização do aborto, gravidez assistida, direito da mulher sobre o seu corpo e outros, vai se tentando no Brasil legalizar a prática hedionda do abortamento de seres humanos.

Leve-se em conta que a criança gerada no seio materno não é parte do corpo da mãe, mas é outro ser humano distinto dela. Nenhuma mulher tem direito de assassinar ou causar a morte de seu filho. Se a mãe matasse um filho de três meses depois de nascido, seria certamente considerada um monstro. Mas, como aceitar que se possa matar sua criança três, seis ou nove meses antes de nascer?!

Tratando-se de bioética, outros temas são hoje objeto de estudo e de preocupações, como a eutanásia, o abortamento de anencéfalos, a fecundação in vitro e outros, mas ficam para uma próxima oportunidade. Concluo esta parte, lembrando a palavra de Jesus Cristo que nos pode iluminar em toda as questões: Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância. (Jo 10,10)

Que neste Natal você possa celebrar vitórias da vida.
CNBB, 16-12-2014.

A comunicação do Evangelho


A formação do povo de Deus exige mais dos evangelizadores. Estamos mal de pregação. É necessário mais conteúdo.
Por Luiz Carlos de Oliveira*

O enriquecimento da comunicação atual trouxe para dentro de nossa casa o mundo que era distante.  Pregamos o mesmo evangelho pregado pelos apóstolos com os meios atuais.

O papa Francisco alerta para alguns riscos: “algumas questões fundamentais que fazem parte da doutrina moral da Igreja e ficam fora do contexto que lhes dá sentido. Pior quando os aspectos secundários por si só não manifestam o núcleo da mensagem de Cristo” (EG 34).

A velocidade da comunicação pode não favorecer chegar ao mais importante do Evangelho ficando somente em aspectos secundários. O anúncio deve ir ao conteúdo que é a transformação da pessoa em uma nova criatura.

Não basta apresentar somente frases bonitas de autoajuda, slogans, imagens que comovem, mas não movem.  Tudo é muito bom, mas não é completo. O que mais assusta é o desconhecimento de pontos básicos e fundamentais da doutrina da Igreja.

O povo não foi bem catequizado. Por isso mesmo não se pode exigir um conhecimento que não receberam nem dar por suposto o conhecimento da doutrina. Urge então ir ao coração do Evangelho que é a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo, morto e ressuscitado (EG 16).

As verdades da fé e da moral estão unidas e conduzem ao essencial. Jesus resume todo seu ensinamento no amor. Não é uma conversa mole para amaciar o coração, mas tem em Jesus e em sua entrega na cruz o ponto central que dá sentido a tudo mais.

É bom saber de cor (significa coração) a doutrina, mas é necessário levá-la ao coração. S. Paulo insiste no fundamental que é “a fé que age pelo amor” (Gl 5,6). A fé e o amor estão intimamente unidos, se complementam e se explicam.

Misericórdia é amor

Santo Tomás explica esse fundamento da fé: “O elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo que se manifesta através da fé que opera pelo amor”.  O nome do amor é misericórdia. Ela é a maior das virtudes. Ela é o primeiro culto, pois é o que mais agrada a Deus, uma vez que garante o bem ao próximo (Idem).

Vivemos uma religião egoísta e intimista. Pensamos só em nós, quando o verdadeiro bem é pensar nos outros.  O Papa Francisco continua afirmando que esta é a atitude de quem é superior. Como estamos no lugar de Deus, o poder que nos foi dado é usar seu poder de misericórdia e não de dominação.

É poder de debruçar-se sobre os outros. Lembramos a parábola do bom samaritano: “Quem foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos bandidos? Aquele que usou de misericórdia (Lc 10,37). A conclusão da parábola é mais clara: “Vai, e faze o mesmo”.

Anúncio vivido 

A transmissão da Palavra exige uma proporção, isto é, percorrer os diversos temas da doutrina. A formação do povo de Deus exige mais dos evangelizadores. Estamos mal de pregação. É necessário mais conteúdo. Essa parte, reservada em particular aos padres e bispos, necessita de maior atenção. Há muitos que reclamam que não levam nada da celebração.

Também o pregador deve ser ouvinte da Palavra, não somente um transmissor. Somos os primeiros ouvintes da Palavra. O Papa encerra o texto: “Não podemos pregar ideologias, pois a mensagem correrá o risco de perder o seu frescor e já não ter o “perfume do Evangelho” (EG 39).

Há ideologias de esquerda e também de direita. Podemos ter certeza que conseguiremos anunciar quando acreditamos em Cristo com a fé de discípulo. Se anunciarmos o coração do Evangelho, poderemos garantir a força do anúncio vivido.
A12, 23-12-2014.
*Luiz Carlos de Oliveira é padre.

Esperança, uma mensagem ao Oriente Médio


'A todos quero oferecer uma palavra de consolação', afirmou o papa aos cristãos vítimas de perseguição.
Não é possível resignar-se à lógica do conflito e do terrorismo "que comete todos os tipos de abusos e práticas indignas do homem". Na vigília do Natal o papa Francisco volta a expressar proximidade e solidariedade para com os cristãos do Oriente Médio vítimas de violências que parecem não ter fim.

