sábado, 7 de dezembro de 2013

PROCLAMAS MATRIMONIAIS

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS
ARQUIDIOCESE DE OLINDA E RECIFE

 

07 e 08 de dezembro de 2013


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:


·         MARCOS MACIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA
E
ELIANE LIBERATO DE OLIVEIRA

·         ERIVALDO ALVES DE SOUZA LEITE
E
IVANICE MARIA DA CUNHA

·         ÍTALO ARCO-IRIS SILVA
E
ALBA CARLA ALVES LEONARDO

·         RODRIGO CIOCHETTA DE OLIVEIRA
E
RAFAELY BORGES FERREIRA

·         DOUGLAS MACIEL SANTANA
E
JULIANA VICENTE DA SILVA

·         GILVAN BARRETO DE BRITO FILHO
E
PATRICIA DA SILVEIRA MENDONÇA



                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em consciência a declarar.
                                                             

Imaculada Conceição


Cidade do Vaticano - (RV) - Celebramos neste domingo a solenidade da Imaculada Conceição de Maria. Esse dogma, proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854, define um pensamento que se origina desde o início do Cristianismo, teve momentos importantes na história da Igreja, especialmente em 1477com um documento do Papa Sisto IV e mais tarde em 1661, com o Papa Alexandre VII.

A definição de Pio IX e quatro anos depois referendada pela própria Virgem Maria, em Lourdes, quando se apresentou à Bernadete como a Imaculada Conceição, nos ensina que Maria, a Mãe de Jesus e nossa, foi concebida sem a mancha, sem a mácula, sem o pecado original, em previsão dos méritos de seu Filho.

A carta de São Paulo, escolhida como a segunda leitura da liturgia de hoje, nos diz que o Pai nos escolheu, em Cristo, desde o início, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. Juntemos a esse trecho a saudação do Arcanjo Gabriel a Maria: alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!

Maria viveu essa vocação à santidade desde sua concepção e, em Caná, mostrou que seu querer era o querer de Jesus, quando disse aos serventes que seguissem as orientações de seu filho. Mais tarde, o próprio Jesus vai dizer que a grandeza de Maria estava não em ter sido sua mãe, mas em ter ouvido a voz de Deus e ter praticado seus ensinamentos.

Ser sem mácula é ser discípulo de Maria e não permitir que o pecado, o não a Deus tenha lugar em nossa vida. O batismo, o banho no sangue redentor de Jesus nos proporcionou a eliminação da mácula original e nos deu a graça para assim vivermos por todos os dias de nossa vida. Por outro lado, se cairmos na tentação e nossa filiação de Adão e Eva forem mais fortes que a. divina, temos o sacramento da reconciliação, do perdão. Não nos esqueçamos que nossos primeiros pais também nasceram sem o pecado original, mas não foram livres frente à tentação. Desobedeceram ao Senhor, fizeram sua própria vontade e não a de Deus.



Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano 

Papa: "Para anunciar Cristo, internet não basta. Anúncio requer relações humanas diretas"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu esta manhã, no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, que se reuniram por três dias para debater o tema “Anunciar Cristo na era digital”.

Em seu discurso, o Pontífice usou uma expressão utilizada por João Paulo II, de que “chegou a hora do laicato”, e recordou alguns eventos organizados pelo Dicastério nos últimos meses cujos protagonistas foram os leigos. Entre eles, citou o seminário sobre os 25 anos da Encíclica Mulieris dignitatem, lembrando que a mulher se encontra na linha de frente na batalha pela proteção do humano na crise cultural do nosso tempo, e a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, que definiu como “uma verdadeira festa da fé”.

O tema debatido na Plenária, a era digital, disse o Papa, é um campo privilegiado para a ação dos jovens, para os quais a rede é, por assim dizer, conatural. A Internet é uma realidade difundida, complexa e em contínua evolução, e o seu desenvolvimento repropõe a questão sempre atual da relação entre a fé e a cultura”.

Entre as oportunidades que a rede oferece, afirmou o Pontífice, devemos fazer como pede São Paulo: “Discerni tudo e ficai com o que é bom”, cientes de que, certamente, “encontraremos moedas falsas, ilusões perigosas e ciladas e evitar. Mas, guiados pelo Espírito Santo, descobriremos também preciosas oportunidades para conduzir os homens à face luminosa do Senhor”.

Para Francisco, entre as possibilidades oferecidas pela comunicação digital, a mais importante diz respeito ao anúncio do Evangelho. Não se trata somente de adquirir competências tecnológicas, mas antes de tudo encontrar mulheres e homens reais, muitas vezes feridos ou perdidos, para oferecer a eles verdadeiras razões de esperança.

