terça-feira, 8 de julho de 2014

Dois Papas na final? Jornal vaticano não descarta final entre a Argentina e Alemanha na Copa


FranciscoBXVI_LOssevatoreRomanoANSAO jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano (LOR), não descarta uma final da Copa do Mundo de 2014 seja entre a Argentina e Alemanha, um partido histórico onde se enfretariam as nações de dois Papas.
O Mundial o Brasil 2014 “poderia dar-nos de presente uma final Argentina x Alemanha”, diz a publicação vaticana e afirma que essa possibilidade “entraria para da história do futebol” por ser o confronto inédito de dois países de onde vêm simultaneamente o papa e o papa emérito.
“Se pensarmos bem, poderia ocorrer que uma final do Mundial entre para a história pela peculiaridade de seus torcedores. Por exemplo, como quando Barack Obama que tomou uma foto no Air Force One enquanto via a partida entre os Estados Unidos e a Alemanha… e se a ideia do enfrentamento entre o papa Francisco e Guarda a Suíça inflamou a vigília da partida Argentina X Suíça, poderia ocorrer que a verdadeira surpresa chegue com os torcedores especiais da final do Mundial”, acrescenta referindo-se ao pontífice e o bispo emérito de Roma. Ambos amantes do futebol.
Segundo o jornal da Santa Sé, Alemanha foi até agora a equipe mais limpa do Mundial “com apenas 37 faltas cometidas durante quatro partidas… Logo estão as fontes históricas”. Por outro lado, os argentinos, continua o LOR, “devem ainda compreender se são ‘Messi-dependentes’ e, neste caso, pensar até que altura ele poderá leva-los no campeonato”.
O jornal da Santa Sede propõe ainda a seleção costa-riquenha como “a verdadeira surpresa do Mundial”. “a Costa Rica já pode orgulhar-se de ser a equipe revelação do Brasil 2014 e não só isso, porque obteve a máxima posição na história do futebol costa-riquenho ao chegar às quartas de Final, e além disso entrou na classificação quando era a zebra do único grupo que reunia três nações vencedoras de mundiais: Itália, Inglaterra e Uruguai”, assegura.
No momento, o jornal da Santa Sé não se atreve a apostar por um ganhador, mas assegura que esta edição do Mundial 2014 “será uma surpresa”.
Fonte: ACI Digital

Evangelho do Dia

Ano A - 08 de julho de 2014

Mateus 9, 32-38

Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 32 Logo que se foram, apresentaram a Jesus um mudo, possuído do demônio.
33 O demônio foi expulso, o mudo falou e a multidão exclamava com admiração: “Jamais se viu algo semelhante em Israel”.
34 Os fariseus, porém, diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
35 Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.
36 Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor.
37 Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos.
38 Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”.
Palavra da Salvação.
 

Comentário do Evangelho
REAÇÕES CONTRADITÓRIAS
Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do modo como eram acolhidos.
            A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus. A benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
            Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele. E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
            Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.

Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Leitura
Oseias 8,4-7.11-13
Leitura da profecia de Oseias.
8 4 “Constituíram reis sem minha aprovação, e chefes sem meu conhecimento. Fizeram para si ídolos de sua prata e de seu ouro, para a sua própria perdição.
5 Rejeito teu bezerro (de ouro), ó Samaria! Minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando não poderão eles purificar-se?
6 Porque (esse bezerro) é obra de Israel, foi um artista que o fez; ele não é um deus, será, pois, despedaçado o bezerro de Samaria.
7 Visto que semearam ventos, colherão tempestades; não terão sequer uma espiga, e o grão não dará farinha; e, mesmo que a desse, seria comida pelos estrangeiros.
11 Efraim multiplicou os altares, e seus altares só lhe serviram para pecar.
12 Mesmo que eu lhe escreva todos os preceitos de minha lei, ele a estimará como uma lei estrangeira.
13 Oferecem vítimas em sacrifício e comem-lhes as carnes, mas o Senhor não se compraz nelas. Doravante ele se lembrará da iniqüidade deles, e punirá os seus pecados: voltarão para o Egito”.
Palavra do Senhor.
 
Salmo 113B/115
Confia, Israel, no Senhor!

É nos céus que está o nosso Deus,
Ele faz tudo aquilo que quer.
São os deuses pagãos ouro e prata,
Todos eles são obras humanas.

Te boca e não podem falar,
Têm olhos e não podem ver;
Têm nariz e não podem cheirar,
Tendo ouvidos, não podem ouvir.

Têm mãos e não podem pegar,
Têm pés e não podem andar.
Como eles serão seus autores,
Que os fabricam e neles confiam.

Confia, Israel, no Senhor.
Ele é teu auxílio e escudo!
Confia, Aarão, no Senhor.
Ele é teu auxílio e escudo!