"A todos quero oferecer uma palavra de consolação", escreve Francisco numa carta, manifestando a esperança de "ter a graça de ir pessoalmente para vos visitar e confortar".

Ao denunciar o agravar-se constante das perseguições que atingem diversos grupos religiosos e étnicos - "sobretudo devido às ações de uma mais recente e preocupante organização terrorista de dimensões antes inimagináveis" - o pontífice convida a comunidade internacional a "ir ao encontro" das necessidades das populações. Em particular, pede um compromisso decisivo para promover a paz "mediante a negociação e o trabalho diplomático" e "para conter e deter quanto antes a violência que já causou muitos prejuízos".

Francisco reitera "a sua firme deprecação do tráfico de armas". E recorda: "temos sobretudo necessidade de projetos e iniciativas de paz, para promover uma solução global dos problemas da região". Nesta perspectiva deseja que "quem foi obrigado a deixar as próprias terras, possa voltar e viver em dignidade e segurança". Ao mesmo tempo, espera que "a assistência humanitária possa incrementar-se, pondo sempre no centro o bem da pessoa e de todos os países no respeito da sua própria identidade".

Dirigindo-se diretamente aos fiéis do Oriente Médio, o papa recomenda também que se incrementem as "boas relações" e a "colaboração" entre todos os crentes em Cristo. "Os sofrimentos padecidos pelos cristãos oferecem uma contribuição inestimável à causa da unidade" recorda, sublinhando que se trata de uma presença "preciosa" e significativa sobretudo "na terra onde nasceu e se difundiu o cristianismo". Além disso, o Pontífice realça de novo a necessidade do diálogo entre as religiões – em particular com o islão – indicando-o como "o melhor antídoto contra a tentação do fundamentalismo religioso". Francisco pede também "uma tomada de consciência clara e corajosa por parte de todos os responsáveis religiosos, para condenar de forma unânime e sem ambiguidade alguma" a violência praticada em nome da religião.
A12, 23-12-2014.

Evangelho do Dia

Ano A - 29 de dezembro de 2014

Lucas 2,22-35

Aleluia, aleluia, aleluia. 
Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 22 Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 
23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”; 
24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 
25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. 
27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, 
28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: 
29 “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. 
30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação 
31 que preparastes diante de todos os povos, 
32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel”. 
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. 
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, 
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
LUZ DAS NAÇÕES 
A cena da apresentação do menino Jesus no templo e o rito de purificação de Maria são ricos em detalhes que evidenciam a identidade do Salvador. Revestem-se de um conjunto de elementos proféticos, pelos quais a existência de Jesus se pautará. 
Ele foi apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou dois pombinhos, como era previsto para as família mais pobres Aliás, toda a vida de Jesus transcorrerá na pobreza. 
Com o rito de oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta será uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a si mesmo; todo seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja vontade se deixará guiar. 
O velho Simeão definiu a missão do Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações e manifestar a glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na injustiça, e, assim, chegar ao Pai. 
Por outro lado, o Messias Jesus estava destinado a ser sinal de contradição. Quem tivesse a coragem de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas para quem se recusasse aderir a ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria escândalo para uns, e ressurreição para outros. 
Esta cena evangélica retrata, assim, o que Jesus encontraria pela frente. 

Oração Senhor Jesus, possa tua luz brilhar em minha história e ajudar a me reerguer da prostração a que o pecado me reduziu. 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
1 João 2,3-11
Leitura da primeira carta de são João.
2 3 Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. 
4 Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. 
5 Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: 
6 aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu. 
7 Caríssimos, não vos escrevo nenhum mandamento novo, mas sim o mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que acabais de ouvir. 
8 Todavia, eu vos escrevo agora um mandamento novo - verdadeiramente novo, nele como em vós, porque as trevas passam e já resplandece a verdadeira luz. 
9 Aquele que diz estar na luz, e odeia seu irmão, jaz ainda nas trevas. 
10 Quem ama seu irmão permanece na luz e não se expõe a tropeçar. 
11 Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, sem saber para onde dirige os passos; as trevas cegaram seus olhos.
Palavra do Senhor.
Salmo 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, 
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! 
Cantai e bendizei seu santo nome!

Dia após dia anunciai sua salvação, 
manifestai a sua glória entre as nações 
e, entre os povos do universo, seus prodígios! 

Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: 
diante dele vão a glória e a majestade, 
e o seu templo, que beleza e esplendor!
Oração
Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito.