“A internet não basta, a tecnologia não é suficiente”, afirmou, recordando que o anúncio requer relações humanas autênticas e diretas.

Todavia, a presença da Igreja na rede não é inútil, pelo contrário, é indispensável estar presente, sempre com estilo evangélico, para indicar o caminho que leva Àquele que é a resposta. E concluiu:

“A Igreja está sempre em caminho, em busca de novas vias para o anúncio do Evangelho. A contribuição e o testemunho dos leigos se demonstram sempre mais indispensáveis.”

Participou da Plenário o responsável pelo setor juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, Pe. João Chagas, que falou ao Programa Brasileiro sobre a audiência com o Papa Francisco:  

(BF)




Texto proveniente da página do site da Rádio Vaticano 

Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo: encorajamento aos doentes e aos seus assistentes


Città del Vaticano (RV) – Foi publicada, neste sábado, a Mensagem do Papa Francisco para o XXII Dia Mundial do Enfermo, que se celebra no dia 11 de fevereiro de 2014, festa de Nossa Senhora de Lurdes.

Partindo do tema central do Dia Mundial do Enfermo “Fé e caridade: também nós devemos dar a vida pelos irmãos”, o Santo Padre se dirige, de modo particular, às pessoas doentes e a todos aqueles que lhes prestam assistência e cuidados.

A eles o Papa diz: “A Igreja reconhece em vocês, queridos doentes, uma especial presença de Cristo sofredor. O sofrimento de Jesus acompanha o nosso sofrimento; ele carrega conosco o seu peso e revela o seu sentido. Quando o Filho de Deus assumiu a Cruz, destruiu a solidão do sofrimento e iluminou a sua obscuridade”.

“Desta forma, continua a Mensagem, encontramo-nos diante do mistério do amor de Deus por nós, que nos infunde esperança e coragem: esperança, porque no desígnio do amor de Deus, também a obscuridade da dor se abre à luz pascal; coragem, para que possamos enfrentar toda adversidade em sua companhia, unidos a Ele”.

O Filho de Deus feito Homem não eliminou a doença e o sofrimento da experiência humana. Pelo contrário, as assumiu, as transformou e as redimensionou. Quando nos aproximamos com ternura daqueles que precisam de cuidados, levamos a esperança e o sorriso de Deus. Quando a dedicação generosa aos outros se torna estilo próprio das nossas ações, abrimos alas ao Coração de Cristo e contribuímos para o Reino de Deus.

Para crescer na ternura e na caridade respeitosa e delicada, afirma o Santo Padre, precisamos de um modelo cristão, ao qual dirigir o nosso olhar: é a Mãe de Jesus e nossa Mãe, sempre atenta à voz de Deus e às necessidades e dificuldades dos seus filhos.

Maria, impelida pela misericórdia divina, vai ajudar a sua prima Isabel; intercede, junto ao seu Filho, nas Núpcias de Cana; carrega consigo as palavras do velho Simeão que “uma espada iria transpassar o seu coração”; permanece, com coragem, aos pés da Cruz de Jesus. Ela é a Mãe de todos os doentes e sofredores!

Quem está aos pés da Cruz, como Maria, aprende a amar como Jesus. A Cruz de Cristo nos convida a nos deixar contagiar pelo seu amor, nos ensina a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre e precisa de ajuda.

Por isso, o Santo Padre confia o próximo Dia Mundial do Enfermo à intercessão de Maria, para que ajude os enfermos a viver o seu sofrimento em comunhão com Jesus; ajude aqueles que lhes prestam assistência, os agentes da saúde e os voluntários. (MT)




Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/12/07/mensagem_para_o_dia_mundial_do_enfermo:_encorajamento_aos_doentes_e/bra-753630
do site da Rádio Vaticano 

Novo Catecismo: 'Como falar de Deus?'


Brasília, 07 dez (RV) - A fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: “O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus”.
É que nos diz o parágrafo 2044 do Novo Catecismo. O discípulo de Cristo, não deve apenas guardar a fé e nela viver, mas também professá-la, testemunhá-la com firmeza e difundi-la. O testemunho é a transmissão da fé em palavras e atos. O Cristão não deve se envergonhar de dar testemunho de sua fé. O testemunho é um ato de justiça que estabelece ou dá a conhecer a verdade.