 
Oração
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Liturgia Diária

DIA 8 DE JULHO - TERÇA-FEIRA

XIV SEMANA DO TEMPO COMUM
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Oseias 8,4-7.11-13)
Leitura da profecia de Oseias.
8 4 “Constituíram reis sem minha aprovação, e chefes sem meu conhecimento. Fizeram para si ídolos de sua prata e de seu ouro, para a sua própria perdição.
5 Rejeito teu bezerro (de ouro), ó Samaria! Minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando não poderão eles purificar-se?
6 Porque (esse bezerro) é obra de Israel, foi um artista que o fez; ele não é um deus, será, pois, despedaçado o bezerro de Samaria.
7 Visto que semearam ventos, colherão tempestades; não terão sequer uma espiga, e o grão não dará farinha; e, mesmo que a desse, seria comida pelos estrangeiros.
11 Efraim multiplicou os altares, e seus altares só lhe serviram para pecar.
12 Mesmo que eu lhe escreva todos os preceitos de minha lei, ele a estimará como uma lei estrangeira.
13 Oferecem vítimas em sacrifício e comem-lhes as carnes, mas o Senhor não se compraz nelas. Doravante ele se lembrará da iniqüidade deles, e punirá os seus pecados: voltarão para o Egito”.
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 113B/115
Confia, Israel, no Senhor!

É nos céus que está o nosso Deus,
Ele faz tudo aquilo que quer.
São os deuses pagãos ouro e prata,
Todos eles são obras humanas.

Te boca e não podem falar,
Têm olhos e não podem ver;
Têm nariz e não podem cheirar,
Tendo ouvidos, não podem ouvir.

Têm mãos e não podem pegar,
Têm pés e não podem andar.
Como eles serão seus autores,
Que os fabricam e neles confiam.

Confia, Israel, no Senhor.
Ele é teu auxílio e escudo!
Confia, Aarão, no Senhor.
Ele é teu auxílio e escudo!

 
Evangelho (Mateus 9, 32-38)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 32 Logo que se foram, apresentaram a Jesus um mudo, possuído do demônio.
33 O demônio foi expulso, o mudo falou e a multidão exclamava com admiração: “Jamais se viu algo semelhante em Israel”.
34 Os fariseus, porém, diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
35 Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.
36 Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor.
37 Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos.
38 Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”.
Palavra da Salvação.
 
Comentário ao Evangelho
REAÇÕES CONTRADITÓRIAS
Os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade. Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos. Muitos sentidos foram dados a eles. Tudo dependia do modo como eram acolhidos.
            A ação de Jesus suscitou reações contraditórias. A cura de um possesso mudo levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel. Já seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus. A benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.
            Os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana. Quem se abria para Jesus e acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele. E o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai. Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.
            Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus. Ele era Messias por palavras e por obras. As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava. Tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.

Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Sl 33,9)
Depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por essa tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.

A força da fraqueza


A Igreja tem a oferecer crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres que querem viver como bons cristãos.
Por Dom Alberto Taveira Corrêa