Liturgia Diária

Dia 29 de Dezembro - Segunda-feira

OITAVA DO NATAL *
(Branco, Glória, Prefácio do Natal – Ofício do Dia)

Antífona de entrada:
Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna (Jo 3,16).
Oração do dia
Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito.
Leitura (1 João 2,3-11)
Leitura da primeira carta de são João.
2 3 Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.
5 Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele:
6 aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.
7 Caríssimos, não vos escrevo nenhum mandamento novo, mas sim o mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que acabais de ouvir.
8 Todavia, eu vos escrevo agora um mandamento novo - verdadeiramente novo, nele como em vós, porque as trevas passam e já resplandece a verdadeira luz.
9 Aquele que diz estar na luz, e odeia seu irmão, jaz ainda nas trevas.
10 Quem ama seu irmão permanece na luz e não se expõe a tropeçar.
11 Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, sem saber para onde dirige os passos; as trevas cegaram seus olhos.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 95/96
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!
Cantai e bendizei seu santo nome!

Dia após dia anunciai sua salvação,
manifestai a sua glória entre as nações
e, entre os povos do universo, seus prodígios!

Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus:
diante dele vão a glória e a majestade,
e o seu templo, que beleza e esplendor!
Evangelho (Lucas 2,22-35)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
2 22 Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,
23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”;
24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor.
27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei,
28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos:
29 “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra.
30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação
31 que preparastes diante de todos os povos,
32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel”.
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
LUZ DAS NAÇÕES
A cena da apresentação do menino Jesus no templo e o rito de purificação de Maria são ricos em detalhes que evidenciam a identidade do Salvador. Revestem-se de um conjunto de elementos proféticos, pelos quais a existência de Jesus se pautará.
Ele foi apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou dois pombinhos, como era previsto para as família mais pobres Aliás, toda a vida de Jesus transcorrerá na pobreza.
Com o rito de oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta será uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a si mesmo; todo seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja vontade se deixará guiar.
O velho Simeão definiu a missão do Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações e manifestar a glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na injustiça, e, assim, chegar ao Pai.
Por outro lado, o Messias Jesus estava destinado a ser sinal de contradição. Quem tivesse a coragem de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas para quem se recusasse aderir a ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria escândalo para uns, e ressurreição para outros.
Esta cena evangélica retrata, assim, o que Jesus encontraria pela frente.

Oração
Senhor Jesus, possa tua luz brilhar em minha história e ajudar a me reerguer da prostração a que o pecado me reduziu.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Nós vos apresentamos, ó Deus, as nossas oferendas, trocando convosco nossos dons: oferecemos o que nos destes e esperamos receber-vos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Graças ao entranhado amor de nosso Deus, visitou-nos a luz que vem do alto (Lc 1,78).
Depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja sempre sustentada pela força dos vossos sacramentos. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO TOMÁS BECKET
(Vermelho – Ofício da Memória)

Oração do dia:
Ó Deus, que deste a são Tomás Becket a grandeza de alma de sacrificar a vida pela justiça, concedei-nos, por sua intercessão, perder a vida pelo Cristo neste mundo, a fim de encontrá-la no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Recebei, ó Pai, na festa de são Tomás Becket, as oferendas de vosso povo para que nos façam sentir, como esperamos, vossa paternal proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo, nós vos pedimos, ó Deus, que desabroche em plena redenção a ação que praticamos na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO TOMÁS BECKET):
Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso. Quando o arcebispo Teobaldo morreu e o papa concedeu o privilégio ao rei de escolher e nomear o sucessor, Henrique II não vacilou em colocar no cargo o amigo. Mas o rei não sabia que o antigo amigo se tornara, de fato, um fervoroso pastor de almas para o Senhor e ferrenho defensor dos direitos da Igreja de Roma. Tomás foi ordenado sacerdote em 1162 e, no dia seguinte, consagrado arcebispo de Canterbury. Não demorou muito para indispor-se, imediatamente, com o rei. Negou-se a reconhecer as novas leis das "constituições de Clarendon", que permitiam direitos abusivos ao soberano, e teve de fugir para a França, para escapar de sua ira. Ficou no exílio por seis anos, até que o papa Alexandre III conseguiu uma paz formal entre os dois. Assim, Tomás pôde voltar para a diocese de Canterbury a fim de reassumir seu cargo. Foi aclamado pelos fiéis, que o respeitavam e amavam sua integridade de homem e pastor do Senhor. Mas ele sabia o que o esperava e disse a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". A sua primeira atitude foi logo destituir os bispos que haviam compactuado com o rei, isto é, aceitado as leis por ele repudiadas. Naquele momento, também a paz conseguida com tanta dificuldade acabava. O rei ficou sabendo e imediatamente pediu que alguém tirasse Tomás do seu caminho. O arcebispo foi até avisado de que o rei mandaria matá-lo, mas não quis fugir novamente. Apenas respondeu com a frase que ficou registrada nos anais da história: "O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça". Encheu-se de coragem e, vestido com os paramentos sagrados, recebeu os quatro cavaleiros que foram assassiná-lo. Deixou-se apunhalar sem opor resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170. O próprio papa Alexandre III canonizou Tomás Becket três anos depois do seu testemunho de fé em Cristo. A sua memória é homenageada com festa litúrgica no dia de sua morte.