Mas, como falar de Deus? É o tema da reflexão do Monsenhor Luiz Antonio Catelan para a edição de hoje do nosso espaço 20 Anos do Novo Catecismo: “Continuando as nossas reflexões sobre o Catecismo da Igreja Católica, hoje vamos refletir a respeito de, ‘Como falar de Deus’, porque a fé busca comunicação, ninguém tem fé somente para si. Nós precisamos nos comunicar a respeito daquelas coisas, daqueles valores, daquelas experiências que dão sentido à nossa vida. E quando se trata de fé é um motivo a mais para isto, porque Nosso Senhor, quando despertou a fé no coração dos Apóstolos, deu a eles também a determinação de anunciar a todos esta mesma fé. Então, é próprio da fé a necessidade de anunciar. Daí a importância de nos perguntarmos a respeito de ‘Como falar de Deus?”.
Tratando-se de falar de Deus para alguém que já tem inicialmente a fé ou algum conhecimento da Escritura, ou algum conhecimento do cristianismo, o ponto de partida é mais simples. A gente começa a partir de um ponto em comum, daquilo que já se tem em comunhão com aquela pessoa. Mas a pergunta pode ficar ainda mais grave, quando se pergunta ‘como falar de Deus para alguém que não conhece a Escritura’, alguém que se professa agnóstico ou realmente não tem a graça, a experiência da fé. Aí é que o Catecismo da Igreja Católica nos fala então, na capacidade da razão. Já refletimos uma vez a respeito da capacidade da razão para conhecer a Deus. Portanto, falar de Deus, partindo do seu nível mais elementar, é partir daquilo que a razão mesma pode conhecer a respeito de Deus, de que Ele existe, de que Ele é o Criador de todas as coisas e portanto bom, pois fez todas as coisas boas, infinitamente sábio, pois se pode perceber uma grande perfeição em toda a Criação; então a existência de Deus, sua bondade, sua perfeição, sua sabedoria. São estes atributos básicos iniciais para o nosso discurso, para o nosso falar a respeito de deus com as pessoas que não tem ainda a graça da fé”.
Monsenhor Luis Antonio Catelan, Comissão da Doutrina da Fé – CNBB
SIR

Maria, exemplo de mulher


Maria é nossa inspiradora e intercessora.
Por Dom José Alberto Moura*
O ser humano mais bonito da história, depois de Jesus, é Maria, sua mãe. Ela sempre se pareceu com seu filho, na ordem da graça ou do amor de Deus. Aliás, para cada filho de Deus ser aceito pelo Pai, precisa parecer-se com Jesus, o Filho natural de Deus. Nós, humanos, somos filhos adotivos, por mérito de Jesus, que nos adotou como tais. Maria sempre se pareceu com o filho e foi aceita pelo Pai na eternidade feliz, tendo subido para o céu.

Nós, embora tenhamos a aparência com Jesus, pela graça outorgada de modo especial no batismo, temos que lutar para permanecermos na mesma, conservando a aparência com Ele. Para tanto, deixou a Igreja, com os meios facilitadores para conservarmos a aparência no amor dele. Ricos e importantes são esses meios, além do batismo: a oração,  a penitência, a conversão, a liturgia, a caridade, os outros sacramentos, as virtudes, mormente o amor, a solidariedade, a misericórdia, a promoção da justiça, o empenho e o compromisso vivido pela promoção da cidadania para todos, o serviço aos excluídos, a boa política, a preservação do meio ambiente, a realização da paz e dos direitos humanos...

A queda da mulher desde o começo, como também a do homem, veio a ser superada abundantemente com a nova mulher, Maria, que colaborou com Deus para que o Filho salvasse a humanidade. Que mulher! Cheia de fé, coragem, simplicidade e graça. Não impediu em nada a ação de Deus. Ao contrário! Sabendo da vontade de Deus, não vacilou em realizar o que Ele desejava dela. Mais: foi fiel. Não arredou pé de seu sim a Deus. Jamais voltou atrás e foi com seu Filho e sua causa até o fim. Feliz dela! Viu o Filho vitorioso. Ele foi glorificada também por Deus, que a elevou, ressuscitada, em corpo e alma para junto dele! Que mulher!

O sim de Maria tem conseqüências para toda a humanidade. De ora em diante todos temos o direito da filiação adotiva outorgada pelo Filho: “Ele nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão da sua vontade”   (Efésios 1,5). Mas, para nossa perseverança nos direitos dessa filiação, recorremos à mãe de Jesus e nossa, tentando imitar seu exemplo de fidelidade no nosso sim perseverante a Deus. Renová-lo todos os dias é preciso. Maria é nossa inspiradora e intercessora. Ela tem força diante do Filho. Pedindo a ela temos segurança em sua intercessão junto ao Filho.