Nos difíceis anos da segunda Guerra Mundial, as forças ideológicas em conflito se confrontaram de várias formas com a presença dos cristãos, muitos deles inclusive comprometidos com as diversas facções, suscitando depois a análise e o julgamento dos historiadores e muitos críticos, nas décadas que se sucederam. Entretanto, o século XX foi um tempo de martírio, quando cristãos de várias confissões, católicos, evangélicos e ortodoxos derramaram seu sangue por causa do Evangelho, em defesa da verdade e da dignidade da pessoa humana. Foi também um período de grande profusão de homens e mulheres que confessaram a fé, tornaram-se batalhadores com a palavra e os gestos, gerando um santo orgulho para as gerações que se sucederam, inclusive a nossa. Mais ainda, a candura da virgindade, a coragem da castidade de pessoas que foram contra a correnteza da busca desenfreada de prazer que se espalhou pelo mundo, também esta forma de vida cristã se fez presente. Disseram também o seu sim ao Senhor muitos homens e mulheres suscitados pelo Espírito Santo para fundar famílias religiosas, obras sociais, iniciativas de serviços aos mais pobres e Movimentos.
As grandes chagas do tempo, como as drogas, as enfermidades surgidas recentemente, as novas formas de pobreza e miséria, a situação dos prófugos dos países em guerra, as catástrofes naturais, todas foram situações em que cristãos se lançaram a dar alguma resposta. Mártires, Confessores, Virgens, Fundadores e Fundadoras, Agentes sociais, grandes pregadores do Evangelho. Eis a riqueza da Igreja de nosso tempo! Não somos os detentores exclusivos do bem a ser feito, mas temos oferecido nossa contribuição por um mundo mais justo e fraterno.
No dia seis de julho a Igreja celebrou Santa Maria Goretti, uma jovem italiana morta aos doze anos, em 1902, pela decisão de manter a castidade. Pio XII, por ocasião de sua canonização, pronunciou palavras de grande sabedoria: "Nem todos somos chamados a sofrer o martírio; mas todos somos chamados a praticar as virtudes cristãs. A virtude, porém, requer energia; mesmo sem atingir as alturas da fortaleza desta angélica menina, nem por isso obriga menos a um cuidado contínuo e muito atento, que deve ser sempre mantido por nós até o fim da vida. Por isso, semelhante esforço, bem pode ser considerado um martírio lento e constante. A isto nos convidam as palavras de Jesus Cristo: 'O reino dos céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam' (Mt 11,12). Esforcemo-nos todos por alcançar este objetivo, confiados na graça do céu. Sirva-nos de estímulo a santa virgem e mártir Maria Goretti. Que ela, da mansão celeste, onde goza da felicidade eterna, interceda por nós junto ao divino Redentor, a fim de que todos, nas condições de vida que são as nossas, sigamos os seus gloriosos passos com generosidade, vontade firme e obras de virtude" (Homilia da canonização de Santa Maria Goretti, em 1950). Sim, a Igreja tem a oferecer crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres que querem viver como bons cristãos.
Consta que uma grande autoridade da então "Cortina de Ferro", aconselhada a tolerar o catolicismo naquela região, fez uma pergunta sarcástica: "Mas quantas divisões militares tem o papa?" Todas as vezes em que o poder temporal e o religioso se aliaram ingênua ou maldosamente, os resultados foram os piores possíveis. Quando os cristãos revestidos de algum poder se comprometeram com as armas ou com a corrupção, mancharam a beleza da aquela que é Esposa de Cristo. Com o tempo, a graça de Deus lhes concede o dom do arrependimento e a força para recomeçarem o caminho. Não é tarefa da Igreja ter divisões militares, mas arregimentar homens e mulheres que acreditem na força da fraqueza, percorrendo a estrada do serviço e da humildade, mesmo quando as circunstâncias os colocarem em postos altos da política e da administração pública ou em suas atividades profissionais. Estarão então "na corda bamba", desafiados a manter a fidelidade aos princípios evangélicos, fermentando a sociedade.
Efetivamente, desde os primórdios da Igreja multiplicaram-se os desafios, começando pelas próprias fraquezas dos cristãos. As perseguições foram inúmeras, as dificuldades imensas. No entanto, os cristãos aprenderam a acreditar nos meios pobres e no anúncio do Evangelho aos mais simples e desprezados, quanto aos recursos materiais e quanto às condições humanas e espirituais. Cabe-lhes ir ao encontro dos mais sofredores e dos pecadores.
Nosso Senhor, ao oferecer instruções aos discípulos, percorrendo diversas cidades da Galileia (Cf. Mt 11­12), os conduz a entender os valores do Reino de Deus. Ele é interrogado sobre a missão de João Batista, manda ao mesmo João um recado, indicando os sinais do Messias: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova" (Mt 11, 4-5). O mesmo João Batista, preso, quase para ser degolado, é elogiado por Jesus como o maior dentre os nascidos de mulher (Cf. Mt 11, 11). Seus discípulos, ouvindo-o recriminar algumas cidades que recusaram a ocasião oferecida para se arrependerem, certamente ficavam confusos. Até hoje é assim! Poder, dinheiro, influência, tudo atrai terrivelmente!
E o Senhor, diante da arrogância corrente em todos os tempos, exalta o humilde e o simples. Impressiona a efusão espiritual de Jesus (Cf. Mt 11, 25-30), testemunhando a predileção do Pai pelos pequeninos. As portas do Reino de Deus continuam abertas. Venham a ele os que estão cansados e sobrecarregados, os estropiados pela vida ou pelos próprios pecados. Venham os que não vivem satisfeitos com seus próprios preconceitos. Sejam bem vindos os que desejam fazer a estrada da simplicidade de coração. Não se intimidem aquelas pessoas que querem, malgrado todas as propagandas contrárias, ser parecidas com uma Santa Maria Goretti, ou quem sabe abraçar uma vida semelhante à Beata Madre Teresa de Calcutá, ou a coragem de Santa Gianna Beretta Molla na defesa da vida. Se lhes parecerem distantes destas figuras, olhem para as legiões de homens e mulheres sem armas, aí bem perto, em sua Paróquia, que testemunham Jesus Cristo e seu Evangelho.
Entretanto, para que ninguém fique enganado, há uma condição, tomar o jugo suave de Jesus, aprendendo dele, que é manso e humilde de coração. O jugo suave é a lei do amor. Comparado com as cargas impostas pelos fariseus, este jugo liberta e salva. Trata-se de seguir Jesus, abraçar a cruz, tornar-se discípulo e missionário do Reino de Deus. Passe o mundo transitório, permaneça o Reino de Deus, que fermenta com vida e santidade todas as gerações.
CNBB
Dom Alberto Taveira Corrêa é arcebispo de Belém do Pará.