Na leitura, escuta, meditação e seguimento da Palavra de Deus, imitamos Maria para também realizarmos o projeto dele em nossa caminhada. Somos capazes de analisar se, de fato, estamos sendo coerentes, fazendo dessa vida uma caminhada de irmãos, em que colaboramos com o bem de todos e nos empenhamos, como Maria, para sermos discípulos de Jesus. Realizarmos, assim, o que Ele nos mandou, ensinando aos outros sua Palavra de vida e salvação.

No final, Deus vai ver se, em toda a vida, nos parecemos realmente com o Filho, dando-nos o direito, como deu a Maria, de entrarmos e tomarmos posse da felicidade imorredoura com Ele. Feliz Maria e felizes seremos nós também!
CNBB, 06-12-2013.
*Dom José Alberto Moura é arcebispo de Montes Claros (MG).

Evangelho do dia

Ano C - 07 de dezembro de 2013

Mateus 9,35-10,1.6-8

Aleluia, aleluia, aleluia.
É o Senhor nosso juiz e nosso rei.
O Senhor legislador nos salvará (Is 33,22).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 9 35 Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.
36 Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor.
37 Disse, então, aos seus discípulos: "A messe é grande, mas os operários são poucos.
38 Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe".
10,1 Jesus reuniu seus doze discípulos. Conferiu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade.
6 "Ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel.
7 Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo.
8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!"
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O MESSIAS COMPASSIVO
A característica da ação do Messias Jesus foi a compaixão. Por onde passava, seu olhar recaía sobre os doentes e sofredores, as vítimas da marginalização e dos preconceitos, e toda sorte de desprezados deste mundo. Tendo vindo para eles a fim de anunciar-lhes a libertação e a salvação, era natural que fossem os preferidos de sua ação.
Sua compaixão expressou-se no gesto concreto de convocar um grupo de discípulos e enviá-los para serem os continuadores de sua solidariedade com os excluídos. Daí ter-lhes dado "poder para expulsar os espíritos imundos, e curar toda doença e enfermidade". Em suma, ter-lhes dado poder para libertar os seres humanos de suas opressões a fim de restituir-lhes a dignidade, de modo a experimentarem a presença do Reino em suas vidas.
Ressuscitando os mortos, os apóstolos proclamavam a vitória da vida sobre a morte. Purificando os leprosos, mostravam como o Reino se articula como reconstrução da vida, de maneira plena. Expulsando os demônios, indicavam o senhorio de Deus sobre a vida humana, a qual não mais estaria à mercê do poder do mal. Portanto, um indicador seguro do Reino acontecendo no seio da humanidade deve ser buscado ali onde a vida volta a fluir abundante pela ação dos discípulos do Reino. São eles os mediadores e continuadores da compaixão do Messias Jesus.

Oração
Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Leitura
Isaías 30,19-21.23-26
Leitura do livro do profeta Isaías.
Assim fala o Senhor: 30 19 "Sim, povo de Sião, que habitas em Jerusalém, não terás mais de que chorar. À voz de tua súplica ele te fará misericórdia; assim que a ouvir, ele te atenderá.
20 (Quando o Senhor vos tiver dado o pão da angústia e a água da tribulação) aquele que te instrui não se esconderá mais, e verás com teus olhos aquele que te ensina.
21 Ouvirás com teus ouvidos estas palavras retumbarem atrás de ti: É aqui o caminho, andai por ele, quando te desviares quer para a direita, quer para a esquerda.
23 (O Senhor) dará chuvas às sementes com que proverdes o solo e o pão que produzir a terra será nutritivo e saboroso. Naquele dia teu gado pastará em vastas pastagens;
24 os bois e os asnos, que trabalham a terra, comerão uma forragem salgada que será joeirada com a pá e com a peneira.
25 Então, em todo monte alto e em toda colina elevada haverá arroios de água corrente, no dia da grande mortandade, em que desabarão as fortalezas.
26 Então a luz da lua será viva como a do sol, e a do sol brilhará sete vezes mais (como a luz de sete dias), no dia em que o Senhor pensar a chaga de seu povo e curar as contusões dos golpes que recebeu".
Palavra do Senhor.
Salmo 147A/146
Felizes são aqueles que esperam no Senhor!

Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom;
Cantai ao nosso Deus, porque é suave:
Ele é digno de louvor, ele o merece!
O Senhor reconstruiu Jerusalém,
E os dispersos de Israel juntou de novo.

Ele conforta os corações despedaçados,
Ele enfaixa suas feridas e as cura;
Fixa o número de todas as estrelas
E chama a cada uma por seu nome.

É grande e onipotente o nosso Deus,
Seu saber não tem medida nem limites.
O Senhor Deus é o amparo dos humildes,
Mas dobra até o chão os que são ímpios.
Oração
Ó Deus, que fizestes o bispo santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Reflexão de advento


O Advento é um tempo de preparação para o Natal.
A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos a grande verdade da nossa fé, que é o nascimento de Jesus em Belém. Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive a alegre expectativa de sua segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos para nós, mas conhecidos para Deus.
A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes básicas: a preparação para receber Jesus que ad-vém, que se aproxima, a vigilância e a espera feita de esperança. Será na oração e na vivência da esperança cristã que essas atitudes poderão ser vividas e cultivadas.
A preparação para receber o Senhor se dá na vivência da conversão e da ascese. E para isso é necessária a vigilância. É com olhar atento sobre nós e a realidade que nos cerca que somos convocados a nos empenharmos para corresponder à ação do Espírito de Deus que quer restaurar todas as coisas. Assim, nosso relacionamento com nosso corpo e nossos afetos, com nossos familiares e pessoas íntimas, nossa participação na vida eclesial e social devem estar no foco de nossa atenção.
Para receber o Deus feito criança é necessária uma renovação interior profunda e radical, deixando para trás o que foi ficando velho e desgastado em nossa vida e abrindo-nos para acolher o que é novo e tem cheiro de pão saído do forno, de livro recém impresso, de bebê saído do banho. Quando a eternidade invade o tempo, a divindade impregna a humanidade, o infinito perpassa a finitude, nada mais será como antes, porque tudo se fez novo e tudo é possível.
Para receber o Menino Jesus que vem e chega no Natal é igualmente necessário ter a atitude da espera. E para isso duas figuras bíblicas podem ajudar. Uma é João Batista, o profeta de olhos de lince e língua de fogo, que esperava sem desfalecer a salvação de Deus, mas sabia que para isso era preciso passar pelo tempo das dores, quando o machado fincado na raiz da árvore começaria seu trabalho purificador. É o mesmo João que reconhece e aponta o Cordeiro de Deus e o indica a seus discípulos, João que tinha o olhar purificado por Deus e sabia reconhecer o advento definitivo que estava por acontecer ali mesmo, diante de seus olhos.
Assim também João é o que não tem medo de falar do que lhe enche o coração. Há tanto espera. Espera e crê. E agora vê sua espera atendida e cumulada, preenchida pelo advento do esperado das nações. Reconhece o Messias e sua língua de profeta, que denuncia injustiças, também anuncia aquele que chega e muda o destino de todo o povo e da humanidade em seu conjunto. João Batista, o vigilante, é figura da vigilância que deve ser a nossa neste tempo que agora vivemos.
A outra figura é Maria, a jovem de Nazaré que recebe o anúncio do Advento que começa a acontecer em seu corpo e mudará toda a sua vida. E que acreditando e dizendo que sim, espera. Espera diligente, não se comprazendo em sua própria gravidez, mas parte para ajudar a prima, que em sua velhice concebeu quando já não seria mais possível. Espera atenta que move no fundo de seu coração as coisas que lhe são ditas da parte do Senhor. Espera alegre, que crê que aquele do qual seu ventre está repleto encherá a terra inteira com sua bênção e seu amor infinito.
Maria não se contém e canta. Canta louvando a Deus pelas maravilhas que nela operou. Canta proclamando que a justiça tão esperada por seu povo já se encontra presente em seu ventre grávido do menino que se chamará Jesus. Canta anunciando que toda a espera de Israel finalmente culminou no evento salvador da vinda do Menino. E alegra-se porque o fruto de seu ventre será fruto de salvação para o mundo inteiro.
Aquilo que é menor do que tudo que existe, a fragilidade mais absoluta que se possa imaginar - uma criança que se forma na vulnerabilidade do corpo de uma mulher - carrega em si a salvação que todos desejam e esperam. Seu Advento é ocasião de vida em abundância para todos os que vivem essa espera vigilante e amorosa, essa abertura de corpo e espírito para a fecundação que Deus realiza com sua graça sobre toda carne.
A teóloga é autora de “Ser cristão hoje" (Ave Maria).

Maria Clara Bingemer é teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. É autora de diversos livros, entre eles, ¿Un rostro para Dios?, de 2008, e A globalização e os jesuítas, de 2007. Escreveu também vários artigos no campo da Teologia.